Revanchismo sem fim

Área destinada para discussão sobre os conflitos do passado, do presente, futuro e missões de paz

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WalterGaudério
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Re: Revanchismo sem fim

#271 Mensagem por WalterGaudério » Seg Jan 25, 2010 6:30 pm

Guerra escreveu:Meu interesse nesses assuntos é histórico. Eu quero saber tudo que tenho direito. O dossie "indio do Brasil" eu já conheço. Esta na net.

Dossiê de Índio do Brasil Lemes


No Projeto Brasil Nunca Mais, coordenado pela Arquidiocese de São Paulo, seu nome encontra-se em três listas. Este projeto é a microfilmagem de todos os processos contra presos políticos que se encontram no Superior Tribunal Militar, abrangendo o período de 1964 a 1978. Trata-se, portanto, de documentação oficial que não pode ser rotulada de facciosa. As conclusões da pesquisa BNM encontram-se em 12 volumes, contendo 6 891 páginas, das quais foram reproduzidas somente 25 coleções que foram distribuídas para entidades no Brasil e no exterior.
A primeira lista em que aparece o nome de Índio do Brasil Lemes é a “Elementos envolvidos diretamente em torturas”, que se encontra à página 24 do Tomo II, volume 3, “Os Funcionários” do Projeto BNM.
Há, nesta lista, duas denúncias contra ele. A primeira, de 1967, é do ex-preso político Aristides Oliveira Vinhales que, em 1967, tinha 53 anos e tinha a profissão de livreiro. Acusa-o de, como Major de Infantaria do Exército, atuando em 1967 no Paraná, tê-lo torturado. Ã página 434 do Tomo V, volume 1, “As Torturas”, do Projeto BNM, Aristides assim se refere à Índio: .”(.. .)
A segunda denúncia é do ex-preso político Hiran Ramos de Oliveira que, em 1967, tinha 24 anos e era professor e denuncia-o também como Major de Infantaria do exército, atuando em 1967 no Paraná e, em depoimento prestado à Auditoria militar, assim fala:
“.(...) que foi encaminhado paro o AD/5, onde foi interrogado pelo major Índio (...) que foi ameaçado pelo major Índio permanecendo uma atmosfera de pressão (...); que foi levado ao quartel de CPOR (...) e que no dia 21 de setembro, à noite, foi levado à presença do major Índio que disse ao interrogando que o mesmo era inimigo vencido e deveria concordar com o que queriam que o interrogando declarasse; (...) que ao subir as escadas em uma das vezes em que foi chamado para depor, levou violenta cotovelada do major Índio do Brasil Lemes (...)”
Este depoimento encontra-se às páginas 180 e 181 do Tomo V, volume 2 “As Torturas” do Projeto BNM.
Estes dois depoimentos encontram-se no Processo 44/67 da 5ª Região Militar/CJM, tendo apelação ao STM de n.º 37 002 e trata de réus acusados de integrarem o Comitê do PCB em Curitiba e em outras cidades do Paraná.
A segunda lista em que aparece o nome de Índio do Brasil Lemes é a de “Elementos envolvidos em prisões e cercos” que se encontra à página 70 do Tomo II, volume 3 “Os Funcionários” do Projeto BNM. A denúncia foi feita em maio de 1965 e coloca-o como Capitão do Exército, atuando no Paraná, tendo participado diretamente de prisões e cercos. Esta denúncia encontra-se no Processo 369/66 da 5ª Região Militar/CJM, tendo apelação ao STM de n.º 38 922 e recurso ao STF de n.º 1 153 e trata de réus acusados de terem fundado um Teatro de fantoches em Curitiba, após a extinção do centro Popular de Cultura com o golpe de 1964. São, ainda, acusados de manterem correspondência com os países comunistas sobre teatro e outras formas de expressões culturais.
A última lista em que se encontra o nome de Índio do Brasil Lemes e a de “Encarregados de IPM”, à página 140 do Tomo II, volume 3 “Os Funcionários” do Projeto BNM. A denúncia encontra-se no Processo 04/69 da 10ª Região Militar/CJM que teve como apelação ao STM o n.º 39 313 e trata de réus acusados de efetivarem pichamentos com os dizeres “baixo a ditadura” e “anule seu voto”, em Ponta Grossa/PR, nas eleições a prefeito da cidade, em novembro de 1968.
Dezembro de 2000
Publicado em: 28/06/2008
Mas só isso? Eu quero saber quem explodiu a bomba no teatro Guaira. E porque foi aprendido uma carta com esse tal Sr Hiran (citado no dossie do Major) de um 'amigo" de São Vicente que dizia: "quero saber sobre a bomba que explodiu no teatro Guaira e as reações provocadas no meia "reaça"...
Gostaria de saber também o que se ensinava na escola de luta armada do passeio público em Curitiba. E quem era os instrutores que ensinavam tecnicas de guerrilhas, armas do exército e da guerrilha, fabricação de explosivo, orientação. De onde tiraram a idéia do processo "MINTA" (missão-inimigo-nós-terreno-ação).
E a tal da convençao de campininha de piragua? E porque decidiram pela luta armada.
No tal cerco citado no dossie morreu um sargento. Quem matou esse sargento?

