Estratégia Nacional de Defesa
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- Marino
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Re: Estratégia Nacional de Defesa
Uma outra questão a ser compreendida, antes de continuar a analisar o artigo (não sei se vale a pena, pois o pessoal já descascou o mesmo), é sobre o entendimento de Grande Política e Grande Estratégia.
Estes são conceitos emitidos pelo General Beaufre, brilhante estrategista francês, para designar as Políticas e Estratégias NACIONAIS, as que são emitidas para manter ou conquistar os Objetivos Nacionais Permanentes, as que envolvem todos os setores governamentais, toda a nação, todas as forças vivas, e não somente um setor.
Em outro nível estão as Políticas e Estratégias SETORIAIS, estas sim no nível que o autor do artigo quer.
No Brasil existem a Política de Defesa Nacional (a ser transformada em Política NACIONAL de Defesa) e a Estratégia NACIONAL de Defesa.
Em nível inferior, existem a Política MILITAR de Defesa e a Estratégia MILITAR de Defesa.
Abaixo estão planos, doutrinas, diretivas, etc.
Estes são conceitos que o autor "pulou" em seu artigo.
Estes são conceitos emitidos pelo General Beaufre, brilhante estrategista francês, para designar as Políticas e Estratégias NACIONAIS, as que são emitidas para manter ou conquistar os Objetivos Nacionais Permanentes, as que envolvem todos os setores governamentais, toda a nação, todas as forças vivas, e não somente um setor.
Em outro nível estão as Políticas e Estratégias SETORIAIS, estas sim no nível que o autor do artigo quer.
No Brasil existem a Política de Defesa Nacional (a ser transformada em Política NACIONAL de Defesa) e a Estratégia NACIONAL de Defesa.
Em nível inferior, existem a Política MILITAR de Defesa e a Estratégia MILITAR de Defesa.
Abaixo estão planos, doutrinas, diretivas, etc.
Estes são conceitos que o autor "pulou" em seu artigo.
"A reconquista da soberania perdida não restabelece o status quo."
Barão do Rio Branco
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Re: Estratégia Nacional de Defesa
Para o autor não haveria necessidade de FA, somente de diplomatas.Em uma palavra, questões militares e assuntos diplomáticos não são encargos
para amadores, como soe acontecer ocasionalmente em certos meios (ou épocas). O
preço a pagar pelo idealismo nessas matérias é muito alto, e ele não tem a ver apenas
com os recursos financeiros da nação – ou seja, o meu, o seu, o nosso dinheiro – e sim
com a completa inadequação de uma estratégia qualquer – qualquer que seja o seu
conteúdo nacional – com os fins pretendidos, supostamente de defesa. A menos, é
claro, que a intenção não declarada seja a de não fazer a guerra, mesmo em última
instância, o que sempre pode ser uma escolha de civis (eventualmente diplomatas),
mas que na mente dos generais não parece ser a opção mais adequada. Back to work!
Extremamente preconceituoso.
"A disciplina militar prestante não se aprende senhor, sonhando e na fantasia, mas labutando e pelejando." (CAMÕES)
Jauro.
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Re: Estratégia Nacional de Defesa
Extremamente outra coisa Jauro, você é que está sendo diplomático.
- LeandroGCard
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Re: Estratégia Nacional de Defesa
Vale sim amigo Marino.Marino escreveu:Uma outra questão a ser compreendida, antes de continuar a analisar o artigo (não sei se vale a pena, pois o pessoal já descascou o mesmo), é sobre o entendimento de Grande Política e Grande Estratégia.
Estes são conceitos emitidos pelo General Beaufre, brilhante estrategista francês, para designar as Políticas e Estratégias NACIONAIS, as que são emitidas para manter ou conquistar os Objetivos Nacionais Permanentes, as que envolvem todos os setores governamentais, toda a nação, todas as forças vivas, e não somente um setor.
Em outro nível estão as Políticas e Estratégias SETORIAIS, estas sim no nível que o autor do artigo quer.
No Brasil existem a Política de Defesa Nacional (a ser transformada em Política NACIONAL de Defesa) e a Estratégia NACIONAL de Defesa.
