Crise Econômica Mundial

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Re: Crise Econômica Mundial

#1261 Mensagem por P44 » Ter Jan 19, 2010 11:22 am

Japan Airlines files for bankruptcy protection
http://finance.yahoo.com/news/Japan-Air ... /print?x=0




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Re: Crise Econômica Mundial

#1262 Mensagem por P44 » Qua Jan 20, 2010 4:20 pm

Bolsas
China e Grécia assustam investidores europeus, bolsas tombam 2%

Eudora Ribeiro
20/01/10 17:54

Noticias: As acções europeias sofreram hoje fortes quebras e recuaram de máximos de 15 meses, com os receios de que a China, um dos motores da retoma mundial, retire as medidas de estímulo à economia. O défice grego também continua a pesar.

"A economia chinesa está a abrandar e há um risco substancial de uma correcção significativa nas bolsas", explicou Philipe Gijsels, especialista do Fortis Bank Global Markets, à Bloomberg. "Ainda há muitos problemas mais profundos nas economias da região que ainda estão a ser negligenciados pelos mercados", acrescentou.

O primeiro-ministro chinês, Wen Jibao, afirmou ontem que a China vai vigiar o aumento da concessão de crédito e o presidente do regulador da banca na China avançou hoje que já foi pedido a alguns bancos para travarem a concessão de crédito.

É neste contexto de receios quanto à retirada de estímulos da China e em relação às contas públicas da Grécia que o principal índice grego afundou 3,4%. Isto num dia em que o prémio que os investidores estão a cobrar para comprarem dívida grega em vez das obrigações alemãs, que são a referência para o mercado, disparou para máximos históricos, nos 309 pontos.

Os elevados receios dos investidores em relação às contas públicas da Grécia também se fizeram sentir nos CDS gregos, a garantia em caso de incumprimento da República Helénica, que subiram hoje para os 345,5 mil euros, o nível mais elevado de sempre.




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Re: Crise Econômica Mundial

#1263 Mensagem por P44 » Sex Jan 22, 2010 11:29 am

In Europe, attention remained focused on the debt problems of Greece, with officials stressing the country will not need a bailout but will manage its funding on the market. The possibility that other countries, such as Portugal, could also have trouble handling their debt has kept markets on edge, pushing the euro to 5-month lows against the dollar.
http://finance.yahoo.com/news/Bank-stoc ... 7.html?x=0




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Re: Crise Econômica Mundial

#1264 Mensagem por P44 » Qua Jan 27, 2010 7:19 am

Economista
Roubini: “Alguns países podem sair da zona euro”

Mafalda Aguilar
27/01/10 07:29


Roubini nunca esteve tão pessimista sobre o futuro da zona euro como agora.




Nouriel Roubini, o economista e professor universitário que previu a crise financeira mundial, considera que a Espanha é a maior ameaça à coesão da zona euro, mais do que a Grécia.


"No longo prazo, não daqui a um ou dois anos, podemos ter a separação da zona euro. É um risco crescente,", afirmou Roubini, em entrevista à Bloomberg, em Davos, onde os líderes mundial vão começar a debater hoje os assuntos económicos mundiais.

"A zona euro pode derivar no sentido de uma bifurcação, com um núcleo mais forte e uma periferia mais fraca e, eventualmente, alguns países podem sair da zona euro"
, alertou Roubini.

As preocupações do economista contrastam com a visão do presidente do Banco Central Europeu (BCE). Jean-Claude Trichet disse em meados deste mês que é "absurdo" imaginar que as 16 economias do euro se possam separar, reagindo à especulação de que a Grécia poderia ser obrigada a abandonar a região.

Nos últimos tempos a especulação em torno do fim da zona euro tal como a conhecemos hoje cresceu devido às dificuldades da Grécia em cortar o défice do país, que terá atingido 12,7% em 2009, e aos aumentos das dívidas da Espanha e da Irlanda.

