NOTÍCIAS POLÍTICAS
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
O APAGÃO DE CABRAL.
Por Ricardo Noblat - 4.1.2010.
E aí, Lindinho? Nem sequer de leve vai censurar o governador Sérgio Cabral por ter sumido nas primeiras 24 horas após o deslizamento de terras em Angra dos Reis? Ali morreram 46 pessoas.
Lindinho é como chamam Lindberg Farias, prefeito de Nova Iguaçu, ex-aspirante a candidato do PT ao governo. E, até outro dia, crítico de Cabral.
Os dois chegaram a um acordo. Sob pressão de Lula, Cabral topou apoiar a candidatura de Lindinho ao Senado - e Lindinho topou transferir para daqui a quatro anos a pretensão de ser candidato ao governo. Benedita da Silva (PT), ex-governadora do Rio e também candidata ao Senado, detestou o acordo.
E aí, Bené? Como Lindinho, nada dirá a respeito do apagão de Cabral?
Bobagem! Bené está impedida de dizer qualquer coisa que deixe Cabral aborrecido. Afinal, ela é Secretaria de Estado de Assistência Social e Direitos Humanos do governo dele. Reza para que não vingue o apoio de Cabral a Lindinho.
Tudo bem, mas Alessandro Molon, o deputado estadual do PT mais votado em 2006, poderia perguntar a Cabral por que ele preferiu despachar para Angra seu vice Luiz Fernando Pezão, só aparecendo por lá um dia depois.
No dia da tragédia, nem Lula conseguiu falar com Cabral. Sem o apoio de Cabral, Molon perdeu feio a eleição de 2008 para prefeito do Rio.
Molon calou-se.
De sua parte, Cabral repeliu, indignado, a suspeita de que voara para o exterior.
“Estão querendo plantar que eu estava fora do país? Eu estava em Mangaratiba”, jurou.
Melhor que não estivesse. Mangaratiba fica a 57 quilômetros de Angra, que por sua vez fica a 157 quilômetros da cidade do Rio, de onde saiu Pezão.
Em julho de 2007, por causa da morte de 26 peregrinos poloneses em um acidente de ônibus entre Cannes e Grenoble, três ministros da França voaram para o local, distante 600 quilômetros de Paris.
François Fillon, o primeiro-ministro, também voou, assim como Sarkozy, o presidente da República. E mais Lech Kaczynski, o presidente da Polônia.
Peregrino polonês vale mais do que ilhéu ou turista que visita Angra?
Por que os políticos brasileiros são pouco solidários com a população?
Sabem adulá-la atrás de votos. Na hora da dor, guardam distância.
Lula, em julho de 2007, guardou distância de São Paulo onde se espatifara um Airbus da TAM, matando 199 pessoas.
O PT foi para cima do governador José Serra (PSDB) e do prefeito Gilberto Kassab (DEM) cobrando providências contra o recente alagamento de parte da cidade de São Paulo.
O PT finge que o governo Cabral nada tem a ver com os estragos provocados pelas chuvas no Rio. Morreram 66 pessoas entre quarta-feira e sábado.
Os cariocas assistem conformados à reprise de um filme triste e antigo. No fim do filme, são eles que morrem varridos pelas águas.
O governo de plantão - qualquer um - joga a culpa nos governos passados. E de tragédia em tragédia, vai-se levando.
Cabral anunciou que transformará em parque ambiental as áreas de Angra afetadas pelos deslizamentos.
“A ideia é identificar as casas que devem ser removidas. Orçamento não é problema. Vamos listar as famílias para depois indenizá-las”, prometeu.
Ora, o decreto 41.921, de junho último, assinado por Cabral, afrouxou as regras de construção em áreas de preservação ambiental de Angra e de várias ilhas.
Uma petição com mais de 5 mil assinaturas exige a revogação do decreto, rejeitado pelas principais entidades ambientalistas do Estado, a representação do IBAMA em Angra, a Universidade do Estado do Rio de Janeiro, e... Sim, e Molon.
O Ministério Público Federal considera o decreto inconstitucional porque não há lei que o ampare.
Molon apresentou na Assembléia um projeto de Decreto Legislativo que susta os efeitos de alguns artigos do decreto de Cabral.
Se está de fato empenhado em evitar que ocorram novos desastres como o da Ilha Grande na madrugada da sexta-feira, de saída Cabral poderia revogar seu decreto infeliz.
Mas isso só não basta, é claro.
Por Ricardo Noblat - 4.1.2010.
E aí, Lindinho? Nem sequer de leve vai censurar o governador Sérgio Cabral por ter sumido nas primeiras 24 horas após o deslizamento de terras em Angra dos Reis? Ali morreram 46 pessoas.
Lindinho é como chamam Lindberg Farias, prefeito de Nova Iguaçu, ex-aspirante a candidato do PT ao governo. E, até outro dia, crítico de Cabral.
Os dois chegaram a um acordo. Sob pressão de Lula, Cabral topou apoiar a candidatura de Lindinho ao Senado - e Lindinho topou transferir para daqui a quatro anos a pretensão de ser candidato ao governo. Benedita da Silva (PT), ex-governadora do Rio e também candidata ao Senado, detestou o acordo.
E aí, Bené? Como Lindinho, nada dirá a respeito do apagão de Cabral?
Bobagem! Bené está impedida de dizer qualquer coisa que deixe Cabral aborrecido. Afinal, ela é Secretaria de Estado de Assistência Social e Direitos Humanos do governo dele. Reza para que não vingue o apoio de Cabral a Lindinho.
Tudo bem, mas Alessandro Molon, o deputado estadual do PT mais votado em 2006, poderia perguntar a Cabral por que ele preferiu despachar para Angra seu vice Luiz Fernando Pezão, só aparecendo por lá um dia depois.
No dia da tragédia, nem Lula conseguiu falar com Cabral. Sem o apoio de Cabral, Molon perdeu feio a eleição de 2008 para prefeito do Rio.
Molon calou-se.
De sua parte, Cabral repeliu, indignado, a suspeita de que voara para o exterior.
“Estão querendo plantar que eu estava fora do país? Eu estava em Mangaratiba”, jurou.
Melhor que não estivesse. Mangaratiba fica a 57 quilômetros de Angra, que por sua vez fica a 157 quilômetros da cidade do Rio, de onde saiu Pezão.
Em julho de 2007, por causa da morte de 26 peregrinos poloneses em um acidente de ônibus entre Cannes e Grenoble, três ministros da França voaram para o local, distante 600 quilômetros de Paris.
François Fillon, o primeiro-ministro, também voou, assim como Sarkozy, o presidente da República. E mais Lech Kaczynski, o presidente da Polônia.
Peregrino polonês vale mais do que ilhéu ou turista que visita Angra?
Por que os políticos brasileiros são pouco solidários com a população?
Sabem adulá-la atrás de votos. Na hora da dor, guardam distância.
Lula, em julho de 2007, guardou distância de São Paulo onde se espatifara um Airbus da TAM, matando 199 pessoas.
O PT foi para cima do governador José Serra (PSDB) e do prefeito Gilberto Kassab (DEM) cobrando providências contra o recente alagamento de parte da cidade de São Paulo.
O PT finge que o governo Cabral nada tem a ver com os estragos provocados pelas chuvas no Rio. Morreram 66 pessoas entre quarta-feira e sábado.
Os cariocas assistem conformados à reprise de um filme triste e antigo. No fim do filme, são eles que morrem varridos pelas águas.
O governo de plantão - qualquer um - joga a culpa nos governos passados. E de tragédia em tragédia, vai-se levando.
Cabral anunciou que transformará em parque ambiental as áreas de Angra afetadas pelos deslizamentos.
“A ideia é identificar as casas que devem ser removidas. Orçamento não é problema. Vamos listar as famílias para depois indenizá-las”, prometeu.
Ora, o decreto 41.921, de junho último, assinado por Cabral, afrouxou as regras de construção em áreas de preservação ambiental de Angra e de várias ilhas.
Uma petição com mais de 5 mil assinaturas exige a revogação do decreto, rejeitado pelas principais entidades ambientalistas do Estado, a representação do IBAMA em Angra, a Universidade do Estado do Rio de Janeiro, e... Sim, e Molon.
O Ministério Público Federal considera o decreto inconstitucional porque não há lei que o ampare.
Molon apresentou na Assembléia um projeto de Decreto Legislativo que susta os efeitos de alguns artigos do decreto de Cabral.
Se está de fato empenhado em evitar que ocorram novos desastres como o da Ilha Grande na madrugada da sexta-feira, de saída Cabral poderia revogar seu decreto infeliz.
Mas isso só não basta, é claro.
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
SÓ OS POLÍTICOS LUCRAM COM O VOTO OBRIGATÓRIO.suntsé escreveu:Eu acho que o voto facultativo é moralizador, muitos paises democraticos tem o voto facultativo e possuem democracias tão solidas quanto.
Mary Zaidan - Blog do Noblat, 10.01.10.