Tudo isso deve estar documentado em algum lugar. E deveria vir a tona porque esse Indio do Brasil, atualmente vive como se fosse um foragido. O cara tem que ficar mudando de endereço de tempo em tempo. vamos ver se assim pelo menos a balança se equilibra.
Eu tb quero saber do atebntado do aeroporto dos Guararapes.

E tb sobre quem fazia a contabilidade dos roubos a banco no Rio e em São Paulo. Será que todo o dinheiro foi usado realmente para a tal luta revolucionária???




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Armam-se homens com as melhores armas.
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Os Idiotas PLANTAM e os
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Re: Revanchismo sem fim

#272 Mensagem por mandalacabla » Seg Jan 25, 2010 6:55 pm

Eu gostaria de saber mesmo, é das ligações do PC do B com China e Cuba, mandando jovens estudantes para treinar nestes paises que financiavam a guerrilha do Araguaia, crimes de traição do Jango entregando informes sigilosos para Cuba, entre outras coisas.




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Re: Revanchismo sem fim

#273 Mensagem por Ilya Ehrenburg » Seg Jan 25, 2010 9:51 pm

mandalacabla escreveu:Eu gostaria de saber mesmo, é das ligações do PC do B com China e Cuba, mandando jovens estudantes para treinar nestes paises que financiavam a guerrilha do Araguaia, crimes de traição do Jango entregando informes sigilosos para Cuba, entre outras coisas.
A única traição que houve, foram aquelas envidadas pelos militares que depuseram, à força, um Presidente da República, constitucionalmente eleito, no exercício do seu mandato. E isto, sob inspiração e ordens de uma potencia estrangeira!
(EUA).
Golpe de estado é crime. Muito se esquecem, ou preferem esquecer.




Não se tem razão quando se diz que o tempo cura tudo: de repente, as velhas dores tornam-se lancinantes e só morrem com o homem.
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Re: Revanchismo sem fim

#274 Mensagem por mandalacabla » Seg Jan 25, 2010 10:35 pm

Ilya Ehrenburg escreveu:
mandalacabla escreveu:Eu gostaria de saber mesmo, é das ligações do PC do B com China e Cuba, mandando jovens estudantes para treinar nestes paises que financiavam a guerrilha do Araguaia, crimes de traição do Jango entregando informes sigilosos para Cuba, entre outras coisas.
A única traição que houve, foram aquelas envidadas pelos militares que depuseram, à força, um Presidente da República, constitucionalmente eleito, no exercício do seu mandato. E isto, sob inspiração e ordens de uma potencia estrangeira!
(EUA).
Golpe de estado é crime. Muito se esquecem, ou preferem esquecer.
bla bla bla, os milicos salvaram os esquerdas de serem mortos pela direita de Ademar de Barros, estes sim recebendo dinheiro dos EUA, quando os milicos tiraram as armas dos dois lados e derrubaram esse traidor que era o Jango, os EUA ficaram com mãozinha dando tchau fazendo cara de hamburger, a esquerda sequestrou a historia posando a décadas de vitima que nunca foi, pois lutavam para implantar aqui uma ditadura mil vezes pior.




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Re: Revanchismo sem fim

#275 Mensagem por Guerra » Seg Jan 25, 2010 10:37 pm

Se pelo menos ficar provado (e provas não faltam) que os anos de chumbo já rolavam no Brasil antes e 64, para mim já tera sido uam grande evolução.
As vitimas não serão tão vitimas assim.




A HONESTIDADE É UM PRESENTE MUITO CARO, NÃO ESPERE ISSO DE PESSOAS BARATAS!
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Re: Revanchismo sem fim

#276 Mensagem por suntsé » Ter Jan 26, 2010 12:45 am

Estas pessoas que falam que os militares Brasileiros deram um golpe a mando dos EUA, não conhecem a história....

Para ser ter o conhecimento minimode parte dos acontecimentos que ante4cederam o golpe até o desfecho do mesmo leiam o livro Guerra das estrelas.....

Vocês veram que a revolução foi iniciada de maneira pouco organizada...e sem nenhuma interferencia dos EUA.

A unica participação dos EUA na Revolução foi o apoio diplomatico ao novo governo.

As forças armadas do Brasil tem uma maneira propria de pensar e a maioria dos seus integrantes tem suas proprias convicções e ideais...portando não precizam da benção ou da influencia dos EUA para rechaçar AVENTUREIROS METIDOS A REVOLUCIONARIOS DO PODER.

Uma coisa que eu considero deprimente....que que os CIVIS não pensam nos seus nproprios erros....e em nenhum momento nos reflitimos que nós fomos responsaveis pela saida dos militares dos quarteis....

Quem conhece a historia do Brasil sabe que antes da revolução de 64, o Brasil teve varias crises politicas e institucionais...e que os politicos da época chamaram os militares varias vezes para corrigir suas CAGADAS, por tanto os militares resistiram a tentaçao de ficar no poder varias vezes...sempre que sairam dos quarteis restabeleceram a ordem e devolveram o poder aos CIVIS. Mais infelismente os nossos politicos não possuem respeito por si mesmos nem pela democracia e muito menos pelo país....

