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[Slip Junior]

Eu sei Slip. Mas com exceção do F-5, um caça de 1960 e totalmente obsoleto como plataforma, o q se fabrica dessas outras aeronaves fora flaps e tanques?

Que eu me lembre, trens de pouso e componentes hidráulicos (ambos pela ELEB). Mas tem gente tentando abrir novas frentes...

Nenhuma é montada no Brasil e muito menos se tem qualquer intenção de aumentar a participação brasileira fora algumas peças ocasionais e secundárias q qualquer fábrica do mundo com o mínimo de sofistificação faria, da IPTN da Indonésia a Zlin.

E montar adiante o quê? Tenho certeza que a IPTN e a Zlin também tem capacidade de fazer isso.
Espero que agora você entenda porque eu me sinto frustrado quando aparece alguém com papo de transferência de tecnologia que, na prática, não muda em absolutamente o panorama atual.
Infelizmente, enquanto preferirem investir em "maquiagem" do que nos fundamentos (e não estou falando de nenhum outro país ou empresa; a responsabilidade é de nós, brasileiros), a coisa tem pouca chance de mudar.

Abraços

[Enlil]

Leiam atentamente a PERGUNTA a que o Slip respondeu, ele falou de acordo com o que lhe foi perguntado...

Sim, eu entendi a resposta do Slip e ela está teoricamente de acordo com minha pergunta. Teoricamente porque não era exatamente a isso q eu me referia, culpa minha por não ter sido claro.

No entanto, minhas ressalvas são aos críticos da montagem/nacionalização do EC725 na Helibrás.

Esse super-trunfo de EC725 vs Blackhawk não tem fundamento. São aeronaves feitas sob especificações diferentes e podem muito bem operar em conjunto em qualquer FA, são mais complementares do q concorrentes, na minha modesta opinião.

No entanto, novamente, por mais q eu goste do Blackhawk, sem dúvida um fantástico helicóptero, q cumpre muito bem as missões paras as quais foi desenvolvido, a questão é q de fato é uma aeronave de prateleira e não tem nada nacional nela, foras os pilotos...

Se for para seguirmos a risca a END o EC725 é o helicóptero q mais se enquadra em seus parâmetros e deverá sim ser o padrão para o perfil de missões paras as quais é otimizado.

[Carlos Mathias]

Que outro heli nos permitiria isso, Slip?

[Enlil]

Eu sei Slip. Mas com exceção do F-5, um caça de 1960 e totalmente obsoleto como plataforma, o q se fabrica dessas outras aeronaves fora flaps e tanques?

Que eu me lembre, trens de pouso e componentes hidráulicos (ambos pela ELEB). Mas tem gente tentando abrir novas frentes...

Nenhuma é montada no Brasil e muito menos se tem qualquer intenção de aumentar a participação brasileira fora algumas peças ocasionais e secundárias q qualquer fábrica do mundo com o mínimo de sofistificação faria, da IPTN da Indonésia a Zlin.

E montar adiante o quê? Tenho certeza que a IPTN e a Zlin também tem capacidade de fazer isso.
Espero que agora você entenda porque eu me sinto frustrado quando aparece alguém com papo de transferência de tecnologia que, na prática, não muda em absolutamente o panorama atual.
Infelizmente, enquanto preferirem investir em "maquiagem" do que nos fundamentos (e não estou falando de nenhum outro país ou empresa; a responsabilidade é de nós, brasileiros), a coisa tem pouca chance de mudar.

Abraços

Entendi seu ponto de vista Slip e não discordo. No entanto, minha resalva está novamente justificada na pergunta feira pelo CM no post anterior a este.

[Slip Junior]

Como não?! Você não leu sobre o acordo com a AKAER, ele envolve fabricação de estruturas para o KC-390, o EC-725 e o Rafale.

Além disso, a Turbomeca do Brasil vai dobrar a sua fábrica aqui no Rio, para montar e revisar as turbinas do EC-725.

Realmente tinha me esquecido da AKAER, PRick. Já sobre a Turbomeca... bem...

Que outro heli nos permitiria isso, Slip?

Apenas um helicóptero desenvolvido e fabricado nacionalmente. E não estou falando de nada na classe do EC-725; estou falando de algo mais modesto, talvez na classe do R-22. Isso sim seria uma base sólida para criarmos uma indústria verdadeiramente completa e nacional e que, com um amudarecimento natural, poderia desenvolver produtos mais sofisticados.

