VENEZUELA
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- guilhermecn
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Re: CHAVEZ: de novo.
Chávez anuncia que se prepara para governar por pelo menos mais 11 anos
O presidente venezuelano Hugo Chávez, que comemorou nesta terça-feira o décimo primeiro aniversário de sua posse como chefe de Estado, anunciou que, "se o povo quiser", está disposto a governar por mais onze anos para garantir as conquistas de seu projeto socialista.
"Tenho 55 anos e 11 anos como presidente. Nos próximos 11 anos, prometo cuidar de mim um pouco mais e, se vocês quiserem, dentro de 11 anos terei 66 anos, se Deus quiser, 22 como presidente", declarou Chávez a membros de seu governo e a outras centenas de pessoas em um teatro de Caracas.
Pouco depois, Chávez afirmou que a "revolução bolivariana" se estenderá por 900 anos, para que seu país "se vingue" pelos últimos 90 anos do século XX em que "os oligarcas" governaram apoiados pelo "império ianque".
"Restam 900 anos. Burgueses, continuem resistindo porque restam 900 anos, nada mais", acrescentou. "Depois de 900 virão mais 900, mas os oligarcas nunca mais voltarão a governar a Venezuela, nunca mais os ianques voltarão a governar a Venezuela", insistiu.
Chávez, cujo segundo mandato terminará em 2012, já anunciou que pretende ser candidato para um terceiro, depois que uma emenda à Constituição abriu, em fevereiro de 2009, as portas para que se candidate a novo período de governo.
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Eh Chavinho
Acho que agora você ficar 11 meses é muito imagine 11 anos
Tenho pena do povo da venezuela por ter um no seu governo
O presidente venezuelano Hugo Chávez, que comemorou nesta terça-feira o décimo primeiro aniversário de sua posse como chefe de Estado, anunciou que, "se o povo quiser", está disposto a governar por mais onze anos para garantir as conquistas de seu projeto socialista.
"Tenho 55 anos e 11 anos como presidente. Nos próximos 11 anos, prometo cuidar de mim um pouco mais e, se vocês quiserem, dentro de 11 anos terei 66 anos, se Deus quiser, 22 como presidente", declarou Chávez a membros de seu governo e a outras centenas de pessoas em um teatro de Caracas.
Pouco depois, Chávez afirmou que a "revolução bolivariana" se estenderá por 900 anos, para que seu país "se vingue" pelos últimos 90 anos do século XX em que "os oligarcas" governaram apoiados pelo "império ianque".
"Restam 900 anos. Burgueses, continuem resistindo porque restam 900 anos, nada mais", acrescentou. "Depois de 900 virão mais 900, mas os oligarcas nunca mais voltarão a governar a Venezuela, nunca mais os ianques voltarão a governar a Venezuela", insistiu.
Chávez, cujo segundo mandato terminará em 2012, já anunciou que pretende ser candidato para um terceiro, depois que uma emenda à Constituição abriu, em fevereiro de 2009, as portas para que se candidate a novo período de governo.
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Eh Chavinho
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"You have enemies? Good. That means you've stood up for something, sometime in your life."
Winston Churchill
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- Edu Lopes
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Re: CHAVEZ: de novo.
O terceiro Chávez
Demétrio Magnoli
Karl Marx criou a 1ª Internacional, Friedrich Engels participou da fundação da 2ª, Lenin estabeleceu a 3ª, Leon Trotski fundou a 4ª e Hugo Chávez acaba de erguer o estandarte da 5ª. "Eu assumo a responsabilidade perante o mundo; penso que é tempo de reunir a 5ª Internacional e ouso fazer o chamado", declarou num discurso de cinco horas, na sessão inaugural do congresso extraordinário do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV), sob aplausos de 772 delegados em camisetas vermelhas.
O congresso ocorreu em novembro. Depois, Chávez impôs o racionamento energético no país, desvalorizou a moeda e implantou um câmbio duplo, estatizou uma rede de supermercados, suspendeu emissoras de TV a cabo e desencadeou sangrenta repressão contra os protestos estudantis. A Internacional chavista nascerá numa conferência mundial em Caracas, em abril, e as eleições parlamentares venezuelanas estão marcadas para setembro. Mas o futuro do homem que pretende suceder a Marx, Lenin e Trotski será moldado por um evento totalmente estranho à sua influência: a eleição presidencial brasileira de outubro.
Chávez vive a sua terceira encarnação, que é também a última. O primeiro Chávez emergiu depois do golpe frustrado de 1992, nas roupagens do caudilho nacionalista e antiamericano hipnotizado pela imagem de um Simón Bolívar imaginário. Sob a influência do sociólogo argentino Norberto Ceresole, aquele chavismo original flertava com o antissemitismo e sonhava com a implantação de um Estado autoritário, de corte fascista, que reunificaria Venezuela, Colômbia e Equador numa Grã-Colômbia restaurada.
Um segundo Chávez delineou-se na primavera do primeiro mandato, em 1999, a partir da ruptura com Ceresole e da aproximação do caudilho com o alemão Heinz Dieterich, o professor de Sociologia no México que deixou a obscuridade ao formular o conceito do "socialismo do século 21". O chavismo reinventado adquiriu colorações esquerdistas, firmou uma aliança com Cuba e engajou-se no projeto de edificação de um capitalismo de Estado que figuraria como longa transição rumo a um socialismo não maculado pela herança soviética.