Èra evidente que um dia os militares sairiam dos quarteis e ficariam um tempo no poder. Mas para os praticantes da politica-lha o que importa são os projetos pessoais e não o futuro do país.




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Re: Revanchismo sem fim

#277 Mensagem por Renato Grilo » Ter Jan 26, 2010 8:18 am

A bem da verdade - tem haver mais com o cotidiano.
Acredito que a informação livre de manipulações, é um dever.
Acredito que desmantelar os tentáculos da corrupção no judiciário, também seja um dever.
Acredito que o reforço ao estado laico, seja o escudo contra uma futura aventura ditatorial, que sempre tem o discurso religioso, como apoio.
Pelo que eu entendi então com este e outros posts:
Os militares não prestam...
Os Juízes não prestam...
Os veículos de Comunicação não prestam...
Os guerrilheiros de esquerda são heróis...

E você acredita que não é manipulado à ter essas posições radicais?

Esse PNDH é um absurdo, que interfere em muitas áreas que não é competência da pasta.
Porque não discute e propõe ações para elevar o índice de desenvolvimento humano do país....
Fica nessa discussão dos coitadinhos dos guerrilheiros.. dos bandidos dos militares, de oferecer ferramentas para o MST se apropriar de propriedades...

Porque ao invés disso, não criam uma comissão, onde os Direitos Humanos defendam um pouco quem está honrando com seus deveres.... só tem discussão para melhorar a situação de bandidos. O MST comete diversos crimes à cada invasão... e tem gente que defende ainda....




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Re: Revanchismo sem fim

#278 Mensagem por marcelo l. » Ter Jan 26, 2010 10:53 am

Não concordo com o Guerra, as as vitimas foram vítimas, quem é executado como no caso do Cesare ou está sob a custódia de uma autoridade e sofre violência, é vítima, como foram vítimas os executados pela própria esquerda seus membros.

Não só as leis escritas condenam a execução de prisioneiros, mas o próprio código de honra militar, as razões que foi afrouxado em um momento que o Estado começou a diminuir os gastos com as escolas de excelência militar, já cria algumas perguntas.

Há sim muitas fortunas feitas na esteira do Combate de um lado como de outro, no livro do Gabeira ele cita que os roubos a banco, o dinheiro era um recolhido e o divulgado era substancialmente maior, hoje vemos políticos que ganharam como presente de casamentos prefeituras.

A imprensa é um caso a parte, por que foi durante regime que alguns grupos enriqueceram e pelas regras das concessões passaram a estar ligadas a grupos políticos, além de programas de compra de livros, empréstimos subsidiados, propaganda etc, há sim perguntas a serem respondidas, como a tão falada e combativa imprensa teve tão bons negócios com o Estado governado pelos militares?

Há biografias que aumentam sua participação e outras que escondem, depende do partido, há muita gente no exterior que arrecadava dinheiro para guerrilha aqui, um dos casos mais pitorescos é Brizola e a denúncia que ficou com a grana do Fidel ao ser perguntado teve uma resposta cortante, esse é um cada o resto?

Muitos que atacam a Dilma como guerrilheira tiveram uma participação muito mais relevante. Há também de se fazer um levantamento de uma geração que não lutou...mas queria e dizia que outra foi "frouxa", essa agora depois de vários discursos a esquerda do PT de 1980, hoje faz parte de um grupo que acusa o PT de 2000 ser um grupo de extrema esquerda, essa geração de revolucionários que pouco estudou, vivia de frases feitas, hoje tenta criar um quadro de luta do bem e do mal, são os rescaldos da guerra, seu discurso era que a responsabilidade de tudo era dos militares, hoje depende de quem paga.

Há necessidade sim de termos um arquivo descente para levantamento da história e como todo documento será reinterpretado dependendo das perguntas e interesses, portanto criar uma Comissão da Verdade é no mínimo falsear e não compreender o que é um documento, é até rudimentar citar Jacques LeGoff, mas jogar um pouco de luz para entender o presente até poderia ser útil. A ação pode parecer individual citando assim, mas ela é antes de tudo procurar atores e seus interesses, claro que teremos casos ricos de microhistória...pessoas que eram astrológas e hoje inventam teses esotéricas sobre o comunismo no mundo e planos mirabulantes até acredito que o Menocchio não é um personagem tão complexo.

Portanto criar uma Comissão da Verdade é no mínimo não querer entender o tema e como nos afeta até hoje depois de tantos anos o golpe de 1964 e suas repercussões. As questão são muitas e em história não há bandidos ou mocinhos, essa idéia inquisitorial de sim ou não existe, sociedades respondem as questões de forma ao que conhecem e dentro dos seus medos, o medo do comunisto é real em 1964, o medo de tropas mercenárias irem para Bastilha é paupável em 12 de julho de 1789 e faz a população de Paris se armar, em 64 faz parte da sociedade a solicitar a intervenção dos militares, esquecer disso é ao meu ver não querer lembrar nem o que deviam ter estudado o pessoal que propõe a Comissão.

Concluindo ao meu ver (denovo) criar uma Comissão da Verdade é perder a riqueza de interpretações de um dado momento, mas não fazer arquivos e pesquisa como é feita em todo país democrático é perder um pedaço do que fizeram alguns atores como agiram e sua influência nas gerações seguintes, o que precisamos é uma pesquisa sem maniqueísmo e paixões que será aprofundada pela qualidade do pesquisador e com o passar dos anos sem pressa, apenas procurando uma ciência e não construir mitos.




