NOTÍCIAS

[Thor]

Duas notícias recentes sobre o emprego da FAV. Interessante.

Dois aviões F-16 da Venezuela "pressionaram" nesta sexta-feira uma aeronave de guerra dos EUA na ilha caribenha holandesa de Curaçao, que violou em duas ocasiões o espaço aéreo da Venezuela, afirmou o presidente do país, Hugo Chávez. De acordo com ele, a aeronave militar americana esteve durante 15 minutos no espaço áereo venezuelano, por volta das 12h, e, apesar de ser "pressionado" pelos dois aparatos venezuelanos, continuou outros 19 minutos na área cerca de uma hora e meia depois.

"Ordenei que dois F-16 saíssem para interceptá-lo, sem cair em provocações", disse Chávez em reunião de seu gabinete de ministros, transmitida pela emissora estatal VTV. "Pedimos ao governo da Holanda que assuma suas responsabilidades" perante este tipo de fatos, que obrigam a Venezuela a revisar sua participação em uma refinaria de petróleo em Curaçao. "Não podemos ficar de braços cruzados", disse.

A tripulação “não quis se comunicar com as torres de controle”, o que motivou o envio de dois aviões de combate F16 para “obrigar esta aeronave com matrícula norte-americana a pousar no estado Guárico (centro)” na madrugada desta seguna-feira, explicou o ministro venezuelano em entrevista coletiva.

[Carlos Mathias]

Interessante em que sentido?

[WalterGaudério]

Interessante em que sentido?

Mesmo com o quebra-pau ideológico com os EUA a FAV tem em operação regular algo em torno de 12 a 14 F-16 operacionais. De uma frota de 21.

No caso dos Su-30, de uma frota de 24 , a operação regular fica em torno de 8 a 12 aviões.


def de operação regular: Uma aeronave está em operação regular qdo. consegue executar operações contínuas com pelo menos 95% dos seus sistemas on, por pelo menos 2 meses seguidos.


Está havendo algum bode com a operação dos Su-30MKV. Da parte dos Venezuelanos ou da parte dos Russos. Alguém está vacilando grave com o outro. Uma informação segura, que foi verificada pelas FAs Brasileiras ao longo de 2009/2009 deu conta disso, eu peguei isso em dezembro de 2009.

Desses sistemas todos que os venezuelanos compraram depois do rompimento com os EUA, o que vem se sobressaindo e merecendo uma atenção grande por parte das nossas FAs, são os radares chineses do sistema JY-1.

[Carlos Mathias]

Hmmm... Muito interessante mesmo.
Na Índia os MKI são campeões em disponibilidade.

[WalterGaudério]

Hmmm... Muito interessante mesmo.
Na Índia os MKI são campeões em disponibilidade.

CM não dá para comparar a Índia com a Venezuela. Os indianos já produzem até mesmo os motores do Flanker, e uma parte significativa dos sistemas dos MKI é fabricada localmente, sem falar que eles já operam sistemas russos a quarenta anos.

[Carlos Lima]

CM... na media nao sao nao...

Tem que levar em consideracao que a India tem todo um parque industrial inclusive com montagem do Su30 em seu territorio, e s'o isso j'a coloca a sua aeronave em um cenario totalmente diferente da Venezuela que 'e somente "operadora"...

Simplesmente nao d'a para comparar porque a diferenca de cenario 'e completa.

Em todo o caso, por incrivel que pareca os "campeoes" de disponibilidade por aquelas bandas sao os M2k.

[]s
CB_Lima

[Carlos Lima]

Hmmm... Muito interessante mesmo.
Na Índia os MKI são campeões em disponibilidade.

CM não dá para comparar a Índia com a Venezuela. Os indianos já produzem até mesmo os motores do Flanker, e uma parte significativa dos sistemas dos MKI é fabricada localmente, sem falar que eles já operam sistemas russos a quarenta anos.

Exatamente hehehe

Postamos na mesma hora Mestre Walter

[]s
CB_Lima

[Carlos Mathias]

Sim, concordo com ambos.

[WalterGaudério]

CM... na media nao sao nao...


Em todo o caso, por incrivel que pareca os "campeoes" de disponibilidade por aquelas bandas sao os M2k.

[]s
CB_Lima

Fala CB. Não entendi o "M2K"

As pessoas que acompanham a "cena militar" Venezuelana a algum temo(existe sim a possibilidade de conflito civil por lá...)as FAs(brasileiras) estão, por sinal, de ouvidos bem abertos por lá, dizem que do equipamento russo de grande complexidade, comprado os que apresentam melhor índice operativo são os Mi-171 que se aproximam d 90% em alguns períodos.

