Porta-Aviões

Assuntos em discussão: Marinha do Brasil e marinhas estrangeiras, forças de superfície e submarinas, aviação naval e tecnologia naval.

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Re: Porta-Aviões

#1081 Mensagem por Knight » Seg Jan 25, 2010 5:39 pm

Marino escreveu: ...
Lá no tópico sobre Estratégia Naval existe um ítem sobre a "DISPUTA DO CONTROLE DO MAR" e sobre a "BATALHA", com "B" maiúsculo. Quando nenhuma das partes vai abrir mão de um objetivo estratégico vital, dar-se-á a Batalha, onde quem fez a melhor "MANOBRA ESTRATÉGICA NO MAR", outro ítem, vai ganhar.
A Batalha, o combate de vontades usando violência, precisa estar sempre em nossas mentes.
Poucos leram o tópico sobre Estratégia Naval, mas para debatermos em alto nível o conflito no mar, precisamos usar o vocabulário lá contido.
Uma pena que não desperte maior interesse.[/color]
"DISPUTA DO CONTROLE DO MAR"
(final do campeonato, o ganhador leva tudo)
Time A - jogando em casa, conhecendo cada cascalho pelo nome.
Time B - jogando pela conquista, confundindo cardume de atum com alvo.

Fiz uma representação jocosa, mas não é só equipamento que conta...

Tem muita coisa boa para debater :wink:




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Re: Porta-Aviões

#1082 Mensagem por Marino » Seg Jan 25, 2010 11:25 pm

ciclope escreveu: Salve, de novo em azul, ok. :wink:

O planejamento estratégico e algo útil nas três forças, más no caso da marinha e algo quase obrigatório. Tudo na marinha e demorado, se comparado com as demais forças.
O projeto e construção de uma embarcação e algo que demora muito.
Treinar a tripulação, preparar a embarcação para suspender e desloca-la para um determinado ponto também demora muito. Em fim na marinha você deve planejar tudo com muita antecedência!
Correto.
Um exemplo que se aplica para nós: Se desejamos operar um ou mais PA, já era para estarmos escolhendo o modelo e iniciando a sua construção; pois ele levaria pelo menos 10 anos para ficar pronto construído em um estaleiro a toque de caixa.
Já escolhemos o modelo, já disse. Quanto a iniciar a construção, ESTIMEI em 2015/2016.

Então basicamente estaríamos planejando agora uma embarcação que deverá enfrentar os desafios que vislumbramos para os próximos 40 anos!
A questão é os próximos desafios que viram seriam mais bem enfrentados por um PA ou por um SUB-Nuc?
Para respondermos isso temos que refletir sobre os nossos objetivos e seus potenciais oponentes.
Não, de novo este erro recorrente no DB.
As FA estão sendo construídas em bases a CAPACIDADES, e não para enfrentar um determinado inimigo, que pode, ou não, se materializar.
Veja a END, na sua Diretiva nº 16:
16. Estruturar o potencial estratégico em torno de capacidades.
Convém organizar as Forças Armadas em torno de capacidades, não em torno de inimigos específicos. O Brasil não tem inimigos no presente. Para não tê-los no futuro, é preciso preservar a paz e preparar-se para a guerra.


Eu considero a utilização de um PA mais ou menos como a utilização de um SUB convencional.
Ou seja uma embarcação que devido a sua velocidade de deslocamento é dependência de bases de terra serve mais para a tática de posição do que para a tática de movimento como um SUB-nuc!
Não, o EMPREGO DE SUBMARINOS, uma cadeira específica de estudos na EGN, difere profundamente do EMPREGO DE PA, outra cadeira também estudada profundamente.
A tarefa a ser dada aos meios difere, a forma de empregar difere, os objetivos diferem, etc.
Não confunda isso.


