Crise Econômica Mundial

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Junker
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Re: Crise Econômica Mundial

#1276 Mensagem por Junker » Dom Fev 07, 2010 4:39 pm

Não é só na zona do Euro que as coisas vão mal:
Sweden fares badly in global economic report
Published: 7 Feb 10 09:42 CET
Updated: 7 Feb 10 10:23 CET

Swedish citizens have fared badly compared to other developed nations during the deepest depression since the 1930s.

The prognosis comes from the Organization for Economic Cooperation and Development (OECD). It is regarded as one of the world’s largest and most comprehensive sources of economic data.

Sweden together with Finland falls at the bottom of their table, excepting even more troubled Western economies–such as Iceland and Ireland. The report stated that living standards in Sweden were 11 percent higher in 2007 than the overall OECD standard, falling to 7 percent last year, Sveriges Radio reports.

Countries such as the US, Australia, and Canada pulled ahead, said the OECD. The organization noted that Sweden remains a well-off nation.

Their report is based on a very particular measurement – purchasing power parities in relationship to Gross National Product (GNP). Price levels have also been taken into account. There are, of course, other measurements for gauging citizen prosperity, it is noted.

In a report three months earlier, the OECD stated that “the Swedish economy has experienced a deep contraction, triggered by the global economic crisis. A gradual recovery has started, but economic slack is very large, and unemployment will continue for some time.”

On Friday the Swedish krona moved negatively against the euro and US dollar, and according to Swedish analysts in response to economic crises in the euro currency countries of Greece, Portugal and Spain. The krona stood at 10.2 kronor against 1 euro, and 7.4 for 1 US dollar. Sweden is a member of the European Community (EU) but has not adopted the euro as its currency.
http://www.thelocal.se/24836/20100207/

http://www.oecd.org/dataoecd/61/54/18598754.pdf




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Re: Crise Econômica Mundial

#1277 Mensagem por Al Zarqawi » Dom Fev 07, 2010 6:02 pm

E,a Suécia seria de que zona se não a do Euro :?: :?: :?: :?:




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Re: Crise Econômica Mundial

#1278 Mensagem por soultrain » Dom Fev 07, 2010 6:10 pm

A Suécia não pertence á zona Euro.

O que já tinha dito anteriormente é publico à umas semanas.

[[]]'s





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Re: Crise Econômica Mundial

#1279 Mensagem por Al Zarqawi » Dom Fev 07, 2010 6:14 pm

Tem razão expliquei-me mal.Mas a Suécia é da União Europeia mas realmente não aderiu ao Euro.




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Re: Crise Econômica Mundial

#1280 Mensagem por Enlil » Ter Fev 09, 2010 3:04 am

marcelo l. escreveu:residente rejeita lei de repagamento do icesave
05/01/10 23:48 Filed in: Notícias
Quem vem seguindo notícias sobre a Islândia nos jornais e pela internet muito provavelmente já ouviu falar em Icesave. Eu venho tentando evitar o assunto, mas já que o assunto vem se estendendo tanto, ao ponto de merecer mesmo a palavra islandesa "saga", então vamos lá.

A saga do Icesave começou com o colapso do sistema financeiro islandês em Outubro de 2008. Num espaço de duas semanas naquele mês, todos os três bancos comerciais islandeses, que juntos haviam crescido até alcançar 15 vezes o tamanho do PIB islandês, faliram. Um desses bancos, o Landsbanki, havia aberto anos antes um banco de investimentos na Inglaterra e Holanda chamado Icesave. Oferecendo juros bem acima do mercado, o Icesave em dois anos atraiu 5 bilhões de dólares de depósitos dos ingleses e holandeses.

Com a falência do Landsbanki e em conseqüência o fechamento do Icesave, os governos da Inglaterra e Holanda garantiram os depósitos de seus cidadãos no Icesave, mas insistem agora que a Islândia pague de volta os 5 bilhões de dólares. Essa é uma dívida equivalente à cerca de 16 mil dólares para cada cidadão islandês, e equivalente à quase metade do PIB islandês. Essa dívida, juntamente à divida ao FMI, representa um fardo financeiro sobre o país maior do que aquele sobre a Alemanha depois da Primeira Guerra mundial.

O pior é que o FMI afirma que o pagamento da dívida decorrente da falência do Icesave é necessariamente uma condição para qualquer ajuda financeira à Islândia.

Nesses 14 meses desde o colapso dos bancos, a discussão sobre essa dívida do Icesave tem dominado o cenário político islandês. na semana passada foi finalmente aprovado em parlamento um acordo de pagamento, prevendo pagamento de parcelas apenas quando o crescimento do PIB país exceder 2% em relação ao PIB de 2007, e com outras condições. O acordo foi enviado para o presidente, que precisa assinar todas as leis anel que elas tenham efeito. Vários impostos já foram aumentados e custos feitos em serviços públicos para financiar o pagamento dessa dívida.

