TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG
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Re: [Edit] F-X-2 agora é OFICIAL, confira a partir da Pg 310!
ZZZ, liberaram o Tópico!!
Mas sempre este assunto que não acaba nunca...ZZZ
Vai sair o resultado este mês mesmo???
Quem sabe???
Recomeçamos mais uma vez!!!
Vou voltar a ZZZZZZZZZZ!!
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Re: [Edit] F-X-2 agora é OFICIAL, confira a partir da Pg 310!
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Re: [Edit] F-X-2 agora é OFICIAL, confira a partir da Pg 310!
Senado chama ministros para explicar acordo com França
Do R7, com Agência Senado
Caça de combate Rafale, da francesa Dassault, disputa licitação
contra aviões fabricados na Suécia e nos Estados Unidos
Os ministros da Defesa, Nelson Jobim, e das Relações Exteriores, Celso Amorim, serão convidados pela Comissão de Relações Exteriores do Senado para prestar esclarecimentos sobre o acordo de cooperação militar entre o Brasil e a França. O pedido foi apresentado pelo senador Heráclito Fortes (DEM-PI) e aprovado nesta quinta-feira (11) pela comissão.
Heráclito disse que o acordo destoa, por sua "complexidade", de outras iniciativas de cooperação militar. O acordo com a França, segundo o senador da oposição, trata em um único texto de temas geralmente presentes em documentos separados, como isenção de impostos, assistência militar e cooperação industrial-militar.
Ele diz que o acordo anteciparia o vencedor da licitação do programa FX-2, que prevê a compra de caças pela FAB (Força Aérea Brasileira) e que é disputado pela França, Estados Unidos e Suécia.
- Isso convida a atenção para mais um desdobramento da disputa relacionada ao programa de compra de aviões de caça pela FAB. E, em sendo verdade a tese, o presente ato anteciparia o resultado de decisão de fundamental importância que comprometerá a República não só em valores significativos, mas também em parceria pelos anos que estão por vir.
A comissão também aprovou requerimento de informações ao Ministério das Relações Exteriores, igualmente apresentado por Heráclito, a respeito do acordo com a França. Ele questiona, por exemplo, se o documento pode ser considerado base para "acordos militares ulteriores, incluindo tecnologias nucleares e aquisições de aeronaves".
Fonte: http://noticias.r7.com/brasil/noticias/ ... 00211.html
Do R7, com Agência Senado
Caça de combate Rafale, da francesa Dassault, disputa licitação
contra aviões fabricados na Suécia e nos Estados Unidos
Os ministros da Defesa, Nelson Jobim, e das Relações Exteriores, Celso Amorim, serão convidados pela Comissão de Relações Exteriores do Senado para prestar esclarecimentos sobre o acordo de cooperação militar entre o Brasil e a França. O pedido foi apresentado pelo senador Heráclito Fortes (DEM-PI) e aprovado nesta quinta-feira (11) pela comissão.
Heráclito disse que o acordo destoa, por sua "complexidade", de outras iniciativas de cooperação militar. O acordo com a França, segundo o senador da oposição, trata em um único texto de temas geralmente presentes em documentos separados, como isenção de impostos, assistência militar e cooperação industrial-militar.
Ele diz que o acordo anteciparia o vencedor da licitação do programa FX-2, que prevê a compra de caças pela FAB (Força Aérea Brasileira) e que é disputado pela França, Estados Unidos e Suécia.
- Isso convida a atenção para mais um desdobramento da disputa relacionada ao programa de compra de aviões de caça pela FAB. E, em sendo verdade a tese, o presente ato anteciparia o resultado de decisão de fundamental importância que comprometerá a República não só em valores significativos, mas também em parceria pelos anos que estão por vir.
A comissão também aprovou requerimento de informações ao Ministério das Relações Exteriores, igualmente apresentado por Heráclito, a respeito do acordo com a França. Ele questiona, por exemplo, se o documento pode ser considerado base para "acordos militares ulteriores, incluindo tecnologias nucleares e aquisições de aeronaves".
Fonte: http://noticias.r7.com/brasil/noticias/ ... 00211.html
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Re: [Edit] F-X-2 agora é OFICIAL, confira a partir da Pg 310!
QUAL O SIGNIFICADO DAS COMPRAS DOS CAÇAS PELO BRASIL?
Não é novidade alguma que o Brasil está comprando novos caças, não falo pelos fóruns e blogs da Internet populados por um sem número de entusiastas e até mesmo especialistas, mas falo sobre o interesse da imprensa e inclusive do público leigo. A frase anterior contém uma sutileza, que pode (ou não) explicar muito do que estamos vendo por aí, isto é, o que está sendo falado é que o Brasil, e não necessariamente a FAB, está comprando novos caças. Isto faz alguma diferença ou representa a mesma coisa? Faz diferença! Tanto que o(s) concorrente(s) faz(em) questão de frisar e apostar nestas diferenças, onde algum(ns) aposta(m) no nome da FAB e outro(s) em nome de uma política de Estado, que mal compreendida acaba restringida no nome do governo.
Existe preocupação externa com a compra de novos caças pela FAB? Claramente não, tanto que não há dúvidas que a mesma (FAB) carece de novos equipamentos, assim como praticamente todas as forças aéreas da AL. Mas que vê de fora não fala em aquisição de novos caças para a FAB, fala-se de novos caças para o Brasil armar sua Força Aérea e muito provavelmente a sua Marinha. Sutilezas que fazem muita diferença, principalmente por óticas frias oriundas além de nossas fronteiras. Perceber as sutilezas é ter a noção do que realmente pode está acontecendo...
As faces ruborizadas e as espumas nos cantos de bocas representam preocupações com pequenas forças armadas de um grande (fisicamente) país? Estou convencido que não... Esta pergunta poderia ser reformulada da seguinte forma: são as forças armadas brasileiras que se modernizam ou é o Estado brasileiro que parte para uma nova e grandiosa empreitada? Pois bem, é preciso compreender o xadrez para que as opiniões se formem a partir da compreensão do todo e não das partes; nem sempre o todo se forma a partir das partes unidas, só se houver fragmentação (daí o nome parte) inicialmente. Mas lamentavelmente, ou não, as políticas de Estado são feitas por quem ocupa cargos e/ou funções governamentais (o governo propriamente dito), então a olhos nus é razoável aceitar a má compreensão das evidências presentes, mas que, diga-se de passagem, serão as mesmas independentemente dos futuros governantes, caminhando-se assim para uma mudança global de posturas, apenas com nuances diferenciadas.
Esta nova empreitada brasileira se assemelha ao que o presidente venezuelano, Hugo Chavez, apresenta ao seu país e ao resto do mundo? Definitivamente não... Não houve ruptura alguma da Venezuela ao adotar equipamentos de origem oriental, não havia escolhas, ou se comprava dos russos (e/ou chineses, etc.) ou ficaria com suas forças armadas sucateada em definitivo; o resto é retórica populista de seu líder. Portanto não podemos ser comparado... O Brasil não faz uma corrida armamentista, não apenas moderniza seus meios e equipamentos bélicos, e acima de tudo não rompe ou se alia a ninguém. Pensar que o Brasil está rompendo com um aliado para se aliar a outro é ser muito precipitado ou querer fazer política de botequim. O Brasil não rompe com os EUA e nem se aproxima da França, o Brasil se revela como um país que quer ter sua própria identidade, identidade esta que não é diferente da adotada pelos EUA, França, Rússia, Inglaterra e muitos outros (grandes); então não somos tão diferentes assim de quem está no "topo" do mundo.
Durante anos o Brasil andou a reboque dos países maiores, seja no campo militar, seja no campo econômico, seja no campo social, seja em que campo for. Os motivos para isso são vários e não devem se restringir ao óbvio "sem personalidade", jamais, entre outros existe o problema relacionado a estrutura econômica, social, industrial, etc. que impediu governos e governantes de implementar uma política específica para o setor de defesa (veja, defesa e não de guerra).
Assim sendo, não se busca a ruptura com quem quer que seja, mas busca-se aproximação com aquele(s) que permita(m) ao Brasil ter sua autonomia sem ser questionado ao longo do tempo. Não há mais espaços para vender algo e não entregar, não há espaços para propor algo e não cumprir, não há espaço para vender gatos por lebre. Quem fizer isto estará sendo exposto formalmente no cenário internacional, de forma tal que os vários países que precisam igualmente se modernizar possam fazer escolhas outras, inclusive influindo na vida de várias empresas que existem mundo a fora. As consequências de nossas ações poderão ser catastróficas se não houver mudanças de posturas, a começar pela forma que se negocia (e não vende-se) armas e armamentos mundo a fora.
