Missão de Paz no Haiti

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DELTA22
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Re: Missão de Paz no Haiti

#1756 Mensagem por DELTA22 » Ter Jan 19, 2010 12:15 pm

Túlio escreveu:
DELTA22 escreveu:100% de acordo!!! [100]

Jogar viveres. Seria por medo da população? Ou arrogância, mostrando que "nós somos superiores, estamos jogando migalhas para vocês"?
Como mais uma ilustração do absurdo:
http://g1.globo.com/Noticias/Mundo/foto/0,,35085112,00.jpg
Americanos jorgam mantimentos para vítimas do terremoto no Haiti (Foto: BBC)

Edit: Aposto que alguns vão achar esta foto acima sublime, mostra da "capacidade de resposta" dos EUA, bla, bla, bla... :?

Nas buenas, um FATO permanece: somos burocráticos demais, não temos como segurar esse tranco nem vejo como possamos vir a ter sem mudar muita kôza aqui dentro primeiro. Então, se os ianques e os Haitianos se amam tanto, que se abracem e vivam felizes para sempre. Nossos Soldados não têm nada que morrer em terremoto que tem lá e não aqui e essa de ser 'segurança' dos ianques me parece humilhante. Fizemos um belo trabalho lá, a despeito de todas as vicissitudes. Aliás, isso me lembra um lugar que é NOSSO, a Amazônia: as FFAA estão lá firmes e cumprindo MAIS DO QUE o seu Dever. O resto do poder político kga e anda, como sempre.

Vamos é cuidar do nosso canto e o resto que se dane! 8-]
Não contesto a presença americana, como já disse, contesto seus "métodos". Ajuda é ajuda, não importa a cor da bandeira. No entanto, há que se eleger prioridades e modos de ação adequados em coordenação com que lá já estava, ou seja, a ONU e suas tropas. Não podem chegar "metendo o pé na porta" como sempre.
Quanto a nossa burocracia, é correto, mas isso não anula tudo o que já se fez e está se fazendo, no meu modo de ver, pelo Brasil.
Inquestionável a questão da Amazônia! :wink:

[]'s.




Editado pela última vez por DELTA22 em Ter Jan 19, 2010 12:28 pm, em um total de 2 vezes.
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Re: Missão de Paz no Haiti

#1757 Mensagem por Marino » Ter Jan 19, 2010 12:22 pm

EUA se defendem de acusação de ocupar o Haiti

Porta-voz de forças americanas reitera que o comando é da ONU

Patrícia Campos Mello, correspondente em Washington



O governo americano lançou-se ontem em uma ofensiva de relações públicas para se defender de acusações de que os EUA estão "ocupando" o Haiti e tomando conta das operações de resgate e segurança no Haiti, em detrimento da ONU. "A missão é coordenada pela ONU, nós estamos apenas ajudando - o Brasil tem a liderança na Minustah, que tem como função cuidar da segurança no Haiti", disse ontem, em teleconferência, o capitão John Kirby, porta-voz das forças americanas no Haiti. Segundo ele, o presidente Barack Obama conversou com o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, e com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e o chefe do Estado-Maior das Forças Armadas, Mike Mullen, falou com o ministro da Justiça brasileiro, Nelson Jobim, para planejar e coordenar a missão. Ontem, o ministro de Cooperação da França, Alain Joyandet, que já havia reclamado que os americanos não deixaram aviões franceses com suprimentos médicos pousarem no aeroporto de Porto Príncipe, voltou a criticar os EUA.

"A missão é ajudar o Haiti e não ocupar o país", ele disse, pedindo que os EUA esclareçam seu papel no Haiti. Kirby, na teleconferência, repetiu várias vezes que a ONU está no comando, e não os EUA. "Nossa missão no Haiti é humanitária - o lado militar é coordenado pela ONU, a Minustah, e nós apenas ajudamos. Existe uma missão de segurança, mas essa missão é da ONU e nós respeitamos isso."

