Irã tem como se defender de Israel?

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Re: Irã tem como se defender de Israel?

#1801 Mensagem por FOXTROT » Ter Fev 23, 2010 8:53 am

terra.com.br

Ataque às instalações nucleares não deterá Irã, diz Mullen
22 de fevereiro de 2010

O chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas dos Estados Unidos, almirante Michael Mullen, disse nesta segunda-feira que um ataque contra as instalações nucleares no Irã não deteria o programa atômico desse país.

Em entrevista coletiva no Pentágono, o militar americano afirmou que por isso é partidário de insistir nas pressões diplomáticas e econômicas sobre o Irã. "Nenhum ataque, não importa quão efetivo, será por si só decisivo", disse.

Mullen ressaltou que antes manifestou sua preocupação sobre "as consequências não previstas de qualquer tipo de ação militar". "Por enquanto, os meios econômicos e diplomáticos são e deveriam ser os primeiros que a serem aplicados", disse.

Os Estados Unidos revelaram nesta segunda-feira que o Irã projeta construir duas plantas de enriquecimento de urânio no que Philip Crowley, porta-voz do Departamento de Estado, classificou como "uma prova mais" que esse país se nega a cooperar com a comunidade internacional.

Crowley acrescentou que os Estados Unidos e outras potências consideram sanções contra o Irã e que Washington apresentará propostas específicas às Nações Unidas durante as próximas semanas. Como disse aos jornalistas Robert Gibbs, porta-voz da Casa Branca, o presidente Barack Obama e outros governantes "deixaram claro que sem uma mudança de conduta o Governo iraniano enfrenta consequências necessárias".




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Re: Irã tem como se defender de Israel?

#1802 Mensagem por FOXTROT » Ter Fev 23, 2010 11:25 am

terra.com.br

Para o Irã, se atacados, países da região acabam co Israel
23 de fevereiro de 2010

O presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, afirmou nesta terça que os países da região acabariam com Israel no caso de este país reiniciar uma ação militar.

Segundo a agência semi-oficial iraniana Fars, Ahmadinejad fez esta declaração durante um discurso que ofereceu diante de um grupo em Biryand da província iraniana de Khorasan no leste do Irã.

Na opinião do líder iraniano, alguns países estão provocando Israel para que ataquem aos seus vizinhos.

"Mantive contatos com os líderes dos países vizinhos do regime sionista e os adverti para ficarem atentos", afirmou.

Além disso, Ahmadinejad disse que "insistiu aos líderes destes países a estarem preparados para acabar com o regime sionista em caso que este volte a cometer erros".

"Se o regime cometer algo contra a Jordânia, Síria, Líbano, Egito, Palestina ou contra outros países da região, os povos da região acabaram com este odiado regime", acrescentou.




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Re: Irã tem como se defender de Israel?

#1803 Mensagem por FOXTROT » Qui Fev 25, 2010 10:53 am

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ia e Irã reiteram boas relações, apesar de EUA
25 de fevereiro de 2010

O presidente sírio, Bashar al-Assad, e seu colega iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, reiteraram hoje em Damasco que a relação entre seus países continuará "forte e intacta", apesar dos "conselhos" dos Estados Unidos para que a Síria se distancie do Irã.
"Esperamos que não nos deem conselhos ou lições sobre nossa região ou nossa história porque sabemos mais do que eles", disse al-Assad, em entrevista coletiva conjunta após a assinatura de um acordo para suprimir os vistos de viagem entre os dois países.

Al-Assad respondia assim a um pedido da secretária de Estado americana, Hillary Clinton, que tinha pedido a Damasco que se distanciasse de Teerã.

"Nossa resposta a esse pedido é que hoje assinamos um acordo entre os dois países para abolir os vistos de entrada", disse o presidente sírio.

Além disso, Al-Assad se perguntou "como podem falar (os políticos americanos) de estabilidade e paz na região ao mesmo tempo que pedem distância entre os Estados da região".

Ahmadinejad, por sua vez, garantiu que não existia separação alguma entre os dois países e pediu aos Estados Unidos que parasse de interferir nos assuntos da região e que a deixasse.