"If the people who marched actually voted, we wouldn’t have to march in the first place".
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Re: Revanchismo sem fim

#279 Mensagem por mandalacabla » Ter Jan 26, 2010 11:39 am

Evidente que todos os nosso poderes tem problemas, da mesma forma que a imprensa ou o departamento de estradas e rodagem, etc.

Qual a solução que o colega propõe? dar a lula e ao executivo o poder de interferir nestes poderes, já que Lula e a esquerda tem a solução para tudo e são perfeitos.

Ta bom.




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Re: Revanchismo sem fim

#280 Mensagem por marcelo l. » Ter Jan 26, 2010 12:12 pm

mandalacabla escreveu:Evidente que todos os nosso poderes tem problemas, da mesma forma que a imprensa ou o departamento de estradas e rodagem, etc.

Qual a solução que o colega propõe? dar a lula e ao executivo o poder de interferir nestes poderes, já que Lula e a esquerda tem a solução para tudo e são perfeitos.

Ta bom.
Se for eu, nunca pensei no campo dos direitos humanos até por que vários deles tenho posição, mas
Estrutura de poder:
TCU - o presidente atualmente tem 3 escolhas, duas na verdade são dos profissionais da casa (Auditores e Procuradores), a de livre nomeação seria por concurso público e outras duas das seis que o Legislativo tem direito também,
Reforçaria o papel do MPF,
Coisa julgada seria 2 instância...isso vale um tratado de direito...
Tirar o direito de família do Código Civil (eu nem tinha feito o NCC) e ter um estatuto próprio,
Mais profissionalismo e concurso,
Imprensa é livre + também não precisa de subsídios do Estado.
É funcionário de carreira entra para política é obrigado a se desligar...como era por sinal a República Velha.

A minha formula é simples:
Maior controle - patrimonialismo + profissionalismo - desperdício de dinheiro + programas sociais focalizados = melhor estrutura capitalista no Brasil.

Legislação:
Votar como nos EUA e não ficar nessa paralisia de anos que emperra os trabalhos legislativos com agendas que deveriam já ter sido resolvidas no século passado (de novo pelo voto para um lado ou outro). Esse plano mesmo, foi colocado pelo filho do Ives Grande 90% nem é tão polêmico assim, as palavras até podem, vota-se e pronto...quem ganha comemora, quem perde chora...não precisa de trincheiras como querem, democracia é isso, se for excesso contra alguém ou minoria, o STF tem o dever de resolver a questão de forma técnica.

Sobre pesquisa:
+ Pesquisa + Pesquisa + Pesquisa seja em que área for. Com isso teriamos uma discussão mais rica sobre todos os períodos históricos nada de ditames governamentais, por que se fosse assim provavelmente nem teríamos várias das descobertas geológicas do Brasil.

Sobre dar a Lula e outros poderes, nitidamente no Brasil é o único país que o executivo e judiciário legislam com tanta profusão. Com um Estado mais profissional e menos patrimonialista impede algumas posturas, afinal é mais fácil demitir um funcionário de carreira ou puni-lo que um quadro partidário que sai do órgão em alguns casos e passa para outro. Copiaria o sistema americano e italiano para pequenas prefeituras, acabando praticamente com o legislativo caro das pequenas cidades do país que não acrecentam nada...dando mais porte a comite de cidadãos.

Regularia o Lobby. Faria como o livro que li da fundação Ford do Estado patrocinar reforços aos ideais democráticos e civicos, por que existe um divórcio ao meu ver entre forças armadas e população ou parte dela, mas também dos direitos humanos que é base da civilização ocidental atual, são valores que devem ser reforçados ao meu ver.

A raiz do problema é o excesso de cargos comissionados e também a terceirização sem necessidade de alguns serviços que é a raiz de muitas fortunas atuais e a necessidade de um certo radicalismo que vemos que é para camuflar as faltas éticas de quem detém agora e sempre deteve o poder.


Sintetizando é isso, acredito que já bem revolucionário para o Brasil, mas ficou meio offtopic.




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Re: Revanchismo sem fim

#281 Mensagem por Guerra » Ter Jan 26, 2010 5:01 pm

marcelo l. escreveu:Não concordo com o Guerra, as as vitimas foram vítimas, quem é executado como no caso do Cesare ou está sob a custódia de uma autoridade e sofre violência, é vítima, como foram vítimas os executados pela própria esquerda seus membros.

Não só as leis escritas condenam a execução de prisioneiros, mas o próprio código de honra militar, as razões que foi afrouxado em um momento que o Estado começou a diminuir os gastos com as escolas de excelência militar, já cria algumas perguntas.

Há sim muitas fortunas feitas na esteira do Combate de um lado como de outro, no livro do Gabeira ele cita que os roubos a banco, o dinheiro era um recolhido e o divulgado era substancialmente maior, hoje vemos políticos que ganharam como presente de casamentos prefeituras.

