GEOPOLÍTICA

Área destinada para discussão sobre os conflitos do passado, do presente, futuro e missões de paz

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WalterGaudério
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Re: GEOPOLÍTICA

#1471 Mensagem por WalterGaudério » Seg Mar 08, 2010 5:14 pm

irlan escreveu:Esse post de reservas comprovadas inclui o pré-sal?
Depende da data da pesquisa. Mas acredito que não. O que foi "comprovado" no pré-sal foram apenas 8Bilhões de barris. E apenas 6% da área pré-sal foi prospectada de amneira adequada com tecnologia atualizada.




Só há 2 tipos de navios: os submarinos e os alvos...

Armam-se homens com as melhores armas.
Armam-se Submarinos com os melhores homens.


Os sábios PENSAM
Os Inteligentes COPIAM
Os Idiotas PLANTAM e os
Os Imbecis FINANCIAM...
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Marino
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Re: GEOPOLÍTICA

#1472 Mensagem por Marino » Ter Mar 09, 2010 11:57 am

Não sei se cabe aqui, mas...

Sociedade desfibrada

Aristóteles Drummond



A elite brasileira sempre soube cumprir com o seu papel perante a história. Defendeu posições coerentes com uma nação civilizada e compromissada com a ordem e o progresso, divisa de nossa Bandeira. Assim é que o movimento da Independência foi uma realidade tal que influenciou o príncipe regente dom Pedro I desde o chamado Dia do Fico, oito meses antes da proclamação do Ipiranga.

A estabilidade obtida a duras penas, até a maioridade e ao longo de 49 anos do Segundo Reinado, nos deu progresso e uma respeitada presença internacional. O processo da abolição foi lento, gradual mas seguro e, por fim, reuniu a maioria do pensamento nacional. Joaquim Nabuco, o abolicionista maior, cujo centenário da morte está sendo lembrado, nunca deixou de respeitar e admirar a família imperial, a começar pelo seu chefe.

Assim foi na Primeira República, com a conscientização da necessidade de se construir um grande país, nos sonhos dos jovens do 18 do Forte, dos movimentos de 24 e com a Revolução de 30. Neste último, assumimos a maioridade com Vargas, nos seus 15 anos de bom-senso e segurança, com as bases do progresso social e econômico que passamos a ter, entre as maiores taxas do mundo até 1985. Uma evolução permanente, com respaldo popular, no caso de Vargas confirmada em sua volta em 50.

Os anos JK contaram com barulhenta oposição, mas tiveram o reconhecimento da história com grande velocidade. Quando estávamos na beira do caos, em 64, os civis, empresários, políticos e intelectuais, quase toda a imprensa , agiram fortemente no sentido de forçar a manifestação dos militares. Estes salvaram a ordem e promoveram o progresso, enfrentando, como tantos outros países, a oposição radical e sangrenta dos movimentos revolucionários além da crítica dos liberais que não entenderam a gravidade da ameaça de o país mergulhar na ingovernabilidade e interromper um processo de grande desenvolvimento econômico e social.

O Brasil tornou-se moderno, competitivo, potência econômica no regime militar, com a orientação de talentosos brasileiros como Roberto Campos, Mário Henrique Simonsen, Delfim Netto, Ernane Galveas, Hélio Beltrão, Mário Andreazza, César Cals, João Camilo Pena e outros tantos. O trabalhador teve o FGTS e o plano habitacional; o homem do campo, o Funrural; a estrutura de governo foi reformada; houve investimento em grandes obras nos setores de energia, transportes e telecomunicações. Tudo com participação da sociedade, apoio externo e austeridade.

Agora, vivemos um momento grave, com investidas de inimigos da liberdade de imprensa, propostas que ferem o sentimento religioso (e, sobretudo, cristão) do povo brasileiro. Hostilidades aos nossos mais tradicionais aliados e gestos de generosidade com ditadores que fariam corar o velho Barão do Rio Branco. O cerco à livre iniciativa pela via fiscal, regulatória, ambiental e até a criação de áreas sem controle entregues a indígenas e não se sabe a quem... Isso tudo deveria provocar uma reação da elite, se ela ainda existisse.

