Ameaça REAL ao Brasil
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Re: Ameaça REAL ao Brasil
Bom pessoal não querendo me intrometer mas já me intrometendo, um dos colegas comentou a respeito da farsa do aquecimento que eles tanto usam para se meter aqui. Achei interessante esses videos, peço desculpa desde já se já foram postados em outro lugar. É uma série de 9 videos bem elucidativos e creio sejam bons agurmentos para quando vierem pregar essa babozeira pra cima de nós. Sds
- Marino
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Re: Ameaça REAL ao Brasil
Indígenas acusam governo de Roraima de entrar em reserva
Entrada de não índios na Raposa/Serra do Sol precisa de autorização da Funai; técnicos do Estado fazem estudos para construção de hidrelétricas na área
FELIPE BÄCHTOLD
DA AGÊNCIA FOLHA
Alvo da mais emblemática batalha judicial envolvendo terras indígenas no país, a Raposa/Serra do Sol, em Roraima, passa por uma nova controvérsia. Líderes dos índios acusam o governo estadual de entrar irregularmente na área para elaborar estudos sobre a construção de hidrelétricas.
O Estado, que atravessa uma crise de energia elétrica, pretende construir PCHs (pequenas centrais hidrelétricas) dentro de áreas indígenas. A regional da Funai (Fundação Nacional do Índio) diz que não autorizou a entrada de técnicos.
Segundo o coordenador regional da Funai, Gonçalo Teixeira, o governo deve pedir permissão, que seria discutida com líderes indígenas. Os índios, contrários às usinas em suas terras, incluíram em manifesto enviado à Presidência protesto contra a presença de técnicos em dezembro e janeiro.
Para que a construção de hidrelétricas em terras indígenas seja iniciada, é preciso autorização do Congresso e discussão com índios por meio da Funai.
O Estado diz que as centrais elétricas iriam abastecer as próprias vilas indígenas dentro do programa federal Luz Para Todos e substituir o uso de geradores. Mas afirma que ainda não sabe quantas unidades seriam construídas nas localidades. A estatal de energia de Roraima é a responsável pelo Luz Para Todos na região.
Questionado sobre a entrada de integrantes do governo na área, o Estado diz que "respeita a lei" e que a terra indígena não é totalmente "fechada". Afirma ainda que é responsável por prover grande parte da infraestrutura das vilas dos índios.
A decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) que disciplinou a questão em 2009 diz que a entrada de não índios deve ser autorizada pela Funai.
O governador José de Anchieta Júnior (PSDB) já se manifestou a favor também da construção de uma hidrelétrica de maior porte no rio Cotingo, dentro da Raposa/Serra do Sol. O abastecimento de Roraima depende do envio de energia da Venezuela, que decretou em fevereiro "emergência elétrica" e cortou parte dos repasses.
Júlio Macuxi, do Conselho Indígena de Roraima, diz que as hidrelétricas afetariam o regime de águas dos rios, que já sofrem com períodos de estiagem. Ele apoia usinas eólicas.
A disputa pela Raposa/Serra do Sol na Justiça terminou em 2009, quando os últimos não índios deixaram a área, sob ordem do STF. O governo do Estado foi um principais opositores da demarcação da terra de forma contínua. Anchieta Júnior chegou a dizer que a área se tornaria um "zoológico humano". O governo argumentou que 46% de seu território é demarcado como terra indígena.
Entrada de não índios na Raposa/Serra do Sol precisa de autorização da Funai; técnicos do Estado fazem estudos para construção de hidrelétricas na área
FELIPE BÄCHTOLD
DA AGÊNCIA FOLHA
Alvo da mais emblemática batalha judicial envolvendo terras indígenas no país, a Raposa/Serra do Sol, em Roraima, passa por uma nova controvérsia. Líderes dos índios acusam o governo estadual de entrar irregularmente na área para elaborar estudos sobre a construção de hidrelétricas.
O Estado, que atravessa uma crise de energia elétrica, pretende construir PCHs (pequenas centrais hidrelétricas) dentro de áreas indígenas. A regional da Funai (Fundação Nacional do Índio) diz que não autorizou a entrada de técnicos.
Segundo o coordenador regional da Funai, Gonçalo Teixeira, o governo deve pedir permissão, que seria discutida com líderes indígenas. Os índios, contrários às usinas em suas terras, incluíram em manifesto enviado à Presidência protesto contra a presença de técnicos em dezembro e janeiro.
Para que a construção de hidrelétricas em terras indígenas seja iniciada, é preciso autorização do Congresso e discussão com índios por meio da Funai.
O Estado diz que as centrais elétricas iriam abastecer as próprias vilas indígenas dentro do programa federal Luz Para Todos e substituir o uso de geradores. Mas afirma que ainda não sabe quantas unidades seriam construídas nas localidades. A estatal de energia de Roraima é a responsável pelo Luz Para Todos na região.
Questionado sobre a entrada de integrantes do governo na área, o Estado diz que "respeita a lei" e que a terra indígena não é totalmente "fechada". Afirma ainda que é responsável por prover grande parte da infraestrutura das vilas dos índios.
A decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) que disciplinou a questão em 2009 diz que a entrada de não índios deve ser autorizada pela Funai.
O governador José de Anchieta Júnior (PSDB) já se manifestou a favor também da construção de uma hidrelétrica de maior porte no rio Cotingo, dentro da Raposa/Serra do Sol. O abastecimento de Roraima depende do envio de energia da Venezuela, que decretou em fevereiro "emergência elétrica" e cortou parte dos repasses.
Júlio Macuxi, do Conselho Indígena de Roraima, diz que as hidrelétricas afetariam o regime de águas dos rios, que já sofrem com períodos de estiagem. Ele apoia usinas eólicas.
A disputa pela Raposa/Serra do Sol na Justiça terminou em 2009, quando os últimos não índios deixaram a área, sob ordem do STF. O governo do Estado foi um principais opositores da demarcação da terra de forma contínua. Anchieta Júnior chegou a dizer que a área se tornaria um "zoológico humano". O governo argumentou que 46% de seu território é demarcado como terra indígena.
"A reconquista da soberania perdida não restabelece o status quo."
Barão do Rio Branco
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- Marino
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Re: Ameaça REAL ao Brasil
Entidades fazem denúncia na ONU contra construção da Hidrelétrica de Belo Monte
Gilberto Costa
Da Agência Brasil*
Em Brasília
Cem entidades civis que representam 40 comunidades de 11 municípios do Pará apresentaram um documento de 20 páginas a sete relatores da Organização das Nações Unidas (ONU). Eles denunciam supostas violações de direitos humanos causadas pela possível construção da Hidrelétrica de Belo Monte, no Rio Xingú.
O leilão para a construção da hidrelétrica está previsto para o dia 20 de abril. A usina será a segunda maior do país e a terceira do mundo e terá capacidade instalada de geração de mais de 11 mil Megawatts (MW). A hidrelétrica formará dois reservatórios de 516 quilômetros quadrados (km²). Segundo as entidades, os lagos da represa inundarão área onde se localizam 30 terras indígenas legais e afetará um terço do município de Altamira (PA), onde vivem 20 mil pessoas.
Para Andressa Caldas, diretora da organização não governamental Justiça Global, o licenciamento ambiental da hidrelétrica “sofreu pressão política” e fere a Convenção nº 169, sobre Povos Indígenas e Tribais em Países Independentes da Organização Internacional do Trabalho (OIT), ratificada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em abril de 2004.
De acordo com o Artigo 15 da convenção, “os governos deverão estabelecer ou manter procedimentos com vistas a consultar os povos interessados, a fim de se determinar se os interesses desses povos seriam prejudicados, e em que medida, antes de se empreender ou autorizar qualquer programa de prospecção ou exploração dos recursos existentes em suas terras.”
O Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) realizou quatro audiências públicas com a participação de indígenas no ano passado e o presidente do instituto, Roberto Messias, se reuniu em Brasília com lideranças dos povos. Para os movimentos sociais, o número de audiências foi insuficiente e por isso reivindicam a realização de mais 13 encontros.
No começo do mês de março, o juiz federal de Altamira, Antônio Campelo, reconheceu a validade das audiências realizadas pelo Ibama e apontou no despacho que não vislumbrava “necessidade de realização de audiências em todas as comunidades atingidas”.
A denúncia na ONU ocorre após as entidades civis não terem conseguido na Justiça suspender a licença prévia concedida pelo Ibama em 1º fevereiro deste ano. À época, o bispo de Altamira, dom Erwin Krautler, disse em entrevista à Rádio Nacional da Amazônia que a licença não era oportuna, pois “o projeto arrasa com toda a região”. Segundo ele, “esse projeto não vai ser o único, vai ser seguido por outros projetos”. A organização não governamental Internacional Rivers aponta que há mais de cem grandes barragens planejadas para os rios da Amazônia.
O Ibama informou à Agência Brasil que a licença prévia só saiu após o instituto receber parecer favorável da Fundação Nacional do Índio (Funai). A licença, que não autoriza o início da obra mas apenas o leilão, tem 40 condicionantes entre elas uma que exige a criação de novas unidades de conservação na região.
*Colaborou Leandro Martins, repórter da Rádio Nacional da Amazônia
Gilberto Costa
Da Agência Brasil*
Em Brasília
Cem entidades civis que representam 40 comunidades de 11 municípios do Pará apresentaram um documento de 20 páginas a sete relatores da Organização das Nações Unidas (ONU). Eles denunciam supostas violações de direitos humanos causadas pela possível construção da Hidrelétrica de Belo Monte, no Rio Xingú.
