Olha o elogio rapaz.Cross escreveu:Olha o sorriso desse vagabundo do Franklin Martins.
REVANCHISTAS
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Re: REVANCHISTAS
Não é nada meu. Não é nada meu. Excelência eu não tenho nada, isso é tudo de amigos meus.
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Re: REVANCHISTAS
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Darcy Ribeiro (1922 - 1997)
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Re: REVANCHISTAS
Eles não se controlam. Falam em democracia e desenvolvimento, mas somente enquanto servirem de meios para implementação de suas teses. Fuzilar todos os burgueses, que eles classificarão, para poder morar nas mansões e tomar os uísques mais caros. Não precisa ir longe, a cúpula da esquerda no Brasil já chegou lá, mas precisa oferecer alguma coisa aos pelegos. E vou ficar quieto senão vou ter que pedir asilo na Colômbia, de preferência em uma área sem FARC.Olha o sorriso desse vagabundo do Franklin Martins.
"O correr da vida embrulha tudo,
a vida é assim: esquenta e esfria,
aperta e daí afrouxa,
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João Guimarães Rosa
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Re: REVANCHISTAS
Vou postar esta aqui e no topico do FX2, pois pra mim pode ser coisa que tem haver com todos os dois tópicos.
Será que os arquivos secretos da FAB durante o Regime militar pode bloquear ou acabar com o FX2?? assim sem dar em nada??
Será que o Revanchismo vai fazer tudo isso, graças a estes documentos da ditadura!!
Jobim pede à FAB relatório sobre documentos
Intenção é mostrar que Aeronáutica cumpriu determinação de encontrar e reunir papéis da ditadura
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O ministro da Defesa, Nelson Jobim, pediu ontem ao Comando da Aeronáutica para lhe enviar um histórico das medidas tomadas para recolher os documentos sigilosos da época da ditadura (1964-1985) nas unidades da Força Aérea, até o encaminhamento do material para o Arquivo Nacional.A intenção de Jobim é dar entrevista ou divulgar nota hoje, mostrando que a Aeronáutica cumpriu a determinação da Defesa de encontrar e reunir em Brasília os documentos. Não está claro, porém, porque só agora, em 2010, houve o envio para o Arquivo Nacional.
Reportagem do jornal “O Estado de S. Paulo” publicada no domingo mostrou que mais de 50 mil documentos de 1964 a 1985 foram enviadas ao Arquivo Nacional. Há fichas pessoais, relatórios de monitoramento, instruções a militares e papéis da guerrilha do Araguaia.
Quando a Defesa primeiro exigiu os documentos, no primeiro mandato do presidente Lula, a FAB disse que haviam sido destruídos num incêndio no aeroporto Santos Dumont (RJ) em 1998.
Em 2004, apareceram documentos semidestruídos na Base Aérea de Salvador. A suspeita foi a de que teriam sido queimados pelo comando da base. Inquérito Policial Militar concluiu que foram “plantados” ali.
A FAB alega que o então comandante, brigadeiro Luiz Carlos Bueno, publicou no “Diário Oficial da União” a criação de comissão para procurar o material sigiloso nas unidades militares. Em 24 de julho de 2009, a Procuradoria-Geral da Justiça Militar enviou ofício ao atual comandante, brigadeiro Juniti Saito, pedindo acesso aos documentos e criou grupo para estudá-los. A Aeronáutica foi a única das três Forças a responder ao ofício. Exército e Marinha não se manifestaram.
Fonte: O Estado de Minas via Plano Brasil.
Será que os arquivos secretos da FAB durante o Regime militar pode bloquear ou acabar com o FX2?? assim sem dar em nada??
Será que o Revanchismo vai fazer tudo isso, graças a estes documentos da ditadura!!
Jobim pede à FAB relatório sobre documentos
Intenção é mostrar que Aeronáutica cumpriu determinação de encontrar e reunir papéis da ditadura
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O ministro da Defesa, Nelson Jobim, pediu ontem ao Comando da Aeronáutica para lhe enviar um histórico das medidas tomadas para recolher os documentos sigilosos da época da ditadura (1964-1985) nas unidades da Força Aérea, até o encaminhamento do material para o Arquivo Nacional.A intenção de Jobim é dar entrevista ou divulgar nota hoje, mostrando que a Aeronáutica cumpriu a determinação da Defesa de encontrar e reunir em Brasília os documentos. Não está claro, porém, porque só agora, em 2010, houve o envio para o Arquivo Nacional.
Reportagem do jornal “O Estado de S. Paulo” publicada no domingo mostrou que mais de 50 mil documentos de 1964 a 1985 foram enviadas ao Arquivo Nacional. Há fichas pessoais, relatórios de monitoramento, instruções a militares e papéis da guerrilha do Araguaia.
Quando a Defesa primeiro exigiu os documentos, no primeiro mandato do presidente Lula, a FAB disse que haviam sido destruídos num incêndio no aeroporto Santos Dumont (RJ) em 1998.
Em 2004, apareceram documentos semidestruídos na Base Aérea de Salvador. A suspeita foi a de que teriam sido queimados pelo comando da base. Inquérito Policial Militar concluiu que foram “plantados” ali.
A FAB alega que o então comandante, brigadeiro Luiz Carlos Bueno, publicou no “Diário Oficial da União” a criação de comissão para procurar o material sigiloso nas unidades militares. Em 24 de julho de 2009, a Procuradoria-Geral da Justiça Militar enviou ofício ao atual comandante, brigadeiro Juniti Saito, pedindo acesso aos documentos e criou grupo para estudá-los. A Aeronáutica foi a única das três Forças a responder ao ofício. Exército e Marinha não se manifestaram.
Fonte: O Estado de Minas via Plano Brasil.
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Re: REVANCHISTAS
Ter os arquivos guardados e para esclarecimento de pesquisadores não é revanchismo, a pouco na cidade de Santos, a polícia estadual negava a existência foi aberto a sala e além dos cupins encontrou-se milhares de documentos sobre o tema. Sendo que os arquivos já tinham sido solicitados anteriormente.
Seria até bom esquecer essa bobagem de comissão da verdade e com o dinheiro economizado juntar em um arquivo para pesquisadores poderem estuda-los de forma "imparcial".
Agora, isso e o F-X-2 pouco atrapalha.
