Estratégia Nacional de Defesa

Área destinada para discussão sobre os conflitos do passado, do presente, futuro e missões de paz

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Re: Estratégia Nacional de Defesa

#676 Mensagem por LeandroGCard » Dom Fev 14, 2010 11:31 am

suntsé escreveu:Uma coisa que discordo no texto desse cara é que ele insiste que o Brasil tenha de dizer claramente quem seria os proprios inimigos em potenciais.....

O BRASIL NÂO PODE DIZER CLARAMENTE QUEM SÂO SEUS POTENCIAIS INIMIGOS (DAR OS NOMES AOS BOIS) ISTO SERIA UMA BURRICE POLITICA.....

AGORA IMAGINEM A SEGUINTE SITUAÇÂO: O BRASIL DEIXA ESPLICITO QUE A OTAN È A PRINCIPAL AMEAÇA A NOSSA SEGUNRANÇA NACIONAL.....E que o PLANO se destina a preparar o Brasil contra eles...
Pois é, o autor do texto deixa claro que nada entende não apenas do assunto defesa, mas também não de diplomacia. Nominar inimigos potenciais é transformá-los em inimigos reais!

Por outro lado, deixar evidente para inimigos potenciais que se está preparado para enfrentá-los é uma forma de dissuadí-los de tornarem-se inimigos reais. Sem ameaças diretas de guerra nem inimigos declarados, este é o objetivo maior da defesa no Brasil. Nossas forças armadas não devem se preocupar apenas em como vencer eventuais inimigos que se apresentem, mas em evitar que qualquer um se apresente como tal.


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Re: Estratégia Nacional de Defesa

#677 Mensagem por Marino » Dom Fev 14, 2010 12:55 pm

Nossas forças armadas não devem se preocupar apenas em como vencer eventuais inimigos que se apresentem, mas em evitar que qualquer um se apresente como tal.
Tá lendo Sun Tzu? :wink:




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Re: Estratégia Nacional de Defesa

#678 Mensagem por LeandroGCard » Dom Fev 14, 2010 1:28 pm

Marino escreveu:
Nossas forças armadas não devem se preocupar apenas em como vencer eventuais inimigos que se apresentem, mas em evitar que qualquer um se apresente como tal.
Tá lendo Sun Tzu? :wink:
Já li há muitos anos, e me esqueci dos detalhes, mas mas ainda me lembro dos conceitos básicos. Mas tenho em casa, qualquer dia leio de novo [009].

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Re: Estratégia Nacional de Defesa

#679 Mensagem por Marino » Qui Fev 18, 2010 10:07 am

Inforel:
INDÚSTRIA DE DEFESA
Brasil e Noruega terão acordo estratégico em Defesa
O vice-ministro da Defesa da Noruega. Espen Barth Eide anunciou que o Brasil é parte do projeto
de modernização das Forças Armadas norueguesas.
De acordo com Eide, as indústrias de Defesa da Noruega buscam parcerias com as empresas
brasileiras.
Segundo ele, metade das compras militares é realizada internamente e, no projeto de atualização
dos equipamentos militares, as indústrias norueguesas precisam se internacionalizar para ter produtos
mais sólidos.
“O Brasil cresce rapidamente e as relações políticas entre nossos governantes estão se
consolidando”, justificou.
A Noruega está começando a exportar mísseis para o Brasil e um acordo formal deverá ser
firmado pelos dois países em breve.
Além disso, a necessidade de constante vigilância da área marítima faz com que as duas nações
tenham objetivos semelhantes nas questões de Defesa, segundo o vice-ministro.
“Estas perspectivas permitem o desenvolvimento de um diálogo mais profundo“, acrescentou
Eide.
Para o diretor-coordenador de Mercado Internacional do Departamento da Indústria de Defesa
(Comdefesa) da Fiesp, Roberto Guimarães de Carvalho, o projeto de modernização das forças militares
da Noruega assemelha-se ao do Brasil.
Carvalho disse ainda que a visita da comitiva norueguesa é importante para que “nossas
indústrias realizem seus projetos, desenvolvam novos produtos e os comercializem no Brasil e no
exterior”.




