GEOPOLÍTICA
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Re: GEOPOLÍTICA
Eu digo para agilizar a aprovação dessa lei e que se mande uma copia plastificada com letra 20 em ingles para a IIPA poder ler com clareza que nao tem moral pra dizer o que o nosso governo pode ou nao usar em seus computadores
Falando serio... maioria dessas "recomendações" São ridiculas.
Falando serio... maioria dessas "recomendações" São ridiculas.
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Re: GEOPOLÍTICA
Sterrius escreveu:Eu digo para agilizar a aprovação dessa lei e que se mande uma copia plastificada com letra 20 em ingles para a IIPA poder ler com clareza que nao tem moral pra dizer o que o nosso governo pode ou nao usar em seus computadores
Falando serio... maioria dessas "recomendações" São ridiculas.
Igualzinho os 5% de multa da Boeing para não repassar tecnologia. Isso se não entregarem seu produto com bug, para na hora H.
Créu, ativar o bug.
Santa é a guerra, e sagradas são as armas para aqueles que somente nelas podem confiar.
Tito Lívio.
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Re: GEOPOLÍTICA
FSP:
América do Sul dá salto em compra de armas
Levantamento mostra que aquisições de países da região aumentaram 150% nos últimos cinco anos; no mundo, aumento foi de 22%
Brasil é o 3º comprador sul-americano, atrás de Chile e Venezuela, alavancado por ideia de país como potência global, avalia especialista
LUCIANA COELHO
DE GENEBRA
As compras de armas pela América do Sul cresceram 150% nos últimos cinco anos na comparação com o período entre 2000 e 2004, enquanto no mundo o aumento foi de 22%, mostram dados apresentados hoje pelo Instituto Internacional de Pesquisas da Paz de Estocolmo (Sipri).
O salto é maior do que o de qualquer outra parte do planeta. Ainda que as aquisições sul-americanas continuem sendo uma parcela menor do total global, o instituto mostra preocupação com o rápido crescimento e com o que que vê como "indícios claros de comportamento competitivo" -um país reagindo à compra por outro.
Tensões fronteiriças históricas ou recentes não são o único fator a pesar para essa aceleração. "O Brasil em particular tem ligado desenvolvimento com a ideia de que é preciso adquirir uma força militar mais moderna para se tornar uma potência global, como o presidente Lula tem enfatizado nos últimos anos", disse por telefone Mark Bromley, especialista do Sipri na região.
Os dados, detalhados à Folha antecipadamente, tomam como base as encomendas de armas convencionais pesadas que foram entregues (e não apenas solicitadas) para cada país, o que cria expectativa de que o avanço persista.
O Brasil foi o terceiro comprador de armas da região e o 30º do planeta no período em foco, atrás do Chile (rival histórico do Peru e 13º comprador global) e da Venezuela (o 17º, constantemente em tensão com a Colômbia desde que Hugo Chávez e Álvaro Uribe chegaram ao poder em Caracas e Bogotá). Em seguida vêm exatamente Peru e Colômbia.
No quinquênio anterior, o país era o maior comprador da América do Sul e o 24º do mundo. Mas isso não significa que se gastou menos. Apenas que outros governos transformaram palavras em atos, e que tensões domésticas no sudeste da Ásia, em países como Malásia e Indonésia, catapultaram essa parte do mundo para um lugar mais alto da lista.
"As importações [de armas] pelo Brasil se mantiveram estáveis nos últimos dez anos, mas o volume global subiu", afirmou Bromley. Apesar do avanço dos vizinhos, nenhum deles manteve trajetória tão perene quanto a brasileira.
"Com as encomendas que o Brasil tem feito mais recentemente [como os caças do projeto FX-2, que renovará a frota da FAB], é provável que o país suba no próximo ranking", afirma o especialista.
Falta de confiança
O pesquisador aponta ainda para a necessidade de maior transparência nas transações de Defesa no subcontinente ("o histórico da América Latina aí ainda é volúvel") e de medidas que reforcem a tíbia confiança entre governos.
Ele ressalta, no entanto, que parte desse salto se deve ao fato de as compras terem ficado praticamente congeladas na região nos anos 80 e 90.
No bolo global, a fatia sul-americana ainda é pequena -a América, EUA inclusos, adquiriu só 11% dos novos armamentos nesse intervalo. A Ásia e a Oceania, líderes, compraram 41% (a entidade não dividiu a tabela por sub-região, nem forneceu dados suficientes para o cálculo).
A lista é encabeçada pela China, que tem gradualmente renovado seu arsenal para se equiparar a outras potências e recebeu 9% das armas do planeta. Em seguida vêm países com questões de fronteira como Índia, Coreia do Sul, Emirados Árabes Unidos e Grécia. Israel é o sexto, e os EUA, com o poder bélico há muito consolidado, são os oitavos. O Irã é o 29º, e a Rússia, a 80ª.
De todas as entregas no período, 27% foram de aeronaves militares. Os americanos continuam sendo os principais vendedores de armas, com 30% da oferta mundial, seguidos pela Rússia (23%). A China é apenas o nono, mas os pesquisadores chamam atenção para seu papel ascendente.
CELSO AMORIM: ARMAMENTO É PARA DEFESA DE FRONTEIRAS E PRÉ-SAL
O investimento brasileiro em armas não é uma reação a ameaças regionais, mas sim a forma de o país "defender suas fronteiras, as reservas do pré-sal e a Amazônia", disse ontem o chanceler Celso Amorim, em Jerusalém. Por isso, "é uma bobagem" dizer que o Brasil tenta não ficar atrás da Venezuela em gastos militares. Questionado se o aumento dos gastos é uma questão de prestígio no cenário global, ele disse que "o que credencia o Brasil [no exterior] é a sua capacidade de diálogo".
América do Sul dá salto em compra de armas
Levantamento mostra que aquisições de países da região aumentaram 150% nos últimos cinco anos; no mundo, aumento foi de 22%
Brasil é o 3º comprador sul-americano, atrás de Chile e Venezuela, alavancado por ideia de país como potência global, avalia especialista
LUCIANA COELHO
DE GENEBRA
As compras de armas pela América do Sul cresceram 150% nos últimos cinco anos na comparação com o período entre 2000 e 2004, enquanto no mundo o aumento foi de 22%, mostram dados apresentados hoje pelo Instituto Internacional de Pesquisas da Paz de Estocolmo (Sipri).
O salto é maior do que o de qualquer outra parte do planeta. Ainda que as aquisições sul-americanas continuem sendo uma parcela menor do total global, o instituto mostra preocupação com o rápido crescimento e com o que que vê como "indícios claros de comportamento competitivo" -um país reagindo à compra por outro.