O papel do Brasil é relevante neste momento de definição de seu novo caça, vários países esperam ansiosamente esta definição, seja pelo ponto de vista do processo de compra (lisura, transparência, condução, etc.), seja pelo modelo/fabricante, seja pelo novo perfil que será configurado (inaugurado?) pelo País. Portanto não se trata de comprar um novo modelo de caça por mais um país, trata-se de uma série de significados que influirão no desenrolar de várias nações, através dos reflexos do que aqui ocorrer.
Assim sendo, qual o significado da compra dos caças pelo Brasil?
Um incrível reviravolta mundial que terá como pilar a simbologia adotada pelo Brasil, de forma tal que a amplitude dos resultados poderão (ou não) culminar em reflexos expressivos de uma nova geopolítica internacional, mas que serão sentidos apenas lá adiante e não agora.
A primeira leitura é que o Brasil não se alinha ao país que comprar seus equipamentos militares, será aliado de si mesmo. (Não é razoável que vários países busquem tal coisa?) Segundo que tal país, seja qual for, se interessa muito mais pelo processo brasileiro do que o contrário, pois se trata da própria sobrevivência de sua política de independência bélica/militar (se aplica a todos). Além do mais, não existe técnica mais simples e eficaz para se (re)conquistar o respeito do que aquela de aproximar da pessoa que lhe dê mais valor. Isto explica a inexistência de ruptura com algum(ns) país(es), apenas uma valorização do "seu eu".
Se o momento é propício para novas empreitadas (e não de rupturas), então que seja de forma simbólica, completa e inequívoca, paga-se pela ousadia sem temer derrotas e retaliações, afinal com isto já nos acostumamos ao longo de nossa história. Erros existirão, mas que se limitem apenas aos novos. Quando se troca uma irmã por outra é ruptura, ou é uma escolha acertada, ou ainda mudança de postura? Sair de uma cultura ocidental para outra ocidental é ruptura ou é menos agressivo do que partir para uma adoção de cultura ainda incompreendida? A compreensão disso explica muito do que não se convenceu até agora...
Definitivamente o Brasil não deseja mais definir seu campo de atuação/influência no cenário latino-americano, busca algo mais internacional, maior, se a sua altura/tamanho, só o tempo pra dizer. Isto é querer dar passos maiores que o tamanho das pernas ou é sair do já eterno berço esplêndido? Estas mudanças implicam em um Brasil imperialista? Não necessariamente, pois se investe em defesa e não pensando-se em guerra, diferença brutal que pode ser comprovada com os pensamentos, ações e atitudes de alguns países do oriente médio, por exemplo, que caminharam em direções opostas a que trilhamos atualmente.
Diante deste cenário abstrato, pergunto: qual a importância da Suécia diante dos interesses brasileiros? Qual a importância dos EUA? Qual a importância da França? Qual o significado em escolher um caça destas distintas origens? A importância reside no fato de fazer, simbolicamente ao menos, do Brasil um país muito diferente do que é no cenário geopolítico internacional. O Brasil busca sua independência nos equipamentos militares, sua autonomia para fazer o que bem entender, fortalecimento e independência de sua indústria bélica, autonomia tecnológica e um sinal claro que veio para ficar e delimitar seu território sem invadir o de terceiros. Qual dos três países (caças) melhor representa este momento?
A resposta franca para estas perguntas, e de fácil visualização e compreensão, demonstra a real capacidade de entendimento do processo global no qual o FX-2 está inserido e que não passa de uma singela peça (símbolo) deste xadrez internacional. Que cada um se convença sobre suas respostas (individuais), pois a resposta absoluta já foi colocada à mesa, restando apenas a consolidação do fato mais óbvio: o Brasil mudou, o mundo mudará e o símbolo desta mudança será a resposta concreta a todas as indagações, restando apenas a formalização.
Abraços cordiais.
PS: aos meus amigos verdadeiros deste e de outros micro-cosmos...
Não é novidade alguma que o Brasil está comprando novos caças, não falo pelos fóruns e blogs da Internet populados por um sem número de entusiastas e até mesmo especialistas, mas falo sobre o interesse da imprensa e inclusive do público leigo. A frase anterior contém uma sutileza, que pode (ou não) explicar muito do que estamos vendo por aí, isto é, o que está sendo falado é que o Brasil, e não necessariamente a FAB, está comprando novos caças. Isto faz alguma diferença ou representa a mesma coisa? Faz diferença! Tanto que o(s) concorrente(s) faz(em) questão de frisar e apostar nestas diferenças, onde algum(ns) aposta(m) no nome da FAB e outro(s) em nome de uma política de Estado, que mal compreendida acaba restringida no nome do governo.
Existe preocupação externa com a compra de novos caças pela FAB? Claramente não, tanto que não há dúvidas que a mesma (FAB) carece de novos equipamentos, assim como praticamente todas as forças aéreas da AL. Mas que vê de fora não fala em aquisição de novos caças para a FAB, fala-se de novos caças para o Brasil armar sua Força Aérea e muito provavelmente a sua Marinha. Sutilezas que fazem muita diferença, principalmente por óticas frias oriundas além de nossas fronteiras. Perceber as sutilezas é ter a noção do que realmente pode está acontecendo...
As faces ruborizadas e as espumas nos cantos de bocas representam preocupações com pequenas forças armadas de um grande (fisicamente) país? Estou convencido que não... Esta pergunta poderia ser reformulada da seguinte forma: são as forças armadas brasileiras que se modernizam ou é o Estado brasileiro que parte para uma nova e grandiosa empreitada? Pois bem, é preciso compreender o xadrez para que as opiniões se formem a partir da compreensão do todo e não das partes; nem sempre o todo se forma a partir das partes unidas, só se houver fragmentação (daí o nome parte) inicialmente. Mas lamentavelmente, ou não, as políticas de Estado são feitas por quem ocupa cargos e/ou funções governamentais (o governo propriamente dito), então a olhos nus é razoável aceitar a má compreensão das evidências presentes, mas que, diga-se de passagem, serão as mesmas independentemente dos futuros governantes, caminhando-se assim para uma mudança global de posturas, apenas com nuances diferenciadas.
Esta nova empreitada brasileira se assemelha ao que o presidente venezuelano, Hugo Chavez, apresenta ao seu país e ao resto do mundo? Definitivamente não... Não houve ruptura alguma da Venezuela ao adotar equipamentos de origem oriental, não havia escolhas, ou se comprava dos russos (e/ou chineses, etc.) ou ficaria com suas forças armadas sucateada em definitivo; o resto é retórica populista de seu líder. Portanto não podemos ser comparado... O Brasil não faz uma corrida armamentista, não apenas moderniza seus meios e equipamentos bélicos, e acima de tudo não rompe ou se alia a ninguém. Pensar que o Brasil está rompendo com um aliado para se aliar a outro é ser muito precipitado ou querer fazer política de botequim. O Brasil não rompe com os EUA e nem se aproxima da França, o Brasil se revela como um país que quer ter sua própria identidade, identidade esta que não é diferente da adotada pelos EUA, França, Rússia, Inglaterra e muitos outros (grandes); então não somos tão diferentes assim de quem está no "topo" do mundo.
Durante anos o Brasil andou a reboque dos países maiores, seja no campo militar, seja no campo econômico, seja no campo social, seja em que campo for. Os motivos para isso são vários e não devem se restringir ao óbvio "sem personalidade", jamais, entre outros existe o problema relacionado a estrutura econômica, social, industrial, etc. que impediu governos e governantes de implementar uma política específica para o setor de defesa (veja, defesa e não de guerra).
Assim sendo, não se busca a ruptura com quem quer que seja, mas busca-se aproximação com aquele(s) que permita(m) ao Brasil ter sua autonomia sem ser questionado ao longo do tempo. Não há mais espaços para vender algo e não entregar, não há espaços para propor algo e não cumprir, não há espaço para vender gatos por lebre. Quem fizer isto estará sendo exposto formalmente no cenário internacional, de forma tal que os vários países que precisam igualmente se modernizar possam fazer escolhas outras, inclusive influindo na vida de várias empresas que existem mundo a fora. As consequências de nossas ações poderão ser catastróficas se não houver mudanças de posturas, a começar pela forma que se negocia (e não vende-se) armas e armamentos mundo a fora.
O papel do Brasil é relevante neste momento de definição de seu novo caça, vários países esperam ansiosamente esta definição, seja pelo ponto de vista do processo de compra (lisura, transparência, condução, etc.), seja pelo modelo/fabricante, seja pelo novo perfil que será configurado (inaugurado?) pelo País. Portanto não se trata de comprar um novo modelo de caça por mais um país, trata-se de uma série de significados que influirão no desenrolar de várias nações, através dos reflexos do que aqui ocorrer.