Estamos sem voz para alertar a sociedade e o próprio governo, no seu segmento mais responsável. Os políticos imaculados são cada vez mais raros, as penas vibrantes de indignação raras e o pensamento militar muito asfixiado, embora vivo nas palavras de oficiais como os generais Augusto Heleno e Santa Rosa. Mas é muito pouco perto da dimensão do que nos ameaça.

Devemos procurar substitutos para Oscar Correa, Bilac Pinto, Silvio Heck, Odilo Denis, Eduardo Gomes, Rui Gomes de Almeida, Gilberto Huber... Políticos, militares e empresários que salvaram o Brasil quando este correu perigo.

Aristóteles Drummond é jornalista.




"A reconquista da soberania perdida não restabelece o status quo."
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Re: GEOPOLÍTICA

#1473 Mensagem por Marino » Ter Mar 09, 2010 12:07 pm

Redescobrindo o Brasil



ESTOCOLMO - O mundo demorou, mas finalmente descobriu o Brasil, país com 8,5 milhões de quilômetros quadrados, 190 milhões de habitantes, economia pujante e emergente e que passou por FHC ("Mr. Cardoso"), com sua visão estratégica e charme intelectual, e chegou a Lula, com sua impactante biografia e desenvoltura política.

Essas condições, já muito boas, estão sendo potencializadas por três circunstâncias:

1) Itália, Alemanha e Suécia são bons exemplos de como o resto da Europa corre atrás do prejuízo, depois que a tal "aliança estratégica" já rendeu negócios de R$ 22 bi para a França e pode render ainda mais uns R$ 10 bi na área de defesa;

2) Japão e Coreia do Sul trazem caravanas de empresários, tentando convencer governo e correspondentes brasileiros de que a Ásia vai além da China, que está por toda a parte, agressivamente;

3) E todos, França, Itália, Alemanha, Espanha, Suécia, Japão, China, Coreia e EUA, miram a Copa de 2014 e a Olimpíada de 2016. Serão bilhões em estádios, indústria hoteleira, comunicações, ônibus, metrôs, trens, segurança, limpeza.

Nessa corrida, intensificam-se o marketing e o foco na tradição de relações comerciais e culturais. O ministro do Exterior da Alemanha, Guido Westerwelle, está hoje em Brasília com o trunfo de que o maior comércio do Brasil na Europa é com os alemães. O primeiro-ministro da Itália, Silvio Berlusconi, que está enrolado com a política interna e já adiou duas vezes a sua viagem, invoca a fortíssima colônia italiana em São Paulo e no Sul. Os reis da Suécia, Carl Gustaf e Sílvia, chegam no dia 21 lembrando a origem brasileira dela e as mais de 200 grandes empresas suecas que já investem no Brasil há décadas.

É a lei do mercado: quanto mais disputam o Brasil, mais o Brasil pode barganhar preços, condições e contrapartidas. Se conseguir superar a corrupção e a miséria, melhor ainda. Mas isso vai demorar...




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Re: GEOPOLÍTICA

#1474 Mensagem por Penguin » Ter Mar 09, 2010 9:58 pm

Marino escreveu:Redescobrindo o Brasil



ESTOCOLMO - O mundo demorou, mas finalmente descobriu o Brasil, país com 8,5 milhões de quilômetros quadrados, 190 milhões de habitantes, economia pujante e emergente e que passou por FHC ("Mr. Cardoso"), com sua visão estratégica e charme intelectual, e chegou a Lula, com sua impactante biografia e desenvoltura política.