Pelo simples fato de ser uma imposição, tudo aquilo que é obrigatório tende a ser rejeitado ou feito com alguma má vontade.
Em sã consciência, ninguém festeja quando tem de cumprir algum dever. No máximo, sente-se aliviado depois de fazê-lo.
Ainda assim, muita água mole terá de bater na pedra dura para que o país decida abolir de vez o voto compulsório, instrumento inexistente ou banido em quase a totalidade das democracias maduras.
Sustentada por argumentos não raro discriminatórios, que imputam a pecha da imaturidade ao eleitorado brasileiro, a imposição do ato de votar não só atenta contra a liberdade individual como é, na verdade, absolutamente deseducadora.
Ao contrário do que preconiza a maior parte dos defensores do sufrágio compulsório, a obrigação age no sentido oposto do aprendizado, da conscientização e, portanto, da própria democracia.
Desobriga os partidos e os seus candidatos de uma ação efetiva de convencimento, onde a história e a atuação de cada um teriam de valer mais do que a mera propaganda, e dilui a responsabilidade do eleitor, dos postulantes e dos eleitos.
Milhões vão às urnas não como protagonistas da democracia, mas por imposição.
Outros – por conforto, decisão ou expressão política - decidem simplesmente não ir.
Preferem correr até a um posto dos Correios para justificar a abstenção ou pagar uma multa e, mais cedo ou mais tarde, ser anistiado pelo Legislativo das supostas punições civis.
Ou seja, a obrigação é falácia. Uma determinação legal falsa como uma nota de três reais, que só contribui para aumentar o descrédito dos cidadãos nas leis e do eleitor em tudo aquilo ligado à política.
Mas a sucessão de absurdos não para por aí. Além de transformar direito em dever, no Brasil a obrigatoriedade do voto rende dividendos financeiros aos partidos políticos.
No último pleito, a tal multa por não votar - fixada pelo juiz eleitoral de cada localidade - girou em torno de R$ 3,00.
Irrisória para a maioria e sujeita à dispensa para aqueles que comprovem a incapacidade de quitá-la, essa quantia individual ínfima engorda, eleição sim e outra também, os recursos que são distribuídos entre as agremiações partidárias.
Parece pouco, mas não é. Multiplique por três a abstenção de mais de 20 milhões no primeiro turno das eleições de 2006 e de outros quase 24 milhões no segundo e chega-se a mais de R$ 130 milhões.
Outra regra de composição do fundo partidário determina que a União deposite R$ 0,97 por cada eleitor registrado até o dia 31 de dezembro do ano anterior às eleições.
Uma bolada que, neste ano, deve render outros R$ 130 milhões aos partidos, considerando-se o número de eleitores aptos a votar em outubro.
Essa é, possivelmente, a inspiração das curiosas propostas parlamentares que associam a adoção do voto facultativo à obrigatoriedade do alistamento eleitoral. Faculta-se o direito, mas mantém-se a fonte de renda.
É claro que a natureza das motivações que impede a alforria ao eleitor brasileiro vai muito além da inescrupulosa arrecadação obtida em cima daqueles que optam por não participar da eleição. O poço é muito mais fundo.
Manter a letargia do eleitorado e poder se esconder sob uma votação numérica expressiva - mesmo proveniente de uma massa que só vota por obrigação - é bastante sedutor para aqueles que se lixam para esses mesmos eleitores e muito menos para o país.
PS: Como a liberdade do cidadão de querer ou não votar é um tema que considero fundamental, pretendo usar este espaço para outras considerações em favor do voto facultativo.
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
SARNEY, O INCOMUM.
Mary Zaidan / Blog do Noblat - 7.2.2010.
O presidente Lula tinha razão quando disse que o senador José Sarney “não podia ser tratado como se fosse uma pessoa comum”.
De fato, ele não é. O cidadão comum costuma ser mais digno. Trabalha duro para ganhar o pão de cada dia, paga impostos, segue as leis. E, quando não o faz, o custo é caro.
De Sarney nada se exige. Continua ileso, impune, mesmo depois da série infindável de malfeitos – atos secretos, nepotismo, desvios de recursos de patrocinadores de sua fundação para empresas de sua família, e outros tantos mais.
E não tem qualquer constrangimento em pregar “transparência, moralidade, eficiência e trabalho”, procedimentos éticos que, segundo ele, devem nortear a conduta do Parlamento. Deveriam mesmo.
Mas Sarney está a anos luz de distância desses princípios, que, se são caros para a maioria das pessoas comuns, parecem de nada valer para o presidente do Congresso Nacional e boa parte de seus pares.
Salvo pela comoção provocada pela presença vigorosa do vice-presidente da República José Alencar, Sarney não teve holofotes na abertura do ano legislativo de 2010, na última terça-feira.
Pouco ou quase nada se cobrou de seu discurso – uma peça de ficção de terceira categoria, motivo de vergonha adicional para a Academia Brasileira de Letras, que se desmerece a cada dia em tê-lo entre seus imortais.
No pronunciamento, Sarney mais uma vez zombou de todos nós.
Teve o desplante de repetir parte do discurso que fizera em 1995, quando pela primeira vez abriu um ano legislativo: “Assumi o cargo de presidente não em um momento de glória, mas numa fase em que a instituição atravessa profunda crise de identidade, exposta a permanente crítica e censura.”
Ora, de lá para cá foram 15 anos em que Sarney contribuiu decisivamente para espalhar a lama em que o Parlamento chafurda dia pós dia.
Em outro trecho, Sarney lembra com alguma nostalgia do tempo em que os parlamentos tinham um “charme romântico” e eram “tocados pela palavra, pelo delírio e pelo encantamento dos belos discursos dos oradores”.
Acrescenta que ainda somos dominados por essa visão e que, infelizmente, a sociedade sempre vincula o Congresso ao plenário. “O Congresso é muito mais. É fiscalização.” Como se a tarefa de fiscal do Executivo desobrigasse os parlamentares de comparecer ao local de trabalho.
Mais adiante golpeia duramente a democracia ao afirmar que sem Parlamento forte não há democracia forte. A frase de efeito seria só um enfeite ao discurso.
Mas, na realidade brasileira, onde a Câmara dos Deputados e o Senado Federal são reféns do Executivo e nem mesmo se dão o luxo de parecerem sérios, soa ameaçadora se tomada ao pé da letra.
Para justificar seus desvios de conduta, Sarney insiste em transferir à instituição problemas que são seus, e anuncia, sem qualquer lastro ou exemplo, que no mundo inteiro os parlamentos enfrentam contestação de legitimidade. (Onde mesmo? Que parlamentos estão em cheque?)
Faz de conta que não sabe, assim como fez com os atos secretos em que nomeou parentes e permitiu dezenas de estripulias com o dinheiro público, que o repúdio popular não é ao Legislativo, mas a ele e a outras excelências que não se cansam de abusar da confiança daqueles que lhes outorgaram o mandato.
Mais surreal ainda foi ouvir Sarney ressaltar a “identificação inseparável com a imprensa”.
Como se jamais tivesse cerceado o trabalho de jornalistas; como não fosse seu filho Fernando o protagonista da ação que impingiu censura prévia ao jornal O Estado de S. Paulo, derrotado na primeira instância judicial por um desembargador do Distrito Federal que desfruta da amizade e dos favores do senador amapaense.
Com aval do STF, a pendenga continua até hoje, somando quase duas centenas de dias de censura.
Ao citar Carlos Castello Branco - um ícone no jornalismo brasileiro –, Sarney conseguiu os únicos aplausos, abafados pela repetição da tese avessa que expôs meses atrás durante a comemoração do Dia Internacional da Democracia, de que a mídia disputa o poder da representação popular com o Parlamento.
Na época, chegou a acusar a mídia de ser “inimiga das entidades representativas”. Só mesmo Sarney seria capaz de revelar tanto desprezo pela democracia e fazer tamanha chacota dela.
Mas o trágico discurso solene não parou por aí. No final, como manda o figurino, fez loas ao presidente Lula e, sem cerimônia, reafirmou sua completa subserviência ao protetor maior, jogando no lixo a equidade entre os três poderes.
Sarney não é mesmo uma pessoa comum. Os comuns, felizmente, são muito, mas muito melhores do que ele.
Mary Zaidan / Blog do Noblat - 7.2.2010.
O presidente Lula tinha razão quando disse que o senador José Sarney “não podia ser tratado como se fosse uma pessoa comum”.
De fato, ele não é. O cidadão comum costuma ser mais digno. Trabalha duro para ganhar o pão de cada dia, paga impostos, segue as leis. E, quando não o faz, o custo é caro.
De Sarney nada se exige. Continua ileso, impune, mesmo depois da série infindável de malfeitos – atos secretos, nepotismo, desvios de recursos de patrocinadores de sua fundação para empresas de sua família, e outros tantos mais.
E não tem qualquer constrangimento em pregar “transparência, moralidade, eficiência e trabalho”, procedimentos éticos que, segundo ele, devem nortear a conduta do Parlamento. Deveriam mesmo.