Assim sendo, qual o significado da compra dos caças pelo Brasil?
Um incrível reviravolta mundial que terá como pilar a simbologia adotada pelo Brasil, de forma tal que a amplitude dos resultados poderão (ou não) culminar em reflexos expressivos de uma nova geopolítica internacional, mas que serão sentidos apenas lá adiante e não agora.
A primeira leitura é que o Brasil não se alinha ao país que comprar seus equipamentos militares, será aliado de si mesmo. (Não é razoável que vários países busquem tal coisa?) Segundo que tal país, seja qual for, se interessa muito mais pelo processo brasileiro do que o contrário, pois se trata da própria sobrevivência de sua política de independência bélica/militar (se aplica a todos). Além do mais, não existe técnica mais simples e eficaz para se (re)conquistar o respeito do que aquela de aproximar da pessoa que lhe dê mais valor. Isto explica a inexistência de ruptura com algum(ns) país(es), apenas uma valorização do "seu eu".
Se o momento é propício para novas empreitadas (e não de rupturas), então que seja de forma simbólica, completa e inequívoca, paga-se pela ousadia sem temer derrotas e retaliações, afinal com isto já nos acostumamos ao longo de nossa história. Erros existirão, mas que se limitem apenas aos novos. Quando se troca uma irmã por outra é ruptura, ou é uma escolha acertada, ou ainda mudança de postura? Sair de uma cultura ocidental para outra ocidental é ruptura ou é menos agressivo do que partir para uma adoção de cultura ainda incompreendida? A compreensão disso explica muito do que não se convenceu até agora...
Definitivamente o Brasil não deseja mais definir seu campo de atuação/influência no cenário latino-americano, busca algo mais internacional, maior, se a sua altura/tamanho, só o tempo pra dizer. Isto é querer dar passos maiores que o tamanho das pernas ou é sair do já eterno berço esplêndido? Estas mudanças implicam em um Brasil imperialista? Não necessariamente, pois se investe em defesa e não pensando-se em guerra, diferença brutal que pode ser comprovada com os pensamentos, ações e atitudes de alguns países do oriente médio, por exemplo, que caminharam em direções opostas a que trilhamos atualmente.
Diante deste cenário abstrato, pergunto: qual a importância da Suécia diante dos interesses brasileiros? Qual a importância dos EUA? Qual a importância da França? Qual o significado em escolher um caça destas distintas origens? A importância reside no fato de fazer, simbolicamente ao menos, do Brasil um país muito diferente do que é no cenário geopolítico internacional. O Brasil busca sua independência nos equipamentos militares, sua autonomia para fazer o que bem entender, fortalecimento e independência de sua indústria bélica, autonomia tecnológica e um sinal claro que veio para ficar e delimitar seu território sem invadir o de terceiros. Qual dos três países (caças) melhor representa este momento?
A resposta franca para estas perguntas, e de fácil visualização e compreensão, demonstra a real capacidade de entendimento do processo global no qual o FX-2 está inserido e que não passa de uma singela peça (símbolo) deste xadrez internacional. Que cada um se convença sobre suas respostas (individuais), pois a resposta absoluta já foi colocada à mesa, restando apenas a consolidação do fato mais óbvio: o Brasil mudou, o mundo mudará e o símbolo desta mudança será a resposta concreta a todas as indagações, restando apenas a formalização.
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Re: [Edit] F-X-2 agora é OFICIAL, confira a partir da Pg 310!
Amigo Kirk,kirk escreveu:TAMBÉM será um "upgrade" nos preços futuros como é o caso das integrações requeridas pela FAB?orestespf escreveu:Creio que a demora é porque estão embrulhando pra presente.
Pura ironia fina...
Sds
kirk
onde apareceu escrito formalmente, seja por parte da FAB e/ou do governo, que existe restrições formais no que diz respeito a custos futuros? Desculpe-me, mas este é um mito criado pela SAAB, que nem os americanos seguiram (porque seria estúpido, e eles não são). Ainda aposta em tese em que não há hipótese para ser usada?
Abração,
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Re: [Edit] F-X-2 agora é OFICIAL, confira a partir da Pg 310!
orestespf escreveu:QUAL O SIGNIFICADO DAS COMPRAS DOS CAÇAS PELO BRASIL?
Não é novidade alguma que o Brasil está comprando novos caças, não falo pelos fóruns e blogs da Internet populados por um sem número de entusiastas e até mesmo especialistas, mas falo sobre o interesse da imprensa e inclusive do público leigo. A frase anterior contém uma sutileza, que pode (ou não) explicar muito do que estamos vendo por aí, isto é, o que está sendo falado é que o Brasil, e não necessariamente a FAB, está comprando novos caças. Isto faz alguma diferença ou representa a mesma coisa? Faz diferença! Tanto que o(s) concorrente(s) faz(em) questão de frisar e apostar nestas diferenças, onde algum(ns) aposta(m) no nome da FAB e outro(s) em nome de uma política de Estado, que mal compreendida acaba restringida no nome do governo.
Existe preocupação externa com a compra de novos caças pela FAB? Claramente não, tanto que não há dúvidas que a mesma (FAB) carece de novos equipamentos, assim como praticamente todas as forças aéreas da AL. Mas que vê de fora não fala em aquisição de novos caças para a FAB, fala-se de novos caças para o Brasil armar sua Força Aérea e muito provavelmente a sua Marinha. Sutilezas que fazem muita diferença, principalmente por óticas frias oriundas além de nossas fronteiras. Perceber as sutilezas é ter a noção do que realmente pode está acontecendo...
As faces ruborizadas e as espumas nos cantos de bocas representam preocupações com pequenas forças armadas de um grande (fisicamente) país? Estou convencido que não... Esta pergunta poderia ser reformulada da seguinte forma: são as forças armadas brasileiras que se modernizam ou é o Estado brasileiro que parte para uma nova e grandiosa empreitada? Pois bem, é preciso compreender o xadrez para que as opiniões se formem a partir da compreensão do todo e não das partes; nem sempre o todo se forma a partir das partes unidas, só se houver fragmentação (daí o nome parte) inicialmente. Mas lamentavelmente, ou não, as políticas de Estado são feitas por quem ocupa cargos e/ou funções governamentais (o governo propriamente dito), então a olhos nus é razoável aceitar a má compreensão das evidências presentes, mas que, diga-se de passagem, serão as mesmas independentemente dos futuros governantes, caminhando-se assim para uma mudança global de posturas, apenas com nuances diferenciadas.
Esta nova empreitada brasileira se assemelha ao que o presidente venezuelano, Hugo Chavez, apresenta ao seu país e ao resto do mundo? Definitivamente não... Não houve ruptura alguma da Venezuela ao adotar equipamentos de origem oriental, não havia escolhas, ou se comprava dos russos (e/ou chineses, etc.) ou ficaria com suas forças armadas sucateada em definitivo; o resto é retórica populista de seu líder. Portanto não podemos ser comparado... O Brasil não faz uma corrida armamentista, não apenas moderniza seus meios e equipamentos bélicos, e acima de tudo não rompe ou se alia a ninguém. Pensar que o Brasil está rompendo com um aliado para se aliar a outro é ser muito precipitado ou querer fazer política de botequim. O Brasil não rompe com os EUA e nem se aproxima da França, o Brasil se revela como um país que quer ter sua própria identidade, identidade esta que não é diferente da adotada pelos EUA, França, Rússia, Inglaterra e muitos outros (grandes); então não somos tão diferentes assim de quem está no "topo" do mundo.
Durante anos o Brasil andou a reboque dos países maiores, seja no campo militar, seja no campo econômico, seja no campo social, seja em que campo for. Os motivos para isso são vários e não devem se restringir ao óbvio "sem personalidade", jamais, entre outros existe o problema relacionado a estrutura econômica, social, industrial, etc. que impediu governos e governantes de implementar uma política específica para o setor de defesa (veja, defesa e não de guerra).
Assim sendo, não se busca a ruptura com quem quer que seja, mas busca-se aproximação com aquele(s) que permita(m) ao Brasil ter sua autonomia sem ser questionado ao longo do tempo. Não há mais espaços para vender algo e não entregar, não há espaços para propor algo e não cumprir, não há espaço para vender gatos por lebre. Quem fizer isto estará sendo exposto formalmente no cenário internacional, de forma tal que os vários países que precisam igualmente se modernizar possam fazer escolhas outras, inclusive influindo na vida de várias empresas que existem mundo a fora. As consequências de nossas ações poderão ser catastróficas se não houver mudanças de posturas, a começar pela forma que se negocia (e não vende-se) armas e armamentos mundo a fora.