Tensões fronteiriças históricas ou recentes não são o único fator a pesar para essa aceleração. "O Brasil em particular tem ligado desenvolvimento com a ideia de que é preciso adquirir uma força militar mais moderna para se tornar uma potência global, como o presidente Lula tem enfatizado nos últimos anos", disse por telefone Mark Bromley, especialista do Sipri na região.
Os dados, detalhados à Folha antecipadamente, tomam como base as encomendas de armas convencionais pesadas que foram entregues (e não apenas solicitadas) para cada país, o que cria expectativa de que o avanço persista.
O Brasil foi o terceiro comprador de armas da região e o 30º do planeta no período em foco, atrás do Chile (rival histórico do Peru e 13º comprador global) e da Venezuela (o 17º, constantemente em tensão com a Colômbia desde que Hugo Chávez e Álvaro Uribe chegaram ao poder em Caracas e Bogotá). Em seguida vêm exatamente Peru e Colômbia.
No quinquênio anterior, o país era o maior comprador da América do Sul e o 24º do mundo. Mas isso não significa que se gastou menos. Apenas que outros governos transformaram palavras em atos, e que tensões domésticas no sudeste da Ásia, em países como Malásia e Indonésia, catapultaram essa parte do mundo para um lugar mais alto da lista.
"As importações [de armas] pelo Brasil se mantiveram estáveis nos últimos dez anos, mas o volume global subiu", afirmou Bromley. Apesar do avanço dos vizinhos, nenhum deles manteve trajetória tão perene quanto a brasileira.
"Com as encomendas que o Brasil tem feito mais recentemente [como os caças do projeto FX-2, que renovará a frota da FAB], é provável que o país suba no próximo ranking", afirma o especialista.
Falta de confiança
O pesquisador aponta ainda para a necessidade de maior transparência nas transações de Defesa no subcontinente ("o histórico da América Latina aí ainda é volúvel") e de medidas que reforcem a tíbia confiança entre governos.
Ele ressalta, no entanto, que parte desse salto se deve ao fato de as compras terem ficado praticamente congeladas na região nos anos 80 e 90.
No bolo global, a fatia sul-americana ainda é pequena -a América, EUA inclusos, adquiriu só 11% dos novos armamentos nesse intervalo. A Ásia e a Oceania, líderes, compraram 41% (a entidade não dividiu a tabela por sub-região, nem forneceu dados suficientes para o cálculo).
A lista é encabeçada pela China, que tem gradualmente renovado seu arsenal para se equiparar a outras potências e recebeu 9% das armas do planeta. Em seguida vêm países com questões de fronteira como Índia, Coreia do Sul, Emirados Árabes Unidos e Grécia. Israel é o sexto, e os EUA, com o poder bélico há muito consolidado, são os oitavos. O Irã é o 29º, e a Rússia, a 80ª.
De todas as entregas no período, 27% foram de aeronaves militares. Os americanos continuam sendo os principais vendedores de armas, com 30% da oferta mundial, seguidos pela Rússia (23%). A China é apenas o nono, mas os pesquisadores chamam atenção para seu papel ascendente.
CELSO AMORIM: ARMAMENTO É PARA DEFESA DE FRONTEIRAS E PRÉ-SAL
O investimento brasileiro em armas não é uma reação a ameaças regionais, mas sim a forma de o país "defender suas fronteiras, as reservas do pré-sal e a Amazônia", disse ontem o chanceler Celso Amorim, em Jerusalém. Por isso, "é uma bobagem" dizer que o Brasil tenta não ficar atrás da Venezuela em gastos militares. Questionado se o aumento dos gastos é uma questão de prestígio no cenário global, ele disse que "o que credencia o Brasil [no exterior] é a sua capacidade de diálogo".
"A reconquista da soberania perdida não restabelece o status quo."
Barão do Rio Branco
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Re: GEOPOLÍTICA
"O Brasil em particular tem ligado desenvolvimento com a ideia de que é preciso adquirir uma força militar mais moderna para se tornar uma potência global,
Se o especialista discorda que indique uma potencia (nao país desenvolvido) que nao tenha força militar moderna e conseguiu manter seu status. Simples
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Re: GEOPOLÍTICA
In the name of the tens of thousands of people stuck in horrible traffic jams thanks to the visit of U.S. Vice President Joe Biden to Jerusalem, I can only hope that Brazilian President Lula da Silva intends to make his pilgrimage on foot. Jerusalem is a compact, beautiful city, and from his hotel Lula can reach every landmark on foot, without imposing further on us Jerusalemites.
We remember previous visits that led nowhere but still held us up. Just as Americans can recall where they were when Kennedy was murdered, we know where we were for each traffic jam caused by a terror attack or by a VIP delegation, or, as with the visit by Barack Obama, a terror attack and a VIP delegation.
It may be that being stuck on a bus in the capital because of an honored guest is not the biggest thing one can complain about in a city perpetually on the verge of an explosion. But as well as important visitors to stymie our movements, we also have daily jams thanks to the construction of the light rail, a train that is still in the station, yet in whose honor the entire city has spent years being excavated.
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As such, the greatest gesture of friendship that Lula da Silva can bestow upon us Jerusalemites is to walk. Firstly, this is a great way to meet the locals - of all ethnicities and nations. Secondly, walking is good for the health and for the environment, and thirdly, on foot one can really feel Jerusalem and the essence of the Israeli-Palestinian conflict.
A pleasant stroll along the walls of the Old City is a walk along the green line. It gives the pedestrian a chance to have impressed upon him exactly how impractical it is to draw a border through the center of Jerusalem, and how the green line blurs and disappears under the tracks of a train designed to bring closer the residents of Pisgat Ze'ev, the largest settlement in Jerusalem. On foot, Lula can see the separate buses for Jews and Arabs, who are occasionally, briefly, thrown together. And if he sticks around until Friday afternoon, Lula will be able to samba his way from West to East Jerusalem with the hundreds walking and dancing to Sheikh Jarrah to the tune of the drums of war.
It is safe to assume that the Brazilian president, unlike the marchers and drummers, will be allowed to reach the three Palestinian families who have been sleeping for months outside their homes, now occupied by the Jewish settlers who curse and beat and mock them. The Brazilian president has no doubt seen equally distressing images of homelessness, racism and discrimination, but perhaps a man so proud of the good relations between Jews and Arabs in his native country could spare us some words of wisdom? Maybe instead of expending so much effort on separation, building walls of hate, and superfluous Jews-only construction in a poor and unemployment-ridden city, could Lula show us how to build with recyclable materials, something at which Brazil excels, as well as direct us to a life of samba and dialogue?