Essas condições, já muito boas, estão sendo potencializadas por três circunstâncias:

1) Itália, Alemanha e Suécia são bons exemplos de como o resto da Europa corre atrás do prejuízo, depois que a tal "aliança estratégica" já rendeu negócios de R$ 22 bi para a França e pode render ainda mais uns R$ 10 bi na área de defesa;

2) Japão e Coreia do Sul trazem caravanas de empresários, tentando convencer governo e correspondentes brasileiros de que a Ásia vai além da China, que está por toda a parte, agressivamente;

3) E todos, França, Itália, Alemanha, Espanha, Suécia, Japão, China, Coreia e EUA, miram a Copa de 2014 e a Olimpíada de 2016. Serão bilhões em estádios, indústria hoteleira, comunicações, ônibus, metrôs, trens, segurança, limpeza.

Nessa corrida, intensificam-se o marketing e o foco na tradição de relações comerciais e culturais. O ministro do Exterior da Alemanha, Guido Westerwelle, está hoje em Brasília com o trunfo de que o maior comércio do Brasil na Europa é com os alemães. O primeiro-ministro da Itália, Silvio Berlusconi, que está enrolado com a política interna e já adiou duas vezes a sua viagem, invoca a fortíssima colônia italiana em São Paulo e no Sul. Os reis da Suécia, Carl Gustaf e Sílvia, chegam no dia 21 lembrando a origem brasileira dela e as mais de 200 grandes empresas suecas que já investem no Brasil há décadas.

É a lei do mercado: quanto mais disputam o Brasil, mais o Brasil pode barganhar preços, condições e contrapartidas. Se conseguir superar a corrupção e a miséria, melhor ainda. Mas isso vai demorar...

FSP, São Paulo, terça-feira, 09 de março de 2010

ELIANE CANTANHÊDE :shock:

Redescobrindo o Brasil

[...]




Sempre e inevitavelmente, cada um de nós subestima o número de indivíduos estúpidos que circulam pelo mundo.
Carlo M. Cipolla
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Re: GEOPOLÍTICA

#1475 Mensagem por PRick » Qua Mar 10, 2010 2:11 am

"Nunca na história desse País!"

Creio que não existem mais dúvidas, Sr. Lula fez o que Getulio Vargas sonhava, os militares tentaram e a nossa elite atrapalhava! Pena que não estarei vivo para ver como a história será escrita, mas eu diria que Lula está para a história brasileira, o que Abraão Lincoln está para história dos EUA, me parece a melhor colocação. Longe de serem governos perfeitos, ambos lançaram seus países a um novo patamar.

[]´s




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Re: GEOPOLÍTICA

#1476 Mensagem por Sterrius » Qua Mar 10, 2010 7:03 am

Menos prick, menos. Foi um bom governo mas melhor da historia é discutivel.

Nao se pode medir isso apenas pela posição que o país terminou no final. Tem que se analisar o país e o lider de acordo com a realidade do país. FHC nunca teria deixado um país saido de uma crise no topo, nem D.Pedro II o transformaria numa potencia com as toneladas de problemas e falta de infraestrutura do país.

D.Pedro II, Vargas, Lula, FHC, JK... todos tiveram papeis importantes pra tornar o Brasil o que ele é hoje pois fizeram decisões que tinham que ser feitas em suas epocas e o deixaram melhor do que o pegaram. Agora dar peso a essas decisões é discutivel.

Tem que se tomar cuidado com o endeusamento do Lula!




PRick

Re: GEOPOLÍTICA

#1477 Mensagem por PRick » Qua Mar 10, 2010 8:27 am

Sterrius escreveu:Menos prick, menos. Foi um bom governo mas melhor da historia é discutivel.

Nao se pode medir isso apenas pela posição que o país terminou no final. Tem que se analisar o país e o lider de acordo com a realidade do país. FHC nunca teria deixado um país saido de uma crise no topo, nem D.Pedro II o transformaria numa potencia com as toneladas de problemas e falta de infraestrutura do país.