O presidente, Ólafur Ragnar Grímsson, que ontem recebeu um abaixo assinado com 60 mil assinaturas, equivalente à 20% da população do país, pedindo que ele não aprovasse o acordo, surpreendeu o governo e a população em geral se recusando a assinar o acordo de pagamento. Com a recusa do presidente, a constituição islandesa define que a aprovação da lei irá à plebiscito.



"O dever do presidente é garantir que a vontade da nação seja respeitada." - disse o presidente islandês hoje, justificando sua decisão.

A reação da Inglaterra, Holanda e do mercado financeiro mundial foi extremamente negativa. Um ministro inglês chegou a dizer hoje que caso o plebiscito acabe em rejeição do acordo, que o resultado seria um isolamento total da Islândia do mercado financeiro global. As grandes agências de crédito internacionais reagiram à notícia rebaixando o status de crédito islandês e sua avaliação da economia do país para "junk" - o menor possível. As chances da Islândia entrar para a União Européia também parecem agora bem menores. Ainda assim, há muita gente na Islândia pensa que a nação não deve pagar pelos erros dos banqueiros.

Assim, o povo islandês deve votar logo num plebiscito onde terão que escolher entre duas opções ruins para seu país: uma enorme dívida, que significa maiores impostos e piores serviços públicos, ou isolamento do sistema financeiro mundial e bloqueio das linhas de crédito internacionais?
É, de modelo a pária...




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Re: Crise Econômica Mundial

#1281 Mensagem por P44 » Qua Fev 10, 2010 11:15 am

EU officials to talk over possible Greece rescue
Europe's governments in talks on rescue plan for troubled Greece to try and soothe markets

ap
On Wednesday February 10, 2010, 8:05 am

BRUSSELS (AP) -- European Union goverments are negotiating plans to rescue Greece if it nears a disastrous default on its debt, after investor worries over its shaky finances sent stock markets and the euro in a downward spiral.

Analysts say EU governments could offer loan guarantees or financial assistance from countries that want to help, and that Germany and France could play a leading role.

But officials speaking on background said no final decisions have been made and that talks in the next 24 hours would be crucial. They said they could not "exclude or include anything."

EU finance ministers were to hold emergency talks by video conference Wednesday, the European Commission said, while Greek Prime Minister George Papandreou was in Paris for talks with French President Nicolas Sarkozy and was to visit Brussels in the evening.

EU national leaders are meeting Thursday with the European Central Bank's president Jean-Claude Trichet to talk through options. They will then issue a statement on the debt crisis.

"It will be like the weather, between today and tomorrow things can change," one official said. He could not be identified because of the sensitivity of the issue.
http://finance.yahoo.com/news/EU-offici ... /print?x=0




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Re: Crise Econômica Mundial

#1282 Mensagem por Sterrius » Qua Fev 10, 2010 11:47 am

Espero que o Brasil tenha estudado se vale a pena ajudar a islandia. +1 país aliado politicamente sempre é bom, ainda mais na europa.

E paises nao se esquecem de quem os ajudam quando todo mundo vira as costas. Alguns poderiam chamar esta ação como desperdicio de dinheiro. Mas pra mim se infiltrar politicamente e economicamente em mercados exigem também ações pequenas e aparentemente insignificantes ou mesmo prejudiciais que mais tarde reforçam as ações principais.

Essas ações diplomaticas e economicas que levam 10-20-30 anos pra gerar fruto são as mais criticadas mas são justamente as que em geral dão mais resultados 8-]




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Re: Crise Econômica Mundial

#1283 Mensagem por soultrain » Qua Fev 10, 2010 5:54 pm

A Rússia já o está a fazer.





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Re: Crise Econômica Mundial

#1284 Mensagem por marcelo l. » Qui Fev 11, 2010 10:59 am

Islândia a situação continua dramática...



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Re: Crise Econômica Mundial

#1285 Mensagem por P44 » Qui Fev 11, 2010 12:13 pm


EU leaders reach deal to rescue Greece

reuters
On Thursday February 11, 2010, 8:05 am

By Marcin Grajewski and Jan Strupczewski

BRUSSELS (Reuters) - European leaders have reached a deal to provide aid to Greece, EU president Herman Van Rompuy said on Thursday, in an unprecedented move to stave off a broader crisis in the 16-nation bloc that shares the euro.

"There is an agreement on the Greek situation. We will communicate now the agreement to the other leaders," van Rompuy told reporters gathered at an EU leaders' summit.

The agreement was forged in talks between Van Rompuy, European Commission President Jose Manuel Barroso, French President Nicolas Sarkozy, German Chancellor Angela Merkel, European Central Bank President Jean-Claude Trichet and Greek Prime Minister George Papandreou.

Polish Prime Minister Donald Tusk told reporters earlier that the aid, which would amount to the first bailout of a euro zone members since the currency was created 11 years ago, was likely to come in the form of loans.

"It could be voluntary loans from member states. That seems to be the best option," Tusk said.

A Spanish source told Reuters that details of the aid would be worked out at the latest by Tuesday, when EU finance ministers are due to hold a meeting.

"The general idea is to have broad European assistance with a tighter focus of assistance by euro zone countries," the source said, requesting anonymity. The European Commission would have a supervisory role over the aid deal.