Na domingo, o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, havia afirmado que "a questão da segurança é tarefa da Minustah (a missão de paz da ONU), indiscutivelmente", acrescentando que isso tinha sido discutido com a secretária de Estado americana, Hillary Clinton. No entanto, o comunicado divulgado na madrugada de domingo por Hillary e pelo presidente do Haiti, René Préval, contraria essas declarações. No comunicado, os governos americano e haitiano afirmam que "o presidente Préval, representando o governo e o povo do Haiti, pede que os EUA ajudem conforme for necessário para aumentar a segurança no país, apoiando o governo do Haiti, a ONU e parceiros internacionais em terra."

Kirby informou que até o meio da semana haverá de 4 mil a 5 mil marines e soldados americanos no Haiti, além dos que estarão nos navios ancorados na costa do país, e eles estarão desempenhando funções de assistência humanitária. De acordo com Tim Callahan, chefe da equipe de assistência em desastres da Usaid - a agência de ajuda humanitária dos EUA -, há 43 grupos de busca no Haiti, dos quais 6 são americanos. No total, há 1.739 trabalhadores em equipes de resgate (506 americanos) e 161 cães farejadores.

Os americanos, diante de acusações de que estão privilegiando aviões militares no aeroporto, em vez de permitir pouso de aeronaves com suplementos médicos, voltaram a dizer que estão fazendo tudo a pedido do governo haitiano e da melhor maneira possível. "Ontem só tivemos de desviar três aeronaves", disse Callahan.

Em entrevista na sede da ONU, Ban afirmou que "a comunidade internacional apoia a liderança da ONU na coordenação dos esforços, e não há dúvidas sobre isso". Ele afirmou que as tropas da ONU atuarão em conjunto com as americanas.




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Re: Missão de Paz no Haiti

#1758 Mensagem por Marino » Ter Jan 19, 2010 12:29 pm

Lula e Obama aparam divergências sobre Haiti

Sergio Leo, de Brasília



"Lula, you call me" (Lula, me ligue), pediu o presidente do EUA, Barack Obama, ao despedir-se do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no telefonema de cerca de quinze minutos que tiveram ontem, para coordenar as ações das equipes brasileiras e americanas no Haiti. Ficou estabelecida uma linha direta informal entre os dois governos, para evitar que desentendimentos entre as equipes no trabalho de segurança e assistência humanitária atrapalhem a intenção das autoridades dos dois países de mostrar a ação no Haiti como um exemplo de ação positiva de ação conjunta na região.

No telefonema não houve menção aos desentendimentos ocorridos em Porto Príncipe, que levaram o ministro de Relações Exteriores, Celso Amorim, a tratar do tema na semana passada com a secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton. Obama, segundo duas autoridades que acompanharam a conversa, garantiu, em tom cordial, que os EUA prezam o trabalho das Forças de Paz das Nações Unidas (a Minustah) sob comando brasileiro e que apoiarão esse comando no que for necessário.

O telefone serviu para apagar o desconforto provocado por incidentes como a demora na liberação de pouso para aviões brasileiros no Haiti, na semana passada, e as recentes declarações do comandante das tropas dos EUA no Haiti, general Ken Keen, a um programa de TV, na qual o militar americano disse que o Comando Sul dos EUA cuidaria da segurança no Haiti, "um componente crítico". Manter a segurança e paz no Haiti é um mandato da Minustah.

Antes do telefonema de Obama. o assessor de Segurança Nacional dos EUA, general James Jones, ligou para o assessor internacional de Lula, Marco Aurélio Garcia, com a mesma mensagem: os EUA não querem tomar o lugar do Brasil no comando da segurança no Haiti, parabeniza os resultados da Minustah e pretende coordenar as ações dos dois países. Como Obama, Jones pediu a Garcia que mantivessem um contato telefônico direto em caso de qualquer necessidade ou desentendimento.

Obama ouviu outra preocupação brasileira: contra as avaliações de que não há mais Estado no Haiti, o Brasil defende que as ações de socorro à população e de reconstrução sejam realizadas com a participação do presidente haitiano, René Préval. Há um Estado muito fraco no Haiti, mas isso não pode servir de pretexto para ignorar os esforços de construção de instituições, abalado pelo terremoto, argumentam os auxiliares de Lula.