Os EUA, por exemplo, devido a sua necessidade de se fazer presentes em qualquer lugar do planeta, o dividiu em área de patrulha sob a responsabilidade de uma esquadra nucleada em um PA, pois é estratégia americana em caso de necessidade projetar poder sobre terra.
Os EUA que são a maior potência militar operando nos oceanos não vislumbram empregar a sua força de superfície contra outra força de superfície e nem se defender do ataque de uma!
Engano seu. A ameaça de superfície contra um GT nucleado em PA, é para ser enfrentada pelos aviões nucleados no PA.
Esta a doutrina americana. Já ouvi da proposta de que navios de superfície não portassem mais harpoons, mas somente armas A/S e AA.


As principais ameaças a um GT americano ou não, são os SUB e os caças baseados em terra armados com mísseis anti-navio.
O Alte Woodward, comandante do GT inglês nas Malvinas, relata em seu livro um exercício em que um CT County se aproximou do Nimitz, a noite, disfarçado de mercante (algo que fazemos rotineiramente na MB) e chegou na distância de lançamento de seus Exocet MM-38. Já cansamos de dar sustos nos americanos aqui no Atlântico, acredite.

A ameaça aérea será confrontada pelos meios aéreos do PA ate por que a detectabilidade do meio aéreo facilita essa missão.
Sim, e pelos meios AA dos escoltas.

Já a ameaça submarina é bem mais complicada exigindo a mobilização de um grande numero de escoltas em torno do PA e mesmo assim se corre riscos elevados no caso de um engajamento por submarino como já foi demonstrado em diversos exercícios.
Correto, não só escoltas, mas meios aéreos e submarinos tb.

Isso me lembra a guerra das Malvinas em que o que decidiu a guerra em minha opinião não foi o uso dos PA ingleses e sim a falta de eficiência da força submarina argentina e a utilização eficiente e pontual dos submarinos ingleses que com um único afundamento colocou a esquadra argentina que tinha um PA adequado para a época no porto.
As Malvinas TEM que ser estudadas com cuidado, pois foi uma guerra localizada, em uma área específica, sem manobras no AS, com uma INTERFERÊNCIA política imensa sobre o GT inglês (tópico de estratégia naval), etc. Ou seja, um conflito especialíssimo, em que as lições tem que ser lidas com extrema cautela para não serem generalizadas.

Aliás, essa ação sempre me deixou com uma pergunta: Por que afundar um velho cruzador e não o PA 25 de maio?
Posicionamento do SSN?




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Re: Porta-Aviões

#1083 Mensagem por felipexion » Ter Jan 26, 2010 12:02 am

Marino escreveu: Já cansamos de dar sustos nos americanos aqui no Atlântico, acredite.
8-]

Marino, poderia contar mais??? :roll:




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Re: Porta-Aviões

#1084 Mensagem por Mapinguari » Ter Jan 26, 2010 12:21 am

felipexion escreveu:
Marino escreveu: Já cansamos de dar sustos nos americanos aqui no Atlântico, acredite.
8-]

Marino, poderia contar mais??? :roll:
Felipe, para o Marino contar mais, ele terá que te matar... :mrgreen:
Brincadeira... Mas olhe os tipos de radares nas fragatas da MB. Lá vc vai ver que existe um radarzinho de navegação, o Furuno, que é um tipo de radar banal em navios mercantes. Coloque uma fragata somente usando motores diesel, à noite, somente com o Furuno ligado e some a isso um kit de iluminação imitando um mercante e você poderá enganar sim, outros navios... ;-)




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Re: Porta-Aviões

#1085 Mensagem por Carlos Lima » Ter Jan 26, 2010 3:22 am

Mapinguari escreveu:
felipexion escreveu: 8-]

Marino, poderia contar mais??? :roll:
Felipe, para o Marino contar mais, ele terá que te matar... :mrgreen:
Brincadeira... Mas olhe os tipos de radares nas fragatas da MB. Lá vc vai ver que existe um radarzinho de navegação, o Furuno, que é um tipo de radar banal em navios mercantes. Coloque uma fragata somente usando motores diesel, à noite, somente com o Furuno ligado e some a isso um kit de iluminação imitando um mercante e você poderá enganar sim, outros navios... ;-)
Fui testemunha disso na UNITAS... :)