European leaders are keen to prevent Greece's woes from spreading to other highly-indebted euro-zone members like Portugal or Spain, plunging the currency area into a bigger crisis that could reverberate around the globe.

TOUGH STEPS

But until this week, they have avoided speaking openly about the aid, fearful that might ease pressure on the government in Athens to enact tough austerity measures needed to bring down a deficit that soared to 12.7 percent of gross domestic product (GDP) last year -- more than four times EU limits.

Athens needs to borrow 53 billion euros ($75 billion) this year to cover its deficit and refinance debts. Its debt pile is expected to grow to more than 290 billion euros this year and the cost of servicing that debt has soared as bond markets have punished Greece for its financial profligacy.

The euro jumped versus the dollar after Van Rompuy announced a deal following the meeting of key euro zone leaders, also attended by Spanish Prime Minister Jose Luis Rodriguez Zapatero and Eurogroup Chairman Jean-Claude Juncker.

The premium investors demand to hold Greek government bonds rather than benchmark Bunds tightened 10 basis points on the news to 266 basis points, 17 basis points tighter on the day.

Greek spreads have narrowed from more than 400 basis points over Bunds in two weeks as momentum toward a bailout has gathered pace.

But markets remain wary amid uncertainty over the terms of the aid for Greece and how it might affect investor sentiment toward the 16-nation euro zone.

The euro stood at $1.3740 at 1200 GMT (7 a.m. EST).

Even with EU support, the Greek government faces a daunting challenge to consolidate its budget and restore confidence in an economy whose imbalances were exacerbated by the economic and financial crisis.

Greek public sector union ADEDY said on Thursday it would join in a February 24 strike called by private sector union GSEE to protest government austerity measures, underscoring the risk that social unrest could hamper the Greek consolidation drive.

GERMANY AND FRANCE

Germany and France were expected to take the lead in support as Italy and Spain -- the other two big economies in the euro zone -- are themselves under financial pressure.

Various options have been under discussion, including Germany buying Greek government bonds via a state-owned bank, direct budget support via the early release of EU structural funds or even issuing euro-zone bonds or turning to the IMF.

An EU government source said the aid would draw on the expertise of the European Central Bank and the International Monetary Fund, but would not involve IMF funds.

Greek Prime Minister George Papandreou told French daily Le Monde on Thursday that Greece needed psychological and political support from the EU and did not expect to call on the IMF for help. He said further speculative attacks in the markets would be a problem for all of Europe.

"If the speculation continues, it is not the business of Greece, but of the euro zone and Europe. It becomes a question of collective will to regulate the speculation," he said.

(Writing by Noah Barkin and Luke Baker; Additional reporting by Emmanuel Jarry, Julien Toyer and David Brunnstrom; Editing by Mike Peacock)
http://finance.yahoo.com/news/EU-leader ... /print?x=0




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Re: Crise Econômica Mundial

#1286 Mensagem por marcelo l. » Dom Fev 14, 2010 4:05 pm

Não é propriamente uma crise:

Saiu na FSP...muito estranho por ser o Eike o envolvido.

Sócio chinês alivia aperto no caixa da MMX, de Eike Batista

SAMANTHA LIMA
da Folha de S.Paulo, no Rio
Pressionada por dívida de R$ 1,4 bilhão, por um caixa que mal cobria os débitos com vencimento em um ano e pela falta de dinheiro para deslanchar a produção, a mineradora MMX anunciou a conclusão de acordo que lhe trará um aporte de R$ 1,2 bilhão. A operação traz alívio para as finanças -e, a julgar pelo desempenho das ações (que subiram quase 5% ontem), também ao mercado.

A empresa controlada por Eike Batista anunciou que o governo chinês autorizou a entrada do grupo de mineração e siderurgia Wisco (Wuhan Iron and Steel Corporation) como seu sócio. Trata-se de desfecho de um acordo que começou a ser negociado no segundo semestre do ano passado.

Como resultado, a MMX fará um aumento de capital (emissão de novas ações), com o objetivo de levantar até R$ 1,2 bilhão, do qual R$ 739 milhões serão aportados pelos chineses. Quando uma empresa emite novas ações, a prioridade de compra desses papéis é dos acionistas existentes, para dar-lhes o direito de não serem diluídos (ou seja, encolher em participação percentual no capital da companhia).

Para garantir ao novo sócio chinês acesso a essa oferta, Eike e outros acionistas ligados a ele abrirão mão do direito de compra das novas ações, em favor da Wisco. Assim, o grupo de Eike perderá espaço no capital da MMX. Até agora, tem cerca de 65% e passará, depois da conclusão da emissão de novas ações, a 44%. Os chineses ficarão com os 21% restantes.

Segundo a empresa, em setembro passado sua dívida chegava a R$ 1,4 bilhão, sendo R$ 668 milhões com vencimento em até um ano. No caixa, havia R$ 63 milhões. Em 2009, até setembro a empresa acumulava prejuízo de R$ 149 milhões.