O papel do Brasil é relevante neste momento de definição de seu novo caça, vários países esperam ansiosamente esta definição, seja pelo ponto de vista do processo de compra (lisura, transparência, condução, etc.), seja pelo modelo/fabricante, seja pelo novo perfil que será configurado (inaugurado?) pelo País. Portanto não se trata de comprar um novo modelo de caça por mais um país, trata-se de uma série de significados que influirão no desenrolar de várias nações, através dos reflexos do que aqui ocorrer.
Assim sendo, qual o significado da compra dos caças pelo Brasil?
Um incrível reviravolta mundial que terá como pilar a simbologia adotada pelo Brasil, de forma tal que a amplitude dos resultados poderão (ou não) culminar em reflexos expressivos de uma nova geopolítica internacional, mas que serão sentidos apenas lá adiante e não agora.
A primeira leitura é que o Brasil não se alinha ao país que comprar seus equipamentos militares, será aliado de si mesmo. (Não é razoável que vários países busquem tal coisa?) Segundo que tal país, seja qual for, se interessa muito mais pelo processo brasileiro do que o contrário, pois se trata da própria sobrevivência de sua política de independência bélica/militar (se aplica a todos). Além do mais, não existe técnica mais simples e eficaz para se (re)conquistar o respeito do que aquela de aproximar da pessoa que lhe dê mais valor. Isto explica a inexistência de ruptura com algum(ns) país(es), apenas uma valorização do "seu eu".
Se o momento é propício para novas empreitadas (e não de rupturas), então que seja de forma simbólica, completa e inequívoca, paga-se pela ousadia sem temer derrotas e retaliações, afinal com isto já nos acostumamos ao longo de nossa história. Erros existirão, mas que se limitem apenas aos novos. Quando se troca uma irmã por outra é ruptura, ou é uma escolha acertada, ou ainda mudança de postura? Sair de uma cultura ocidental para outra ocidental é ruptura ou é menos agressivo do que partir para uma adoção de cultura ainda incompreendida? A compreensão disso explica muito do que não se convenceu até agora...
Definitivamente o Brasil não deseja mais definir seu campo de atuação/influência no cenário latino-americano, busca algo mais internacional, maior, se a sua altura/tamanho, só o tempo pra dizer. Isto é querer dar passos maiores que o tamanho das pernas ou é sair do já eterno berço esplêndido? Estas mudanças implicam em um Brasil imperialista? Não necessariamente, pois se investe em defesa e não pensando-se em guerra, diferença brutal que pode ser comprovada com os pensamentos, ações e atitudes de alguns países do oriente médio, por exemplo, que caminharam em direções opostas a que trilhamos atualmente.
Diante deste cenário abstrato, pergunto: qual a importância da Suécia diante dos interesses brasileiros? Qual a importância dos EUA? Qual a importância da França? Qual o significado em escolher um caça destas distintas origens? A importância reside no fato de fazer, simbolicamente ao menos, do Brasil um país muito diferente do que é no cenário geopolítico internacional. O Brasil busca sua independência nos equipamentos militares, sua autonomia para fazer o que bem entender, fortalecimento e independência de sua indústria bélica, autonomia tecnológica e um sinal claro que veio para ficar e delimitar seu território sem invadir o de terceiros. Qual dos três países (caças) melhor representa este momento?
A resposta franca para estas perguntas, e de fácil visualização e compreensão, demonstra a real capacidade de entendimento do processo global no qual o FX-2 está inserido e que não passa de uma singela peça (símbolo) deste xadrez internacional. Que cada um se convença sobre suas respostas (individuais), pois a resposta absoluta já foi colocada à mesa, restando apenas a consolidação do fato mais óbvio: o Brasil mudou, o mundo mudará e o símbolo desta mudança será a resposta concreta a todas as indagações, restando apenas a formalização.
Abraços cordiais.
PS: aos meus amigos verdadeiros deste e de outros micro-cosmos...
Acabei de escrever em outro tópico que o pessoal daqui é fixado em hardware, e vc mano velho nos presenteia com esta obra-prima.
Sugiro aos responsáveis pelo DB a criação de uma seção de editoriais, na página do site, para publicarem artigos de primeira grandeza dos foristas, como o acima.
"A reconquista da soberania perdida não restabelece o status quo."
Barão do Rio Branco
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Re: [Edit] F-X-2 agora é OFICIAL, confira a partir da Pg 310!
Agora é minha vez, respondi sutilmente "lá":Marino escreveu:
Acabei de escrever em outro tópico que o pessoal daqui é fixado em hardware, e vc mano velho nos presenteia com esta obra-prima.
Sugiro aos responsáveis pelo DB a criação de uma seção de editoriais, na página do site, para publicarem artigos de primeira grandeza dos foristas, como o acima.
Forte e enorme abraço, mano velho!!!
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Re: [Edit] F-X-2 agora é OFICIAL, confira a partir da Pg 310!
orestespf escreveu:QUAL O SIGNIFICADO DAS COMPRAS DOS CAÇAS PELO BRASIL?
Não é novidade alguma que o Brasil está comprando novos caças, não falo pelos fóruns e blogs da Internet populados por um sem número de entusiastas e até mesmo especialistas, mas falo sobre o interesse da imprensa e inclusive do público leigo. A frase anterior contém uma sutileza, que pode (ou não) explicar muito do que estamos vendo por aí, isto é, o que está sendo falado é que o Brasil, e não necessariamente a FAB, está comprando novos caças. Isto faz alguma diferença ou representa a mesma coisa? Faz diferença! Tanto que o(s) concorrente(s) faz(em) questão de frisar e apostar nestas diferenças, onde algum(ns) aposta(m) no nome da FAB e outro(s) em nome de uma política de Estado, que mal compreendida acaba restringida no nome do governo.
Existe preocupação externa com a compra de novos caças pela FAB? Claramente não, tanto que não há dúvidas que a mesma (FAB) carece de novos equipamentos, assim como praticamente todas as forças aéreas da AL. Mas que vê de fora não fala em aquisição de novos caças para a FAB, fala-se de novos caças para o Brasil armar sua Força Aérea e muito provavelmente a sua Marinha. Sutilezas que fazem muita diferença, principalmente por óticas frias oriundas além de nossas fronteiras. Perceber as sutilezas é ter a noção do que realmente pode está acontecendo...
As faces ruborizadas e as espumas nos cantos de bocas representam preocupações com pequenas forças armadas de um grande (fisicamente) país? Estou convencido que não... Esta pergunta poderia ser reformulada da seguinte forma: são as forças armadas brasileiras que se modernizam ou é o Estado brasileiro que parte para uma nova e grandiosa empreitada? Pois bem, é preciso compreender o xadrez para que as opiniões se formem a partir da compreensão do todo e não das partes; nem sempre o todo se forma a partir das partes unidas, só se houver fragmentação (daí o nome parte) inicialmente. Mas lamentavelmente, ou não, as políticas de Estado são feitas por quem ocupa cargos e/ou funções governamentais (o governo propriamente dito), então a olhos nus é razoável aceitar a má compreensão das evidências presentes, mas que, diga-se de passagem, serão as mesmas independentemente dos futuros governantes, caminhando-se assim para uma mudança global de posturas, apenas com nuances diferenciadas.
Esta nova empreitada brasileira se assemelha ao que o presidente venezuelano, Hugo Chavez, apresenta ao seu país e ao resto do mundo? Definitivamente não... Não houve ruptura alguma da Venezuela ao adotar equipamentos de origem oriental, não havia escolhas, ou se comprava dos russos (e/ou chineses, etc.) ou ficaria com suas forças armadas sucateada em definitivo; o resto é retórica populista de seu líder. Portanto não podemos ser comparado... O Brasil não faz uma corrida armamentista, não apenas moderniza seus meios e equipamentos bélicos, e acima de tudo não rompe ou se alia a ninguém. Pensar que o Brasil está rompendo com um aliado para se aliar a outro é ser muito precipitado ou querer fazer política de botequim. O Brasil não rompe com os EUA e nem se aproxima da França, o Brasil se revela como um país que quer ter sua própria identidade, identidade esta que não é diferente da adotada pelos EUA, França, Rússia, Inglaterra e muitos outros (grandes); então não somos tão diferentes assim de quem está no "topo" do mundo.
Durante anos o Brasil andou a reboque dos países maiores, seja no campo militar, seja no campo econômico, seja no campo social, seja em que campo for. Os motivos para isso são vários e não devem se restringir ao óbvio "sem personalidade", jamais, entre outros existe o problema relacionado a estrutura econômica, social, industrial, etc. que impediu governos e governantes de implementar uma política específica para o setor de defesa (veja, defesa e não de guerra).