O leilão para a construção da hidrelétrica está previsto para o dia 20 de abril. A usina será a segunda maior do país e a terceira do mundo e terá capacidade instalada de geração de mais de 11 mil Megawatts (MW). A hidrelétrica formará dois reservatórios de 516 quilômetros quadrados (km²). Segundo as entidades, os lagos da represa inundarão área onde se localizam 30 terras indígenas legais e afetará um terço do município de Altamira (PA), onde vivem 20 mil pessoas.
Para Andressa Caldas, diretora da organização não governamental Justiça Global, o licenciamento ambiental da hidrelétrica “sofreu pressão política” e fere a Convenção nº 169, sobre Povos Indígenas e Tribais em Países Independentes da Organização Internacional do Trabalho (OIT), ratificada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em abril de 2004.
De acordo com o Artigo 15 da convenção, “os governos deverão estabelecer ou manter procedimentos com vistas a consultar os povos interessados, a fim de se determinar se os interesses desses povos seriam prejudicados, e em que medida, antes de se empreender ou autorizar qualquer programa de prospecção ou exploração dos recursos existentes em suas terras.”
O Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) realizou quatro audiências públicas com a participação de indígenas no ano passado e o presidente do instituto, Roberto Messias, se reuniu em Brasília com lideranças dos povos. Para os movimentos sociais, o número de audiências foi insuficiente e por isso reivindicam a realização de mais 13 encontros.
No começo do mês de março, o juiz federal de Altamira, Antônio Campelo, reconheceu a validade das audiências realizadas pelo Ibama e apontou no despacho que não vislumbrava “necessidade de realização de audiências em todas as comunidades atingidas”.
A denúncia na ONU ocorre após as entidades civis não terem conseguido na Justiça suspender a licença prévia concedida pelo Ibama em 1º fevereiro deste ano. À época, o bispo de Altamira, dom Erwin Krautler, disse em entrevista à Rádio Nacional da Amazônia que a licença não era oportuna, pois “o projeto arrasa com toda a região”. Segundo ele, “esse projeto não vai ser o único, vai ser seguido por outros projetos”. A organização não governamental Internacional Rivers aponta que há mais de cem grandes barragens planejadas para os rios da Amazônia.
O Ibama informou à Agência Brasil que a licença prévia só saiu após o instituto receber parecer favorável da Fundação Nacional do Índio (Funai). A licença, que não autoriza o início da obra mas apenas o leilão, tem 40 condicionantes entre elas uma que exige a criação de novas unidades de conservação na região.
*Colaborou Leandro Martins, repórter da Rádio Nacional da Amazônia
"A reconquista da soberania perdida não restabelece o status quo."
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Re: Ameaça REAL ao Brasil
Conflito sobre Belo Monte na ONU
BRASÍLIA - Cem entidades civis que representam 40 comunidades de 11 municípios do Pará apresentaram um documento de 20 páginas a sete relatores da Organização das Nações Unidas (ONU). Eles denunciam supostas violações de direitos humanos causadas pela possível construção da Hidrelétrica de Belo Monte, no Rio Xingú.
O leilão para a construção da hidrelétrica está previsto para o dia 20 de abril. A usina será a segunda maior do país e a terceira do mundo e terá capacidade instalada de geração de mais de 11 mil megawatts (MW). A hidrelétrica formará dois reservatórios de 516 quilômetros quadrados. Segundo as entidades, os lagos da represa inundarão área onde se localizam 30 terras indígenas legais e afetará um terço do município de Altamira (PA), onde vivem 20 mil pessoas.
Pressão política
Para Andressa Caldas, diretora da organização não governamental Justiça Global, o licenciamento ambiental da hidrelétrica “sofreu pressão política” e fere a Convenção nº 169, sobre Povos Indígenas e Tribais em Países Independentes da Organização Internacional do Trabalho (OIT), ratificada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em abril de 2004.
De acordo com o Artigo 15 da convenção, “os governos deverão estabelecer ou manter procedimentos com vistas a consultar os povos interessados, a fim de se determinar se os interesses desses povos seriam prejudicados, e em que medida, antes de se empreender ou autorizar qualquer programa de prospecção ou exploração dos recursos existentes em suas terras”.
O Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) realizou quatro audiências públicas com a participação de indígenas no ano passado e o presidente do instituto, Roberto Messias, se reuniu em Brasília com lideranças dos povos. Para os movimentos sociais, o número de audiências foi insuficiente e por isso reivindicam a realização de mais 13 encontros.
No começo do mês de março, o juiz federal de Altamira, Antônio Campelo, reconheceu a validade das audiências realizadas pelo Ibama e apontou no despacho que não vislumbrava “necessidade de realização de audiências em todas as comunidades atingidas”.
A denúncia na ONU ocorre após as entidades civis não terem conseguido na Justiça suspender a licença prévia concedida pelo Ibama em 1º fevereiro deste ano. À época, o bispo de Altamira, dom Erwin Krautler, disse em entrevista à Rádio Nacional da Amazônia que a licença não era oportuna, pois “o projeto arrasa com toda a região”.
– Esse projeto não vai ser o único, vai ser seguido por outros projetos – disse o bispo. A organização não governamental Internacional Rivers aponta que há mais de cem grandes barragens planejadas para os rios da Amazônia.
O Ibama informou que a licença prévia só saiu após o instituto receber parecer favorável da Fundação Nacional do Índio (Funai). A licença, que não autoriza o início da obra mas apenas o leilão, tem 40 condicionantes entre elas uma que exige a criação de novas unidades de conservação na região.
BRASÍLIA - Cem entidades civis que representam 40 comunidades de 11 municípios do Pará apresentaram um documento de 20 páginas a sete relatores da Organização das Nações Unidas (ONU). Eles denunciam supostas violações de direitos humanos causadas pela possível construção da Hidrelétrica de Belo Monte, no Rio Xingú.
O leilão para a construção da hidrelétrica está previsto para o dia 20 de abril. A usina será a segunda maior do país e a terceira do mundo e terá capacidade instalada de geração de mais de 11 mil megawatts (MW). A hidrelétrica formará dois reservatórios de 516 quilômetros quadrados. Segundo as entidades, os lagos da represa inundarão área onde se localizam 30 terras indígenas legais e afetará um terço do município de Altamira (PA), onde vivem 20 mil pessoas.
Pressão política
Para Andressa Caldas, diretora da organização não governamental Justiça Global, o licenciamento ambiental da hidrelétrica “sofreu pressão política” e fere a Convenção nº 169, sobre Povos Indígenas e Tribais em Países Independentes da Organização Internacional do Trabalho (OIT), ratificada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em abril de 2004.
De acordo com o Artigo 15 da convenção, “os governos deverão estabelecer ou manter procedimentos com vistas a consultar os povos interessados, a fim de se determinar se os interesses desses povos seriam prejudicados, e em que medida, antes de se empreender ou autorizar qualquer programa de prospecção ou exploração dos recursos existentes em suas terras”.
O Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) realizou quatro audiências públicas com a participação de indígenas no ano passado e o presidente do instituto, Roberto Messias, se reuniu em Brasília com lideranças dos povos. Para os movimentos sociais, o número de audiências foi insuficiente e por isso reivindicam a realização de mais 13 encontros.
No começo do mês de março, o juiz federal de Altamira, Antônio Campelo, reconheceu a validade das audiências realizadas pelo Ibama e apontou no despacho que não vislumbrava “necessidade de realização de audiências em todas as comunidades atingidas”.
A denúncia na ONU ocorre após as entidades civis não terem conseguido na Justiça suspender a licença prévia concedida pelo Ibama em 1º fevereiro deste ano. À época, o bispo de Altamira, dom Erwin Krautler, disse em entrevista à Rádio Nacional da Amazônia que a licença não era oportuna, pois “o projeto arrasa com toda a região”.
– Esse projeto não vai ser o único, vai ser seguido por outros projetos – disse o bispo. A organização não governamental Internacional Rivers aponta que há mais de cem grandes barragens planejadas para os rios da Amazônia.
O Ibama informou que a licença prévia só saiu após o instituto receber parecer favorável da Fundação Nacional do Índio (Funai). A licença, que não autoriza o início da obra mas apenas o leilão, tem 40 condicionantes entre elas uma que exige a criação de novas unidades de conservação na região.
"A reconquista da soberania perdida não restabelece o status quo."
Barão do Rio Branco
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Re: Ameaça REAL ao Brasil
"Os estrangeiros estão entrando na floresta"
Leandro Mazzini
Eduardo Braga acaba de deixar o governo do Amazonas para se candidatar ao Senado e, nesta entrevista ao JB, revela sua bandeira e deixa um alerta: o país precisa de uma política séria sobre transferências de terras na floresta amazônica. Diz que a terra é barata, e não há controle da compra de propriedades por fundos estrangeiros. Se eleito, garante que apresentará lei para que União autorize ou não a venda.
No Amazonas tem área pública para licitação? O senhor é a favor ou contra?