Em nível inferior, existem a Política MILITAR de Defesa e a Estratégia MILITAR de Defesa.
Abaixo estão planos, doutrinas, diretivas, etc.
Estes são conceitos que o autor "pulou" em seu artigo.
Ainda há pontos interessantes a debater, embora no todo o artigo não merecesse mesmo muita atenção. Pode continuar seus comentários dos ítens que achar mais interessantes e vamos (ou pelo menos eu vou) entrando com nossas opiniões conforme a discussão continua.
Um grande abraço,
Leandro G. Card
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Re: Estratégia Nacional de Defesa
Ao fim e ao cabo, uma estratégia de defesa – deixemos o nacional de lado,
pois ele será fatalmente reinserido por nossos bravos formuladores – deve responder
às necessidades percebidas por estadistas e generais, não corresponder às angústias
teóricas de alguns ideólogos disfarçados em planejadores, como parece ter sido o caso
desta primeira experiência de redação.
Aqui o autor está chateado porque os mentores do plano são o Manga e o Jobim e não ele.
Os requisitos metodológicos e os componentes
conceituais são relativamente simples: o documento deve ser uma estratégia e ele
deve tratar de defesa. Para tanto seria indispensável algum trabalho preliminar de
análise de terreno – inclusive no contexto global –, de balanço de recursos, de
identificação de ameaças credíveis, de definição de ferramentas, de estimação de
custos, de estabelecimento de planos táticos e de disposição das forcas nos espaços
definidos pela estratégia.
Isso seria um plano no nível Estratégico Combinado, muito miudinho para o escalão considerado.
Estranho, planos estratégicos com planos táticos apensos. Ou um ou outro.
Pode-se até ser ambicioso quanto aos meios, mas não se
deve deixar o terreno no qual se pisa para passear pelo Olimpo filosófico dos deuses
da guerra.
Mera depreciação infundada.
pois ele será fatalmente reinserido por nossos bravos formuladores – deve responder
às necessidades percebidas por estadistas e generais, não corresponder às angústias
teóricas de alguns ideólogos disfarçados em planejadores, como parece ter sido o caso
desta primeira experiência de redação.
Aqui o autor está chateado porque os mentores do plano são o Manga e o Jobim e não ele.
Os requisitos metodológicos e os componentes
conceituais são relativamente simples: o documento deve ser uma estratégia e ele
deve tratar de defesa. Para tanto seria indispensável algum trabalho preliminar de
análise de terreno – inclusive no contexto global –, de balanço de recursos, de
identificação de ameaças credíveis, de definição de ferramentas, de estimação de
custos, de estabelecimento de planos táticos e de disposição das forcas nos espaços
definidos pela estratégia.
Isso seria um plano no nível Estratégico Combinado, muito miudinho para o escalão considerado.
Estranho, planos estratégicos com planos táticos apensos. Ou um ou outro.
Pode-se até ser ambicioso quanto aos meios, mas não se
deve deixar o terreno no qual se pisa para passear pelo Olimpo filosófico dos deuses
da guerra.
Mera depreciação infundada.
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- Marino
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Re: Estratégia Nacional de Defesa
Estratégia Nacional de Defesa poderá ser analisada pelo Congresso
Em reunião com o deputado Raul Jungmann (PPS-PE), o ministro da Defesa, Nelson Jobim, aceitou a sugestão de que a Estratégia Nacional de Defesa seja aprovada pelo Congresso Nacional e revisada de quatro em quatro anos, no meio do mandato do presidente da República. Atualmente, a formatação desse plano é de responsabilidade exclusiva do Executivo.
“É uma decisão inédita que vai ampliar a responsabilidade do Congresso nesse tema, justamente em um momento em que o Brasil ganha maior peso no cenário internacional. Cria a cultura de que a política de defesa não é uma questão de governo, mas de Estado, além de promover a democratização desse debate”, avaliou Jumgmann, que preside a Frente Parlamentar da Defesa Nacional. Jungmann lembrou que com a decisão o Brasil passa a integrar um grupo de países, como Espanha, França, Inglaterra e Estados Unidos, que já adotam tal postura.