Brandindo um exemplar de O Estado e a Revolução, de Lenin, o Chávez do congresso extraordinário do PSUV anunciou sua conversão ao programa de destruição do "Estado burguês" e construção de um "Estado revolucionário". Este terceiro Chávez se insinuou em 2004, quando o caudilho conheceu o trotskista britânico Alan Woods, e se configurou plenamente no momento da derrota no referendo de dezembro de 2007, pouco depois da ruptura com Dieterich. O PSUV é fruto do chavismo de terceira água, assim como a proclamação da 5ª Internacional.
O termo palimpsesto origina-se das palavras gregas palin (de novo) e psao (raspar ou borrar). Palimpsesto é o manuscrito reescrito várias vezes, pela superposição de camadas sucessivas de texto, no qual as camadas antigas não desaparecem por completo e mantêm relações complexas com a escritura mais recente. Para horror do sofisticado Woods, o chavismo é uma doutrina de palimpsesto que mescla de maneiras bizarras a Pátria Grande bolivariana, a aliança estratégica com o Irã, os impulsos bárbaros do caudilhismo e o difícil aprendizado da linguagem do marxismo. O texto mais novo, contudo, tem precedência sobre os antigos e indica o rumo da "revolução bolivariana". Chávez reage à crise provocada por seu próprio regime apertando os parafusos da ditadura e lançando-se desenfreadamente às expropriações.
O chavismo é um regime revolucionário, não um governo populista tradicional nem um mero fenômeno caudilhesco. O PSUV tem, no papel, 7 milhões de filiados, dos quais 2,5 milhões se apresentaram para eleger os delegados ao congresso extraordinário. O declínio de Chávez, agravado pela crise econômica em curso, sustenta a profecia de sua derrota eleitoral em setembro, mas regimes revolucionários não são apeados do poder pelo voto. "Não admitirei que minha liderança seja contestada, porque eu sou o povo, caramba!", rugiu semanas atrás o caudilho de Caracas. Esse homem não permitirá que o povo o desminta nas urnas. O ocaso inexorável do chavismo será amargo, dramático, talvez cruento. Mas sua duração dependerá, essencialmente, do sentido da política externa do novo governo brasileiro.
Várias vezes o Brasil estendeu uma rede sob Chávez. Lula e Celso Amorim protegeram o venezuelano na hora do fechamento da RCTV, no referendo constitucional frustrado, na crise dos reféns colombianos, na polêmica sobre as bases americanas e na aventura fracassada do retorno de Zelaya a Honduras. Em nome dos interesses do chavismo, o presidente brasileiro desperdiçou a oferta de cooperação estratégica com Barack Obama.
No ciclo de estabilização da "revolução bolivariana", o Brasil isolou regionalmente a oposição venezuelana, ajudando a consolidar o regime de Chávez. Agora, iniciou-se o ciclo de desmontagem das bases políticas e sociais do chavismo. No novo cenário, o Brasil tornou-se imprescindível: só a potência sul-americana possui os meios e a influência para carregar por mais alguns quilômetros o esquife do iracundo caudilho.
A maioria governista no Senado aprovou o ingresso da Venezuela no Mercosul, sob o cínico argumento de que a democracia no país vizinho ficará mais preservada pela virtual supressão da cláusula democrática do Mercosul. Na OEA, a diplomacia brasileira manobra para evitar uma nítida condenação da ofensiva chavista contra os estudantes e a liberdade de imprensa. Em Caracas, uma missão técnica enviada pelo governo brasileiro articula um plano de resgate do sistema elétrico venezuelano em colapso. A declaração de apoio de Chávez à reeleição de Lula foi recebida com desprezo pelos chavistas revolucionários. Hoje, até Woods deve estar rezando em segredo pelo triunfo de Dilma Rousseff.
Demétrio Magnoli é sociólogo e doutor em Geografia Humana pela USP. E-mail:
demetrio.magnoli@terra.com.br
Fonte: http://www.estadao.com.br/estadaodehoje ... 5976,0.php
Demétrio Magnoli
Karl Marx criou a 1ª Internacional, Friedrich Engels participou da fundação da 2ª, Lenin estabeleceu a 3ª, Leon Trotski fundou a 4ª e Hugo Chávez acaba de erguer o estandarte da 5ª. "Eu assumo a responsabilidade perante o mundo; penso que é tempo de reunir a 5ª Internacional e ouso fazer o chamado", declarou num discurso de cinco horas, na sessão inaugural do congresso extraordinário do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV), sob aplausos de 772 delegados em camisetas vermelhas.
O congresso ocorreu em novembro. Depois, Chávez impôs o racionamento energético no país, desvalorizou a moeda e implantou um câmbio duplo, estatizou uma rede de supermercados, suspendeu emissoras de TV a cabo e desencadeou sangrenta repressão contra os protestos estudantis. A Internacional chavista nascerá numa conferência mundial em Caracas, em abril, e as eleições parlamentares venezuelanas estão marcadas para setembro. Mas o futuro do homem que pretende suceder a Marx, Lenin e Trotski será moldado por um evento totalmente estranho à sua influência: a eleição presidencial brasileira de outubro.