Roubini considera mesmo que a Espanha é a maior ameaça à coesão da zona euro, "porque é a quarta maior economia da região e tem uma elavada taxa de desemprego (superior a 19%, quase o dobro da média da União Europeia) e bancos mais fracos. "Se a Grécia socumbir é um problema para a zona euro, mas se a Espanha socumbir é um desastre", frisou.
http://economico.sapo.pt/noticias/roubi ... 79915.html




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Re: Crise Econômica Mundial

#1265 Mensagem por P44 » Qui Jan 28, 2010 2:19 pm

Notícias: A agência de notação financeira emitiu uma nota de análise, citada pela Bloomberg, onde considera que o Reino Unido deixou de ter um dos sistemas bancários mais estáveis e de baixo risco do mundo. A agência alerta para o “ambiente económico fraco do país” e para a “dependência elevada do Estado”.




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Re: Crise Econômica Mundial

#1266 Mensagem por PRick » Seg Fev 01, 2010 11:46 am

PIB da Rússia cai 7,9% em 2009


MOSCOU - O Produto Interno Bruto (PIB) da Rússia caiu 7,9% no ano passado, informou nesta segunda-feira o Serviço Federal de Estatísticas Estatais da Federação Russa (Rosstat).

Segundo os dados oficiais, o PIB russo somou 39,016 trilhões de rublos (US$ 1,28 trilhão).

Os números divulgados pelo Rosstat são inferiores aos das previsões do Ministério de Desenvolvimento Econômico russo, que tinha previsto uma queda de 8,5% no PIB.

Esta é a maior baixa no PIB russo desde 1994, quando a queda foi de 15%.

fonte: Portal IG




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Re: Crise Econômica Mundial

#1267 Mensagem por P44 » Qui Fev 04, 2010 7:17 am

Juros e CDS disparam, bolsa cai
Risco de Portugal dispara nos mercados (act)
O mercado internacional deu hoje claros sinais de preocupação com a situação das contas públicas portuguesas. As declarações de Almunia e uma emissão de bilhetes do tesouro abaixo do esperado levaram as "yields" das obrigações a registar uma forte subida, os custos de protecção da dívida (CDS) para máximos históricos e as acções a registarem uma forte queda.
Nuno Carregueiro
nc@negocios.pt

O mercado internacional deu hoje claros sinais de preocupação com a situação das contas públicas portuguesas. As declarações de Almunia e uma emissão de bilhetes do tesouro abaixo do esperado levaram as “yields” das obrigações a registar uma forte subida, os custos de protecção da dívida (CDS) para máximos históricos e as acções a registarem uma forte queda.

As “yields” das obrigações do tesouro portuguesas estão hoje de novo em forte alta, numa altura em que as preocupações dos investidores se desviam para Portugal depois da Comissão Europeia ter dado apoio ao plano da Grécia de consolidação orçamental, afirmam analistas. Os CDS atingiram recorde e a bolsa portuguesa desceu perto de 3%, a maior queda desde Outubro do ano passado.

O receios dos investidores reflecte também o facto de o IGCP ter colocado hoje uma emissão de 300 milhões de euros em bilhetes do tesouro, quando antes tinha indicado que pretendia alienar 500 milhões de euros. Os títulos, com uma maturidade de 12 meses, foram colocados com uma taxa de juro de 1,38%, acima dos 0,93% da emissão realizada a 20 de Janeiro.

As obrigações do tesouro a 10 anos estão em forte queda, elevando a rentabilidade dos títulos para 4,666%, um novo máximo desde 3 de Março de 2009. A subida de 21 pontos base ocorreu logo depois de Joaquin Almunia, comissário do euro, ter, na conferência de imprensa em que explicou o apoio ao plano de consolidação orçamental da Grécia, afirmado que Portugal precisa de intensificar os esforços de redução do défice.

A subida das “yields” é também a mais elevada desde 3 de Março de 2009. Nesse dia, em que a bolsa portuguesa atingiu o mínimo do ano, dispararam 24 pontos base.

“Depois da Grécia ter surgido com novas medidas e um plano rigoroso, o mercado começou a olhar para a próxima economia mais fraca da Zona Euro para vender [dívida pública]. O recente orçamento português não impressionou”, disse um investidor ao “Financial Times”, para justificar a queda das obrigações portuguesas.

Esta subida dos juros das OT portuguesas acontece num dia em que o Conselho de Estado reúne, depois de ter sido convocado por Cavaco Silva para discutir a situação política do país, preocupado com a situação financeira e com a necessidade de dar uma imagem de estabilidade aos mercados internacionais.