Abraços

[Slip Junior]

No entanto, minhas ressalvas são aos críticos da montagem/nacionalização do EC725 na Helibrás.

Enlil, não sei se este trecho também se aplica a mim, mas gostaria de ressaltar uma coisa: em momento algum aqui me referi a tal comparação entre Blackhawk e EC-725. Estava apenas criticando uma política que prioriza as tais "transferência de tecnologia" (que é muito diferente na prática do que muitos imaginam por aqui) em vez do "desenvolvimento de tecnologia".

Se você for no tópico que trata especificamente dos helicópteros, vai encontrar mensagens minhas em que apoio (com ressalvas) o programa EC-725. Dizem que não se pode agradar gregos e troianos mas aparentemente, as vezes, eu consigo desagradar a ambos.

Abraços

[Bolovo]

Concordo em tudo com o Slip. Também não acredito nesse papo de "Fabrica completa", a coisa não é assim tão fácil.

Xingamentos abaixo começando em 5, 4, 3, 2...

[Carlos Mathias]

Então Slip, se entendi bem, é melhor não vir nada de tecnologia nesse caso.
Ou se faz aqui, sem pular etapas ou receber parte do conhecimento, ou não se faz nada e se compra tudo nas prateleiras.

Isso?

[Slip Junior]

Então Slip, se entendi bem, é melhor não vir nada de tecnologia nesse caso.
Ou se faz aqui, sem pular etapas ou receber parte do conhecimento, ou não se faz nada e se compra tudo nas prateleiras.

Isso?

Não, Carlos. O que eu quero dizer é que, infelizmente, não se pula etapas.

Vou tentar dar um exemplo didático: eu nunca passei além da quinta série mas desejo fazer um foguete experimental de combustível sólido. Eu pesquiso na internet e vejo que existem programas que calculam as dimensões do foguete e do motor, cálculo de CG e CP, apogeu e velocidades estimados, etc. Depois vou em um torneiro e entrego o desenho do motor; também vou a um fabricante de pranças e peço para ele construir o corpo do foguete em fibra de vidro. Claro que também não podemos esquecer do combustível: pego uma receita na internet, compro nitrato em uma casa agropecuária e preparo a "meleca" na minha cozinha. Junto tudo e... tenho um foguete que posso falar que foi "totalmente desenhado e construído" por mim!! Mas o que eu aprendi realmente com isso? Eu sei apenas fazer o que os programas e a receita me deixam fazer! Se eu quiser fazer algo realmente novo, eu primeiro tenho que aprender física, quimica e matemática.

Qualquer compra pode e deve envolver a indústria nacional, mas não se deve esquecer de suas limitações e, a partir do momento que reconhecemos que as mesmas existem, deve-se criar mecanismos para desenvolver as áreas em que somos deficientes de uma maneira sustentável.

Abraço

[Carlos Mathias]

Não, Carlos. O que eu quero dizer é que, infelizmente, não se pula etapas.

Nem preciso citar o resto, basta lembrar o que fizemos com os sensores do MAA-1B. Esse é um ótimo exemplo.
Isto não foi pular etapas?
E a tecnologia espacial que estamos adquirindo com a Rússia, não é pular etapas?
Pula-se sim, e muito.

Óbvio e ululante que não se chega ao topo assim, mas eu não preciso subir todos os degraus, um por um, todos eles desde o princípio.

Vai se investir sim em pesquisa e desenvolvimento, é por isso que a MB está aprendendo a projetar desde o princípio com a França os subs.
Se a França (ou qualquer outro país) nos vende a tecnologia até a penúltima geração, ótimo.
Se alguém só se compromete a vender apenas a ante penúltima, fica de fora, assim como os que não vendem nenhuma, só produto pronto.

Eu acho que se pode pular muitas etapas sim.

[Antonio Alvarenga]

rcolistete e Carlos,

Eu confesso ter ficado entusiasmado quando li o título da máteria pois pensei que se tratava de alguma nova indústria ou um projeto de um helicóptero nacional em parceria com a Eurocopter, mas quando comecei a ler e vi que a tal "fábrica completa" ia fabricar metade do helicóptero, me decepcionei e ainda fiquei perplexo com o número de 50% pois até o momento, até onde eu saiba, a Eurocopter não conseguiu fechar nenhum acordo com algum fornecedor brasileiro.