"Ninguém pediu (a Hillary Clinton) para que expressasse suas opiniões sobre os assuntos da região. Os esforços de Washington para impor sua hegemonia na região chegaram a um beco sem saída e a um estado de frustração. Por isso, eles devem ir embora e nos livrar de seu mal", disse.

Ahmadinejad também insistiu que tinha acabado "o tempo no qual eles (os EUA) emitiam ordens à distância. Agora os povos governam a região".

O presidente iraniano afirmou que estava se formando no Oriente Médio uma coalizão de países contra a hegemonia externa. "Existe uma harmonia entre Síria, Irã e Turquia e, se Deus quiser, o Iraque se unirá a ela. Essa harmonia combate a hegemonia imposta na região", disse Ahmadinejad.

O líder iraniano, advertiu de novo a Israel e insistiu que um eventual ataque contra a Síria resultaria no fim de Israel.

"Se a entidade sionista (Israel) repetir os ataques do passado, isso significará sua expulsão. Se continuarem pelo caminho errado, não encontrarão lugar na região", ressaltou Ahmadinejad.

Além disso, caso ecloda uma guerra entre Israel e Síria ou o Líbano, disse que "todos os povos da região se alinharão contra o inimigo sionista".

A visita de Ahmadinejad, que durará algumas horas, coincide com uma renovada aproximação entre Damasco e Washington. Os EUA não escondem o desejo de que a Síria se afaste do Irã, principal aliado de Damasco na região.




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Re: Irã tem como se defender de Israel?

#1804 Mensagem por kurgan » Sex Fev 26, 2010 8:01 pm

26/02/2010 - 18h46
Nos EUA, Barak sinaliza autonomia de Israel contra o Irã

Por Dan Williams

WASHINGTON (Reuters) - A perspectiva de Israel a respeito do programa nuclear iraniano difere da dos EUA, e os dois podem divergir sobre que ação tomar, disse na sexta-feira o ministro israelense da Defesa, Ehud Barak.

A influência de Washington sobre seu aliado do Oriente Médio foi posta em dúvida depois das ameaças veladas do Estado judeu de atacar o Irã preventivamente se a diplomacia internacional não convencer a República Islâmica a abandonar seu processo de enriquecimento de urânio.

Israel e os governos ocidentais temem que essa atividade leve ao desenvolvimento de armas nucleares, intenção que Teerã garante não ter.

Os Estados Unidos afirmaram nesta semana que não querem fazer mal ao povo iraniano com sanções "paralisantes" contra o setor energético do país, medidas que o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, descreveu como sendo a única solução diplomática viável.

"É claro que há certa diferença na perspectiva e uma diferença na avaliação e uma diferença no relógio interno, uma diferença de capacidades", disse Barak no Instituto para a Política do Oriente Próximo, em Washington, quando questionado sobre as discussões entre Israel e EUA a respeito do Irã.

"Não acho que haja uma necessidade de coordenação a esse respeito. Deve haver uma compreensão sobre a troca de opiniões, mas não precisamos coordenar tudo", disse Barak, que foi a Washington para discussões estratégicas.

Centrista dentro de uma coalizão dominada pela direita, Barak reiterou o argumento israelense de que uma bomba atômica iraniana iria desestabilizar toda a região e provocar uma corrida armamentista, além de estimular guerrilhas islâmicas patrocinadas por Teerã.

"Provavelmente, deste canto do mundo, (o programa iraniano) não muda o roteiro dramaticamente", disse ele, em inglês. "De uma distância mais próxima, em Israel, parece um ponto de virada para toda a ordem regional, com consequências bastante garantidas para o mundo como um todo."

Embora tenha minimizado o risco de que o Irã tente varrer Israel do mapa com um ataque nuclear, Barak pediu aos Estados Unidos e a outras potências que mantenham "todas as opções sobre a mesa", inclusive a força preventiva.

Israel bombardeou um reator nuclear do Iraque em 1981 e um da Síria em 2007. Muitos analistas acreditam, no entanto, que o país não teria condições de impor um dano duradouro às instalações nucleares iranianas, que são numerosas, distantes e bem defendidas.