O "Frankfurt" saia do Grupo para das umas voltinhas e abastecer outros navios, com o Furuno em acao e eu me lembro varia vezes de seguir toda a operacao aonde os caras eram 100% Mercantes

Muito legal mesmo esse radarzinho... e com o acompanhamento por satelites parece literalmente "video game"... coisa de doido mesmo :)

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Re: Porta-Aviões

#1086 Mensagem por alexmabastos » Ter Jan 26, 2010 9:34 pm

Texto do New Wars. Interessantíssimo! Quase um must read.

Future USN Small Carrier

Best of the Best

Looking at the three carrier navies of Britain, America, and India, we can devise what is the best and worst platform for deploying manned naval airpower, if it is still relevant in the era of guided missiles and combat drones.

America builds very large hulls but cannot afford enough planes to fully complement them.
The number of planes is less relevant seeing the power of precision weapons and low maintenance naval strike planes, so logically the tonnage of the carrier hulls should decrease not increase!
Britain builds extremely large and costly ski-jump carriers fitted only for V/STOL planes. The lack of CATOBAR means she loses the enhanced capabilities of catapult planes like extra range and payload, and negates the primary benefits of V/STOL to operate from a smaller, less cost prohibitive platform.
India will build a 50,000 ton “indigenous aircraft carrier” with CATOBAR and aircraft wings not too different from the larger, more expensive Anglo-American ships.
For the cost of a single $10 billion Ford class aircraft carrier, up to three 50,000 ton catapult equipped flattops could be purchased, if you start at a price of $3 billion or even two for $4.5 billion each. Their airwing would only be slightly smaller, 30 warplanes than ships we currently deploy at twice the size. This is a negligible figure if PGMs armed aircraft in modern warfare, as Strategypage.com tells us:

The success of smart bombs in Iraq and Afghanistan has also made it clear that fewer aircraft will be needed in the future.

American carriers have reduced the number of planes deployed on the Nimitz and her sisters, but still insist on only large decks. Yet this reduction in the number of aircraft is negligible considering the availability of modern naval aircraft like the excellent F/A-18 and its superior successor the Super Hornet. According to the Federation of American Scientists:

Reliability and ease of maintenance were emphasized in its design, and F/A-18s have consistently flown three times more hours without failure than other Navy tactical aircraft, while requiring half the maintenance time.

And Wikipedia notes:

Some early jet fighters required 50 man-hours of work by a ground crew for every hour the aircraft was in the air; later models substantially reduced this to allow faster turn-around times and more sorties in a day. Some modern military aircraft only require 10 man-hours of work per hour of flight time, and others are even more efficient.

Conclusions

Both PGMs and enhanced aircraft maintainability are recent phenomenas of the end of the Cold War which the Navy fails to grasp the potential. They have already taken advantage of these factors to purchase fewer planes, but have failed to conduct an equal transformation in the type of ships they build. Because of reluctance to match hulls with new capability, we will continue to see reductions in the number of large hulls, with these very exquisite ships carrying far fewer aircraft complements than their potential. :shock: :shock: :shock:


In other words, the Navy is forcing obsolescence on large decks by ignoring cost saving, power enhancing new technology. This apparent bias against light carriers stems from the erroneous idea that small decks is synonymous with “less capable”. The CVL is not less capable as we see, but a logical response to modern advancements in technology. Even more logical is the growing acknowledgment that in the precision age fewer aircraft can perform more missions than ever before.

A opção da MB para futuros PA´s é muito, muito coerente.
2 PA´s menores tendo assim flexibilidade. Catapultas para muita carga paga no ar.
Vejamos a RN. 1 PA enorme com aviões mto caros e tudo isso comtemplado com a Ski Jump. Já que é Ski Jump melhor seriam fazer dois PA menores. Terá ( as vezes ) assim um gigante, sub aproveitado e caro.