Para Gilberto Cardoso, do Banif Securities, a empresa ainda precisará "entrar no mercado de dívida [como a emissão de títulos como debênture] ou então torcer para os chineses decidirem aumentar a participação na empresa".




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Re: Crise Econômica Mundial

#1287 Mensagem por delmar » Dom Fev 14, 2010 5:34 pm

.
A operação traz alívio para as finanças -e, a julgar pelo desempenho das ações (que subiram quase 5% ontem), também ao mercado
.

Alguém no mercado compra ou tem ações ações do Eike? :roll: :roll:

saudações




Todas coisas que nós ouvimos são uma opinião, não um fato. Todas coisas que nós vemos são uma perspectiva, não a verdade. by Marco Aurélio, imperador romano.
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Re: Crise Econômica Mundial

#1288 Mensagem por Bourne » Seg Fev 15, 2010 2:30 pm

Observações de um tal de Krugman sobre a crise européia. Os pontos interessantes estão grifados em vermelho que sintetizam os problemas de ter uma moeda única entre países diferentes, onde se choque uma união monetária com controle central contra uma política fiscal fragmentada.
Os bastidores da desordem europeia
Paul Krugman
Do The New York Times
Segunda, 15 de fevereiro de 2010, 14h11 Atualizada às 14h14

Fonte: http://terramagazine.terra.com.br/inter ... 28,00.html

Nos últimos dias, os noticiários estão sendo inundados com reportagens sobre a Grécia e outros países europeus. Com toda a razão. Mas a mim incomodam as abordagens que focam primariamente nas dívidas e déficits, dando a entender que a causa de todos os males é o desregramento político - estimulando as narrativas de nossos gaviões que desejam cortar os gastos, mesmo quando enfrentamos índices de desemprego ferozes, usando a Grécia como mau exemplo.

A verdade é que a falta de disciplina fiscal não é tudo, ou pelo menos não é a razão principal dos problemas da Europa - nem mesmo da Grécia, cujo governo foi inegavelmente irresponsável (e ocultou sua irresponsabilidade através da contabilidade criativa).

Não, a verdadeira história por trás da bagunça europeia não é a libertinagem política de seus líderes, mas a arrogância das elites - especialmente as elites políticas que obrigaram a Europa a adotar uma moeda única antes que estivessem realmente prontos para isso.

Veja o caso da Espanha, que pouco antes da crise parecia um país modelo de políticas fiscais. Suas dívidas eram baixas - 43% do PIB em 2007, contra 66% do Alemanha. Apresentava um superávit de orçamento. E tinha regulamentações bancárias exemplares.

Mas com seu clima ameno e suas praias, a Espanha também era a Flórida da Europa - e como a Flórida, seu mercado imobiliário estava em franco crescimento. O financiamento para esse crescimento vinha de fora do país: O capital vinha em grande parte de outros países da Europa, especialmente a Alemanha.

O resultado foi um crescimento rápido seguido de inflação significativa: Entre 2000 e 2008, os preços de mercadorias e serviços produzidos na Espanha aumentaram 35%, em comparação a um aumento de apenas 10% na Alemanha. Graças ao aumento dos preços, os produtos de exportação da Espanha tornaram-se cada vez menos competitivos, mas os empregos continuavam crescendo em decorrência do boom imobiliário.

Então a bolha estourou. O desemprego disparou e o orçamento entrou em déficit profundo. Mas a queda brusca - causada em parte pela forma com que a crise refletiu na receita pública e também pelos gastos crescentes para limitar os custos humanos da crise - foi um resultado e não a causa dos problemas da Espanha.

Mas há muito que o governo espanhol pode fazer para melhorar a situação. O principal problema econômico do país é que seus preços estão fora do padrão europeu. Se a Espanha ainda tivesse utilizando sua antiga moeda, poderia remediar o problema rapidamente com uma desvalorização, reduzindo, por exemplo, a peseta em 20% com relação às outras moedas europeias. Mas a Espanha não tem mais sua própria moeda, o que significa que só pode recuperar sua competitividade através de uma deflação lenta e dolorosa.

Não, se a Espanha fosse um estado norte-americano as coisas não seriam tão ruins. Em primeiro lugar, os custos e preços não teriam chegado aonde chegaram: A Flórida, que tem total liberdade para atrair trabalhadores de outros estados e manter os custos de mão de obra baixos, nunca passou pela inflação que a Espanha enfrenta. Por outro lado, a Espanha estaria recebendo um apoio significativo e automático para a crise: O crescimento imobiliário na Flórida murchou, mas Washington continua mandando contribuições de Segurança Social e do Medicare.

Mas a Espanha não é um estado norte-americano e continua com grandes problemas. A Grécia, claro, está mais afundada em dívidas porque os gregos, ao contrário dos espanhóis, foram inegavelmente irresponsáveis. No entanto, a Grécia possui uma economia pequena, e a crise deles importa porque está contaminando economias maiores como a da Espanha. Então, no centro da crise, encontramos a inflexibilidade do Euro e não os gastos deficitários.