Um outro dado sobre os Su-30 é que as demonstrações de tiro/integração de mísseis, estão sendo feitas com muita intervenção de técnicos russos.

Uma das maiores mobilizações dos Su-30MKV verificadas pelo Brasil, se deu em julho de 2009, com cerca de 15 aviões envolvendo o disparo real de armas(mísseis e bombas) ar-solo, eu presumo que tenham sido os Kh 58, oas tripulações aéreas eram Venezuelanas, mas os calibradores-armeiros eram russos e Cubanos. Obvio que haviam venezuelanos e estes, tb óbvio, eram maioria, mas estavam na condição não autônoma para a função. Sendo que o sistema Kh 58, havia sido enviado a Venezuela a 1 ano e meio já. Bem antes da apresentação do Chavez.

Sem muitos problemas. A MB já teve técnicos franceses acompanhando o disparo de mísseis Exocets, mas na condição de observadores. Não de supervisores.

Acredito que Não tem nada de errado com os Aviões e os armamentos russos. Mas eu estou começando a achar que tem bode na operação venezuelana dos bichos.

[Carlos Lima]

Oi Mestre Walter...

M2k = Mirage 2000

[]s
CB_Lima

[Túlio]

Dois comentários:

Não fico nada surpreso com os problemas dos Venezuelanos em operar seus Flankers: a competência por lá parece que anda em baixa. O País está em queda livre e as FFAA não podem estar fora do processo, com o agravante que, tendo perdido aparentemente a confiança do ditador populista, não devem estar fazendo nada de boa vontade...

Toda a diferença do mundo entre Venezuela e Índia foi expressada acima no post do Walter véio e foi o que eu quis dizer com aquele longo post: quem fabrica - eu não estou falando em MONTAR - seus equipamentos e peças de reposição só não vai ter alta disponibilidade se não comprar de sua própria indústria. Mas aí também quebra ela por falta de encomendas e volta a ser uma...Venezuela da vida...

Lembrem: a gente tinha que importar PREGO E PANO para fazer navio...

[alcmartin]

Olha, do pouco que sei, baixa velocidade e altitude é = turbo hélice.
Tô errado Alcmartin?

Fala CM!!

Resumindo, é por aí...eu estou me esforçando e falando a bessa para ver se o pessoal entende meu ponto, que é sempre do compromisso do tipo de perfil da missao, com os sistemas disponiveis e as plataformas, com suas respectivas perfomances, disponiveis. E cada país joga com o que tem. Perde de um lado, ganha do outro e por aí vai.
Exemplos como o P95, do Brasil. Não tinhamos nada de sistemas ASW nacionais ou disponiveis para nos(por recusa ou falta de $), então o que sobrava de missões cabia dentro do desempenho do bandeirante. Ficou. A Inglaterra não tinha, senão me falha a memoria, um turbohelice na manga, mas tinha o Comet, que na ultima versao era um bom aviao(o projeto foi "queimado" em vendas devido aqueles acidentes). O fato de ser um jato e queimar gas adoidado nao seria tanto obstaculo, porque revo não é problema e a Royal navy é uma maozinha que ninguem pode menosprezar, no sentido de achar antes, ou combater depois o sub.
E mesmo na US Navy de hoje, se o conceito do turbohelice estivesse completamente superado, uma LM da vida, "dona" de dois dos 3 unicos projetos de 5 geração, nao teria encampado o P3 update. Perdeu, é verdade, mas mostra que ainda há lugar.

Não tenho duvida que o jato vai tomar conta e o acelerado desenvolvimento da informatica vai acabar vencendo os obstaculos da perfomance. Mas o que insisto é que é compreensível, na época, para comprar meia duzia de unidades, a FAB quiz o jipão...aparentemente, sem riscos.

abs!

[alcmartin]

Dois comentários:

Não fico nada surpreso com os problemas dos Venezuelanos em operar seus Flankers: a competência por lá parece que anda em baixa. O País está em queda livre e as FFAA não podem estar fora do processo, com o agravante que, tendo perdido aparentemente a confiança do ditador populista, não devem estar fazendo nada de boa vontade...