D.Pedro II, Vargas, Lula, FHC, JK... todos tiveram papeis importantes pra tornar o Brasil o que ele é hoje pois fizeram decisões que tinham que ser feitas em suas epocas e o deixaram melhor do que o pegaram. Agora dar peso a essas decisões é discutivel.

Tem que se tomar cuidado com o endeusamento do Lula!
Não existe endeusamento, como falei, apesar dos problemas, ambos os personagens citados tiveram papel fundamental na história de seus países, como também falei, ainda está muito cedo para medir a extensão da figura histórica de Lula, mas ao contrário de você, os dados são claros, nenhum presidente no planeta desfruta de sua popularidade em final de mandato. Também sua trajetória política é única, não existe registro histórico igual na América Latina, até mesmo na história mundial será difícil encontrar um caso igual.

E não se trata somente de uma pessoa, mas de alguém que ajudou a criar o Partido dos Trabalhadores, a CUT, etc.. Portanto, ao contrário de muitos, jamais cultivou o individualismo e o culto a personalidade, apesar de ser o lider mais carismático da história brasileira.

Sobre o governo em si, os números falam por sí, e não adianta falar que a conjuntura ajudou, é preciso saber escolher os momentos, porém, o Brasil pós-governo Lula, é outro País, e são os fatos que dizem, fizeram em 08 anos, o que não conseguimos em décadas.

Todos os outros personagens citados por você apenas representavam a elite, nada mais, FHC foi um governo inexpressivo, D. Pedro II é marcado pela escravidão, Getulio Vargas foi um ditador na maior parte de seus governos. JK foi importante, porém, o custo do seu programa de desenvolvimento foi alto, bem diverso do atual.

[]´s




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Re: GEOPOLÍTICA

#1478 Mensagem por GustavoB » Qua Mar 10, 2010 9:06 am

Todos os governos tiveram problemas a enfrentar, mas só este realmente quebrou paradigmas e consolidou benefícios reais para o conjunto da população. E ainda falta muita coisa.

Avaliar o momento que vivemos agora é difícil, ainda mais em período pré-eleitoral. Mas os anos mostrarão que houve transformação. O avatar do colega, "Se o Brasil quer, tem que ser"!, nunca foi tão verdadeiro.




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Re: GEOPOLÍTICA

#1479 Mensagem por Sterrius » Qua Mar 10, 2010 10:07 am

Sobre o governo em si, os números falam por sí, e não adianta falar que a conjuntura ajudou


Cuidado que eu nao falei isso!
Apenas disse que era impossivel para certos presidentes alcançarem certos objetivos devido ao Estado em que receberam o país na epoca em que receberam. Os problemas e realidades eram outros, assim como as ambições.

Ninguem vai concertar a argentina atual em 4 anos por exemplo. Serão necessario 2 ou 3 presidentes com mandatos de 4 a 8 anos pra resolver tudo por la. Agora nem por isso apenas o ultimo que finaliza o trabalho merece todos os creditos. È um trabalho conjunto onde cada um merece seu credito separadamente.

Isso é o que estou defendendo! Que nao se esqueça de certas ferramentas e trabalhos feitos pelos presidentes passados sem as quais o trabalho de Lula nao seria possivel.
Todos os outros personagens citados por você apenas representavam a elite


Quanto a D. Pedro II por favor ler as cartas e diario dele antes de vir falar isso! (Basicamente todo o governo dele, suas decisões e o porque delas estão bem documentadas).

Eu inclusive ja recomendei o livro que compila as cartas dele aqui no DB. È uma excelente aula de historia e dos problemas que o Brasil enfrentava numa epoca em que ele era um dos paises mais frageis da america latina e ao mesmo tempo um dos mais fortes. (Muito devido ao tamanho descomunal pra população que tinha).
D. Pedro II é marcado pela escravidão


Vc sabe muito bem que D.Pedro II nao tinha força politica pra tirar a escravidão do Brasil. Ele mesmo reconhecia que por mais que quise-se fazer tal decisão a mesma acarretaria numa guerra Civil igual a americana e o brasil nao tinha condições de ter uma guerra civil. (varias forças internas e externas adorariam justamente esse tipo de fraqueza pra se aproveitar).

