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Assuntos em discussão: Força Aérea Brasileira, forças aéreas estrangeiras e aviação militar.

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BRAZIL7.62
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Re: NOTÍCIAS

#17416 Mensagem por BRAZIL7.62 » Ter Mar 02, 2010 6:17 pm

[b]Brasil envia 2 helicópteros para o Chile nesta 3ª[/b]
02 de março de 2010 • 17h53 • atualizado às 17h59 Comentários


Reduzir Normal Aumentar Imprimir Por determinação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, seguem nesta terça-feira para o Chile dois helicópteros Black Hawk, segundo especialistas que participaram da reunião do Gabinete de Crise da Presidência da República.

Os helicópteros farão uma longa viagem de Brasília para Mendoza (Argentina) até chegarem a Santiago (Chile). Eles serão utilizados na ajuda às vítimas do terremoto ocorrido no último sábado, dia 27 fevereiro.

O governo brasileiro prepara para enviar, a partir de quarta-feira, aviões Hércules C-130, que levarão o hospital de campanha da Marinha e mais 22 médicos, enfermeiros e auxiliares para o Chile. Os detalhes da operação ainda estão sendo definidos pelo Gabinete de Crise da Presidência da República, sob comando do ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional, Jorge Félix.

Uma das hipóteses analisada pelos integrantes do Gabinete de Crise é utilizar os aviões para transportar os brasileiros que estão no Chile e querem retornar ao país. A Embaixada do Brasil no Chile relacionou 700 pessoas entre adultos e crianças que têm urgência de retornar. Não há informações, por enquanto, de brasileiros entre as vítimas do terremoto.

Os especialistas informaram que, para o transporte do hospital de campanha da Marinha, serão necessários de cinco a seis voos do Brasil até o Chile. A estrutura é grande, pois tem capacidade para atendimentos diários, posto de triagem e um leito de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), além de sala cirúrgica.

A estrutura hospitalar permite ainda atendimentos emergenciais e encaminhamento para outras unidades hospitalares. Por orientação do presidente Lula, o hospital e os profissionais de saúde deverão permanecer no Chile o tempo que for necessário, conforme orientações do goveno da presidente Michelle Bachelet.

Tragédia no Chile
Centenas de pessoas morreram após o terremoto de 8,8 graus na escala Richter registrado na madrugada de sábado (27) no Chile. A contagem de corpos passa de 700, e o número de afetados chega a 2 milhões, segundo o governo. A presidente Michelle Bachelet declarou "estado de catástrofe" no país.

O tremor teve epicentro no mar, a 59,4 km de profundidade, na região de Maule, no centro do país e a 300 km ao sul da capital, Santiago. Por isso, foi enviado um alerta de tsunami ao chile, Peru e Equador. Segundo fontes oficiais, o terremoto aconteceu às 3h26 pelo horário local (mesmo horário em Brasília). O número de vítimas mortais e de feridos pode aumentar.


Efeitos do estrago
Os danos materiais do terremoto ainda estão sendo avaliados. O muro de uma prisão veio abaixo com o abalo sísmico, o que causou a fuga de mais de 200 detentos na cidade de Chillán, a 401 quilômetros de Santiago. O aeroporto internacional de Santiago chegou a ser fechado devido a alguns danos em suas instalações, e várias pontes ficaram danificadas. A luz e o serviço de telecomunicações estão cortadas na região metropolitana e em Valparaíso foram registrados danos internos em edifícios. Os bombeiros correm as ruas de Santiago com megafones dando instruções à população.

Em alguns lugares, falta água potável. Pelo menos três hospitais na capital desabaram e na cidade de Concepción, cerca de 400 km ao sul de Santiago, o edifício do governo local desmoronou e pacientes estavam sendo transferidos dos hospitais, segundo rádios chilenas.

Mais forte que no Haiti
O movimento sísmico, muito mais poderoso que o mortífero terremoto que devastou o Haiti em janeiro, também causou pânico no popular balneário de Viña del Mar. De manhã, policiais e bombeiros percorriam as ruas em distintas cidades do país para verificar a magnitude dos danos e socorrer vítimas.