Seria até bom esquecer essa bobagem de comissão da verdade e com o dinheiro economizado juntar em um arquivo para pesquisadores poderem estuda-los de forma "imparcial".
Agora, isso e o F-X-2 pouco atrapalha.
"If the people who marched actually voted, we wouldn’t have to march in the first place".
"(Poor) countries are poor because those who have power make choices that create poverty".
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Re: REVANCHISTAS
Ante militares, Mujica dijo que no pretende saldar cuentas del pasado
12:03|El flamante presidente uruguayo afirmó en su primer discurso ante las Fuerzas Armadas que carga una "mochila" por su antiguo rol como guerrillero tupamaro.
El flamante presidente uruguayo, José Mujica , dijo hoy en un primer discurso ante las Fuerzas Armadas que carga una "mochila", en alusión a su antigua etapa de guerrillero y a los trece años que pasó en prisión, pero que no pretende saldar cuentas del pasado desde el poder.
Así se expresó tras la toma de posesión del ministro de Defensa Nacional, Luis Rosadilla, ex guerrillero del Movimiento de Liberación Nacional (MLN-Tupamaros) como él y que también estuvo preso en tiempos de la dictadura militar que gobernó en Uruguay entre 1973 y 1985.
Ayer, Mujica juró a su cargo ante la Legislatura. Y en un su discurso habló de fabricar "túneles herméticos que atraviesen los partidos políticos con las grandes líneas estratégicas de los próximos 30 años". Para Mujica son educación y justicia social, infraestructura y energía, medio ambiente y seguridad ciudadana, la cual va mucho más allá del sesgo que le da la derecha en otros países.
"Nada se consigue a gritos. Podemos tener tornillos, pero otros tienen tuercas, de qué sirven unos sin las otras. (...) Consensuar grandes líneas, pues la idea de todo o nada es el mejor modo de que nada cambie", expresó.
http://www.clarin.com/diario/2010/03/02 ... 150935.htm
12:03|El flamante presidente uruguayo afirmó en su primer discurso ante las Fuerzas Armadas que carga una "mochila" por su antiguo rol como guerrillero tupamaro.
El flamante presidente uruguayo, José Mujica , dijo hoy en un primer discurso ante las Fuerzas Armadas que carga una "mochila", en alusión a su antigua etapa de guerrillero y a los trece años que pasó en prisión, pero que no pretende saldar cuentas del pasado desde el poder.
Así se expresó tras la toma de posesión del ministro de Defensa Nacional, Luis Rosadilla, ex guerrillero del Movimiento de Liberación Nacional (MLN-Tupamaros) como él y que también estuvo preso en tiempos de la dictadura militar que gobernó en Uruguay entre 1973 y 1985.
Ayer, Mujica juró a su cargo ante la Legislatura. Y en un su discurso habló de fabricar "túneles herméticos que atraviesen los partidos políticos con las grandes líneas estratégicas de los próximos 30 años". Para Mujica son educación y justicia social, infraestructura y energía, medio ambiente y seguridad ciudadana, la cual va mucho más allá del sesgo que le da la derecha en otros países.
"Nada se consigue a gritos. Podemos tener tornillos, pero otros tienen tuercas, de qué sirven unos sin las otras. (...) Consensuar grandes líneas, pues la idea de todo o nada es el mejor modo de que nada cambie", expresó.
http://www.clarin.com/diario/2010/03/02 ... 150935.htm
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Re: REVANCHISTAS
marcelo l. escreveu:Ter os arquivos guardados e para esclarecimento de pesquisadores não é revanchismo, a pouco na cidade de Santos, a polícia estadual negava a existência foi aberto a sala e além dos cupins encontrou-se milhares de documentos sobre o tema. Sendo que os arquivos já tinham sido solicitados anteriormente.
Seria até bom esquecer essa bobagem de comissão da verdade e com o dinheiro economizado juntar em um arquivo para pesquisadores poderem estuda-los de forma "imparcial".
Agora, isso e o F-X-2 pouco atrapalha.
o problema é quando existe uma seleção do que o governo quer divulgar, ai que a coisa da errado, eu sou a favor de escancarar geral principalmente os documentos referentes a da canditad(a) a presidente da republica e seu bando, e de quebra liberar espaço na...
Cabeça dos outros é terra que ninguem anda... terras ermas...
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Re: REVANCHISTAS
Bem, esta eu vejo muito revanchista!!!!!!!!!!!!
Brasil anuncia na ONU revisão da ditadura militar
O Brasil investigará a ditadura militar que governou o país entre 1964 e 1985, anunciou nesta terça-feira, em Genebra, o ministro da Secretaria Especial de Direitos Humanos, Paulo Vannuchi.“A criação de uma Comissão Nacional da Verdade para apurar as violações dos direitos humanos ocorridas durante a ditadura”, é o instrumento que permitirá ao atual governo, do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, cumprir com esse objetivo, antecipou o ministro Vannuchi ao Conselho de Direitos Humanos da ONU.
Proposta por decreto presidencial em dezembro passado, como parte de um Programa Nacional de Direitos Humanos, a citada Comissão vem sendo, no entanto, objeto de resistência de alguns comandos militares que, junto com o ministro da Defesa, Nelson Jobim, ameaçaram renunciar se fosse colocado em prática.
O próprio Vannuchi respondeu que renunciaria se fosse esvaziado de conteúdo o plano de criação da Comissão, confirmando, agora, na ONU, a vontade de o presidente Lula concretizar esta ambição, antes do final de seu mandato.
Acusações de diversas fontes apontam a responsabilidade da ditadura brasileira no desaparecimento de 400 opositores, dos quais 140 casos ainda não foram esclarecidos.
“A intensa polêmica aberta com o lançamento do programa vem gerando um debate com intensidade inédita no Brasil, sobre a questão dos direitos humanos”, disse Vannuchi em discurso.
Acrescentou que o programa conta com o apoio explícito da Alta Comissária da ONU para os Direitos Humanos, Naty Pillay, que visitou recentemente o país.
“Por sua profunda índole democrática, o governo recebe com serenidade todas as críticas (…) e é com serenidade que vamos manter um amplo diálogo em busca de um consenso”, explicou Vannuchi.
A previsão é a de que o decreto se transforme em lei ainda neste mês, ao finalizar o trâmite parlamentar em curso.
Vannuchi disse à AFP que, num futuro, os arquivos da ditadura do Brasil poderão ser consultados na sede da UNESCO, em Paris, como forma de contribuir com “a memória do mundo”.