Sou a favor. Aqui no Amazonas ainda não tem área pública de flona (floresta nacional) em licitação. Tem uma área pública estadual que nós ainda estamos regulamentando. Mas sou a favor, porque acho que. se a gente souber trabalhar de forma correta, não excluindo as comunidades, não excluindo os pequenos produtores das flonas, nós vamos dar passos importantes também na direção da sustentabilidade. A floresta é um ser vivo. A floresta consome mais carbono quanto mais jovem ela for. Mas não significa dizer que ela é neutra. Isso significa dizer que a floresta não pode ser um santuário, porque se ela for um santuário, menos serviços ambientais ela prestará para a melhoria da qualidade do clima ou para o enfrentamento do aquecimento global. E as flonas vão ser importantes para que a gente possa regular, portanto, a idade da nossa floresta nativa.
Mas há meta para flonas?
Há, nós temos uma do estado, que pretende entrar em funcionamento por volta de 2011 ou 2012. É muito complexo você entrar com uma flona para não querer correr riscos. O governo federal está na terceira flona (área licitada no Amapá). E estamos analisando cada um dos acertos e erros desse processo. Acho que é um pouco a missão do governo federal ser o laboratório para a gente compreender, porque essa é uma nova fronteira do desenvolvimento sustentável em florestas. E aí a regulação do governo federal segue como um parâmetro para que a gente possa regular as flonas estaduais.
Há um grande problema na Amazônia que é a questão fundiária. Há controle?Como será feito se o governo quiser licitar área ocupada?
O que nós defendemos é de que isso dependa da propriedade. Se a propriedade da terra for federal, deve ser tocada pelo governo federal. Se a for do governo estadual, deve ser estadual. Se for privada, por que não uma flona privada? Pode também.
Tem mapeamento do solo ocupado por famílias?
Não se pode dizer que é irregular. Ela não tem a titularidade da terra, mas eles ocupam aquela terra há dezenas de anos, lá de trás, do período da borracha, quando terra pública era chamada de devoluta. Agora vem o momento da sustentabilidade, e não tenho a menor dúvida de que vai trazer um novo desenho da ocupação.
Neste contexto de sustentabilidade, destaca-se um programa seu, o Bolsa Floresta. São beneficiários também do Bolsa Família?
Pode ser comum, não há nada que impeça. A Bolsa Família é por uma razão social pura, ou seja, são famílias excluídas que têm crianças que estejam em idade escolar. O Bolsa Floresta é um contrato de não-desmatamento ou não-incremento da área desmatada, se ele morar dentro da unidade de conservação.
Como é que essas famílias vivem, se elas precisam da área para sobreviver? Cultura de subsistência?
Isso. Eles não usam horta. O que eles usam é farinha, frutas típicas da região. Na realidade o que eles têm é uma grande agricultura de subsistência e têm um grande escambo no interior da Amazônia, que agora, em função de todos esses arranjos que estão sendo implementados, arranjos de produtos florestais, não degradados, não devastadores do meio ambiente, e agora começa a surgir bases econômicas de maior escala. Digo que entre manejo de peixe, manejo florestal, madeireira e não madeireira, produtos da merenda escolar, ou dos móveis escolares, nós temos aí uma população de 300 a 400 mil pessoas que dependem desse ciclo.
O Bolsa Floresta tem 6 mil beneficiários, com alcance de 28 mil pessoas. Tem como ampliar?
Sim, nós estamos buscando novos cotistas, porque você precisa montar um fundo fiduciário, porque você só gasta, anualmente, os rendimentos desse fundo, para que a Bolsa Floresta possa perdurar enquanto floresta. Hoje estamos investindo entre o fundo fiduciário e o orçamento de custeio algo como R$ 18 milhões. Temos que chegar a 60 mil famílias.
Na questão ambiental, como um todo, há uma má vontade da imprensa sobre a Amazônia, e da internacional sobre o Brasil?
Não. A grande imprensa brasileira dá menos atenção à Amazônia do que a grande imprensa internacional. Não é má vontade, talvez seja o enfoque errado. Estou já há 10 anos nessa militância. Não sinto dolo, não sinto má-fé. Eles genuinamente são induzidos a acreditar numa coisa que eles não conhecem.
Onde isso começou?
Em falsas premissas. Por exemplo, a Amazônia não é o pulmão do mundo. Quando muito, e o Al Gore (ex-vice presidente americano) falou corretamente, ela pode segurar um pouco da respiração do planeta, ela pode armazenar um pouco, mas se você chegar a qualquer um no mundo e perguntar o que a Amazônia representa, “é o pulmão do mundo”, porque essa verdade passou a ser inquestionável. Ela é, na realidade, um grande refrigerador do planeta. Ela produz água, diminui a temperatura.
Há uma grande preocupação da Abin e do governo federal em não deixar terra pública ser “grilada” por organismos internacionais. O senhor tem levantamento de ONGs ou estrangeiros que têm terra no Amazonas?
Não tenho, não. Talvez nem o governo federal tenha.
Isso não é preocupante?
É uma preocupação, sim.
Tem como levantar?
É muito complicado, porque a Amazônia, como um todo, tem entre 11% e 12% de terras privadas. E essas terras privadas mudam de mão sem nenhuma diferenciação da propriedade do Rio de Janeiro, por exemplo. Não há uma política de transferência de propriedade na Amazônia diferente do resto do país. Aqui, se eu sou dono de 100 hectares, ou de 1 milhão de hectares, privados, eu vendo para quem eu quiser.
É boato ou verdade notícias sobre a entrada oficial de estrangeiros na região Amazônia?
Não é bobagem, não. E eles estão entrando economicamente. Não estão entrando pela pessoa física.
Para comprar terra...
Isso mesmo. Eles estão entrando para isso e são fundos de investimento, porque é muito barato (a terra). Claro que me preocupa. Por isso deveria ter, e aí o Congresso Nacional pode ajudar, uma lei de propriedade privada diferente do resto do país. O Brasil precisa saber se ele quer que seja 11%, 12% ou 13% de terras privadas que podem ou não ser vendidos para fundos estrangeiros, para investidor estrangeiro, e sob que condições. Se o Brasil disser “eu quero que seja assim”, ok. Agora, se não quer, então não permita, submeta à aprovação. Se eu sou proprietário de 1 milhão de hectares e quero vender para um... Anthony Phillipp, ok, eu tenho que ter uma não objeção do governo federal, ou do governo estadual, ou do governo municipal para eu poder vender. O Brasil não trata a lei de propriedade particular na Amazônia, propriedades fundiárias ou o que seja, diferentemente do Rio. Se eu tiver 1 milhão de hectares no Rio eu vendo para quem eu quiser: brasileiro, russo, alemão.
Aqui na Amazônia não acontece isso
Aqui acontece igualzinho como acontece no Rio. Nós não temos uma lei diferente aqui. Da mesma forma que um fundo estrangeiro pode, lá no Rio de Janeiro, comprar um estaleiro e junto com o estaleiro vir alguns milhares de metros quadrados, ele pode comprar qualquer empresa aqui e junto com a empresa vir alguns milhares não de metros quadrados, mas de hectares.
O senhor, como senador, proporia essa lei?
Acho que o Brasil tem que poder opinar, se quer ou não quer. Acho que o Brasil pode pensar e pode discutir uma lei sobre propriedade particular na Amazônia com relação a estrangeiros, assim como o Brasil tem uma lei, por exemplo, que trata da participação do recurso financeiro estrangeiro nos meios de comunicação, da aviação, etc. Nós temos uma lei diferente. Agora, não temos nenhuma lei diferente com relação às propriedades na Amazônia.
O senhor é candidato ao Senado. O que o senhor espera da Casa a partir do ano que vem. Há como renovar o debate?
Acho que o Senado vai ser muito renovado, porque dois terços dele vão às urnas e além de dois terços irem obrigatoriamente à urna, ainda há aquela parte que vai à urna porque pretende alcançar um cargo no Executivo. Acho que 50% do Senado devem renovar.
Concorda com senador que se elege para depois ir para cargo executivo?
Na democracia a gente sabe que a vontade da população é sempre expressa pela vontade da maioria. Portanto, se um senador sai candidato a governador ou a presidente da República, é legítimo no processo democrático.
Quem será seu suplente?
Deve estar uma briga boa, mas é o seguinte: a minha primeira suplente vai ser a minha esposa. Não porque é minha esposa, é porque em todas as pesquisas ela é a pessoa mais identificada com a nossa plataforma. A Sandra se envolveu tanto com esse projeto que hoje é uma pessoa que tem uma força social muito grande aqui dentro do estado. Então, ela é uma militante, não é exatamente a minha esposa. E ao mesmo tempo ela não tem a pretensão de ocupar um cargo eletivo, portanto é uma homenagem a uma mulher amazonense que teve um trabalho voluntário participativo ao longo de todo esse processo e que alcançou uma respeitabilidade notável.
O Senado vai discutir a reforma política?
Espero que discuta, pelo menos. Se depender de nós, vamos levar essa discussão.
Há um ponto polêmico que é o do suplente. Muitos concordam, outros não. Acha que deve haver suplente ou ele deve ser eleito?
Se você me perguntar se eu acho que deve ter suplente. Sinceramente, não sou a favor do suplente. Se você me perguntar: ah, o suplente deve ser eleito? Também acho que não. Acho que se o senador, por algum motivo, faltar, o segundo lugar deve assumir. E se, por algum motivo, ele renunciar, nova eleição deve ser feita. É o que eu defendo. Esse mecanismo da suplência, não conheço nenhum similar no mundo.