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Re: Estratégia Nacional de Defesa

#680 Mensagem por Anton » Qui Fev 18, 2010 10:12 am

Marino escreveu:Inforel:
INDÚSTRIA DE DEFESA
Brasil e Noruega terão acordo estratégico em Defesa
O vice-ministro da Defesa da Noruega. Espen Barth Eide anunciou que o Brasil é parte do projeto
de modernização das Forças Armadas norueguesas.
De acordo com Eide, as indústrias de Defesa da Noruega buscam parcerias com as empresas
brasileiras.
Segundo ele, metade das compras militares é realizada internamente e, no projeto de atualização
dos equipamentos militares, as indústrias norueguesas precisam se internacionalizar para ter produtos
mais sólidos.
“O Brasil cresce rapidamente e as relações políticas entre nossos governantes estão se
consolidando”, justificou.
A Noruega está começando a exportar mísseis para o Brasil e um acordo formal deverá ser
firmado pelos dois países em breve.
Além disso, a necessidade de constante vigilância da área marítima faz com que as duas nações
tenham objetivos semelhantes nas questões de Defesa, segundo o vice-ministro.
“Estas perspectivas permitem o desenvolvimento de um diálogo mais profundo“, acrescentou
Eide.
Para o diretor-coordenador de Mercado Internacional do Departamento da Indústria de Defesa
(Comdefesa) da Fiesp, Roberto Guimarães de Carvalho, o projeto de modernização das forças militares
da Noruega assemelha-se ao do Brasil.
Carvalho disse ainda que a visita da comitiva norueguesa é importante para que “nossas
indústrias realizem seus projetos, desenvolvam novos produtos e os comercializem no Brasil e no
exterior”.
:lol:
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Re: Estratégia Nacional de Defesa

#681 Mensagem por Marino » Dom Fev 21, 2010 12:59 pm

Marino escreveu:
O documento conjunto do Ministro da Defesa e do Secretário de Assuntos
Estratégicos da Presidência da República, divulgado originalmente em dezembro de
2008, deveria ser, alegadamente, a base do pensamento estratégico do Brasil, mas
deveria oferecer, também, uma espécie de guia operacional e um manual de
reequipamento de suas Forças Armadas (FFAA), com vistas à consecução dos
objetivos básicos nacionais.
Eu não quero desqualificar de imediato o articulista, mas...
A base do pensamento estratégico do país. Será?
Parece que ele desconhece a existência de uma POLÍTICA NACIONAL DE DEFESA (na realidade, em vigor a Política de Defesa Nacional, sendo revista para ser relançada como Política Nacional de Defesa).
A Política diz "O QUE", e a Estratégia diz "COMO".
Então, a Política é a base, não a Estratégia.
Guia operacional? Dentro da Estratégia?
Manual de reequipamento? Esta foi f - - - .
O documento conjunto do Ministro da Defesa e do Secretário de Assuntos
Estratégicos da Presidência da República, divulgado originalmente em dezembro de
2008, deveria ser, alegadamente, a base do pensamento estratégico do Brasil, mas
deveria oferecer, também, uma espécie de guia operacional e um manual de
reequipamento de suas Forças Armadas (FFAA), com vistas à consecução dos
objetivos básicos nacionais. Estes objetivos, por sua vez, poderiam ser resumidamente
apresentados assim: a salvaguarda da soberania nacional, a preservação da integridade
territorial e da independência política do país, a autonomia tecnológica e o
desenvolvimento econômico e social, o que caberia assegurar num contexto
internacional ainda marcado por fortes assimetrias entre os Estados, bem como por
ameaças latentes e por desafios difusos à defesa nacional
.
Pois resolvi continuar a análise do documento, o que será complementar ao que os amigos já escreveram em outros posts.
Sobre a parte azul.
A Constituição brasileira é o documento que apresenta os Objetivos Nacionais Permanentes, e não básicos como escreve o autor. Estes objetivos são aqueles pelos quais o Brasil iria a guerra, aqueles que o Brasil não abre mão de obter, ou manter.
Então, não é em uma Estratégia que os mesmos tem que ser definidos.
Gostaria que o autor explicasse como o objetivo "desenvolvimento econômico e social" cabe em uma Estratégia de DEFESA. Estes objetivos, é claro, estarão em outra Estratégia Nacional, mas não a de DEFESA.




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Re: Estratégia Nacional de Defesa

#682 Mensagem por WalterGaudério » Dom Fev 21, 2010 1:41 pm

Anton escreveu:
Marino escreveu:Inforel:
INDÚSTRIA DE DEFESA
Brasil e Noruega terão acordo estratégico em Defesa
O vice-ministro da Defesa da Noruega. Espen Barth Eide anunciou que o Brasil é parte do projeto
de modernização das Forças Armadas norueguesas.
De acordo com Eide, as indústrias de Defesa da Noruega buscam parcerias com as empresas
brasileiras.
Segundo ele, metade das compras militares é realizada internamente e, no projeto de atualização
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NSM a vista?




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Re: Estratégia Nacional de Defesa

#683 Mensagem por WalterGaudério » Dom Fev 21, 2010 1:43 pm

Sem fugir do assunto principal, mas a Noruega é sede da Kogsberg Marine. Uma grande fornecedora de sistemas para a MB. Quem quiser se estender pode postar lá no Reaparelhamento da MB no NAVAIS.