Assim sendo, não se busca a ruptura com quem quer que seja, mas busca-se aproximação com aquele(s) que permita(m) ao Brasil ter sua autonomia sem ser questionado ao longo do tempo. Não há mais espaços para vender algo e não entregar, não há espaços para propor algo e não cumprir, não há espaço para vender gatos por lebre. Quem fizer isto estará sendo exposto formalmente no cenário internacional, de forma tal que os vários países que precisam igualmente se modernizar possam fazer escolhas outras, inclusive influindo na vida de várias empresas que existem mundo a fora. As consequências de nossas ações poderão ser catastróficas se não houver mudanças de posturas, a começar pela forma que se negocia (e não vende-se) armas e armamentos mundo a fora.
O papel do Brasil é relevante neste momento de definição de seu novo caça, vários países esperam ansiosamente esta definição, seja pelo ponto de vista do processo de compra (lisura, transparência, condução, etc.), seja pelo modelo/fabricante, seja pelo novo perfil que será configurado (inaugurado?) pelo País. Portanto não se trata de comprar um novo modelo de caça por mais um país, trata-se de uma série de significados que influirão no desenrolar de várias nações, através dos reflexos do que aqui ocorrer.
Assim sendo, qual o significado da compra dos caças pelo Brasil?
Um incrível reviravolta mundial que terá como pilar a simbologia adotada pelo Brasil, de forma tal que a amplitude dos resultados poderão (ou não) culminar em reflexos expressivos de uma nova geopolítica internacional, mas que serão sentidos apenas lá adiante e não agora.
A primeira leitura é que o Brasil não se alinha ao país que comprar seus equipamentos militares, será aliado de si mesmo. (Não é razoável que vários países busquem tal coisa?) Segundo que tal país, seja qual for, se interessa muito mais pelo processo brasileiro do que o contrário, pois se trata da própria sobrevivência de sua política de independência bélica/militar (se aplica a todos). Além do mais, não existe técnica mais simples e eficaz para se (re)conquistar o respeito do que aquela de aproximar da pessoa que lhe dê mais valor. Isto explica a inexistência de ruptura com algum(ns) país(es), apenas uma valorização do "seu eu".
Se o momento é propício para novas empreitadas (e não de rupturas), então que seja de forma simbólica, completa e inequívoca, paga-se pela ousadia sem temer derrotas e retaliações, afinal com isto já nos acostumamos ao longo de nossa história. Erros existirão, mas que se limitem apenas aos novos. Quando se troca uma irmã por outra é ruptura, ou é uma escolha acertada, ou ainda mudança de postura? Sair de uma cultura ocidental para outra ocidental é ruptura ou é menos agressivo do que partir para uma adoção de cultura ainda incompreendida? A compreensão disso explica muito do que não se convenceu até agora...
Definitivamente o Brasil não deseja mais definir seu campo de atuação/influência no cenário latino-americano, busca algo mais internacional, maior, se a sua altura/tamanho, só o tempo pra dizer. Isto é querer dar passos maiores que o tamanho das pernas ou é sair do já eterno berço esplêndido? Estas mudanças implicam em um Brasil imperialista? Não necessariamente, pois se investe em defesa e não pensando-se em guerra, diferença brutal que pode ser comprovada com os pensamentos, ações e atitudes de alguns países do oriente médio, por exemplo, que caminharam em direções opostas a que trilhamos atualmente.
Diante deste cenário abstrato, pergunto: qual a importância da Suécia diante dos interesses brasileiros? Qual a importância dos EUA? Qual a importância da França? Qual o significado em escolher um caça destas distintas origens? A importância reside no fato de fazer, simbolicamente ao menos, do Brasil um país muito diferente do que é no cenário geopolítico internacional. O Brasil busca sua independência nos equipamentos militares, sua autonomia para fazer o que bem entender, fortalecimento e independência de sua indústria bélica, autonomia tecnológica e um sinal claro que veio para ficar e delimitar seu território sem invadir o de terceiros. Qual dos três países (caças) melhor representa este momento?
A resposta franca para estas perguntas, e de fácil visualização e compreensão, demonstra a real capacidade de entendimento do processo global no qual o FX-2 está inserido e que não passa de uma singela peça (símbolo) deste xadrez internacional. Que cada um se convença sobre suas respostas (individuais), pois a resposta absoluta já foi colocada à mesa, restando apenas a consolidação do fato mais óbvio: o Brasil mudou, o mundo mudará e o símbolo desta mudança será a resposta concreta a todas as indagações, restando apenas a formalização.
Abraços cordiais.
PS: aos meus amigos verdadeiros deste e de outros micro-cosmos...
Como sempre um ótimo trabalho Orestes!!
Re: [Edit] F-X-2 agora é OFICIAL, confira a partir da Pg 310!
Orestes, bom texto. Faço alguns comentários e azul.
Abração, Benke
Abração, Benke
orestespf escreveu:QUAL O SIGNIFICADO DAS COMPRAS DOS CAÇAS PELO BRASIL?
Não é novidade alguma que o Brasil está comprando novos caças, não falo pelos fóruns e blogs da Internet populados por um sem número de entusiastas e até mesmo especialistas, mas falo sobre o interesse da imprensa e inclusive do público leigo. A frase anterior contém uma sutileza, que pode (ou não) explicar muito do que estamos vendo por aí, isto é, o que está sendo falado é que o Brasil, e não necessariamente a FAB, está comprando novos caças. Isto faz alguma diferença ou representa a mesma coisa? Faz diferença! Tanto que o(s) concorrente(s) faz(em) questão de frisar e apostar nestas diferenças, onde algum(ns) aposta(m) no nome da FAB e outro(s) em nome de uma política de Estado, que mal compreendida acaba restringida no nome do governo.
Existe preocupação externa com a compra de novos caças pela FAB? Claramente não, tanto que não há dúvidas que a mesma (FAB) carece de novos equipamentos, assim como praticamente todas as forças aéreas da AL. Mas que vê de fora não fala em aquisição de novos caças para a FAB, fala-se de novos caças para o Brasil armar sua Força Aérea e muito provavelmente a sua Marinha. Sutilezas que fazem muita diferença, principalmente por óticas frias oriundas além de nossas fronteiras. Perceber as sutilezas é ter a noção do que realmente pode está acontecendo...
As faces ruborizadas e as espumas nos cantos de bocas representam preocupações com pequenas forças armadas de um grande (fisicamente) país? Estou convencido que não... Esta pergunta poderia ser reformulada da seguinte forma: são as forças armadas brasileiras que se modernizam ou é o Estado brasileiro que parte para uma nova e grandiosa empreitada? Pois bem, é preciso compreender o xadrez para que as opiniões se formem a partir da compreensão do todo e não das partes; nem sempre o todo se forma a partir das partes unidas, só se houver fragmentação (daí o nome parte) inicialmente. Mas lamentavelmente, ou não, as políticas de Estado são feitas por quem ocupa cargos e/ou funções governamentais (o governo propriamente dito), então a olhos nus é razoável aceitar a má compreensão das evidências presentes, mas que, diga-se de passagem, serão as mesmas independentemente dos futuros governantes, caminhando-se assim para uma mudança global de posturas, apenas com nuances diferenciadas.
Por isso é imporatante ouvir o operador dos sistemas de armas.
Esta nova empreitada brasileira se assemelha ao que o presidente venezuelano, Hugo Chavez, apresenta ao seu país e ao resto do mundo? Definitivamente não... Não houve ruptura alguma da Venezuela ao adotar equipamentos de origem oriental, não havia escolhas, ou se comprava dos russos (e/ou chineses, etc.) ou ficaria com suas forças armadas sucateada em definitivo; o resto é retórica populista de seu líder. Portanto não podemos ser comparado... O Brasil não faz uma corrida armamentista, não apenas moderniza seus meios e equipamentos bélicos, e acima de tudo não rompe ou se alia a ninguém. Pensar que o Brasil está rompendo com um aliado para se aliar a outro é ser muito precipitado ou querer fazer política de botequim. O Brasil não rompe com os EUA e nem se aproxima da França, o Brasil se revela como um país que quer ter sua própria identidade, identidade esta que não é diferente da adotada pelos EUA, França, Rússia, Inglaterra e muitos outros (grandes); então não somos tão diferentes assim de quem está no "topo" do mundo.
E se torna dependente do frances, acho contraditório
Durante anos o Brasil andou a reboque dos países maiores, seja no campo militar, seja no campo econômico, seja no campo social, seja em que campo for. Os motivos para isso são vários e não devem se restringir ao óbvio "sem personalidade", jamais, entre outros existe o problema relacionado a estrutura econômica, social, industrial, etc. que impediu governos e governantes de implementar uma política específica para o setor de defesa (veja, defesa e não de guerra).
