Crise Econômica Mundial

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manuel.liste
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Re: Crise Econômica Mundial

#1321 Mensagem por manuel.liste » Sex Fev 19, 2010 6:56 pm

soultrain escreveu:Tinha de ser um Espanhol, o Joaquín Almunia Amann, a dizer m.... :lol: :lol: :lol: :lol:

Desculpa Manuel, tinhas de ouvir esta :twisted: :twisted:


Ps: Não me lembrei, ele não é Espanhol, é Basco :wink: :twisted: :twisted: :twisted:
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Re: Crise Econômica Mundial

#1322 Mensagem por P44 » Sex Fev 19, 2010 7:02 pm

o idolo do manuel rapou o bigode :mrgreen:




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Re: Crise Econômica Mundial

#1323 Mensagem por LeandroGCard » Sex Fev 19, 2010 8:13 pm

Bourne escreveu:Isso tem gente falando a uns 20 anos :lol:
Eu falo isso há mais de vinte anos, cheguei a ser taxado de louco na época do FHC!

Mas agora é o FMI que está falando :shock: .


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Re: Crise Econômica Mundial

#1324 Mensagem por Bourne » Sáb Fev 20, 2010 1:40 pm

O importante é a parte em vermelho que diz respeito a problemas estruturais, indo muito além do déficit de Xico ou Francisco
Bancos com US$ 3,4 tri a europeus em crise

Do Valor
Fonte: http://colunistas.ig.com.br/luisnassif/ ... -em-crise/
Países em crise na Europa devem US$ 3,4 tri

Assis Moreira, de Genebra e Bruxelas

A cifra inclui bônus dos governos, dívidas de empresas e até empréstimos pessoais

Os bancos internacionais têm uma exposição gigantesca de US$ 3,4 trilhões ao grupo de países europeus com maior vulnerabilidade fiscal e que ameaçam a zona do euro – Grécia, Portugal, Espanha, Irlanda e Itália, os chamados Piigs, na sigla em inglês. A cifra inclui bônus dos governos, dívidas de empresas e até empréstimos pessoais. Os dados do Banco Internacional de Compensações (BIS) indicam que, embora as atenções dos investidores estejam focadas na Grécia e em Portugal, a exposição da banca é muito maior na Itália, Irlanda e Espanha.

O risco de calote provoca especulações de qual seria a perda potencial dos bancos envolvidos nesses países. Dados consolidados obtidos pelo Valor mostram que a banca internacional tem exposição de US$ 298 bilhões na Grécia, a maior parte de instituições alemãs. Na Itália, ela chega a US$ 1,196 trilhão; na Espanha, a US$ 944 bilhões e na Irlanda, a US$ 710 bilhões. Por sua vez, a exposição dos bancos em Portugal é de US$ 252 bilhões, a menor do grupo.

O euro enfrenta sua pior crise em 11 anos de existência, em meio ao alto endividamento de governos que ameaça as perspectivas econômicas da região. Dos 16 países que utilizam a moeda europeia comum, 12 enfrentam investigação de Bruxelas por “déficit excessivo”. O enorme déficit da Grécia aumentou os temores de um calote, deflagrou uma onda de especulação contra o euro e ameaçou outros países com saúde financeira claudicante.

A crise grega expôs um problema estrutural na zona do euro: o desequilíbrio entre a centralização da política monetária (no Banco Central Europeu) e os instrumentos de política econômica (política fiscal, de salários etc.) em nível nacional. Existe uma união monetária que não se incorpora numa união política. Essa divergência está no centro dos problemas orçamentários dos países, nas crises e nos mecanismos para corrigi-las.

A regra implícita de uma zona comum como a do euro exige que o aumento real de salários em cada país siga estritamente os progressos da produtividade. Como a taxa cambial é fixa, se a regra não for respeitada, como ocorreu na Grécia, há perda de competitividade. Hoje, um produto grego custa 25% mais do que se fosse produzido na Alemanha.