Mas isso já era de se esperar. Muito antes de o Euro ser criado, os economistas da época alertavam que a Europa não estava pronta para a adoção de uma moeda única. Mas os avisos foram ignorados e a crise chegou.

E agora? Na prática, não seria possível dissolver o Euro. Como diz Barry Eichengreen, da Universidade da Califórnia em Berkley, uma tentativa de estabelecer moedas nacionais novamente criaria a "mãe de todas as crises financeiras". Então o único jeito é olhar para frente: Para fazer o Euro funcionar, a Europa precisa trabalhar para promover uma união política entre seus países, para que as nações europeias funcionem mais como os estados dos Estados Unidos.

Mas isso não vai acontecer tão cedo. O que provavelmente veremos nos próximos anos é um processo doloroso de lenta recuperação: Incentivos acompanhados de exigências de rígida austeridade, em um cenário de muito desemprego, perpetuado pela deflação dolorosa mencionada anteriormente. É um cenário muito negativo. Mas é importante compreender a natureza do maior defeito da Europa. Sim, alguns governos foram irresponsáveis; mas o problema fundamental foi a arrogância, a crença insolente de que a Europa poderia trabalhar com uma moeda única, mesmo quando tudo indicava que ela não estava pronta para isso.

Paul Krugman é economista, professor da Universidade de Princeton e colunista do The New York Times. Ganhou o prêmio Nobel de economia de 2008. Artigo distribuído pelo New York Times News Service.




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Re: Crise Econômica Mundial

#1289 Mensagem por Bourne » Seg Fev 15, 2010 3:59 pm

O texto é meio depressivo como os franceses, mas parece interessante.

Achei no AgoraVox que é um site francês de opinião, mas como na França todo mundo entende de marxismo e sistema financeiro :roll:
Crise de l’euro : les premières conséquences internes et externes
Philippe Vassé
Fonte: http://www.agoravox.fr/actualites/econo ... eres-69953

Plus personne de raisonnable ne nie plus -à quelques exceptions isolées- la crise de l’euro et donc de la zone euro.

De même, plus personne de sensé -sauf quelques rares négateurs des faits les plus évidents- n’essaie plus de nier les causes réelles de la crise et leurs conséquences, internes et externes à la zone euro.

Bien évidemment, personne ne nie aussi la crise mondiale qui continue à faire sentir aux citoyens du monde ses terribles effets, crise mondiale qui frappe une zone euro affaiblie, divisée et sans cohésion. Des difficultés de Dubaï à celles de Singapour, des problèmes soulevées par la dette britannique qui a explosé jusqu’à la situation critique des Etats d’Europe centrale et orientale, nier ces crises inter-dépendantes est devenu aussi vain que sans objet.

A cela s’ajoute le combat commercial, bancaire et financier entre la Chine et les Etats-Unis, ce dernier pays cherchant à limiter ses dépenses publiques, ce qui n’est pas, de l’avis des économistes les plus connus et appréciés, une décision sage, surtout en ce moment de crise mondiale.

La réalité étant acquise et ayant pris le pas sur des a-priori psychologiques et politiques des uns et des autres, il convient de regarder vers l’avenir, en tenant compte des évènements et de leurs différents paramètres : économiques, sociaux, politiques, monétaires, nationaux, continentaux et internationaux.

Cet article se propose de regarder les réalités constatées afin d’en déduire les tendances lourdes pour le futur.

Zone euro : dehors, dedans, le chaos devient général

Les données statistiques OFFICIELLES des pays de la zone euro disent tout. Il suffit aux récalcitrants refusant les réalités de les lire avec attention, sans se contenter des titres médiatiques finement orientés vers un pseudo-optimisme béat sans aucune base concrète.

Le Produit Intérieur Brut (P. I. B) de la zone (comprenant 16 pays) a chuté en 2009, officiellement, hors trucages possibles des données, de - 4% !!! Un record historique dans la régression.

La France a connu, dans ce contexte, sa pire récession depuis la seconde guerre mondiale (- 2,2% ) en 2009. L’Italie est entrée en récession. L’Allemagne, la locomotive de la zone euro, a vu son P.I.B reculer de -5% en 2009, un autre record catastrophique !!!

Les 27 Etats de l’UE- donc les 16 de la zone euro et les 11 autres qui n’y sont pas- ont vu leur P. I.B commun s’effondrer de -4,1%, ceci intégrant de fortes variations internes !!!

Quelques sources officielles en français pour les lecteurs non encore informés de ces réalités connues dans le monde entier et/ou ceux qui s’acharnent dans le déni des évidences reconnues et acceptées par le monde entier sont apportées ci-dessous :

http://french.cri.cn/720/2010/02/13/221s212129.htm

http://www.tsr.ch/tsr/index.html?siteSe ... d=11799811

http://www.lexpansion.com/economie/actu ... 24575.html

Au passage, il sera noté que le P. I. B américain a cru en 2009, de 1,9%, à l’opposé de celui de la zone euro et de l’UE qui a fortement chuté. Un décalage s’opère aussi sur ce plan. Cette fracture rappelle que l’Europe perd sa place sur le marché mondial, au profit d’autres puissances ascendantes : Chine, Inde, Brésil, Russie, Corée du Sud notamment.