O senhor pode chegar ao Senado com uma bandeira ambiental...
Devo chegar.
Acredita que a Casa Alta hoje tem uma consciência ambiental?
Acho que ela pode evoluir nessa consciência. Nós defendemos isso aqui (propostas de preservação), internamente, e praticamos. Nós damos incentivo fiscal para os produtos da floresta que sejam sustentáveis, mas a união não dá. Nós damos crédito facilitado para os produtos da floresta, que sejam sustentáveis, mas é difícil a união dar. Então eu acho que dá para fazer muitas coisas no Senado da República para ajudar o fortalecimento desta economia verde no Brasil. Acho que tem muita coisa que dá para fazer e eu espero poder contribuir nessa direção.
O seu palanque aqui é do Serra ou da Dilma?
Da Dilma Rousseff.
Leandro Mazzini
Eduardo Braga acaba de deixar o governo do Amazonas para se candidatar ao Senado e, nesta entrevista ao JB, revela sua bandeira e deixa um alerta: o país precisa de uma política séria sobre transferências de terras na floresta amazônica. Diz que a terra é barata, e não há controle da compra de propriedades por fundos estrangeiros. Se eleito, garante que apresentará lei para que União autorize ou não a venda.
No Amazonas tem área pública para licitação? O senhor é a favor ou contra?
Sou a favor. Aqui no Amazonas ainda não tem área pública de flona (floresta nacional) em licitação. Tem uma área pública estadual que nós ainda estamos regulamentando. Mas sou a favor, porque acho que. se a gente souber trabalhar de forma correta, não excluindo as comunidades, não excluindo os pequenos produtores das flonas, nós vamos dar passos importantes também na direção da sustentabilidade. A floresta é um ser vivo. A floresta consome mais carbono quanto mais jovem ela for. Mas não significa dizer que ela é neutra. Isso significa dizer que a floresta não pode ser um santuário, porque se ela for um santuário, menos serviços ambientais ela prestará para a melhoria da qualidade do clima ou para o enfrentamento do aquecimento global. E as flonas vão ser importantes para que a gente possa regular, portanto, a idade da nossa floresta nativa.
Mas há meta para flonas?
Há, nós temos uma do estado, que pretende entrar em funcionamento por volta de 2011 ou 2012. É muito complexo você entrar com uma flona para não querer correr riscos. O governo federal está na terceira flona (área licitada no Amapá). E estamos analisando cada um dos acertos e erros desse processo. Acho que é um pouco a missão do governo federal ser o laboratório para a gente compreender, porque essa é uma nova fronteira do desenvolvimento sustentável em florestas. E aí a regulação do governo federal segue como um parâmetro para que a gente possa regular as flonas estaduais.
Há um grande problema na Amazônia que é a questão fundiária. Há controle?Como será feito se o governo quiser licitar área ocupada?
O que nós defendemos é de que isso dependa da propriedade. Se a propriedade da terra for federal, deve ser tocada pelo governo federal. Se a for do governo estadual, deve ser estadual. Se for privada, por que não uma flona privada? Pode também.
Tem mapeamento do solo ocupado por famílias?
Não se pode dizer que é irregular. Ela não tem a titularidade da terra, mas eles ocupam aquela terra há dezenas de anos, lá de trás, do período da borracha, quando terra pública era chamada de devoluta. Agora vem o momento da sustentabilidade, e não tenho a menor dúvida de que vai trazer um novo desenho da ocupação.
Neste contexto de sustentabilidade, destaca-se um programa seu, o Bolsa Floresta. São beneficiários também do Bolsa Família?
Pode ser comum, não há nada que impeça. A Bolsa Família é por uma razão social pura, ou seja, são famílias excluídas que têm crianças que estejam em idade escolar. O Bolsa Floresta é um contrato de não-desmatamento ou não-incremento da área desmatada, se ele morar dentro da unidade de conservação.
Como é que essas famílias vivem, se elas precisam da área para sobreviver? Cultura de subsistência?
Isso. Eles não usam horta. O que eles usam é farinha, frutas típicas da região. Na realidade o que eles têm é uma grande agricultura de subsistência e têm um grande escambo no interior da Amazônia, que agora, em função de todos esses arranjos que estão sendo implementados, arranjos de produtos florestais, não degradados, não devastadores do meio ambiente, e agora começa a surgir bases econômicas de maior escala. Digo que entre manejo de peixe, manejo florestal, madeireira e não madeireira, produtos da merenda escolar, ou dos móveis escolares, nós temos aí uma população de 300 a 400 mil pessoas que dependem desse ciclo.
O Bolsa Floresta tem 6 mil beneficiários, com alcance de 28 mil pessoas. Tem como ampliar?
Sim, nós estamos buscando novos cotistas, porque você precisa montar um fundo fiduciário, porque você só gasta, anualmente, os rendimentos desse fundo, para que a Bolsa Floresta possa perdurar enquanto floresta. Hoje estamos investindo entre o fundo fiduciário e o orçamento de custeio algo como R$ 18 milhões. Temos que chegar a 60 mil famílias.
Na questão ambiental, como um todo, há uma má vontade da imprensa sobre a Amazônia, e da internacional sobre o Brasil?
Não. A grande imprensa brasileira dá menos atenção à Amazônia do que a grande imprensa internacional. Não é má vontade, talvez seja o enfoque errado. Estou já há 10 anos nessa militância. Não sinto dolo, não sinto má-fé. Eles genuinamente são induzidos a acreditar numa coisa que eles não conhecem.
Onde isso começou?
Em falsas premissas. Por exemplo, a Amazônia não é o pulmão do mundo. Quando muito, e o Al Gore (ex-vice presidente americano) falou corretamente, ela pode segurar um pouco da respiração do planeta, ela pode armazenar um pouco, mas se você chegar a qualquer um no mundo e perguntar o que a Amazônia representa, “é o pulmão do mundo”, porque essa verdade passou a ser inquestionável. Ela é, na realidade, um grande refrigerador do planeta. Ela produz água, diminui a temperatura.
Há uma grande preocupação da Abin e do governo federal em não deixar terra pública ser “grilada” por organismos internacionais. O senhor tem levantamento de ONGs ou estrangeiros que têm terra no Amazonas?
Não tenho, não. Talvez nem o governo federal tenha.
Isso não é preocupante?
É uma preocupação, sim.
Tem como levantar?
É muito complicado, porque a Amazônia, como um todo, tem entre 11% e 12% de terras privadas. E essas terras privadas mudam de mão sem nenhuma diferenciação da propriedade do Rio de Janeiro, por exemplo. Não há uma política de transferência de propriedade na Amazônia diferente do resto do país. Aqui, se eu sou dono de 100 hectares, ou de 1 milhão de hectares, privados, eu vendo para quem eu quiser.
É boato ou verdade notícias sobre a entrada oficial de estrangeiros na região Amazônia?
Não é bobagem, não. E eles estão entrando economicamente. Não estão entrando pela pessoa física.
Para comprar terra...
Isso mesmo. Eles estão entrando para isso e são fundos de investimento, porque é muito barato (a terra). Claro que me preocupa. Por isso deveria ter, e aí o Congresso Nacional pode ajudar, uma lei de propriedade privada diferente do resto do país. O Brasil precisa saber se ele quer que seja 11%, 12% ou 13% de terras privadas que podem ou não ser vendidos para fundos estrangeiros, para investidor estrangeiro, e sob que condições. Se o Brasil disser “eu quero que seja assim”, ok. Agora, se não quer, então não permita, submeta à aprovação. Se eu sou proprietário de 1 milhão de hectares e quero vender para um... Anthony Phillipp, ok, eu tenho que ter uma não objeção do governo federal, ou do governo estadual, ou do governo municipal para eu poder vender. O Brasil não trata a lei de propriedade particular na Amazônia, propriedades fundiárias ou o que seja, diferentemente do Rio. Se eu tiver 1 milhão de hectares no Rio eu vendo para quem eu quiser: brasileiro, russo, alemão.
Aqui na Amazônia não acontece isso
Aqui acontece igualzinho como acontece no Rio. Nós não temos uma lei diferente aqui. Da mesma forma que um fundo estrangeiro pode, lá no Rio de Janeiro, comprar um estaleiro e junto com o estaleiro vir alguns milhares de metros quadrados, ele pode comprar qualquer empresa aqui e junto com a empresa vir alguns milhares não de metros quadrados, mas de hectares.
O senhor, como senador, proporia essa lei?
Acho que o Brasil tem que poder opinar, se quer ou não quer. Acho que o Brasil pode pensar e pode discutir uma lei sobre propriedade particular na Amazônia com relação a estrangeiros, assim como o Brasil tem uma lei, por exemplo, que trata da participação do recurso financeiro estrangeiro nos meios de comunicação, da aviação, etc. Nós temos uma lei diferente. Agora, não temos nenhuma lei diferente com relação às propriedades na Amazônia.
O senhor é candidato ao Senado. O que o senhor espera da Casa a partir do ano que vem. Há como renovar o debate?
Acho que o Senado vai ser muito renovado, porque dois terços dele vão às urnas e além de dois terços irem obrigatoriamente à urna, ainda há aquela parte que vai à urna porque pretende alcançar um cargo no Executivo. Acho que 50% do Senado devem renovar.
Concorda com senador que se elege para depois ir para cargo executivo?