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Re: Crise Econômica Mundial

#1325 Mensagem por marcelo l. » Dom Fev 21, 2010 12:02 pm

Não é fácil substituir um líder bem-sucedido, diz Jim O’Neill, para quem eleições presidenciais não podem ser subestimadas

Chefe de pesquisa econômica do banco Goldman Sachs recomenda que candidatos à Presidência mantenham atual sistema de metas de inflação

CLAUDIA ANTUNES – FOLHA SP

DA SUCURSAL DO RIO

Assim como apostou no crescimento do Brasil há oito anos, quando criou a sigla Bric (Brasil, Rússia, Índia e China) e a “opinião convencional” dizia que o governo de Luiz Inácio Lula da Silva seria um desastre, o chefe de pesquisa econômica do banco Goldman Sachs, Jim O’Neill, diz estar “um pouco preocupado” com o pós-Lula.
“É difícil substituir um líder bem-sucedido. Quando as pessoas me dizem que as próximas eleições não farão diferença, me preocupa, porque provavelmente serão importantes”, diz O’Neill, que chegou ao Rio há oito dias para um misto de férias e trabalho.
O economista britânico participa amanhã de seminário que lançará o Centro de Estudos e Pesquisa dos Bric, uma iniciativa da Prefeitura do Rio e da PUC-RJ. Acadêmicos e autoridades dos quatro países participarão dos debates, de onde sairão recomendações para a segunda cúpula do grupo, em abril, em Brasília.
O”Neill falou à Folha na sexta, um dia depois de se reunir com especialistas brasileiros que se mostraram mais cautelosos em relação ao futuro do Brasil do que ele próprio -que prevê que o crescimento neste ano pode chegar a 7% e que, em 2029, o país ocupará o lugar da Alemanha como quarta maior economia mundial. Abaixo, trechos da entrevista.

FOLHA – Sua estadia no Rio mudou sua visão da economia brasileira?
JIM O’NEILL – Tenho sentimentos divergentes. Do lado positivo, vi no Rio que é grande a possibilidade de que haja um investimento considerável em infraestrutura, atraindo mais turistas e investidores estrangeiros. Isso me deixa mais entusiasmado com o Brasil, especialmente com a Olimpíada e a Copa. Eu também nunca tinha observado por inteiro a diversidade étnica e cultural brasileira. Isso provavelmente significa que o país pode lidar com a complexidade do mundo melhor do que a maioria dos países do G20 [grupo que reúne as 20 maiores economias do mundo]. Do lado negativo, e estou influenciado pela cautela de meus interlocutores [brasileiros], diria que não basta falar, você tem que entregar. É importante que sejam de fato feitas coisas para aumentar o investimento em infraestrutura e na economia em geral, para fortalecer o lado da oferta.

FOLHA – O que o senhor ouviu dos economistas e autoridades com quem se encontrou?
O’NEILL – Eles me pareceram cautelosos, o que pode ser uma coisa boa. Não se levaram pela euforia dos últimos dois anos.

FOLHA – O que os preocupa?
O’NEILL – O nível insuficiente dos investimentos, gastos governamentais excessivos, o fato de a infraestrutura não estar se desenvolvendo com força.

FOLHA – O senhor compartilha a preocupação com os gastos?
O’NEILL – Não estou tão preocupado, porque acho que ajudaram o Brasil a enfrentar a recessão mundial. Um dos pontos fortes de Lula é que ele se deu conta de que tinha que incluir todos os setores da sociedade brasileira, e não apenas as classes médias, do contrário não poderia levá-la na direção do progresso maior. Mas concordo com muitos economistas no fato de que esses programas não devem ser permanentes.

FOLHA – Em ano eleitoral, o governo reforçou a defesa de um Estado forte na condução da economia. O que acha disso?
O’NEILL – Preocupa-me que o governo pense assim a longo prazo. Foi apropriado para ajudar o Brasil a se mover para uma fase melhor, mas não o é em bases permanentes.

FOLHA – Mas a crise pôs em xeque o pensamento liberal. Qual é, na sua opinião, o ponto de equilíbrio?
O’NEILL – A última década demonstrou que você tem que estar numa posição para ser flexível. Mas há também uma longa história que demonstra que gastos governamentais excessivos não favorecem o crescimento sustentável. Há grande diferença entre gasto e investimento governamental.

FOLHA – E quais seriam as medidas apropriadas para encorajar o aumento do investimento?
O’NEILL – Primeiro, que o governo tenha objetivos claros em seus gastos e planos para a infraestrutura. Segundo, que continue a criar um ambiente melhor para os negócios privados. Além disso, é preciso ter taxas de juros reais mais baixas. O objetivo deve ser manter a inflação baixa e o superavit primário e estar aberto ao investimento estrangeiro direto.