O terremoto ocorreu poucos dias antes de completar 25 anos do sismo que causou centenas de vítimas e destruiu várias localidades no litoral central do Chile, em 3 de março de 1985.




binfa
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Re: NOTÍCIAS

#17417 Mensagem por binfa » Ter Mar 02, 2010 9:10 pm

Falando em helis....

Mais helicópteros Sikorsky HH-60 para missões CSAR na Força Aérea Estadunidense

A USAF (Força Aérea dos Estados Unidos) abandonou a ideia da aquisição de grandes helicópteros para missões C-SAR (Busca e Salvamento em Combate) e decidiu comprar um lote de 112 helicópteros Sikorsky UH-60M para a substituição de modelos mais antigos nessa função, baseados no Black Hawk.

A Sikorsky modificará essas unidades do padrão M para a versão HH-60L. Os novos aparelhos substituirão os HH-60G Pave Hawk, cujo número de células existentes foi reduzido ao longo do tempo para 101.

Em 2006, a USAF selecionou o HH-47 Chinook como vencedor do programa CSAR-X, concorrência na qual o helicóptero da Boeing venceu o Sikorsky HH-92 e o Lockheed Martin HH-71. Entretanto, a conclusão do CSAR-X tornou-se mais um exemplo das atuais limitações da política de aquisições de material militar pelas Forças Armadas do país.

fonte: http://www.tecnodefesa.com.br




att, binfa
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Re: NOTÍCIAS

#17418 Mensagem por WalterGaudério » Ter Mar 02, 2010 9:20 pm

BRAZIL7.62 escreveu:Brasil envia 2 helicópteros para o Chile nesta 3ª
02 de março de 2010 • 17h53 • atualizado às 17h59 Comentários


Reduzir Normal Aumentar Imprimir Por determinação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, seguem nesta terça-feira para o Chile dois helicópteros Black Hawk, segundo especialistas que participaram da reunião do Gabinete de Crise da Presidência da República.

Os helicópteros farão uma longa viagem de Brasília para Mendoza (Argentina) até chegarem a Santiago (Chile). Eles serão utilizados na ajuda às vítimas do terremoto ocorrido no último sábado, dia 27 fevereiro.

. O aeroporto internacional de Santiago chegou a ser fechado devido a alguns danos em suas instalações, e várias pontes ficaram danificadas. A luz e o serviço de telecomunicações estão cortadas na região metropolitana e em Valparaíso foram registrados danos internos em edifícios. Os bombeiros correm as ruas de Santiago com megafones dando instruções à população.



O terremoto ocorreu poucos dias antes de completar 25 anos do sismo que causou centenas de vítimas e destruiu várias localidades no litoral central do Chile, em 3 de março de 1985.
Essa tragédia no Chile vai evidenciar uma lacuna grave nas poderosas Forças Armadas Chilenas, a falta de helicópteros em qte. suficiente. Bem como de aeronaves de transporte.




Só há 2 tipos de navios: os submarinos e os alvos...

Armam-se homens com as melhores armas.
Armam-se Submarinos com os melhores homens.


Os sábios PENSAM
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Os Idiotas PLANTAM e os
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#17419 Mensagem por BARAK » Qua Mar 03, 2010 10:23 am

Piloto e copiloto morrem após acidente com avião de acrobacias na Índia
http://g1.globo.com/Noticias/Mundo/0,,M ... INDIA.html




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#17420 Mensagem por lobo_guara » Qua Mar 03, 2010 4:31 pm

WalterGaudério escreveu:
BRAZIL7.62 escreveu:Brasil envia 2 helicópteros para o Chile nesta 3ª
02 de março de 2010 • 17h53 • atualizado às 17h59 Comentários


Reduzir Normal Aumentar Imprimir Por determinação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, seguem nesta terça-feira para o Chile dois helicópteros Black Hawk, segundo especialistas que participaram da reunião do Gabinete de Crise da Presidência da República.