Mas Barak sinalizou a disposição israelense de eventualmente agir por conta própria, ao dizer: "Sentimo-nos muito orgulhosos de nunca termos pedido aos norte-americanos que viessem lutar conosco. Basicamente, para parafrasear Churchill, dissemos: 'Deem-nos as ferramentas, e faremos o trabalho'".

Ele elogiou o governo de Barack Obama por fazer "o máximo esforço" para resolver diplomaticamente o impasse com o Irã.

Manifestando sua relutância com uma nova guerra no Oriente Médio, os EUA reforçaram seu apoio às defesas estratégicas israelenses, o que levou alguns analistas a especularem que Israel, supostamente dono do único arsenal atômico da região, acabaria tendo de aderir a uma política de "contenção" do Irã, conforme quer Washington.

http://noticias.uol.com.br/ultimas-noti ... o-ira.jhtm




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Re: Irã tem como se defender de Israel?

#1805 Mensagem por WalterGaudério » Sex Fev 26, 2010 8:18 pm

kurgan escreveu:26/02/2010 - 18h46
Nos EUA, Barak sinaliza autonomia de Israel contra o Irã

Por Dan Williams

WASHINGTON (Reuters) - A perspectiva de Israel a respeito do programa nuclear iraniano difere da dos EUA, e os dois podem divergir sobre que ação tomar, disse na sexta-feira o ministro israelense da Defesa, Ehud Barak.

A influência de Washington sobre seu aliado do Oriente Médio foi posta em dúvida depois das ameaças veladas do Estado judeu de atacar o Irã preventivamente se a diplomacia internacional não convencer a República Islâmica a abandonar seu processo de enriquecimento de urânio.



Mas Barak sinalizou a disposição israelense de eventualmente agir por conta própria, ao dizer: "Sentimo-nos muito orgulhosos de nunca termos pedido aos norte-americanos que viessem lutar conosco. Basicamente, para parafrasear Churchill, dissemos: 'Deem-nos as ferramentas, e faremos o trabalho'".


Manifestando sua relutância com uma nova guerra no Oriente Médio, os EUA reforçaram seu apoio às defesas estratégicas israelenses, o que levou alguns analistas a especularem que Israel, supostamente dono do único arsenal atômico da região, acabaria tendo de aderir a uma política de "contenção" do Irã, conforme quer Washington.

http://noticias.uol.com.br/ultimas-noti ... o-ira.jhtm

Bagual, não tem jeito, o bom mesmo seria, simultâneamente um ataque ao Irã(matando todo a cúpula radical islâmica) e tb um ataque contra a Síria matando o all-assad.




Só há 2 tipos de navios: os submarinos e os alvos...

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Re: Irã tem como se defender de Israel?

#1806 Mensagem por FOXTROT » Sex Fev 26, 2010 10:54 pm

Um ataque aos radicais do outro lado do muro não seria bom?




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Re: Irã tem como se defender de Israel?

#1807 Mensagem por WalterGaudério » Sex Fev 26, 2010 11:03 pm

FOXTROT escreveu:Um ataque aos radicais do outro lado do muro não seria bom?
Vc está dizendo quem? os palestinos, ou o(por exemplo) o Avigdor Lieberman?




Só há 2 tipos de navios: os submarinos e os alvos...

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Re: Irã tem como se defender de Israel?

#1808 Mensagem por suntsé » Sex Fev 26, 2010 11:05 pm

FOXTROT escreveu:Um ataque aos radicais do outro lado do muro não seria bom?
A verdade é que estes àrabes, Judeus e Americanos se merecem...... Tomara que fiquem mum bom tempo brincando de gato e rato....

Porque quando o Império ficar desocupado, concerteza viram para sima de nós latinos Americanos.




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Re: Irã tem como se defender de Israel?

#1809 Mensagem por FOXTROT » Sex Fev 26, 2010 11:32 pm

WalterGaudério escreveu:
FOXTROT escreveu:Um ataque aos radicais do outro lado do muro não seria bom?
Vc está dizendo quem? os palestinos, ou o(por exemplo) o Avigdor Lieberman?
Me refiro a turma deste que chamam de Avigdor Lieberman, porém, não vamos creditar toda a culpa a ele, existem muitos outros como ele no comando Israelense.




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Re: Irã tem como se defender de Israel?