Chávez vive a sua terceira encarnação, que é também a última. O primeiro Chávez emergiu depois do golpe frustrado de 1992, nas roupagens do caudilho nacionalista e antiamericano hipnotizado pela imagem de um Simón Bolívar imaginário. Sob a influência do sociólogo argentino Norberto Ceresole, aquele chavismo original flertava com o antissemitismo e sonhava com a implantação de um Estado autoritário, de corte fascista, que reunificaria Venezuela, Colômbia e Equador numa Grã-Colômbia restaurada.
Um segundo Chávez delineou-se na primavera do primeiro mandato, em 1999, a partir da ruptura com Ceresole e da aproximação do caudilho com o alemão Heinz Dieterich, o professor de Sociologia no México que deixou a obscuridade ao formular o conceito do "socialismo do século 21". O chavismo reinventado adquiriu colorações esquerdistas, firmou uma aliança com Cuba e engajou-se no projeto de edificação de um capitalismo de Estado que figuraria como longa transição rumo a um socialismo não maculado pela herança soviética.
Brandindo um exemplar de O Estado e a Revolução, de Lenin, o Chávez do congresso extraordinário do PSUV anunciou sua conversão ao programa de destruição do "Estado burguês" e construção de um "Estado revolucionário". Este terceiro Chávez se insinuou em 2004, quando o caudilho conheceu o trotskista britânico Alan Woods, e se configurou plenamente no momento da derrota no referendo de dezembro de 2007, pouco depois da ruptura com Dieterich. O PSUV é fruto do chavismo de terceira água, assim como a proclamação da 5ª Internacional.
O termo palimpsesto origina-se das palavras gregas palin (de novo) e psao (raspar ou borrar). Palimpsesto é o manuscrito reescrito várias vezes, pela superposição de camadas sucessivas de texto, no qual as camadas antigas não desaparecem por completo e mantêm relações complexas com a escritura mais recente. Para horror do sofisticado Woods, o chavismo é uma doutrina de palimpsesto que mescla de maneiras bizarras a Pátria Grande bolivariana, a aliança estratégica com o Irã, os impulsos bárbaros do caudilhismo e o difícil aprendizado da linguagem do marxismo. O texto mais novo, contudo, tem precedência sobre os antigos e indica o rumo da "revolução bolivariana". Chávez reage à crise provocada por seu próprio regime apertando os parafusos da ditadura e lançando-se desenfreadamente às expropriações.
O chavismo é um regime revolucionário, não um governo populista tradicional nem um mero fenômeno caudilhesco. O PSUV tem, no papel, 7 milhões de filiados, dos quais 2,5 milhões se apresentaram para eleger os delegados ao congresso extraordinário. O declínio de Chávez, agravado pela crise econômica em curso, sustenta a profecia de sua derrota eleitoral em setembro, mas regimes revolucionários não são apeados do poder pelo voto. "Não admitirei que minha liderança seja contestada, porque eu sou o povo, caramba!", rugiu semanas atrás o caudilho de Caracas. Esse homem não permitirá que o povo o desminta nas urnas. O ocaso inexorável do chavismo será amargo, dramático, talvez cruento. Mas sua duração dependerá, essencialmente, do sentido da política externa do novo governo brasileiro.
Várias vezes o Brasil estendeu uma rede sob Chávez. Lula e Celso Amorim protegeram o venezuelano na hora do fechamento da RCTV, no referendo constitucional frustrado, na crise dos reféns colombianos, na polêmica sobre as bases americanas e na aventura fracassada do retorno de Zelaya a Honduras. Em nome dos interesses do chavismo, o presidente brasileiro desperdiçou a oferta de cooperação estratégica com Barack Obama.
No ciclo de estabilização da "revolução bolivariana", o Brasil isolou regionalmente a oposição venezuelana, ajudando a consolidar o regime de Chávez. Agora, iniciou-se o ciclo de desmontagem das bases políticas e sociais do chavismo. No novo cenário, o Brasil tornou-se imprescindível: só a potência sul-americana possui os meios e a influência para carregar por mais alguns quilômetros o esquife do iracundo caudilho.
A maioria governista no Senado aprovou o ingresso da Venezuela no Mercosul, sob o cínico argumento de que a democracia no país vizinho ficará mais preservada pela virtual supressão da cláusula democrática do Mercosul. Na OEA, a diplomacia brasileira manobra para evitar uma nítida condenação da ofensiva chavista contra os estudantes e a liberdade de imprensa. Em Caracas, uma missão técnica enviada pelo governo brasileiro articula um plano de resgate do sistema elétrico venezuelano em colapso. A declaração de apoio de Chávez à reeleição de Lula foi recebida com desprezo pelos chavistas revolucionários. Hoje, até Woods deve estar rezando em segredo pelo triunfo de Dilma Rousseff.
Demétrio Magnoli é sociólogo e doutor em Geografia Humana pela USP. E-mail:
demetrio.magnoli@terra.com.br
Fonte: http://www.estadao.com.br/estadaodehoje ... 5976,0.php
- Edu Lopes
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Re: CHAVEZ: de novo.
Importando know how.
Ramiro Valdez, um cubano que vem colocando medo na sociedade da Venezuela
Publicada em 04/02/2010 às 09h54m
O Globo/Agências internacionais
CARACAS - A trajetória política do ministro de Informática e das Comunicações de Cuba, Ramiro Valdez, convidado pelo governo de Hugo Chávez para combater a crise energética venezuelana, não revela experiência alguma no setor elétrico, informa o jornal "El Nacional". Por isso, o convite aumenta as suspeitas sobre sua eventual assessoria à censura da internet, principal destaque de Valdez em Cuba.