Toda a diferença do mundo entre Venezuela e Índia foi expressada acima no post do Walter véio e foi o que eu quis dizer com aquele longo post: quem fabrica - eu não estou falando em MONTAR - seus equipamentos e peças de reposição só não vai ter alta disponibilidade se não comprar de sua própria indústria. Mas aí também quebra ela por falta de encomendas e volta a ser uma...Venezuela da vida...

Lembrem: a gente tinha que importar PREGO E PANO para fazer navio...

Tulio, bom dia!!

Voce tocou num ponto muito interessante e dificil de abordar sem ser "politicamente INcorreto": o da competencia humana. As vezes os países tem os recursos, os equipamentos, mas falta know how, experiencia e doutrina de operação. Para não falar mais sério. Não estou dizendo ser o caso dos venezuelanos, por nao conhece-los diretamente(embora de controladores, estão mal...). Mas, exemplificando, essa semana estive em treinamento de simulador e o instrutor ainda estava chocado, por ter ido dar instrução em um grande certo país da ásia, em moda no momento, e ver que muitos tripulantes escalados para treinamento simplesmente assinavam a papelada e vazavam... davam golpe no simulador!!! Tanto os pilotos quanto os IN´s...
Coisa impensavel em qualquer país civilizado...

O Thor tambem deve ter presenciado na AFA, como eu, a diferença que havia de cadetes de diferentes países. Pela amostra da postura dos caras, dava para imaginar como era a Força Aérea...

abs!

[Túlio]

Buenas, Alcmartin. O problema a que me referi é que os Venezuelanos NÃO eram assim, ao menos aparentemente: quando vieram com aquelas especificações para o AMX que queriam, a própria EMBRAER ficou de queixo caído e teve de pesquisar, o que gerou os primórdios do AMX-MLU. Depois de pesquisar, começaram as discussões com os Italianos e nova surpresa: em dado momento A EMBRAER passou a liderar as discussões porque sabia MAIS a respeito do que os próprios 'pais' do avião. Sabia mais de AMX e mais de update/upgrade. E tudo isso começou com especificações elaboradas pela FAV...

A atual não pode ser A MESMA FAV, é o meu ponto...


Sobre Patrulheiros Marítimos: para mim, se tiver que voar longos períodos baixo e lento, tem que ser turbohélice. Agora, isso depende da efetividade e modernidade do MAD em relação aos modernos subs. Mas tem que ser jato? Bueno, então que nem se pense em usar avião civil adaptado, como voar baixo e lento com tão pouca asa e razão de potência motriz? Jatos têm velocidade de estol bem maior que turboprops, para voar igual a eles um jato estaria sempre perigosamente no limite, e em uma parte do céu cheia de todo tipo de turbulências. Tem jeito? Tem, os Japas mostraram: reforça a estrutura como se o avião fosse operar em NAEs, aumenta e muito a capacidade de sustentação e a potência, 'mariniza' tudo - sim, porque atravessar o oceano em FL370 a mach 0.8 é uma kôza, pouco acima das ondas e pouco mais de 100 kt é BEM diferente...para PIOR.

É o que penso.

[Thor]

Tulio, bom dia!!

Voce tocou num ponto muito interessante e dificil de abordar sem ser "politicamente INcorreto": o da competencia humana. As vezes os países tem os recursos, os equipamentos, mas falta know how, experiencia e doutrina de operação. Para não falar mais sério. Não estou dizendo ser o caso dos venezuelanos, por nao conhece-los diretamente(embora de controladores, estão mal...). Mas, exemplificando, essa semana estive em treinamento de simulador e o instrutor ainda estava chocado, por ter ido dar instrução em um grande certo país da ásia, em moda no momento, e ver que muitos tripulantes escalados para treinamento simplesmente assinavam a papelada e vazavam... davam golpe no simulador!!! Tanto os pilotos quanto os IN´s...
Coisa impensavel em qualquer país civilizado...

O Thor tambem deve ter presenciado na AFA, como eu, a diferença que havia de cadetes de diferentes países. Pela amostra da postura dos caras, dava para imaginar como era a Força Aérea...

abs!

Eu fiz um curso na BAE Systems e havia uma turma do oriente médio. Foi exatamente isso aí, os caras não queriam nada com a paçoca. Simplesmente o curso começava quando eles queriam. Muito esquisito. Cultura, fazer o quê.
Quanto a países da américa do sul é notória a diferença de postura entre as FA. Chile, Brasil e Argentina são indiscutivelmente mais profissionais, nessa ordem. Na minha opinião e percepção em várias operações multinacionais que participei, já tenho o meu eleito como mais peladeiro...