MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

[soultrain]

Lula receberá prêmio inédito de 'estadista global'

Homenagem será oferecida pelo Fórum Econômico Mundial.
Honraria marca os 40 anos do fórum realizado em Davos.

Da Agência Estado

José Cruz/Agência Brasil
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em evento em novembro (Foto: Arquivo/José Cruz/Agência Brasil)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva receberá o prêmio de Estadista Global do Fórum Econômico Mundial, em Davos (Suíça), no dia 29. Esta é a primeira edição da homenagem, criada para marcar o aniversário de 40 anos do Fórum.

Conforme a organização do evento, o prêmio tem o objetivo de destacar um líder político que tenha usado o mandato para melhorar a situação do mundo. "O presidente do Brasil tem demonstrado verdadeiro compromisso com todas as áreas da sociedade", disse o fundador e presidente do Fórum Econômico Mundial, Klaus Schwab, em nota à Agência Estado.

Segundo ele, esse compromisso tem seguido de mãos dadas com o objetivo de integrar crescimento econômico e justiça social. "O presidente Lula é um exemplo a ser seguido para a liderança global."


Em artigo no 'El País', Zapatero diz que Lula 'surpreende' o mundo

'Le Monde' escolhe Lula como 'homem do ano 2009'

A entrega do prêmio será feita pelo ex-secretário-geral da ONU, Kofi Annan, e está prevista para às 11h30 (horário local; 8h30 de Brasília) do dia 29, quando o presidente brasileiro fará um discurso. Em seguida, terá início um painel de discussão sobre o Brasil. O objetivo é debater os atuais condutores do crescimento do País e os desafios à frente.

Entre os participantes do painel estarão o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, o copresidente do conselho de administração da Brasil Foods, Luiz Fernando Furlan, o presidente do Instituto Ethos, Ricardo Young e o vice-presidente do argentino Banco Hipotecario, Mario Blejer. Lula também fará o encerramento do painel sobre o Brasil.

[Al Zarqawi]

Tenho algumas ressalvas à política cambial brasileira.O dólar está muito sobrevalorizado,isso cria enormes dificuldades à principal vertente econômica brasileira,a exportação.Penso que deveriam corrigir isso,urgentemente.Não estou só nessa leitura.
O crescimento do PIB brasileiro,está-se ressentindo disso,mais que da crise internacional.Um caso a rever.


Abs,

[Túlio]

Sei lá eu, se as nossas reservas ainda estiverem predominantemente em dólares eu não teria essa pressa toda em valorizar o real...

[Al Zarqawi]

Sei lá eu, se as nossas reservas ainda estiverem predominantemente em dólares eu não teria essa pressa toda em valorizar o real...

Pelo que sei as reservas cambiais estão caindo e não seria valorizar o Real,mas sim desvalorizá-lo frente ao dólar principalmente.
As exportações brasileiras têm caído a pique.

[mandalacabla]

Se não me engano entramos em defict da balança comercial novamente.

[Túlio]

Sei lá eu, se as nossas reservas ainda estiverem predominantemente em dólares eu não teria essa pressa toda em valorizar o real...

Pelo que sei as reservas cambiais estão caindo e não seria valorizar o Real,mas sim desvalorizá-lo frente ao dólar principalmente.
As exportações brasileiras têm caído a pique.

Reservas caindo? As nossas? Estamos alguns bilhões acima do começo do ano...

Reservas internacionais
Conceito de Liquidez Internacional

Posição em 19 de janeiro de 2010: US$ 241.369 milhões.

Reservas internacionais
Conceito de Liquidez Internacional

Posição em 15 de janeiro de 2010: US$ 241.407 milhões.

Reservas internacionais
Conceito de Liquidez Internacional

Posição em 11 de janeiro de 2010: US$ 241.283 milhões.

Reservas internacionais
Conceito de Liquidez Internacional

Posição em 07 de janeiro de 2010: US$ 239.811 milhões.

Reservas internacionais
Conceito de Liquidez Internacional

Posição em 04 de janeiro de 2010: US$ 239.637 milhões.

[Bourne]

É claro que estão subindo.

Os BC tenta suavizar a trajetória de valorização do real ao longo do tempo. Para isso compra dólares e outras moedas para não permitir a valorização. Boa parte atribuída a capitais especulativos que vem ao Brasil em busca de maiores rendimentos, na primeira pancada fogem arrebentando tudo que está pela frente.

No longo prazo, uma das formas de evitar a valorização do real frente ao dólar é dificultar a entrada e saída de capitais. Assim, livrando o país do "hot money" que consistem em capitais especulativos que circula o mundo em busca de rendimentos no curto prazo, sendo potencialmente desestabilizadores.

Enfim, por enquanto, o país ruma para sofrer da doença holandesa.