Os helicópteros farão uma longa viagem de Brasília para Mendoza (Argentina) até chegarem a Santiago (Chile). Eles serão utilizados na ajuda às vítimas do terremoto ocorrido no último sábado, dia 27 fevereiro.

. O aeroporto internacional de Santiago chegou a ser fechado devido a alguns danos em suas instalações, e várias pontes ficaram danificadas. A luz e o serviço de telecomunicações estão cortadas na região metropolitana e em Valparaíso foram registrados danos internos em edifícios. Os bombeiros correm as ruas de Santiago com megafones dando instruções à população.



O terremoto ocorreu poucos dias antes de completar 25 anos do sismo que causou centenas de vítimas e destruiu várias localidades no litoral central do Chile, em 3 de março de 1985.
Essa tragédia no Chile vai evidenciar uma lacuna grave nas poderosas Forças Armadas Chilenas, a falta de helicópteros em qte. suficiente. Bem como de aeronaves de transporte.
Estava exatamente pensando nisso. Se não estou enganado o Chile possui apenas 3 C-130 em seu acervo além de aeronaves de menor porte como Casa- 212 e 295 além disso cancelou a uns tempos atrás os planos para a compra de 3 ou 4 A400M. Quanto a helicópteros não tenho muitas informações, mais consta que possuem entre outros aeronaves como o SH-60, BO-105, DRHUV (estavão comprando uma meia-dúzia a um tempo atrás), além dos UH-1H.




Deve, pois, um príncipe não ter outro objetivo nem outro pensamento, nem tomar qualquer outra coisa por fazer, senão a guerra e a sua organização e disciplina, pois que é essa a única arte que compete a quem comanda. (Machiavelli)
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Re: NOTÍCIAS

#17421 Mensagem por WalterGaudério » Qua Mar 03, 2010 6:53 pm

lobo_guara escreveu:
WalterGaudério escreveu: Essa tragédia no Chile vai evidenciar uma lacuna grave nas poderosas Forças Armadas Chilenas, a falta de helicópteros em qte. suficiente. Bem como de aeronaves de transporte.
Estava exatamente pensando nisso. Se não estou enganado o Chile possui apenas 3 C-130 em seu acervo além de aeronaves de menor porte como Casa- 212 e 295 além disso cancelou a uns tempos atrás os planos para a compra de 3 ou 4 A400M. Quanto a helicópteros não tenho muitas informações, mais consta que possuem entre outros aeronaves como o SH-60, BO-105, DRHUV (estavão comprando uma meia-dúzia a um tempo atrás), além dos UH-1H.
Lobo Guará só uma correção, quem comprou o DRHUV foi o Equador. O ECh tb tem em sua aviação, cerca de 12/15 Pumas SA 330, a a FaCh por alguma razão que desconheço, só comprou 1 UH 60. Eles tb tem cerca de 8/10 CN 235.




Só há 2 tipos de navios: os submarinos e os alvos...

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Re: NOTÍCIAS

#17422 Mensagem por PRick » Qua Mar 03, 2010 6:59 pm

WalterGaudério escreveu:
lobo_guara escreveu: Lobo Guará só uma correção, quem comprou o DRHUV foi o Equador. O ECh tb tem em sua aviação, cerca de 12/15 Pumas SA 330, a a FaCh por alguma razão que desconheço, só comprou 1 UH 60. Eles tb tem cerca de 8/10 CN 235.
Porque o preço salgado e da manutenção caríssima só permitiu a compra de um BH! Já a FAB só quer economizar nos caças!! :mrgreen: :mrgreen:

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Re: NOTÍCIAS

#17423 Mensagem por henriquejr » Qui Mar 04, 2010 10:52 am

binfa escreveu:Falando em helis....

Mais helicópteros Sikorsky HH-60 para missões CSAR na Força Aérea Estadunidense

A USAF (Força Aérea dos Estados Unidos) abandonou a ideia da aquisição de grandes helicópteros para missões C-SAR (Busca e Salvamento em Combate) e decidiu comprar um lote de 112 helicópteros Sikorsky UH-60M para a substituição de modelos mais antigos nessa função, baseados no Black Hawk.

