Operações Policiais e Militares
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Re: Operações Policiais e Militares
segundo comment no YT
A polícia divulgou nesta segunda-feira (1º) as imagens do sistema de monitoramento de um condomínio em Nova Parnamirim que mostram o momento em que o vigia Paulo Sérgio Lima da Silva, de 40 anos, é assassinado. Paulo foi morto na noite de quinta-feira (28) por dois homens ainda não identificados.
A polícia divulgou nesta segunda-feira (1º) as imagens do sistema de monitoramento de um condomínio em Nova Parnamirim que mostram o momento em que o vigia Paulo Sérgio Lima da Silva, de 40 anos, é assassinado. Paulo foi morto na noite de quinta-feira (28) por dois homens ainda não identificados.
"Eu detestaria estar no lugar de quem me venceu."
Darcy Ribeiro (1922 - 1997)
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Re: Operações Policiais e Militares
Agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) apreenderam cerca de 1.600 munições de fuzil e um equipamento de precisão ótica, no Km 574 da Rodovia Rio-Santos, em Parati, na tarde de ontem.
Os policiais pararam um Fiat Siena, em que viajavam dois homens, uma mulher e uma criança de 4 anos. Durante a fiscalização, os agentes desconfiaram do nervosismo demonstrado pelos ocupantes e fizeram uma revista no carro, encontrando aproximadamente 1.600 munições de fuzil calibre 7.62, dos tipos curto e longo (para AK 47 e FAL), de uso restrito das forças armadas e policiais, e uma luneta Bushnell, normalmente utilizada por atiradores de elite em tiros de precisão. O material estava em meias de nylon, escondidas no painel de instrumentos do carro.
Segundo os policiais, o motorista teria informado que as munições vinham do Paraguai e seriam entregues no Rio de Janeiro, e que ele receberia R$ 5 mil pelo trabalho. O homem, no entanto, não revelou quem receberia as munições. Os ocupantes do veículo foram levados para a 167ª DP, em Parati.
O Globo
Os policiais pararam um Fiat Siena, em que viajavam dois homens, uma mulher e uma criança de 4 anos. Durante a fiscalização, os agentes desconfiaram do nervosismo demonstrado pelos ocupantes e fizeram uma revista no carro, encontrando aproximadamente 1.600 munições de fuzil calibre 7.62, dos tipos curto e longo (para AK 47 e FAL), de uso restrito das forças armadas e policiais, e uma luneta Bushnell, normalmente utilizada por atiradores de elite em tiros de precisão. O material estava em meias de nylon, escondidas no painel de instrumentos do carro.
Segundo os policiais, o motorista teria informado que as munições vinham do Paraguai e seriam entregues no Rio de Janeiro, e que ele receberia R$ 5 mil pelo trabalho. O homem, no entanto, não revelou quem receberia as munições. Os ocupantes do veículo foram levados para a 167ª DP, em Parati.
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Re: Operações Policiais e Militares
Uma polícia esgotada
8/2/2010 -
A estrutura da corporação responsável por fiscalizar as rodovias federais no Rio Grande do Sul dá mostras de esgotamento. Com 5,4 mil quilômetros de asfalto sob sua responsabilidade, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) enfrenta dificuldades para prevenir crimes, fiscalizar ativamente as estradas e até manter abertos todos os 42 postos espalhados pelo Estado.
Atualmente, a atuação de boa parte das unidades da PRF se limita ao socorro de acidentes e a fiscalizações eventuais realizadas diante dos postos – e, muitas vezes, sequer há condições de se fazer as duas coisas simultaneamente. Entre as principais razões apontadas para isso estão o perfil operacional, mais voltado para a reação do que para a prevenção, e uma crônica falta de pessoal.
Empossado na sexta-feira como presidente do Sindicato dos Policiais Rodoviários Federais do Estado, Francisco Dalla Valle Von Kossel (veja entrevista na página ao lado) admite que os agentes precisam assumir uma postura mais ostensiva:
– Acabamos agindo reativamente.