#1810 Mensagem por Ilya Ehrenburg » Sáb Fev 27, 2010 12:51 am

suntsé escreveu:
FOXTROT escreveu:Um ataque aos radicais do outro lado do muro não seria bom?
A verdade é que estes àrabes, Judeus e Americanos se merecem...... Tomara que fiquem mum bom tempo brincando de gato e rato....

Porque quando o Império ficar desocupado, concerteza viram para sima de nós latinos Americanos.
Ora, ora... Palavras vermelhas de Darth Vader.
Quem diria.




Não se tem razão quando se diz que o tempo cura tudo: de repente, as velhas dores tornam-se lancinantes e só morrem com o homem.
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Uma pena incansável e combatente, contra as hordas imperialistas, sanguinárias e assassinas!
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Re: Irã tem como se defender de Israel?

#1811 Mensagem por FOXTROT » Seg Mar 01, 2010 8:51 am

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Israel é a origem das guerras e terrorismo, diz Ahmadinejad
28 de fevereiro de 2010

O presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, voltou neste domingo a fazer acusações contra Israel ao afirmar que "o regime sionista é a origem de todas as guerras, do terrorismo, do genocídio e dos crimes contra a humanidade", grupo que acusou de "racista e que não respeita os princípios humanos".

Em discurso pelo fechamento dos dias de apoio à causa palestina realizado neste fim de semana em Teerã, o líder assinalou que a "missão da entidade sionista é ameaçar, propagar a violência e tocar os tambores de guerra".

Em declarações dadas à agência estatal de notícias Irna, Ahmadinejad ressaltou que é sabido que Israel "procura a hegemonia no mundo" e assinalou que "aqueles que apóiam aos sionistas, são os mesmos que gritam palavras de ordem em favor dos direitos humanos e contra ao terrorismo, mas apoiam de forma sistemática os crimes de um regime ocupante".

"Os sionistas não pertencem a nenhuma religião. E mais, estão contra dos Profetas", acrescentou o líder. Neste fim de semana, o Irã celebrou sua tradicional conferência sobre a solidariedade islâmica e nacional para o futuro da Palestina, à qual assistiram líderes palestinos como Khaled Mashaal, chefe do escritório político do movimento de Resistência Hamas e o secretário-geral da Jihad Islâmica Palestina, Ramadan Abdullah.




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Re: Irã tem como se defender de Israel?

#1812 Mensagem por marcelo l. » Seg Mar 01, 2010 7:37 pm

http://maierovitch.blog.terra.com.br/

Pena de morte: mais de uma pessoa por dia é enforcada no Irã


Delara Darabi, 23 anos, condenada à pena de morte e enforcada no Irã.

A nova estação começa na Europa com o tradicional encontro chamado Primavera dos Direitos das Pessoas.

O encontro dura dez dias. Começou ontem, 22 de fevereiro, na cidade de Bari, sul da Itália.

A “Iran Human Rights” apresentou um relatório impressionante sobre as execuções capitais no Irã.

Essa organização de direitos humanos opera uma network com ativistas que residem no Irã e no exterior: o governo do presidente Ahmadinejad contratou a finlandesa Nokia, a peso de ouro, para elaborar um sistema de bloqueio de mensagens eletrônicas. O sistema já está em operação. Uma das metas é impedir a divulgação de desrespeitos a direitos humanos.

No ano de 2009 foram enforcados 402 iranianos. Um aumento de cerca de 20% em comparação ao ano de 2008, quando se consumaram 336 execuções.

Dentre os enforcados em 2009 estão 13 mulheres e quatro menores de 18 anos.

Em duas matérias exclusivas, este blog Sem Fronteiras de Terra Magazine noticiou o desespero e o enforcamento de Delara Darabi, de 23 anos.

http://maierovitch.blog.terra.com.br/20 ... de-delara/

http://maierovitch.blog.terra.com.br/20 ... ca-do-ira/


No ano de 2009, o regime iraniano enforcou mais de uma pessoa por dia.

As execuções são públicas com o objetivo, segundo o sistema do Estado teocrático iraniano, de servir de exemplo e inibir os maus.