“Spread” de 143 pontos base

A subida das obrigações portuguesas é transversal a todos os prazos. Nas OT a 2 anos a “yield” – que varia em sentido inverso à cotação – sobe 21 pontos base para 2,371% e nos títulos com maturidade a 5 anos a “yield” avança 25 pontos base para 3,777%.

Os investidores estão assim a exigir uma maior rentabilidade para comprar dívida pública portuguesa. Tal ocorre numa sessão em que as “yields” da dívida pública de restantes países estão estáveis.

A “yield” da dívida pública grega a 10 anos desce 4 pontos base para 6,676%, mantendo a tendência de descida desde que na semana passada superou os 7%. Na Alemanha a rentabilidade das “bunds” a 10 anos sobe 3 pontos base.

O diferencial entre a dívida portuguesa e alemã – que representa o prémio de risco que os investidores exigem para comprar os títulos portugueses – alargou-se hoje assim para 143 pontos base, quase triplicando no espaço de dois meses.

Nas OT a dois anos o “spread” é de 134 pontos base, o mais elevado desde Janeiro de 2009.

A “yield” das OT portuguesas a 10 anos acumula já uma subida de 63 pontos base este ano, ainda assim menos que os 93 pontos dos títulos gregos comparáveis.

“Intensificar” redução do défice

A subida das “yields” portuguesas acentuou-se desde que Joaquin Almunia, em conferência de imprensa em Bruxelas, afirmou que Governo português vai ter de “intensificar” o ritmo de consolidação orçamental, depois de ter revelado valores para o défice de 2009 e previsões para 2010 “ligeiramente superiores ao esperado”.

Almunia disse ainda que Portugal e Grécia partilham alguns problemas, como a perda de competitividade, défices elevados e "grandes" necessidades de financiamento externo.

As declarações do comissário para os Assuntos Económicos e Monetários foram proferidas na conferência de imprensa em que anunciou oficialmente a aprovação do programa de estabilidade e crescimento da Grécia.

Almunia classificou o plano grego de “ambicioso” e de difícil execução, mas, ainda assim, “atingível”.

Os investidores contactados pelo FT consideram que o mercado, depois de a crise na Grécia suscitar menos preocupações uma vez recebido o aval de Bruxelas, está agora a focar atenções em Portugal.

O Governo português deverá apresentar em Bruxelas, dentro de duas semanas, o programa de estabilidade e crescimento, documento onde terá que detalhar como vai reduzir o défice de 9,3% do PIB no ano passado para 3% em 2013.

Apesar de Vítor Constâncio ter ontem estimado que será necessário aumentar impostos para atingir tal meta, o ministro das Finanças e o primeiro-ministro afastaram tal cenário.

“As notícias que têm saído são bastante negativas para os títulos da dívida pública portuguesa”, afirmou esta tarde David Schnautz, analista do Commerzbank em Frankfurt.

Citado pela agência Bloomberg, Schnautz diz ser “considerável” o risco de aumentar ainda mais o “spread”, ou seja o diferencial entre os juros exigidos pela compra de dívida portuguesa quando comparados com os da alemã, que serve de referência ao mercado, como sendo as aplicações mais seguras da Zona Euro. “[O 'spread'] pode ir muito mais longe”, antecipa o analista.

Emissão de BT abaixo do esperado

Vários analistas consideram que a emissão abaixo do estimado de BT também justifica o nervosismo dos investidores. O analista do Commerzbank, citado pela Dow Jones, considera que a decisão de Portugal em vender “apenas” 300 milhões de euros foi “inteligente”, pois “actualmente é muito importante para Portugal não desesperar por financiamento”. A procura total de BT atingiu 1,95 mil milhões de euros, mas o IGCP optou por colocar apenas 300 milhões.

Algo com que os investidores parecem não concordar. Os “credit default swaps” a 5 anos, instrumentos que os investidores utilizam para se protegerem contra o incumprimento da dívida pública – atingiram um recorde em 196 pontos base, depois de uma subida de 29 pontos base.

Este aumento traduz uma subida de 32 mil euros no custo anual para um investidor, com 10 mil milhões de euros de dívida, se proteger contra um incumprimento.