The massive jams caused by Biden's visit ended with a light slap on the wrist for the timing of announcement of new construction in Ramat Shlomo. Biden, the vice president of a superpower which doles out billions to Israel, made his protest felt with his hour-and-a-half tardiness for dinner with the Netanyahus. We Jerusalemites, forever late thanks to important guests sealing off our streets and a light rail plan going nowhere fast, dream that Lula's visit will be less gridlocked and more meaningful.
For if Lula's arrival can indeed signal hope for a life of peace and equality between Jews and Arabs in Jerusalem, then our hours trapped in interminable traffic will surely pass more delightfully.
Jornal Haaretz, Israel. 15 de março de 2010. Uma das matérias mais brilhantes, em sua simplicidade e incisão, sobre a dura realidade de Jerusalém. Quem tiver ouvidos ouça, quem tiver olhos que veja.
Debater é preciso.
We remember previous visits that led nowhere but still held us up. Just as Americans can recall where they were when Kennedy was murdered, we know where we were for each traffic jam caused by a terror attack or by a VIP delegation, or, as with the visit by Barack Obama, a terror attack and a VIP delegation.
It may be that being stuck on a bus in the capital because of an honored guest is not the biggest thing one can complain about in a city perpetually on the verge of an explosion. But as well as important visitors to stymie our movements, we also have daily jams thanks to the construction of the light rail, a train that is still in the station, yet in whose honor the entire city has spent years being excavated.
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As such, the greatest gesture of friendship that Lula da Silva can bestow upon us Jerusalemites is to walk. Firstly, this is a great way to meet the locals - of all ethnicities and nations. Secondly, walking is good for the health and for the environment, and thirdly, on foot one can really feel Jerusalem and the essence of the Israeli-Palestinian conflict.
A pleasant stroll along the walls of the Old City is a walk along the green line. It gives the pedestrian a chance to have impressed upon him exactly how impractical it is to draw a border through the center of Jerusalem, and how the green line blurs and disappears under the tracks of a train designed to bring closer the residents of Pisgat Ze'ev, the largest settlement in Jerusalem. On foot, Lula can see the separate buses for Jews and Arabs, who are occasionally, briefly, thrown together. And if he sticks around until Friday afternoon, Lula will be able to samba his way from West to East Jerusalem with the hundreds walking and dancing to Sheikh Jarrah to the tune of the drums of war.
It is safe to assume that the Brazilian president, unlike the marchers and drummers, will be allowed to reach the three Palestinian families who have been sleeping for months outside their homes, now occupied by the Jewish settlers who curse and beat and mock them. The Brazilian president has no doubt seen equally distressing images of homelessness, racism and discrimination, but perhaps a man so proud of the good relations between Jews and Arabs in his native country could spare us some words of wisdom? Maybe instead of expending so much effort on separation, building walls of hate, and superfluous Jews-only construction in a poor and unemployment-ridden city, could Lula show us how to build with recyclable materials, something at which Brazil excels, as well as direct us to a life of samba and dialogue?
The massive jams caused by Biden's visit ended with a light slap on the wrist for the timing of announcement of new construction in Ramat Shlomo. Biden, the vice president of a superpower which doles out billions to Israel, made his protest felt with his hour-and-a-half tardiness for dinner with the Netanyahus. We Jerusalemites, forever late thanks to important guests sealing off our streets and a light rail plan going nowhere fast, dream that Lula's visit will be less gridlocked and more meaningful.
For if Lula's arrival can indeed signal hope for a life of peace and equality between Jews and Arabs in Jerusalem, then our hours trapped in interminable traffic will surely pass more delightfully.
Jornal Haaretz, Israel. 15 de março de 2010. Uma das matérias mais brilhantes, em sua simplicidade e incisão, sobre a dura realidade de Jerusalém. Quem tiver ouvidos ouça, quem tiver olhos que veja.
Debater é preciso.
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Re: GEOPOLÍTICA
5/03/2010 - 07h42
Compras de armas aumentam 150% na América do Sul
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da Folha Online
A compra de armas na América do Sul teve um salto de 150% nos últimos cinco anos na comparação com o período entre 2000 e 2004 --um número quase sete vezes maior que a média mundial de 22%, segundo dados apresentados pelo Instituto Internacional de Pesquisas da Paz de Estocolmo (Sipri) e reportados por Luciana Coelho, na Folha de S. Paulo.
A íntegra está disponível apenas para assinantes do jornal e do UOL.
O Sipri ressalta que, apesar das aquisições sul-americanas serem uma parcela menor do total global, há um rápido crescimento e "indícios claros de comportamento competitivo" --um país reagindo à compra por outro.
E nesta competição, o Brasil tem participação especial. "O Brasil em particular tem ligado desenvolvimento com a ideia de que é preciso adquirir uma força militar mais moderna para se tornar uma potência global, como o presidente Lula tem enfatizado nos últimos anos", disse à Folha por telefone Mark Bromley, especialista do Sipri na região.
Os dados, detalhados à Folha antecipadamente, tomam como base as encomendas de armas convencionais pesadas que foram entregues (e não apenas solicitadas) para cada país, o que cria expectativa de que o avanço persista.
O Brasil foi o terceiro comprador de armas da região e o 30º do planeta no período em foco, atrás do Chile (rival histórico do Peru e 13º comprador global) e da Venezuela (o 17º, constantemente em tensão com a Colômbia desde que Hugo Chávez e Álvaro Uribe chegaram ao poder em Caracas e Bogotá). Em seguida vêm exatamente Peru e Colômbia.
Compras de armas aumentam 150% na América do Sul
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da Folha Online
A compra de armas na América do Sul teve um salto de 150% nos últimos cinco anos na comparação com o período entre 2000 e 2004 --um número quase sete vezes maior que a média mundial de 22%, segundo dados apresentados pelo Instituto Internacional de Pesquisas da Paz de Estocolmo (Sipri) e reportados por Luciana Coelho, na Folha de S. Paulo.
A íntegra está disponível apenas para assinantes do jornal e do UOL.
O Sipri ressalta que, apesar das aquisições sul-americanas serem uma parcela menor do total global, há um rápido crescimento e "indícios claros de comportamento competitivo" --um país reagindo à compra por outro.
E nesta competição, o Brasil tem participação especial. "O Brasil em particular tem ligado desenvolvimento com a ideia de que é preciso adquirir uma força militar mais moderna para se tornar uma potência global, como o presidente Lula tem enfatizado nos últimos anos", disse à Folha por telefone Mark Bromley, especialista do Sipri na região.
Os dados, detalhados à Folha antecipadamente, tomam como base as encomendas de armas convencionais pesadas que foram entregues (e não apenas solicitadas) para cada país, o que cria expectativa de que o avanço persista.