Na democracia a gente sabe que a vontade da população é sempre expressa pela vontade da maioria. Portanto, se um senador sai candidato a governador ou a presidente da República, é legítimo no processo democrático.
Quem será seu suplente?
Deve estar uma briga boa, mas é o seguinte: a minha primeira suplente vai ser a minha esposa. Não porque é minha esposa, é porque em todas as pesquisas ela é a pessoa mais identificada com a nossa plataforma. A Sandra se envolveu tanto com esse projeto que hoje é uma pessoa que tem uma força social muito grande aqui dentro do estado. Então, ela é uma militante, não é exatamente a minha esposa. E ao mesmo tempo ela não tem a pretensão de ocupar um cargo eletivo, portanto é uma homenagem a uma mulher amazonense que teve um trabalho voluntário participativo ao longo de todo esse processo e que alcançou uma respeitabilidade notável.
O Senado vai discutir a reforma política?
Espero que discuta, pelo menos. Se depender de nós, vamos levar essa discussão.
Há um ponto polêmico que é o do suplente. Muitos concordam, outros não. Acha que deve haver suplente ou ele deve ser eleito?
Se você me perguntar se eu acho que deve ter suplente. Sinceramente, não sou a favor do suplente. Se você me perguntar: ah, o suplente deve ser eleito? Também acho que não. Acho que se o senador, por algum motivo, faltar, o segundo lugar deve assumir. E se, por algum motivo, ele renunciar, nova eleição deve ser feita. É o que eu defendo. Esse mecanismo da suplência, não conheço nenhum similar no mundo.
O senhor pode chegar ao Senado com uma bandeira ambiental...
Devo chegar.
Acredita que a Casa Alta hoje tem uma consciência ambiental?
Acho que ela pode evoluir nessa consciência. Nós defendemos isso aqui (propostas de preservação), internamente, e praticamos. Nós damos incentivo fiscal para os produtos da floresta que sejam sustentáveis, mas a união não dá. Nós damos crédito facilitado para os produtos da floresta, que sejam sustentáveis, mas é difícil a união dar. Então eu acho que dá para fazer muitas coisas no Senado da República para ajudar o fortalecimento desta economia verde no Brasil. Acho que tem muita coisa que dá para fazer e eu espero poder contribuir nessa direção.
O seu palanque aqui é do Serra ou da Dilma?
Da Dilma Rousseff.
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Re: Ameaça REAL ao Brasil
Começou bem este candidato, indicou a mulher como suplente. Familia que governa unida permanece unida, deveria ser o lema dele.
Todas coisas que nós ouvimos são uma opinião, não um fato. Todas coisas que nós vemos são uma perspectiva, não a verdade. by Marco Aurélio, imperador romano.
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Re: Ameaça REAL ao Brasil
Ativista diz que Brasil será levado a cortes internacionais por causa de Belo Monte
Luana Lourenço
Em Brasília
Da Agência Brasil
O desrespeito a uma convenção da Organização Internacional do Trabalho (OIT) no processo de licenciamento da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, no Rio Xingu (PA), poderá levar o Brasil a julgamento em cortes internacionais.
Relatório apresentado nesta quarta-feira (7) pela Plataforma Brasileira dos Direitos Humanos, Econômicos, Sociais, Culturais e Ambientais (Dhesca Brasil) diz que o país desrespeitou o direito dos indígenas de serem ouvidos e informados sobre um empreendimento que os afetará diretamente – previsto na legislação brasileira e na Convenção 169 da OIT.
“O Estado brasileiro descumpriu a convenção da OIT e mais uma vez vai ser levado aos tribunais internacionais por desrespeitar tratados que ele assinou”, afirmou um dos autores do relatório, Guilherme Zagallo.
Além do suposto descumprimento da regra internacional, o relatório Missão Xingu: Violações de Direitos Humanos e Impactos Socioambientais no Licenciamento da Usina Hidrelétrica de Belo Monte também aponta gargalos em outros aspectos do processo que levou à liberação da licença prévia pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
As críticas vão da ausência de audiências públicas em todas as comunidades que serão afetadas pelo empreendimento ao subdimensionamento das emissões de metano (gás de efeito estufa) pela usina durante a construção e o funcionamento.
Ao apresentar o relatório, Zagallo questionou a viabilidade econômica de Belo Monte, que apelidou de “usina vagalume”. De acordo com o relator, a vazão do Rio Xingu não é suficiente para garantir a potência prevista pelo governo no projeto, de 11 mil megawatt/hora de energia elétrica. “A potência média vai ser de 4 mil megawatt/hora. Em alguns meses essa barragem não gerará um 1 kilowatt de energia sequer”, calculou.
O impacto da migração de trabalhadores para a região – estimados em 100 mil – também não foi considerado pelo governo na concepção do projeto, de acordo com o relatório. “A população de Altamira vai dobrar, o que vai aumentar também o desmatamento na região”, acrescentou Zagallo.
No documento, o grupo de movimentos sociais recomenda a suspensão do leilão da usina, marcado para o dia 20 de abril, e o cancelamento da licença prévia concedida pelo Ibama. Também pede que o Ibama exija complementação dos Estudos de Impacto Ambiental de Belo Monte e que a Fundação Nacional do Índio (Funai) apresente um levantamento detalhado sobre os índios isolados que vivem na região da construção da usina.
O relatório ainda recomenda que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) se abstenha de financiar o projeto e que o Tribunal de Contas da União (TCU) analise novamente a viabilidade da obra. “Belo Monte é apresentada como a redenção para o sistema elétrico, mas não vai gerar a energia prometida. Será uma usina vagalume, no momento de necessidade não vai estar disponível para a população”, argumentou o autor.
Em mais um capítulo da briga judicial por Belo Monte, o Ministério Público Federal em Altamira anunciou que entrará amanhã (8) como uma nova ação civil pública contra o empreendimento.
Luana Lourenço
Em Brasília
Da Agência Brasil
O desrespeito a uma convenção da Organização Internacional do Trabalho (OIT) no processo de licenciamento da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, no Rio Xingu (PA), poderá levar o Brasil a julgamento em cortes internacionais.
Relatório apresentado nesta quarta-feira (7) pela Plataforma Brasileira dos Direitos Humanos, Econômicos, Sociais, Culturais e Ambientais (Dhesca Brasil) diz que o país desrespeitou o direito dos indígenas de serem ouvidos e informados sobre um empreendimento que os afetará diretamente – previsto na legislação brasileira e na Convenção 169 da OIT.
“O Estado brasileiro descumpriu a convenção da OIT e mais uma vez vai ser levado aos tribunais internacionais por desrespeitar tratados que ele assinou”, afirmou um dos autores do relatório, Guilherme Zagallo.
Além do suposto descumprimento da regra internacional, o relatório Missão Xingu: Violações de Direitos Humanos e Impactos Socioambientais no Licenciamento da Usina Hidrelétrica de Belo Monte também aponta gargalos em outros aspectos do processo que levou à liberação da licença prévia pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
As críticas vão da ausência de audiências públicas em todas as comunidades que serão afetadas pelo empreendimento ao subdimensionamento das emissões de metano (gás de efeito estufa) pela usina durante a construção e o funcionamento.
Ao apresentar o relatório, Zagallo questionou a viabilidade econômica de Belo Monte, que apelidou de “usina vagalume”. De acordo com o relator, a vazão do Rio Xingu não é suficiente para garantir a potência prevista pelo governo no projeto, de 11 mil megawatt/hora de energia elétrica. “A potência média vai ser de 4 mil megawatt/hora. Em alguns meses essa barragem não gerará um 1 kilowatt de energia sequer”, calculou.
O impacto da migração de trabalhadores para a região – estimados em 100 mil – também não foi considerado pelo governo na concepção do projeto, de acordo com o relatório. “A população de Altamira vai dobrar, o que vai aumentar também o desmatamento na região”, acrescentou Zagallo.
No documento, o grupo de movimentos sociais recomenda a suspensão do leilão da usina, marcado para o dia 20 de abril, e o cancelamento da licença prévia concedida pelo Ibama. Também pede que o Ibama exija complementação dos Estudos de Impacto Ambiental de Belo Monte e que a Fundação Nacional do Índio (Funai) apresente um levantamento detalhado sobre os índios isolados que vivem na região da construção da usina.
O relatório ainda recomenda que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) se abstenha de financiar o projeto e que o Tribunal de Contas da União (TCU) analise novamente a viabilidade da obra. “Belo Monte é apresentada como a redenção para o sistema elétrico, mas não vai gerar a energia prometida. Será uma usina vagalume, no momento de necessidade não vai estar disponível para a população”, argumentou o autor.
Em mais um capítulo da briga judicial por Belo Monte, o Ministério Público Federal em Altamira anunciou que entrará amanhã (8) como uma nova ação civil pública contra o empreendimento.
"A reconquista da soberania perdida não restabelece o status quo."
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Re: Ameaça REAL ao Brasil
Índios ameaçam guerra contra Belo Monte
Daniela Chiaretti, da Volta Grande do Xingu (PA)
Uma sinfonia de galos é o despertador de quem vive na terra indígena arara da Volta Grande do Xingu, no Pará. Começa às 4h e segue pela madrugada com pausas ritmadas, espécie de tecla soneca da floresta. Lentamente as portas das malocas se abrem e alguns vão pescar. As crianças são as últimas a pular da rede em mais um dia sem aula, porque a professora está fazendo curso na Vila da Ressaca, a comunidade do garimpo a 15 minutos de barco. Às 6h, com o dia já claro, o rádio de alguém começa a funcionar bem na hora em que o locutor faz comentários sobre um travesti. A bizarrice cala os galos. Em minutos, toda a aldeia está de pé.