Segundo a Bloomberg, os CDS de Portugal são os que mais sobem em todo o mundo. Mas não os únicos. O índice que reúne os CDS dos países da Zona Euro subiu 5 pontos base para um recorde de 93,5 pontos base, o valor mais elevado de sempre.

Desde que a crise grega se intensificou, o mercado centrou atenções nos já denominados países periféricos, como Portugal, Espanha, Irlanda e Itália.

A “yield” das obrigações espanholas a 10 anos sobe 4 pontos base para 4,096%, no dia em que o país entregou o programa de estabilidade e crescimento em Bruxelas.

A Irlanda conseguiu "acalmar" as preocupações dos mercados depois de ter apresentado um orçamento com medidas "drásticas" de cortes nos salários dos funcionários públicos.

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Re: Crise Econômica Mundial

#1268 Mensagem por Bourne » Qui Fev 04, 2010 7:34 pm

P44 escreveu:
Economista
Roubini: “Alguns países podem sair da zona euro”

Mafalda Aguilar
27/01/10 07:29


Roubini nunca esteve tão pessimista sobre o futuro da zona euro como agora.




Nouriel Roubini, o economista e professor universitário que previu a crise financeira mundial, considera que a Espanha é a maior ameaça à coesão da zona euro, mais do que a Grécia.


"No longo prazo, não daqui a um ou dois anos, podemos ter a separação da zona euro. É um risco crescente,", afirmou Roubini, em entrevista à Bloomberg, em Davos, onde os líderes mundial vão começar a debater hoje os assuntos económicos mundiais.

"A zona euro pode derivar no sentido de uma bifurcação, com um núcleo mais forte e uma periferia mais fraca e, eventualmente, alguns países podem sair da zona euro"
, alertou Roubini.

As preocupações do economista contrastam com a visão do presidente do Banco Central Europeu (BCE). Jean-Claude Trichet disse em meados deste mês que é "absurdo" imaginar que as 16 economias do euro se possam separar, reagindo à especulação de que a Grécia poderia ser obrigada a abandonar a região.

Nos últimos tempos a especulação em torno do fim da zona euro tal como a conhecemos hoje cresceu devido às dificuldades da Grécia em cortar o défice do país, que terá atingido 12,7% em 2009, e aos aumentos das dívidas da Espanha e da Irlanda.

Roubini considera mesmo que a Espanha é a maior ameaça à coesão da zona euro, "porque é a quarta maior economia da região e tem uma elavada taxa de desemprego (superior a 19%, quase o dobro da média da União Europeia) e bancos mais fracos. "Se a Grécia socumbir é um problema para a zona euro, mas se a Espanha socumbir é um desastre", frisou.
http://economico.sapo.pt/noticias/roubi ... 79915.html
Sempre falei isso ou coisa parecida :?

Isso não é mais a "crise econômica mundial" é a crise do euro :|

Creio cada vez mais que os países da periferia da União Européia não tem condicionamento institucional e físico para aguentar uma moeda forte e considerada como padrão aceitável nas transações internacionais. Aliás, a primeira condição é que os países que adotam uma união monetária é ter uma política fiscal, cambial e monetária conjunta. Na periferia da UE a política fiscal parece não estar em consonância e, logo, tem repercussões na política monetária. Logo vai dar m@#$%...




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Re: Crise Econômica Mundial

#1269 Mensagem por Vitor » Qui Fev 04, 2010 9:05 pm

Que beleza o Euro e Dollar se desmanchando, a pretensão dos engenheiros sociais com suas moedas manipuláveis sempre que conveniente nunca falha em morder de volta.




NÃO À DROGA! NÃO AO CRIME LEGALIZADO! HOJE ÁLCOOL, AMANHÃ COGUMELO, DEPOIS NECROFILIA! QUANDO E ONDE IREMOS PARAR?
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Re: Crise Econômica Mundial

#1270 Mensagem por P44 » Sex Fev 05, 2010 8:29 am

05-02-2010 08:47 - Imprensa estrangeira foca "Tsunami ao estilo Lehman" que assolou Portugal e Espanha

A imprensa internacional aborda hoje os receios relativos às contas públicas de Portugal e de Espanha, com o "Financial Times" a dizer que "Portugal se aproxima de uma crise política" devido à Lei das Finanças Regionais e com o "Daily Telegraph" a alertar para "Receios de um Tsunami ao estilo Lehman, à medida que a crise atinge Portugal e Espanha".