O Brasil foi o terceiro comprador de armas da região e o 30º do planeta no período em foco, atrás do Chile (rival histórico do Peru e 13º comprador global) e da Venezuela (o 17º, constantemente em tensão com a Colômbia desde que Hugo Chávez e Álvaro Uribe chegaram ao poder em Caracas e Bogotá). Em seguida vêm exatamente Peru e Colômbia.
Re: GEOPOLÍTICA
15/03/2010 - 09h02
Para embaixador crise Israel-EUA é a pior em 35 anos
A atual crise entre Israel e Estados Unidos é a pior em 35 anos, afirmou o embaixador israelense em Washington.
"As relações entre Israel e Estados Unidos passam pela crise mais grave desde 1975", declarou Michael Oren durante uma reunião, por telefone, com os cônsules israelenses nos Estados Unidos durante o fim de semana, informa o jornal Yediot Aharonot.
Oren, que é um renomado historiador do Oriente Médio, se referia a uma grave crise em 1975 entre os dois aliados, quando os Estados Unidos obrigaram Israel a executar uma retirada parcial do Sinai egípcio, que na época era ocupado pelo Estado hebreu.
As declarações contradizem a afirmação de domingo do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, que tentou minimizar a crise provocada na semana passada com o anúncio, em plena visita do vice-presidente americano Joe Biden, de um novo projeto de colonização em Jerusalém Oriental anexado.
O anúncio - a construção de 1.600 casas em um bairro judeu que fica em uma área de maioria árabe e que foi ocupado e anexado por Israel em 1967 - foi considerado uma "humilhação" por Washington.
Também foi interpretado como um obstáculo aos esforços americanos para reativar o processo de paz entre israelenses e palestinos.
http://noticias.uol.com.br/ultimas-noti ... -anos.jhtm
Para embaixador crise Israel-EUA é a pior em 35 anos
A atual crise entre Israel e Estados Unidos é a pior em 35 anos, afirmou o embaixador israelense em Washington.
"As relações entre Israel e Estados Unidos passam pela crise mais grave desde 1975", declarou Michael Oren durante uma reunião, por telefone, com os cônsules israelenses nos Estados Unidos durante o fim de semana, informa o jornal Yediot Aharonot.
Oren, que é um renomado historiador do Oriente Médio, se referia a uma grave crise em 1975 entre os dois aliados, quando os Estados Unidos obrigaram Israel a executar uma retirada parcial do Sinai egípcio, que na época era ocupado pelo Estado hebreu.
As declarações contradizem a afirmação de domingo do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, que tentou minimizar a crise provocada na semana passada com o anúncio, em plena visita do vice-presidente americano Joe Biden, de um novo projeto de colonização em Jerusalém Oriental anexado.
O anúncio - a construção de 1.600 casas em um bairro judeu que fica em uma área de maioria árabe e que foi ocupado e anexado por Israel em 1967 - foi considerado uma "humilhação" por Washington.
Também foi interpretado como um obstáculo aos esforços americanos para reativar o processo de paz entre israelenses e palestinos.
http://noticias.uol.com.br/ultimas-noti ... -anos.jhtm
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Re: GEOPOLÍTICA
Com o pré-sal, Brasil vira o maior polo de exploração marítima de petróleo
Busca de reservas em áreas cada vez mais profundas levará o País a superar os EUA como a maior fronteira de exploração no mar
14/03/2010 - 00h 00
Nicola Pamplona
O Brasil caminha para se tornar o principal polo de exploração marítima de petróleo e gás, tomando a liderança dos Estados Unidos. O crescimento da atividade, que atrai o interesse das maiores companhias petrolíferas do mundo, põe o País na dianteira pelo domínio da produção em águas profundas, definida pela Agência Internacional de Energia (AIE) como a principal fonte de crescimento da oferta mundial nas próximas décadas.
"Em termos de perfuração de águas profundas, o Brasil vai se tornar o país mais importante do mundo", diz o consultor-chefe da consultoria especializada ODS-Petrodata, Tom Kellock. Essa avaliação ganhou um reforço na semana passada com a compra, pela empresa britânica BP, de ativos da americana Devon ao redor do mundo, operação que envolveu US$ 7 bilhões e a venda de ativos no Canadá.
"A BP entra nas águas profundas do Brasil e fortalece seu portfólio", dizia o título do comunicado que anunciou o negócio, que incluiu operações no Golfo do México e no Azerbaijão. A BP era a única entre as gigantes do setor que não tinha ativos de exploração e produção no País.
De acordo com a ODS-Petrodata, o Brasil tem hoje 56 sondas marítimas de perfuração de poços petrolíferos em operação, ante 68 na costa americana do Golfo do México, região que mais atrai investimentos nesse segmento. Para os próximos anos, as companhias que operam no País receberão 32 novas unidades. Nos EUA, serão apenas 14.
O prazo para a ultrapassagem, diz Kellock, depende do ritmo das encomendas da Petrobrás, que está licitando 28 sondas de alta tecnologia para o pré-sal, com entrega das unidades para 2014. Antes, a empresa vai receber 23 novas unidades, 12 delas para o pré-sal. Cada unidade tem um custo diário estimado em cerca de US$ 1 milhão, incluindo aluguel e suprimentos.
Há 10 anos, apenas 15 sondas perfuravam poços em águas brasileiras, de acordo com dados da Schlumberger, prestadora de serviços para o setor. No Golfo do México eram 120.
"Hoje, competimos com a Exxon e a Shell em número de poços exploratórios perfurados", orgulha-se o diretor de Exploração e Produção da Petrobrás, Guilherme Estrella. Este ano, diz a Agência Nacional do Petróleo (ANP), serão perfurados 69 poços na costa brasileira. O esforço não é limitado às atividades da Petrobrás - a OGX prevê 27 poços em 2010.
Na opinião de Estrella, a atividade põe o País na dianteira pelo desenvolvimento da nova fronteira do petróleo: as águas profundas. "A AIE diz que em 2030 serão consumidos 100 milhões de barris por dia, dos quais 60% a 70% não estão descobertos. Esse volume deve vir majoritariamente de águas profundas. É uma luta encarniçada para suprir esses 60 milhões de barris."
Outras fronteiras de exploração são a de óleos pesados na Venezuela e a de areias betuminosas do Canadá, onde há grande atividade terrestre, além do petróleo do Ártico. Os maiores produtores mundiais hoje, como Arábia Saudita e Rússia, têm foco em campos em terra.
Os impactos dessa luta citada por Estrella já podem ser sentidos no País. "Não iria conseguir, em terra, um salário como o que ganho", diz Luciano Melo. Ele ganha R$ 1,5 mil por mês, mais benefícios, como homem de área da plataforma SS-73 Gold Star, da Queiroz Galvão, equipamento que está no País há um mês. Com curso técnico de eletricista, Luciano é novato em sondas, e trabalha em funções prosaicas, como carregamento de cargas e limpeza.