Alguns alertas já foram feitos na quarta-feira por especialistas em eletrônicas e por cubanos exilados. "Não deixa de ser uma afronta. É algo que dá tristeza para os engenheiros da Venezuela, pois aqui há um grupo refinado de engenheiros", disse Arnoldo José Gabaldón, ao questionar a presença da comissão cubana.
O dissidente cubano que vive em Madri Carlos Alberto Montaner, disse à Rádio União que "Ramiro Valdez não tem a mínima ideia de como solucionar uma crise elétrica na Venezuela porque se soubesse teria feito em Cuba. Ele sabe muito é de repressão".
"Acredito que (Valdez) ama ver os outros sofrerem", disse Huber Matos à revista francesa L'Express. Matos, dissidente cubano que ficou preso 20 anos na ilha e hoje vive nos Estados Unidos, disse que o ministro presenciou como ele era torturado, quando Valdez se passava por prisioneiro, quando na verdade era agente do G2.
O presidente do Instituto da Memória Histórica de Cuba em Miami, Pedro Corzo, disse que "como ministro de Tecnologia, Valdez controla a censura na internet em Cuba". Já o analista político venezuelano afirmou que "é ridículo que o país esteja nas mãos dele".
Chávez anunciou que o ministro Valdez chegou à Venezuela para liderar uma comissão técnica a fim de enfrentar a crise elétrica. O envio dos profissionais cubanos foi autorizado por Fidel Castro. Desde o fim do ano passado, a Venezuela adota medidas de racionamento de energia em função das secas. Chávez desistiu de limitar o consumo de energia elétrica em Caracas ciente do "impacto indesejável" na opinião pública.
Mas, para especialistas, o racionamento na capital é iminente. Em Caracas, a população não sofre com apagões, mas há nas ruas muitos cartazes pedindo que os venezuelanos poupem energia. Quem desembarca à noite na cidade percebe casas, ruas e estradas com pouquíssima luz.
Cuba e Venezuela se fundem cada vez mais. Os sinais estão por toda parte, como nos momentos em que Chávez se sente ameaçado pela presença de tropas dos EUA na Colômbia ou na insatisfação popular pela desvalorização da moeda e pelos cortes de luz.
Fonte: http://oglobo.globo.com/mundo/mat/2010/ ... 781580.asp
- cesarw
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Re: CHAVEZ: de novo.
guilhermecn escreveu: "Restam 900 anos. Burgueses, continuem resistindo porque restam 900 anos, nada mais", acrescentou. "Depois de 900 virão mais 900, mas os oligarcas nunca mais voltarão a governar a Venezuela, nunca mais os ianques voltarão a governar a Venezuela", insistiu.
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900 anos?
Te liga mané Mum-rá!
O nosso Nelson "Lion-O" Jobim está de olho em tu.
"A guerra, a princípio, é a esperança de q a gente vai se dar bem; em seguida, é a expectativa de q o outro vai se ferrar; depois, a satisfação de ver q o outro não se deu bem; e finalmente, a surpresa de ver q todo mundo se ferrou!"
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Re: CHAVEZ: de novo.
Edu Lopes escreveu:Importando know how.Ramiro Valdez, um cubano que vem colocando medo na sociedade da Venezuela
Publicada em 04/02/2010 às 09h54m
O Globo/Agências internacionais
Cuba e Venezuela se fundem cada vez mais. Os sinais estão por toda parte, como nos momentos em que Chávez se sente ameaçado pela presença de tropas dos EUA na Colômbia ou na insatisfação popular pela desvalorização da moeda e pelos cortes de luz.
Fonte: http://oglobo.globo.com/mundo/mat/2010/ ... 781580.asp
É isso que é de matar...
Só há 2 tipos de navios: os submarinos e os alvos...
Armam-se homens com as melhores armas.
Armam-se Submarinos com os melhores homens.
Os sábios PENSAM
Os Inteligentes COPIAM
Os Idiotas PLANTAM e os
Os Imbecis FINANCIAM...
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Re: CHAVEZ: de novo.
Sinceramente.....não vejo novidade alguma....WalterGaudério escreveu:Edu Lopes escreveu:Importando know how.
É isso que é de matar...
¨Os políticos e as fraldas devem ser mudados frequentemente e pela mesma razão ¨- Eça de Queiroz
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Re: CHAVEZ: de novo.
Eu tambem não, se continuar assim a unica diferença entra cuba e venezuela é que os venezuelanos não vão precisar de um Ford 51 com flutuadores pra fugirem do país!
Um abraço e t+
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- rodrigo
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Re: CHAVEZ: de novo.
Vocês reacionários me dão nojo! Falar assim de um país que caminha para a igualdade, principalmente na falta de luz! Depois do ministro cubano, só falta o Brasil mandar o José Dirceu. Aí vão começar a torturar e realizar prisões políticas, que logicamente são atos condenáveis apenas nas ditaduras de direita.
"O correr da vida embrulha tudo,
a vida é assim: esquenta e esfria,
aperta e daí afrouxa,
sossega e depois desinquieta.
O que ela quer da gente é coragem."
João Guimarães Rosa
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Re: CHAVEZ: de novo.