Em pé de guerra, os araras e seus "parentes", os índios das outras etnias, podem ficar logo. A ameaça está no ar, por mais esquisita que pareça agora, quando a aldeia cheira a café e cuscuz de milho e algumas mulheres estão metidas no Xingu a lavar bebês e panelas. "Já divulgamos um documento para que todos tivessem conhecimento da luta indígena", lembra José Carlos Arara, 30 anos, metade da vida como cacique das 20 famílias que vivem aqui e mais algumas pela redondeza.
Ele se refere à carta que caiapós, xipaias, jurunas e araras da região do Xingu, e mais guaranis e ianomâmis, encaminharam em dezembro ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Lá dizem que vão resistir aos planos do governo de construir a segunda maior hidrelétrica do Brasil justamente neste canto do Pará. "O Xingu pode virar um rio de sangue", avisam.
O Xingu nesta manhã de quarta-feira não poderia estar mais tranqüilo e prateado. Parece mesmo ser a "casa dos deuses", a tradução mais aceita do seu nome tupi. É inverno na Amazônia e o Xingu se comporta como se espera, muito cheio. As voadeiras de Altamira, os barcos a motor típicos da região, trafegam sem problema neste trecho onde o rio faz a curva. Tudo o que é baixo está submerso: árvores, ilhas e pedras. Não há sombra das praias do verão, o lazer preferido de índios, garimpeiros e ribeirinhos que vivem por aqui ou dos lavradores, fazendeiros e comerciantes da cidade. Lá embaixo, no fim da curva, a muitas dezenas de quilômetros e depois de várias cachoeiras, está Belo Monte.
É o pivô da discórdia. Hoje, Belo Monte nomeia um punhado de casas na beira da Transamazônica, a uma hora de Altamira e bem no fim da curva do Xingu. Para o governo Lula, é o nome da principal obra do PAC, uma hidrelétrica que os críticos dizem pode custar R$ 30 bilhões e, segundo técnicos envolvidos no projeto, em dez anos há de ser a segunda usina do Brasil em geração de energia. Para os índios do Xingu "é o pesadelo que a gente vive", nos termos do cacique arara.
Os índios do Xingu escutam falar de planos para barrar o rio há mais de 30 anos. Em 1975, a Eletronorte começou a pesquisar a área e fez uma escolha faraônica: construir seis usinas, batizando todas com nomes indígenas. A versão Kararaô das hidrelétricas sofreu forte oposição dos índios de toda a bacia e ultrapassou fronteiras. O líder caiapó Raoni fez uma cruzada internacional apoiado pelo roqueiro inglês Sting. Os caiapós organizaram o 1º Encontro das Nações Indígenas do Xingu, em Altamira, em fevereiro de 1989. Eram 600 índios pintados para a guerra.
A foto da índia Tuíra esfregando o facão no rosto do então diretor de engenharia da Eletronorte José Antonio Muniz Lopes, hoje presidente da Eletrobras, exibia a hostilidade indígena aos planos dos brancos de mexerem no rio que consideram sagrado (uma cena que se repetiu há dois anos, em versão mais sangrenta, quando os caiapós se irritaram com a apresentação do engenheiro da Eletrobrás Paulo Rezende, o rodearam e ele acabou ferido em um braço). Kararaô foi arquivada, mas os estudos foram retomados e o projeto ressurgiu em uma versão em que parte da terra indígena Paquiçamba, onde vivem jurunas, e Arara da Volta Grande, seria inundada. No desenho atual, isto não vai acontecer. Mas o problema agora é outro: pelo traçado de Belo Monte, o risco é que nos 100 quilômetros desta curva de rio falte água.
"Nós povos indígenas não vamos ser sufocados de jeito nenhum", diz José Carlos Arara ao Valor. "Vamos declarar guerra ao governo brasileiro caso não desistam de querer construir." Seus vizinhos da outra margem do rio, os juruna liderados pelo cacique Giliarde, falam no mesmo tom. "Já mandamos o nosso recado, já foi dada a conversa nossa. Se tiver barragem, vai ter guerra." O líder juruna continua: "Para fazer Belo Monte tem que passar por cima dos índios. E passar por cima dos índios é a morte."
A articulação indígena já começou em todo o Xingu. Quando James Cameron, o cineasta de "Avatar", soube de Belo Monte e foi seduzido a conhecer a região, aportou justamente nesta aldeia arara. O batismo de Cameron na Amazônia foi há 20 dias. Havia uns 80 índios de 13 aldeias. Tinham acabado de matar um bando de porcos do mato e suas tripas ainda estavam perto do rio quando o diretor chegou com mulher e equipe.
Cameron teve o rosto pintado, gravou depoimentos, passou a noite no barco e retomou as conversas pela manhã. Ao jornalista do "The New York Times" que acompanhou o evento ele disse que a "hidrelétrica é a quintessência do que mostramos em Avatar: o confronto entre a visão de progresso da civilização tecnológica às custas do mundo natural e das culturas indígenas que vivem ali."
Leôncio Arara, 72 anos, avô de José Carlos e que vive naquele pedaço de terra desde que nasceu, traduz o encontro à sua maneira. "Ele escutava a gente e o outro repassava para ele. Disse pra mim que doía no coração dele aquela barragem."
Leôncio, o homem sábio da aldeia, confessa que vive pensando só em Belo Monte. "A vida aqui é tranqüila. Temos a grande riqueza do rio, buscamos caça, temos batata, macaxeira, milho, feijão e arroz na roça. Pode ser que eu não alcance, mas para meus netos, meus bisnetos, vai acabar a fartura. O tracajá, o cari, os peixes vão sumir. Até nosso transporte, sem água, como vai ser?"
No encontro com o cineasta, por dois momentos os índios pediram que todos os brancos se retirassem, inclusive Cameron e companhia. Ficaram sozinhos sob a mangueira. Ninguém sabe o que falaram e eles não contam muito. Mas começa a tomar corpo a ideia de montarem uma aldeia com as diversas tribos do Xingu nas proximidades do Sítio Pimental, onde os empreendedores querem construir a barragem principal. Ali, pensam em instalar três famílias de cada tribo e montar uma espécie de resistência física à obra. O plano é não permitir que "construam a parede".
Enquanto o presidente Lula reage à pressão das empreiteiras, prepara o leilão do dia 20 e diz, "em alto e bom som", que irá fazer a hidrelétrica, os grupos indígenas armam a estratégia de pressão. Cameron, que voltou ao Brasil para lançar a versão de "Avatar" em DVD, retorna à Volta Grande amanhã. Desta vez vai a uma das aldeias caiapós do Bacajá, um afluente do Xingu no trecho em que a vazão de água pode ser reduzida. A atriz Sigourney Weaver, a cientista de "Avatar" mais conhecida por "Alien", deve ir junto. Raoni e o sobrinho Megaron são esperados, assim como outros índios do Mato Grosso. "Parentes" que vivem na cidade de Altamira, em palafitas à beira dos igarapés que encherão com o reservatório, também engrossarão o grupo. A luta indígena contra Belo Monte uniu tribos muito distantes e grupos muito diferentes entre si.
Também provocou baixas. Ninguém gosta de falar disso, mas o nome de Paulinho Paiakan causa constrangimento. O líder caiapó do sul do Pará foi à audiência pública em Altamira, em setembro, e faria parte da minoria indígena a favor da usina. "Parece que os caiapós o baniram", conta um índio. O maior e mais guerreiro grupo do Xingu, os caiapós, com suas diversas lideranças, não concordam sempre com tudo, mas a oposição às hidrelétricas no Xingu é ponto de honra. Eles se sentiram ofendidos quando o ex-ministro Edison Lobão disse que "forças demoníacas" impediam a construção de Belo Monte. Mesmo que não sejam diretamente afetados pela usina, os caiapós do Alto Xingu acreditam que a intenção é fazer outros barramentos no rio e se solidarizam com os grupos mais atingidos no desenho atual.
Belo Monte também dividiu os juruna do Paquiçamba. Algumas das 23 famílias da reserva são favoráveis à obra. Os outros, liderados por Giliarde, são contra e planejam construir nova aldeia um pouco adiante. Vão abandonar as casas onde sempre viveram e onde a Eletronorte colocou placas de energia solar - que não funcionavam na semana passada. "Belo Monte para nós não vai trazer nenhum benefício", diz Ozimar Juruna. "Vamos ter menos água e mais gente invadindo estas terras."
Além do medo do impacto de Belo Monte, os índios da Volta Grande se sentem traídos pela Eletronorte, a Funai e o Ibama. "Eles prometeram oitivas, com gente do Congresso, e diziam vieram só para explicar. E era só palavra técnica, que a gente não entende", reclama Giliarde Juruna, lembrando visita recente dos técnicos do governo. Circula pelas aldeias um DVD do Ministério de Minas e Energia com o título "Oitivas nas Aldeias do Xingu". Os índios dizem que foram enganados e ainda esperam que venham ouvi-los. Este promete ser mais um ponto de atrito.
