PQP! Tinha que postar todo dia isso aqui!Marino escreveu:Eu tinha dito que mais leria do que postaria e, de certa forma, só escrevendo este post, mantenho minha decisão.
É muito triste o que venho lendo, a mistura de posições pessoais, preferências individuais, com as necessidades do país.
Como fiz nas "navais" em um debate sobre PA, recorro, mais uma vez, à END que, para os que ainda não entenderam, é o farol a ser seguido, gostem, ou não.
O que ela diz respeito a FAB (e no que nos interessa)?
Primeiro:Foi claro o suficiente?Em qualquer hipótese de emprego a Força Aérea terá a responsabilidade de
assegurar superioridade aérea local. Do cumprimento dessa responsabilidade,
dependerá em grande parte a viabilidade das operações navais e das operações
das forças terrestres no interior do País. O requisito do potencial de garantir
superioridade aérea local será o primeiro passo para afirmar a superioridade aérea
sobre o território e as águas jurisdicionais brasileiras.
Impõe, como consequência, evitar qualquer hiato de desproteção aérea no período de 2015 a 2025, durante o qual terão de ser substituídos a atual frota de aviões de combate, os sistemas de armas e armamentos inteligentes embarcados, inclusive
os sistemas inerciais que permitam dirigir o fogo ao alvo com exatidão e “além do
alcance visual”.
A atual frota TEM que ser substituída, o FX-2 não vai ser cancelado, postergado, trocado, mexido, o que quer que seja, ou a defesa aérea estará prejudicada.
Seguindo:Isto foi escrito já há algum tempo, com o reconhecimento da impossibilidade de contínuas modernizações na atual frota de caças.Dentre todas as preocupações a enfrentar no desenvolvimento da Força Aérea, a
que inspira cuidados mais vivos e prementes é a maneira de substituir os atuais aviões
de combate no intervalo entre 2015 e 2025, uma vez esgotada a possibilidade de
prolongar-lhes a vida por modernização de seus sistemas de armas, de sua aviônica e
de partes de sua estrutura e fuselagem.
A maneira de substitui-los é o que vemos a seguir.E que solução foi visualisada?O princípio genérico da solução é a rejeição das soluções extremas - simplesmente
comprar no mercado internacional um caça “de quinta geração” ou sacrificar a compra
para investir na modernização dos aviões existentes, nos projetos de aviões nãotripulados,
no desenvolvimento, junto com outro país, do protótipo de um caça tripulado
do futuro e na formação maciça de quadros científicos e técnicos. Convém solução
híbrida, que providencie o avião de combate dentro do intervalo temporal necessário
mas que o faça de maneira a criar condições para a fabricação nacional de caças
tripulados avançados.Vejamos:Tal solução híbrida poderá obedecer a um de dois figurinos. Embora esses dois
figurinos possam coexistir em tese, na prática um terá de prevalecer sobre o outro.
Ambos ultrapassam de muito os limites convencionais de compra com transferência de
tecnologia ou “off-set” e envolvem iniciativa substancial de concepção e de fabricação
no Brasil. Atingem o mesmo resultado por caminhos diferentes.Ou seja, a END sabia da existência de caças de 5ª geração, mas para suprir a necessidade de defesa aérea com o fim da vida útil de nossos atuais caças, previa a necessidade de aquisição de um sucedâneo a um 5ª geração, que traria tecnologia superando nossas limitações técnicas, que EXISTEM, queiram, ou não, aceitar.De acordo com o primeiro figurino, estabelecer-se-ia parceria com outro país ou
países para projetar e fabricar no Brasil, dentro do intervalo temporal relevante, um
sucedâneo a um caça de quinta geração à venda no mercado internacional. Projeta-se e
constrói-se o sucedâneo de maneira a superar limitações técnicas e operacionais
significativas da versão atual daquele avião (por exemplo, seu raio de ação, suas
limitações em matéria de empuxo vetorado, sua falta de baixa assinatura radar).
A solução em foco daria resposta simultânea aos problemas das limitações técnicas e
da independência tecnológica.
E continua:SEQUENCIAMENTO, NÃO SIMULTANEIDADE, entenderam agora?De acordo com o segundo figurino, seria comprado um caça de quinta geração, em
negociação que contemplasse a transferência integral de tecnologia, inclusive as
tecnologias de projeto e de fabricação do avião e os “códigos-fonte”. A compra seria feita
na escala mínima necessária para facultar a transferência integral dessas tecnologias.
Uma empresa brasileira começa a produzir, sob orientação do Estado brasileiro, um
sucedâneo àquele avião comprado, autorizado por negociação antecedente com o
país e a empresa vendedores. A solução em foco dar-se-ia por sequenciamento e não
por simultaneidade.
O mesmo ocorreu com a MB, com a prioridade aos submarinos, e não à força de superfície ou aeronaval.
E conclui:OPÇÃO QUE MINIMIZE A DEPENDÊNCIA TECNOLÓGICA OU POLÍTICA EM RELAÇÃO A QUALQUER FORNECEDOR - preciso desenhar?A escolha entre os dois figurinos é questão de circunstância e de negociação.
Consideração que poderá ser decisiva é a necessidade de preferir a opção que minimize
a dependência tecnológica ou política em relação a qualquer fornecedor que, por deter
componentes do avião a comprar ou a modernizar, possa pretender, por conta dessa
participação, inibir ou influir sobre iniciativas de defesa desencadeadas pelo Brasil.
Será que dá para interpretar o texto acima e o que está acontecendo?
Será que não é óbvio que vamos primeiro por um 4ª geração que feche o gap com a baixa de nossos MMMM?
Que esta solução vai nos ajudar tecnologicamente/
Que a solução do 5ª geração foi vista desde o início, quando do rascunho da END?
E que ELA VIRÁ, apesar de escreverem "os custos", "o custeio", "o rancho", "a gasolina", mimimimimi, gutiguti, etc?
Alguns aqui, volto a tocar no tema, precisam aprender a escrever "EU ACHO", "É MINHA OPINIÃO", "EU GOSTO MAIS", etc, pois assim não seriam contestados com tanto vigor.
Nosso fórum, seus foristas, aprenderam a ser extremamente críticos e não são de aceitar coisas assim.
Thor, Alcmartin e outros companheiros de azul, me perdoem entrar nessa seara, que não é a minha.
Fiz com o intuito de ajudar a ver o que está óbvio para mim.
Não peça perdão aos companheiros que voam,além da tua função profissional,és antes de tudo um cidadão brasileiro como todos nós,que deseja o bem do país e tua opinião tem muito mais peso que a dos paisanos aqui.
"A atual frota TEM que ser substituída, o FX-2 não vai ser cancelado, postergado, trocado, mexido, o que quer que seja, ou a defesa aérea estará prejudicada."
Cancelar é um tiro no pé,acomodar pode ser no joelho,vamos aguardar.
Abraços,muito bom post!