“Temos à disposição 11 milhões de páginas e continuamos trabalhando para localizar outras”, concluiu Vannuchi.
O presidente Lula inaugurou em maio passado um portal na Internet, onde já figuram documentos atribuídos à ditadura militar.
Fonte: UOL/BOL via Plano Brasil.
http://pbrasil.wordpress.com/2010/03/02 ... more-12189
Brasil anuncia na ONU revisão da ditadura militar
O Brasil investigará a ditadura militar que governou o país entre 1964 e 1985, anunciou nesta terça-feira, em Genebra, o ministro da Secretaria Especial de Direitos Humanos, Paulo Vannuchi.“A criação de uma Comissão Nacional da Verdade para apurar as violações dos direitos humanos ocorridas durante a ditadura”, é o instrumento que permitirá ao atual governo, do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, cumprir com esse objetivo, antecipou o ministro Vannuchi ao Conselho de Direitos Humanos da ONU.
Proposta por decreto presidencial em dezembro passado, como parte de um Programa Nacional de Direitos Humanos, a citada Comissão vem sendo, no entanto, objeto de resistência de alguns comandos militares que, junto com o ministro da Defesa, Nelson Jobim, ameaçaram renunciar se fosse colocado em prática.
O próprio Vannuchi respondeu que renunciaria se fosse esvaziado de conteúdo o plano de criação da Comissão, confirmando, agora, na ONU, a vontade de o presidente Lula concretizar esta ambição, antes do final de seu mandato.
Acusações de diversas fontes apontam a responsabilidade da ditadura brasileira no desaparecimento de 400 opositores, dos quais 140 casos ainda não foram esclarecidos.
“A intensa polêmica aberta com o lançamento do programa vem gerando um debate com intensidade inédita no Brasil, sobre a questão dos direitos humanos”, disse Vannuchi em discurso.
Acrescentou que o programa conta com o apoio explícito da Alta Comissária da ONU para os Direitos Humanos, Naty Pillay, que visitou recentemente o país.
“Por sua profunda índole democrática, o governo recebe com serenidade todas as críticas (…) e é com serenidade que vamos manter um amplo diálogo em busca de um consenso”, explicou Vannuchi.
A previsão é a de que o decreto se transforme em lei ainda neste mês, ao finalizar o trâmite parlamentar em curso.
Vannuchi disse à AFP que, num futuro, os arquivos da ditadura do Brasil poderão ser consultados na sede da UNESCO, em Paris, como forma de contribuir com “a memória do mundo”.
“Temos à disposição 11 milhões de páginas e continuamos trabalhando para localizar outras”, concluiu Vannuchi.
O presidente Lula inaugurou em maio passado um portal na Internet, onde já figuram documentos atribuídos à ditadura militar.
Fonte: UOL/BOL via Plano Brasil.
http://pbrasil.wordpress.com/2010/03/02 ... more-12189
Editado pela última vez por Francoorp em Ter Mar 02, 2010 7:39 pm, em um total de 1 vez.
- marcelo l.
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Re: REVANCHISTAS
Não vão encontrar muita coisa, vai ter muita surpresa em torno não dos nomes mais mencionados hoje, talvez o único peixe grande que saiu vivo, vou pular o nome por que hoje ele é conservador e é passado...mas, quem conhece era o chefe da inteligência em Paris.PQD escreveu:marcelo l. escreveu:Ter os arquivos guardados e para esclarecimento de pesquisadores não é revanchismo, a pouco na cidade de Santos, a polícia estadual negava a existência foi aberto a sala e além dos cupins encontrou-se milhares de documentos sobre o tema. Sendo que os arquivos já tinham sido solicitados anteriormente.
Seria até bom esquecer essa bobagem de comissão da verdade e com o dinheiro economizado juntar em um arquivo para pesquisadores poderem estuda-los de forma "imparcial".
Agora, isso e o F-X-2 pouco atrapalha.
o problema é quando existe uma seleção do que o governo quer divulgar, ai que a coisa da errado, eu sou a favor de escancarar geral principalmente os documentos referentes a da canditad(a) a presidente da republica e seu bando, e de quebra liberar espaço na...
Casos embaraçosos serão os nomes de quem participou da operação condor, talvez um ou outro político que foi para Chile e teve contato com as FARCs (se ocorreu não foi o Serra já avisando).
De realmente importante da esquerda, provavelmente teremos os nomes principais do PCdoB da logística, alguns episódios mal contados do PCB em São Paulo, perfis mais detalhados de várias pessoas da oposição (que nem precisa ser guerrilha em si), a documentação do papel dos sindicatos no apoio ao regime, financiamento de empresários a operações ilegais, trocas de gentilezas entre jogo do bicho e alguns setores do combate ao terrorismo.
Mesmo com a documentação disponibilizada são poucas obras saíram ao grande público de pesquisa, não é mesmo? A maioria que conheço são jornalistas ou escritores que escrevem algo sobre o tema por que foram participantes.
A questão do PV é insana, ele sabe como uma pesquisa funciona, eu não posso julga-lo como um leigo, desculpe quem compartilha da idéia dele, é completamente política sem menor interesse para sociedade, gastar milhões para quê? Agora, o governo fazer o legal, que é obrigar a todos os arquivos públicos seguirem as normas de arquivologia que informa que todos os arquivos com interesse histórico devem ser preservados e enviados para arquivos centrais, isso é técnica. E quem vai analisar, o pesquisador ou cidadão que tenha interesse, para ver os papéis pode-se se exigir cartas de recomendação de um professor ou apenas uma solicitação por escrito, já que eu ao manusear um documento tenha responsabilidade e seja identificado em caso de danos.
Eu tenho uma noção bem crítica com a participação e apoio do Estado a qualquer ato de tortura ou assassinato seletivo, entretanto quem participou a questão é mais complexa, por que o nosso Código Penal até me provem o contrário não tem crime eterno, ou seja, devemos preservar a pessoa que dentro do clima da época acreditou em valores e utilizou de expedientes que ainda largamente são denunciados pela Anistia Internacional no Brasil, mas como são presos comuns o Sr. Paulo ignora-os.
A grande esperteza do PV é bater em algo do passado, para fugir do debate atual, ele é o falso herói de uma causa sem razão, já que atual terá que discutir salários baixos para polícia, falta de carceireiros, condições insalubres nas prisões etc e isso bate de frente com todos os partidos políticos que vivem da miséria do caos que é segurança no Brasil.