[Al Zarqawi]

04/01/2010 - 11h13
Balança comercial fecha o ano com pior resultado desde 2002
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SOFIA FERNANDES
colaboração para a Folha Online, em Brasília

Atualizado às 11h21.

A balança comercial brasileira fechou 2009 com superavit de US$ 24,615 bilhões, informou nesta segunda-feira o Ministério do Desenvolvimento. O resultado é 1,4% menor que o registrado em 2008 e o pior desde 2002, quando o superavit foi de US$ 13,1 bilhões.

Segundo dados do ministério, o resultado do ano passado marca também a terceira redução seguida no saldo positivo da balança comercial brasileira. Em 2006, houve o melhor resultado da série, com US$ 46,45 bilhões de superavit. Depois desse pico, 2007 registrou superavit de US$ 40 bilhões e 2008 teve um saldo positivo de US$ 24,96 bilhões.

No ano passado, as exportações brasileiras atingiram o valor de US$ 152,252 bilhões, 23,08% abaixo dos US$ 197,942 bilhões de 2008. As importações chegaram a US$ 127,637 bilhões, ante US$ 172,986 bilhões um ano antes --um decréscimo de 26,21%.

A corrente de comércio --soma das exportações com as importações, que mede o aumento dos negócios do Brasil com o exterior-- chegou a US$ 279,889 bilhões em 2009, contra US$ 370,928 bilhões em 2008, uma queda de 24,5%. É a primeira diminuição desde 2002, quando houve um baque de 6,64%, e também a pior redução desde o início da série histórica, em 1990.

O saldo comercial do mês ficou em US$ 1,435 bilhão, registrando uma queda de 38% em relação ao saldo de dezembro de 2008, e um aumento de 57,14%% na comparação com novembro de 2009.

Em dezembro, o país exportou US$ 13,72 bilhões, contra US$ 13,81 bilhões no mesmo período em 2008. À medida que as exportações caíram, cresceu o total de importações, que somaram US$ 12,28 bilhões no mês, ante US$ 11,50 bilhões no mesmo período no ano passado.

O mês de dezembro de 2009 contou com 22 dias úteis, mesmo número de dezembro de 2008. Novembro teve 20 dias úteis.

No último dia 28, a AEB (Associação de Comércio Exterior do Brasil) previu um crescimento de 12% nas exportações brasileiras neste ano, para US$ 170,7 bilhões. A projeção da agência foi feita com base em uma projeção de US$ 152,4 bilhões em exportações no ano passado, bastante próximo do resultado divulgado hoje.

Já as importações devem crescer cerca de 24%, por causa da taxa de câmbio e do crescimento interno, considerando uma elevação de 5% do PIB (Produto Interno Bruto).


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Túlio.O Brasil ainda tem reservas cambiais positivas mas têm caído desde 2006.Em tese as reservas cambiais servem de meio de pagamento no exterior e sendo positivas diminuem o fator risco de investimento no Brasil.Acontece que o Brasil tem financiado as exportações com essas reservas e mantido o valor do Real.Com esta crise mundial,o Brasil tornou-se atrativo devido à incerteza de muitos países,mas a economia mundial tem dado sinais de recuperação e essa benesse que o Brasil teve,começa a ter uma enorme concorência externa.
As exportações brasileiras têm caído muito e o jeito seria desvalorizar a moeda (Real)ou então aumentar o consumo interno (não vejo muito como com o atual cenário).
Vários economistas (não sou economista,só cursei até o 2º ano e mudei de curso)defendem a mesma tese.É isso Túlio.

[Al Zarqawi]

Economia publicado em 10/12/2009 às 15h03:
Mantega aposta em desvalorização do real em 2010
Ele diz que o Brasil está "no caminho certo" mesmo com moeda mais fraca

Do R7Texto: O mercado de câmbio deve inverter a onda de supervalorização do real frente ao dólar, com um fortalecimento da moeda americana no país em 2010, segundo o ministro da Fazenda, Guido Mantega. Ele defendeu que o Brasil está no “caminho certo” e que o real deve permanecer estável ou se desvalorizar nos próximos meses.

- É uma suposição, eu não tenho certeza. Mas acredito que em algum momento o dólar vai se valorizar. Esses dias até se valorizou um pouco e estávamos com cotação em R$ 1,75. Quando houver essa valorização, o real vai se desvalorizar.

Mantega disse que não acredita que os Estados Unidos continuem com uma política de desvalorização da moeda e ressaltou as medidas de combate à especulação, com a taxação dos investimentos estrangeiros no país por meio da cobrança de IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) nas operações.

- Nós impedimos que houvesse uma sobrevalorização [quando o real fica muito mais forte que outras moedas]. A sobrevalorização estava em curso, nós impedimos. Então isso também favorece as empresas exportadoras. Agora, nós continuaremos tomando medidas para melhorar a competitividade do setor exportador.