O terceiro Chávez
Demétrio Magnoli
Karl Marx criou a 1ª Internacional, Friedrich Engels participou da fundação da 2ª, Lenin estabeleceu a 3ª, Leon Trotski fundou a 4ª e Hugo Chávez acaba de erguer o estandarte da 5ª. "Eu assumo a responsabilidade perante o mundo; penso que é tempo de reunir a 5ª Internacional e ouso fazer o chamado", declarou num discurso de cinco horas, na sessão inaugural do congresso extraordinário do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV), sob aplausos de 772 delegados em camisetas vermelhas.
O congresso ocorreu em novembro. Depois, Chávez impôs o racionamento energético no país, desvalorizou a moeda e implantou um câmbio duplo, estatizou uma rede de supermercados, suspendeu emissoras de TV a cabo e desencadeou sangrenta repressão contra os protestos estudantis. A Internacional chavista nascerá numa conferência mundial em Caracas, em abril, e as eleições parlamentares venezuelanas estão marcadas para setembro. Mas o futuro do homem que pretende suceder a Marx, Lenin e Trotski será moldado por um evento totalmente estranho à sua influência: a eleição presidencial brasileira de outubro.
Chávez vive a sua terceira encarnação, que é também a última. O primeiro Chávez emergiu depois do golpe frustrado de 1992, nas roupagens do caudilho nacionalista e antiamericano hipnotizado pela imagem de um Simón Bolívar imaginário. Sob a influência do sociólogo argentino Norberto Ceresole, aquele chavismo original flertava com o antissemitismo e sonhava com a implantação de um Estado autoritário, de corte fascista, que reunificaria Venezuela, Colômbia e Equador numa Grã-Colômbia restaurada.
Um segundo Chávez delineou-se na primavera do primeiro mandato, em 1999, a partir da ruptura com Ceresole e da aproximação do caudilho com o alemão Heinz Dieterich, o professor de Sociologia no México que deixou a obscuridade ao formular o conceito do "socialismo do século 21". O chavismo reinventado adquiriu colorações esquerdistas, firmou uma aliança com Cuba e engajou-se no projeto de edificação de um capitalismo de Estado que figuraria como longa transição rumo a um socialismo não maculado pela herança soviética.
Brandindo um exemplar de O Estado e a Revolução, de Lenin, o Chávez do congresso extraordinário do PSUV anunciou sua conversão ao programa de destruição do "Estado burguês" e construção de um "Estado revolucionário". Este terceiro Chávez se insinuou em 2004, quando o caudilho conheceu o trotskista britânico Alan Woods, e se configurou plenamente no momento da derrota no referendo de dezembro de 2007, pouco depois da ruptura com Dieterich. O PSUV é fruto do chavismo de terceira água, assim como a proclamação da 5ª Internacional.
O termo palimpsesto origina-se das palavras gregas palin (de novo) e psao (raspar ou borrar). Palimpsesto é o manuscrito reescrito várias vezes, pela superposição de camadas sucessivas de texto, no qual as camadas antigas não desaparecem por completo e mantêm relações complexas com a escritura mais recente. Para horror do sofisticado Woods, o chavismo é uma doutrina de palimpsesto que mescla de maneiras bizarras a Pátria Grande bolivariana, a aliança estratégica com o Irã, os impulsos bárbaros do caudilhismo e o difícil aprendizado da linguagem do marxismo. O texto mais novo, contudo, tem precedência sobre os antigos e indica o rumo da "revolução bolivariana". Chávez reage à crise provocada por seu próprio regime apertando os parafusos da ditadura e lançando-se desenfreadamente às expropriações.
O chavismo é um regime revolucionário, não um governo populista tradicional nem um mero fenômeno caudilhesco. O PSUV tem, no papel, 7 milhões de filiados, dos quais 2,5 milhões se apresentaram para eleger os delegados ao congresso extraordinário. O declínio de Chávez, agravado pela crise econômica em curso, sustenta a profecia de sua derrota eleitoral em setembro, mas regimes revolucionários não são apeados do poder pelo voto. "Não admitirei que minha liderança seja contestada, porque eu sou o povo, caramba!", rugiu semanas atrás o caudilho de Caracas. Esse homem não permitirá que o povo o desminta nas urnas. O ocaso inexorável do chavismo será amargo, dramático, talvez cruento. Mas sua duração dependerá, essencialmente, do sentido da política externa do novo governo brasileiro.
Várias vezes o Brasil estendeu uma rede sob Chávez. Lula e Celso Amorim protegeram o venezuelano na hora do fechamento da RCTV, no referendo constitucional frustrado, na crise dos reféns colombianos, na polêmica sobre as bases americanas e na aventura fracassada do retorno de Zelaya a Honduras. Em nome dos interesses do chavismo, o presidente brasileiro desperdiçou a oferta de cooperação estratégica com Barack Obama.
No ciclo de estabilização da "revolução bolivariana", o Brasil isolou regionalmente a oposição venezuelana, ajudando a consolidar o regime de Chávez. Agora, iniciou-se o ciclo de desmontagem das bases políticas e sociais do chavismo. No novo cenário, o Brasil tornou-se imprescindível: só a potência sul-americana possui os meios e a influência para carregar por mais alguns quilômetros o esquife do iracundo caudilho.