Si on traduit ces réalités par une image évocatrice par son pouvoir de comparaison : le train de la zone euro est arrêté en rase campagne après avoir reculé durant un an. Sa puissante locomotive-tractrice allemande est en effet en panne après avoir tiré en marche arrière, les 15 wagons ont tendance à voir leur système d’accrochage entre eux se défaire et certains wagons lourds glissent toujours en arrière, sans frein.

Cette réalité est doublée d’une autre, encore plus pénible, mais vraie : le Royaume-Uni- centre financier européen adossé à la zone euro- est aussi sur-endetté, sans perspective d’amélioration visible. Sa monnaie devient aussi facteur d’instabilité grave : la menace d’une faillite du Royaume-Uni devient plus qu’une probabilité, elle est maintenant possible à court terme.

Il est inutile de revenir ici sur les conséquences d’une faillite de ce pays, centre financier de liaison entre la zone euro, les pays de l’UE et le marché financier mondial, tant celles-ci sautent aux yeux des plus médiocres en matière économique :

http://www.lexpansion.com/economie/actu ... 72897.html

Pire encore, les wagons de réserve, qui devaient être raccrochés au train en panne, ont de si grosses difficultés que leur jonction avec le convoi immobilisé est remis à des dates de plus en plus lointaines et incertaines (Pologne, Etats baltes, Hongrie, Roumanie,...).

Sans parler d’autres Etats d’Europe Centrale, Orientale et Méridionale, qui, eux, sont carrément entrés dans des récessions profondes assorties de crises sociales et politiques qui s’aiguisent (Hongrie, Roumanie). Le chiffre de -4,1% de P.I.B pour toute la zone UE cache en effet des différences importantes entre les pays dans la gravité et la profondeur de la récession qui les frappe.

A l’extrémité Est de l’Union européenne, l’Ukraine, dont la santé économique n’est pas des plus florissantes, tend à resserrer plutôt ses liens avec la Russie qu’avec une UE en panne, en crise, impuissante et divisée.

http://www.tdg.ch/actu/monde/douze-trav ... 2010-02-08

Tel est le tableau général interne et externe de la zone euro qui s’offre aux yeux effarés des observateurs attentifs en ce début 2010.

Les processus et tendances pour 2010

A lire les médias français, qui ont, pour beaucoup, une vraie difficulté à suivre et comprendre les affaires du monde, la tendance actuelle serait à une sortie de crise (sic... !). Cette vision isolée des avis mondiaux est vue, de l’extérieur de l’hexagone, comme une « étrangeté », voire une « absurdité » franco-française.

Cette forme déraisonnable de « méthode Coué » - niant des faits publics et connus du monde entier- surprend, d’autant plus que les données chiffrées sont publiques, accessibles et diffusées largement, quoique souvent avec des titres et des sous-titres radicalement trompeurs, voire en contradiction avec le contenu des articles...lorsque, encore, ceux-ci apportent tous les éléments statistiques et n’évitent pas de les publier !

Il ressort cette curieuse impression internationale que le public français est laissé dans un état de sous-information manifeste alors que les opinions publiques d’autres pays (Royaume-Uni, Dubaï, Japon, Canada, Etats-Unis, Chine, Corée du Sud,....) sont largement informées des évènements et en reçoivent généralement des analyses conformes aux faits.

Ainsi, lorsque la Chine resserre pour la deuxième fois depuis début 2010 ses règles prudentielles pour ses banques, ceci alors que ses marchés boursiers fluctuent quelque peu dangereusement avec des bulles spéculatives menaçantes, la surprise dans la date est internationale, mais en France, c’est la décision même qui semble totalement inattendue alors que l’économiste américain Nouriel Roubini l’avait annoncée comme inscrite dans les évènements, par nécessité, voici peu :

Lien en anglais :

http://www.cnbc.com/id/35363938

Lien en anglais sur ce sujet :

http://www.cnbc.com/id/35362919

Il suffit d’ajouter les difficultés financières venant de Dubaï et de Singapour, sans oublier la dette américaine en augmentation constante et les ennuis du Japon, pour comprendre sous quels auspices funestes commence l’année 2010.

Pour apprécier ce qui se passe à l’Est de l’Europe dans les Etats qui voulaient frapper à la porte de la zone euro, un lien anglais permet de se représenter la souffrance des populations soumises à des reculs civlisationnels et sociaux profonds afin de rentrer dans les fameux critères de Maastricht au moment où les pays fondateurs les ont largement violés sans répit :

http://www.nytimes.com/2010/02/12/busin ... ref=global

Que déduire de tout cela et de ces processus contradictoires, mais combinés ?

La déduction première, qui tombe sous le sens commun, est double :

1- La zone euro a de facto explosé en deux sous-groupes qui ne peuvent plus s’assembler sur des critères économiques, sociaux et financiers communs : en gros, les pays de la zone Sud avec quelques autres d’un côté : la Grèce, l’Espagne, le Portugal, l’Italie, l’Irlande du Sud, et potentiellement, la France. De l’autre, le reste des Etats membres de la zone. Sachant que les Etats du second groupe glissent progressivement du second groupe vers le premier, inexorablement.