A Sikorsky modificará essas unidades do padrão M para a versão HH-60L. Os novos aparelhos substituirão os HH-60G Pave Hawk, cujo número de células existentes foi reduzido ao longo do tempo para 101.

Em 2006, a USAF selecionou o HH-47 Chinook como vencedor do programa CSAR-X, concorrência na qual o helicóptero da Boeing venceu o Sikorsky HH-92 e o Lockheed Martin HH-71. Entretanto, a conclusão do CSAR-X tornou-se mais um exemplo das atuais limitações da política de aquisições de material militar pelas Forças Armadas do país.

fonte: http://www.tecnodefesa.com.br
Eu entendi errado ou os UH-60M sofrerão um downgrade para a versão UH60L???? Não é a versão "M" a mais moderna dentre os UH-60???




.
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Re: NOTÍCIAS

#17424 Mensagem por Pablo Maica » Qui Mar 04, 2010 12:03 pm

Hummmm bem estranho... até pq eu achava que para CSAR a USAF usava o MH-60L... talvez seja isso da HH-60M para a MH-60L, mas vaitbm vai se saber o que passa na cabeça da USAF! :)


Um abraço e t+ :D




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Re: NOTÍCIAS

#17425 Mensagem por Glauber Prestes » Qui Mar 04, 2010 2:59 pm

Pode ser uma bronha comida por quem escreveu a notícia, ou pode ser isso mesmo, só para padronizar.




http://www.tireoide.org.br/tireoidite-de-hashimoto/
Cuidado com os sintomas.

Você é responsável pelo ambiente e a qualidade do fórum que participa. Faça sua parte.
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Re: NOTÍCIAS

#17426 Mensagem por Luís Henrique » Qui Mar 04, 2010 3:16 pm

Brasil retoma investimentos em defesa para agregar força à diplomacia
Por Danilo Almeida, especial para o Yahoo! Brasil


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Ser porta-voz do chamado mundo em desenvolvimento implica a liderança de um bloco de países ativo e integrado, a salvaguarda dos recursos naturais e a "capacidade de dizer 'não' aos grandes quando necessário", nas palavras do ministro da Defesa Nelson Jobim. Em sua aspiração pela condição de 'global player', o Brasil tem cada vez mais encarado o resguardo dos próprios interesses como etapa essencial para se firmar como ator decisivo nas questões internacionais.


Por "resguardo dos próprios interesses" compreendam-se fatores que vão do monitoramento do território nacional e suas riquezas à aquisição de tecnologia capaz de conferir desenvolvimento e autonomia ao país. Com mais proteção e menos dependência, aumenta a capacidade de persuasão lá fora.





"É a chamada 'nova diplomacia', na qual os ministérios da Defesa e de Relações Exteriores caminham juntos", explica o jornalista Roberto Godoy, especialista em assuntos militares.


É nesta área que se tem aplicado pesados investimentos, de diretrizes pautadas pela Estratégia Nacional de Defesa (END), decretada pelo governo em fins do ano retrasado - uma espécie de PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) das Forças Armadas. Mais do que reaparelhamento, o plano prevê reformulações institucionais e a retomada da indústria bélica nacional, largada às moscas na década de 1990 depois figurar entre as dez mais importantes do mundo.


'Know-how'
O ponto-chave é a transferência de tecnologia: além de adquirir aparelhos, adquirir o "saber fazer". Tema delicado, porém; uma vez que a disposição de um país de revelar a outro como faz sua própria segurança é conquistada à base de muita negociação, confiança recíproca, alinhamento geopolítico e, obviamente, de uma boa bolada de dinheiro.


No caso brasileiro, a parceria com a França, firmada em dezembro de 2008, é a mais expressiva. A iminente compra de 36 caças Rafale - em meio a polêmicas em relação à concorrência de norte-americanos e suecos - é parte essencial neste acordo.