A maioria governista no Senado aprovou o ingresso da Venezuela no Mercosul, sob o cínico argumento de que a democracia no país vizinho ficará mais preservada pela virtual supressão da cláusula democrática do Mercosul. Na OEA, a diplomacia brasileira manobra para evitar uma nítida condenação da ofensiva chavista contra os estudantes e a liberdade de imprensa. Em Caracas, uma missão técnica enviada pelo governo brasileiro articula um plano de resgate do sistema elétrico venezuelano em colapso. A declaração de apoio de Chávez à reeleição de Lula foi recebida com desprezo pelos chavistas revolucionários. Hoje, até Woods deve estar rezando em segredo pelo triunfo de Dilma Rousseff.
Demétrio Magnoli é sociólogo e doutor em Geografia Humana pela USP. E-mail:
Demétrio Magnoli
Karl Marx criou a 1ª Internacional, Friedrich Engels participou da fundação da 2ª, Lenin estabeleceu a 3ª, Leon Trotski fundou a 4ª e Hugo Chávez acaba de erguer o estandarte da 5ª. "Eu assumo a responsabilidade perante o mundo; penso que é tempo de reunir a 5ª Internacional e ouso fazer o chamado", declarou num discurso de cinco horas, na sessão inaugural do congresso extraordinário do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV), sob aplausos de 772 delegados em camisetas vermelhas.
O congresso ocorreu em novembro. Depois, Chávez impôs o racionamento energético no país, desvalorizou a moeda e implantou um câmbio duplo, estatizou uma rede de supermercados, suspendeu emissoras de TV a cabo e desencadeou sangrenta repressão contra os protestos estudantis. A Internacional chavista nascerá numa conferência mundial em Caracas, em abril, e as eleições parlamentares venezuelanas estão marcadas para setembro. Mas o futuro do homem que pretende suceder a Marx, Lenin e Trotski será moldado por um evento totalmente estranho à sua influência: a eleição presidencial brasileira de outubro.
Chávez vive a sua terceira encarnação, que é também a última. O primeiro Chávez emergiu depois do golpe frustrado de 1992, nas roupagens do caudilho nacionalista e antiamericano hipnotizado pela imagem de um Simón Bolívar imaginário. Sob a influência do sociólogo argentino Norberto Ceresole, aquele chavismo original flertava com o antissemitismo e sonhava com a implantação de um Estado autoritário, de corte fascista, que reunificaria Venezuela, Colômbia e Equador numa Grã-Colômbia restaurada.
Um segundo Chávez delineou-se na primavera do primeiro mandato, em 1999, a partir da ruptura com Ceresole e da aproximação do caudilho com o alemão Heinz Dieterich, o professor de Sociologia no México que deixou a obscuridade ao formular o conceito do "socialismo do século 21". O chavismo reinventado adquiriu colorações esquerdistas, firmou uma aliança com Cuba e engajou-se no projeto de edificação de um capitalismo de Estado que figuraria como longa transição rumo a um socialismo não maculado pela herança soviética.
Brandindo um exemplar de O Estado e a Revolução, de Lenin, o Chávez do congresso extraordinário do PSUV anunciou sua conversão ao programa de destruição do "Estado burguês" e construção de um "Estado revolucionário". Este terceiro Chávez se insinuou em 2004, quando o caudilho conheceu o trotskista britânico Alan Woods, e se configurou plenamente no momento da derrota no referendo de dezembro de 2007, pouco depois da ruptura com Dieterich. O PSUV é fruto do chavismo de terceira água, assim como a proclamação da 5ª Internacional.
O termo palimpsesto origina-se das palavras gregas palin (de novo) e psao (raspar ou borrar). Palimpsesto é o manuscrito reescrito várias vezes, pela superposição de camadas sucessivas de texto, no qual as camadas antigas não desaparecem por completo e mantêm relações complexas com a escritura mais recente. Para horror do sofisticado Woods, o chavismo é uma doutrina de palimpsesto que mescla de maneiras bizarras a Pátria Grande bolivariana, a aliança estratégica com o Irã, os impulsos bárbaros do caudilhismo e o difícil aprendizado da linguagem do marxismo. O texto mais novo, contudo, tem precedência sobre os antigos e indica o rumo da "revolução bolivariana". Chávez reage à crise provocada por seu próprio regime apertando os parafusos da ditadura e lançando-se desenfreadamente às expropriações.
O chavismo é um regime revolucionário, não um governo populista tradicional nem um mero fenômeno caudilhesco. O PSUV tem, no papel, 7 milhões de filiados, dos quais 2,5 milhões se apresentaram para eleger os delegados ao congresso extraordinário. O declínio de Chávez, agravado pela crise econômica em curso, sustenta a profecia de sua derrota eleitoral em setembro, mas regimes revolucionários não são apeados do poder pelo voto. "Não admitirei que minha liderança seja contestada, porque eu sou o povo, caramba!", rugiu semanas atrás o caudilho de Caracas. Esse homem não permitirá que o povo o desminta nas urnas. O ocaso inexorável do chavismo será amargo, dramático, talvez cruento. Mas sua duração dependerá, essencialmente, do sentido da política externa do novo governo brasileiro.
Várias vezes o Brasil estendeu uma rede sob Chávez. Lula e Celso Amorim protegeram o venezuelano na hora do fechamento da RCTV, no referendo constitucional frustrado, na crise dos reféns colombianos, na polêmica sobre as bases americanas e na aventura fracassada do retorno de Zelaya a Honduras. Em nome dos interesses do chavismo, o presidente brasileiro desperdiçou a oferta de cooperação estratégica com Barack Obama.