Editado pela última vez por alexmabastos em Ter Jan 26, 2010 9:43 pm, em um total de 1 vez.
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Re: Porta-Aviões

#1087 Mensagem por Marino » Ter Jan 26, 2010 9:38 pm

felipexion escreveu:
Marino escreveu: Já cansamos de dar sustos nos americanos aqui no Atlântico, acredite.
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Marino, poderia contar mais??? :roll:
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Re: Porta-Aviões

#1088 Mensagem por felipexion » Ter Jan 26, 2010 11:21 pm

cb_lima escreveu:
Mapinguari escreveu: Felipe, para o Marino contar mais, ele terá que te matar... :mrgreen:
Brincadeira... Mas olhe os tipos de radares nas fragatas da MB. Lá vc vai ver que existe um radarzinho de navegação, o Furuno, que é um tipo de radar banal em navios mercantes. Coloque uma fragata somente usando motores diesel, à noite, somente com o Furuno ligado e some a isso um kit de iluminação imitando um mercante e você poderá enganar sim, outros navios... ;-)
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É cada coisa que se vê!
Depois dessa, lembrei até de um filme de comédia sobre um submarino convencional norte-americano que usou 'tática' parecida.

Marino escreveu: A noite, todos os gatos são pardos. :wink: :wink: :twisted:
Só toma cuidado para não dar uma de Ronaldo e trocar gata por gato, ok? :mrgreen:




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Re: Porta-Aviões

#1089 Mensagem por Cesardpf » Qua Jan 27, 2010 9:31 am

Marino escreveu:
ciclope escreveu:Uma marinha equilibrada assim custa muiiito caro. Principalmente para um pais como nosso que tem outras prioridades.
Na END esta estabelecido que a força submarina terá prioridade, porém, o nosso PA SP não é zero quilometro muito pelo contrário logo terá que ser substituido é isso demand tempo e dinheiro.
Se for prá ter um novo PA já eramos para estar analizando e iniciando a sua construção como estamos fazendo com os SUBs, más pelo viasto isso vai demorar muiiito.
A 4ªfrota já esta aí. Se for justificar um gasto desses com ela já era.
Como disse no outro tópico, transferi este post do Cíclope para debatermos aqui.
Primeiro gostaria de sugerir a lida deste tópico, principalmente as páginas iniciais. Uma quantidade de dúvidas seria respondida.
Agora, passemos ao post.
1) Custo de uma Marinha equilibrada: se vc não quer uma Marinha equilibrada, mude o nome da nossa, para Guarda Costeira, Polícia Naval, o que seja. Uma MARINHA, para ter este nome, precisa cumprir as 4 Tarefas Básicas do Poder Naval (já sabe quais são?), ou não é uma MARINHA DE GUERRA.
Este é o preço a ser pago pelo país, que o pagou até agora. Então, se pagou até agora, e estamos nos movimentando para outro nível econômico, pq não continuaria a pagar?
Isto está refletido no PEAMB, APROVADO IN TOTUN pelo Lula/Dilma. Entendam isso, a questão de custos passou a ser complementar, não a principal.
2) Quanto a END. Muitos a citam, mas CREIO que poucos a leram, inclusive aqui no DB.
Vamos ver o que ela diz sobre a MB:
Na maneira de conceber a relação entre as tarefas estratégicas de negação do uso do mar, de controle de áreas marítimas e de projeção de poder, a Marinha do Brasil se pautará por um desenvolvimento desigual e conjunto. Se aceitasse dar peso igual a todos os três objetivos, seria grande o risco de ser medíocre em todos eles. Embora todos mereçam ser cultivados, o serão em determinadas ordem e sequência.
Aqui começamos. Vemos que as Tarefas Básicas do Poder Naval serão TODAS ATENDIDAS, mas em fases diferentes, por questão de prioridade.
Continuemos.
A prioridade é assegurar os meios para negar o uso do mar a qualquer concentração de forças inimigas que se aproxime do Brasil por via marítima. A negação do uso do mar ao inimigo é a que organiza, antes de atendidos quaisquer outros objetivos estratégicos, a estratégia de defesa marítima do Brasil. Essa prioridade tem implicações para a reconfiguração das forças navais.
Aqui está dada a prioridade INICIAL. Isto se reflete nos contratos já assinados para a construção de submarinos no Brasil.
Seguindo adiante.
Ao garantir seu poder para negar o uso do mar ao inimigo, precisa o Brasil manter a capacidade focada de projeção de poder e criar condições para controlar, no grau necessário à defesa e dentro dos limites do direito internacional, as áreas marítimas e águas interiores de importância político-estratégica, econômica e militar, e também as suas linhas de comunicação marítimas.
Aqui está. O Controle do Mar e a Projeção de Poder também serão atendidos.
Isto acaba com a argumentação de que não teremos uma MARINHA BALANCEADA.
Seguindo.
A doutrina do desenvolvimento desigual e conjunto tem implicações para a reconfiguração das forças navais. A implicação mais importante é que a Marinha se reconstruirá, por etapas, como uma arma balanceada entre o componente submarino, o componente de superfície e o componente aeroespacial.
CQD.
Mais adiante, tratando de submarinos:
Para assegurar o objetivo de negação do uso do mar, o Brasil contará com força naval submarina de envergadura, composta de submarinos convencionais e de submarinos de propulsão nuclear. O Brasil manterá e desenvolverá sua capacidade de projetar e de fabricar tanto submarinos de propulsão convencional como de propulsão nuclear.
Acelerará os investimentos e as parcerias necessários para executar o projeto do submarino de propulsão nuclear. Armará os submarinos, convencionais e nucleares, com mísseis e desenvolverá capacitações para projetá-los e fabricá-los. Cuidará de ganhar autonomia nas tecnologias cibernéticas que guiem os submarinos e seus sistemas de armas, e que lhes possibilitem atuar em rede com as outras forças navais, terrestres e aéreas.
A Marinha do Brasil respondeu: CIENTE É SÓ, e partiu para o cumprimento da ordem recebida. Tarefa cumprida.
Prosseguindo com Projeção de Poder:
Para assegurar sua capacidade de projeção de poder, a Marinha possuirá, ainda, meios de Fuzileiros Navais, em permanente condição de pronto emprego. A existência de tais meios é também essencial para a defesa das instalações navais e portuárias, dos arquipélagos e das ilhas oceânicas nas águas jurisdicionais brasileiras, para atuar em operações internacionais de paz, em operações humanitárias, em qualquer lugar do mundo. Nas vias fluviais, serão fundamentais para assegurar o controle das margens durante as operações ribeirinhas. O Corpo de Fuzileiros Navais consolidar-se-á como a força de caráter expedicionário por excelência.
Desmontada qualquer argumentação contra Projeção de Poder.
Mais adiante, nossa Força de Superfície:
A força naval de superfície contará tanto com navios de grande porte, capazes de operar e de permanecer por longo tempo em alto mar, como de navios de porte menor, dedicados a patrulhar o litoral e os principais rios navegáveis brasileiros. Requisito para a manutenção de tal esquadra será a capacidade da Força Aérea de trabalhar em conjunto com a Aviação Naval, para garantir superioridade aérea local em caso de conflito armado.
Entre os navios de alto mar, a Marinha dedicará especial atenção ao projeto e à fabricação de navios de propósitos múltiplos que possam, também, servir como navios-aeródromos. Serão preferidos os navios-aeródromos convencionais e de dedicação exclusiva.
Isto pode ser lido no site do MD, aqui:
https://www.defesa.gov.br/eventos_tempo ... tugues.pdf
Então, a questão de Controle do Mar está também resolvida, com a MB contando com "navios-aeródromos convencionais e de dedicação exclusiva", os 2 previstos no PEAMB e aprovados pelo Lula/Dilma.
Ponto, acabou.
Podem escrever: ah, mas eu não gostei; não acho que deveria ser isso; vai custar muito; etc, mas ACABOU.
3) Quanto aos estudos para definir o novo PA, vc não deve ter lido o DB recentemente: a MB já sabe qual PA quer.
Resumindo:
- o governo eleito do Brasil emitiu uma END, que está sendo cumprida a risca pela MB;
- este governo recebeu os estudos das 3 FA e OS APROVOU IN TOTUN;
- a MB será uma Marinha Balanceada;
- a MB terá PAs, como previsto na END publicada pelo governo;
- quanto aos custos, antes que perguntem, a verba de CUSTEIO será resolvida em breve, como já adiantado N vezes pelo gaitero e Orestes;
- quanto ao investimento, pergunte a qualquer estaleiro nacional se não quer sua carteira de pedidos ocupada por 10 anos, com transferência de tecnologia, off-sets (estes 2 últimos para o país), etc. Como o nome diz, INVESTIMENTO. seria bom dar uma lida em um post de hoje no tópico de Geopolítica, onde transcrevi um artigo do Estado de Minas.
Como disse, estou fora, mas sempre que possível venho e tento responder qualquer questionamento.