Todas as empresas de perfuração estão em processo de contratação. "Hoje, temos 120 funcionários. Amanhã, vai ser outro número", brinca Gerson Peccioli, presidente da norueguesa Sevan Marine, que, a pedido da Petrobrás, desviou para o Brasil uma sonda que apoiaria as atividades da companhia no exterior.
Além dos empregos, Peccioli vê "massa crítica" para que fornecedores de equipamentos comecem a se instalar no País. Já há casos concretos, como a Aker Solutions, que abriu no ano passado uma fábrica de risers (espécie de tubos) de perfuração em Macaé, financiada com um pacote de fornecimento de longo prazo para a Queiroz Galvão.
A expectativa da Petrobrás, agora, é atrair os grandes estaleiros mundiais. Para isso, definiu que as 28 sondas em licitação devem ser construídas no Brasil, exigência que trouxe ao País executivos dos principais grupos do setor, como Hyundai e Daewoo. As construtoras brasileiras que já atuam em exploração, como a Queiroz Galvão e Odebrecht, também planejam atuar na construção das sondas.
Busca de reservas em áreas cada vez mais profundas levará o País a superar os EUA como a maior fronteira de exploração no mar
14/03/2010 - 00h 00
Nicola Pamplona
O Brasil caminha para se tornar o principal polo de exploração marítima de petróleo e gás, tomando a liderança dos Estados Unidos. O crescimento da atividade, que atrai o interesse das maiores companhias petrolíferas do mundo, põe o País na dianteira pelo domínio da produção em águas profundas, definida pela Agência Internacional de Energia (AIE) como a principal fonte de crescimento da oferta mundial nas próximas décadas.
"Em termos de perfuração de águas profundas, o Brasil vai se tornar o país mais importante do mundo", diz o consultor-chefe da consultoria especializada ODS-Petrodata, Tom Kellock. Essa avaliação ganhou um reforço na semana passada com a compra, pela empresa britânica BP, de ativos da americana Devon ao redor do mundo, operação que envolveu US$ 7 bilhões e a venda de ativos no Canadá.
"A BP entra nas águas profundas do Brasil e fortalece seu portfólio", dizia o título do comunicado que anunciou o negócio, que incluiu operações no Golfo do México e no Azerbaijão. A BP era a única entre as gigantes do setor que não tinha ativos de exploração e produção no País.
De acordo com a ODS-Petrodata, o Brasil tem hoje 56 sondas marítimas de perfuração de poços petrolíferos em operação, ante 68 na costa americana do Golfo do México, região que mais atrai investimentos nesse segmento. Para os próximos anos, as companhias que operam no País receberão 32 novas unidades. Nos EUA, serão apenas 14.
O prazo para a ultrapassagem, diz Kellock, depende do ritmo das encomendas da Petrobrás, que está licitando 28 sondas de alta tecnologia para o pré-sal, com entrega das unidades para 2014. Antes, a empresa vai receber 23 novas unidades, 12 delas para o pré-sal. Cada unidade tem um custo diário estimado em cerca de US$ 1 milhão, incluindo aluguel e suprimentos.
Há 10 anos, apenas 15 sondas perfuravam poços em águas brasileiras, de acordo com dados da Schlumberger, prestadora de serviços para o setor. No Golfo do México eram 120.
"Hoje, competimos com a Exxon e a Shell em número de poços exploratórios perfurados", orgulha-se o diretor de Exploração e Produção da Petrobrás, Guilherme Estrella. Este ano, diz a Agência Nacional do Petróleo (ANP), serão perfurados 69 poços na costa brasileira. O esforço não é limitado às atividades da Petrobrás - a OGX prevê 27 poços em 2010.
Na opinião de Estrella, a atividade põe o País na dianteira pelo desenvolvimento da nova fronteira do petróleo: as águas profundas. "A AIE diz que em 2030 serão consumidos 100 milhões de barris por dia, dos quais 60% a 70% não estão descobertos. Esse volume deve vir majoritariamente de águas profundas. É uma luta encarniçada para suprir esses 60 milhões de barris."
Outras fronteiras de exploração são a de óleos pesados na Venezuela e a de areias betuminosas do Canadá, onde há grande atividade terrestre, além do petróleo do Ártico. Os maiores produtores mundiais hoje, como Arábia Saudita e Rússia, têm foco em campos em terra.
Os impactos dessa luta citada por Estrella já podem ser sentidos no País. "Não iria conseguir, em terra, um salário como o que ganho", diz Luciano Melo. Ele ganha R$ 1,5 mil por mês, mais benefícios, como homem de área da plataforma SS-73 Gold Star, da Queiroz Galvão, equipamento que está no País há um mês. Com curso técnico de eletricista, Luciano é novato em sondas, e trabalha em funções prosaicas, como carregamento de cargas e limpeza.
Todas as empresas de perfuração estão em processo de contratação. "Hoje, temos 120 funcionários. Amanhã, vai ser outro número", brinca Gerson Peccioli, presidente da norueguesa Sevan Marine, que, a pedido da Petrobrás, desviou para o Brasil uma sonda que apoiaria as atividades da companhia no exterior.
Além dos empregos, Peccioli vê "massa crítica" para que fornecedores de equipamentos comecem a se instalar no País. Já há casos concretos, como a Aker Solutions, que abriu no ano passado uma fábrica de risers (espécie de tubos) de perfuração em Macaé, financiada com um pacote de fornecimento de longo prazo para a Queiroz Galvão.
A expectativa da Petrobrás, agora, é atrair os grandes estaleiros mundiais. Para isso, definiu que as 28 sondas em licitação devem ser construídas no Brasil, exigência que trouxe ao País executivos dos principais grupos do setor, como Hyundai e Daewoo. As construtoras brasileiras que já atuam em exploração, como a Queiroz Galvão e Odebrecht, também planejam atuar na construção das sondas.
"A reconquista da soberania perdida não restabelece o status quo."
Barão do Rio Branco
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Re: GEOPOLÍTICA
E que se ache mais e mais locais pra manter nossa produção proximo do nosso consumo .
(Nao so la muito fã de exportar um recurso extremamente finito).
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Re: GEOPOLÍTICA
Chanceler de Israel boicota discurso de Lula no Parlamento
Guila Flint e Silvia Salek
Enviadas especiais da BBC Brasil a Jerusalém
O ministro das Relações Exteriores de Israel, Avigdor Lieberman, decidiu nesta segunda-feira boicotar o discurso que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez ao Parlamento israelense, conhecido como Knesset.
Segundo a imprensa israelense, a medida foi tomada em protesto à decisão de Lula de não visitar o túmulo de Theodor Herzl, fundador do sionismo.