No ciclo de estabilização da "revolução bolivariana", o Brasil isolou regionalmente a oposição venezuelana, ajudando a consolidar o regime de Chávez. Agora, iniciou-se o ciclo de desmontagem das bases políticas e sociais do chavismo. No novo cenário, o Brasil tornou-se imprescindível: só a potência sul-americana possui os meios e a influência para carregar por mais alguns quilômetros o esquife do iracundo caudilho.
A maioria governista no Senado aprovou o ingresso da Venezuela no Mercosul, sob o cínico argumento de que a democracia no país vizinho ficará mais preservada pela virtual supressão da cláusula democrática do Mercosul. Na OEA, a diplomacia brasileira manobra para evitar uma nítida condenação da ofensiva chavista contra os estudantes e a liberdade de imprensa. Em Caracas, uma missão técnica enviada pelo governo brasileiro articula um plano de resgate do sistema elétrico venezuelano em colapso. A declaração de apoio de Chávez à reeleição de Lula foi recebida com desprezo pelos chavistas revolucionários. Hoje, até Woods deve estar rezando em segredo pelo triunfo de Dilma Rousseff.
Demétrio Magnoli é sociólogo e doutor em Geografia Humana pela USP. E-mail:
"A reconquista da soberania perdida não restabelece o status quo."
Barão do Rio Branco
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Re: CHAVEZ: de novo.
Essa de "Revolução Bolivariana de 900 Anos" lembra uma história de "Reich de 1000 Anos".... O outro terminou se matando... Não é má idéia!!!
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Re: CHAVEZ: de novo.
Claude escreveu:Essa de "Revolução Bolivariana de 900 Anos" lembra uma história de "Reich de 1000 Anos".... O outro terminou se matando... Não é má idéia!!!
ééé, Mas o outro tinha um país avançado e tecnológico, mesmo que naquele período era em crise, mas depois tudo voltou à normalidade e assim ele tentou na força.... o bolivariano não tem nem um(avançado) nem o outro(tecnológico) a unica coisa que tem em comum é a crise!!!!
- Marino
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Re: CHAVEZ: de novo.
Edu, postei sem ver que vc já havia postado o artigo do Demétrio Magnoli.
"A reconquista da soberania perdida não restabelece o status quo."
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- Edu Lopes
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Re: CHAVEZ: de novo.
Quiéisso, parceiro, sem problema algum.Marino escreveu:Edu, postei sem ver que vc já havia postado o artigo do Demétrio Magnoli.
Re: CHAVEZ: de novo.
Será que o Chaves quer dizer "guerra civil"?
Talvez ele vai tentar entrar na fase Stalin ou seria Mao Tse Tung.
Lá não tem a Sibéria, mas tem um bom trecho de Floresta Amazônica...
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Chávez promete 'mais revolução' contra oposicionistas
http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticia ... ezrg.shtml
O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, alertou nesta quinta-feira seus adversários que responderá com "mais revolução" a qualquer tentativa de desestabilização de sua gestão, que tem sido alvo de protestos da oposição.
O movimento estudantil vem, desde a semana passada, realizando manifestações contra o governo.
"Não poderão conosco mãozinhas brancas (símbolo do movimento estudantil), burguesinhos, apátridas (...), não poderão", afirmou Chávez durante ato para marcar o 18º aniversário de um fracassado golpe militar liderado por ele, com a presença de milhares de simpatizantes.
"Se se atrevem a buscar os caminhos que vão além da Constituição (...), aprofundaremos então a revolução socialista. Melhor que não nos provoquem, melhor que não se enganem, porque não poderão derrotar-nos."
Chávez convocou seus simpatizantes a construírem a "pátria socialista" em um período de 20 anos, "de 2010 a 2030" – mas não disse se anseia ou não presidir o país em todo esse período.
O mandatário já anunciou sua candidatura a presidente em 2012.
Golpe
O dia 4 de fevereiro foi nomeado pelo governo e seus simpatizantes como "dia da dignidade".
Na data, em 1992, o então tenente-coronel Chávez e um grupo de militares organizaram um levante para derrubar o então presidente Carlos Andrés Perez.
Chávez foi levado à prisão, mas antes, se responsabilizou pela intentona, ao emitir a frase que o projetaria à vida política e o levaria à Presidência seis anos depois: “Por enquanto nossos objetivos não foram cumpridos".
Assim como a maioria dos simpatizantes do governo, o estudante Isaac Martinez, de 22 anos, considera que a chamada Revolução Bolivariana teve seu ponto de partida com o fracassado golpe.
" O ‘por enquanto’ era uma promessa que estamos concretizando em 11 anos de revolução", disse Martinez à BBC Brasil, enquanto seus colegas cantavam coros contra seus opositores.
Enfrentamento
Do outro lado da cidade, no leste de Caracas, o movimento estudantil opositor, protestava, entre outras coisas, contra o que considera ter sido "a violação da Constituição".
"Não podemos comemorar em hipótese alguma um golpe de Estado", disse à BBC Brasil o estudante Alejandro Vásquez, de 17 anos.
Cerca de mil estudantes opositores saíram às ruas apesar de as autoridades terem se negado a autorizar o protesto.
Segundo a Prefeitura de Caracas, o protesto coincidiu em alguns pontos com a manifestação chavista. A manifestação pró-Chávez, por outro lado, recebeu autorização porque o pedido teria sido apresentando antes que o do outro grupo.