Na sequência das declarações de ontem, do ministro das Finanças, o jornal britânico "Financial Times" diz que Teixeira dos Santos apelou à oposição que não vença o governo minoritário socialista numa Lei das Finanças Regionais, porque esta teria “consequências graves nas contas públicas de Portugal” e “enviaria o pior sinal possível aos mercados financeiros”.

Na conferência de ontem, Teixeira dos Santos foi mais longe afirmando que vai usar todos os instrumentos ao seu alcance para bloquear o aumento das transferências para a Região Autónoma da Madeira.

O também britânico “Daily Telegraph” diz que Portugal e Espanha estão a ser contaminados pelos receios relativos às contas públicas que atingiram a Grécia e citam o analista do Barclays Capital, Julian Callow, que diz que se estes receios não forem contidos “podem resultar num tsunami ao ‘estilo Lehman’ que se espalhe por grande parte da União Europeia”.

Os jornais espanhóis focam-se mais na comparação entre Espanha e Grécia, feita pelo comissário económico da União Europeia, Joaquín Almunia. O "El Mundo" cita o presidente do Santander, Emílio Botin, que refere que “comparar a Espanha e a Grécia é como fazê-lo com o Real de Madrid e o Alcoyano”.

O "El País" relata que “José Luís Rodriguez Zapatero se defendeu esta quarta-feira em Washington, face às criticas ‘sem fundamento’ contra o seu governo e a força da econoimia espanhola”. “Sabemos para onde queremos ir e as reformas que queremos levar a cabo”, diz o jornal que cita o presidente espanhol.



Jornal de Negócios - Hugo Paula

.........

05 Feb 2010 - WRAPUP 2-Euro-zone debt worries spread across the globe

WRAPUP 2-Euro-zone debt worries spread across the globe

* Investors dump euros and bonds of high-debt bloc members

* Flight to safe havens dominates trading in U.S., Asia

* Eyes on Friday financing bill vote in Portugal


By Andrei Khalip

LISBON, Feb 5 (Reuters) - The euro and the stocks and bonds of debt-laden members of the currency bloc fell for a second straight day on Friday as fears over Portugal and other European sovereigns spread, pushing investors into safe havens.

All eyes were on Lisbon, where parliament was due to vote on a regional financing bill markets see as a crucial test of the government's ability to curb public spending, which swelled across the 16-nation bloc in response to the economic crisis.

The government in Lisbon says the opposition-led bill, which was approved in a committee vote on Thursday, would hamper its ability to cut a budget deficit expected to total 8.3 percent of gross domestic product (GDP) this year. [nLDE6140J8]

Alongside Greece and Spain, Portugal is one of a handful of euro bloc countries that face intense pressure to get their public finances in order and calm markets which are worried about the risks of a sovereign default.

Analysts are no longer discounting the possibility that a smaller member of the bloc such as Greece could be pushed out, though most believe monetary union will survive.

Reflecting the scope of the concerns, investors in the United States and Asia shed risky assets overnight and moved into U.S. Treasuries and Japanese yen, both seen as safe havens.

"The market is closely watching each country's ability to pay its debts. If the faith is lost, rates will go up significantly," said Erkki Liikanen, a member of the European Central Bank's Governing Council. [ID:nSGE61408O]

The euro tumbled below $1.37, its lowest level since May 2009. It also slumped against other safe-haven currencies like the Swiss franc, forcing the Swiss National Bank (SNB) to take the unusual step of intervening in the market.

Greek stocks <.ATG> were down 2.8 percent in early trading, while Portuguese <.PSI20> and Spanish <.IBEX> shares shed about 2 percent after tumbling 5 to 6 percent on Thursday.

The cost of insuring Greek, Portuguese and Spanish government debt against default shot up to record highs and yields on the three countries' bonds compared with benchmark German Bunds also rose sharply, a sign of growing investor unease with the fiscal divergences within the euro currency bloc. [ID:nLDE6140LZ]

"There is now significant downside pressure on global indexes, with fear spreading that the situation in Greece could creep into other weaker European economies," said Owen Ireland, an analyst at ODL Securities. "Confidence is extremely brittle."