2- La crise mondiale va affecter, bien évidemment, d’abord les Etats les plus fragilisés à ce jour, mais elle va aussi de plus en plus peser sur les autres, d’autant que les problèmes initiaux fondamentaux des fameux PIIGS ne sont en rien résolus, ni en voie de l’être.

En résumé, une fracture progressive déchire la zone euro, mais aussi toute l’UE maintenant, et ce d’autant plus que tout le monde a compris que l’euro ne protégeait plus personne de rien, et surtout pas d’une terrible récession comme celle vécue en 2009, ni des crises mondiales !

Dans les pays qui frappaient à la porte de la zone euro, le désir de rentrer dans ce groupe en crise faiblit. Ce constat est valable tant pour les sphères gouvernementales que dans les populations, au vu de cette crise qui a détruit la confiance dans les promesses faites en échange de sacrifices de plus en plus rejetés par les citoyens. Ceci est notoirement frappant en Pologn, mais pas seulement.

Quant aux pays hors zone euro qui sont frappés par une récession qui devient dramatique, ils ne peuvent plus, indépendamment de leurs souhaits passés ou présents, prétendre à rentrer dans la zone euro avant.....un temps de plus en plus lointain !

En un mot, l’objectif d’une zone monétaire unique européenne est gravement menacé : la moindre sortie d’un pays, une faillite retentissante ou bien la démonstration de l’absence de réelle solidarité au sein de l’UE et de la zone euro achèveraient de rendre impossible ce but tout en disloquant la zone euro comme telle.

La liste des dangers les plus flagrants en 2010

Récapitulonss, en forme d’inventaire à la Prévert, sans ordre aucun car les faits règleront cette question, les principaux dangers qui menacent, de par ces processus divers, mais combinés, la zone euro et aussi dorénavant plus clairement, les économies des 27 Etats de l’UE.

1- Menace de faillite du Royaume-Uni d’abord et d’autres Etats en zone euro ensuite : une faillite du Royaume-Uni, bien que non-membre de la zone euro, serait mortelle pour cette dernière et pousserait, dans la panique générale, vers la sortie de cette zone.

2- Appronfondissement des fractures internes à la zone euro et dans l’UE, menant à des revendications politiques et financières dislocatrices tant de l’UE que de la zone euro.

3- Crises sociales et politiques graves dans des pays de l’UE qui sont, en plus de la crise, poussés par leurs gouvernements à des politiques de reculs sociaux et civilisationnels importants, afin de satisfaire à des critères que pas un Etat de la zone euro ne respecte !

4- Possibilités de sorties de la zone euro de plusieurs pays, à commencer par ceux du Sud, du fait de difficultés sociales et politiques insolubles dans le cadre de la zone euro et des politiques régressives imposées pour y demeurer.

5- Rejet croissant par les opinions des pays de l’UE non-membres de la zone euro de l’hypothèse d’entrée dans cette dernière, ceci sous l’effet des sacrifices exorbitants et intolérables demandés dans ce but. Ce but apparaît dorénavant sans aucun intérêt collectif majeur.

6- Risques de récession accrus en zone euro tandis que la récession s’approfondirait pour les autres pays de l’UE, surtout au Centre et à l’Est de l’Europe. Ceci impliquerait une multiplication des crises sociales et politiques entravant de facto toute politique collective cohérente au niveau de la zone euro.

7- Probabilités de changements, poussés par les évènements, des statuts de la BCE et des Traités de l’UE, ce qui décridibiliserait encore plus les critères d’entrée dans la zone euro et l’UE. Les pays encore demandeurs à l’entrée dans la zone euro se sentiraient trahis, voire furieux que l’on change les règles collectives alors qu’eux ont souffert pour les respecter à la lettre.

8- Dangers de crise politique et sociale majeure en Allemagne, notamment si la situation dans la zone euro amenait le gouvernement de ce pays à prendre en charge, d’une manière quelconque, des charges financières non-allemandes.

9- Dangers similaires pour la France dont les déficits et les dettes ne peuvent pas être contenus, sauf à risquer une véritable révolte sociale de la population, qui se tournerait naturellement contre l’UE et la zone euro, vues comme coupables et responsables de régressions sociales inacceptables (retraites, santé publique, enseignement, transports, salaires, etc...)

10- Menace de chocs extérieurs, aggravant les difficultés internes citées plus haut, issus de la crise mondiale qui se poursuit : nouvelle crise financière ou bancaire, inflation, explosion de bulles spéculatives....

Voici donc un menu général des possibilités pour l’année 2010 qui peut aussi être servi par les évènements à la carte.