Imagem



"A França foi a que mostrou mais condições interessantes, coisa que os outros não ofereceram", avalia o vice-diretor do Instituto de Relações Internacionais da Universidade de Brasília (UnB), Alcides Vaz, especialista em Defesa Nacional. "É uma postura pragmática a do Brasil: a END fala da 'independência no campo tecnológico', e a parceria com a França sinaliza uma perspectiva nessa direção."


Politicamente, o acordo já rendeu a defesa do presidente Nicolas Sarkozy por um assento permanente ao Brasil no Conselho de Segurança na ONU. De efetivo, rendeu a Exército, Marinha e Aeronáutica 51 helicópteros mais modernos e cinco submarinos, um deles nuclear - todos a serem construídos. A tecnologia é francesa, mas a fabricação e a maioria das peças serão brasileiras - assim como a propulsão do equipamento nuclear. É um novo horizonte que se abre às cerca de 300 empresas bélicas nacionais, direta ou indiretamente no ramo.


Além renovar arsenal e frota e de aumentar a variedade e a qualidade dos produtos que pode exportar, o país pretende assentar caminho para a cooperação regional. Os sul-americanos gastaram US$ 50 bilhões em defesa em 2008 e, desde 2003, vêm investido intensamente em tecnologia militar. Assim, o Brasil, além de fomentar a integração, reforça também seu papel de conciliador nas tensões mais proeminentes, como as que envolvem Colômbia, Equador e Venezuela.


Papel esse que recentemente ganhou novos contornos no Haiti, onde a presença brasileira à frente da missão da ONU para a estabilização política se voltou para a reconstrução do país, devastado pelo terremoto no começo do ano. O efetivo foi dobrado. Há, também, uma certa queda-de-braço com os norte-americanos, acusados de levar ingerência político-militar junto com ajuda humanitária.


Na busca pela cadeira no Conselho de Segurança, qualquer deslize brasileiro na missão em terras haitianas pode ser fatal. "Além das missões de paz, o Brasil precisa ainda se preparar para missões de imposição da paz e integrar coalizões", observa Roberto Godoy.


Patrimônio
País de dimensões continentais, o Brasil ocupa quase a metade de toda a América do Sul: são cerca de 8.500.000 quilômetros quadrados de extensão territorial e 4.400.000 de superfície marítima; 16.886 quilômetros de fronteiras terrestres e mais 7.367 de litoral. Uma vastidão de recursos naturais, da qual o exemplo mais recente é a descoberta de gigantescas camadas de petróleo no fundo do mar, o chamado pré-sal.


Imagem


Os biomas são cinco, e um deles é motivo de atenção redobrada em razão de sua riqueza imensa e relativamente pouco conhecida em razão das próprias dificuldades de cobertura: a Amazônia. Calcanhar-de-aquiles para muitos militares, o controle da área acirra ânimos, exorta nacionalismos contra 'invasões estrangeiras' e suscita disputas internas como, por exemplo, as entre ambientalistas e ruralistas. É assunto prioritário na Estratégia Nacional de Defesa, que prevê a ampliação e o reposicionamento de tropas nas áreas de fronteira.


O monitoramento da região, feito pelo Sivam (Sistema de Vigilância da Amazônia), é alvo de constantes críticas em função da defasagem dos aparelhos e do uso de imagens de satélites estrangeiros, o que poria em risco a soberania brasileira sobre a área. A própria END deixa claro o entendimento do país sobre o assunto, ao afirmar que "quem cuida da Amazônia brasileira, a serviço da humanidade e de si mesmo, é o Brasil".

Controle civil
A efetivação, porém, dos planos e mudanças em defesa nacional tem um caminho arenoso a ser percorrido, ainda mais por se tratar de um setor culturalmente centralizador e de certa aversão à subordinação a civis - o próprio Exército, no ano passado, não se furtou a criticar o fortalecimento do Ministério da Defesa, por meio do END, em detrimento dos comandos das três Forças Armadas.

"Não há como negar que o Brasil avançou muito desde a criação do Ministério da Defesa", pontua o professor Alcides Vaz. "Mas há ainda pequenas questões que têm a ver com essa cultura institucional burocrática e de muita autonomia".