GREECE TRIES TO REASSURE

Greek Prime Minister George Papandreou, on a visit to the Indian capital New Delhi, sought to reassure sceptics about his government's ability to push through austerity measures and bring yawning debt and deficit levels under control.

"I can understand the doubts but that's why we have to prove (ourselves). We will credibly apply this programme," Papandreou said. [ID:nSGE6140B2]

Greece has pledged to reduce its budget deficit by 4 percentage points to 8.7 percent of GDP this year, down from 12.7 percent in 2009.

Earlier this week, the European Commission conditionally approved a three-year Greek plan to cut its deficit, bringing temporary relief. [ID:nLDE6121AC]

But markets still have doubts about Papandreou's ability to push through his programme amid mounting threats of social unrest in a country with a history of violent protest.

Greek tax officials kicked off a series of strikes against the government's austerity plan on Thursday and a wider public sector strike is scheduled for Feb. 10.

The threat of unrest has also risen in Spain, where criticism of Prime Minister Jose Luis Rodriguez Zapatero is on the rise.

Spanish unions said on Thursday they would hold protests and the opposition has threatened to hold a vote of no confidence in parliament -- a step which could topple the government if successful.

The government was due to detail its labour reforms on Friday. Unemployment in Spain, whose economy has slumped since the bursting of a construction bubble, is nearing 20 percent. (Reporting by Andrei Khalip in Portugal, Brian Love in Paris, Terhi Kinnunen in Helsinki; Abhijit Neogy and Manoj Kumar in New Delhi; Writing by Noah Barkin, editing by Tim Pearce)




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Re: Crise Econômica Mundial

#1271 Mensagem por marcelo l. » Sáb Fev 06, 2010 12:14 am

residente rejeita lei de repagamento do icesave
05/01/10 23:48 Filed in: Notícias
Quem vem seguindo notícias sobre a Islândia nos jornais e pela internet muito provavelmente já ouviu falar em Icesave. Eu venho tentando evitar o assunto, mas já que o assunto vem se estendendo tanto, ao ponto de merecer mesmo a palavra islandesa "saga", então vamos lá.

A saga do Icesave começou com o colapso do sistema financeiro islandês em Outubro de 2008. Num espaço de duas semanas naquele mês, todos os três bancos comerciais islandeses, que juntos haviam crescido até alcançar 15 vezes o tamanho do PIB islandês, faliram. Um desses bancos, o Landsbanki, havia aberto anos antes um banco de investimentos na Inglaterra e Holanda chamado Icesave. Oferecendo juros bem acima do mercado, o Icesave em dois anos atraiu 5 bilhões de dólares de depósitos dos ingleses e holandeses.

Com a falência do Landsbanki e em conseqüência o fechamento do Icesave, os governos da Inglaterra e Holanda garantiram os depósitos de seus cidadãos no Icesave, mas insistem agora que a Islândia pague de volta os 5 bilhões de dólares. Essa é uma dívida equivalente à cerca de 16 mil dólares para cada cidadão islandês, e equivalente à quase metade do PIB islandês. Essa dívida, juntamente à divida ao FMI, representa um fardo financeiro sobre o país maior do que aquele sobre a Alemanha depois da Primeira Guerra mundial.

O pior é que o FMI afirma que o pagamento da dívida decorrente da falência do Icesave é necessariamente uma condição para qualquer ajuda financeira à Islândia.

Nesses 14 meses desde o colapso dos bancos, a discussão sobre essa dívida do Icesave tem dominado o cenário político islandês. na semana passada foi finalmente aprovado em parlamento um acordo de pagamento, prevendo pagamento de parcelas apenas quando o crescimento do PIB país exceder 2% em relação ao PIB de 2007, e com outras condições. O acordo foi enviado para o presidente, que precisa assinar todas as leis anel que elas tenham efeito. Vários impostos já foram aumentados e custos feitos em serviços públicos para financiar o pagamento dessa dívida.