Quando cheguei no final da matéria e vi que pelas contas de seja lá quem tenha passado essa informação (obviamente tenho minha suspeita), o Esquilo é hoje 43% nacionalizado... Não preciso nem dizer que o maior temor é que o número não esteja errado, né?

Portanto, vamos com calma pois ainda há esperança (e eu compartilho desse sentimento) de que venham notícias boas mas ainda não foi essa...

Abraços

Como não?! Você não leu sobre o acordo com a AKAER, ele envolve fabricação de estruturas para o KC-390, o EC-725 e o Rafale.

Além disso, a Turbomeca do Brasil vai dobrar a sua fábrica aqui no Rio, para montar e revisar as turbinas do EC-725.

[]´s

Acho que há um equívoco. A única matéria que detalha a relação da Akaer com o grupo frances Altran, menciona os programas EC-725, o KC-390 e o Gripen NG. O envolvimento potencial da Akaer com o Rafale não é mencionado.

[brisa]

Acho que a turma do Prick et alliie.....publicaram .... creio que o CM esta embutido nesta ....e outros mais..... ...não falo de vermelhos e nem de azuis..... coisa de sacanagem mesmo.....

[Carlos Mathias]

creio que o CM esta embutido nesta .

Eu, assim como você, não creditaria nisso.

[Túlio]

AGUSTA - começou montando helis ianques, daí começou a fazer umas peças, começou a projetar e hoje tem sua própria linha. Mas não esqueçamos que, se a 'pátria-mãe' disser que para tale País não pode vender, bueno, não se vende, é peça estrangeira demais...

HELIBRÁS - começou montando Écureuil e Lama, daí se fixou no Écureuil, 'nacionalizado' para Esquilo e deve comprar alguma peça por aqui e talvez até fazer outras. Desconheço o real índice de nacionalização. O fato é que já vendeu montes de Esquilos, helis pequenos. Não digo que é IMPOSSÍVEL mas é pelo menos BRABO de me convencer que com meia centena de Pumas-Megafucker-BlackHawk-Killer, mal ou bem muito maiores e mais complicados, se atinja um alto índice de nacionalização, assim, meio que do nada...

Aliás, Puma x BlackHawk é meio sem sentido, não? Preferiria Puma + BlackHawk...

[Cesardpf]

Então Slip, se entendi bem, é melhor não vir nada de tecnologia nesse caso.
Ou se faz aqui, sem pular etapas ou receber parte do conhecimento, ou não se faz nada e se compra tudo nas prateleiras.

Isso?

Não, Carlos. O que eu quero dizer é que, infelizmente, não se pula etapas.

Vou tentar dar um exemplo didático: eu nunca passei além da quinta série mas desejo fazer um foguete experimental de combustível sólido. Eu pesquiso na internet e vejo que existem programas que calculam as dimensões do foguete e do motor, cálculo de CG e CP, apogeu e velocidades estimados, etc. Depois vou em um torneiro e entrego o desenho do motor; também vou a um fabricante de pranças e peço para ele construir o corpo do foguete em fibra de vidro. Claro que também não podemos esquecer do combustível: pego uma receita na internet, compro nitrato em uma casa agropecuária e preparo a "meleca" na minha cozinha. Junto tudo e... tenho um foguete que posso falar que foi "totalmente desenhado e construído" por mim!! Mas o que eu aprendi realmente com isso? Eu sei apenas fazer o que os programas e a receita me deixam fazer! Se eu quiser fazer algo realmente novo, eu primeiro tenho que aprender física, quimica e matemática.

Qualquer compra pode e deve envolver a indústria nacional, mas não se deve esquecer de suas limitações e, a partir do momento que reconhecemos que as mesmas existem, deve-se criar mecanismos para desenvolver as áreas em que somos deficientes de uma maneira sustentável.

Abraço

Desculpem me meter na conversa mas, e se no exemplo que vc deu o cara que fizer isso souber física, química e matemática? Porque não estamos propriamente na Àfrica. Aqui já tem um meio termo em tecnologia, vc não acha?

Cesar
Abs