Era um país fragil com 8 milhões de habitantes apenas (1850) com grande maioria nas cidades litoraneas + Belem. Imagina os efeitos de uma guerra civil onde +- 1/3 da população eram escravos e onde a população acabaria sendo convocada do interior ja escasso pra lutar no litoral. (Fora que o Norte, Centro Oeste e parte do nordeste viviam em seus proprios mundinhos, D.Pedro I nunca teve tempo de completar a infraestrutura do país). Vc acredita que o país sairia inteiro ou com o tamanho de hoje?

Sua estrategia de acabar com a escravidão aos poucos foi a unica solução. Era preciso mudar a cultura escravagista que estava mais enraizada no Brasil que em qualquer outro país do mundo na epoca e minar lentamente o poder da elite.




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Re: GEOPOLÍTICA

#1480 Mensagem por GustavoB » Qua Mar 10, 2010 1:45 pm

Ninguem vai concertar a argentina atual em 4 anos por exemplo. Serão necessario 2 ou 3 presidentes com mandatos de 4 a 8 anos pra resolver tudo por la. Agora nem por isso apenas o ultimo que finaliza o trabalho merece todos os creditos. È um trabalho conjunto onde cada um merece seu credito separadamente.
Esse é o discurso do PSDB.

Que dizer então do JK? Aumentou nossa dívida externa, situação que se agravou muito depois, durante o regime militar. A situação piorou, mas muitos figurões da ditadura ganharam cargos de diretores das multinacionais "do Brasil" (Gessy Lever "do Brasil") e esse foi o legado de "estabilidade", "solidez" e "constância" que estes patriotas passaram para a nossa economia. Agora, querer dizer que o que vemos hoje é a culminância de um trabalho começado pelo FHC (não disse, mas ficou subentendido) é revoltante. E tem mais: quem disse que o "trabalho" está encerrado?




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Re: GEOPOLÍTICA

#1481 Mensagem por Sterrius » Qua Mar 10, 2010 3:15 pm

Que dizer então do JK? Aumentou nossa dívida externa, situação que se agravou muito depois, durante o regime militar.


Apesar dos grandes erros tb teve acertos como a construção de Brasilia o que levou a população pro centro oeste, aumento da industria naval, industrias pesadas, siderurgicas e hidreletricas como furnas e três marias, as rodovias transregionais e aumentou a produção da petrobrás.

Rompeu com o FMI que queria economia e parada de investimentos, comprou o PA Minas Gerais.

Logo dizer que JK Foi apenas brasilia e defeitos é longe da verdade! Apenas resumi alguns pontos da economia dele. Algumas de suas obras ainda tem reflexos no brasil de hoje mesmo dpois de 50 anos, é mais do que muitos presidentes que entraram e sairam e hoje nem são lembrados.
Agora, querer dizer que o que vemos hoje é a culminância de um trabalho começado pelo FHC (não disse, mas ficou subentendido) é revoltante.


Vc que esta se prendendo ao Brasil como se ele so passa-se a existir a partir de 94. Nao estaria citando figuras historias de 50 ou 150 anos atrás se esse fosse o objetivo.

Que Lula esta entre essas figuras historicas com certeza. Se ele é o melhor delas ainda é preciso esperar pra ver. È isso que estou tentando resumir! Mas alguns ainda preferem manter o odio psdb x pt e desvirtuar tudo para este tema como se estivessemos discutindo eleições num topico de geopolitica.