A falta de ações preventivas, como a realização de barreiras de fiscalização em pontos variados das rodovias, é sentida por usuários frequentes da malha viária. O presidente do Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas e Logística no Rio Grande do Sul (Setcergs), José Carlos Silvano, ressente-se de uma presença mais constante dos agentes:
– A PRF acaba agindo mais na correção de erros, como socorrer acidentes – comenta.
A incumbência original da PRF, criada em 1928, se resumia à fiscalização de trânsito. Somente mais de meio século depois, quando entrou em vigor a Constituição de 1988, foi integrada ao Sistema Nacional de Segurança Pública e recebeu a missão de combater toda forma de ilegalidade nos 61 mil quilômetros da malha viária federal. Enquanto as tarefas e a frota de veículos crescem, porém, o efetivo está estagnado há mais de uma década.
Os 735 agentes em serviço formam um contingente menor do que o de 1995, com 774 policiais. Havia um policial para 2,9 mil carros em meados dos anos 90, enquanto hoje há um para cada 6 mil. A situação é ainda mais complicada porque o contingente não trabalha todo ao mesmo tempo. Para manter o serviço 24 horas por dia, precisa se dividir em quatro escalas de trabalho.
A dificuldade de operação é maior no Interior, já que a maior parte do efetivo se concentra na Região Metropolitana. Para atender aos padrões considerados ideais pela organização, seriam necessários hoje 1,5 mil policiais rodoviários no Rio Grande do Sul. Chefe da 11ª Delegacia da PRF, com sede em Santana do Livramento, o inspetor Valmir Souza afirma que se esforça para manter um mínimo de dois agentes em cada uma das quatro bases de operação sob sua responsabilidade. Mas reconhece que a atuação está longe do ideal.
– A falta de pessoal reduz as ações, obriga a atuar apenas nos lugares com mais ocorrências e a realizar fiscalizações mais esparsas – afirma.
Um concurso público nacional, que garantiria 80 vagas para o Estado com vencimentos iniciais de R$ 5,7 mil, está temporariamente suspenso por suspeita de irregularidades envolvendo a empresa organizadora. Mesmo quando for realizado, ainda estará longe de suprir as carências atuais
Posto fechado por falta de policiais
Quem passa pelo km 144 da rodovia Porto Alegre-Cachoeira do Sul (BR-290), em Eldorado do Sul, depara com uma casa vazia ao lado de uma garagem, uma antena de comunicação e três mastros de metal. Ali funcionava um posto da Polícia Rodoviária Federal, fechado no ano passado devido à falta de policiais para vigiarem a estrada.
Outros fechamentos podem ocorrer nos próximos meses, devido a um estudo em andamento sobre a localização das unidades em todo o Estado.
Na região chamada Parque Eldorado, o posto abandonado fica a pouco mais de 30 quilômetros da unidade da PRF mais próxima. Como consequência dessa relativa proximidade, o ponto de fiscalização acabou sacrificado. Os poucos homens que prestavam serviço no local foram transferidos para reforçar outras áreas igualmente comprometidas pelas dificuldades de pessoal.
A comunidade dos arredores, porém, lamenta a partida da PRF da região. Agora, não há unidade da polícia em um trecho de pouco mais de cem quilômetros da BR-290 a partir de Eldorado do Sul até Pantano Grande. O comércio chegou a mudar os horários de funcionamento devido à insegurança. Um restaurante que funcionava diariamente até perto da meia-noite, por exemplo, agora fecha as portas logo depois de escurecer durante a maior parte da semana.
– Nos dava uma sensação maior de segurança. Desde o fechamento, vários estabelecimentos aqui por perto já foram assaltados – conta um dos responsáveis pelo local, Dilvam Iaroceski, 27 anos.
Ele também revela que são comuns os casos de motoristas que abusam da velocidade no trecho sem fiscalização, onde a BR-290 conta com uma pista simples.
– Tem carro que passa aqui e a gente não consegue nem ver qual é o modelo – reclama.
O superintendente da PRF no Estado, José Altair Gomes Benites, admite que a escassez de policiais estimulou a desativação do posto. Benites revela, ainda, que há um estudo em andamento para readequar a distribuição das unidades da corporação na malha viária federal. A intenção é que exista uma distância média de cem quilômetros entre duas bases policiais. Os postos distantes menos do que isso uns dos outros podem ser desativados ou deslocados.