FOLHA – O sr. tem avaliação pessoal dos candidatos à Presidência?
O’NEILL – Não, e prefiro não ter. O mais importante é que os candidatos garantam que o sistema de metas de inflação será mantido e que haverá marcos claros para as políticas fiscal e monetária. O Brasil é o melhor dos Brics nessa área hoje.

FOLHA – O senhor teme o período pós-Lula?
O’NEILL – Preocupo-me um pouco. É como no futebol, é muito difícil substituir um líder bem-sucedido. Preocupa-me que o próximo presidente brasileiro tenha alguma dificuldade inicial. Há oito anos, quando criei a história do Bric, as pessoas diziam que Lula seria um desastre, e a opinião convencional estava errada. Agora, quando as pessoas me dizem que as próximas eleições não farão diferença, preocupa-me, porque provavelmente serão importantes.

FOLHA – A crise fiscal nos chamados Piigs (Portugal, Irlanda, Itália, Grécia e Espanha) pode contaminar o resto do mundo?
O’NEILL – Não gosto desse acrônimo, é rude demais. Mas estou mais preocupado com a Europa do que com os EUA. A crise demonstrou parte da fragilidade da união monetária. Mas temos que lembrar que a Grécia é apenas 2,5% [da economia] da zona do euro. Portugal é ainda menor. Então é preciso ver isso em perspectiva.

FOLHA – A união monetária está em risco?
O’NEILL – Não, é um projeto político muito forte e em última instância depende muito da França e da Alemanha, que respondem por 75% da economia da zona. Provavelmente isso terminará com um pacto de estabilidade mais forte em relação à política fiscal, embora um acordo sobre essa questão deva demorar a ocorrer.

FOLHA – É importante o fato de a China ter diminuído suas reservas em títulos americanos?
O’NEILL – Isso na verdade é bom. Para resolver os desequilíbrios americanos, é preciso um deficit comercial menor, uma taxa de poupança interna maior e menos capital estrangeiro. A China vem vendendo títulos americanos há algum tempo, e acho que isso não tem nenhuma ligação com temas políticos.

FOLHA – Muitos economistas apontam falta de transparência no pacote de estímulo econômico chinês, dizem que os bancos estariam com créditos podres.
O’NEILL – Não concordo. Acho que a resposta chinesa à crise foi impressionante, e que os bancos chineses têm atuado para apoiar o crescimento.




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Re: Crise Econômica Mundial

#1326 Mensagem por Enlil » Seg Fev 22, 2010 1:57 am

Quem entrevistando quem :roll:...




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Re: Crise Econômica Mundial

#1327 Mensagem por P44 » Seg Fev 22, 2010 9:41 am

Recomenda mercado de dívida europeu e vigilância intrusiva
George Soros diz que a zona euro tem de se reformar sob pena de ruptura

22.02.2010 - 11h57
Por Paulo Miguel Madeira
Arben Celi /Reuetrs (arquivo)

A crise orçamental grega pôs em evidência as falhas da zona euro e se os seus países não foram capazes de reformar o funcionamento da moeda única europeia há o risco de esta se desmembrar se não houver alterações institucionais, alerta o multimilionário norte-americano George Soros, num artigo de opinião publicado hoje no Financial Times.

Soros considera que a solução mais eficaz para a crise orçamental grega seria a emissão conjunta de obrigações da zona euro para financiar as necessidades do país (pois reduziria significativamente os seus custos de financiamento), mas condicionada ao cumprimento dos objectivos pelos gregos – o que Soros aponta como sendo equivalente ao aos empréstimos condicionais do FMI.

No entanto, como isso “não é de momento politicamente possível”, “porque a Alemanha se opõe ferozmente a ser o financiador dos seus parceiros devassos”, então “terão de ser encontradas soluções temporárias”. E alerta para que o “euro vai enfrentar riscos maiores do que a Grécia”.

Soros considera que “a ajuda temporária” deverá ser suficiente no caso da Grécia, para a qual o Ministério das Finanças alemão tem preparado um plano de ajuda financeira, com a participação dos outros países europeus, envolvendo montantes entre os 20 mil milhões e os 25 mil milhões de euros.