Para o porta-voz da Iran Human Rights, Amiry-Moghaddam, o regime iraniano emprega a pena de morte para mostrar a sua força e difundir o medo.

Os ativistas iranianos chamam a atenção para um grande número de executados por oposição política ao regime. Eles foram acusados de participação nos protestos de junho, contra a reeleição do presidente Mahmoud Ahmadinejad. Para exemplificar, os ativistas de direitos humanos citam o aumento de enforcamentos ocorridos em julho: 94 execuções.



Para o presidente Ahmadinejad, os que protestam são “inimigos de Deus”. Essa é a palavra-chave para imposição de pena capital, em farsas processuais, sem amplo direito de defesa. Assim, os inimigos do regime passam a ser merecedores da pena de morte.

Em 22 dezembro de 2009, segundo os ativistas, mais de 1.500 moradores da cidade de Sirjan rebelaram-se contra os enforcamentos, em processos sumários, sem direito de defesa. Os moradores impediram os enforcamentos de dois iranianos e o “carrasco” sofreu agressões físicas.

PANO RÁPIDO. O Irã e a China são os que mais impõem e executam penas capitais. Os dois países não assinaram o termo de moratória das Nações Unidas referente à suspensão de todas as sentenças impositivas de pena de morte até a elaboração, pelos Estados-membros, de uma convenção.




"If the people who marched actually voted, we wouldn’t have to march in the first place".
"(Poor) countries are poor because those who have power make choices that create poverty".
ubi solitudinem faciunt pacem appellant
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Re: Irã tem como se defender de Israel?

#1813 Mensagem por rodrigo » Ter Mar 02, 2010 11:44 am

Os ativistas iranianos chamam a atenção para um grande número de executados por oposição política ao regime.
Esse é o problema. Se enforcassem só traficantes e homicidas, só o pessoal dos direitos dos manos ia reclamar.




"O correr da vida embrulha tudo,
a vida é assim: esquenta e esfria,
aperta e daí afrouxa,
sossega e depois desinquieta.
O que ela quer da gente é coragem."

João Guimarães Rosa
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Re: Irã tem como se defender de Israel?

#1814 Mensagem por FOXTROT » Ter Mar 02, 2010 6:13 pm

Site revista asas

Irã vai testar nova bomba guiada por laser
(Da redação, 2 de março de 2010)
Na tarde de ontem um oficial da Força Aérea do Irã declarou que o país deverá testar em breve uma nova bomba de precisão de 907kg, a Qassed-2 (mensageiro). Preocupada com o aumento da presença norte-americana na região e também de eventuais conflitos contra Israel, Teerã moveu esforços nos últimos anos para o desenvolvimento de novos e mais modernos armamentos.
Em 2006 o Irã testou pela primeira vez a bomba Qassed, também de 907kg, durante o gigantesco exercício militar “Blow of Zolfagar”. Um ano mais tarde a bomba começou a ser produzida em massa e foi entregue para alguns esquadrões de caça. Agora, o país pretende testar uma versão mais aperfeiçoada, a Qassed-2. “Ela possui maior alcance, é mais precisa que a versão anterior e possui maior poder de explosão”, declarou o general Hassan Shahsafi, comandante chefe da Força Aérea do Irã.
O vídeo abaixo mostra a Qassed-1, que pode ser empregada à partir do McDonnell Douglas F-4 Phantom.




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Re: Irã tem como se defender de Israel?

#1815 Mensagem por kurgan » Qui Mar 04, 2010 8:16 am

04/03/2010 - 02h55
Brasil rejeita proposta americana de sanções contra o Irã

Daniel Dombey e Jonathan Wheatley
Em Brasília e São Paulo (Brasil)

O Brasil desferiu um duro golpe nas esperanças de Washington de obter consenso internacional para a aplicação de sanções contra o Irã, na quarta-feira (03/03), quando o presidente brasileiro declarou a sua oposição a tais medidas horas antes de se reunir com Hillary Clinton, a secretária de Estado dos Estados Unidos.

Em uma indicação da crescente auto-confiança do Brasil no cenário internacional – e dos esforços do país no sentido de adotar uma rota independente de Washington –, Luiz Inácio Lula da Silva declarou o seu apoio ao programa nuclear do Irã, contanto que tal programa permaneça com um caráter estritamente pacífico.