Editado pela última vez por Sterrius em Qua Mar 10, 2010 3:23 pm, em um total de 1 vez.
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Re: GEOPOLÍTICA

#1482 Mensagem por ninjanki » Qua Mar 10, 2010 3:22 pm

Gustavo,

A nossa dívida externa, que lhe preocupa tanto, só estourou depois do governo Geisel, e principalmente por fatores externos. Gastos em infra-estrutura, quando bem feitos, tendem a se pagar ao longo do tempo com crescimento econômico. Não se pode, ou deve, culpar Juscelino pelo que ocorreu muitos anos depois.

Aliás, recomendo que você estude oque é uma dívida externa, como a nossa é composta atualmente e oque mudou ao longo do tempo. Vai descobrir coisas interessantes, como por exemplo que já há muitos anos, os juros da divida externa são bem menores que os da dívida interna. Também vai descobrir que a diminuição da parcela da dívida externa que cabe ao governo fortalece o real, oque aumenta a sua cotação. Cotação de real alta é bom para eleições e para a percepção econômica do povo, mas é ruim para a maior parte da indústria. Só que o efeito de longo prazo demora a aparecer...

FHC começou a consertar nossa economia, e felizmente, o Lula continuou o trabalho, com erros, assim como os teve o FHC, mas continuou. Dizer que só um ou outro são os responsáveis pelo que temos hoje seria injusto.

Allan




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Re: GEOPOLÍTICA

#1483 Mensagem por Anton » Qua Mar 10, 2010 3:27 pm

Acho que o Lula cutucou o EUA com respeito ao desrespeito deles a ONU...
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Lula descarta confrontação com EUA e pede respeito à OMC

CUBATÃO, São Paulo (Reuters) - O Brasil não tem interesse em uma confrontação no âmbito comercial com os Estados Unidos, mas gostaria que o país respeitasse as decisões da Organização Mundial do Comércio (OMC), afirmou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva nesta quarta-feira.

"O Brasil não tem interesse em confrontação. Temos interesse em respeito às decisões da OMC. Ou obedecemos as instituições, ou o mundo vai virar uma bagunça", afirmou Lula em discurso em Cubatão (SP), durante inauguração de uma termelétrica da Petrobras.

Na segunda-feira o Brasil definiu uma lista de produtos norte-americanos que sofrerão aumento de tarifas de importação, parte de uma retaliação autorizada pela OMC após os EUA não adequarem suas políticas para o setor de algodão a decisões anteriores do órgão.

"Todos nós somos países soberanos e queremos ser respeitados. Que a OMC (também) seja respeitada", acrescentou o presidente brasileiro, que pediu ainda que técnicos dos dois governos cheguem a um entendimento para resolver a questão.

A questão comercial tomou boa parte do discurso de Lula, que também reclamou da falta de um acordo na rodada atual da OMC para liberalização do comércio global.

"Se tivessem feito acordo na Rodada de Doha não estaríamos brigando, e o povo africano estaria vendendo seu algodão para a Europa e para os EUA. Aí quem perde não é o Brasil, que tem competência (na produção de algodão). São os países africanos".

As sobretaxas brasileiras a produtos norte-americanos, que atingem desde produtos agrícolas como algodão e trigo a bens manufaturados como veículos e cosméticos, deverão entrar em vigor em 8 de abril, caso uma solução não seja alcançada entre os países.

O Brasil ainda vai divulgar outra parte da retaliação, relativa a direitos de propriedade intelectual.




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Re: GEOPOLÍTICA

#1484 Mensagem por Sterrius » Qua Mar 10, 2010 4:11 pm

o que lula falou (e vc pos em negrito) nada mais é do que o obvio. Ignorar as instituições é voltar pra 1900 e voltar pras guerras por qualquer motivo que ocorriam até a I Guerra mundial.




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Re: GEOPOLÍTICA

#1485 Mensagem por Anton » Qua Mar 10, 2010 4:37 pm

O que acho desse discurso e que grifei é que parece que não é óbvio para alguns países que andaram desrespeitando a ONU... ou a respeitam só quando interessa.
Parece que ainda temos (o mundo) ranços do século 19 a superar, não?




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