No entanto Soros afirma que “isso deixa a Espanha, Itália, Portugal e a Irlanda de fora”, os quais “conjuntamente constituem uma parte demasiado grande da zona euro para ser ajudada” da mesma maneira que a Grécia.

Assim, para este grande investidor e especulador, “a sobrevivência da Grécia ainda deixaria o futuro do euro em questão”. Soros ficou famoso no início dos anos 1990, quando se notabilizou por lhe serem atribuídos fortes ataques especulativos que terão ter feito a libra inglesa sair do Sistema Monetário Europeu, que então vigorava com um sistema de câmbios rígido, “a sobrevivência da Grécia ainda deixaria o futuro do euro em questão”.

Em sua opinião, o que é necessário para afastar este tipo de riscos é “mais vigilância intrusiva e disposições institucionais para a assistência condicional”, e nesse sentido “seria desejável um mercado de eurobonds bem organizado”.

Para este conhecido investidor, que entretanto se dedicou também à filantropia, a crise grega mais não fez do que pôr em evidência as falhas inerentes à actual forma da união económica e monetária, que não tem mecanismos institucionais para responder a crises, como políticas económica e orçamental comum.

Solidez da zona euro em questão

O questionamento da solidez da actual forma da zona euro não é no entanto um exclusivo de George Soros. Há dez dias, o banco de investimento suíço Société Générale lançou um alerta no mesmo sentido.

Num relatório do banco elaborado por um dos seus analistas de topo, afirmava-se que os países do Sul da Europa estão encurralados numa moeda sobreavaliada e sufocados pela sua baixa competitividade, uma situação que acabará por levar à cisão da zona do euro.

O analista em questão, Albert Edwards, dizia que o problema de países como a Portugal, a Espanha e Grécia “é que anos de taxas de juro desadequadamente baixas resultaram num sobreaquecimento e inflação rápida”, e que mesmo que os Governos “consigam cortar os seus défices orçamentais, a falta de competitividade no interior da zona euro necessita de anos de deflação relativa (e provavelmente absoluta). Qualquer ajuda dada à Grécia apenas atrasa a inevitável ruptura da zona euro”.

Na altura, a agência Bloomberg lembrava que em 1996 Edwards enfureceu os governos asiáticos, ao prever a derrocada das divisas de muitos países da região, e que de facto aconteceu um ano depois – no que ficou conhecido como a crise asiática.
http://economia.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1423830




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Re: Crise Econômica Mundial

#1328 Mensagem por PRick » Seg Fev 22, 2010 8:40 pm

Desastre mexicano, amarraram o burro deles nos EUA, deu nisso.
PIB do México registra contração de 6,5% em 2009

Brasil Econômico - Por AFP
22/02/10 14:06

A economia mexicana, alvo de uma forte recessão em 2009, caiu 6,5% no ano passado, informou nesta segunda-feira (22) o Instituto Nacional de Estatística e Geografia (INEGI).

Em um comunicado apresentado à imprensa, o INEGI ressaltou que a atividade industrial foi a mais afetada, com um retrocesso de 7,3% em relação a 2008, enquanto que o setor de serviços perdeu 6,6%, no mesmo período.

A economia mexicana entrou em recessão no primeiro trimestre de 2009, arrastada pela crise financeira iniciada nos Estados Unidos, que absorvem mais de 80% das exportações mexicanas.

O PIB do México desabou 10,3% no segundo trimestre do ano passado, uma queda pior do que a registrada em 1995, ano da crise provocada pelo "Efeito Tequila".




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Re: Crise Econômica Mundial

#1329 Mensagem por soultrain » Ter Fev 23, 2010 11:44 am

Rogoff antecipa que vários países desenvolvidos vão entrar em incumprimento
Kenneth Rogoff voltou esta manhã em Tóquio a repetir a profecia que fizera durante o Fórum de Davos: vários países desenvolvidos correm o risco de entrar em incumprimento e, no limite, até os Estados Unidos podem vir a enfrentar problemas semelhantes aos da Grécia.


Eva Gaspar
egaspar@negocios.pt

Kenneth Rogoff voltou esta manhã em Tóquio a repetir a profecia que já fizera durante o Fórum de Davos: vários países desenvolvidos correm o risco de entrar em incumprimento e, no limite, até os Estados Unidos podem vir a enfrentar problemas semelhantes aos da Grécia.