No fundo o que vemos é um demagogo tentando polarizar algo para esconder seu fracasso.
Edit: A questão da ONU entra em não discutimos o principal que é o atual estado de coisas, desde baixo salários da polícias estaduais, questão da segurança etc...é diversionismo puro, já que o Brasil é condenado todo ano por todos os institutos de direitos humanos que tenham "o mínimo de vergonha" pelo que ocorre aqui, agora começou o alerta lá fora que nossa legislação protege a lavagem de dinheiro...
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Re: REVANCHISTAS
Podia aproveitar e contar porque o Brasil apóia Cuba e não extradita o Battisti.Vannuchi disse à AFP que, num futuro, os arquivos da ditadura do Brasil poderão ser consultados na sede da UNESCO, em Paris, como forma de contribuir com “a memória do mundo”.
"O correr da vida embrulha tudo,
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Re: REVANCHISTAS
Viva Vannuchi! Dá-lhe revanchismo!Francoorp escreveu:Bem, esta eu vejo muito revanchista!!!!!!!!!!!!
Brasil anuncia na ONU revisão da ditadura militar
O Brasil investigará a ditadura militar que governou o país entre 1964 e 1985, anunciou nesta terça-feira, em Genebra, o ministro da Secretaria Especial de Direitos Humanos, Paulo Vannuchi.“A criação de uma Comissão Nacional da Verdade para apurar as violações dos direitos humanos ocorridas durante a ditadura”, é o instrumento que permitirá ao atual governo, do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, cumprir com esse objetivo, antecipou o ministro Vannuchi ao Conselho de Direitos Humanos da ONU.
Proposta por decreto presidencial em dezembro passado, como parte de um Programa Nacional de Direitos Humanos, a citada Comissão vem sendo, no entanto, objeto de resistência de alguns comandos militares que, junto com o ministro da Defesa, Nelson Jobim, ameaçaram renunciar se fosse colocado em prática.
O próprio Vannuchi respondeu que renunciaria se fosse esvaziado de conteúdo o plano de criação da Comissão, confirmando, agora, na ONU, a vontade de o presidente Lula concretizar esta ambição, antes do final de seu mandato.
Acusações de diversas fontes apontam a responsabilidade da ditadura brasileira no desaparecimento de 400 opositores, dos quais 140 casos ainda não foram esclarecidos.
“A intensa polêmica aberta com o lançamento do programa vem gerando um debate com intensidade inédita no Brasil, sobre a questão dos direitos humanos”, disse Vannuchi em discurso.
Acrescentou que o programa conta com o apoio explícito da Alta Comissária da ONU para os Direitos Humanos, Naty Pillay, que visitou recentemente o país.
“Por sua profunda índole democrática, o governo recebe com serenidade todas as críticas (…) e é com serenidade que vamos manter um amplo diálogo em busca de um consenso”, explicou Vannuchi.
A previsão é a de que o decreto se transforme em lei ainda neste mês, ao finalizar o trâmite parlamentar em curso.
Vannuchi disse à AFP que, num futuro, os arquivos da ditadura do Brasil poderão ser consultados na sede da UNESCO, em Paris, como forma de contribuir com “a memória do mundo”.
“Temos à disposição 11 milhões de páginas e continuamos trabalhando para localizar outras”, concluiu Vannuchi.
O presidente Lula inaugurou em maio passado um portal na Internet, onde já figuram documentos atribuídos à ditadura militar.
Fonte: UOL/BOL via Plano Brasil.
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Chorem viúvas saudosas das fardas verdes, derramem suas lágrimas, e para o bem desta fabulosa nação, façam o favor de se afogarem nelas!
Dilma será a presidente! Tão claro é este destino, como o brilho de rubi de um merlot, visto em uma taça de cristal, sob o sol!
Chorem viúvas! Dêem vazão a fúria das vossas frustrações. Chorem!
Não se tem razão quando se diz que o tempo cura tudo: de repente, as velhas dores tornam-se lancinantes e só morrem com o homem.
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Uma pena incansável e combatente, contra as hordas imperialistas, sanguinárias e assassinas!
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Re: REVANCHISTAS
Não fugiremos, jamais, ao apoio à democrática e perfeita ilha. Quanto a Battisti: não se joga um inocente aos leões!rodrigo escreveu:Podia aproveitar e contar porque o Brasil apóia Cuba e não extradita o Battisti.Vannuchi disse à AFP que, num futuro, os arquivos da ditadura do Brasil poderão ser consultados na sede da UNESCO, em Paris, como forma de contribuir com “a memória do mundo”.
Não se tem razão quando se diz que o tempo cura tudo: de repente, as velhas dores tornam-se lancinantes e só morrem com o homem.
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Uma pena incansável e combatente, contra as hordas imperialistas, sanguinárias e assassinas!
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Re: REVANCHISTAS
"A reconquista da soberania perdida não restabelece o status quo."
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Ilya Ehrenburg escreveu:Viva Vannuchi! Dá-lhe revanchismo!Francoorp escreveu:Bem, esta eu vejo muito revanchista!!!!!!!!!!!!
Brasil anuncia na ONU revisão da ditadura militar
O Brasil investigará a ditadura militar que governou o país entre 1964 e 1985, anunciou nesta terça-feira, em Genebra, o ministro da Secretaria Especial de Direitos Humanos, Paulo Vannuchi.“A criação de uma Comissão Nacional da Verdade para apurar as violações dos direitos humanos ocorridas durante a ditadura”, é o instrumento que permitirá ao atual governo, do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, cumprir com esse objetivo, antecipou o ministro Vannuchi ao Conselho de Direitos Humanos da ONU.
Proposta por decreto presidencial em dezembro passado, como parte de um Programa Nacional de Direitos Humanos, a citada Comissão vem sendo, no entanto, objeto de resistência de alguns comandos militares que, junto com o ministro da Defesa, Nelson Jobim, ameaçaram renunciar se fosse colocado em prática.
O próprio Vannuchi respondeu que renunciaria se fosse esvaziado de conteúdo o plano de criação da Comissão, confirmando, agora, na ONU, a vontade de o presidente Lula concretizar esta ambição, antes do final de seu mandato.