NB : l’auteur a placé des liens vers des informations publiques connues du monde entier, en langues française et anglaise pour que les lecteurs puissent avoir accès à des données globales. Il a renoncé à quelques liens très instructifs vers des articles de presse en mandarin, en japonais et en coréen, bien que ceux-ci soient aussi d’un intérêt certain. Avec ces données, il s’agit de pallier autant que possible les manques évidents des médias français sur les sujets abordés, conduisant une partie de l’opinion française à, soit ignorer totalement faits et chiffres connus du monde entier, soit à en nier les analyses existantes faites au niveau international, ce qui est assez dommageable et altère gravement la formation d’avis librement construits.




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Re: Crise Econômica Mundial

#1290 Mensagem por Bourne » Seg Fev 15, 2010 4:08 pm

Esquecemos a Europa por alguns minutos e nos voltamos a economia mundial. Está a opinião de um mano sangue nos zóio chamado Michel Aglietta, sua página on-line: < http://www.cepii.fr/page_perso/media_fr ... 20Aglietta >. O Cepii também é muito legal :lol: 8-]
Analyse / Prospective de l'économie mondiale
01/02/2010 | 11:05

Fonte: < http://www.cepii.fr/francgraph/presse/2 ... 010210.pdf>

(AOF / Funds) - La crise financière est le moment initial d'une profonde mutation de l'économie
mondiale. Car elle a marqué la fin d'un mode de croissance insoutenable. La débâcle financière a
d'abord été celle d'un secteur financier devenu prédateur. Mais cette posture a été rendue possible
par la dérive de longue durée de l'endettement de l'économie privée qui a entraîné la consommation
bien au-delà du pouvoir d'achat des revenus des salariés, lesquels n'ont pas suivi les progrès de
productivité. Cette distorsion a été exacerbée par l'élargissement démesuré des inégalités sociales. La
crise sociale se double d'une crise écologique. En effet, l'augmentation massive de la consommation à
la mode américaine a polarisé la croissance des pays émergents sur un modèle d'exportation
destructeur de capital naturel, en sus des dégradations infligées dans les pays occidentaux. Le coût
rapidement croissant des ressources énergétiques et alimentaires exerce une pression intolérable sur
l'écosystème planétaire.

La transition en Occident passe par le désendettement prolongé du secteur privé et la remontée de
l'épargne. Ce processus dépressif est amorti par l'essor des dettes publiques sans stopper
l'augmentation inexorable du chômage. Il s'ensuit une croissance basse à moyen terme.
Corrélativement, les pays émergents doivent réorienter leur mode de croissance pour soutenir le
rattrapage de leur niveau de vie. Une profonde transformation des rapports de puissance économique
dans le monde va en résulter. Quels sont les facteurs à long terme qui peuvent faire de ce
basculement le processus porteur d'une ère de prospérité mondiale ?

La première évolution est la transition démographique. Dans les pays développés, la population d'âge
actif va baisser dans les prochaines décennies et le poids des retraités va augmenter. Au contraire, la
baisse de la fécondité dans les pays en développement va entraîner un accroissement du poids de la
population d'âge actif pendant deux décennies avant que le vieillissement ne se fasse sentir. Il en
résulte de grandes opportunités de croissance si les pays développés transfèrent du capital et de la
technologie ; ce qu'ils auront intérêt à faire puisque les rendements élevés se trouveront dans le reste
du monde.

La seconde évolution est le renouvellement du progrès technique. Les grandes phases d'essor du
capitalisme ont été marquées par des vagues d'innovations séculaires en quatre phases. La première
est celle de l'invention, de l'exploration des domaines possibles d'usage et de mise au point de
procédés techniques. La seconde est la phase rapide de diffusion commerciale dans les pays à
niveau de vie élevé, proches des foyers d'innovation. C'est la phase de la croissance forte et des
hauts profits. Elle provoque une transformation des modes de consommation, mais se heurte
finalement à la surproduction qui engendre la troisième phase marquée par une crise d'adaptation. Au
terme de celle-ci, l'innovation se banalise et abaisse ses coûts ; ce qui ouvre le champ à la quatrième
phase, dite de maturité, où l'expansion de la demande se fait dans des strates de revenus plus
modestes et dans l'ensemble du monde capitaliste.

La nouvelle vague est celle des technologies de l'environnement dont la croissance de diffusion
dépend d'une prise de conscience politique. L'outil de la cohérence macroéconomique des politiques
est l'accroissement de la richesse sociale généralisée qui incorpore une mesure étendue du capital.
Elle englobe non seulement le capital productif au sens de la comptabilité nationale, mais aussi le
capital humain et le capital naturel. Un régime de croissance est soutenable s'il ne décumule pas du
capital au sens étendu, donc si la variation de la richesse sociale généralisée n'est pas négative.
Cette conception de la croissance modifierait profondément les politiques économiques. Du côté de la
composante humaine de la richesse, la priorité est l'éducation et les déterminants de base de la santé
dans les pays en développement, l'augmentation des taux de participation féminine, ainsi que l'égalité
des opportunités et des rémunérations, l'éducation sur toute la vie et la responsabilité collective de la
protection de l'épargne retraite dans les pays développés. Du côté de la composante naturelle, c'est le
déploiement des outils (taxe carbone, marchés des droits, réglementations, subventions) pour
modérer le changement climatique.




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