VALEU Marino! Excelente!!!
Obrigado de ter se dado ao trabalho de passar mastigado pra nós que não tivemos a necessária paciência de ler e analisar a END (eu inclusive). :oops:
Abraço :mrgreen:

Paulo




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Re: Porta-Aviões

#1090 Mensagem por gaitero » Qua Jan 27, 2010 11:46 am

felipexion escreveu:
cb_lima escreveu: Fui testemunha disso na UNITAS... :)

O "Frankfurt" saia do Grupo para das umas voltinhas e abastecer outros navios, com o Furuno em acao e eu me lembro varia vezes de seguir toda a operacao aonde os caras eram 100% Mercantes

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É cada coisa que se vê!
Depois dessa, lembrei até de um filme de comédia sobre um submarino convencional norte-americano que usou 'tática' parecida.

Marino escreveu: A noite, todos os gatos são pardos. :wink: :wink: :twisted:
Só toma cuidado para não dar uma de Ronaldo e trocar gata por gato, ok? :mrgreen:
Conheço este filme, e fique sabendo... Aquelas táticas são mais reais do que você pode imaginar...




Aonde estão as Ogivas Nucleares do Brasil???
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Re: Porta-Aviões

#1091 Mensagem por gaitero » Qua Jan 27, 2010 12:06 pm

Só para localizar um pouco mais...

A END define, em comum acordo com a MB, as especificidades do uso dos U-Boats..

Seguindo a ordem de que um submarino convencional depende de uma bateria carregada a um motor diesel, estes necessáriamente depende de oxigênio para recarregar...

Por este motivo, a utilização da bateria de um submarino convencional, é a peça fundamental para sua boa operação. As vezes é mais correto abandonar o alvo do que ser descoberto.

Por este motivo, é muito comum que a velocidade de um U-Boat seja inferior a qualquer PA, o que inviabilizaria uma real ameaça a uma frota em deslocamento.

Por outro lado, a utilização de um U-Boat, em águas razas e em uma posição previamente estabelecida, aonde imagina-se que possam eventualmente passar navios inimigos, é uma armadilha fundamental a qualquer marinha.

Ou seja. Em uma guerra um submarino pode ser fundamental. Ou pode passar a guerra toda sem encontrar uma alma viva.

Esta função de patrulhar o Atlântico, deve necessáriamente recair sobre o SNB, que dada a sua utilização infinita, permite-lhe acompanhar uma frota a velocidades superiores a 25 nós.