– Esperamos ter isso concluído em no máximo seis meses – garante o superintendente
Zero Hora
obs minha: São cerca de 735 policiais. Tira cerca de 12% em férias e afastamentos e 150 policiais adms, sobra pouco mais de 500 policias divididos em 4 turnos. Ou seja, cerca de 130 policiais por turno para 5,4 mil kms de rodovias em um estado que faz fronteira com dois países "exportadores de armas e drogas". Como diz o Túlio, tá sodas....
8/2/2010 -
A estrutura da corporação responsável por fiscalizar as rodovias federais no Rio Grande do Sul dá mostras de esgotamento. Com 5,4 mil quilômetros de asfalto sob sua responsabilidade, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) enfrenta dificuldades para prevenir crimes, fiscalizar ativamente as estradas e até manter abertos todos os 42 postos espalhados pelo Estado.
Atualmente, a atuação de boa parte das unidades da PRF se limita ao socorro de acidentes e a fiscalizações eventuais realizadas diante dos postos – e, muitas vezes, sequer há condições de se fazer as duas coisas simultaneamente. Entre as principais razões apontadas para isso estão o perfil operacional, mais voltado para a reação do que para a prevenção, e uma crônica falta de pessoal.
Empossado na sexta-feira como presidente do Sindicato dos Policiais Rodoviários Federais do Estado, Francisco Dalla Valle Von Kossel (veja entrevista na página ao lado) admite que os agentes precisam assumir uma postura mais ostensiva:
– Acabamos agindo reativamente.
A falta de ações preventivas, como a realização de barreiras de fiscalização em pontos variados das rodovias, é sentida por usuários frequentes da malha viária. O presidente do Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas e Logística no Rio Grande do Sul (Setcergs), José Carlos Silvano, ressente-se de uma presença mais constante dos agentes:
– A PRF acaba agindo mais na correção de erros, como socorrer acidentes – comenta.
A incumbência original da PRF, criada em 1928, se resumia à fiscalização de trânsito. Somente mais de meio século depois, quando entrou em vigor a Constituição de 1988, foi integrada ao Sistema Nacional de Segurança Pública e recebeu a missão de combater toda forma de ilegalidade nos 61 mil quilômetros da malha viária federal. Enquanto as tarefas e a frota de veículos crescem, porém, o efetivo está estagnado há mais de uma década.
Os 735 agentes em serviço formam um contingente menor do que o de 1995, com 774 policiais. Havia um policial para 2,9 mil carros em meados dos anos 90, enquanto hoje há um para cada 6 mil. A situação é ainda mais complicada porque o contingente não trabalha todo ao mesmo tempo. Para manter o serviço 24 horas por dia, precisa se dividir em quatro escalas de trabalho.
A dificuldade de operação é maior no Interior, já que a maior parte do efetivo se concentra na Região Metropolitana. Para atender aos padrões considerados ideais pela organização, seriam necessários hoje 1,5 mil policiais rodoviários no Rio Grande do Sul. Chefe da 11ª Delegacia da PRF, com sede em Santana do Livramento, o inspetor Valmir Souza afirma que se esforça para manter um mínimo de dois agentes em cada uma das quatro bases de operação sob sua responsabilidade. Mas reconhece que a atuação está longe do ideal.
– A falta de pessoal reduz as ações, obriga a atuar apenas nos lugares com mais ocorrências e a realizar fiscalizações mais esparsas – afirma.
Um concurso público nacional, que garantiria 80 vagas para o Estado com vencimentos iniciais de R$ 5,7 mil, está temporariamente suspenso por suspeita de irregularidades envolvendo a empresa organizadora. Mesmo quando for realizado, ainda estará longe de suprir as carências atuais
Posto fechado por falta de policiais
Quem passa pelo km 144 da rodovia Porto Alegre-Cachoeira do Sul (BR-290), em Eldorado do Sul, depara com uma casa vazia ao lado de uma garagem, uma antena de comunicação e três mastros de metal. Ali funcionava um posto da Polícia Rodoviária Federal, fechado no ano passado devido à falta de policiais para vigiarem a estrada.