Outras nem tão pequenas. Mais recentemente, a resistência das Forças Armadas contra a investigação dos crimes cometidos "no contexto da repressão política", uma referência direta feita pelo texto do Plano Nacional de Direitos Humanos à ditadura instaurada em 1964, escancarou como o governo pisa em ovos ao lidar com o setor.

Na queda-de-braço com os elaboradores do plano, os militares levaram a melhor. Na base do grito, conseguiram a substituição do termo "contexto da repressão política", que os botava contra a parede, por algo mais abrangente, como a investigação das violações de um modo geral.

Cedeu-se de um lado na tentativa de se avançar em outro. Pragmático, o governo avaliou que compensava o ônus político de mais um dissabor aos setores que tentam passar a limpo um dos períodos mais nefastos da história recente do país. Na busca obstinada do Planalto para se atingir objetivos prioritários, como a consolidação regional e a autonomia internacional, não se abre mão do poder estratégico de Forças Armadas revigoradas - mesmo que pagando um preço bastante elevado por isso.

Fonte: http://br.noticias.yahoo.com/s/04032010 ... regar.html




Su-35BM - 4ª++ Geração.
Simplesmente um GRANDE caça.
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Re: NOTÍCIAS

#17427 Mensagem por WalterGaudério » Qui Mar 04, 2010 9:22 pm

Luís Henrique escreveu:Brasil retoma investimentos em defesa para agregar força à diplomacia
Por Danilo Almeida, especial para o Yahoo! Brasil


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Ser porta-voz do chamado mundo em desenvolvimento implica a liderança de um bloco de países ativo e integrado, a salvaguarda dos recursos naturais e a "capacidade de dizer 'não' aos grandes quando necessário", nas palavras do ministro da Defesa Nelson Jobim. Em sua aspiração pela condição de 'global player', o Brasil tem cada vez mais encarado o resguardo dos próprios interesses como etapa essencial para se firmar como ator decisivo nas questões internacionais.


Por "resguardo dos próprios interesses" compreendam-se fatores que vão do monitoramento do território nacional e suas riquezas à aquisição de tecnologia capaz de conferir desenvolvimento e autonomia ao país. Com mais proteção e menos dependência, aumenta a capacidade de persuasão lá fora.





"É a chamada 'nova diplomacia', na qual os ministérios da Defesa e de Relações Exteriores caminham juntos", explica o jornalista Roberto Godoy, especialista em assuntos militares.


É nesta área que se tem aplicado pesados investimentos, de diretrizes pautadas pela Estratégia Nacional de Defesa (END), decretada pelo governo em fins do ano retrasado - uma espécie de PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) das Forças Armadas. Mais do que reaparelhamento, o plano prevê reformulações institucionais e a retomada da indústria bélica nacional, largada às moscas na década de 1990 depois figurar entre as dez mais importantes do mundo.


'Know-how'
O ponto-chave é a transferência de tecnologia: além de adquirir aparelhos, adquirir o "saber fazer". Tema delicado, porém; uma vez que a disposição de um país de revelar a outro como faz sua própria segurança é conquistada à base de muita negociação, confiança recíproca, alinhamento geopolítico e, obviamente, de uma boa bolada de dinheiro.


No caso brasileiro, a parceria com a França, firmada em dezembro de 2008, é a mais expressiva. A iminente compra de 36 caças Rafale - em meio a polêmicas em relação à concorrência de norte-americanos e suecos - é parte essencial neste acordo.

Imagem



"A França foi a que mostrou mais condições interessantes, coisa que os outros não ofereceram", avalia o vice-diretor do Instituto de Relações Internacionais da Universidade de Brasília (UnB), Alcides Vaz, especialista em Defesa Nacional. "É uma postura pragmática a do Brasil: a END fala da 'independência no campo tecnológico', e a parceria com a França sinaliza uma perspectiva nessa direção."