O movimento indígena de oposição a Belo Monte costumava andar colado aos movimentos sociais da região. Até o momento em que os índios se recolheram e resolveram fazer do seu jeito. "É difícil prever o que pode acontecer", diz Marcelo Salazar, coordenador-adjunto do Parque do Xingu do Instituto Socioambiental (ISA). "Os índios estão muito bravos."
Na aldeia arara, ninguém anda pelado, todos falam português e as casas não são redondas. Para confundir mais quem espera cocar e caldeirão, à noite, nas horas em que funciona o gerador a diesel, o ritual é ficar bem calado vendo a novela das seis, a das sete e a das oito. Muitos sinais da cultura se perderam e os que resistem não são óbvios. Meninas abrem frutos de urucum e treinam pintura corporal borrando o rosto dos menores e a molecada continua a brincadeira da tarde anterior: acertar cachos de banana com pequenos arcos e flechas pontudas. Para os forasteiros há duas mensagens claras: que os araras estão felizes neste espetacular canto paraense de rio e que ficam tensos quando escutam falar na usina de Belo Monte.
Daniela Chiaretti, da Volta Grande do Xingu (PA)
Uma sinfonia de galos é o despertador de quem vive na terra indígena arara da Volta Grande do Xingu, no Pará. Começa às 4h e segue pela madrugada com pausas ritmadas, espécie de tecla soneca da floresta. Lentamente as portas das malocas se abrem e alguns vão pescar. As crianças são as últimas a pular da rede em mais um dia sem aula, porque a professora está fazendo curso na Vila da Ressaca, a comunidade do garimpo a 15 minutos de barco. Às 6h, com o dia já claro, o rádio de alguém começa a funcionar bem na hora em que o locutor faz comentários sobre um travesti. A bizarrice cala os galos. Em minutos, toda a aldeia está de pé.
Em pé de guerra, os araras e seus "parentes", os índios das outras etnias, podem ficar logo. A ameaça está no ar, por mais esquisita que pareça agora, quando a aldeia cheira a café e cuscuz de milho e algumas mulheres estão metidas no Xingu a lavar bebês e panelas. "Já divulgamos um documento para que todos tivessem conhecimento da luta indígena", lembra José Carlos Arara, 30 anos, metade da vida como cacique das 20 famílias que vivem aqui e mais algumas pela redondeza.
Ele se refere à carta que caiapós, xipaias, jurunas e araras da região do Xingu, e mais guaranis e ianomâmis, encaminharam em dezembro ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Lá dizem que vão resistir aos planos do governo de construir a segunda maior hidrelétrica do Brasil justamente neste canto do Pará. "O Xingu pode virar um rio de sangue", avisam.
O Xingu nesta manhã de quarta-feira não poderia estar mais tranqüilo e prateado. Parece mesmo ser a "casa dos deuses", a tradução mais aceita do seu nome tupi. É inverno na Amazônia e o Xingu se comporta como se espera, muito cheio. As voadeiras de Altamira, os barcos a motor típicos da região, trafegam sem problema neste trecho onde o rio faz a curva. Tudo o que é baixo está submerso: árvores, ilhas e pedras. Não há sombra das praias do verão, o lazer preferido de índios, garimpeiros e ribeirinhos que vivem por aqui ou dos lavradores, fazendeiros e comerciantes da cidade. Lá embaixo, no fim da curva, a muitas dezenas de quilômetros e depois de várias cachoeiras, está Belo Monte.
É o pivô da discórdia. Hoje, Belo Monte nomeia um punhado de casas na beira da Transamazônica, a uma hora de Altamira e bem no fim da curva do Xingu. Para o governo Lula, é o nome da principal obra do PAC, uma hidrelétrica que os críticos dizem pode custar R$ 30 bilhões e, segundo técnicos envolvidos no projeto, em dez anos há de ser a segunda usina do Brasil em geração de energia. Para os índios do Xingu "é o pesadelo que a gente vive", nos termos do cacique arara.
Os índios do Xingu escutam falar de planos para barrar o rio há mais de 30 anos. Em 1975, a Eletronorte começou a pesquisar a área e fez uma escolha faraônica: construir seis usinas, batizando todas com nomes indígenas. A versão Kararaô das hidrelétricas sofreu forte oposição dos índios de toda a bacia e ultrapassou fronteiras. O líder caiapó Raoni fez uma cruzada internacional apoiado pelo roqueiro inglês Sting. Os caiapós organizaram o 1º Encontro das Nações Indígenas do Xingu, em Altamira, em fevereiro de 1989. Eram 600 índios pintados para a guerra.
A foto da índia Tuíra esfregando o facão no rosto do então diretor de engenharia da Eletronorte José Antonio Muniz Lopes, hoje presidente da Eletrobras, exibia a hostilidade indígena aos planos dos brancos de mexerem no rio que consideram sagrado (uma cena que se repetiu há dois anos, em versão mais sangrenta, quando os caiapós se irritaram com a apresentação do engenheiro da Eletrobrás Paulo Rezende, o rodearam e ele acabou ferido em um braço). Kararaô foi arquivada, mas os estudos foram retomados e o projeto ressurgiu em uma versão em que parte da terra indígena Paquiçamba, onde vivem jurunas, e Arara da Volta Grande, seria inundada. No desenho atual, isto não vai acontecer. Mas o problema agora é outro: pelo traçado de Belo Monte, o risco é que nos 100 quilômetros desta curva de rio falte água.
"Nós povos indígenas não vamos ser sufocados de jeito nenhum", diz José Carlos Arara ao Valor. "Vamos declarar guerra ao governo brasileiro caso não desistam de querer construir." Seus vizinhos da outra margem do rio, os juruna liderados pelo cacique Giliarde, falam no mesmo tom. "Já mandamos o nosso recado, já foi dada a conversa nossa. Se tiver barragem, vai ter guerra." O líder juruna continua: "Para fazer Belo Monte tem que passar por cima dos índios. E passar por cima dos índios é a morte."
A articulação indígena já começou em todo o Xingu. Quando James Cameron, o cineasta de "Avatar", soube de Belo Monte e foi seduzido a conhecer a região, aportou justamente nesta aldeia arara. O batismo de Cameron na Amazônia foi há 20 dias. Havia uns 80 índios de 13 aldeias. Tinham acabado de matar um bando de porcos do mato e suas tripas ainda estavam perto do rio quando o diretor chegou com mulher e equipe.
Cameron teve o rosto pintado, gravou depoimentos, passou a noite no barco e retomou as conversas pela manhã. Ao jornalista do "The New York Times" que acompanhou o evento ele disse que a "hidrelétrica é a quintessência do que mostramos em Avatar: o confronto entre a visão de progresso da civilização tecnológica às custas do mundo natural e das culturas indígenas que vivem ali."
Leôncio Arara, 72 anos, avô de José Carlos e que vive naquele pedaço de terra desde que nasceu, traduz o encontro à sua maneira. "Ele escutava a gente e o outro repassava para ele. Disse pra mim que doía no coração dele aquela barragem."
Leôncio, o homem sábio da aldeia, confessa que vive pensando só em Belo Monte. "A vida aqui é tranqüila. Temos a grande riqueza do rio, buscamos caça, temos batata, macaxeira, milho, feijão e arroz na roça. Pode ser que eu não alcance, mas para meus netos, meus bisnetos, vai acabar a fartura. O tracajá, o cari, os peixes vão sumir. Até nosso transporte, sem água, como vai ser?"
No encontro com o cineasta, por dois momentos os índios pediram que todos os brancos se retirassem, inclusive Cameron e companhia. Ficaram sozinhos sob a mangueira. Ninguém sabe o que falaram e eles não contam muito. Mas começa a tomar corpo a ideia de montarem uma aldeia com as diversas tribos do Xingu nas proximidades do Sítio Pimental, onde os empreendedores querem construir a barragem principal. Ali, pensam em instalar três famílias de cada tribo e montar uma espécie de resistência física à obra. O plano é não permitir que "construam a parede".
Enquanto o presidente Lula reage à pressão das empreiteiras, prepara o leilão do dia 20 e diz, "em alto e bom som", que irá fazer a hidrelétrica, os grupos indígenas armam a estratégia de pressão. Cameron, que voltou ao Brasil para lançar a versão de "Avatar" em DVD, retorna à Volta Grande amanhã. Desta vez vai a uma das aldeias caiapós do Bacajá, um afluente do Xingu no trecho em que a vazão de água pode ser reduzida. A atriz Sigourney Weaver, a cientista de "Avatar" mais conhecida por "Alien", deve ir junto. Raoni e o sobrinho Megaron são esperados, assim como outros índios do Mato Grosso. "Parentes" que vivem na cidade de Altamira, em palafitas à beira dos igarapés que encherão com o reservatório, também engrossarão o grupo. A luta indígena contra Belo Monte uniu tribos muito distantes e grupos muito diferentes entre si.
Também provocou baixas. Ninguém gosta de falar disso, mas o nome de Paulinho Paiakan causa constrangimento. O líder caiapó do sul do Pará foi à audiência pública em Altamira, em setembro, e faria parte da minoria indígena a favor da usina. "Parece que os caiapós o baniram", conta um índio. O maior e mais guerreiro grupo do Xingu, os caiapós, com suas diversas lideranças, não concordam sempre com tudo, mas a oposição às hidrelétricas no Xingu é ponto de honra. Eles se sentiram ofendidos quando o ex-ministro Edison Lobão disse que "forças demoníacas" impediam a construção de Belo Monte. Mesmo que não sejam diretamente afetados pela usina, os caiapós do Alto Xingu acreditam que a intenção é fazer outros barramentos no rio e se solidarizam com os grupos mais atingidos no desenho atual.