Outros fechamentos podem ocorrer nos próximos meses, devido a um estudo em andamento sobre a localização das unidades em todo o Estado.
Na região chamada Parque Eldorado, o posto abandonado fica a pouco mais de 30 quilômetros da unidade da PRF mais próxima. Como consequência dessa relativa proximidade, o ponto de fiscalização acabou sacrificado. Os poucos homens que prestavam serviço no local foram transferidos para reforçar outras áreas igualmente comprometidas pelas dificuldades de pessoal.
A comunidade dos arredores, porém, lamenta a partida da PRF da região. Agora, não há unidade da polícia em um trecho de pouco mais de cem quilômetros da BR-290 a partir de Eldorado do Sul até Pantano Grande. O comércio chegou a mudar os horários de funcionamento devido à insegurança. Um restaurante que funcionava diariamente até perto da meia-noite, por exemplo, agora fecha as portas logo depois de escurecer durante a maior parte da semana.
– Nos dava uma sensação maior de segurança. Desde o fechamento, vários estabelecimentos aqui por perto já foram assaltados – conta um dos responsáveis pelo local, Dilvam Iaroceski, 27 anos.
Ele também revela que são comuns os casos de motoristas que abusam da velocidade no trecho sem fiscalização, onde a BR-290 conta com uma pista simples.
– Tem carro que passa aqui e a gente não consegue nem ver qual é o modelo – reclama.
O superintendente da PRF no Estado, José Altair Gomes Benites, admite que a escassez de policiais estimulou a desativação do posto. Benites revela, ainda, que há um estudo em andamento para readequar a distribuição das unidades da corporação na malha viária federal. A intenção é que exista uma distância média de cem quilômetros entre duas bases policiais. Os postos distantes menos do que isso uns dos outros podem ser desativados ou deslocados.
– Esperamos ter isso concluído em no máximo seis meses – garante o superintendente
Zero Hora
obs minha: São cerca de 735 policiais. Tira cerca de 12% em férias e afastamentos e 150 policiais adms, sobra pouco mais de 500 policias divididos em 4 turnos. Ou seja, cerca de 130 policiais por turno para 5,4 mil kms de rodovias em um estado que faz fronteira com dois países "exportadores de armas e drogas". Como diz o Túlio, tá sodas....
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Re: Operações Policiais e Militares
Abertas as inscrições do COESP do BOPE-RJ. Alguém se anima?
http://www.boperj.org/edital.pdf
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"O correr da vida embrulha tudo,
a vida é assim: esquenta e esfria,
aperta e daí afrouxa,
sossega e depois desinquieta.
O que ela quer da gente é coragem."
João Guimarães Rosa
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Re: Operações Policiais e Militares
http://www.istoe.com.br/reportagens/483 ... +DAS+ARMASSenhor das armas
Há quase 50 anos responsável pela manutenção do armamento da polícia carioca, Sérgio Mouta acompanhou a evolução bélica do violento conflito do Rio de Janeiro com os traficantes
Há 46 anos, o comissário Sérgio Romero Mouta desempenha uma tarefa que exige extrema habilidade manual e profundo conhecimento de mecânica. Com a delicadeza de um ourives, ele desmonta o artefato de trabalho para limpar os pequenos elementos da engrenagem, trocar partes desgastadas, lubrificar molas, varrer a poeira com minúsculos pincéis, desempenar os pedaços amassados com suaves marteladas e até se arrisca a criar, adaptando peças de objetos semelhantes, quando não há sobressalentes para substituir as originais danificadas. Um trabalho artesanal, meticuloso e da maior importância, já que o resultado é uma questão de vida e morte. Sérgio Mouta, ou simplesmente Serginho, é o primeiro armeiro da história da Polícia Civil do Rio de Janeiro. Seu trabalho é cuidar de fuzis, pistolas, revólveres e tudo o mais que usa bala e pode matar. Testemunha viva da evolução bélica das forças de segurança e do crime organizado, Serginho recorda que quando começou na antiga Polícia Municipal do Distrito Federal, em 1963, a polícia usava armas hoje consideradas rudimentares, como o revólver Smith & Wesson, calibre 38, e carabinas Reising, de 12 tiros. Menos mal, porque à época muitos bandidos não passavam de punguistas, golpistas e malandros, que rendiam suas vítimas com canivetes earmas de pequeno porte, como revólveres calibre 22 ou 32 e fugiam ao ouvir a sirene das patrulhas.“Arma é tudo igual, desde os tempos do Colt. Ela tem é que funcionar”