Acusações de diversas fontes apontam a responsabilidade da ditadura brasileira no desaparecimento de 400 opositores, dos quais 140 casos ainda não foram esclarecidos.
“A intensa polêmica aberta com o lançamento do programa vem gerando um debate com intensidade inédita no Brasil, sobre a questão dos direitos humanos”, disse Vannuchi em discurso.
Acrescentou que o programa conta com o apoio explícito da Alta Comissária da ONU para os Direitos Humanos, Naty Pillay, que visitou recentemente o país.
“Por sua profunda índole democrática, o governo recebe com serenidade todas as críticas (…) e é com serenidade que vamos manter um amplo diálogo em busca de um consenso”, explicou Vannuchi.
A previsão é a de que o decreto se transforme em lei ainda neste mês, ao finalizar o trâmite parlamentar em curso.
Vannuchi disse à AFP que, num futuro, os arquivos da ditadura do Brasil poderão ser consultados na sede da UNESCO, em Paris, como forma de contribuir com “a memória do mundo”.
“Temos à disposição 11 milhões de páginas e continuamos trabalhando para localizar outras”, concluiu Vannuchi.
O presidente Lula inaugurou em maio passado um portal na Internet, onde já figuram documentos atribuídos à ditadura militar.
Fonte: UOL/BOL via Plano Brasil.
http://pbrasil.wordpress.com/2010/03/02 ... more-12189
Chorem viúvas saudosas das fardas verdes, derramem suas lágrimas, e para o bem desta fabulosa nação, façam o favor de se afogarem nelas!
Dilma será a presidente! Tão claro é este destino, como o brilho de rubi de um merlot, visto em uma taça de cristal, sob o sol!
Chorem viúvas! Dêem vazão a fúria das vossas frustrações. Chorem!
Certamente algo de revanchiso tem nisso aí, discordo de ti Ilya, e olha que eu sou vermelhão, e tenho indóle pra luta armada, afin da vitória final da classe operária, salve , salve!!
Te esplico porque....
Os ditadores militares que usurparam o poder nacional e destruíram a democracia, se lixando completamente das escolhas do povo brasileiro que haviam escolhido os lideres com o voto direto, líderes destitúidos e alguns até mesmo assassinados, pelos usurpadores militares...se fu dera@ª no fim!!
Estes que deveriam ser os defensores da Pátria traíram naquela circunstância o dever constitucional, e assim governaram o país sem legitimidade popular alguma!!
Deveriam sim pagar por tudo isso, ainda mais que fizeram tudo isso para obedecer ao interesse estrangeiro(Yankees), duplicando a traição ao Brasil, à sua democracia e ao povo, povo esse que ficou completamente à merçê das elites.
Nada de voto, nada de greve, nada de associação, nada de liberdade de expressão…isso é contra os valores humanos, ou seja, sem voto são as elites que escolhem quem governa(eles mesmos obrigado!), sem greves deve-se aceitar o salário de fome pago pelo patrão(elite) e ficar quieto, sem associação não se luta por direitos coletivos, sem liberdade de expressão, não se vê a verdade social sair, só a verdade das elites, ou seja o consumismo, o endividamento, a submição do pobre, em suma, o capitalismo do patrão!!!!
E diziam que iriam combater o Comunismo, mas usando os mesmos metódos dos bolcheviches… mentira, não se combateva o comunismo, mas somente a vontade de igualdades legais e sociais do povo brasileiro, espressas nas eleições dirtas, com o jango vençedor, mas essas vontades e direitos populares, eram contra a posição das elites.
Com as coisas assim é normal ter guerrilha e combates armados, eu tenho a minha posição e você governa sem o aval popular, tens que me ouvir ou vamos nos combater!!
Normal, até o fascismo teve os combatentes pela liberdade, os Partigiani, próprio por ser um sistema sem ouvir as classes mais baixas.
Sem o apoio de grupos econômicos, o único meio de autofinanciar-se era assaltar bancos, como fez até mesmo o Stalin e varios de esquerda, para os de direita era um crime, para os de esquerda era a coisa justa para os vampiros da sociedade, os banqueiros!
Quem é o marginal, quem é a lei??
Na minha visão é assim, mas resta o fato que existe um ponto onde os dois lados entraram de acordo um dia, a Lei da Amnistia!!!
Com esta lei os torturadores que sabiam dos proprios crimes, não iriam para a cadeia depois de devolver o poder aos representantes do povo, e os guerrilheros também não deveriam presar contas a ninguém dos proprios atos.
Os dois lados mataram em nome de algo, a direita matou por dinheiro e poder econômico, e a esquerda por fanatismo da ideologia, e no fim os dois lados aceitaram este “empate” jurídico, que é a lei da amnistia!
E esta deve ser respeitada e consolidada, pois desenterrar defunto traz sempre vermes para a supérficie!!!!
Devem é deixar as coisas como estão, e como foram acordadas no passado, seria a melhor opção, mesmo porque a maioria dos torturadores, usurpadores, e criminais hoje estão mortos.A parte os subalternos, estes estão vivos pois na epóca eram jovens, mas os cabeças que eram já velhos naqueles tempos, hoje são cadaver!
Isso vale para os dois lados, novamente, pois não tem mais traça de general da época e nem tão pouco de ideológo de partido entre nós hoje!
Melhor deixar repousar os mortos em paz, e em eterno!!
- marcelo l.
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Re: REVANCHISTAS
Apesar de ser sobre a Argentina...merece o artigo ser postado, o Foot Hardman tem um texto excelente dois livros muitos bons: Nem Pátria, Nem Patrão! e Trem-fantasma: a modernidade na selva, mesmo para quem não concorde com suas idéias.
Vozes que não se deixam morrer
Nos antigos porões da repressão argentina, hoje espaços de memória, desaparecidos insistem em voltar
Francisco Foot Hardman* - O
Quando pensamos na história de Francisco Madariaga Quintela, bebê sequestrado por militares argentinos durante a ditadura naquele país, o 101º identificado entre os prováveis 500 ainda por serem, graças ao trabalho das Avós da Praça de Maio; Francisco, que acabou de conhecer seu pai 32 anos depois de ter nascido (a mãe foi morta logo após o parto, como em geral ocorria com as prisioneiras grávidas no centro clandestino de detenção e extermínio do Campo de Mayo, controlado pelo Exército), persiste a dúvida: o que é mais fácil de esquecer, um rosto ou um nome?