A mudança deve ser incluida no projeto (PLP 543/09), já enviado pelo governo ao Congresso, que altera a lei complementar 97 e cria o Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas, além centralizar a política de aquisição de material militar. “O ministro Jobim só ficou de estudar como incluir a medida no texto do projeto”, explicou Jungmann, que inicialmente foi comunicar ao ministro que iria apresentar uma emenda ao projeto nesse sentido.
Jobim e Jungmann também debateram a criação do Livro Branco da Defesa Nacional, um documento público, que descreve o contexto amplo das estratégias de Defesa com uma perspectiva de médio e longo prazos.
Em reunião com o deputado Raul Jungmann (PPS-PE), o ministro da Defesa, Nelson Jobim, aceitou a sugestão de que a Estratégia Nacional de Defesa seja aprovada pelo Congresso Nacional e revisada de quatro em quatro anos, no meio do mandato do presidente da República. Atualmente, a formatação desse plano é de responsabilidade exclusiva do Executivo.
“É uma decisão inédita que vai ampliar a responsabilidade do Congresso nesse tema, justamente em um momento em que o Brasil ganha maior peso no cenário internacional. Cria a cultura de que a política de defesa não é uma questão de governo, mas de Estado, além de promover a democratização desse debate”, avaliou Jumgmann, que preside a Frente Parlamentar da Defesa Nacional. Jungmann lembrou que com a decisão o Brasil passa a integrar um grupo de países, como Espanha, França, Inglaterra e Estados Unidos, que já adotam tal postura.
A mudança deve ser incluida no projeto (PLP 543/09), já enviado pelo governo ao Congresso, que altera a lei complementar 97 e cria o Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas, além centralizar a política de aquisição de material militar. “O ministro Jobim só ficou de estudar como incluir a medida no texto do projeto”, explicou Jungmann, que inicialmente foi comunicar ao ministro que iria apresentar uma emenda ao projeto nesse sentido.
Jobim e Jungmann também debateram a criação do Livro Branco da Defesa Nacional, um documento público, que descreve o contexto amplo das estratégias de Defesa com uma perspectiva de médio e longo prazos.
"A reconquista da soberania perdida não restabelece o status quo."
Barão do Rio Branco
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Re: Estratégia Nacional de Defesa
Aí Marino e Jauro, falem a verdade, vocês achavam que iam estar na ativa e ver isso algum dia?
Eu nunca que imaginei que a coisa seria um dia tratada desse jeito, com status de lei. E vai sair mesmo, para a desgraça dos que nos querem debaixo do tacão.
Espero que os senhores ainda desfrutem dos avanços que desta lei virão.
Eu nunca que imaginei que a coisa seria um dia tratada desse jeito, com status de lei. E vai sair mesmo, para a desgraça dos que nos querem debaixo do tacão.
Coisa de primeiro mundo mesmo.Em reunião com o deputado Raul Jungmann (PPS-PE), o ministro da Defesa, Nelson Jobim, aceitou a sugestão de que a Estratégia Nacional de Defesa seja aprovada pelo Congresso Nacional e revisada de quatro em quatro anos, no meio do mandato do presidente da República. Atualmente, a formatação desse plano é de responsabilidade exclusiva do Executivo.
Espero que os senhores ainda desfrutem dos avanços que desta lei virão.
- Marino
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Re: Estratégia Nacional de Defesa
Ano passado vi coisas que nunca imaginei ver (com sentido favorável, que fique claro).
Coisas ainda acontecerão este ano.
É só esperar.
Coisas ainda acontecerão este ano.
É só esperar.
"A reconquista da soberania perdida não restabelece o status quo."
Barão do Rio Branco
Barão do Rio Branco
Re: Estratégia Nacional de Defesa
É como eu te disse, eu não imaginava ver as coisas andando dessa maneira no Brasil.
O mais importante é que vai se tornar política de estado.
Quanto as novidades, aguardemos em confiança.
O mais importante é que vai se tornar política de estado.
Quanto as novidades, aguardemos em confiança.