O presidente, Ólafur Ragnar Grímsson, que ontem recebeu um abaixo assinado com 60 mil assinaturas, equivalente à 20% da população do país, pedindo que ele não aprovasse o acordo, surpreendeu o governo e a população em geral se recusando a assinar o acordo de pagamento. Com a recusa do presidente, a constituição islandesa define que a aprovação da lei irá à plebiscito.



"O dever do presidente é garantir que a vontade da nação seja respeitada." - disse o presidente islandês hoje, justificando sua decisão.

A reação da Inglaterra, Holanda e do mercado financeiro mundial foi extremamente negativa. Um ministro inglês chegou a dizer hoje que caso o plebiscito acabe em rejeição do acordo, que o resultado seria um isolamento total da Islândia do mercado financeiro global. As grandes agências de crédito internacionais reagiram à notícia rebaixando o status de crédito islandês e sua avaliação da economia do país para "junk" - o menor possível. As chances da Islândia entrar para a União Européia também parecem agora bem menores. Ainda assim, há muita gente na Islândia pensa que a nação não deve pagar pelos erros dos banqueiros.

Assim, o povo islandês deve votar logo num plebiscito onde terão que escolher entre duas opções ruins para seu país: uma enorme dívida, que significa maiores impostos e piores serviços públicos, ou isolamento do sistema financeiro mundial e bloqueio das linhas de crédito internacionais?




"If the people who marched actually voted, we wouldn’t have to march in the first place".
"(Poor) countries are poor because those who have power make choices that create poverty".
ubi solitudinem faciunt pacem appellant
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Re: Crise Econômica Mundial

#1272 Mensagem por Bolovo » Sáb Fev 06, 2010 1:09 am

Vitor escreveu:Que beleza o Euro e Dollar se desmanchando, a pretensão dos engenheiros sociais com suas moedas manipuláveis sempre que conveniente nunca falha em morder de volta.
Pra mim é ótimo. Quero viajar. :mrgreen:




"Eu detestaria estar no lugar de quem me venceu."
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Re: Crise Econômica Mundial

#1273 Mensagem por PRick » Dom Fev 07, 2010 1:09 am

Bolovo escreveu:
Vitor escreveu:Que beleza o Euro e Dollar se desmanchando, a pretensão dos engenheiros sociais com suas moedas manipuláveis sempre que conveniente nunca falha em morder de volta.
Pra mim é ótimo. Quero viajar. :mrgreen:
Seu protocapitalista selvagem, endonista e plutocrata figura! :lol: :lol:

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Re: Crise Econômica Mundial

#1274 Mensagem por Paisano » Dom Fev 07, 2010 10:51 am

A crise da periferia europeia

Fonte: http://colunistas.ig.com.br/luisnassif/ ... more-47816
Da Folha de S.Paulo

LUIZ GONZAGA BELLUZZO

Angústia na periferia europeia

As agruras dos deserdados da Europa revelam consequências do estatismo de ocasião depois de uma orgia de liberalidades


ABALROADOS pela crise financeira, os “periféricos” da zona do euro -Portugal, Irlanda, Grécia, Espanha- vivem a angústia do default. Elos frágeis da União Europeia, os chamados Pigs usufruíram as delícias da euforia financeira dos anos 90 do século passado e do início do milênio. Todos capricharam no consumismo e alguns se esmeraram na formação de bolhas imobiliárias, tudo financiado a crédito barato por bancos domésticos e estrangeiros.
Hoje, enfrentam os temores das instituições financeiras em prover recursos para financiar os desequilíbrios fiscais -deficit e dívida pública alentados-, além de buracos no balanço de pagamentos. Pavlos Tzimas, comentarista político grego, lamentou: “As pessoas passaram a maior parte da década pensando: “Pronto, nós conseguimos, estamos ricos” e de repente lhes dizem que o país está falido”.

As agruras dos deserdados da Europa revelam de forma clara as consequências do estatismo de ocasião depois de uma orgia de liberalidades financeiras privadas. Instrumentos de curto prazo de sustentação dos lucros das empresas e de proteção dos portfólios do setor bancário privado, as políticas de geração de deficit e de criação de nova dívida pública incitam, hoje, a emergência de expectativas perversas. Os senhores da finança, salvos do naufrágio, passam a se orientar por suposições acerca da evolução da “crise financeira do Estado”. O fato relevante nos próximos meses será a avaliação dos detentores de riqueza, sobretudo dos controladores do crédito, acerca dos rumos da política fiscal, de endividamento público e de redução do deficit externo.