O EB e a FAB sempre procuraram a independência, dentro das limitações orçamentárias
Assim sendo, não se busca a ruptura com quem quer que seja, mas busca-se aproximação com aquele(s) que permita(m) ao Brasil ter sua autonomia sem ser questionado ao longo do tempo. Não há mais espaços para vender algo e não entregar, não há espaços para propor algo e não cumprir, não há espaço para vender gatos por lebre. Quem fizer isto estará sendo exposto formalmente no cenário internacional, de forma tal que os vários países que precisam igualmente se modernizar possam fazer escolhas outras, inclusive influindo na vida de várias empresas que existem mundo a fora. As consequências de nossas ações poderão ser catastróficas se não houver mudanças de posturas, a começar pela forma que se negocia (e não vende-se) armas e armamentos mundo a fora.
Para isso, fazemos como Fausto: vendemos nossa alma para um conhecido
O papel do Brasil é relevante neste momento de definição de seu novo caça, vários países esperam ansiosamente esta definição, seja pelo ponto de vista do processo de compra (lisura, transparência, condução, etc.), seja pelo modelo/fabricante, seja pelo novo perfil que será configurado (inaugurado?) pelo País. Portanto não se trata de comprar um novo modelo de caça por mais um país, trata-se de uma série de significados que influirão no desenrolar de várias nações, através dos reflexos do que aqui ocorrer.
Conte mais sobre essa visão geo estratégica
Assim sendo, qual o significado da compra dos caças pelo Brasil?
Um incrível reviravolta mundial que terá como pilar a simbologia adotada pelo Brasil, de forma tal que a amplitude dos resultados poderão (ou não) culminar em reflexos expressivos de uma nova geopolítica internacional, mas que serão sentidos apenas lá adiante e não agora.
Ainda não consigo ver... qua reflexos geopolíticos são esses
A primeira leitura é que o Brasil não se alinha ao país que comprar seus equipamentos militares, será aliado de si mesmo. (Não é razoável que vários países busquem tal coisa?) Segundo que tal país, seja qual for, se interessa muito mais pelo processo brasileiro do que o contrário, pois se trata da própria sobrevivência de sua política de independência bélica/militar (se aplica a todos). Além do mais, não existe técnica mais simples e eficaz para se (re)conquistar o respeito do que aquela de aproximar da pessoa que lhe dê mais valor. Isto explica a inexistência de ruptura com algum(ns) país(es), apenas uma valorização do "seu eu".
Sim. A MB com o subnuc, mas comprar caças de prateleira, com a possibilidade de virem mais M2000-9. Tá difícil seguir o raciocínio.
Se o momento é propício para novas empreitadas (e não de rupturas), então que seja de forma simbólica, completa e inequívoca, paga-se pela ousadia sem temer derrotas e retaliações, afinal com isto já nos acostumamos ao longo de nossa história. Erros existirão, mas que se limitem apenas aos novos. Quando se troca uma irmã por outra é ruptura, ou é uma escolha acertada, ou ainda mudança de postura? Sair de uma cultura ocidental para outra ocidental é ruptura ou é menos agressivo do que partir para uma adoção de cultura ainda incompreendida? A compreensão disso explica muito do que não se convenceu até agora...
É uma bela desculpa.
Definitivamente o Brasil não deseja mais definir seu campo de atuação/influência no cenário latino-americano, busca algo mais internacional, maior, se a sua altura/tamanho, só o tempo pra dizer. Isto é querer dar passos maiores que o tamanho das pernas ou é sair do já eterno berço esplêndido? Estas mudanças implicam em um Brasil imperialista? Não necessariamente, pois se investe em defesa e não pensando-se em guerra, diferença brutal que pode ser comprovada com os pensamentos, ações e atitudes de alguns países do oriente médio, por exemplo, que caminharam em direções opostas a que trilhamos atualmente.
Será?
Diante deste cenário abstrato, pergunto: qual a importância da Suécia diante dos interesses brasileiros? Qual a importância dos EUA? Qual a importância da França? Qual o significado em escolher um caça destas distintas origens? A importância reside no fato de fazer, simbolicamente ao menos, do Brasil um país muito diferente do que é no cenário geopolítico internacional. O Brasil busca sua independência nos equipamentos militares, sua autonomia para fazer o que bem entender, fortalecimento e independência de sua indústria bélica, autonomia tecnológica e um sinal claro que veio para ficar e delimitar seu território sem invadir o de terceiros. Qual dos três países (caças) melhor representa este momento?
Entendi, estamos comprando nossa independência.
Acho que a conta está ao redor de R$ 20 BI até o momento, só em defesa.
A resposta franca para estas perguntas, e de fácil visualização e compreensão, demonstra a real capacidade de entendimento do processo global no qual o FX-2 está inserido e que não passa de uma singela peça (símbolo) deste xadrez internacional. Que cada um se convença sobre suas respostas (individuais), pois a resposta absoluta já foi colocada à mesa, restando apenas a consolidação do fato mais óbvio: o Brasil mudou, o mundo mudará e o símbolo desta mudança será a resposta concreta a todas as indagações, restando apenas a formalização.
ALELUIA. Agora vamu que vamu para a nova dimensão. Ainda bem que os frabceses são confiáveis.
Abraços cordiais.
PS: aos meus amigos verdadeiros deste e de outros micro-cosmos...
Editado pela última vez por Benke em Dom Fev 28, 2010 3:53 pm, em um total de 1 vez.
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Re: [Edit] F-X-2 agora é OFICIAL, confira a partir da Pg 310!
Salve Orestes !orestespf escreveu:Amigo Kirk,kirk escreveu: TAMBÉM será um "upgrade" nos preços futuros como é o caso das integrações requeridas pela FAB?
Sds
kirk
onde apareceu escrito formalmente, seja por parte da FAB e/ou do governo, que existe restrições formais no que diz respeito a custos futuros? Desculpe-me, mas este é um mito criado pela SAAB, que nem os americanos seguiram (porque seria estúpido, e eles não são). Ainda aposta em tese em que não há hipótese para ser usada?
Abração,
Orestes
Claro que não deve haver restrições caso haja necessidade de eventuais UPs nos equipamentos, sobretudo de componentes que ainda não foram criados ... daí a "formalizar" um upgrade de preços de forma antecipada limitando integrações do equipamento adquirido à Força Aérea Brasileira é assinar atestado de burrice em minha opinião.
A FAB já deixou claro quais as suas necessidades de integração e somente um dos concorrentes, manifestou condicionantes de "custos futuros" a essas integrações, os demais, incluso Boeing, manifestaram seus preços fechados, já com as integrações requeridas.
Adivinha quem é esse concorrente ?
Sds
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“Quando encontrar um espadachim, saque da espada: não recite poemas para quem não é poeta”
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Re: [Edit] F-X-2 agora é OFICIAL, confira a partir da Pg 310!
Parabéns pelo texto colega. Quero aproveitar para pedir a todos que se comportem. Brasileiros que somos devemos estar habituados a aceitar diferentes opiniões e , quem não que ter suas idéias contrariadas, não participe de fóruns, pois é pra isso que eles servem, ouvir opiniões diferentes. Pra frente moçada que o futuro é nosso. Brasil!orestespf escreveu:QUAL O SIGNIFICADO DAS COMPRAS DOS CAÇAS PELO BRASIL?
Não é novidade alguma que o Brasil está comprando novos caças, não falo pelos fóruns e blogs da Internet populados por um sem número de entusiastas e até mesmo especialistas, mas falo sobre o interesse da imprensa e inclusive do público leigo. A frase anterior contém uma sutileza, que pode (ou não) explicar muito do que estamos vendo por aí, isto é, o que está sendo falado é que o Brasil, e não necessariamente a FAB, está comprando novos caças. Isto faz alguma diferença ou representa a mesma coisa? Faz diferença! Tanto que o(s) concorrente(s) faz(em) questão de frisar e apostar nestas diferenças, onde algum(ns) aposta(m) no nome da FAB e outro(s) em nome de uma política de Estado, que mal compreendida acaba restringida no nome do governo.
Existe preocupação externa com a compra de novos caças pela FAB? Claramente não, tanto que não há dúvidas que a mesma (FAB) carece de novos equipamentos, assim como praticamente todas as forças aéreas da AL. Mas que vê de fora não fala em aquisição de novos caças para a FAB, fala-se de novos caças para o Brasil armar sua Força Aérea e muito provavelmente a sua Marinha. Sutilezas que fazem muita diferença, principalmente por óticas frias oriundas além de nossas fronteiras. Perceber as sutilezas é ter a noção do que realmente pode está acontecendo...