Julio Cortázar, num esboço de conto alegórico que publicou na Revista del Occidente, em 1981, narra o projeto de "um grupo de argentinos" de fundar uma cidade numa planície propícia, sem se dar conta de que ali era um cemitério do qual não restava "nenhum rastro visível". Somente os chefes o sabiam, mas se calaram porque "o lugar facilita seus projetos", já que é "uma planície alisada pela morte e pelo silêncio". Mas, aos poucos, "os mais sensíveis" começam a perceber coisas estranhas, que estão a rigor assentados "sobre a morte" e os mortos "sabem voltar à sua maneira"; e aquela cidade projetada aos poucos desperta "do pior dos pesadelos, na fria e viscosa presença de repulsas invisíveis, de uma maldição que não se expressa com palavras, mas que faz tinir com seu indizível horror tudo o que esses homens ergueram sobre uma necrópole". Indagado por que não desenvolvera o conto, o escritor, falecido em 1984, disse que não o fizera porque "já estava escrito no livro da história".
O Parque da Memória - Monumento às Vítimas do Terrorismo de Estado, fundado em 2007 às margens do Rio da Prata, numa das pontas da baía em plena Costanera Norte, em Buenos Aires, parece representar, como antimuseu, ao revés, esse argumento da narrativa de Cortázar. Está assentado numa verdadeira "planície alisada pela morte e pelo silêncio". A cidade ainda resiste a incorporá-lo a sua geografia cultural e histórica. E ali, numa tarde chuvosa, céu gris, muita ventania, encrespadas as águas do Prata, visitei sozinho aquele lugar, recebido na porta por um cão enorme, mas amistoso, e nos trailers ao fundo por um guarda sonolento e pela artista plástica Lucila Anigstein, filha de perseguidos da ditadura, como muitos dos que trabalham, voluntariamente ou como funcionários, nesses vários espaços da memória do terror argentino.
Como sempre, faltam recursos e o apoio oficial é precário. Mas o voluntarismo dos comitês "de consenso" que dirigem efetivamente esses centros supera, em muito, as dificuldades materiais. Afora 6 esculturas já instaladas (de um total de 18 previstas, vencedoras de concurso internacional que contou com 665 projetos de 44 países), sobressaem, na escalada suave de uma colina, as quatro enormes esteiras de granito do principal monumento, como feridas na relva, "forradas" atrás de lascas de pedras e gravadas nas suas frontes de centenas de metros, com os nomes de quase 10 mil mortos e detidos-desaparecidos. São registros que remontam da ditadura de Onganía, em 1969, até o fim da ditadura Galtieri, em 1983. Ao lado de cada inscrição, em ordem alfabética de sobrenomes e listados por ano de massacre, há apenas a idade da vítima. É um passeio doloroso, mas necessário. Quando chegamos aos anos 1976, 77 e 78, parece que paramos no tempo porque a lista se mostra infinda. Bastaria conferir essas marcas para dar completa razão ao jovem juiz Daniel Rafecas, que acaba de responsabilizar penalmente o general Videla por 30 homicídios, 552 sequestros e 264 casos de tortura. Numa entrevista ao jornal La Nación, feita em Paris, onde estava participando de seminário sobre genocídio, o juiz Rafecas afirmou ter plena convicção de que o presidente da primeira junta militar instalou, de fato, a "solução final" como estratégia de combate não só aos movimentos guerrilheiros, mas a qualquer outra dissidência política da sociedade civil, pouco importando se desarmada ou se capaz de se opor ao regime de exceção. E quando meu olhar passou a se fixar não mais nos nomes (sem rosto), mas nos numerais que indicam as idades, não há como negar a avaliação de Rafecas: a casa dos 20 se repete a exaurir nervos, toda uma geração de jovens comuns, sonhadores, ingênuos, utópicos, agressivos, criativos, eróticos, libertários, estúpidos, enfáticos, desapareceu.
Se chamássemos por seus nomes, apenas o sibilo do vento forte do Atlântico Sul responderia. E as pedras, como em Treblinka, seriam suas mais íntegras e praticamente únicas testemunhas. Já que as águas em grande parte os tragaram, nos "traslados para cima", isto é, voos da morte saídos com regularidade diabólica durante mais de dois anos todas as quartas-feiras da Esma (Escola Superior de Mecânica da Marinha). Como disse a esposa de um empresário ligado aos negócios clandestinos dos militares, por volta de 1995, depois do tremendo impacto que a confissão do capitão de corveta Adolfo Francisco Scilingo, primeira de um perpetrador, veio à luz no impressionante livro do jornalista Horacio Verbitsky, El vuelo (O voo): "Porque há um problema na sociedade. Parecia que os desaparecidos são eles, não são nós. São nossos, somos nós".
Nos desvãos entre memória e esquecimento reescreve-se a história contemporânea da Argentina, que numa dimensão extrema, reproduz processos tão conhecidos na América Latina, em países como o Brasil, Chile, Uruguai, Paraguai, Bolívia, Peru, Colômbia, para não falar de massacres na Guatemala, El Salvador, México. E para não falar dos crimes contra os direitos humanos continuados em Cuba, para os quais nem a epopeia da Sierra Maestra nem o deplorável bloqueio norte-americano poderão oferecer licença ideológica ou poética que justifique tanta indiferença e omissão.
Entre os projetos escultóricos do Parque da Memória ainda por construir está o do artista brasileiro Nuno Ramos, Olimpo, grande estrutura de vidro e granito inspirada na arquitetura labiríntica e claustrofóbica de vários centros clandestinos de detenção e extermínio, entre eles a velha estação terminal de bondes, depois de trólebus e ônibus, no pacato bairro operário e de classe média baixa Floresta, em Buenos Aires, tema do filme Garagem Olimpo, do cineasta ítalo-chileno Marco Bechis, em 1999. Pretendendo inverter os usos costumeiros dos materiais (o vidro para paredes, soalho, teto, e o granito para portas e janelas), a obra pensada por Nuno sugere uma suspensão do tempo, numa analogia inversa à dos algozes do Exército que dominaram aquele cenário entre o final de 1978 e início de 79 ("Olimpo" é a denominação tenebrosamente irônica que deram ao local, na autorreferência elogiosa à sua condição de deuses da vida e da morte). Na visita que fiz, impressionou-me a disposição de todos que lá trabalham - jovens antropólogos, arqueólogos, teatrólogos, bibliotecários, arte-educadores, sobreviventes voluntários - para integrar o espaço da memória à vida das comunidades do bairro, com uma programação de eventos culturais e educativos intensa e viva. A própria geografia do bairro assim o faculta, ao contrário de outros centros relativamente mais isolados. No cronograma, anualmente, organiza-se uma passeata de cerca de um quilômetro entre Olimpo e a antiga oficina mecânica Automotores Orletti, no mesmo bairro, maior centro de detenção da famigerada Operação Condor, para onde foram levados cerca de 300 sequestrados do Cone Sul, dos quais apenas cerca de 40 sobreviveram.