Mas Sarney está a anos luz de distância desses princípios, que, se são caros para a maioria das pessoas comuns, parecem de nada valer para o presidente do Congresso Nacional e boa parte de seus pares.
Salvo pela comoção provocada pela presença vigorosa do vice-presidente da República José Alencar, Sarney não teve holofotes na abertura do ano legislativo de 2010, na última terça-feira.
Pouco ou quase nada se cobrou de seu discurso – uma peça de ficção de terceira categoria, motivo de vergonha adicional para a Academia Brasileira de Letras, que se desmerece a cada dia em tê-lo entre seus imortais.
No pronunciamento, Sarney mais uma vez zombou de todos nós.
Teve o desplante de repetir parte do discurso que fizera em 1995, quando pela primeira vez abriu um ano legislativo: “Assumi o cargo de presidente não em um momento de glória, mas numa fase em que a instituição atravessa profunda crise de identidade, exposta a permanente crítica e censura.”
Ora, de lá para cá foram 15 anos em que Sarney contribuiu decisivamente para espalhar a lama em que o Parlamento chafurda dia pós dia.
Em outro trecho, Sarney lembra com alguma nostalgia do tempo em que os parlamentos tinham um “charme romântico” e eram “tocados pela palavra, pelo delírio e pelo encantamento dos belos discursos dos oradores”.
Acrescenta que ainda somos dominados por essa visão e que, infelizmente, a sociedade sempre vincula o Congresso ao plenário. “O Congresso é muito mais. É fiscalização.” Como se a tarefa de fiscal do Executivo desobrigasse os parlamentares de comparecer ao local de trabalho.
Mais adiante golpeia duramente a democracia ao afirmar que sem Parlamento forte não há democracia forte. A frase de efeito seria só um enfeite ao discurso.
Mas, na realidade brasileira, onde a Câmara dos Deputados e o Senado Federal são reféns do Executivo e nem mesmo se dão o luxo de parecerem sérios, soa ameaçadora se tomada ao pé da letra.
Para justificar seus desvios de conduta, Sarney insiste em transferir à instituição problemas que são seus, e anuncia, sem qualquer lastro ou exemplo, que no mundo inteiro os parlamentos enfrentam contestação de legitimidade. (Onde mesmo? Que parlamentos estão em cheque?)
Faz de conta que não sabe, assim como fez com os atos secretos em que nomeou parentes e permitiu dezenas de estripulias com o dinheiro público, que o repúdio popular não é ao Legislativo, mas a ele e a outras excelências que não se cansam de abusar da confiança daqueles que lhes outorgaram o mandato.
Mais surreal ainda foi ouvir Sarney ressaltar a “identificação inseparável com a imprensa”.
Como se jamais tivesse cerceado o trabalho de jornalistas; como não fosse seu filho Fernando o protagonista da ação que impingiu censura prévia ao jornal O Estado de S. Paulo, derrotado na primeira instância judicial por um desembargador do Distrito Federal que desfruta da amizade e dos favores do senador amapaense.
Com aval do STF, a pendenga continua até hoje, somando quase duas centenas de dias de censura.
Ao citar Carlos Castello Branco - um ícone no jornalismo brasileiro –, Sarney conseguiu os únicos aplausos, abafados pela repetição da tese avessa que expôs meses atrás durante a comemoração do Dia Internacional da Democracia, de que a mídia disputa o poder da representação popular com o Parlamento.
Na época, chegou a acusar a mídia de ser “inimiga das entidades representativas”. Só mesmo Sarney seria capaz de revelar tanto desprezo pela democracia e fazer tamanha chacota dela.
Mas o trágico discurso solene não parou por aí. No final, como manda o figurino, fez loas ao presidente Lula e, sem cerimônia, reafirmou sua completa subserviência ao protetor maior, jogando no lixo a equidade entre os três poderes.
Sarney não é mesmo uma pessoa comum. Os comuns, felizmente, são muito, mas muito melhores do que ele.
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
Graças ao projeto de poder do presidente e de seu partido vamos ter que aturar essa ratazana bigoduda na presidência outra vez.Ilimar Franco: Lula deve se licenciar para ajudar Dilma; Sarney assume
Publicada em 03/03/2010 às 23h30m
O Globo
BRASÍLIA e RIO - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva pretende se licenciar do cargo, nos meses de agosto e setembro, para participar ativamente da campanha da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, à Presidência, informa Ilimar Franco na coluna Panorama Político, no Globo.
Segundo o colunista, o presidente Lula quer evitar problemas com a Justiça Eleitoral e se dedicar integralmente à tarefa de eleger seu sucessor. Com isso, o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), que não disputa as eleições, voltará temporariamente à Presidência da República. O vice José Alencar e o presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP), deverão ser candidatos e não poderiam assumir o cargo.
Ainda de acordo com a coluna, a coordenação da campanha de Dilma também está preocupada com a visibilidade da candidata nos meses de abril e maio, considerados delicados, porque ela estará fora do governo e não poderá se expor ao lado do presidente. Para preencher o vazio até as convenções partidárias de junho, a coordenação está articulando eventos com partidos, empresários, trabalhadores e movimentos sociais em várias regiões do país. A intenção é ocupar a mídia regional.
Há cerca de duas semanas, no congresso que aclamou Dilma pré-candidata do PT à Presidência , Lula afirmou que sua prioridade este ano é elegê-la presidente.
- Eleger a Dilma é uma das coisas mais importantes do meu governo. Para dar continuidade às coisas boas. Eleger Dilma não é coisa secundária para o presidente da República, é coisa prioritária na minha vida este ano - afirmou na ocasião.
Fonte: http://oglobo.globo.com/pais/mat/2010/0 ... 984648.asp
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
Mas ainda prefiro esse aí, pois imagina se ele concorresse, o presidente do nosso país seria o Gilmar Mendes!!!!!
- Clermont
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
O PT E O CENTENÁRIO DE TANCREDO.
por Ruy Fabiano / Blog do Noblat - 6.3.2010.
A ausência do PT nas celebrações, promovidas pelo Senado na quarta-feira, pelo centenário de Tancredo Neves, guarda coerência com a história do partido.
Embora hoje sustente o contrário, o PT foi beneficiário, mas não protagonista (em alguns momentos, nem coadjuvante) do processo de redemocratização.
Chegou a combater algumas de suas iniciativas, como a candidatura do próprio Tancredo Neves à Presidência pelo colégio eleitoral, em 1984. Além de não apoiá-lo – considerando que tanto fazia elegê-lo como a Paulo Maluf -, expulsou três de seus deputados (Beth Mendes, José Eudes e Airton Soares) que decidiram sufragá-lo.
Quando da promulgação da Constituição de 88, anunciou que não a assinaria, por achá-la conservadora. E só o fez, sob protesto, por instâncias de Ulysses Guimarães, que pedia uma chance para aquele momento que se inaugurava.
Mesmo na campanha das diretas – e isso é fato histórico -, não estava na sua gênese. Incorporou-se à campanha quando já estava nas ruas e atraía multidões.
Não obstante, todas essas iniciativas, de que manteve asséptica distância, o beneficiaram, deram-lhe visibilidade. Mas o partido sustentava que não lhe era conveniente manter proximidade de políticos tradicionais, como Franco Montoro, Leonel Brizola, Tancredo Neves ou Ulysses Guimarães. Considerava-os, sem distinção ideológica, farinhas do mesmo saco.
A política deles era promíscua, enquanto a do PT guiava-se por paradigmas de pureza. Lula desdenhava do trabalhismo varguista, de Brizola, considerando-o superado e de índole pelega. O seu era diferente, moderno, distanciado do Estado.
Recusou alianças e manteve-se, até chegar ao poder, numa redoma de impenetrável sacralidade. Recusou todas as frentes oposicionistas que se armaram para enfraquecer o último governo militar, do general João Figueiredo, o que suscitou suspeitas de que agia sob a inspiração do estrategista do regime, general Golbery.
O partido esteve na linha de frente do impeachment de Collor, mas recusou integrar o governo Itamar, expulsando Luiza Erundina, por tê-lo aceito.
Expulsaria mais tarde, em 1996, o deputado Eduardo Jorge, por ter votado a favor da CPMF, que o partido então combatia, mas que Lula, na Presidência, considerou imprescindível para governar o país. Só não expulsou os mensaleiros e aloprados.
A primeira aliança admitida foi com Leonel Brizola, que, embora com muito mais bagagem e história, se submeteu a ser vice na chapa de Lula, em 1998.
Na eleição anterior, o PT recusara convite de Fernando Henrique para figurar na sua chapa como vice, o que lhe abriria espaço para sucedê-lo e consolidar uma aliança progressista que dizia desejar. Preferiu, porém, combater o Plano Real, empurrar o PSDB para uma aliança conservadora com o PFL e continuar marchando sozinho, contra tudo e todos.
Ao finalmente se eleger, em 2002, incorporou-se ao “mesmo saco” das farinhas que execrara. Buscou alianças conservadoras com o PMDB, PL (hoje, PRB, do vice José Alencar), PTB et caterva.