O chanceler também boicotou um encontro entre Lula e o primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu. Segundo o chanceler, o líder brasileiro teria desprezado Israel por recusar o tradicional convite feito pelo governo israelense.
Apesar de Lula ter recusado a visita ao túmulo de Herzl, está programada uma visita do presidente ao túmulo do ex-líder palestino Yasser Arafat durante sua visita oficial a Ramallah, na quarta-feira.
Clique Leia mais na BBC Brasil: Em Israel, Lula critica assentamentos e defende Estado palestino
Razões ‘ocultas’
Segundo um representante da comitiva brasileira, a decisão do presidente Lula de não ir ao túmulo de Herzl não foi influenciada por razões "ocultas".
"Não é uma questão de dar sinais políticos ocultos. Está se fazendo uma tempestade em copo d'água, e a decisão não é uma desfeita por parte do presidente", disse a fonte.
A informação que chegou ao governo brasileiro é de que a visita ao túmulo de Herzl não é praxe de viagens oficiais.
Os dois últimos chefes de Estado que passaram por Israel – o presidente francês, Nicolas Sarkozy, e o primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi – não visitaram o local.
'Lamentável'
O chefe do protocolo do Ministério das Relações Exteriores de Israel, Yitzhak Eldan, disse à BBC Brasil ser “lamentável” que o governo brasileiro não tenha aceitado o convite de Israel para visitar o túmulo de Herzl.
"A prática na diplomacia internacional é respeitar o protocolo (dos países anfitriões)", disse. "Se eu fosse ao Brasil, não questionaria o protocolo em respeito ao país."
Segundo o embaixador Eldan, que coordenou, pelo lado israelense, a organização da visita presidencial, a sugestão foi feita para marcar os 150 anos de nascimento de Herzl, e Lula seria o primeiro chefe de Estado a incluir a visita em sua agenda.
"(Em visita a Israel na semana passada, o vice-presidente americano Joe) Biden depositou flores no túmulo de Herzl", comparou, admitindo, no entanto, que Lula seria o primeiro chefe de Estado a ter a visita sugerida desde a decisão israelense de voltar a homenagear o sionista em visitas oficiais.
"Até 1994, essa visita fazia parte de todas as visitas presidenciais. Com a morte de Rabin, mudamos o protocolo", disse.
"Eu, como chefe do protocolo, renovei a tradição para marcar os 150 anos de nascimento do visionário do Estado de Israel."
"O que é o protocolo? É o respeito aos símbolos e, nesse caso, respeito ao movimento de liberação do Estado judeu.”
"Manifestamos nossa decepção, mas não vamos insistir no assunto. Não queremos que isso ganhe uma dimensão que comprometa o sucesso da visita", concluiu.
Repercussão
O incidente já está causando repercussão em alguns setores da sociedade israelense.
Em entrevista à BBC Brasil, o porta-voz da Agência Judaica, Michel Jankelowitz, classificou de "insulto" a recusa do convite.
"Lula entraria para a história como o primeiro chefe de Estado a se recusar a prestar essa homenagem a Israel", disse.
Para ele, a possível decisão comprometeria as ambições do governo brasileiro de ser um mediador justo nas negociações de paz no Oriente Médio.
Lula tenta lançar o Brasil como mediador numa eventual retomada do processo de paz entre israelenses e palestinos, que está congelado desde dezembro de 2008.
A posição brasileira no diálogo com o Irã é vista por muitos setores da sociedade israelense como um obstáculo à iniciativa de Lula.
O ponto-chave da crítica ao Brasil está na aproximação entre Lula e o presidente iraniano Mahmoud Ahmadinejad, que não disfarça suas posições incendiárias, como a negação do Holocausto, e já disse que Israel deveria ser riscado do mapa.
Clique Leia mais na BBC Brasil: Lula defende 'que se ouça mais gente' no processo de paz do Oriente Médio
"Gutta cavat lapidem"
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Re: GEOPOLÍTICA
12/03/2010 - 01h03
Vale quer aumento do preço mundial do minério de ferro
Javier Blas
Em Londres (Reino Unido)
UOL
Pedro Lobo/Folha Imagem Usina de extração de minério de ferro da companhia Vale em Minas Gerais (Brasil)
A mineradora brasileira Vale, a maior companhia extratora de minério de ferro do país, pediu a alguns dos maiores produtores mundiais de aço que paguem de 80% a 100% a mais pelas suas reservas do minério em 2010 e 2011, segundo a associação de produtores de aço europeus.
A declaração da Eurofer é a primeira confirmação de que as companhias de minério de ferro, incluindo a Vale, a Rio Tinto e a BHB Billiton, estão buscando um aumento de preços recorde para esse produto.
Gordon Moffat, o diretor-geral da Eurofer, disse ao “Financial Times” que a Vale propôs um aumento de 80% a 90% do preço do minério de qualidade inferior aos produtores europeus de aço e de mais de 100% para o minério e pellets de melhor qualidade. “Até o momento a Rio Tinto e a BHP Billiton estão em cima do muro”, disse ele.
Em um comunicado, a Eurofer declarou: “A indústria siderúrgica europeia está indignada com o anúncio feito pela indústria do minério de ferro de que haverá aumentos maciços de preço”.
Moffat acrescentou que a Vale deseja modificar os contratos de fornecimento de minério de ferro, que atualmente são anuais, e passariam a ser trimestrais. Ele recusou-se a citar o nome das companhias siderúrgicas que receberam os comunicados, mas a ArcelorMittal e a ThyssenKrupp são duas integrantes importantes da Eurofer e tradicionalmente lideram as negociações entre as siderúrgicas europeia e as mineradoras.
A Vale não respondeu a telefonemas solicitando que a empresa tecesse comentários sobre a questão.
A demanda por um aumento recorde do preço desta matéria-prima usada na produção de aço ocorre no momento em que o comércio de minério de ferro atinge o seu patamar mais elevado dos últimos 18 meses. O minério de ferro australiano – com um teor de ferro de 62% - alcançou ontem (11/03) o valor de US$ 131 (R$ 231,87) a tonelada, segundo negociações realizadas na bolsa de valores de Cingapura. Ao se excluir o valor do frete da Austrália à China, que é de cerca de US$ 10 (R$ 17,70) a tonelada, os preços atuais estão cerca de duas vezes mais elevados do que o valor de US$ 60 (R$ 106,20) a tonelada utilizado para os contratos anuais que foram fechados em 2009 e início de 2010.
Os preços do minério de ferro aumentaram 120% no último ano, quando a China elevou as suas compras do produto para compensar a baixa produção doméstica.