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Re: Estratégia Nacional de Defesa

#684 Mensagem por Marino » Dom Fev 21, 2010 2:46 pm

1. Por que a END não é uma estratégia?
A primeira pergunta que um estadista deve formular a si mesmo gira em torno
dos grandes objetivos nacionais e dos meios adequados para a sua consecução, em um
prazo razoável. Esse exercício implica, necessariamente, uma visão do mundo – que
não é a Weltanschauung abstrata de um de seus formuladores – e uma definição de
possíveis cenários de guerra, dois aspectos que não figuram, em absoluto, na END.
Tô com saco hoje.
Para fazer uma pergunta dessas, o autor deveria começar a resposta dizendo o que entende por Estratégia.
Se na sua resposta começa citando Grandes Objetivos Nacionais, para MIM, e para os que estudam o tema, fica claro que debate GRANDE ESTRATÉGIA, como expliquei em post anterior.
Mas se é GRANDE ESTRATÉGIA, não cabe escrever "meios adequados para sua consecução em um prazo razoável", como prossegue na mesma frase. Isto estaria nas Estratégias Setoriais, em nível abaixo.
Os cenário de guerra não são descritos na Grande Estratégia, que se segue a Grande Política, mas são imensamente discutidos em outra publicação quando aparecem as HIPÓTESES DE EMPREGO, algo que até o presente momento do artigo o autor desconhece.
Mais tarde continuo.




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Re: Estratégia Nacional de Defesa

#685 Mensagem por brisa » Dom Fev 21, 2010 3:08 pm

Sera que o Penguin sera fabricado no Brasil???? :shock:




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Re: Estratégia Nacional de Defesa

#686 Mensagem por Marino » Dom Fev 21, 2010 3:12 pm

Desse ponto de vista, a END falha em atender essas exigências minimalistas, ou o faz
apenas em intenção. Aplicada a questão ao Brasil, o que teríamos?
A resposta é simples e ela é fornecida pela própria END: os autores começam
por confundir estratégia de defesa com estratégia de desenvolvimento.
Estratégia nacional de defesa é inseparável de estratégia nacional de
desenvolvimento. Esta motiva aquela. Aquela fornece escudo para esta. Cada uma
reforça as razões da outra. Em ambas se desperta para a nacionalidade e constróise
a Nação. Defendido o Brasil terá como dizer não, quando tiver que dizer não.
Terá capacidade para construir seu próprio modelo de desenvolvimento.

Os que acreditam nesse tipo de assertiva, também acreditam que gastos com
defesa é que impulsionam o desenvolvimento, o que representa acreditar, em outro
contexto, que são os gastos do Pentágono que impulsionam a prosperidade e a
inovação dos EUA, uma notável inversão do processo real.
O parágrafo acima continua exatamente do quote que fiz do artigo em meu último post.
É difícil aceitar que um diplomata escreve este tipo de coisa.
É evidente que a END pode ser criticada, principalmente se formos puristas ao extremo, usarmos duramente os conceitos estratégicos e militares de grandes autores consagrados.
Mas, usando um pouco de bom senso, não devemos esquecer que é um documento POLÍTICO, e não um manual de doutrina, que é a primeira versão de algo que o Brasil NÃO TINHA, que transformou um tema em supra-partidário, em um tema de ESTADO.
O que a END, na visão dos POLÍTICOS que a escreveram, tenta mostrar, é que com o desenvolvimento aparece a necessidade de defesa.
Que com o desenvolvimento, interesses nacionais brasileiros vão se chocar com interesses de outros países, que um espaço não é ocupado sem que alguém seja deslocado.
Este o link entre defesa e desenvolvimento.
Um motiva o outro; um fornece o escudo para o outro; um permite dizer não, quando os interesses brasileiros forem contestados por causa de nosso crescimento, de nosso desenvolvimento, e precisarmos dizer não.
Em ponto algum do documento encontramos algo que sustente esta pérola: "Os que acreditam nesse tipo de assertiva, também acreditam que gastos com defesa é que impulsionam o desenvolvimento...".
O exemplo do Pentágono foi forçar a barra ao extremo. Coisa de quem não tinha o que escrever.




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Re: Estratégia Nacional de Defesa