Criticava o neoliberalismo dos tucanos, mas buscara o seu vice no Partido Liberal. Criticava a política monetarista do Banco Central, mas escolheu um banqueiro tucano, Henrique Meirelles, para presidi-lo.
Condenava a política assistencialista da Bolsa Educação e dos vale-gás e vale-alimentação, mas incorporou-as sob o rótulo Bolsa Família, que se transformaria no carro-chefe de seus dois governos.
Lula depois esclareceria, algo que antes não se percebera: que era (é) uma “metamorfose ambulante”. Mas, embora mostre sintonia com o que há de mais condenável nas tradições políticas nacionais, insiste em que refundou o Brasil, idéia que, sob o bordão “nunca antes neste país”, permeia a quase totalidade de seus discursos.
Ao revogar tudo o que se fez, de Cabral (o Pedro Alvarez, não o Sérgio) a FHC, não há mesmo por que celebrar o centenário de Tancredo, algo que, para os petistas, equivale a uma peça de ficção.
O Brasil petista começa com Lula e prossegue com Dilma. Apossa-se do que de bom produziu o Brasil anterior, sonegando-lhe a autoria, e atribui o que há de ruim, inclusive o produzido sob sua égide, aos antepassados. Vale-se do desconhecimento que o povo tem da história, recente e remota, para convencê-lo de sua encenação.
Pior: consegue.
por Ruy Fabiano / Blog do Noblat - 6.3.2010.
A ausência do PT nas celebrações, promovidas pelo Senado na quarta-feira, pelo centenário de Tancredo Neves, guarda coerência com a história do partido.
Embora hoje sustente o contrário, o PT foi beneficiário, mas não protagonista (em alguns momentos, nem coadjuvante) do processo de redemocratização.
Chegou a combater algumas de suas iniciativas, como a candidatura do próprio Tancredo Neves à Presidência pelo colégio eleitoral, em 1984. Além de não apoiá-lo – considerando que tanto fazia elegê-lo como a Paulo Maluf -, expulsou três de seus deputados (Beth Mendes, José Eudes e Airton Soares) que decidiram sufragá-lo.
Quando da promulgação da Constituição de 88, anunciou que não a assinaria, por achá-la conservadora. E só o fez, sob protesto, por instâncias de Ulysses Guimarães, que pedia uma chance para aquele momento que se inaugurava.
Mesmo na campanha das diretas – e isso é fato histórico -, não estava na sua gênese. Incorporou-se à campanha quando já estava nas ruas e atraía multidões.
Não obstante, todas essas iniciativas, de que manteve asséptica distância, o beneficiaram, deram-lhe visibilidade. Mas o partido sustentava que não lhe era conveniente manter proximidade de políticos tradicionais, como Franco Montoro, Leonel Brizola, Tancredo Neves ou Ulysses Guimarães. Considerava-os, sem distinção ideológica, farinhas do mesmo saco.
A política deles era promíscua, enquanto a do PT guiava-se por paradigmas de pureza. Lula desdenhava do trabalhismo varguista, de Brizola, considerando-o superado e de índole pelega. O seu era diferente, moderno, distanciado do Estado.
Recusou alianças e manteve-se, até chegar ao poder, numa redoma de impenetrável sacralidade. Recusou todas as frentes oposicionistas que se armaram para enfraquecer o último governo militar, do general João Figueiredo, o que suscitou suspeitas de que agia sob a inspiração do estrategista do regime, general Golbery.
O partido esteve na linha de frente do impeachment de Collor, mas recusou integrar o governo Itamar, expulsando Luiza Erundina, por tê-lo aceito.
Expulsaria mais tarde, em 1996, o deputado Eduardo Jorge, por ter votado a favor da CPMF, que o partido então combatia, mas que Lula, na Presidência, considerou imprescindível para governar o país. Só não expulsou os mensaleiros e aloprados.
A primeira aliança admitida foi com Leonel Brizola, que, embora com muito mais bagagem e história, se submeteu a ser vice na chapa de Lula, em 1998.
Na eleição anterior, o PT recusara convite de Fernando Henrique para figurar na sua chapa como vice, o que lhe abriria espaço para sucedê-lo e consolidar uma aliança progressista que dizia desejar. Preferiu, porém, combater o Plano Real, empurrar o PSDB para uma aliança conservadora com o PFL e continuar marchando sozinho, contra tudo e todos.
Ao finalmente se eleger, em 2002, incorporou-se ao “mesmo saco” das farinhas que execrara. Buscou alianças conservadoras com o PMDB, PL (hoje, PRB, do vice José Alencar), PTB et caterva.
Criticava o neoliberalismo dos tucanos, mas buscara o seu vice no Partido Liberal. Criticava a política monetarista do Banco Central, mas escolheu um banqueiro tucano, Henrique Meirelles, para presidi-lo.
Condenava a política assistencialista da Bolsa Educação e dos vale-gás e vale-alimentação, mas incorporou-as sob o rótulo Bolsa Família, que se transformaria no carro-chefe de seus dois governos.
Lula depois esclareceria, algo que antes não se percebera: que era (é) uma “metamorfose ambulante”. Mas, embora mostre sintonia com o que há de mais condenável nas tradições políticas nacionais, insiste em que refundou o Brasil, idéia que, sob o bordão “nunca antes neste país”, permeia a quase totalidade de seus discursos.
Ao revogar tudo o que se fez, de Cabral (o Pedro Alvarez, não o Sérgio) a FHC, não há mesmo por que celebrar o centenário de Tancredo, algo que, para os petistas, equivale a uma peça de ficção.
O Brasil petista começa com Lula e prossegue com Dilma. Apossa-se do que de bom produziu o Brasil anterior, sonegando-lhe a autoria, e atribui o que há de ruim, inclusive o produzido sob sua égide, aos antepassados. Vale-se do desconhecimento que o povo tem da história, recente e remota, para convencê-lo de sua encenação.
Pior: consegue.
- matheus...
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
Vai ser lindo ver o lula se licensiar haha. Dilma vai perder vergonhosamente com sarney no poder...
- Edu Lopes
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
O partido da bandidagem
O recém-escolhido tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, está tecnicamente certo quando diz que nunca tinha sido acusado de nada nem responde a processo algum, civil ou criminal, por sua atuação na Cooperativa Habitacional do Sindicato dos Bancários de São Paulo (Bancoop), de que foi diretor financeiro (entre 2003 e 2004) e presidente (de 2005 até fevereiro passado). Mas os seus protestos de inocência só se sustêm graças à letárgica andadura da Justiça brasileira. Datam de setembro de 2006, há 3 anos e meio portanto, as primeiras denúncias de irregularidades na cooperativa, levantadas pelo Ministério Público (MP) do Estado. Em 2007, foi aberto inquérito criminal para apurar delitos da entidade, como superfaturamento de obras, apropriação indébita, desvio de verba e formação de quadrilha. No ano seguinte, uma testemunha disse ao MP que recursos desviados da Bancoop ajudaram a financiar clandestinamente a vitoriosa campanha presidencial de Lula em 2002.
A testemunha, Hélio Malheiro, era irmão de um ex-presidente da cooperativa, Luiz Eduardo, falecido em um acidente de carro em 2004, juntamente com dois outros dirigentes da instituição. Dizendo-se ameaçado de morte, Hélio foi acolhido no Programa de Proteção a Testemunhas do governo paulista. O seu depoimento foi crucial para o MP caracterizar a Bancoop como uma "organização criminosa" e solicitar a quebra do seu sigilo bancário, como foi noticiado em junho de 2008. Só na semana passada, porém, o promotor responsável pelas investigações, José Carlos Blat, recebeu o papelório ? mais de 8 mil páginas de registros de transações entre 2001 e 2008. E foi com base nessa documentação que ele pediu, na última sexta-feira, o bloqueio das contas da Bancoop e a abertura dos dados bancários e fiscais de João Vaccari Neto, acusando-o de "gestão fraudulenta".
A apropriação para fins pessoais e políticos dos recursos dos cooperados, fundos de pensão e empréstimos captados pelo sindicato dos bancários transformou 400 famílias em vítimas do conto da casa própria: os imóveis que compraram na planta não foram construídos, mas os lesados continuaram a pagar as respectivas prestações. Segundo a revista Veja, que teve acesso aos autos do inquérito, a Bancoop sacou em dinheiro vivo de suas contas pelo menos R$ 31 milhões. Outros cheques, somando R$ 10 milhões, favoreceram uma empreiteira formada por diretores da entidade, que, por sinal, era sua única cliente conhecida. O responsável pelas obras da cooperativa disse que os pagamentos eram superfaturados em 20%. "Os dirigentes da Bancoop", apurou Blat, "sangraram os cofres da cooperativa em benefício próprio e também para fomentar campanhas políticas do PT."