Denúncias e recuperações desses vários centros do terror de Estado como novos espaços públicos da memória não foram fácies. Entre os instrumentos, as associações de direitos humanos que se mobilizaram em torno valeram-se do escrache, que são atos públicos bem humorados em que se revelam identidades de torturadores ou o destino clandestino de lugares como esses durante a ditadura. Os escraches, em geral levados adiante pelos grupos de filhos dos desaparecidos, foram bastante eficazes ao produzirem incômodo aos que pretendem tudo esconder e indignação de moradores vizinhos. Ao mesmo tempo que simpatia difusa pelas boas causas da memória.
Do alto de sua arrogância, o almirante Massera, comandante da Marinha e membro ativo da primeira junta durante os anos de terror da Esma, condenado à prisão perpétua, disse em audiência num de seus vários processos criminais, em 1985: "Me sinto responsável, porém não culpável. Meus juízes dispõem da crônica, mas eu disponho da história e é dela que se escutará o veredicto final".
No silêncio de hoje dos porões e sótãos do Cassino dos Oficiais, a maior casa de horrores da Esma, por onde passaram milhares de sequestrados, ali torturados, despojados de seus bens - as mães grávidas de seus bebês - e selecionados, olimpicamente, com o L de liberdade (poucos) ou o M dos voos da morte (a esmagadora maioria), durante vários anos, de modo metódico e implacável pelo alto comando das Forças Armadas, as vozes dos desaparecidos teimam em não se deixar esquecer. E pelo menos uma centena de fotos ainda trazem seus rostos, desfigurados por seus carrascos. A história, sim, já escreveu os contornos dessa planície alisada pela morte. E as vozes voltam, o vento na cara, os restos de memória que o rio e o mar não souberam destruir. E voltam nomes e voltam rostos. É sempre possível fazer de cada crônica uma outra história. Do que você se lembra primeiro?...
* Professor de Teoria e História Literária da Unicamp. Autor, entre outros títulos, de Euclides da Cunha - Poesia Reunida (Unesp, 2009)
Vozes que não se deixam morrer
Nos antigos porões da repressão argentina, hoje espaços de memória, desaparecidos insistem em voltar
Francisco Foot Hardman* - O
Quando pensamos na história de Francisco Madariaga Quintela, bebê sequestrado por militares argentinos durante a ditadura naquele país, o 101º identificado entre os prováveis 500 ainda por serem, graças ao trabalho das Avós da Praça de Maio; Francisco, que acabou de conhecer seu pai 32 anos depois de ter nascido (a mãe foi morta logo após o parto, como em geral ocorria com as prisioneiras grávidas no centro clandestino de detenção e extermínio do Campo de Mayo, controlado pelo Exército), persiste a dúvida: o que é mais fácil de esquecer, um rosto ou um nome?
Julio Cortázar, num esboço de conto alegórico que publicou na Revista del Occidente, em 1981, narra o projeto de "um grupo de argentinos" de fundar uma cidade numa planície propícia, sem se dar conta de que ali era um cemitério do qual não restava "nenhum rastro visível". Somente os chefes o sabiam, mas se calaram porque "o lugar facilita seus projetos", já que é "uma planície alisada pela morte e pelo silêncio". Mas, aos poucos, "os mais sensíveis" começam a perceber coisas estranhas, que estão a rigor assentados "sobre a morte" e os mortos "sabem voltar à sua maneira"; e aquela cidade projetada aos poucos desperta "do pior dos pesadelos, na fria e viscosa presença de repulsas invisíveis, de uma maldição que não se expressa com palavras, mas que faz tinir com seu indizível horror tudo o que esses homens ergueram sobre uma necrópole". Indagado por que não desenvolvera o conto, o escritor, falecido em 1984, disse que não o fizera porque "já estava escrito no livro da história".
O Parque da Memória - Monumento às Vítimas do Terrorismo de Estado, fundado em 2007 às margens do Rio da Prata, numa das pontas da baía em plena Costanera Norte, em Buenos Aires, parece representar, como antimuseu, ao revés, esse argumento da narrativa de Cortázar. Está assentado numa verdadeira "planície alisada pela morte e pelo silêncio". A cidade ainda resiste a incorporá-lo a sua geografia cultural e histórica. E ali, numa tarde chuvosa, céu gris, muita ventania, encrespadas as águas do Prata, visitei sozinho aquele lugar, recebido na porta por um cão enorme, mas amistoso, e nos trailers ao fundo por um guarda sonolento e pela artista plástica Lucila Anigstein, filha de perseguidos da ditadura, como muitos dos que trabalham, voluntariamente ou como funcionários, nesses vários espaços da memória do terror argentino.
Como sempre, faltam recursos e o apoio oficial é precário. Mas o voluntarismo dos comitês "de consenso" que dirigem efetivamente esses centros supera, em muito, as dificuldades materiais. Afora 6 esculturas já instaladas (de um total de 18 previstas, vencedoras de concurso internacional que contou com 665 projetos de 44 países), sobressaem, na escalada suave de uma colina, as quatro enormes esteiras de granito do principal monumento, como feridas na relva, "forradas" atrás de lascas de pedras e gravadas nas suas frontes de centenas de metros, com os nomes de quase 10 mil mortos e detidos-desaparecidos. São registros que remontam da ditadura de Onganía, em 1969, até o fim da ditadura Galtieri, em 1983. Ao lado de cada inscrição, em ordem alfabética de sobrenomes e listados por ano de massacre, há apenas a idade da vítima. É um passeio doloroso, mas necessário. Quando chegamos aos anos 1976, 77 e 78, parece que paramos no tempo porque a lista se mostra infinda. Bastaria conferir essas marcas para dar completa razão ao jovem juiz Daniel Rafecas, que acaba de responsabilizar penalmente o general Videla por 30 homicídios, 552 sequestros e 264 casos de tortura. Numa entrevista ao jornal La Nación, feita em Paris, onde estava participando de seminário sobre genocídio, o juiz Rafecas afirmou ter plena convicção de que o presidente da primeira junta militar instalou, de fato, a "solução final" como estratégia de combate não só aos movimentos guerrilheiros, mas a qualquer outra dissidência política da sociedade civil, pouco importando se desarmada ou se capaz de se opor ao regime de exceção. E quando meu olhar passou a se fixar não mais nos nomes (sem rosto), mas nos numerais que indicam as idades, não há como negar a avaliação de Rafecas: a casa dos 20 se repete a exaurir nervos, toda uma geração de jovens comuns, sonhadores, ingênuos, utópicos, agressivos, criativos, eróticos, libertários, estúpidos, enfáticos, desapareceu.