Sérgio Romero Mouta, armeiro da Polícia Civil do Rio
Já na década de 70, a polícia passou a encomendar submetralhadoras Walther, além de pistolas Taurus e espingardas de repetição Mosberg e Remington, ambas americanas, calibre 12. Nessa ocasião, o crime já começava a se organizar, e no mercado negro, os bandidos tinham acesso às pistolas calibre 45, de uso restrito das Forças Armadas, bem como as escopetas calibre 12. Porém, foi na década de 80 que Serginho viu que no paiol da polícia já não se encontrava armamento capaz de competir com o poder de fogo do crime organizado, que passou a contrabandear, junto com drogas como cocaína e maconha, metralhadoras Ina e Uzi de fabricação israelense, calibre 9 mm com carregadores de até 40 tiros. Nos anos 90, com os bandidos dominando territorialmente a maior parte das quase 500 favelas da cidade e defendendo seus bunkers com a força letal dos fuzis AK- 47 e M-16, a polícia se viu acuada. Subir o morro para prender traficantes exigia um planejamento e um contingente muito grande de agentes, porque então os criminosos já não corriam mais dos homens da Lei. Enfrentavam. Para fazer frente ao arsenal do crime e ao mesmo tempo driblar a burocracia imposta para a aquisição de armas, a polícia do Rio teve que pedir autorização à Justiça para fazer uso do armamento apreendido com os próprios criminosos. Serginho acompanhou o avanço tecnológico das armas, mas, com a objetividade que aprendera na profissão, decreta: “Arma é tudo igual, desde os tempos do Colt. Ela tem é que funcionar.EXPERIÊNCIA
Sem ter quem fizesse seu trabalho, Mouta teve que abandonar a aposentadoria, voltar e treinar policiais mais jovens em seu ofício
” O Colt em questão é o industrial americano Samuel Colt, que, em 1835, inventou o revólver mais famoso do mundo, o Colt 45. Filho do sargento do Exército José Mouta, um dos fundadores da polícia de Vigilância do Rio, em 1934, Serginho entrou para a área de segurança pública como mecânico em 1963 – quando nem existia a profissão de armeiro na instituição e a manutenção era feita pelas Forças Armadas. “O armamento ia para o Exército e às vezes demorava um ano para voltar”, lembra ele, que assumiu a missão em 1965. Ao longo de tantos anos, estima que tenha manuseado mais de 100 mil armas, entre as oficiais da polícia e as apreendidas com criminosos. A importância do comissário para a instituição policial ficou clara quando ele anunciou a aposentadoria no início de 2009. “Sem o Serginho, a situação ficou tão grave que tive que criar cursos de armeiros para formar gente para substituí- lo”, revela o chefe da Polícia Civil, delegado Allan Turnowski, afirmando que Sérgio Mouta é um dos profissionais mais respeitados da polícia.
O comissário, que como mestre na matéria hoje dedica boa parte de seu tempo repassando o conhecimento adquirido através de décadas de prática, garante que a manutenção correta é o grande segredo para o funcionamento perfeito da máquina de matar. “Ocerto é o policial fazer a limpeza e lubrificação, com óleo próprio, da arma que usa. Mas, infelizmente, tem gente que não sabe nem desmontar uma pistola”, adverte Serginho, apontando a qualidade das munições como outro causador de defeitos nos armamentos. Para Serginho, uma boa arma pode fazer a diferença, mas o ator principal da ação, desde os remotos tempos das garruchas, continua sendo o dono do dedo que aperta o gatilho. Embora admire os objetos de seu trabalho, ele lamenta a invenção de Colt. “Isso não era para existir.”