A imprensa é um caso a parte, por que foi durante regime que alguns grupos enriqueceram e pelas regras das concessões passaram a estar ligadas a grupos políticos, além de programas de compra de livros, empréstimos subsidiados, propaganda etc, há sim perguntas a serem respondidas, como a tão falada e combativa imprensa teve tão bons negócios com o Estado governado pelos militares?

Há biografias que aumentam sua participação e outras que escondem, depende do partido, há muita gente no exterior que arrecadava dinheiro para guerrilha aqui, um dos casos mais pitorescos é Brizola e a denúncia que ficou com a grana do Fidel ao ser perguntado teve uma resposta cortante, esse é um cada o resto?

Muitos que atacam a Dilma como guerrilheira tiveram uma participação muito mais relevante. Há também de se fazer um levantamento de uma geração que não lutou...mas queria e dizia que outra foi "frouxa", essa agora depois de vários discursos a esquerda do PT de 1980, hoje faz parte de um grupo que acusa o PT de 2000 ser um grupo de extrema esquerda, essa geração de revolucionários que pouco estudou, vivia de frases feitas, hoje tenta criar um quadro de luta do bem e do mal, são os rescaldos da guerra, seu discurso era que a responsabilidade de tudo era dos militares, hoje depende de quem paga.

Há necessidade sim de termos um arquivo descente para levantamento da história e como todo documento será reinterpretado dependendo das perguntas e interesses, portanto criar uma Comissão da Verdade é no mínimo falsear e não compreender o que é um documento, é até rudimentar citar Jacques LeGoff, mas jogar um pouco de luz para entender o presente até poderia ser útil. A ação pode parecer individual citando assim, mas ela é antes de tudo procurar atores e seus interesses, claro que teremos casos ricos de microhistória...pessoas que eram astrológas e hoje inventam teses esotéricas sobre o comunismo no mundo e planos mirabulantes até acredito que o Menocchio não é um personagem tão complexo.

Portanto criar uma Comissão da Verdade é no mínimo não querer entender o tema e como nos afeta até hoje depois de tantos anos o golpe de 1964 e suas repercussões. As questão são muitas e em história não há bandidos ou mocinhos, essa idéia inquisitorial de sim ou não existe, sociedades respondem as questões de forma ao que conhecem e dentro dos seus medos, o medo do comunisto é real em 1964, o medo de tropas mercenárias irem para Bastilha é paupável em 12 de julho de 1789 e faz a população de Paris se armar, em 64 faz parte da sociedade a solicitar a intervenção dos militares, esquecer disso é ao meu ver não querer lembrar nem o que deviam ter estudado o pessoal que propõe a Comissão.

Concluindo ao meu ver (denovo) criar uma Comissão da Verdade é perder a riqueza de interpretações de um dado momento, mas não fazer arquivos e pesquisa como é feita em todo país democrático é perder um pedaço do que fizeram alguns atores como agiram e sua influência nas gerações seguintes, o que precisamos é uma pesquisa sem maniqueísmo e paixões que será aprofundada pela qualidade do pesquisador e com o passar dos anos sem pressa, apenas procurando uma ciência e não construir mitos.
Eu não disse que foi certo executar e torturar. O que eu quis dizer é que no caso do Major, teve um cara que o acusou de torturador. Outro disse que levou uma cotovelada e sofreu pressão.
Se você colocar no google "dossiê indio do brasil", vai cair na pagina do texto. Só que o texto não fala sobre o que os caras fizeram.
O que eu disse sobre bomba, armas, formação de guerrilha, morte de militares, não esta na net. Se você colocar o nome do militar que morreu vai aparecer texto de um FDP falando merda sobre a morte do coitado.
Mas existem os documentos sobre esses cabras, porque eu sei que rolou um IPM na 5ª RM onde as duas figuras e o major depos. E nesse IPM estão todas as provas.




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Re: Revanchismo sem fim

#282 Mensagem por Guerra » Ter Jan 26, 2010 5:09 pm

O militar morto no comando do major é esse
Carlos Argemiro Camargo
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
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Carlos Argemiro Camargo (Ponta Grossa, 15 de abril de 1938 - Paraná; 27 de março de 1965 - Paraná), foi um sargento do Exército Brasileiro morto em um ataque de guerrilheiros comandados pelo ex-Coronel Jeferson de Alencar Osorio, comunista declarado, na cidade Capitão Leônidas Marques, Paraná. [1] [2].

O militar era filho de Rômulo Camargo e Leondrina Rodrigues. Foi convocado pelo Exército Brasileiro em 1957, servindo na Arma da Infantaria, promovido a cabo no mesmo ano, e a 3º sargento em 1960. Foi promovido "post-mortem" a 2º tenente, recebendo a “Medalha do Pacificador”[3].
Quem comandava o outro lado é esse cara
Jefferson Cardim de Alencar Osório
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
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Este artigo ou seção não cita nenhuma fonte ou referência (desde Dezembro de 2008)
Ajude a melhorar este artigo providenciando fontes fiáveis e independentes, inserindo-as no corpo do texto ou em notas de rodapé. Encontre fontes: Google – news, books, scholar, Scirus

Jefferson Cardim de Alencar Osório nasceu no Rio de Janeiro, então Distrito Federal, no dia 17 de fevereiro de 1912, filho do oficial da Marinha Roberto de Alencar Osorio e de Corina Cardim de Alencar Osorio, professora e poeta.