Nesta quarta-feira (9) o governo anunciou a concessão de uma linha de crédito de R$ 80 bilhões para o financiamento do setor produtivo em 2010 e 2011, além do prorrogamento de isenções fiscais para computadores.

- As medidas que foram anunciadas na quarta (9) ajudam toda a estrutura produtiva brasileira, inclusive o setor exportador, porque elas estimulam a modernização das empresas, barateiam o custo de investimento das empresas, ou seja, a produção nova que elas irão fazer será com máquinas mais novas, com custos reduzidos. Nós mantivemos o custo de compra de máquinas equipamentos a uma taxa de juros de 4,5% ao ano. Portanto, essa é uma maneira das empresas que são exportadoras baratearem os seus custos. Então, tem sim um estímulo também ao setor exportador.

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Pelos vistos o Presidente do Banco Central do Brasil também pensa o mesmo para combater a balança comercial (não as reservas cambiais).Também deve pensar em aumentar as exportações e diminuir a dívida pública (Estados e Municípios) e por consequência aumentar o PIB brasileiro que teve um desempenho abaixo do esperado em 2009.
Esperemos para ver.

[Túlio]

Eu entendi errado, pelo jeito, Zocuni: pensei que falavas em VALORIZAR o real...

[Al Zarqawi]

Tudo bem.Minha opinião também pode não estar certa (isto tudo é muito incerto e não é receita de bolo),só que no atual cenário e no curto prazo não vislumbro mais que isso.

Abs,

[Sterrius]

Creio que o maior desafio é desvalorizar o real e ao mesmo tempo manter o cambio solto e manter o país competitivo pra importação!

Creio que o valor magico seria 1 dolar pra 2 reais! Isso garante que os produtos importados não fiquem caros d+ a ponto de atrapalhar a modernização de nossas industrias, mas tb não acaba com o lucro de nossas exportações!

A boa noticia que com o BC tendo certa independencia, eles podem tomar as medidas necessarias! Como o BC aqui é conservador, é improvavel que eles permitam a balança comercial ficar muitos anos no deficit!

Por sinal o dolar vem subindo. Ja ta 1,79 hoje! Agora ainda é cedo pra dizer que é uma tendencia!

[Bourne]

O BC permite sim!!! Afinal, o câmbio não afeta a parte real da economia e seu único compromisso é cumprir a meta de inflação. Portanto, que o mercado decida a taxa de câmbio de equilíbrio. Essa estória de balança comercial, produto, política industrial e tales NÃO IMPORTA (em caixa alta para deixar claro), o câmbio não os afeta.

Para o pessoal do BC pensar diferente que isso é besteira, isso mesmo, besteira. A máxima intervenção no câmbio é meramente para reduzir os solavancos da variação das cotações, a tendência de longo prazo está dada e não pode ser mudada. Esse é o pensamento que descrevi acima é o pensamento do BC. Esqueçam a possibilidade de fazerem qualquer coisa diferente disso ou achar que vão tomar medidas deliberadas para desvalorizar o real, pois vai contra todo o treinamento e pensamento dos técnicos e diretoria.

Por isso que o BC é ortodoxo, talvez, um dos mais ortodoxos do mundo. O próprio regime de metas de inflação tem uma construção que aleija o setor real da economia das suas decisões, o que não acontece em outras partes do mundo. Outros BCs são bem mais pragmáticos e abertos dentro do possível, inclusive o FED.

[Al Zarqawi]

O BC permite sim!!! Afinal, o câmbio não afeta a parte real da economia e seu único compromisso é cumprir a meta de inflação. Portanto, que o mercado decida a taxa de câmbio de equilíbrio. Essa estória de balança comercial, produto, política industrial e tales NÃO IMPORTA (em caixa alta para deixar claro), o câmbio não os afeta.

Desculpe,mas não concordo.Como não afeta a economia real do Brasil?Que meta de inflação seria essa?Não entendi.

Abs,

[Bourne]

O BC permite sim!!! Afinal, o câmbio não afeta a parte real da economia e seu único compromisso é cumprir a meta de inflação. Portanto, que o mercado decida a taxa de câmbio de equilíbrio. Essa estória de balança comercial, produto, política industrial e tales NÃO IMPORTA (em caixa alta para deixar claro), o câmbio não os afeta.

Desculpe,mas não concordo.Como não afeta a economia real do Brasil?Que meta de inflação seria essa?Não entendi.

Abs,

Sim. Por isso que o BC é ortodoxo. A taxa de câmbio de longo prazo é determinada pela produtividade e que será a de equilíbrio.

É o regime de metas de inflação "inflation target" diz, basicamente, que a meta do BC é perseguir certa meta de inflação ao longo do tempo e tendo como principal instrumento de ação a taxa de juros. Na verdade, a taxa de juros assume a posição de reduzir a inflação, desaquecendo a demanda no curto prazo, mas sem nenhum efeito real no longo prazo.

Também não concordo, mas eles pensam e agem nesses termos.