As faces ruborizadas e as espumas nos cantos de bocas representam preocupações com pequenas forças armadas de um grande (fisicamente) país? Estou convencido que não... Esta pergunta poderia ser reformulada da seguinte forma: são as forças armadas brasileiras que se modernizam ou é o Estado brasileiro que parte para uma nova e grandiosa empreitada? Pois bem, é preciso compreender o xadrez para que as opiniões se formem a partir da compreensão do todo e não das partes; nem sempre o todo se forma a partir das partes unidas, só se houver fragmentação (daí o nome parte) inicialmente. Mas lamentavelmente, ou não, as políticas de Estado são feitas por quem ocupa cargos e/ou funções governamentais (o governo propriamente dito), então a olhos nus é razoável aceitar a má compreensão das evidências presentes, mas que, diga-se de passagem, serão as mesmas independentemente dos futuros governantes, caminhando-se assim para uma mudança global de posturas, apenas com nuances diferenciadas.
Esta nova empreitada brasileira se assemelha ao que o presidente venezuelano, Hugo Chavez, apresenta ao seu país e ao resto do mundo? Definitivamente não... Não houve ruptura alguma da Venezuela ao adotar equipamentos de origem oriental, não havia escolhas, ou se comprava dos russos (e/ou chineses, etc.) ou ficaria com suas forças armadas sucateada em definitivo; o resto é retórica populista de seu líder. Portanto não podemos ser comparado... O Brasil não faz uma corrida armamentista, não apenas moderniza seus meios e equipamentos bélicos, e acima de tudo não rompe ou se alia a ninguém. Pensar que o Brasil está rompendo com um aliado para se aliar a outro é ser muito precipitado ou querer fazer política de botequim. O Brasil não rompe com os EUA e nem se aproxima da França, o Brasil se revela como um país que quer ter sua própria identidade, identidade esta que não é diferente da adotada pelos EUA, França, Rússia, Inglaterra e muitos outros (grandes); então não somos tão diferentes assim de quem está no "topo" do mundo.
Durante anos o Brasil andou a reboque dos países maiores, seja no campo militar, seja no campo econômico, seja no campo social, seja em que campo for. Os motivos para isso são vários e não devem se restringir ao óbvio "sem personalidade", jamais, entre outros existe o problema relacionado a estrutura econômica, social, industrial, etc. que impediu governos e governantes de implementar uma política específica para o setor de defesa (veja, defesa e não de guerra).
Assim sendo, não se busca a ruptura com quem quer que seja, mas busca-se aproximação com aquele(s) que permita(m) ao Brasil ter sua autonomia sem ser questionado ao longo do tempo. Não há mais espaços para vender algo e não entregar, não há espaços para propor algo e não cumprir, não há espaço para vender gatos por lebre. Quem fizer isto estará sendo exposto formalmente no cenário internacional, de forma tal que os vários países que precisam igualmente se modernizar possam fazer escolhas outras, inclusive influindo na vida de várias empresas que existem mundo a fora. As consequências de nossas ações poderão ser catastróficas se não houver mudanças de posturas, a começar pela forma que se negocia (e não vende-se) armas e armamentos mundo a fora.
O papel do Brasil é relevante neste momento de definição de seu novo caça, vários países esperam ansiosamente esta definição, seja pelo ponto de vista do processo de compra (lisura, transparência, condução, etc.), seja pelo modelo/fabricante, seja pelo novo perfil que será configurado (inaugurado?) pelo País. Portanto não se trata de comprar um novo modelo de caça por mais um país, trata-se de uma série de significados que influirão no desenrolar de várias nações, através dos reflexos do que aqui ocorrer.
Assim sendo, qual o significado da compra dos caças pelo Brasil?
Um incrível reviravolta mundial que terá como pilar a simbologia adotada pelo Brasil, de forma tal que a amplitude dos resultados poderão (ou não) culminar em reflexos expressivos de uma nova geopolítica internacional, mas que serão sentidos apenas lá adiante e não agora.
A primeira leitura é que o Brasil não se alinha ao país que comprar seus equipamentos militares, será aliado de si mesmo. (Não é razoável que vários países busquem tal coisa?) Segundo que tal país, seja qual for, se interessa muito mais pelo processo brasileiro do que o contrário, pois se trata da própria sobrevivência de sua política de independência bélica/militar (se aplica a todos). Além do mais, não existe técnica mais simples e eficaz para se (re)conquistar o respeito do que aquela de aproximar da pessoa que lhe dê mais valor. Isto explica a inexistência de ruptura com algum(ns) país(es), apenas uma valorização do "seu eu".
Se o momento é propício para novas empreitadas (e não de rupturas), então que seja de forma simbólica, completa e inequívoca, paga-se pela ousadia sem temer derrotas e retaliações, afinal com isto já nos acostumamos ao longo de nossa história. Erros existirão, mas que se limitem apenas aos novos. Quando se troca uma irmã por outra é ruptura, ou é uma escolha acertada, ou ainda mudança de postura? Sair de uma cultura ocidental para outra ocidental é ruptura ou é menos agressivo do que partir para uma adoção de cultura ainda incompreendida? A compreensão disso explica muito do que não se convenceu até agora...
Definitivamente o Brasil não deseja mais definir seu campo de atuação/influência no cenário latino-americano, busca algo mais internacional, maior, se a sua altura/tamanho, só o tempo pra dizer. Isto é querer dar passos maiores que o tamanho das pernas ou é sair do já eterno berço esplêndido? Estas mudanças implicam em um Brasil imperialista? Não necessariamente, pois se investe em defesa e não pensando-se em guerra, diferença brutal que pode ser comprovada com os pensamentos, ações e atitudes de alguns países do oriente médio, por exemplo, que caminharam em direções opostas a que trilhamos atualmente.
Diante deste cenário abstrato, pergunto: qual a importância da Suécia diante dos interesses brasileiros? Qual a importância dos EUA? Qual a importância da França? Qual o significado em escolher um caça destas distintas origens? A importância reside no fato de fazer, simbolicamente ao menos, do Brasil um país muito diferente do que é no cenário geopolítico internacional. O Brasil busca sua independência nos equipamentos militares, sua autonomia para fazer o que bem entender, fortalecimento e independência de sua indústria bélica, autonomia tecnológica e um sinal claro que veio para ficar e delimitar seu território sem invadir o de terceiros. Qual dos três países (caças) melhor representa este momento?
A resposta franca para estas perguntas, e de fácil visualização e compreensão, demonstra a real capacidade de entendimento do processo global no qual o FX-2 está inserido e que não passa de uma singela peça (símbolo) deste xadrez internacional. Que cada um se convença sobre suas respostas (individuais), pois a resposta absoluta já foi colocada à mesa, restando apenas a consolidação do fato mais óbvio: o Brasil mudou, o mundo mudará e o símbolo desta mudança será a resposta concreta a todas as indagações, restando apenas a formalização.
Abraços cordiais.
PS: aos meus amigos verdadeiros deste e de outros micro-cosmos...
Não é nada meu. Não é nada meu. Excelência eu não tenho nada, isso é tudo de amigos meus.
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Re: [Edit] F-X-2 agora é OFICIAL, confira a partir da Pg 310!
Obrigadão, Franco!!!Francoorp escreveu: Como sempre um ótimo trabalho Orestes!!
Re: [Edit] F-X-2 agora é OFICIAL, confira a partir da Pg 310!
Vamos ver se as pessoas por aqui param de pensar como consumidores de produtos baratinhos, e que Estados Soberanos levem esse tipo de lógica acéfala quando compram material bélico. A decisão de qual protudo comprar e seu preço é a última a ser tomada, depois que todas as outras considerações feitas a respeito do que se pode comprar.orestespf escreveu:QUAL O SIGNIFICADO DAS COMPRAS DOS CAÇAS PELO BRASIL?
Não é novidade alguma que o Brasil está comprando novos caças, não falo pelos fóruns e blogs da Internet populados por um sem número de entusiastas e até mesmo especialistas, mas falo sobre o interesse da imprensa e inclusive do público leigo. A frase anterior contém uma sutileza, que pode (ou não) explicar muito do que estamos vendo por aí, isto é, o que está sendo falado é que o Brasil, e não necessariamente a FAB, está comprando novos caças. Isto faz alguma diferença ou representa a mesma coisa? Faz diferença! Tanto que o(s) concorrente(s) faz(em) questão de frisar e apostar nestas diferenças, onde algum(ns) aposta(m) no nome da FAB e outro(s) em nome de uma política de Estado, que mal compreendida acaba restringida no nome do governo.
provavelmente a sua Marinha. Sutilezas que fazem muita diferença, principalmente por óticas frias oriundas além de nossas fronteiras. Perceber as sutilezas é ter a noção do que realmente pode está acontecendo..........
Abraços cordiais.
PS: aos meus amigos verdadeiros deste e de outros micro-cosmos...