Se chamássemos por seus nomes, apenas o sibilo do vento forte do Atlântico Sul responderia. E as pedras, como em Treblinka, seriam suas mais íntegras e praticamente únicas testemunhas. Já que as águas em grande parte os tragaram, nos "traslados para cima", isto é, voos da morte saídos com regularidade diabólica durante mais de dois anos todas as quartas-feiras da Esma (Escola Superior de Mecânica da Marinha). Como disse a esposa de um empresário ligado aos negócios clandestinos dos militares, por volta de 1995, depois do tremendo impacto que a confissão do capitão de corveta Adolfo Francisco Scilingo, primeira de um perpetrador, veio à luz no impressionante livro do jornalista Horacio Verbitsky, El vuelo (O voo): "Porque há um problema na sociedade. Parecia que os desaparecidos são eles, não são nós. São nossos, somos nós".
Nos desvãos entre memória e esquecimento reescreve-se a história contemporânea da Argentina, que numa dimensão extrema, reproduz processos tão conhecidos na América Latina, em países como o Brasil, Chile, Uruguai, Paraguai, Bolívia, Peru, Colômbia, para não falar de massacres na Guatemala, El Salvador, México. E para não falar dos crimes contra os direitos humanos continuados em Cuba, para os quais nem a epopeia da Sierra Maestra nem o deplorável bloqueio norte-americano poderão oferecer licença ideológica ou poética que justifique tanta indiferença e omissão.
Entre os projetos escultóricos do Parque da Memória ainda por construir está o do artista brasileiro Nuno Ramos, Olimpo, grande estrutura de vidro e granito inspirada na arquitetura labiríntica e claustrofóbica de vários centros clandestinos de detenção e extermínio, entre eles a velha estação terminal de bondes, depois de trólebus e ônibus, no pacato bairro operário e de classe média baixa Floresta, em Buenos Aires, tema do filme Garagem Olimpo, do cineasta ítalo-chileno Marco Bechis, em 1999. Pretendendo inverter os usos costumeiros dos materiais (o vidro para paredes, soalho, teto, e o granito para portas e janelas), a obra pensada por Nuno sugere uma suspensão do tempo, numa analogia inversa à dos algozes do Exército que dominaram aquele cenário entre o final de 1978 e início de 79 ("Olimpo" é a denominação tenebrosamente irônica que deram ao local, na autorreferência elogiosa à sua condição de deuses da vida e da morte). Na visita que fiz, impressionou-me a disposição de todos que lá trabalham - jovens antropólogos, arqueólogos, teatrólogos, bibliotecários, arte-educadores, sobreviventes voluntários - para integrar o espaço da memória à vida das comunidades do bairro, com uma programação de eventos culturais e educativos intensa e viva. A própria geografia do bairro assim o faculta, ao contrário de outros centros relativamente mais isolados. No cronograma, anualmente, organiza-se uma passeata de cerca de um quilômetro entre Olimpo e a antiga oficina mecânica Automotores Orletti, no mesmo bairro, maior centro de detenção da famigerada Operação Condor, para onde foram levados cerca de 300 sequestrados do Cone Sul, dos quais apenas cerca de 40 sobreviveram.
Denúncias e recuperações desses vários centros do terror de Estado como novos espaços públicos da memória não foram fácies. Entre os instrumentos, as associações de direitos humanos que se mobilizaram em torno valeram-se do escrache, que são atos públicos bem humorados em que se revelam identidades de torturadores ou o destino clandestino de lugares como esses durante a ditadura. Os escraches, em geral levados adiante pelos grupos de filhos dos desaparecidos, foram bastante eficazes ao produzirem incômodo aos que pretendem tudo esconder e indignação de moradores vizinhos. Ao mesmo tempo que simpatia difusa pelas boas causas da memória.
Do alto de sua arrogância, o almirante Massera, comandante da Marinha e membro ativo da primeira junta durante os anos de terror da Esma, condenado à prisão perpétua, disse em audiência num de seus vários processos criminais, em 1985: "Me sinto responsável, porém não culpável. Meus juízes dispõem da crônica, mas eu disponho da história e é dela que se escutará o veredicto final".
No silêncio de hoje dos porões e sótãos do Cassino dos Oficiais, a maior casa de horrores da Esma, por onde passaram milhares de sequestrados, ali torturados, despojados de seus bens - as mães grávidas de seus bebês - e selecionados, olimpicamente, com o L de liberdade (poucos) ou o M dos voos da morte (a esmagadora maioria), durante vários anos, de modo metódico e implacável pelo alto comando das Forças Armadas, as vozes dos desaparecidos teimam em não se deixar esquecer. E pelo menos uma centena de fotos ainda trazem seus rostos, desfigurados por seus carrascos. A história, sim, já escreveu os contornos dessa planície alisada pela morte. E as vozes voltam, o vento na cara, os restos de memória que o rio e o mar não souberam destruir. E voltam nomes e voltam rostos. É sempre possível fazer de cada crônica uma outra história. Do que você se lembra primeiro?...
* Professor de Teoria e História Literária da Unicamp. Autor, entre outros títulos, de Euclides da Cunha - Poesia Reunida (Unesp, 2009)
"If the people who marched actually voted, we wouldn’t have to march in the first place".
"(Poor) countries are poor because those who have power make choices that create poverty".
ubi solitudinem faciunt pacem appellant
"(Poor) countries are poor because those who have power make choices that create poverty".
ubi solitudinem faciunt pacem appellant