Politicamente, o acordo já rendeu a defesa do presidente Nicolas Sarkozy por um assento permanente ao Brasil no Conselho de Segurança na ONU. De efetivo, rendeu a Exército, Marinha e Aeronáutica 51 helicópteros mais modernos e cinco submarinos, um deles nuclear - todos a serem construídos. A tecnologia é francesa, mas a fabricação e a maioria das peças serão brasileiras - assim como a propulsão do equipamento nuclear. É um novo horizonte que se abre às cerca de 300 empresas bélicas nacionais, direta ou indiretamente no ramo.


Além renovar arsenal e frota e de aumentar a variedade e a qualidade dos produtos que pode exportar, o país pretende assentar caminho para a cooperação regional. Os sul-americanos gastaram US$ 50 bilhões em defesa em 2008 e, desde 2003, vêm investido intensamente em tecnologia militar. Assim, o Brasil, além de fomentar a integração, reforça também seu papel de conciliador nas tensões mais proeminentes, como as que envolvem Colômbia, Equador e Venezuela.


Papel esse que recentemente ganhou novos contornos no Haiti, onde a presença brasileira à frente da missão da ONU para a estabilização política se voltou para a reconstrução do país, devastado pelo terremoto no começo do ano. O efetivo foi dobrado. Há, também, uma certa queda-de-braço com os norte-americanos, acusados de levar ingerência político-militar junto com ajuda humanitária.


Na busca pela cadeira no Conselho de Segurança, qualquer deslize brasileiro na missão em terras haitianas pode ser fatal. "Além das missões de paz, o Brasil precisa ainda se preparar para missões de imposição da paz e integrar coalizões", observa Roberto Godoy.


Patrimônio
País de dimensões continentais, o Brasil ocupa quase a metade de toda a América do Sul: são cerca de 8.500.000 quilômetros quadrados de extensão territorial e 4.400.000 de superfície marítima; 16.886 quilômetros de fronteiras terrestres e mais 7.367 de litoral. Uma vastidão de recursos naturais, da qual o exemplo mais recente é a descoberta de gigantescas camadas de petróleo no fundo do mar, o chamado pré-sal.


Imagem


Os biomas são cinco, e um deles é motivo de atenção redobrada em razão de sua riqueza imensa e relativamente pouco conhecida em razão das próprias dificuldades de cobertura: a Amazônia. Calcanhar-de-aquiles para muitos militares, o controle da área acirra ânimos, exorta nacionalismos contra 'invasões estrangeiras' e suscita disputas internas como, por exemplo, as entre ambientalistas e ruralistas. É assunto prioritário na Estratégia Nacional de Defesa, que prevê a ampliação e o reposicionamento de tropas nas áreas de fronteira.


O monitoramento da região, feito pelo Sivam (Sistema de Vigilância da Amazônia), é alvo de constantes críticas em função da defasagem dos aparelhos e do uso de imagens de satélites estrangeiros, o que poria em risco a soberania brasileira sobre a área. A própria END deixa claro o entendimento do país sobre o assunto, ao afirmar que "quem cuida da Amazônia brasileira, a serviço da humanidade e de si mesmo, é o Brasil".

Controle civil
A efetivação, porém, dos planos e mudanças em defesa nacional tem um caminho arenoso a ser percorrido, ainda mais por se tratar de um setor culturalmente centralizador e de certa aversão à subordinação a civis - o próprio Exército, no ano passado, não se furtou a criticar o fortalecimento do Ministério da Defesa, por meio do END, em detrimento dos comandos das três Forças Armadas.

"Não há como negar que o Brasil avançou muito desde a criação do Ministério da Defesa", pontua o professor Alcides Vaz. "Mas há ainda pequenas questões que têm a ver com essa cultura institucional burocrática e de muita autonomia".

Outras nem tão pequenas. Mais recentemente, a resistência das Forças Armadas contra a investigação dos crimes cometidos "no contexto da repressão política", uma referência direta feita pelo texto do Plano Nacional de Direitos Humanos à ditadura instaurada em 1964, escancarou como o governo pisa em ovos ao lidar com o setor.