- Francoorp
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Re: Estratégia Nacional de Defesa
Carlos Mathias escreveu:Aí Marino e Jauro, falem a verdade, vocês achavam que iam estar na ativa e ver isso algum dia?
Eu nunca que imaginei que a coisa seria um dia tratada desse jeito, com status de lei. E vai sair mesmo, para a desgraça dos que nos querem debaixo do tacão.
Coisa de primeiro mundo mesmo.Em reunião com o deputado Raul Jungmann (PPS-PE), o ministro da Defesa, Nelson Jobim, aceitou a sugestão de que a Estratégia Nacional de Defesa seja aprovada pelo Congresso Nacional e revisada de quatro em quatro anos, no meio do mandato do presidente da República. Atualmente, a formatação desse plano é de responsabilidade exclusiva do Executivo.
Espero que os senhores ainda desfrutem dos avanços que desta lei virão.
Incrivel isso ne´?
As coisas estao mudando... pra melhor creio!!
Re: Estratégia Nacional de Defesa
Infelizmente este texto critico a END, mostra-se preconceituoso, pois o mesmo trata nossa oficialidade, como seres tacanhos sem opinião e estudo, o que desqualifica o própio texto.
-
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Re: Estratégia Nacional de Defesa
Minha crítica derradeira ao Sr da Guerra.
Clausewitz em 1832 vivia o final das conquistas napoleônicas e o advento do imperialismo anglo-saxão. Uma situação real, a Europa era um caldeirão de guerra borbulhante de vários conflitos apaziguados e emergentes e outras lutas de unificação e desmembramentos territoriais que estavam por acontecer.
Em termos bélicos e estratégicos tudo era visível e palpável.
É preciso contextualizar a obra de Clausewitz, sobre a ótica da Ordem da Santa Aliança, uma constelação geopolítica muito importante na história, em que cinco potências dividiam o poder mundial- Inglaterra, Prússia, França, Áustria e Rússia. Considera-se um consenso nas análises das Relações Internacionais, que o equilíbrio resultante desta Ordem impossibilitou uma guerra, envolvendo todos esses impérios.
Em seu livro Clausewitz trata “DA GUERRA” e não da “DEFESA”.
O prussiano tinha por máxima que na Guerra, na batalha, na luta a defensiva, ou a defesa, como parte da manobra era em si mais forte que a ofensiva. Mas este é um conceito, que além de ultrapassado, refere-se às manobras-táticas (ofensiva/defensiva) e não às estratégicas.
Estas situações se contrapõem ao “status quo” atual e onde o autor fundamentou sua crítica, tomando o Estrategista prussiano fora do contexto e ao pé da letra.
Diz o autor:
“Aparentemente, os estadistas do Brasil (se é que os há) e os seus generais
(estes certamente existem) ainda não conseguiram entender a natureza da ‘guerra’ em
que o Brasil estaria supostamente envolvido, se é que existe algo parecido a uma
guerra na qual o País poderia estar envolvido; do contrário, seus formuladores não
teriam concebido um documento tão idealista e tão distante dos desafios colocados ao
País e alheio à realidade efetiva das coisas – la verità effetuale delle cose, como diria
? Clausewitz, Sobre a Guerra, 1832, parágrafo 27, “Influência desta concepção sobre o
entendimento correto da história militar, e sobre os fundamentos da teoria”, do Livro I:
“Sobre a Natureza da Guerra”, da tradução de J. J. Graham, de 1873”
A guerra de Clausewits era latente, regular e certa (visível e palpável).
A dos nossos tempos é pouco provável, irregular, regular, nuclear, fluída, assimétrica e incerta.
Obs.
"os estadistas do Brasil (se é que os há)"
Ele coloca em dúvida sua própria existência como estadista.
Clausewitz em 1832 vivia o final das conquistas napoleônicas e o advento do imperialismo anglo-saxão. Uma situação real, a Europa era um caldeirão de guerra borbulhante de vários conflitos apaziguados e emergentes e outras lutas de unificação e desmembramentos territoriais que estavam por acontecer.
Em termos bélicos e estratégicos tudo era visível e palpável.