Se tornou "praça" em março de 1930 na Escola Militar de Realengo, no Rio de Janeiro. Em 1932, juntamente com outros alunos, requereu exclusão em solidariedade a seis colegas expulsos por haverem iniciado um movimento contra a participação da escola no combate às forças rebeldes durante a Revolução Constitucionalista de São Paulo, deflagrada e sufocada em outubro do mesmo ano. Diante dessa reação dos cadetes, as punições foram revistas e os alunos readmitidos.

Em janeiro de 1934, Jefferson Osorio saiu aspirante-oficial da arma de artilharia, sendo promovido a segundo-tenente em agosto do ano seguinte. Ainda em 1935 filiou-se à Aliança Nacional Libertadora (ANL), frente política que defendia os interesses nacionais e antifacistas, e em setembro de 1936 foi promovido a primeiro-tenente. Em novembro de 1937, por advento do Estado Novo, exercia a função de subcomandante do Forte Rio Branco, em Niterói, onde a maioria da oficialidade, inclusive o comandante, era integralista. Embora ferrenho opositor do integralismo, foi então detido com a guarnição.

Promovido a capitão em dezembro de 1941, participou em 1943 da fundação de um Subdiretório de Amigos da América (SAA) em Santa Maria, (RS), onde servia.

Em março de 1965,em colaboração com Leonel Brizola, exilado no Uruguai,no primeiro movimento em resposta ao golpe militar, reúne grupo de combatentes, a maioria ex-sargentos cassados em 1964, e toma o quartel da cidade de Três Passos, (RS). Passa a transmitir, pela rádio da cidade, a notícia da tomada. O exército envia tropas para retomar a cidade. No confronto dois soldados são mortos e Jeferson é preso. Após dois anos de cárcere no Paraná consegue evadir-se. Vive por dois anos em Cuba e Argélia. Retorna ao Brasil após a anistia e recupera seu posto. É aposentado como general. O objetivo da marcha era estar em Foz do Iguaçu(PR), na data da inauguração da ponte da amizade(unindo Brasil e Paraguai), quando estaria presente o marechal Humberto de Alencar Castelo Branco(presidente militar do Brasil).




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Re: Revanchismo sem fim

#283 Mensagem por mandalacabla » Ter Jan 26, 2010 5:14 pm

Quem quizer ter acesso a uma listinha completa dos tadinhos: http://www.ternuma.com.br/




Aula de massinha.
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Ilya Ehrenburg
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Re: Revanchismo sem fim

#284 Mensagem por Ilya Ehrenburg » Ter Jan 26, 2010 5:32 pm

Renato Grilo escreveu:
A bem da verdade - tem haver mais com o cotidiano.
Acredito que a informação livre de manipulações, é um dever.
Acredito que desmantelar os tentáculos da corrupção no judiciário, também seja um dever.
Acredito que o reforço ao estado laico, seja o escudo contra uma futura aventura ditatorial, que sempre tem o discurso religioso, como apoio.
Pelo que eu entendi então com este e outros posts:
Os militares não prestam...
Os Juízes não prestam...
Os veículos de Comunicação não prestam...
Os guerrilheiros de esquerda são heróis...

E você acredita que não é manipulado à ter essas posições radicais?

Esse PNDH é um absurdo, que interfere em muitas áreas que não é competência da pasta.
Porque não discute e propõe ações para elevar o índice de desenvolvimento humano do país....
Fica nessa discussão dos coitadinhos dos guerrilheiros.. dos bandidos dos militares, de oferecer ferramentas para o MST se apropriar de propriedades...

Porque ao invés disso, não criam uma comissão, onde os Direitos Humanos defendam um pouco quem está honrando com seus deveres.... só tem discussão para melhorar a situação de bandidos. O MST comete diversos crimes à cada invasão... e tem gente que defende ainda....
Tenho amigos na Polícia Federal e no Poder Judiciário de quatro estados e do Distrito Federal. Posso dizer que o Poder Judiciário, dos três, é aquele onde a corrupção é mais danosa, e onde é como tal, menos percebida.
O domínio político do Judiciário, sempre foi a pedra angular do poder dos "Coronéis". Ignorar isso, ou omitir este dado, apenas para fazer valer uma argumentação cara, é elevar-se ao maior patamar possível do ridículo.
Não faça isso!

Quanto à nossa mídia, ela mesma se encarrega de mostrar a certeza das minhas proposições, afinal, quando das homenagens aos nossos heróis mortos, preferiam passar filmes americanos de cachorrinhos e outras besteiras!

PNDH não é um absurdo. Uma Comissão Histórica é uma necessidade. De outra forma, só posso concluir que a famosa atitude de Ruy Barbosa, de queimar os arquivos referentes à escravidão no país, sob a alegação de que "envergonhavam a pátria", foi um acerto. É o que achas Sr. Renato?

Não há ferramentas para se apropriar de propriedades, dizer isto é uma leviandade. Além do mais, o MST não nasceu da geração espontânea, mas sim, devido a verdadeira vergonha nacional que é o processo de grilagem de terras, com sua concernente concentração. O senhor é a favor dos grileiros, imagino. És? Espero estar equivocado em minha suposição, saiba.