Abraços,
Wesley
"A medida que a complexidade aumenta, as declarações precisas perdem relevância e as declarações relevantes perdem precisão." Lofti Zadeh
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Re: Operações Policiais e Militares
Pra variar a Quanto É cometeu erros com as imagens das suas reportagens... Aquela sub alí apontada como a MT-12 é um Cx4 Storm.
The cake is a lie...
Re: Operações Policiais e Militares
para variar, o reporter sempre tem que terminar com algo politicamente correta, tipo de "isso e coisa feia",
Agora, existe inumeros armeiros especializados e EXTREMAMENTE qualificados, não sei porque em vez de treinar um policial (um a menos na rua), não terceriza ou cria cargo especifico para isso.
Agora, existe inumeros armeiros especializados e EXTREMAMENTE qualificados, não sei porque em vez de treinar um policial (um a menos na rua), não terceriza ou cria cargo especifico para isso.
Re: Operações Policiais e Militares
Opaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa!!! Não falemmm mal da Reising!!! Eu trabalho com uma Reising doada justamente pela Polícia Civil... eitaaaaa belezinha de armaaaaa!!!!
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Como diria Bezerra da Silva: "Malandro é Malandro... Mané é Mané..."
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Re: Operações Policiais e Militares
Excelente profissional o Sérginho, fez milagre com minha Norinco! O pessoal das antigas fala muito bem da Reising e das Thompson, dizem que faz muita falta contar com o poder de fogo delas e sem o problema de penetrabilidade dos fuzís, principalmente aqui no interior onde a bandidagem não tem fuzís (ainda).
...
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Re: Operações Policiais e Militares
Confundir uma Cx4 com uma MT-12 é dose hein? prova que o cidadão colocou "Beretta" no google e colou na diagramação a primeira foto que veio.
I know the weakness, I know the pain. I know the fear you do not name. And the one who comes to find me when my time is through. I know you, yeah I know you.
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Re: Operações Policiais e Militares
Bom dia!henriquejr escreveu:Zero, os problemas apresentados por voce referentes a Carreira Única, sobretudo na sua instituição, podem ser perfeitamente resolvidos com a reformulação do Estatuto. Se a categoria não está satisfeita com os critérios para ocupação dos cargos de chefia basta reinvindicar mudanças.ZeRo4 escreveu: Mas pera aeee...
O Exército Brasileiro e outros Exércitos do mundo não adotam o modelo de carreira única e funcionam muito bem! e aí?
[...] Você confunde muito as coisas Henrique. O problema do funcionalismo público é que diferente dos EUA, aqui se tem estabilidade, isso faz com que o cara se acomode ao longo do serviço público.
[...]
[...]
Como disse o 04, seria essencial a formação em direito para carreira única. Mas como impedir o brutal aumento da politicagem dentro da instituição, tendo em vista a ampla possibilidade de uso de opiniões subjetivas para promoção?
Basta observar as instâncias do judiciário, o juiz quer vira desembargador ou é muito antigo ou fez muiiiita política para ser votado. Tribunais superiores então, o sujeito tem quase que vender a alma. É esse o modelo que queremos?
Citar o modelo americano é improdutivo, a politicagem lá também é absurda para promoções, e a situação da criminalidade só é mais controlada pelas proprias condições da polícia e melhores condições sociais. Quem diz o contrário, exaltando a super qualidade da polícia americana, assiste muito CSI, Law and Order e congêneres. Vale observar que quando enfrentam criminalidade na espécie terrorismo eles apelam para coisas como o Patriot Act, que muito lembra coisa de países totalitarista. Nível magnífico desse pessoal.