A prova mais gritante foi o R$ 1,5 milhão pago entre 2005 e 2006 ? quando a instituição estava praticamente quebrada ? a uma firma espectral de serviços de segurança, então de propriedade de Freud Godoy, na época segurança de Lula. Cada qual a seu modo, Godoy e Vaccari se envolveram no escândalo do dossiê, a compra abortada pela Polícia Federal de material supostamente incriminador para candidatos tucanos na campanha de 2006. Quando a operação fez água, Lula chamou os seus autores de "aloprados". Pelo dossiê, os petistas pagariam R$ 1,7 milhão. Nunca se descobriu de onde veio a dinheirama. À luz do que já se sabe das falcatruas da Bancoop, ela pode ter sido a fonte pagadora da baixaria. Tão logo entregou parte da bolada aos encarregados de comprar o dossiê, foi para Vaccari que ligou um dos cabeças da operação, Hamilton Lacerda, então assessor do senador Aloizio Mercadante.
Mas Vaccari não é o primeiro elo da cadeia. Ele deve a sua carreira ao companheiraço Ricardo Berzoini, que presidia o PT até poucas semanas ? e, como tal, foi acusado de autorizar a compra do dossiê. Berzoini alçou o bancário Vaccari à presidência do sindicato da categoria, em 1998. Em 2004, Berzoini salvou a Bancoop da falência, ajudando-a a levantar no mercado R$ 43 milhões ? via fundos de pensão de estatais comandados por petistas do grupo dele e de Vaccari. A Polícia Federal chegou a abrir inquérito sobre o prejuízo imposto aos fundos para favorecer a Bancoop. A rigor, nenhuma surpresa, considerando a folha corrida do PT. Mas, a cada escândalo, mais se aprende sobre a destreza com que a bandidagem petista se apossa do dinheiro alheio para chegar lá ? e ali se manter.
Fonte: http://www.estadao.com.br/estadaodehoje ... 1414,0.php
O recém-escolhido tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, está tecnicamente certo quando diz que nunca tinha sido acusado de nada nem responde a processo algum, civil ou criminal, por sua atuação na Cooperativa Habitacional do Sindicato dos Bancários de São Paulo (Bancoop), de que foi diretor financeiro (entre 2003 e 2004) e presidente (de 2005 até fevereiro passado). Mas os seus protestos de inocência só se sustêm graças à letárgica andadura da Justiça brasileira. Datam de setembro de 2006, há 3 anos e meio portanto, as primeiras denúncias de irregularidades na cooperativa, levantadas pelo Ministério Público (MP) do Estado. Em 2007, foi aberto inquérito criminal para apurar delitos da entidade, como superfaturamento de obras, apropriação indébita, desvio de verba e formação de quadrilha. No ano seguinte, uma testemunha disse ao MP que recursos desviados da Bancoop ajudaram a financiar clandestinamente a vitoriosa campanha presidencial de Lula em 2002.
A testemunha, Hélio Malheiro, era irmão de um ex-presidente da cooperativa, Luiz Eduardo, falecido em um acidente de carro em 2004, juntamente com dois outros dirigentes da instituição. Dizendo-se ameaçado de morte, Hélio foi acolhido no Programa de Proteção a Testemunhas do governo paulista. O seu depoimento foi crucial para o MP caracterizar a Bancoop como uma "organização criminosa" e solicitar a quebra do seu sigilo bancário, como foi noticiado em junho de 2008. Só na semana passada, porém, o promotor responsável pelas investigações, José Carlos Blat, recebeu o papelório ? mais de 8 mil páginas de registros de transações entre 2001 e 2008. E foi com base nessa documentação que ele pediu, na última sexta-feira, o bloqueio das contas da Bancoop e a abertura dos dados bancários e fiscais de João Vaccari Neto, acusando-o de "gestão fraudulenta".
A apropriação para fins pessoais e políticos dos recursos dos cooperados, fundos de pensão e empréstimos captados pelo sindicato dos bancários transformou 400 famílias em vítimas do conto da casa própria: os imóveis que compraram na planta não foram construídos, mas os lesados continuaram a pagar as respectivas prestações. Segundo a revista Veja, que teve acesso aos autos do inquérito, a Bancoop sacou em dinheiro vivo de suas contas pelo menos R$ 31 milhões. Outros cheques, somando R$ 10 milhões, favoreceram uma empreiteira formada por diretores da entidade, que, por sinal, era sua única cliente conhecida. O responsável pelas obras da cooperativa disse que os pagamentos eram superfaturados em 20%. "Os dirigentes da Bancoop", apurou Blat, "sangraram os cofres da cooperativa em benefício próprio e também para fomentar campanhas políticas do PT."
A prova mais gritante foi o R$ 1,5 milhão pago entre 2005 e 2006 ? quando a instituição estava praticamente quebrada ? a uma firma espectral de serviços de segurança, então de propriedade de Freud Godoy, na época segurança de Lula. Cada qual a seu modo, Godoy e Vaccari se envolveram no escândalo do dossiê, a compra abortada pela Polícia Federal de material supostamente incriminador para candidatos tucanos na campanha de 2006. Quando a operação fez água, Lula chamou os seus autores de "aloprados". Pelo dossiê, os petistas pagariam R$ 1,7 milhão. Nunca se descobriu de onde veio a dinheirama. À luz do que já se sabe das falcatruas da Bancoop, ela pode ter sido a fonte pagadora da baixaria. Tão logo entregou parte da bolada aos encarregados de comprar o dossiê, foi para Vaccari que ligou um dos cabeças da operação, Hamilton Lacerda, então assessor do senador Aloizio Mercadante.
Mas Vaccari não é o primeiro elo da cadeia. Ele deve a sua carreira ao companheiraço Ricardo Berzoini, que presidia o PT até poucas semanas ? e, como tal, foi acusado de autorizar a compra do dossiê. Berzoini alçou o bancário Vaccari à presidência do sindicato da categoria, em 1998. Em 2004, Berzoini salvou a Bancoop da falência, ajudando-a a levantar no mercado R$ 43 milhões ? via fundos de pensão de estatais comandados por petistas do grupo dele e de Vaccari. A Polícia Federal chegou a abrir inquérito sobre o prejuízo imposto aos fundos para favorecer a Bancoop. A rigor, nenhuma surpresa, considerando a folha corrida do PT. Mas, a cada escândalo, mais se aprende sobre a destreza com que a bandidagem petista se apossa do dinheiro alheio para chegar lá ? e ali se manter.
Fonte: http://www.estadao.com.br/estadaodehoje ... 1414,0.php
Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
sexta-feira, 5 de março de 2010matheus... escreveu:Vai ser lindo ver o lula se licensiar haha. Dilma vai perder vergonhosamente com sarney no poder...
E o Globo mentiu...De novo...Lula descarta licenciar-se da Presidência para ajudar Dilma na campanha
Em entrevista simultânea a rádios de Petrolina (PE) e Juazeiro (BA) na manhã desta sexta-feira (5), o Presidente Lula, disse que não irá se licenciar do cargo para fazer campanha eleitoral para a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, e outros candidatos da base aliada.
Ontem (4), coluna publicada no jornal "O Globo" afirmou que Lula iria se afastar da Presidência e, em seu lugar, deveria assumir o cargo o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), já que os sucessores imediatos do presidente – o vice-presidente, José Alencar, e o presidente da Câmara dos Deputados, Michel Temer (PMDB-SP) – deverão concorrer nas próximas eleições.
“Seria uma coisa descabida um Presidente pedir licença do cargo mais importante do Brasil para fazer campanha. Seria irresponsável”, disse Lula em Petrolina, acompanhado por Dilma Rousseff e pelos dois pré-candidatos ao governo do Estado da Bahia: Geddel Vieira Lima (PMDB) e Jacques Wagner (PT).
Para Lula, se licenciar do cargo resultaria na desvalorização do candidato da base aliada. “Achar que eu me afastando posso ajudar mais um candidato do que estando na Presidência é diminuir o candidato”, afirmou. “Não há hipótese [da licença]. A ministra Dilma e outros ministros, quando chegar abril, irão se afastar. Eu fico na presidência até meia-noite de 31 de dezembro”, acrescentou o presidente.
Enviar por e-mail: Por: Helena™ . 12:28:00 PM
http://osamigosdopresidentelula.blogspo ... carta.html
Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
Nota oficialEdu Lopes escreveu:O partido da bandidagem
O recém-escolhido tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, está tecnicamente certo quando diz que nunca tinha sido acusado de nada nem responde a processo algum, civil ou criminal, por sua atuação na Cooperativa Habitacional do Sindicato dos Bancários de São Paulo (Bancoop), de que foi diretor financeiro (entre 2003 e 2004) e presidente (de 2005 até fevereiro passado). Mas os seus protestos de inocência só se sustêm graças à letárgica andadura da Justiça brasileira. Datam de setembro de 2006, há 3 anos e meio portanto, as primeiras denúncias de irregularidades na cooperativa, levantadas pelo Ministério Público (MP) do Estado. Em 2007, foi aberto inquérito criminal para apurar delitos da entidade, como superfaturamento de obras, apropriação indébita, desvio de verba e formação de quadrilha. No ano seguinte, uma testemunha disse ao MP que recursos desviados da Bancoop ajudaram a financiar clandestinamente a vitoriosa campanha presidencial de Lula em 2002.