Estudantes e policiais acabaram se enfrentando, e o protesto foi dispersado com bombas de gás lacrimogêneo e jatos d’água.
De olho nas eleições legislativas, marcadas para setembro, os estudantes estão protestando contra a suspensão do sinal do canal RCTV, da crise de energia elétrica e de abastecimento de água.
"Estaremos nas ruas, alertando o povo, até as eleições, porque temos que ganhar a maioria (das cadeiras) da Assembleia", disse Alejandro Vásquez.
Talvez ele vai tentar entrar na fase Stalin ou seria Mao Tse Tung.
Lá não tem a Sibéria, mas tem um bom trecho de Floresta Amazônica...
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Chávez promete 'mais revolução' contra oposicionistas
http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticia ... ezrg.shtml
O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, alertou nesta quinta-feira seus adversários que responderá com "mais revolução" a qualquer tentativa de desestabilização de sua gestão, que tem sido alvo de protestos da oposição.
O movimento estudantil vem, desde a semana passada, realizando manifestações contra o governo.
"Não poderão conosco mãozinhas brancas (símbolo do movimento estudantil), burguesinhos, apátridas (...), não poderão", afirmou Chávez durante ato para marcar o 18º aniversário de um fracassado golpe militar liderado por ele, com a presença de milhares de simpatizantes.
"Se se atrevem a buscar os caminhos que vão além da Constituição (...), aprofundaremos então a revolução socialista. Melhor que não nos provoquem, melhor que não se enganem, porque não poderão derrotar-nos."
Chávez convocou seus simpatizantes a construírem a "pátria socialista" em um período de 20 anos, "de 2010 a 2030" – mas não disse se anseia ou não presidir o país em todo esse período.
O mandatário já anunciou sua candidatura a presidente em 2012.
Golpe
O dia 4 de fevereiro foi nomeado pelo governo e seus simpatizantes como "dia da dignidade".
Na data, em 1992, o então tenente-coronel Chávez e um grupo de militares organizaram um levante para derrubar o então presidente Carlos Andrés Perez.
Chávez foi levado à prisão, mas antes, se responsabilizou pela intentona, ao emitir a frase que o projetaria à vida política e o levaria à Presidência seis anos depois: “Por enquanto nossos objetivos não foram cumpridos".
Assim como a maioria dos simpatizantes do governo, o estudante Isaac Martinez, de 22 anos, considera que a chamada Revolução Bolivariana teve seu ponto de partida com o fracassado golpe.
" O ‘por enquanto’ era uma promessa que estamos concretizando em 11 anos de revolução", disse Martinez à BBC Brasil, enquanto seus colegas cantavam coros contra seus opositores.
Enfrentamento
Do outro lado da cidade, no leste de Caracas, o movimento estudantil opositor, protestava, entre outras coisas, contra o que considera ter sido "a violação da Constituição".
"Não podemos comemorar em hipótese alguma um golpe de Estado", disse à BBC Brasil o estudante Alejandro Vásquez, de 17 anos.
Cerca de mil estudantes opositores saíram às ruas apesar de as autoridades terem se negado a autorizar o protesto.
Segundo a Prefeitura de Caracas, o protesto coincidiu em alguns pontos com a manifestação chavista. A manifestação pró-Chávez, por outro lado, recebeu autorização porque o pedido teria sido apresentando antes que o do outro grupo.
Estudantes e policiais acabaram se enfrentando, e o protesto foi dispersado com bombas de gás lacrimogêneo e jatos d’água.
De olho nas eleições legislativas, marcadas para setembro, os estudantes estão protestando contra a suspensão do sinal do canal RCTV, da crise de energia elétrica e de abastecimento de água.
"Estaremos nas ruas, alertando o povo, até as eleições, porque temos que ganhar a maioria (das cadeiras) da Assembleia", disse Alejandro Vásquez.
- Ilya Ehrenburg
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Re: CHAVEZ: de novo.
Prestem atenção no que eu vou dizer!
Pouco importa quem está no poder em Caracas, se Lênin, Stalin, Chávez ou Hitler. Enquanto houver de lá uma retórica que magnetize à atenção do império, pouca ou nenhuma atenção imperial será dada para Amazônia que se encontra sob nossas fronteiras.
Muitos confundem o apoio do Governo Federal a Chávez, por uma "afinidade ideológica" ou algo do tipo. Convenhamos... É algo muito primário para se sustentar.
Ilya Ehrenburg, um cérebro contra o império, a favor do Brasil!
Pouco importa quem está no poder em Caracas, se Lênin, Stalin, Chávez ou Hitler. Enquanto houver de lá uma retórica que magnetize à atenção do império, pouca ou nenhuma atenção imperial será dada para Amazônia que se encontra sob nossas fronteiras.
Muitos confundem o apoio do Governo Federal a Chávez, por uma "afinidade ideológica" ou algo do tipo. Convenhamos... É algo muito primário para se sustentar.
Ilya Ehrenburg, um cérebro contra o império, a favor do Brasil!
Não se tem razão quando se diz que o tempo cura tudo: de repente, as velhas dores tornam-se lancinantes e só morrem com o homem.
Ilya Ehrenburg
Uma pena incansável e combatente, contra as hordas imperialistas, sanguinárias e assassinas!
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