Belo Monte também dividiu os juruna do Paquiçamba. Algumas das 23 famílias da reserva são favoráveis à obra. Os outros, liderados por Giliarde, são contra e planejam construir nova aldeia um pouco adiante. Vão abandonar as casas onde sempre viveram e onde a Eletronorte colocou placas de energia solar - que não funcionavam na semana passada. "Belo Monte para nós não vai trazer nenhum benefício", diz Ozimar Juruna. "Vamos ter menos água e mais gente invadindo estas terras."
Além do medo do impacto de Belo Monte, os índios da Volta Grande se sentem traídos pela Eletronorte, a Funai e o Ibama. "Eles prometeram oitivas, com gente do Congresso, e diziam vieram só para explicar. E era só palavra técnica, que a gente não entende", reclama Giliarde Juruna, lembrando visita recente dos técnicos do governo. Circula pelas aldeias um DVD do Ministério de Minas e Energia com o título "Oitivas nas Aldeias do Xingu". Os índios dizem que foram enganados e ainda esperam que venham ouvi-los. Este promete ser mais um ponto de atrito.
O movimento indígena de oposição a Belo Monte costumava andar colado aos movimentos sociais da região. Até o momento em que os índios se recolheram e resolveram fazer do seu jeito. "É difícil prever o que pode acontecer", diz Marcelo Salazar, coordenador-adjunto do Parque do Xingu do Instituto Socioambiental (ISA). "Os índios estão muito bravos."
Na aldeia arara, ninguém anda pelado, todos falam português e as casas não são redondas. Para confundir mais quem espera cocar e caldeirão, à noite, nas horas em que funciona o gerador a diesel, o ritual é ficar bem calado vendo a novela das seis, a das sete e a das oito. Muitos sinais da cultura se perderam e os que resistem não são óbvios. Meninas abrem frutos de urucum e treinam pintura corporal borrando o rosto dos menores e a molecada continua a brincadeira da tarde anterior: acertar cachos de banana com pequenos arcos e flechas pontudas. Para os forasteiros há duas mensagens claras: que os araras estão felizes neste espetacular canto paraense de rio e que ficam tensos quando escutam falar na usina de Belo Monte.
"A reconquista da soberania perdida não restabelece o status quo."
Barão do Rio Branco
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Re: Ameaça REAL ao Brasil
Repostanto, por indicação do Marino (estava no Geopolítica):
DELTA22 escreveu:Olha a M**** ai...
Recebi pelo twitter:
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Cerca de mil pessoas protestam em Brasília contra a construção de Belo Monte. Entre elas: o diretor de Avatar e a atriz Sigourney Weaver.
3 minutes ago via HootSuite
>> Complementando, recebi:
O protesto faz parte das mobilizações do encontro da Juventude do Movimento de Atingidos por Barragem
half a minute ago via HootSuite
"Apenas o mais sábio e o menos sábio nunca mudam de opinião."
- Marino
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Re: Ameaça REAL ao Brasil
Bando de canalhas.
O que deveria ser feito é cortar a luz da casa de cada um por um mês.
A questão passa a ser muito maior que os protestos, mas a mobilização de figuras internacionais apoiando o "direito dos índios" contra o governo brasileiro.
O que deveria ser feito é cortar a luz da casa de cada um por um mês.
A questão passa a ser muito maior que os protestos, mas a mobilização de figuras internacionais apoiando o "direito dos índios" contra o governo brasileiro.
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Re: Ameaça REAL ao Brasil
"Vamos declarar guerra ao governo brasileiro caso não desistam de querer construir."
"Já mandamos o nosso recado, já foi dada a conversa nossa. Se tiver barragem, vai ter guerra."
Cameron teve o rosto pintado, gravou depoimentos, passou a noite no barco e retomou as conversas pela manhã. Ao jornalista do "The New York Times" que acompanhou o evento ele disse que a "hidrelétrica é a quintessência do que mostramos em Avatar: o confronto entre a visão de progresso da civilização tecnológica às custas do mundo natural e das culturas indígenas que vivem ali."
Depois dizem que é paranóia de milico.Enquanto o presidente Lula reage à pressão das empreiteiras, prepara o leilão do dia 20 e diz, "em alto e bom som", que irá fazer a hidrelétrica, os grupos indígenas armam a estratégia de pressão.
É o que nossos filhos e netos terão que enfrentar.
"A reconquista da soberania perdida não restabelece o status quo."
Barão do Rio Branco
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Re: Ameaça REAL ao Brasil
E a pressão está só começando... deixa só a imprensa internacional pegar interesse pelo assunto... ai é que o Brasil não faz mais nada e se isso nos empurrar seriamente para a alternativa nuclear de geração, reclamarão do mesmo jeito. A tentativa é clara: não deixar o Brasil se desenvolver mais do que eles podem controlar.
[]'s.
[]'s.
"Apenas o mais sábio e o menos sábio nunca mudam de opinião."
Re: Ameaça REAL ao Brasil
Não se preocupem que nós temos uma legião de "cidadãos do planeta" aqui no Brasil,cuja a pátria é um "sentimento internacional" de preservação da natureza.
Quando tem "artistas" de hollywood na parada então,ai é que eles se excitam e se arrepiam todos(Pergunte ao Bourne),esses bost@s desses artistas deviam estar na casa deles lavando as cuecas sujas deles,das mais de 50.000 mil mortes de civis inocentes no Iraque,mulheres,crianças,cometida pelo governo democrático deles.
O tal de Avatar não é aqui não.
Sds.
Quando tem "artistas" de hollywood na parada então,ai é que eles se excitam e se arrepiam todos(Pergunte ao Bourne),esses bost@s desses artistas deviam estar na casa deles lavando as cuecas sujas deles,das mais de 50.000 mil mortes de civis inocentes no Iraque,mulheres,crianças,cometida pelo governo democrático deles.
O tal de Avatar não é aqui não.
Sds.
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Re: Ameaça REAL ao Brasil
Eu também acho que o governo federal está pecando bastante na área de marketing nesses assuntos. Só sabem divulgar o PAC por inteiro, que ninguém mais aguenta ouvir falar. Deve focar individualizar algumas obras e não generalizar tudo como o PAC.
Se o governo ao invés de ficar rebatendo essas criticas, fizesse um marketing com os prós da usina e os ganhos da mesma. Assim como os ganhos dos povos indígenas e das cidades afetadas, com royalties e outros incentivos e investimentos que o governo federal irá fazer. Olhe o exemplo de Itaipu, o que as cidades ribeirinhas ganharam com ela, se não fosse a Itaipu isso seria uma zona morta, sem investimentos, sem dinheiro e sem desenvolvimento. As cidades ribeirinhas do lago de Itaipu são consideradas uma das melhores e mais desenvolvidas do Paraná. A urbanização delas é algo a ser seguido por muitas cidades do Brasil, entre outros áreas que são destaque, como desenvolvimento econômico, cultural e agrário (forte agricultura e bem desenvolvida). Se olhar outras cidades do Paraná, elas perdem feias para as cidades como Santa Helena, Itaipulândia, Missal, Santa Terezinha de Itaipu, São Miguel do Iguaçu, etc.
Cidades com ótimos padrões de vida, excelentes para se morarem, se não fosse o Paraguai elas seriam com certeza as melhores cidades do Paraná. Sem sombra de dúvidas, isso graças a Itaipu.
Agora esse povo sem noção fica defendendo mato e pé sujo. Vão ............... Só olham o lado ruim esse povo, se pararem para ver o que eles ganhariam não fariam isso. E é só jogar uma grana na mão desses índios, que eles inquietam o facho.
Se o governo ao invés de ficar rebatendo essas criticas, fizesse um marketing com os prós da usina e os ganhos da mesma. Assim como os ganhos dos povos indígenas e das cidades afetadas, com royalties e outros incentivos e investimentos que o governo federal irá fazer. Olhe o exemplo de Itaipu, o que as cidades ribeirinhas ganharam com ela, se não fosse a Itaipu isso seria uma zona morta, sem investimentos, sem dinheiro e sem desenvolvimento. As cidades ribeirinhas do lago de Itaipu são consideradas uma das melhores e mais desenvolvidas do Paraná. A urbanização delas é algo a ser seguido por muitas cidades do Brasil, entre outros áreas que são destaque, como desenvolvimento econômico, cultural e agrário (forte agricultura e bem desenvolvida). Se olhar outras cidades do Paraná, elas perdem feias para as cidades como Santa Helena, Itaipulândia, Missal, Santa Terezinha de Itaipu, São Miguel do Iguaçu, etc.
Cidades com ótimos padrões de vida, excelentes para se morarem, se não fosse o Paraguai elas seriam com certeza as melhores cidades do Paraná. Sem sombra de dúvidas, isso graças a Itaipu.
Agora esse povo sem noção fica defendendo mato e pé sujo. Vão ............... Só olham o lado ruim esse povo, se pararem para ver o que eles ganhariam não fariam isso. E é só jogar uma grana na mão desses índios, que eles inquietam o facho.
“melhor seria viver sozinho, mas isso não é possível: precisamos do poder de todos para proteger o de cada um e dos outros” (Francis Wolff)