O ex-economista-chefe do Fundo Monetário Internacional (FMI) lembrou que, no passado, crises no sistema financeiro foram seguidas de situações em que Estados não conseguiram honrar as suas dívidas.

“Normalmente assistimos a uma série de ‘falências’ de soberanos nos anos seguintes. Prevejo que o vejamos de novo”. Segundo o que afirmou, citado pela agência Bloomberg, os mercados tenderão a voltar a reclamar juros mais elevados para financiarem Estados, e países como a Grécia e Portugal enfrentarão “imensos problemas” – mas não serão os únicos.

“É muito, muito difícil antecipar o momento, mas vai acontecer”. Mas “em países ricos – Alemanha, Estados Unidos e talvez no Japão – vamos assistir a um crescimento lento. Vão apertar o cinto quando o problema afectar as taxas de juro e terão de enfrentar essa situação”.





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Re: Crise Econômica Mundial

#1330 Mensagem por P44 » Ter Fev 23, 2010 12:32 pm

Crise
Zona euro precisa de uma autoridade orçamental

Luís Reis Pires
23/02/10 00:05


Maioria dos economistas contactados pelo Diário Económico diz que zona euro precisa dar o próximo passo.

A ideia não é tanto criar uns Estados Unidos da Europa. Ou até é, mas apenas em matéria de política macroeconómica. Os economistas contactados pelo Diário Económico concorda com George Soros e diz que a zona euro deve ir mais além de uma união monetária, deve ser também uma espécie de união política, com mecanismos fiscais, orçamentais e financeiros capazes de actuar a nível europeu - à semelhança do que faz o Banco Central Europeu (BCE) com a política monetária. Só assim a área da moeda única poderá resolver algumas das deficiências que traz consigo desde a sua criação e evitar a implosão face a crises futuras.

"[A falta de uma política orçamental comum] é uma das grandes deficiências da união monetária desde sempre", afirma Silva Lopes, economista e ex-ministro das Finanças, que não hesita em concordar com Soros. "A União Europeia devia ter um orçamento federal", diz, porque "só isso já ia permitir que alguns estabilizadores automáticos funcionassem a nível europeu". Mais: "Permitia resolver alguns choque assimétricos" e também dava "alguma autoridade à Europa para impor condicionalismos aos países que não se portam bem em matéria orçamental", por exemplo.

http://economico.sapo.pt/noticias/zona- ... 82187.html




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Re: Crise Econômica Mundial

#1331 Mensagem por soultrain » Ter Fev 23, 2010 1:03 pm

Pois é, ou é agora ou nunca. Ainda não formei totalmente a minha opinião, mas vão vir tempos interessantes.

[[]]'s





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Re: Crise Econômica Mundial

#1332 Mensagem por P44 » Ter Fev 23, 2010 1:06 pm

interessantes para o bem ou para o mal...? :shock: :shock: :? :?




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Re: Crise Econômica Mundial

#1333 Mensagem por Bourne » Ter Fev 23, 2010 1:08 pm

Sobre a Zona do Euro: eu disse. Se bem que não é novidade para ninguém que saiba o que é uma união monetária e da história por trás. [012]

Porém não acreditem demais nos entendidos ou radicalizem as suas posições, pois muito o que aparece para o grande público é um shown para o público. :)




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Re: Crise Econômica Mundial

#1334 Mensagem por Bourne » Ter Fev 23, 2010 1:18 pm

P44 escreveu:interessantes para o bem ou para o mal...? :shock: :shock: :? :?
Para a tugulândia vejo nuvens negras no horizonte na medida em que se aproxima o ajuste fiscal e ação do glorioso BCE. [012]




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Re: Crise Econômica Mundial

#1335 Mensagem por P44 » Ter Fev 23, 2010 1:23 pm

Bourne escreveu:
P44 escreveu:interessantes para o bem ou para o mal...? :shock: :shock: :? :?
Para a tugulândia vejo nuvens negras no horizonte na medida em que se aproxima o ajuste fiscal e ação do glorioso BCE. [012]

MAIS nuvens negras??????????

Ao menos podia ser que passássemos a ser governados por gente competente... [001]




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