A testemunha, Hélio Malheiro, era irmão de um ex-presidente da cooperativa, Luiz Eduardo, falecido em um acidente de carro em 2004, juntamente com dois outros dirigentes da instituição. Dizendo-se ameaçado de morte, Hélio foi acolhido no Programa de Proteção a Testemunhas do governo paulista. O seu depoimento foi crucial para o MP caracterizar a Bancoop como uma "organização criminosa" e solicitar a quebra do seu sigilo bancário, como foi noticiado em junho de 2008. Só na semana passada, porém, o promotor responsável pelas investigações, José Carlos Blat, recebeu o papelório ? mais de 8 mil páginas de registros de transações entre 2001 e 2008. E foi com base nessa documentação que ele pediu, na última sexta-feira, o bloqueio das contas da Bancoop e a abertura dos dados bancários e fiscais de João Vaccari Neto, acusando-o de "gestão fraudulenta".
A apropriação para fins pessoais e políticos dos recursos dos cooperados, fundos de pensão e empréstimos captados pelo sindicato dos bancários transformou 400 famílias em vítimas do conto da casa própria: os imóveis que compraram na planta não foram construídos, mas os lesados continuaram a pagar as respectivas prestações. Segundo a revista Veja, que teve acesso aos autos do inquérito, a Bancoop sacou em dinheiro vivo de suas contas pelo menos R$ 31 milhões. Outros cheques, somando R$ 10 milhões, favoreceram uma empreiteira formada por diretores da entidade, que, por sinal, era sua única cliente conhecida. O responsável pelas obras da cooperativa disse que os pagamentos eram superfaturados em 20%. "Os dirigentes da Bancoop", apurou Blat, "sangraram os cofres da cooperativa em benefício próprio e também para fomentar campanhas políticas do PT."
A prova mais gritante foi o R$ 1,5 milhão pago entre 2005 e 2006 ? quando a instituição estava praticamente quebrada ? a uma firma espectral de serviços de segurança, então de propriedade de Freud Godoy, na época segurança de Lula. Cada qual a seu modo, Godoy e Vaccari se envolveram no escândalo do dossiê, a compra abortada pela Polícia Federal de material supostamente incriminador para candidatos tucanos na campanha de 2006. Quando a operação fez água, Lula chamou os seus autores de "aloprados". Pelo dossiê, os petistas pagariam R$ 1,7 milhão. Nunca se descobriu de onde veio a dinheirama. À luz do que já se sabe das falcatruas da Bancoop, ela pode ter sido a fonte pagadora da baixaria. Tão logo entregou parte da bolada aos encarregados de comprar o dossiê, foi para Vaccari que ligou um dos cabeças da operação, Hamilton Lacerda, então assessor do senador Aloizio Mercadante.
Mas Vaccari não é o primeiro elo da cadeia. Ele deve a sua carreira ao companheiraço Ricardo Berzoini, que presidia o PT até poucas semanas ? e, como tal, foi acusado de autorizar a compra do dossiê. Berzoini alçou o bancário Vaccari à presidência do sindicato da categoria, em 1998. Em 2004, Berzoini salvou a Bancoop da falência, ajudando-a a levantar no mercado R$ 43 milhões ? via fundos de pensão de estatais comandados por petistas do grupo dele e de Vaccari. A Polícia Federal chegou a abrir inquérito sobre o prejuízo imposto aos fundos para favorecer a Bancoop. A rigor, nenhuma surpresa, considerando a folha corrida do PT. Mas, a cada escândalo, mais se aprende sobre a destreza com que a bandidagem petista se apossa do dinheiro alheio para chegar lá ? e ali se manter.
Fonte: http://www.estadao.com.br/estadaodehoje ... 1414,0.php
09/03/2010 | 17:47
PT vai à Justiça contra mentiras, calúnias e agressões criminosas de Veja, Estadão e Blat
Leia abaixo nota divulgada nesta terça-feira (9) pelo presidente nacional do PT, José Eduardo Dutra:
Nota do Partido dos Trabalhadores
É com perplexidade e absoluta indignação que o Partido dos Trabalhadores vem acompanhando a escalada de ataques mentirosos, infundados e caluniosos por parte de alguns órgãos da imprensa a partir de matéria sensacionalista publicada na última edição da revista Veja.
O mais absurdo desses ataques se deu hoje, terça-feira (9), quando o jornal O Estado de S.Paulo usou seu principal editorial para acusar o PT de ser “o partido da bandidagem” – extrapolando todos os limites da luta política e da civilidade sem qualquer elemento que sustente sua tese.
O PT tem uma incontestável história de lutas em defesa da democracia, da cidadania, da justiça e das liberdades civis. Nasceu dessas lutas, se consolidou a partir delas e, nos governos que conquistou, tem sido o principal promotor da idéia de um Brasil efetivamente para todos, com absoluto respeito às instituições democráticas, às regras do jogo político e ao direito fundamental à liberdade de opinião e expressão.
Para nós, a diversidade de opiniões é a essência não só da democracia, mas também do próprio PT. Devemos a essa característica, em grande parte, o sucesso de nosso projeto de país, cujo apoio majoritário da população se dá em oposição aos interesses da minoria que nos ataca.
Nem o PT nem a sociedade brasileira podem aceitar o baixo nível para o qual parte da mídia ameaça levar o embate político às vésperas de mais uma eleição presidencial. O Brasil não merece isso. A democracia não merece isso. A liberdade de imprensa, defendida pelo PT mais do que por qualquer outro partido, não merece que façam isso em nome dela.
O PT não entrará nesse jogo, no qual só ganham aqueles que têm pouco ou nenhum compromisso com a democracia. Mas buscará, pelas vias institucionais, a devida reparação judicial pelas infâmias perpetradas contra o partido e seus milhões de militantes nos últimos dias.
Acionaremos judicialmente o jornal o Estado de S.Paulo, pelo editorial desta terça, e a revista Veja, pela matéria que começou a circular no último sábado. Também representaremos no Conselho Nacional do Ministério Público contra o promotor José Carlos Blat, fonte primária de onde brotam as mentiras, as ilações, as acusações sem prova e o evidente interesse em usar a imprensa para se promover às custas de acusações desprovidas de qualquer base jurídica ou factual.
José Eduardo Dutra
Presidente Nacional do PT
Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
Bancoop emite nota de esclarecimento sobre a revista Veja
NOTA DE ESCLARECIMENTO DA BANCOOP SOBRE A MATÉRIA DE CAPA DA EDIÇÃO DA REVISTA "VEJA"DE 10.03.2010, VEICULADA EM 06.03.2010.
1. A BANCOOP (Cooperativa Habitacional dos Bancários de São Paulo) não foi ouvida em momento algum pelos jornalistas responsáveis pela matéria da revista "VEJA", em clara violação a princípio elementar de ética jornalística.
2. A matéria tem nítida finalidade política, já que não agrega praticamente nenhuma novidade às acusações que foram efetuadas no passado e devidamente rebatidas pela BANCOOP. Sua publicação com grande destaque se explica pela previsão de instalação dentro dos próximos dias de CPI sobre a BANCOOP na Assembléia Legislativa de São Paulo, requerida ainda em 2008 pela bancada de deputados do PSDB.
3. No que se refere à conduta do Ministério Público de São Paulo relativamente à BANCOOP, é preciso esclarecer que a BANCOOP celebrou com o Ministério Público em 2008 Acordo Judicial em Ação Civil Pública, no qual foram estabelecidos compromissos voltados ao aprimoramento da gestão da cooperativa, de modo a se gerar maior segurança aos cooperados. Vários desses compromissos correspondem a condutas que já vinham sendo adotadas pela cooperativa, como, por exemplo, a realização de auditoria contábil por empresa independente (o que vem sendo promovido pela empresa de auditoria Terco Grant Thornton desde as contas a partir de 2005).
4. Quanto à esfera penal, foi instaurado em 2007 Inquérito Criminal (1o. DP da Capital de São Paulo), que continua em andamento, sem que, até o presente momento, tenha sido promovida pelo Ministério Público qualquer medida judicial, Contraditoriamente, o Promotor José Carlos Blat procura sistemática a imprensa com o objetivo de fazer acusações políticas à cooperativa, como a de que "A BANCOOP é hoje uma organização criminosa cuja função principal é captar recursos para o caixa dois do PT e que ajudou a financiar inclusive a campanha de Lula à Presidência em 2002".
5. A matéria é extremamente fantasiosa quanto aos fatos, como demonstra a informação de que teriam sido emitidos, para saque em dinheiro, cheques nominais à própria BANCOOP em valor total superior a R$ 31 milhões. Na verdade, há uma intensa movimentação bancária entre contas da própria BANCOOP, já que cada empreendimento da cooperativa, por força inclusive do Acordo Judicial celebrado com o Ministério Publico, tem conta bancária específica, sendo necessária a transferência de recursos utilizados para o custeio das respectivas obras.