#687 Mensagem por Marino » Dom Fev 21, 2010 3:39 pm

Seus formuladores padecem de algum complexo de inferioridade, implícito à posição do país no contexto internacional, pois precisam ser “do contra”. Trata-se, manifestamente, de gente com vontade de dizer não, sem que se saiba bem a quem ou por quê, exatamente. Dizer não em abstrato é o mesmo que lutar contra incertas ‘forças da natureza’. Todo o documento é vago, em suas premissas e em suas definições, quanto a que defesa se pretende: contra o quê, exatamente, ou contra quem, mais precisamente?
Não sei se vou ter saco até o final, pois cada frase, cada parágrafo, pode ser contestado, como vemos no trecho acima.
O autor parcece infantilizado quando escreve "precisam ser do contra", ou quando escreve "gente com vontade de dizer não, sem que se saiba bem a quem ou por quê, exatamente".
Ele não está criticando uma estratégia de DEFESA? Então não sabe quando teremos que dizer NÃO?
Pois lhe respondo, o que não preciso fazer para os DBistas: quando um dos Interesses Nacionais Permanentes brasileiros, contantes da Constituição Federal, forem ameaçados por uma potência estrangeira.
O contra quem jamais será explicitado. Me admira imensamente um diplomata pedir que o governo brasileiro explicite as Hipóteses de Emprego de suas FA em um documento formal, governamental, público, ostensivo, indo contra as posições de sua própria instituição, o Itamaraty.
Só isso mostra a intenção do artigo.




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Re: Estratégia Nacional de Defesa

#688 Mensagem por Bender » Seg Fev 22, 2010 12:22 am

Sim,o artigo é nitidamente de crítica política,mas vem revestido de um "verniz" para tentar cumprir a intenção inicial,quer desqualificar pessoas e usa o documento,para desqualificar "as intenções" deste documento,é preciso somente ter um simples e sólido argumento que prove por A+B que FAs fortes e independentes tecnologicamnte não são necessárias diante da importância do nosso país de hoje em diante,,quem possuir um argumento sólido que comprove isto,não precisa escrever um artigo enorme para criticar e enterrar o documento,bastam 5 linhas.

Veja,eu sempre tive pra mim desde o dia em que tomei conhecimento do documento da END,como uma "peça" política,portanto passível de análises as mais diversas,e contestações as mais diversas também,e para crticá-la eu tenho para mim que tem que ser no aspecto politico sim,mas é impossível fazê-lo na minha opinião sem que se pareça um entreguista disfarçado,por que simplesmente estaremos afirmando que o país tem que continuar passivo e vulnerável,sua importância está no contexto e as intenções,pelas quais esta "peça" surgiu.

O contexto era o aumento da relevância do país no mundo,e o do abandono flagrante das FAs que já vinha de tempos e das reinvidicações desordenadas e individuais das 3 forças,sem que houvessem recursos sequer para aumentos salariais.

A intenção era "política". A de inserir a questão no debate nacional com a sociedade,afirmando que neste assunto não dá mais para deitar em berço explêndido,o país muda rapidamente de "tamanho" no cenário mundial,éra preciso fazer algo,e as reinvidicações das 3 Forças tinha que ter uma balisa comum de "conexão" e "objetivos" e garantir verbas que mantenham a corrente intacta pelos próximos anos.

Eu escrevi treis parágrafos de treis formas diferentes,mas uma "coisa" se repete sistematicamente,sim porque ela é a razão política para o documento existir,e o documento não precisa ser perfeito,basta que exista,acordaram graças a Deus.


Marino
É evidente que a END pode ser criticada, principalmente se formos puristas ao extremo, usarmos duramente os conceitos estratégicos e militares de grandes autores consagrados.
Mas, usando um pouco de bom senso, não devemos esquecer que é um documento POLÍTICO, e não um manual de doutrina, que é a primeira versão de algo que o Brasil NÃO TINHA, que transformou um tema em supra-partidário, em um tema de ESTADO.
O que a END, na visão dos POLÍTICOS que a escreveram, tenta mostrar, é que com o desenvolvimento aparece a necessidade de defesa.
Que com o desenvolvimento, interesses nacionais brasileiros vão se chocar com interesses de outros países, que um espaço não é ocupado sem que alguém seja deslocado.
Este o link entre defesa e desenvolvimento.
Um motiva o outro; um fornece o escudo para o outro; um permite dizer não, quando os interesses brasileiros forem contestados por causa de nosso crescimento, de nosso desenvolvimento, e precisarmos dizer não.
Alguem tem algum argumento crível sem o artificio da desqualificação,um argumento simples e direto que derrube esta citação,5 linhas?

Pois é,ainda bem que estamos andando para frente,e olha que estamos atrasados já,mas antes tarde do que nunca,e a END não tenham dúvidas é só o princípio,um impulso,ela será desdobrada em "seguimentos" "não públicos" pelos centros de estudos militares,e ganhará ano após ano novos contornos que se consolidarão no MD,pouco a pouco em um pensamento estratégico unificado e perene para o futuro da nação,que influenciará inclusive dramaticamente a politica externa do país.

Sds.




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Re: Estratégia Nacional de Defesa

#689 Mensagem por matheus... » Seg Fev 22, 2010 1:06 am

O que a END fala sobre o alistamento militar?




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Re: Estratégia Nacional de Defesa

#690 Mensagem por Marino » Seg Fev 22, 2010 8:53 am

Bender: [009]




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