Os executivos do setor de mineração já advertiram que os chamados contratos anuais de benchmark precisam refletir os preços maiores do mercado do minério.
As siderúrgicas e as mineradoras estão quase estourando o prazo para chegar a um acordo antes que os atuais contratos de 2009/2011 expirem em 31 de março. As negociações poderiam prosseguir após aquela data, com os preços ajustados retroativamente.
As siderúrgicas estão resistindo ferozmente ao aumento dos preços, argumentando que o mercado de minério de ferro não reflete o verdadeiro equilíbrio entre a oferta e a demanda. Moffat disse que aumentos de preços da magnitude que está sendo proposta teriam um “impacto significativo sobre os preços do aço”, indicando que as siderúrgicas elevariam em cerca de 100 euros (R$ 242,31) o preço atual da tonelada da bobina laminada a quente, que é de aproximadamente 450 euros (R$ 1.090).
Vale quer aumento do preço mundial do minério de ferro
Javier Blas
Em Londres (Reino Unido)
UOL
Pedro Lobo/Folha Imagem Usina de extração de minério de ferro da companhia Vale em Minas Gerais (Brasil)
A mineradora brasileira Vale, a maior companhia extratora de minério de ferro do país, pediu a alguns dos maiores produtores mundiais de aço que paguem de 80% a 100% a mais pelas suas reservas do minério em 2010 e 2011, segundo a associação de produtores de aço europeus.
A declaração da Eurofer é a primeira confirmação de que as companhias de minério de ferro, incluindo a Vale, a Rio Tinto e a BHB Billiton, estão buscando um aumento de preços recorde para esse produto.
Gordon Moffat, o diretor-geral da Eurofer, disse ao “Financial Times” que a Vale propôs um aumento de 80% a 90% do preço do minério de qualidade inferior aos produtores europeus de aço e de mais de 100% para o minério e pellets de melhor qualidade. “Até o momento a Rio Tinto e a BHP Billiton estão em cima do muro”, disse ele.
Em um comunicado, a Eurofer declarou: “A indústria siderúrgica europeia está indignada com o anúncio feito pela indústria do minério de ferro de que haverá aumentos maciços de preço”.
Moffat acrescentou que a Vale deseja modificar os contratos de fornecimento de minério de ferro, que atualmente são anuais, e passariam a ser trimestrais. Ele recusou-se a citar o nome das companhias siderúrgicas que receberam os comunicados, mas a ArcelorMittal e a ThyssenKrupp são duas integrantes importantes da Eurofer e tradicionalmente lideram as negociações entre as siderúrgicas europeia e as mineradoras.
A Vale não respondeu a telefonemas solicitando que a empresa tecesse comentários sobre a questão.
A demanda por um aumento recorde do preço desta matéria-prima usada na produção de aço ocorre no momento em que o comércio de minério de ferro atinge o seu patamar mais elevado dos últimos 18 meses. O minério de ferro australiano – com um teor de ferro de 62% - alcançou ontem (11/03) o valor de US$ 131 (R$ 231,87) a tonelada, segundo negociações realizadas na bolsa de valores de Cingapura. Ao se excluir o valor do frete da Austrália à China, que é de cerca de US$ 10 (R$ 17,70) a tonelada, os preços atuais estão cerca de duas vezes mais elevados do que o valor de US$ 60 (R$ 106,20) a tonelada utilizado para os contratos anuais que foram fechados em 2009 e início de 2010.
Os preços do minério de ferro aumentaram 120% no último ano, quando a China elevou as suas compras do produto para compensar a baixa produção doméstica.
Os executivos do setor de mineração já advertiram que os chamados contratos anuais de benchmark precisam refletir os preços maiores do mercado do minério.
As siderúrgicas e as mineradoras estão quase estourando o prazo para chegar a um acordo antes que os atuais contratos de 2009/2011 expirem em 31 de março. As negociações poderiam prosseguir após aquela data, com os preços ajustados retroativamente.
As siderúrgicas estão resistindo ferozmente ao aumento dos preços, argumentando que o mercado de minério de ferro não reflete o verdadeiro equilíbrio entre a oferta e a demanda. Moffat disse que aumentos de preços da magnitude que está sendo proposta teriam um “impacto significativo sobre os preços do aço”, indicando que as siderúrgicas elevariam em cerca de 100 euros (R$ 242,31) o preço atual da tonelada da bobina laminada a quente, que é de aproximadamente 450 euros (R$ 1.090).
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Re: GEOPOLÍTICA
Contanto que o preço fique igual pra CSN e metalurgicas brasileiras. Pode por 200% hehe. (Por sinal seria um grande estimulo pras nossas metalurgicas aumentarem a produção).
A vantagem de ser a maior absoluta é essa. Nao tem outro.
E pelo visto é uma tendencia de todas as mineradoras. O que piora mais ainda a margem de manobra.
Exportar commodyte tem suas vantagens tb
A vantagem de ser a maior absoluta é essa. Nao tem outro.
E pelo visto é uma tendencia de todas as mineradoras. O que piora mais ainda a margem de manobra.
Exportar commodyte tem suas vantagens tb
Re: GEOPOLÍTICA
Câmara dos EUA pede que Brasil desista de sanções
A possibilidade de que o Brasil aplique sanções de propriedade intelectual contra empresas americanas atingirá o desenvolvimento econômico do país sul-americano, afirmou nesta segunda-feira a Câmara de Comércio americana.
O Brasil anunciou há uma semana uma lista de produtos americanos que serão sobretaxados, totalizando US$ 591 milhões, e ameaçou com outras sanções sobre serviços e propriedade intelectual (principalmente dirigidos às indústrias farmacêutica e de música), por até US$ 238 milhões.
"Uma ação deste tipo poderia converter o Brasil em um lugar menos hospitaleiro para as indústrias baseadas na propriedade intelectual a longo prazo", afirmou a Câmara em um comunicado.
"Pedimos ao governo brasileiro que suspenda qualquer represália enquanto ambas as partes seguirem negociando uma solução", afirmou.
Em uma histórica decisão, o Brasil foi autorizado pela Organização Mundial do Comércio (OMC) a aplicar medidas compensatórias por US$ 830 milhões por ano em represália aos subsídios americanos ilegais aplicados na produção de algodão.
A disputa levou altos responsáveis americanos, entre eles o próprio secretário de Comércio, Gary Locke, a viajar ao Brasil para tentar reverter a situação.
O presidente Luiz Inacio Lula da Silva pediu na quarta-feira ao presidente americano, Barack Obama, que "coloque suas pessoas para negociar rapidamente" para acabar com o conflito. As sanções brasileiras entrarão em vigor em 30 dias.