Não se tem razão quando se diz que o tempo cura tudo: de repente, as velhas dores tornam-se lancinantes e só morrem com o homem.
Ilya Ehrenburg


Uma pena incansável e combatente, contra as hordas imperialistas, sanguinárias e assassinas!
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marcelo l.
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Re: Revanchismo sem fim

#285 Mensagem por marcelo l. » Ter Jan 26, 2010 6:39 pm

Guerra escreveu:
marcelo l. escreveu:Não concordo com o Guerra, as as vitimas foram vítimas, quem é executado como no caso do Cesare ou está sob a custódia de uma autoridade e sofre violência, é vítima, como foram vítimas os executados pela própria esquerda seus membros.

Não só as leis escritas condenam a execução de prisioneiros, mas o próprio código de honra militar, as razões que foi afrouxado em um momento que o Estado começou a diminuir os gastos com as escolas de excelência militar, já cria algumas perguntas.

Há sim muitas fortunas feitas na esteira do Combate de um lado como de outro, no livro do Gabeira ele cita que os roubos a banco, o dinheiro era um recolhido e o divulgado era substancialmente maior, hoje vemos políticos que ganharam como presente de casamentos prefeituras.

A imprensa é um caso a parte, por que foi durante regime que alguns grupos enriqueceram e pelas regras das concessões passaram a estar ligadas a grupos políticos, além de programas de compra de livros, empréstimos subsidiados, propaganda etc, há sim perguntas a serem respondidas, como a tão falada e combativa imprensa teve tão bons negócios com o Estado governado pelos militares?

Há biografias que aumentam sua participação e outras que escondem, depende do partido, há muita gente no exterior que arrecadava dinheiro para guerrilha aqui, um dos casos mais pitorescos é Brizola e a denúncia que ficou com a grana do Fidel ao ser perguntado teve uma resposta cortante, esse é um cada o resto?

Muitos que atacam a Dilma como guerrilheira tiveram uma participação muito mais relevante. Há também de se fazer um levantamento de uma geração que não lutou...mas queria e dizia que outra foi "frouxa", essa agora depois de vários discursos a esquerda do PT de 1980, hoje faz parte de um grupo que acusa o PT de 2000 ser um grupo de extrema esquerda, essa geração de revolucionários que pouco estudou, vivia de frases feitas, hoje tenta criar um quadro de luta do bem e do mal, são os rescaldos da guerra, seu discurso era que a responsabilidade de tudo era dos militares, hoje depende de quem paga.

Há necessidade sim de termos um arquivo descente para levantamento da história e como todo documento será reinterpretado dependendo das perguntas e interesses, portanto criar uma Comissão da Verdade é no mínimo falsear e não compreender o que é um documento, é até rudimentar citar Jacques LeGoff, mas jogar um pouco de luz para entender o presente até poderia ser útil. A ação pode parecer individual citando assim, mas ela é antes de tudo procurar atores e seus interesses, claro que teremos casos ricos de microhistória...pessoas que eram astrológas e hoje inventam teses esotéricas sobre o comunismo no mundo e planos mirabulantes até acredito que o Menocchio não é um personagem tão complexo.

Portanto criar uma Comissão da Verdade é no mínimo não querer entender o tema e como nos afeta até hoje depois de tantos anos o golpe de 1964 e suas repercussões. As questão são muitas e em história não há bandidos ou mocinhos, essa idéia inquisitorial de sim ou não existe, sociedades respondem as questões de forma ao que conhecem e dentro dos seus medos, o medo do comunisto é real em 1964, o medo de tropas mercenárias irem para Bastilha é paupável em 12 de julho de 1789 e faz a população de Paris se armar, em 64 faz parte da sociedade a solicitar a intervenção dos militares, esquecer disso é ao meu ver não querer lembrar nem o que deviam ter estudado o pessoal que propõe a Comissão.

Concluindo ao meu ver (denovo) criar uma Comissão da Verdade é perder a riqueza de interpretações de um dado momento, mas não fazer arquivos e pesquisa como é feita em todo país democrático é perder um pedaço do que fizeram alguns atores como agiram e sua influência nas gerações seguintes, o que precisamos é uma pesquisa sem maniqueísmo e paixões que será aprofundada pela qualidade do pesquisador e com o passar dos anos sem pressa, apenas procurando uma ciência e não construir mitos.
Eu não disse que foi certo executar e torturar. O que eu quis dizer é que no caso do Major, teve um cara que o acusou de torturador. Outro disse que levou uma cotovelada e sofreu pressão.
Se você colocar no google "dossiê indio do brasil", vai cair na pagina do texto. Só que o texto não fala sobre o que os caras fizeram.
O que eu disse sobre bomba, armas, formação de guerrilha, morte de militares, não esta na net. Se você colocar o nome do militar que morreu vai aparecer texto de um FDP falando merda sobre a morte do coitado.
Mas existem os documentos sobre esses cabras, porque eu sei que rolou um IPM na 5ª RM onde as duas figuras e o major depos. E nesse IPM estão todas as provas.
Guerra, vou tentar colocar a coisa do modo que considero correto, só sobre tortura e não qualquer outra coisa relacionada ao regime, por que aí o tema é mais rico.