Há grande preocupação de que centenas de milhões de dólares doados ao país sigam o caminho de ajudas anteriores, perdendo-se na ineficiência e corrupção. Como evitar isso será o tema de uma reunião entre Brasil, EUA, Canadá e França, em 25 de janeiro, que antecederá outra reunião mais ampla.

As autoridades brasileiras encarregadas de coordenar as ações para o Haiti decidiram ontem passar a uma segunda fase no esforço de assistência humanitária, pedindo a empresas que doem, de preferência já embalados e "paletizados" para transporte, alimentos de consumo imediato sem necessidade de preparação, como leite longa vida, biscoitos, barras de cereal, água ou frutas desidratadas. A defesa Civil do Rio de Janeiro centraliza o recebimento d as doações.

O secretário-geral do Itamaraty, Antônio Patriota, participou ontem, na República Dominicana, de reunião dos países para iniciar as discussões sobre a reconstrução do Haiti. O presidente Préval também esteve no encontro.

Em Brasília, o comandante do Exército, Enzo Martins Peri, afirmou que o Brasil está em condições de duplicar o número de militares no Haiti no curto prazo, se houver pedido da ONU. Seriam pelo menos 1.250 soldados, grande parte já com experiência no Haiti.




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Re: Missão de Paz no Haiti

#1759 Mensagem por Túlio » Ter Jan 19, 2010 12:39 pm

Marino escreveu:Lula e Obama aparam divergências sobre Haiti

Sergio Leo, de Brasília



"Lula, you call me"

Só imagino a resposta dele: "No, ai bebo!" :mrgreen: :mrgreen: :mrgreen: :mrgreen:




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P. Sullivan (Margin Call, 2011)
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Re: Missão de Paz no Haiti

#1760 Mensagem por irlan » Ter Jan 19, 2010 12:39 pm

Clube de Paris pede a outros credores que anulem a dívida do Haiti
25 minutos atrás

PARIS (AFP) - O Clube de Paris pediu nesta terça-feira a outros credores bilaterais do Haiti, entre os quais a Venezuela e Taiwan, que anulem a dívida do país caribenho devastado pelo terremoto.

"Levando em conta as necessidades financeiras que o Haiti deverá enfrentar para sua reconstrução, os membros do Clube de Paris pediram a outros credores bilaterais que anulem a totalidade da dívida", indica um comunicado que não menciona explicitamente a Venezuela e Taiwan.

Na sexta-feira passada, a a ministra francesa da Economia, Christine Lagarde, ao pedir ao Clube de Paris que anulasse a dívida do Haiti, anunciou que também pediria à Venezuela e Taiwan uma medida similar.

Lagarde indicou que entrará em contato com as autoridades da Venezuela e de Taiwan, dois importantes credores do Haiti que não fazem parte do Clube de Paris, para obter a anulação da dívida da ilha.

O Haiti deve à França 54 milhões de euros (77 milhões de dólares), mas Paris já anulou quatro milhões de forma unilateral.




Na União Soviética, o político é roubado por VOCÊ!!
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Re: Missão de Paz no Haiti

#1761 Mensagem por Sterrius » Ter Jan 19, 2010 12:46 pm

So eu achei que essa reunião dia 25 ta muito atrasada?

A população nao espera até la! E a ajuda nao é suficiente da maneira desorganizada que esta!

Era pra ja ter reunião hoje ou amanha! Os resgates tão acabando e a fome/sede ta começando a entrar em estado critico agora 6 dias após o desastre!

E alguns dos lideres criminosos logo logo vão começar a impor a propria ordem! Provavelmente roubando comida e agua pra conseguir lealdade através disso! (lembre-se que 3mil criminosos fugiram).