O Diário Oficial da União divulgou nesta segunda resolução destinada à consulta pública para adoção de medidas de suspensão de concessão e obrigações na área de propriedade intelectual contra os Estados Unidos em retaliação aos subsídios concedidos aos produtores americanos de algodão. A decisão complementa medidas anunciadas na semana passada que elevavam o imposto de importação de produtos americanos.
Entre as novas medidas se destacam a suspensão de direitos e obrigações que o país tem, relativos a patentes e direitos de marca e de autor; a subtração do prazo de patentes; a possibilidade de permitir a importação paralela de produtos protegidos por patente e a suspensão de direitos de autor e cobrança de taxas adicionais.
A segunda lista se refere ao que se chama de retaliação cruzada, que não se limita à área que motivou a solicitação original na Organização Mundial do Comércio (OMC). Com isso, a resposta brasileira pode ter uma abrangência maior, não limitada à área de bens, ou ao setor agrícola. É a terceira vez que a OMC autoriza esse tipo de retaliação e, caso seja concretizada, será a primeira vez que ela se tornará efetiva.
AFP
Re: GEOPOLÍTICA
São bem cara de pau.É uma mostra que estão pouco se lixando para a OMC.Um pouco de diálogo e humildade seria um bom começo para os EUA sobre essa decisão.Junker escreveu:
Câmara dos EUA pede que Brasil desista de sanções
A possibilidade de que o Brasil aplique sanções de propriedade intelectual contra empresas americanas atingirá o desenvolvimento econômico do país sul-americano, afirmou nesta segunda-feira a Câmara de Comércio americana.
O Brasil anunciou há uma semana uma lista de produtos americanos que serão sobretaxados, totalizando US$ 591 milhões, e ameaçou com outras sanções sobre serviços e propriedade intelectual (principalmente dirigidos às indústrias farmacêutica e de música), por até US$ 238 milhões.
"Uma ação deste tipo poderia converter o Brasil em um lugar menos hospitaleiro para as indústrias baseadas na propriedade intelectual a longo prazo", afirmou a Câmara em um comunicado.
"Pedimos ao governo brasileiro que suspenda qualquer represália enquanto ambas as partes seguirem negociando uma solução", afirmou.
Em uma histórica decisão, o Brasil foi autorizado pela Organização Mundial do Comércio (OMC) a aplicar medidas compensatórias por US$ 830 milhões por ano em represália aos subsídios americanos ilegais aplicados na produção de algodão.
A disputa levou altos responsáveis americanos, entre eles o próprio secretário de Comércio, Gary Locke, a viajar ao Brasil para tentar reverter a situação.
O presidente Luiz Inacio Lula da Silva pediu na quarta-feira ao presidente americano, Barack Obama, que "coloque suas pessoas para negociar rapidamente" para acabar com o conflito. As sanções brasileiras entrarão em vigor em 30 dias.
O Diário Oficial da União divulgou nesta segunda resolução destinada à consulta pública para adoção de medidas de suspensão de concessão e obrigações na área de propriedade intelectual contra os Estados Unidos em retaliação aos subsídios concedidos aos produtores americanos de algodão. A decisão complementa medidas anunciadas na semana passada que elevavam o imposto de importação de produtos americanos.
Entre as novas medidas se destacam a suspensão de direitos e obrigações que o país tem, relativos a patentes e direitos de marca e de autor; a subtração do prazo de patentes; a possibilidade de permitir a importação paralela de produtos protegidos por patente e a suspensão de direitos de autor e cobrança de taxas adicionais.
A segunda lista se refere ao que se chama de retaliação cruzada, que não se limita à área que motivou a solicitação original na Organização Mundial do Comércio (OMC). Com isso, a resposta brasileira pode ter uma abrangência maior, não limitada à área de bens, ou ao setor agrícola. É a terceira vez que a OMC autoriza esse tipo de retaliação e, caso seja concretizada, será a primeira vez que ela se tornará efetiva.
AFP
Re: GEOPOLÍTICA
Eu não sei se é usual em retaliações autorizadas pela OMC, mas eu considero a idéia de retaliação comercial através de direitos de patentes e propriedade intelectual inquietante.
Vejam bem, enquanto normalmente as retaliações se dão por sobretaxa de produtos importados, oque atinge indiretamente empresas, mas diretamente o país ao qual elas pertencem(ou seja, os danos de competitividade para essas empresas são meros efeitos colaterais), essas retaliações sobre patentes afetam diretamente indivíduos e empresas americanas, tomando desses o dinheiro que de outra forma lhes pertenceria. Ou seja, a pretexto de punir os EUA por incentivos ilegais à produção de algodão, uma empresa farmaceutica, que não tem nada haver com o assunto, pode ter uma patente de remédio por ela desenvolvida quebrada antes do vencimento da mesma. O dano financeiro é direto, sobre uma empresa, e não sobre o país, EUA, o verdadeiro culpado do problema. Filmes, música e programas, cuja propriedade intelectual é de empresas e de artistas também podem ter seus royalties "sequestrados" ou meramente roubados, penalizando indivíduos que, novamente, não tem nada haver com o assunto.
Não me parece justo penalizar diretamente quem não tem nada haver com o assunto. Se quiserem taxar o envio de royalties relativos à esses produtos, ou taxar a importação dos mesmos quando vindos dos EUA, tudo certo, afinal, esse é o mecanismo aceito da OMC, mas cancelar patentes ou direitos autorais arbitrariamente me parece um precedente perigoso.
Allan
Vejam bem, enquanto normalmente as retaliações se dão por sobretaxa de produtos importados, oque atinge indiretamente empresas, mas diretamente o país ao qual elas pertencem(ou seja, os danos de competitividade para essas empresas são meros efeitos colaterais), essas retaliações sobre patentes afetam diretamente indivíduos e empresas americanas, tomando desses o dinheiro que de outra forma lhes pertenceria. Ou seja, a pretexto de punir os EUA por incentivos ilegais à produção de algodão, uma empresa farmaceutica, que não tem nada haver com o assunto, pode ter uma patente de remédio por ela desenvolvida quebrada antes do vencimento da mesma. O dano financeiro é direto, sobre uma empresa, e não sobre o país, EUA, o verdadeiro culpado do problema. Filmes, música e programas, cuja propriedade intelectual é de empresas e de artistas também podem ter seus royalties "sequestrados" ou meramente roubados, penalizando indivíduos que, novamente, não tem nada haver com o assunto.
Não me parece justo penalizar diretamente quem não tem nada haver com o assunto. Se quiserem taxar o envio de royalties relativos à esses produtos, ou taxar a importação dos mesmos quando vindos dos EUA, tudo certo, afinal, esse é o mecanismo aceito da OMC, mas cancelar patentes ou direitos autorais arbitrariamente me parece um precedente perigoso.
Allan