Os Pigs agarram-se, agora, às esperanças de programas drásticos de arrocho fiscal, o que inclui naturalmente uma recessão com redução de salários e do emprego no setor público e na esfera privada. Fossem poucas as desgraças, a adesão à moeda única impede a utilização da desvalorização cambial para auxiliar no ajustamento do balanço de pagamentos.

O povaréu (gregos e troianos) resiste ao arrocho. Diante da reação da populaça, os mercados consideram improvável que os desditosos governos da periferia europeia consigam corrigir a trajetória do deficit fiscal, da dívida pública e do desequilíbrio de balanço de pagamentos. Nesse clima, elevam-se os prêmios de risco e restringem-se os mercados para contratos de prazos mais longos, comprometendo a própria capacidade do Estado de emitir dívida nova e de administrar o estoque de endividamento existente.

A propósito das políticas anticíclicas e de suas consequências, Keynes dizia ao economista James Meade: “Você acentua demais a cura e muito pouco a prevenção. A flutuação de curto prazo no volume de gastos em obras públicas é uma forma grosseira de cura, provavelmente destinada ao insucesso”. Para ele, o investimento autônomo do Estado e a regulação rigorosa da finança pelos bancos centrais -com o propósito de impedir (e não de reparar) as flutuações agudas da renda e do emprego- deveriam estar inscritas de forma permanente nas políticas do Estado.

LUIZ GONZAGA BELLUZZO , 67, é professor titular de economia da Unicamp. Foi chefe da Secretaria Especial de Assuntos Econômicos do Ministério da Fazenda (governo Sarney) e secretário de Ciência e Tecnologia do Estado de São Paulo (governo Quércia).




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Al Zarqawi
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Re: Crise Econômica Mundial

#1275 Mensagem por Al Zarqawi » Dom Fev 07, 2010 12:06 pm

Empresários dizem que houve "tentativa política de desdramatizar" crise da Grécia Economia05/02/10, 18:35
OJE/Lusa

A Associação Empresarial de Portugal e a Associação Industrial Portuguesa consideram que é "legítimo" considerar que houve uma "tentativa política de desdramatizar o cenário das finanças públicas da Grécia e desviar as atenções para outras situações igualmente graves".
Numa tomada de posições sobre a situação económica e financeira do país, na qual insistem na "necessidade de uma consolidação orçamental mais forte do que a prevista no Orçamento do Estado", os empresários afirmam que, "sendo legítimo interpretar a equiparação das situações portuguesa e grega como uma tentativa política de desdramatizar o cenário das finanças públicas da Grécia e desviar as atenções de outras situações igualmente graves, o facto é que se passou para os mercados uma imagem mais negativa da realidade portuguesa, com prováveis consequências negativas para a nossa economia".

Os empresários da AEP e AIP, duas associações que estão actualmente em processo de fusão, sublinham que o défice público português, que foi de 9,3% no ano passado e deverá reduzir-se em um ponto este ano, "é significativamente inferior ao de outros países da zona do euro".


Os exemplos de défices das contas públicas em 2009 são a Grécia (12,7%), a Irlanda (11,7%) e a Espanha (11,4%) e, no caso da dívida pública, a Itália, a Grécia e a Bélgica "ou mesmo a França, país que, com uma dívida pública de 77,4% do PIB, se prepara para aumentar o seu défice orçamental de 7,9% do PIB para 8,2% em 2010, praticamente o mesmo que o previsto pelo Orçamento do Estado português".
De lembrar que o índice bolsista português o PSI-20 no fechamento de sexta-feira já se apresentava positivo em 1,3%.Vários países como a França,Inglaterra e Espanha fecharam com seus índices negativos.
Estou mais preocupado que Portugal resolva seu desemprego (10% fato inédito em sua história)que com seu déficit.Tem países na Europa com déficits fiscais muito mais elevados.




Al Zarqawi - O Dragão!

"A inveja é doce,o olho grande é que é uma merda"Autor desconhecido.
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