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Re: [Edit] F-X-2 agora é OFICIAL, confira a partir da Pg 310!
Existem textos que surgem como uma brisa fresca por dentre uma atmosfera sufocante...Parabéns mano velho! Oxalá os dias vindouros tragam a paz que as idéias merecem! Saravá!orestespf escreveu:QUAL O SIGNIFICADO DAS COMPRAS DOS CAÇAS PELO BRASIL?
Não é novidade alguma que o Brasil está comprando novos caças, não falo pelos fóruns e blogs da Internet populados por um sem número de entusiastas e até mesmo especialistas, mas falo sobre o interesse da imprensa e inclusive do público leigo. A frase anterior contém uma sutileza, que pode (ou não) explicar muito do que estamos vendo por aí, isto é, o que está sendo falado é que o Brasil, e não necessariamente a FAB, está comprando novos caças. Isto faz alguma diferença ou representa a mesma coisa? Faz diferença! Tanto que o(s) concorrente(s) faz(em) questão de frisar e apostar nestas diferenças, onde algum(ns) aposta(m) no nome da FAB e outro(s) em nome de uma política de Estado, que mal compreendida acaba restringida no nome do governo.
Existe preocupação externa com a compra de novos caças pela FAB? Claramente não, tanto que não há dúvidas que a mesma (FAB) carece de novos equipamentos, assim como praticamente todas as forças aéreas da AL. Mas que vê de fora não fala em aquisição de novos caças para a FAB, fala-se de novos caças para o Brasil armar sua Força Aérea e muito provavelmente a sua Marinha. Sutilezas que fazem muita diferença, principalmente por óticas frias oriundas além de nossas fronteiras. Perceber as sutilezas é ter a noção do que realmente pode está acontecendo...
As faces ruborizadas e as espumas nos cantos de bocas representam preocupações com pequenas forças armadas de um grande (fisicamente) país? Estou convencido que não... Esta pergunta poderia ser reformulada da seguinte forma: são as forças armadas brasileiras que se modernizam ou é o Estado brasileiro que parte para uma nova e grandiosa empreitada? Pois bem, é preciso compreender o xadrez para que as opiniões se formem a partir da compreensão do todo e não das partes; nem sempre o todo se forma a partir das partes unidas, só se houver fragmentação (daí o nome parte) inicialmente. Mas lamentavelmente, ou não, as políticas de Estado são feitas por quem ocupa cargos e/ou funções governamentais (o governo propriamente dito), então a olhos nus é razoável aceitar a má compreensão das evidências presentes, mas que, diga-se de passagem, serão as mesmas independentemente dos futuros governantes, caminhando-se assim para uma mudança global de posturas, apenas com nuances diferenciadas.
Esta nova empreitada brasileira se assemelha ao que o presidente venezuelano, Hugo Chavez, apresenta ao seu país e ao resto do mundo? Definitivamente não... Não houve ruptura alguma da Venezuela ao adotar equipamentos de origem oriental, não havia escolhas, ou se comprava dos russos (e/ou chineses, etc.) ou ficaria com suas forças armadas sucateada em definitivo; o resto é retórica populista de seu líder. Portanto não podemos ser comparado... O Brasil não faz uma corrida armamentista, não apenas moderniza seus meios e equipamentos bélicos, e acima de tudo não rompe ou se alia a ninguém. Pensar que o Brasil está rompendo com um aliado para se aliar a outro é ser muito precipitado ou querer fazer política de botequim. O Brasil não rompe com os EUA e nem se aproxima da França, o Brasil se revela como um país que quer ter sua própria identidade, identidade esta que não é diferente da adotada pelos EUA, França, Rússia, Inglaterra e muitos outros (grandes); então não somos tão diferentes assim de quem está no "topo" do mundo.
Durante anos o Brasil andou a reboque dos países maiores, seja no campo militar, seja no campo econômico, seja no campo social, seja em que campo for. Os motivos para isso são vários e não devem se restringir ao óbvio "sem personalidade", jamais, entre outros existe o problema relacionado a estrutura econômica, social, industrial, etc. que impediu governos e governantes de implementar uma política específica para o setor de defesa (veja, defesa e não de guerra).
Assim sendo, não se busca a ruptura com quem quer que seja, mas busca-se aproximação com aquele(s) que permita(m) ao Brasil ter sua autonomia sem ser questionado ao longo do tempo. Não há mais espaços para vender algo e não entregar, não há espaços para propor algo e não cumprir, não há espaço para vender gatos por lebre. Quem fizer isto estará sendo exposto formalmente no cenário internacional, de forma tal que os vários países que precisam igualmente se modernizar possam fazer escolhas outras, inclusive influindo na vida de várias empresas que existem mundo a fora. As consequências de nossas ações poderão ser catastróficas se não houver mudanças de posturas, a começar pela forma que se negocia (e não vende-se) armas e armamentos mundo a fora.
O papel do Brasil é relevante neste momento de definição de seu novo caça, vários países esperam ansiosamente esta definição, seja pelo ponto de vista do processo de compra (lisura, transparência, condução, etc.), seja pelo modelo/fabricante, seja pelo novo perfil que será configurado (inaugurado?) pelo País. Portanto não se trata de comprar um novo modelo de caça por mais um país, trata-se de uma série de significados que influirão no desenrolar de várias nações, através dos reflexos do que aqui ocorrer.
Assim sendo, qual o significado da compra dos caças pelo Brasil?
Um incrível reviravolta mundial que terá como pilar a simbologia adotada pelo Brasil, de forma tal que a amplitude dos resultados poderão (ou não) culminar em reflexos expressivos de uma nova geopolítica internacional, mas que serão sentidos apenas lá adiante e não agora.
A primeira leitura é que o Brasil não se alinha ao país que comprar seus equipamentos militares, será aliado de si mesmo. (Não é razoável que vários países busquem tal coisa?) Segundo que tal país, seja qual for, se interessa muito mais pelo processo brasileiro do que o contrário, pois se trata da própria sobrevivência de sua política de independência bélica/militar (se aplica a todos). Além do mais, não existe técnica mais simples e eficaz para se (re)conquistar o respeito do que aquela de aproximar da pessoa que lhe dê mais valor. Isto explica a inexistência de ruptura com algum(ns) país(es), apenas uma valorização do "seu eu".
Se o momento é propício para novas empreitadas (e não de rupturas), então que seja de forma simbólica, completa e inequívoca, paga-se pela ousadia sem temer derrotas e retaliações, afinal com isto já nos acostumamos ao longo de nossa história. Erros existirão, mas que se limitem apenas aos novos. Quando se troca uma irmã por outra é ruptura, ou é uma escolha acertada, ou ainda mudança de postura? Sair de uma cultura ocidental para outra ocidental é ruptura ou é menos agressivo do que partir para uma adoção de cultura ainda incompreendida? A compreensão disso explica muito do que não se convenceu até agora...
Definitivamente o Brasil não deseja mais definir seu campo de atuação/influência no cenário latino-americano, busca algo mais internacional, maior, se a sua altura/tamanho, só o tempo pra dizer. Isto é querer dar passos maiores que o tamanho das pernas ou é sair do já eterno berço esplêndido? Estas mudanças implicam em um Brasil imperialista? Não necessariamente, pois se investe em defesa e não pensando-se em guerra, diferença brutal que pode ser comprovada com os pensamentos, ações e atitudes de alguns países do oriente médio, por exemplo, que caminharam em direções opostas a que trilhamos atualmente.
Diante deste cenário abstrato, pergunto: qual a importância da Suécia diante dos interesses brasileiros? Qual a importância dos EUA? Qual a importância da França? Qual o significado em escolher um caça destas distintas origens? A importância reside no fato de fazer, simbolicamente ao menos, do Brasil um país muito diferente do que é no cenário geopolítico internacional. O Brasil busca sua independência nos equipamentos militares, sua autonomia para fazer o que bem entender, fortalecimento e independência de sua indústria bélica, autonomia tecnológica e um sinal claro que veio para ficar e delimitar seu território sem invadir o de terceiros. Qual dos três países (caças) melhor representa este momento?
A resposta franca para estas perguntas, e de fácil visualização e compreensão, demonstra a real capacidade de entendimento do processo global no qual o FX-2 está inserido e que não passa de uma singela peça (símbolo) deste xadrez internacional. Que cada um se convença sobre suas respostas (individuais), pois a resposta absoluta já foi colocada à mesa, restando apenas a consolidação do fato mais óbvio: o Brasil mudou, o mundo mudará e o símbolo desta mudança será a resposta concreta a todas as indagações, restando apenas a formalização.
Abraços cordiais.
PS: aos meus amigos verdadeiros deste e de outros micro-cosmos...