O DPF tem agido ultimamente com muito mandado de prisão preventiva, prendem um tanto de gente sem necessidade (observando-se os requisitos da prisão preventiva), anuncima na TV os números da operação (causando surepresa e satisfação), depois como não se justificam os requisitos de prisão preventiva um monte de gente é solta. Na visão do público leigo o DPF prendeu definitivamente e o judiciário corrupto soltou. Mais adiante por causa de muitas falhas jurídicas no inquérito não é mantida condenação. Eu estava conversando com um juiz federal agora em janeiro e perguntei desse situação, ele disse que os juízes estão deixando de ser bobos e parando com essa festa de prisão preventiva, por que queima é o judiciário depois. Sinceramente não entendo essa onda de "pé na porta soco na cara" que as polícias andam pregando. Sem contar que a atividade policial é estritamente vinculada, fazendo do conhecimento jurídico algo primordial na empreitada. Citando-se a afirmação que o combate armado a traficantes é a forma de atuar genuinamente como polícia, nem se fala então... Isso é secar gelo, a única coisa que atinge o tráfico de verdade é atacá-lo financeiramente.
A figura do delegado é importante para controle de legalidade das provas produzidas e ações dos seus subornidos, além da correta instrução do inquérito, o nascedouro da ação penal. Quanto melhor a qualidade jurídica do inquérito, melhor a ação penal oferecida e maiores chances de condenação futuras. E essa qualidade não fica garantida nas mãos de servidores sem adequado conhecimento jurídico, que tendem a se exceder nos meios investigatórios e frustrar o resultado persecutório.
O correto nesse momento seria dar garantias constituicionais aos delegados para evitar influências políticas na atividade, garantindo maior independência da equipe que investiga e resultando num inquérito voltado a produção de provas mais próximas possíveis da verdade real.
No quesito experiência poderia ser estendido o tempo de instrução dos delegados na ANP. Os agentes podem até entender de investigação e polícia, mas só o delegado bacharel pode garantir um inquérito que vai ter serventia para a ação penal e não vai ser todo anulado e desfeito por imperícias jurídicas.
No caso de carreira única, o passo natural seria colocar o MP no papel de instrutor das peças de informação (já que não haveria mais inquérito). Seria terrivelmente pior, visto que o MP é ainda mais distante da polícia, a qual receberia ordens de alguém que nem faz ideia do que acontece na atividade (vide cotas ministerais em inquéritos já concluídos).
Estagiei um tempo em delegacia, e agora fazendo estágio no ramo da advocacia posso dizer: anda muito fácil trancar inquérito com base em suas falhas. Quando é coisa rotineira contra infratores pobres, como essas apreensões de drogas e armas, que são muito boas para foto, os erros passam batido pela nível da defesa dessas pessoas. Mas quando se trata de grandes investigações contra pessoas que podem pagar por defesa técnica apropriada os inquéritos não tem resistido muito. Não é culpa da lei, mas sim de quem investigou mesmo. Não faço ideia de como a carreira única pode melhorar isso.
Admiro muito o DPF, tanto que quero fazer parte da instituição. Admiro também o judiciário, que mesmo com todas as dificuldades tem gente muita boa tentando fazer o melhor possível (assim como os bons e maus no DPF). A melhoria da prestação jurisdicional e da segurança pública não passa pela atribuição de culpa às leis, delegados ou juízes.
Forte abraço!
Re: Operações Policiais e Militares
Scyther, não sei nem o que dizer sobre o seu texto! Sintetizou tudo aquilo que eu venho dizendo a um longo tempo aqui na cmm. Infelizmente, aqueles que pregam o contrário estão pensando mais numa batalha de classes do que no problema da criminalidade em geral.
Agora vão aparecer os mesmos, dizendo que o inquérito é mera peça informativa, que não há necessidade de inquérito policial e blá blá blá... achei interessante você ter citado que na hipótese da extinção do cargo de Delegado de polícia as coisas ficaram piores, já que todas as atribuições passariam ao Ministério Público e a polícia no geral perderia mais força ainda.
Essa questão de politicagem é bem complicado, é preciso muito debate para se chegar num denominador comum! Entretanto, eu que faço parte de uma classe com plano de carreira única, sou exemplo de que isso é balela, na verdade acho que seja até pior, pois nunca poderia chegar a um cargo de comando apenas com meus estudos, vou sempre precisar de uma "ajudinha" por fora.
