05/04/2010 - 12h38
Rússia poderá vender US$5 bi em armas à Venezuela, diz Putin
MOSCOU (Reuters) - As vendas de armamentos russos para a Venezuela poderão chegar a um total de 5 bilhões de dólares, disse o primeiro-ministro Vladimir Putin nesta segunda-feira, depois de retornar de uma visita à nação sul-americana.
Putin encontrou-se na sexta-feira com o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, em Caracas, para discutir uma cooperação nos setores de petróleo, defesa e energia nuclear, mas nenhum novo acordo para venda de armas foi firmado.
Os Estados Unidos frequentemente demonstram preocupação com a venda de armas russas para a Venezuela, um dos maiores críticos de Washington na América Latina.
Chávez diz que o aumento de seu arsenal tem como objetivo conter um planejado crescimento militar norte-americano na Colômbia, principal aliado dos EUA na região e vizinha da Venezuela.
"Nossa delegação acaba de voltar da Venezuela e o volume total de pedidos pode superar os 5 bilhões de dólares", disse Putin, segundo agências de notícias russas, numa reunião com empresários do setor bélico.
Putin afirmou que o valor inclui uma linha de crédito de 2,2 bilhões de dólares para a compra de armas russas concedida pelo governo de Moscou a Chávez durante visita do presidente venezuelano em setembro.
Com esse montante serão adquiridos tanques T-72 e um avançado
sistema anti-aéreo S-300, segundo a agência de notícias RIA. As reportagens não continham mais detalhes.
Nos últimos anos a Venezuela comprou mais de 4 bilhões de dólares em armas da Rússia, desde caças de combate Sukhoi até fuzis Kalashnikov.
Durante sua visita a Moscou em setembro, Chávez reconheceu a independência de duas regiões rebeldes pró-russas na Geórgia, um sucesso diplomático para Moscou. O presidente russo, Dmitry Medvedev, disse à época que a Rússia forneceria à Venezuela todas as armas que eles quisessem.
Chávez deseja reforçar as Forças Armadas da Venezuela com mísseis, tanques e submarinos russos. Ele afirma que precisa se defender do que chama o imperialismo dos EUA na América Latina.
(Por Conor Humphries)
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