Posso estar enganado, mas o tema está muito envenenado por uma série de razões. Não dá para responsabilizar as forças armadas como instituição pelo ocorrido, mesmo quem agiu deve-se tornar cuidado e lembrar que existem razões psico-sociais (de mentalidade) que levavaram a pessoas bem estruturadas que se envolveram a cometer o que cometeram (isso vale para dois lados).

Havia uma constituição, leis, e a moral me diz que é errado matar ou torturar (houve dos dois lados), mas não vejo menor sentido de se gastar dinheiro para saber quem o fez até por que o crime se houve está prescrito ou perseguir isso, sei que o Paulo Vanucchi quer o contrário, mas nem levo a sério essa parte do plano de direitos humanos dele.

Para uma pesquisa mais importante que a pessoa é o fato e o que desencadeou para ele ocorrer, você tem dois planos:
- Curta duração - que é o fato em si,
- Longa duração - o que levou a ele, qual era a mentalidade, o que remanesce daquele pensamento etc. E principalmente quais estruturas de poder foram criadas ou reforçadas naquele momento.

Fiz bem esquematicamente o que seria é bem mais que isso, mas abertos os documentos eles serão interrogados com algumas perguntas que serão embaraçosas para muita gente da esquerda, muitos que posam de verdadeiros lamarcas não o são, muitos que fingem ser bons moços tiveram um papel de maior relevo, mas o interesse é meramente eleitoral já que faturam com isso.

Do ponto de vista do interesse público a quem ficou do lado do regime, há sim muito leviandade com algumas pessoas e pessoas sendo acusadas de forma inapropriada, nisso eu concordo. Mas nem por isso os arquivos um dia não tenham que ser abertos. Há coisas inexplicáveis, nem vou falar do campo do combate em si, mas muito dos nossos atuais políticos tornaram-se verdadeiros oligarcas devido a seu apoio como Sarney, ACM etc. Do lado empresarial como alguns grupos financiaram operações e ganharam grandes benesses.

Eu tenho por mim que quando um historiador isento procurar e ver aqueles episódios chegará a conclusão que sempre se torturou no Brasil em processos criminais, a diferença é que agora tem várias pessoas da classe média. Isso é o simples, agora a razão que leva a pessoas bem formadas a serem torturadores me é estranha, até por que a inquisição os religiosos deixavam para braço civil. Mas, as minhas perguntas podem não ser as mesmas que quem está com o documento em mãos até por que outros mais tarde terão novas idéias.

Na verdade o que se deve fazer é que tudo tenha seu rumo, ou seja, deixa a pesquisa sair...como deve está ocorrendo...é de forma gradual, indolor etc.

Mas, há vítimas desde o caminhoneiro que atropelou um guerrilheiro em fuga (no livro do gabeira dá que acham de propósito, ele está errado), militar sob poder da guerrilha que foi executado, guerrilheiros que foram torturados e/ou mortos etc, civis etc. E o erário que assumiu uma forma estranha de não se discutir o passado e paga pensões por tudo, já que só deveria ressarcir quem estava sobre controle e ocorreu algo alheio a lei.

Outros casos deveriam ser julgado pelo poder competente que é o judiciário por que pode existir excessão a essa regra, agora quem largou a profissão para lutar, morreu em combate não faz sentido.

Se há vítimas, também existem heróis? Essa pergunta é incomoda para os dois lados, mas não consigo ver apesar de ter conhecido pessoas que sei se envolveram no conflito, acho que isso que irrita a todos, mesmo os algozes (de ambos lados) tem algumas atitudes explicáveis dentro do campo racional.

No fundo abrir os arquivos será salutar para quem é acusado injustamente apenas, por que as pesquisas vão demorar anos e anos até hoje um país que investe muito como os EUA sempre aparece algo de novo sobre o conflito do Vietnã...advinha o Brasil.

As perguntas como se havia gente se preparando antes para guerrilha, é daqueles pontos que acredito que todos aqui queiram saber e até entender por que eles pensavam assim, já que hoje vivemos em mundo pós-muro de Berlin.

Eu vejo mais essa discussão dos arquivos como da guerra fria nos EUA, que se tinha medo de algumas revelações e na verdade as poucas que apareceram são esquecidas como uma facilidade incrível, agora isso não faz gastar-se dinheiro com Comissão da Verdade e outras coisas alienígenas, mais do que tudo o que o Brasil necessita é virar a página e começar a discutir e reforçar valores ligados aos direitos humanos e cívicos, coisa que desde a década de 1970 nunca fizemos juntas e não são antagônicas como demonstra a atuação eficiente das forças armadas no Haiti e apoio a população na região amazônica.

Concluindo, ontem dei uma lida no PNDH e o que faltou foi isso, mesmo eu não concordando com muita coisa, se ele quisesse ser ambicioso deveria discutir valores cívicos e como reforçar dentro de uma idéia de nação e não do partido governante ou do presidente de plantão.




"If the people who marched actually voted, we wouldn’t have to march in the first place".
"(Poor) countries are poor because those who have power make choices that create poverty".
ubi solitudinem faciunt pacem appellant
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