De resto, sinceramente... tem nem o que complementar no seu texto! Perfeito, sem tirar nem por...
Forte Abç!
Agora vão aparecer os mesmos, dizendo que o inquérito é mera peça informativa, que não há necessidade de inquérito policial e blá blá blá... achei interessante você ter citado que na hipótese da extinção do cargo de Delegado de polícia as coisas ficaram piores, já que todas as atribuições passariam ao Ministério Público e a polícia no geral perderia mais força ainda.
Essa questão de politicagem é bem complicado, é preciso muito debate para se chegar num denominador comum! Entretanto, eu que faço parte de uma classe com plano de carreira única, sou exemplo de que isso é balela, na verdade acho que seja até pior, pois nunca poderia chegar a um cargo de comando apenas com meus estudos, vou sempre precisar de uma "ajudinha" por fora.
De resto, sinceramente... tem nem o que complementar no seu texto! Perfeito, sem tirar nem por...
Forte Abç!
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Como diria Bezerra da Silva: "Malandro é Malandro... Mané é Mané..."
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Re: Operações Policiais e Militares
Neste exato momento existe em canoas RS uma situação com refém, o Gate ja esta no local desde a madrugada e as negociações estão em andamento, vamos ver qual sera o desfecho!
Um abraço e t+
Um abraço e t+
- wagnerm25
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Re: Operações Policiais e Militares
Parabéns a BM gaúcha pela alta produtividade
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Trio morre em tiroteio durante perseguição em Passo Fundo
Quadrilha assaltou um banco em Floriano Peixoto nesta manhã
Atualizada às 13h21min
Leandro Belles | leandro.belles@zerohora.com.br
A perseguição a uma quadrilha que assaltou um banco em Floriano Peixoto, na manhã de hoje, deixou um saldo de três bandidos mortos.
Os criminosos fugiram em dois carros em direção a Passo Fundo. Durante a fuga, eles teriam sido interceptados por barreiras policias. Em uma delas, na zona rural de Passo Fundo, policiais balearam homens que estavam em um dos veículos.
Por volta do meio-dia, os feridos estavam sendo levados para o Hospital São Vicente de Paulo, mas chegaram sem vida. Um terceiro morreu no local.
Os dois criminosos feridos em um tiroteio com a polícia na manhã de hoje chegaram mortos no Hospital São Vicente de Paulo, em Passo Fundo. Eles foram atingidos no início da tarde, na zona rural de Passo Fundo, durante um tiroteio com a polícia. No local, um bandido já havia sido morto. Os três homens mortos faziam parte de uma quadrilha que assaltou uma agência bancária em Floriano Peixoto, também no norte gaúcho, na manhã de hoje. Um segundo veículo, também usado no roubo, continua sendo procurado pela polícia.
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Trio morre em tiroteio durante perseguição em Passo Fundo
Quadrilha assaltou um banco em Floriano Peixoto nesta manhã
Atualizada às 13h21min
Leandro Belles | leandro.belles@zerohora.com.br
A perseguição a uma quadrilha que assaltou um banco em Floriano Peixoto, na manhã de hoje, deixou um saldo de três bandidos mortos.
Os criminosos fugiram em dois carros em direção a Passo Fundo. Durante a fuga, eles teriam sido interceptados por barreiras policias. Em uma delas, na zona rural de Passo Fundo, policiais balearam homens que estavam em um dos veículos.
Por volta do meio-dia, os feridos estavam sendo levados para o Hospital São Vicente de Paulo, mas chegaram sem vida. Um terceiro morreu no local.
Os dois criminosos feridos em um tiroteio com a polícia na manhã de hoje chegaram mortos no Hospital São Vicente de Paulo, em Passo Fundo. Eles foram atingidos no início da tarde, na zona rural de Passo Fundo, durante um tiroteio com a polícia. No local, um bandido já havia sido morto. Os três homens mortos faziam parte de uma quadrilha que assaltou uma agência bancária em Floriano Peixoto, também no norte gaúcho, na manhã de hoje. Um segundo veículo, também usado no roubo, continua sendo procurado pela polícia.