Na queda-de-braço com os elaboradores do plano, os militares levaram a melhor. Na base do grito, conseguiram a substituição do termo "contexto da repressão política", que os botava contra a parede, por algo mais abrangente, como a investigação das violações de um modo geral.

Cedeu-se de um lado na tentativa de se avançar em outro. Pragmático, o governo avaliou que compensava o ônus político de mais um dissabor aos setores que tentam passar a limpo um dos períodos mais nefastos da história recente do país. Na busca obstinada do Planalto para se atingir objetivos prioritários, como a consolidação regional e a autonomia internacional, não se abre mão do poder estratégico de Forças Armadas revigoradas - mesmo que pagando um preço bastante elevado por isso.

Fonte: http://br.noticias.yahoo.com/s/04032010 ... regar.html

Brasil retoma investimentos em defesa para agregar força à diplomacia.

Olha, eu adorei o titulo da reportagem, mas me decepcionei no final.




Só há 2 tipos de navios: os submarinos e os alvos...

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orestespf
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Re: NOTÍCIAS

#17428 Mensagem por orestespf » Qui Mar 04, 2010 9:53 pm

WalterGaudério escreveu: Brasil retoma investimentos em defesa para agregar força à diplomacia.

Olha, eu adorei o titulo da reportagem, mas me decepcionei no final.
Faltou argumento fundamentado em conhecimento geopolítico e sobre defesa, Walter. A ideia sugerida pelo título (ótima!!!) é velha conhecida do fórum DB, com argumentos bastante sólidos, diga-se de passagem, mas para marinheiro de primeira viagem... Ficar "mareado" é natural. :mrgreen: :mrgreen:

Uma coisa é certa, a imprensa, em geral, tem conseguido compreender todo o processo por trás do que tem sido chamado de "compras militares". Veja, o Godoy, nestes mesmo texto, nos brinda em citar a estreita relação entre diplomacia e "suporte" dos aparatos militares como sustentabilidade à retórica, algo que até hoje não foi colocado abertamente na grande imprensa, uma "inovação", digamos assim. Isto é um salto em qualidade, não do Godoy, que respeito muito (apesar das críticas infelizes que fazem a ele), mas à consciência em geral e que tem sido compreendida até mesmo pelos mais leigos (insisto, não falo do Godoy).

Medir a letra da música é uma forma de não fugir ao "tom" da mesma? Quem sabe... Falamos de consciência ou conscientização? O que de fato significa "parceria"? Segundo o Aurélio, uma interpretação é: "Reunião de pessoas para um fim de interesse comum". Assim sendo, onde há a tal "parceria" que se prega e onde há a "parceria" que de fato nasce? Há diferença conceitual ou há conveniência e/ou mal uso da expressão? O interessante é que tal interpretação sobre o significado de parceria é muito semelhante ao conceito de mobilização... Está havendo uma forma sutil de se dizer tal coisa (mobilização) ou ainda há a necessidade da "medidas governamentais e militares destinada à defesa de um país" para se configurar mobilização? Mobilização é algo bem definido ou está em dinâmica evolução? Que coisa, heim?


Grande abraço, amigo velho!




Carlos Mathias

Re: NOTÍCIAS

#17429 Mensagem por Carlos Mathias » Qui Mar 04, 2010 11:46 pm

Sobre o Godoy, acho que o pessoal fala mais de sacanagem mesmo. O cara é dos poucos que fala sobre defesa no Brasil já a um bom tempo.
Eu particularmente aceito na boa os deslizes dele, mas tenho que dar umas sacaneadas básicas, afinal, sou carioca. :wink: :mrgreen:




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Skyway
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Re: NOTÍCIAS

#17430 Mensagem por Skyway » Sex Mar 05, 2010 12:22 am

Acho que merece respeito, mas é um cara que por algum motivo, mesmo depois de anos estudando o assunto, comete algumas batatadas lendárias... e ai não da pra deixar passar sem sacanear.

Já me deixou muito puto sim algumas vezes por dar batatadas que só atrapalharam e desinformaram ao invés de informar, mas é a vida. Todo mundo da batatada. :mrgreen:




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