É preciso contextualizar a obra de Clausewitz, sobre a ótica da Ordem da Santa Aliança, uma constelação geopolítica muito importante na história, em que cinco potências dividiam o poder mundial- Inglaterra, Prússia, França, Áustria e Rússia. Considera-se um consenso nas análises das Relações Internacionais, que o equilíbrio resultante desta Ordem impossibilitou uma guerra, envolvendo todos esses impérios.
Em seu livro Clausewitz trata “DA GUERRA” e não da “DEFESA”.
O prussiano tinha por máxima que na Guerra, na batalha, na luta a defensiva, ou a defesa, como parte da manobra era em si mais forte que a ofensiva. Mas este é um conceito, que além de ultrapassado, refere-se às manobras-táticas (ofensiva/defensiva) e não às estratégicas.
Estas situações se contrapõem ao “status quo” atual e onde o autor fundamentou sua crítica, tomando o Estrategista prussiano fora do contexto e ao pé da letra.
Diz o autor:
“Aparentemente, os estadistas do Brasil (se é que os há) e os seus generais
(estes certamente existem) ainda não conseguiram entender a natureza da ‘guerra’ em
que o Brasil estaria supostamente envolvido, se é que existe algo parecido a uma
guerra na qual o País poderia estar envolvido; do contrário, seus formuladores não
teriam concebido um documento tão idealista e tão distante dos desafios colocados ao
País e alheio à realidade efetiva das coisas – la verità effetuale delle cose, como diria
? Clausewitz, Sobre a Guerra, 1832, parágrafo 27, “Influência desta concepção sobre o
entendimento correto da história militar, e sobre os fundamentos da teoria”, do Livro I:
“Sobre a Natureza da Guerra”, da tradução de J. J. Graham, de 1873”
A guerra de Clausewits era latente, regular e certa (visível e palpável).
A dos nossos tempos é pouco provável, irregular, regular, nuclear, fluída, assimétrica e incerta.
Obs.
"os estadistas do Brasil (se é que os há)"
Ele coloca em dúvida sua própria existência como estadista.
"A disciplina militar prestante não se aprende senhor, sonhando e na fantasia, mas labutando e pelejando." (CAMÕES)
Jauro.
Jauro.
- Sterrius
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Re: Estratégia Nacional de Defesa
a Estratégia Nacional de Defesa seja aprovada pelo Congresso Nacional e revisada de quatro em quatro anos
Me surpreendeu bastante a ideia. Espero que a oposição nao reclame, pq tb a beneficiará mais tarde.
Agora tem que ver com fazer pra evitar abusos. È correto ter reformas numa estrategia militar de tempos em tempos, mas tão danoso quanto algo estatico é tentar ir de 8 a 80 e dpois de volta 8 a cada 4 anos.
- suntsé
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Re: Estratégia Nacional de Defesa
Uma coisa que discordo no texto desse cara é que ele insiste que o Brasil tenha de dizer claramente quem seria os proprios inimigos em potenciais.....
O BRASIL NÂO PODE DIZER CLARAMENTE QUEM SÂO SEUS POTENCIAIS INIMIGOS (DAR OS NOMES AOS BOIS) ISTO SERIA UMA BURRICE POLITICA.....
AGORA IMAGINEM A SEGUINTE SITUAÇÂO: O BRASIL DEIXA ESPLICITO QUE A OTAN È A PRINCIPAL AMEAÇA A NOSSA SEGUNRANÇA NACIONAL.....E que o PLANO se destina a preparar o Brasil contra eles...
O BRASIL NÂO PODE DIZER CLARAMENTE QUEM SÂO SEUS POTENCIAIS INIMIGOS (DAR OS NOMES AOS BOIS) ISTO SERIA UMA BURRICE POLITICA.....
AGORA IMAGINEM A SEGUINTE SITUAÇÂO: O BRASIL DEIXA ESPLICITO QUE A OTAN È A PRINCIPAL AMEAÇA A NOSSA SEGUNRANÇA NACIONAL.....E que o PLANO se destina a preparar o Brasil contra eles...