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Re: Porta-Aviões

#1092 Mensagem por Marino » Qua Jan 27, 2010 9:15 pm

Cesardpf escreveu:
Marino escreveu: Como disse no outro tópico, transferi este post do Cíclope para debatermos aqui.
Primeiro gostaria de sugerir a lida deste tópico, principalmente as páginas iniciais. Uma quantidade de dúvidas seria respondida.
Agora, passemos ao post.
1) Custo de uma Marinha equilibrada: se vc não quer uma Marinha equilibrada, mude o nome da nossa, para Guarda Costeira, Polícia Naval, o que seja. Uma MARINHA, para ter este nome, precisa cumprir as 4 Tarefas Básicas do Poder Naval (já sabe quais são?), ou não é uma MARINHA DE GUERRA.
Este é o preço a ser pago pelo país, que o pagou até agora. Então, se pagou até agora, e estamos nos movimentando para outro nível econômico, pq não continuaria a pagar?
Isto está refletido no PEAMB, APROVADO IN TOTUN pelo Lula/Dilma. Entendam isso, a questão de custos passou a ser complementar, não a principal.
2) Quanto a END. Muitos a citam, mas CREIO que poucos a leram, inclusive aqui no DB.
Vamos ver o que ela diz sobre a MB: Aqui começamos. Vemos que as Tarefas Básicas do Poder Naval serão TODAS ATENDIDAS, mas em fases diferentes, por questão de prioridade.
Continuemos. Aqui está dada a prioridade INICIAL. Isto se reflete nos contratos já assinados para a construção de submarinos no Brasil.
Seguindo adiante. Aqui está. O Controle do Mar e a Projeção de Poder também serão atendidos.
Isto acaba com a argumentação de que não teremos uma MARINHA BALANCEADA.
Seguindo. CQD.
Mais adiante, tratando de submarinos: A Marinha do Brasil respondeu: CIENTE É SÓ, e partiu para o cumprimento da ordem recebida. Tarefa cumprida.
Prosseguindo com Projeção de Poder: Desmontada qualquer argumentação contra Projeção de Poder.
Mais adiante, nossa Força de Superfície: Isto pode ser lido no site do MD, aqui:
https://www.defesa.gov.br/eventos_tempo ... tugues.pdf
Então, a questão de Controle do Mar está também resolvida, com a MB contando com "navios-aeródromos convencionais e de dedicação exclusiva", os 2 previstos no PEAMB e aprovados pelo Lula/Dilma.
Ponto, acabou.
Podem escrever: ah, mas eu não gostei; não acho que deveria ser isso; vai custar muito; etc, mas ACABOU.
3) Quanto aos estudos para definir o novo PA, vc não deve ter lido o DB recentemente: a MB já sabe qual PA quer.
Resumindo:
- o governo eleito do Brasil emitiu uma END, que está sendo cumprida a risca pela MB;
- este governo recebeu os estudos das 3 FA e OS APROVOU IN TOTUN;
- a MB será uma Marinha Balanceada;
- a MB terá PAs, como previsto na END publicada pelo governo;
- quanto aos custos, antes que perguntem, a verba de CUSTEIO será resolvida em breve, como já adiantado N vezes pelo gaitero e Orestes;
- quanto ao investimento, pergunte a qualquer estaleiro nacional se não quer sua carteira de pedidos ocupada por 10 anos, com transferência de tecnologia, off-sets (estes 2 últimos para o país), etc. Como o nome diz, INVESTIMENTO. seria bom dar uma lida em um post de hoje no tópico de Geopolítica, onde transcrevi um artigo do Estado de Minas.
Como disse, estou fora, mas sempre que possível venho e tento responder qualquer questionamento.

VALEU Marino! Excelente!!!
Obrigado de ter se dado ao trabalho de passar mastigado pra nós que não tivemos a necessária paciência de ler e analisar a END (eu inclusive). :oops:
Abraço :mrgreen:

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Re: Porta-Aviões

#1093 Mensagem por G-LOC » Sáb Jan 30, 2010 9:38 pm

Marino escreveu: 1) Custo de uma Marinha equilibrada: se vc não quer uma Marinha equilibrada, mude o nome da nossa, para Guarda Costeira, Polícia Naval, o que seja. Uma MARINHA, para ter este nome, precisa cumprir as 4 Tarefas Básicas do Poder Naval (já sabe quais são?), ou não é uma MARINHA DE GUERRA.
Este é o preço a ser pago pelo país, que o pagou até agora. Então, se pagou até agora, e estamos nos movimentando para outro nível econômico, pq não continuaria a pagar?
Isto está refletido no PEAMB, APROVADO IN TOTUN pelo Lula/Dilma. Entendam isso, a questão de custos passou a ser complementar, não a principal.
Deixa eu ver se eu entendi. Ou é polícia ou tem que cumprir as 4 tarefas basicas. Não existe meio termo? A maioria das marinhas que eu conheço estão no meio termo. Dependendo da aemaça é uma marinha cumprindo apenas negação.



Marino escreveu:
Para assegurar sua capacidade de projeção de poder, a Marinha possuirá, ainda, meios de Fuzileiros Navais, em permanente condição de pronto emprego. A existência de tais meios é também essencial para a defesa das instalações navais e portuárias, dos arquipélagos e das ilhas oceânicas nas águas jurisdicionais brasileiras, para atuar em operações internacionais de paz, em operações humanitárias, em qualquer lugar do mundo. Nas vias fluviais, serão fundamentais para assegurar o controle das margens durante as operações ribeirinhas. O Corpo de Fuzileiros Navais consolidar-se-á como a força de caráter expedicionário por excelência.
Desmontada qualquer argumentação contra Projeção de Poder.
convem comentar que a capacidade é bem limitada e mais defensiva. Até os subs de uma marinha otimizada para negação pode ter capacidade de projeção com forças especiais e mísseis cruise .

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Re: Porta-Aviões

#1094 Mensagem por G-LOC » Sáb Jan 30, 2010 9:46 pm

Marino escreveu:Outra coisa, eles só possuem armas de destruição, não podendo REGULAR A FORÇA durante a Manobra de Crise, o que os outros meios fazem.
Os EUA usaram muito esta regulação de forças no Vietnã. Atacavam do sul até o norte em uma escalada progressiva. Os Vietnamitas perceberam o padrão e logo sabiam quais seriam os próximos alvos atacados. Foram quatro anos de ataques regulando força sem resultado nenhum. Os EUA destruiam e depois os comunistas reconstruiram.

EM 1972, na campanha Linebaker, os americanos atacaram com força total e sem muita limitação. Os prisioneiros americanos perceberam que os vietnamitas mudaram de comportamente e ficaram mansinhos no tratamento.

Toda campanha aérea (considerando a capacidade de força aeronaval) limitada não teve muito sucesso como a Rolling Thunder, Eldorado Canion, Desert Fox, e a primeira fase da Allied Force. Já as campanhas sem limite como a Linebacker, Instant Thunder (golfo) e Allied Force tiveram um ótimo resultado político.

Se vc quer capacidade então pense em regular força. Se vc quer resultado político então vai para o massacre.

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Re: Porta-Aviões

#1095 Mensagem por G-LOC » Sáb Jan 30, 2010 9:47 pm

Marino escreveu: Não temos territórios ultramarinos que necessitem de uma possivel cobertura de um PA e nem a necessidade de projetar poder sobre terra alem das nossas terras. Coisa que a nossa força aérea pode muito bem fazer.
Existe um debate intenso registrado no DB, entre eu e o G-LOC, sobre a capacidade da FAB prestar apoio à MB em alto mar.
Eu escrevi que exercícios para medir esta capacidade foram feitos, e a própria FAB se convenceu da impossibilidade disso.
O pessoal da FAB aqui do fórum, me lembro claramente do Alcmartin, mas não só ele, veio ao debate e confirmou o que escrevi.
Então, precisamos da aviação embarcada.
Eu me lembro. A MB estava sendo atacada pelo ar e chamarma a FAB. Entre a decolagem e a chegada até a frota os navios estavam todos "afundados". A conclusão que eu cheguei é que a MB precisa investir em melhores misseis e canhoes pois a FAB atacou com bombas burras.

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