6. A BANCOOP, apesar de ter vivido dificuldades administrativas em 2003 e 2004, tem sido extremamente bem sucedida na disponibilização de imóveis a preço de custo destinado a moradia. Trata-se de alternativa no âmbito do mercado imobiliário que procura facilitar o acesso de trabalhadores à casa própria. Seguem alguns dados que refletem o desempenho da BANCOOP desde sua criação, em 1996, até dezembro de 2009:
a) Total de empreendimentos já concluídos ou em construção: 34.
b) Empreendimentos com todas as unidades entregues: 24.
c) Empreendimentos em construção: 10.
d) Empreendimentos que foram descontinuados por falta de interesse dos cooperados: 19.
e) Total de unidades já entregues ou em construção: 6.358
f) Total de unidades entregues: 5.337 (84% do total), sendo 4.152 em empreendimentos já concluídos e 1.185 em empreendimentos em construção.
g) Total de unidades em construção: 1021, sendo que, desse total, 502 pertencem a cooperados que aguardam a conclusão e o restante integra um estoque de unidades disponíveis.
h) Total de unidades com escritura liberada: 3.406.
7. A BANCOOP sempre esteve à disposição dos cooperados, das autoridades competentes e da imprensa para prestar informações sobre as atividades da cooperativa.
Diretoria da BANCOOP (06 de março de 2010)
NOTA DE ESCLARECIMENTO DA BANCOOP SOBRE A MATÉRIA DE CAPA DA EDIÇÃO DA REVISTA "VEJA"DE 10.03.2010, VEICULADA EM 06.03.2010.
1. A BANCOOP (Cooperativa Habitacional dos Bancários de São Paulo) não foi ouvida em momento algum pelos jornalistas responsáveis pela matéria da revista "VEJA", em clara violação a princípio elementar de ética jornalística.
2. A matéria tem nítida finalidade política, já que não agrega praticamente nenhuma novidade às acusações que foram efetuadas no passado e devidamente rebatidas pela BANCOOP. Sua publicação com grande destaque se explica pela previsão de instalação dentro dos próximos dias de CPI sobre a BANCOOP na Assembléia Legislativa de São Paulo, requerida ainda em 2008 pela bancada de deputados do PSDB.
3. No que se refere à conduta do Ministério Público de São Paulo relativamente à BANCOOP, é preciso esclarecer que a BANCOOP celebrou com o Ministério Público em 2008 Acordo Judicial em Ação Civil Pública, no qual foram estabelecidos compromissos voltados ao aprimoramento da gestão da cooperativa, de modo a se gerar maior segurança aos cooperados. Vários desses compromissos correspondem a condutas que já vinham sendo adotadas pela cooperativa, como, por exemplo, a realização de auditoria contábil por empresa independente (o que vem sendo promovido pela empresa de auditoria Terco Grant Thornton desde as contas a partir de 2005).
4. Quanto à esfera penal, foi instaurado em 2007 Inquérito Criminal (1o. DP da Capital de São Paulo), que continua em andamento, sem que, até o presente momento, tenha sido promovida pelo Ministério Público qualquer medida judicial, Contraditoriamente, o Promotor José Carlos Blat procura sistemática a imprensa com o objetivo de fazer acusações políticas à cooperativa, como a de que "A BANCOOP é hoje uma organização criminosa cuja função principal é captar recursos para o caixa dois do PT e que ajudou a financiar inclusive a campanha de Lula à Presidência em 2002".
5. A matéria é extremamente fantasiosa quanto aos fatos, como demonstra a informação de que teriam sido emitidos, para saque em dinheiro, cheques nominais à própria BANCOOP em valor total superior a R$ 31 milhões. Na verdade, há uma intensa movimentação bancária entre contas da própria BANCOOP, já que cada empreendimento da cooperativa, por força inclusive do Acordo Judicial celebrado com o Ministério Publico, tem conta bancária específica, sendo necessária a transferência de recursos utilizados para o custeio das respectivas obras.
6. A BANCOOP, apesar de ter vivido dificuldades administrativas em 2003 e 2004, tem sido extremamente bem sucedida na disponibilização de imóveis a preço de custo destinado a moradia. Trata-se de alternativa no âmbito do mercado imobiliário que procura facilitar o acesso de trabalhadores à casa própria. Seguem alguns dados que refletem o desempenho da BANCOOP desde sua criação, em 1996, até dezembro de 2009:
a) Total de empreendimentos já concluídos ou em construção: 34.
b) Empreendimentos com todas as unidades entregues: 24.
c) Empreendimentos em construção: 10.
d) Empreendimentos que foram descontinuados por falta de interesse dos cooperados: 19.
e) Total de unidades já entregues ou em construção: 6.358
f) Total de unidades entregues: 5.337 (84% do total), sendo 4.152 em empreendimentos já concluídos e 1.185 em empreendimentos em construção.
g) Total de unidades em construção: 1021, sendo que, desse total, 502 pertencem a cooperados que aguardam a conclusão e o restante integra um estoque de unidades disponíveis.
h) Total de unidades com escritura liberada: 3.406.
7. A BANCOOP sempre esteve à disposição dos cooperados, das autoridades competentes e da imprensa para prestar informações sobre as atividades da cooperativa.
Diretoria da BANCOOP (06 de março de 2010)
Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
Esse é o promotor de Justiça José Carlos Blat do caso Bancoop
O promotor de Justiça José Carlos Blat já respondeu processo no MP-SP (Ministério Público de São Paulo) eEle era acusado de tentar se livrar de multas do Detran e de tentar beneficiar investigados pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial e Repressão ao Crime Organizado).O promotor foi afastado das funções que exercia no Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) de São Paulo.
E disse o Zé Agusto aqui neste post "Há um promotor do Ministério Público de São Paulo, José Carlos Blat, que faz uma investigação, e diz que há indícios de que a Bancoop desviou recursos para empresas ligadas a alguns dirigentes, "que repassaram os valores para campanhas do PT" (sem provar ainda). O promotor abriu o inquérito criminal em 2007".
Quem é promotor de Justiça de São Paulo José Carlos Blat que pediu à Justiça nesta sexta-feira (5) a quebra do sigilo bancário do tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, e o bloqueio das contas da Cooperativa Habitacional dos Bancários de São Paulo (Bancoop).....Vamos conhece-lo?
Em 1998, o promotor José Carlos Blat entrou para o Grupo de Atuação Especial e Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), do qual foi afastado em 2004, em circunstâncias confusas. A Corregedoria o investigava por uma tentativa de livrar-se de multas no Detran e por um episódio estranho em que um carro oficial do Gaeco foi apreendido fora da cidade de São Paulo – com um criminoso ao volante. No fim de 2004, a Corregedoria do Ministério Público decidiu levar essas investigações a fundo.A Corregedoria disse ter encontrado indícios de crimes mais graves contra o promotor...As primeiras investigações contra Blat colocaram em xeque suas ações contra desmanches de veículos roubados. Promotores afirmaram que uma seguradora de veículos indicava quais locais deveriam ser invadidos e quem deveria ser preso.
Blat também foi acusado de proteger o contrabandista chinês Law Kin Chong, preso em São Paulo. Em 2002, quando participou de uma força-tarefa antipirataria, ele teria dirigido o foco da investigação somente contra os pequenos contrabandistas, deixando Law livre para atuar. Uma advogada que trabalhava para o contrabandista visitava Blat periodicamente no Gaeco.
As investigações descobriram ainda que Blat mora num apartamento de Alfredo Parisi, que já foi condenado por bancar o jogo do bicho. Blat admite que, antes de se tornar promotor, foi sócio do filho de Ivo Noal, outro banqueiro do bicho, numa loja de conveniência.
Sobre Blat pesam também as seguintes suspeitas: usar veículos e pessoal do Gaeco para interesses pessoais, negociar com um delegado a liberação de seu pai, que teria sido preso em flagrante por armazenar bens roubados, abuso de autoridade, truculência e suspeita de enriquecimento ilícito.
Os bens do promotor também entraram na mira da Corregedoria. Segundo os depoimentos, Blat comprou de uma só tacada dois carros importados e blindados.
Investigações mais profundas seriam necessárias para comprovar os crimes. Porém, em vez de promover quebras de sigilo para esclarecer por completo as suspeitas, o atual procurador-geral de Justiça, Rodrigo Pinho, recomendou o arquivamento de tudo.
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O procurador de Justiça Antonio Ferreira Pinto, que atuou nas investigações sobre Blat, se diz indignado com o pedido de arquivamento dos processos contra promotor de Justiça José Carlos Blat. Disse o procurador de Justiça: ...."No entanto, por muito menos, políticos e empresários são duramente investigados pelo Ministério Público paulista – é o caso do ministro da Fazenda, Antonio Palocci. Enquanto seu destino no Ministério Público não é definido, Blat já traça outros planos. Disse a VEJA: "Eu me desiludi com o Ministério Público. Estou pensando em me candidatar a deputado federal".