Os Estados Unidos e os seus aliados dizem que o Irã está buscando capacitação para produzir armas nucleares, e a agência de fiscalização nuclear da Organização das Nações Unidas (ONU) sugeriu recentemente que Teerã poderia estar trabalhando na criação de uma ogiva para mísseis.

Mas, apesar da condenação enérgica do programa iraniano por parte da União Europeia e da Rússia nos últimos dias e da visita de Hillary Clinton ao Brasil, na qual a secretária concentrar-se-á na questão do Irã, Lula manteve a sua posição quanto ao assunto.

“Não é prudente empurrar o Irã contra a parede”, afirmou o presidente brasileiro, ressaltando a sua oposição às iniciativas norte-americanas para a imposição de sanções, uma medida que talvez seja a principal prioridade de Washington no momento. “O que é prudente é estabelecer negociações”.

Ele acrescentou que manteria uma “discussão franca” sobre a questão com Mahmoud Ahmadinejad, o presidente iraniano, quando visitar Teerã em maio.

No final de semana, durante uma visita a El Salvador, Lula deixou claro que o Brasil não está disposto a ceder às pressões norte-americanas: “Eu visitarei o Irã e não terei que prestar contas a ninguém... Cada país exerce a democracia conforme bem entender. Os Estados Unidos fazem isso à sua maneira e todos concordam com a forma como o governo deles se comporta”.

Os comentários de Lula constituem-se em uma advertência aos Estados Unidos antes da reunião com Hillary Clinton, embora algumas autoridades afirmem que os norte-americanos terão uma chance maior de obter o apoio do líder brasileiro quando este se reunir com Barack Obama, o presidente dos Estados Unidos, em Washington, no mês que vem.

Na manhã da quarta-feira, Hillary Clinton afirmou que os Estados Unidos enxergam o Brasil “assumindo maior responsabilidade e liderança com o passar do tempo”.

Os Estados Unidos estão tentando obter consenso para a aplicação de sanções contra o Irã no âmbito do Conselho de Segurança da ONU – onde o Brasil atualmente ocupa uma cadeira –, mas Washington está enfrentando a resistência de vários membros, incluindo a China, a Turquia e o Líbano. Embora Washington necessite de apenas nove dos 15 votos para obter uma resolução – contanto que a China não vete a medida –, os norte-americanos estão buscando um sinal de apoio internacional forte, a fim de aumentar o isolamento do Irã.

Isso é extremamente importante para a estratégia dos Estados Unidos, já que qualquer sanção aprovada pela ONU poderá ser relativamente limitada e focada na Guarda Revolucionária iraniana e nas instituições financeiras do Irã. A Rússia já anunciou a sua oposição a sanções “incapacitantes”.

O Brasil está assumindo uma linha independente à medida que o país se estabelece como um líder regional. Já os Estados Unidos estão tentando aprofundar os seus vínculos com a América Latina, depois de tensões devido à sua política em relação a um golpe ocorrido no ano passado em Honduras.

Mas, em uma indicação de alguns dos obstáculos com os quais Washington irá se defrontar, os países da região organizaram na semana passada uma reunião que excluiu os Estados Unidos e o Canadá. Embora Hillary Clinton afirme que é hora de “virar a página” a respeito do golpe de Honduras, muitos governos ainda dizem que os Estados Unidos não se opuseram aos líderes golpistas com vigor suficiente.

Eric Farnsworth, vice-presidente do Conselho das Américas em Washington e ex-funcionário do Departamento de Estado, diz que a resistência do Brasil às pressões dos Estados Unidos expõe os limites da capacidade de Washington de persuadir outros países na região a alinharem-se com os seus objetivos políticos.

“Antigamente a situação era diferente”, diz ele. “Muita gente em Washington está se perguntando se o Brasil é um parceiro de verdade dos Estados Unidos ou um rival emergente. Na minha opinião, ele é um pouco das duas coisas. A grande questão é saber como administrar esta situação. Este é um desafio com o qual nós nunca antes nos defrontamos”.

http://noticias.bol.uol.com.br/internac ... o-ira.jhtm




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