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É da Veja, que os tucanos amam .. Aqui para você ler a matéria completa http://veja.abril.com.br/150206/p_052.html
O promotor de Justiça José Carlos Blat já respondeu processo no MP-SP (Ministério Público de São Paulo) eEle era acusado de tentar se livrar de multas do Detran e de tentar beneficiar investigados pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial e Repressão ao Crime Organizado).O promotor foi afastado das funções que exercia no Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) de São Paulo.
E disse o Zé Agusto aqui neste post "Há um promotor do Ministério Público de São Paulo, José Carlos Blat, que faz uma investigação, e diz que há indícios de que a Bancoop desviou recursos para empresas ligadas a alguns dirigentes, "que repassaram os valores para campanhas do PT" (sem provar ainda). O promotor abriu o inquérito criminal em 2007".
Quem é promotor de Justiça de São Paulo José Carlos Blat que pediu à Justiça nesta sexta-feira (5) a quebra do sigilo bancário do tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, e o bloqueio das contas da Cooperativa Habitacional dos Bancários de São Paulo (Bancoop).....Vamos conhece-lo?
Em 1998, o promotor José Carlos Blat entrou para o Grupo de Atuação Especial e Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), do qual foi afastado em 2004, em circunstâncias confusas. A Corregedoria o investigava por uma tentativa de livrar-se de multas no Detran e por um episódio estranho em que um carro oficial do Gaeco foi apreendido fora da cidade de São Paulo – com um criminoso ao volante. No fim de 2004, a Corregedoria do Ministério Público decidiu levar essas investigações a fundo.A Corregedoria disse ter encontrado indícios de crimes mais graves contra o promotor...As primeiras investigações contra Blat colocaram em xeque suas ações contra desmanches de veículos roubados. Promotores afirmaram que uma seguradora de veículos indicava quais locais deveriam ser invadidos e quem deveria ser preso.
Blat também foi acusado de proteger o contrabandista chinês Law Kin Chong, preso em São Paulo. Em 2002, quando participou de uma força-tarefa antipirataria, ele teria dirigido o foco da investigação somente contra os pequenos contrabandistas, deixando Law livre para atuar. Uma advogada que trabalhava para o contrabandista visitava Blat periodicamente no Gaeco.
As investigações descobriram ainda que Blat mora num apartamento de Alfredo Parisi, que já foi condenado por bancar o jogo do bicho. Blat admite que, antes de se tornar promotor, foi sócio do filho de Ivo Noal, outro banqueiro do bicho, numa loja de conveniência.
Sobre Blat pesam também as seguintes suspeitas: usar veículos e pessoal do Gaeco para interesses pessoais, negociar com um delegado a liberação de seu pai, que teria sido preso em flagrante por armazenar bens roubados, abuso de autoridade, truculência e suspeita de enriquecimento ilícito.
Os bens do promotor também entraram na mira da Corregedoria. Segundo os depoimentos, Blat comprou de uma só tacada dois carros importados e blindados.
Investigações mais profundas seriam necessárias para comprovar os crimes. Porém, em vez de promover quebras de sigilo para esclarecer por completo as suspeitas, o atual procurador-geral de Justiça, Rodrigo Pinho, recomendou o arquivamento de tudo.
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O procurador de Justiça Antonio Ferreira Pinto, que atuou nas investigações sobre Blat, se diz indignado com o pedido de arquivamento dos processos contra promotor de Justiça José Carlos Blat. Disse o procurador de Justiça: ...."No entanto, por muito menos, políticos e empresários são duramente investigados pelo Ministério Público paulista – é o caso do ministro da Fazenda, Antonio Palocci. Enquanto seu destino no Ministério Público não é definido, Blat já traça outros planos. Disse a VEJA: "Eu me desiludi com o Ministério Público. Estou pensando em me candidatar a deputado federal".
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É da Veja, que os tucanos amam .. Aqui para você ler a matéria completa http://veja.abril.com.br/150206/p_052.html
Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
7 de março de 2010
Promotor Blat denuncia à imprensa em 2 eleições seguidas, mas não denuncia à justiça
O promotor José Carlos Blat, já foi à TV falar contra a Bancoop em 2007.
Em 2008, pouco antes das eleições, fez uma turnê pelos canais de TV dando entrevistas, deitando falação de novo, repetindo a mesma coisa.
Ontem, estava no Jornal Nacional mais uma vez, repetindo o que disse em 2006 e 2008. Por coincidência estamos na "temporada de caça" eleitoral de novo.
Mas Blat não apresentou até hoje denúncia à justiça para abrir processo, que é o que interessa no trabalho de um promotor. Ele recebe salários do Estado para defender o cidadão acionando os tribunais, e não nas câmeras de TV's.
No Jornal Nacional diz que "vai apresentar a denúncia à justiça só daqui a uns 3 meses". Logo ele não tem em mãos fundamentos suficientes ainda para apresentá-la e está falando demais antes da hora, como falou demais em 2007 e 2008, sem acionar os tribunais ainda, 3 anos depois.
Se ele não consegue apresentar uma única denúncia fundamentada que seja, desde 2007, ou é porque não tem fundamento o que ele diz, ou tem alguma coisa errada em seu trabalho.
Para uma pessoa que ocupa um cargo de promotor, lugar de fazer denúncia é nos tribunais e não na imprensa. Denúncia na imprensa é coisa para políticos e jornalistas.
É muito grave um promotor fazer acusações na imprensa sem abrir processo na justiça, por dois motivos:
1) É uma irresponsabilidade tão grande quanto apontar o dedo para uma pessoa e incitar a multidão a linchá-la, sem sequer ter certeza de que seja culpada.
2) parece omissão ao não tomar providências nos tribunais apropriados.
Quando esse denuncismo acontece há 3 anos seguidos em ano eleitoral, sem que maiores providências sejam tomadas nos tribunais, é impossível deixar de suspeitar da atuação política do promotor, gerando escândalos infundados com fins de influir nas eleições.
Promotores sérios com Rodrigo De Gradis (da Satiagraha) são discretos diante da imprensa. Age rápido, denuncia e processa muito, e fala pouco. Quando fala, geralmente é após denunciar à justiça.http://www.osamigosdopresidentelula.blogspot.com/
Promotor Blat denuncia à imprensa em 2 eleições seguidas, mas não denuncia à justiça
O promotor José Carlos Blat, já foi à TV falar contra a Bancoop em 2007.
Em 2008, pouco antes das eleições, fez uma turnê pelos canais de TV dando entrevistas, deitando falação de novo, repetindo a mesma coisa.
Ontem, estava no Jornal Nacional mais uma vez, repetindo o que disse em 2006 e 2008. Por coincidência estamos na "temporada de caça" eleitoral de novo.
Mas Blat não apresentou até hoje denúncia à justiça para abrir processo, que é o que interessa no trabalho de um promotor. Ele recebe salários do Estado para defender o cidadão acionando os tribunais, e não nas câmeras de TV's.
No Jornal Nacional diz que "vai apresentar a denúncia à justiça só daqui a uns 3 meses". Logo ele não tem em mãos fundamentos suficientes ainda para apresentá-la e está falando demais antes da hora, como falou demais em 2007 e 2008, sem acionar os tribunais ainda, 3 anos depois.
Se ele não consegue apresentar uma única denúncia fundamentada que seja, desde 2007, ou é porque não tem fundamento o que ele diz, ou tem alguma coisa errada em seu trabalho.
Para uma pessoa que ocupa um cargo de promotor, lugar de fazer denúncia é nos tribunais e não na imprensa. Denúncia na imprensa é coisa para políticos e jornalistas.
É muito grave um promotor fazer acusações na imprensa sem abrir processo na justiça, por dois motivos:
1) É uma irresponsabilidade tão grande quanto apontar o dedo para uma pessoa e incitar a multidão a linchá-la, sem sequer ter certeza de que seja culpada.
2) parece omissão ao não tomar providências nos tribunais apropriados.
Quando esse denuncismo acontece há 3 anos seguidos em ano eleitoral, sem que maiores providências sejam tomadas nos tribunais, é impossível deixar de suspeitar da atuação política do promotor, gerando escândalos infundados com fins de influir nas eleições.
Promotores sérios com Rodrigo De Gradis (da Satiagraha) são discretos diante da imprensa. Age rápido, denuncia e processa muito, e fala pouco. Quando fala, geralmente é após denunciar à justiça.http://www.osamigosdopresidentelula.blogspot.com/
- MAJOR FRAGUAS
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
É Interessante pensar que quem mais acredita no que sai na imprensa paulistana (veja, oesp, e fsp) é a famosa "elite". Logo, pensam que mentem ou enganam o famoso "povão", mas na verdade estão enganando seus próprios leitores, que, se um dia começarem a enxergar mais longe ou seja mais fontes de informações, vão se sentir traídos e muito possivelmente mudar de lado, como aconteceu comigo que ja fui assinante da Veja e da FSP e acreditava que eram fontes seguras e inquestionáveis de informação....