Bender

Re: Missão de Paz no Haiti

#1762 Mensagem por Bender » Ter Jan 19, 2010 1:04 pm

"Vítimas

O Departamento de Estado dos EUA confirmou na segunda-feira a morte de 24 americanos no terremoto da semana passada no Haiti, e admitiu que esse número pode aumentar. Disse ainda que até esta segunda-feira (18) foram retirados do país pouco mais de 2.900 americanos em 44 voos ."

Só para ilustrar com numeros,posts anteriores.

Sds.




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Re: Missão de Paz no Haiti

#1763 Mensagem por rodrigo » Ter Jan 19, 2010 1:18 pm

19/01/2010 - 11h10
ONU rebate críticas por papel dos EUA no Haiti; ajuda ainda demora a chegar
da Folha Online

A ONU (Organização das Nações Unidas) defendeu nesta terça-feira a coordenação da ajuda humanitárias às vítimas do terremoto de magnitude 7 que atingiu o Haiti há uma semana e rejeitou as críticas sobre o controle excessivo dos americanos sobre os esforços de ajuda e sobre o aeroporto de Porto Príncipe, ponto de chegada dos aviões de vários países com equipes e suprimentos.

Elizabeth Byrs, porta-voz do Escritório para a Coordenação de Assuntos Humanitários (Ocha) da ONU, disse nesta terça-feira que a coordenação da entrega da ajuda humanitária aos cerca de 3 milhões de afetados pelo tremor, segundo estimativas da Cruz Vermelha, está indo bem.

O fato é que, uma semana depois do devastador terremoto, a ajuda humanitária já flui com mais intensidade, mas a magnitude da tragédia ainda torna difícil o acesso à água, alimentos e assistência médica para os milhares de feridos e desabrigados.

"A logística está aumentando de potência, mas continua sendo prioritário salvar os feridos que precisam de assistência médica urgente", disse Byrs.

Segundo a porta-voz, muitas equipes de resgate começaram a sair para as outras três cidades próximas à capital que sofreram fortes danos. Segundo relato da própria ONU (Organização das Nações Unidas) na semana passada, a cidade de Leogane teve entre 80% e 90% dos edifícios destruídos, já Gressier e Petit-Goave sofreram danos entre 40% e 50%.

"As equipes só conseguem chegar a essas localidades de helicóptero, pois as estradas estão muito danificadas", disse.

Apesar dos casos de pilhagem e violência que se espalharam pela capital haitiana em consequência do desespero dos sobreviventes, Byrs disse que "a situação está sob controle". "Há pilhagens, mas, em geral, a situação está sob controle. Os comboios de distribuição de ajuda andam com escolta", disse.

EUA

Byrs defendeu ainda os esforços americanos no Haiti e disse que o aeroporto de Porto Príncipe não estaria funcionando sem os militares americanos. O controle americano sob a chegada de aviões humanitários criou uma breve tensão com Brasil e levou até mesmo a um protesto formal da França. Ambos os países, contudo, minimizaram o episódio.

A porta-voz elogiou ainda o grande volume de suprimentos e especialistas enviados pelos Estados Unidos, que prometeram ajuda a longo-prazo.

As declarações vieram um dia após um acordo para garantir que os EUA daria prioridade de chegada ao aeroporto aos voos com ajuda humanitária. Os EUA têm sido criticados por supostamente priorizar aviões nacionais com militares e equipamento de resgate.

As agências de ajuda internacionais, contudo, alertam que muitos haitianos desabrigados ou feridos estão morrendo enquanto as equipes tentam superar o caos na organização da distribuição da ajuda. Alguns deles, afirma o jornal britânico "The Guardian", criticam o controle excessivo dos americanos como parte do problema.

A ONG Médicos Sem Fronteiras diz que a confusão sobre quem comanda os esforços --os americanos ou a ONU-- está atrapalhando a entrega de suprimentos de primeira necessidade a milhares de pessoas. "A coordenação não existe ou não está funcionando até este momento", disse ao jornal Benoit Leduc, gerente de operação da ONG em Porto Príncipe.

Esta é a mesma impressão de John O'Shea, chefe da ONG de tratamento médico Goal. Ele disse ao jornal que o único obstáculo à distribuição maciça de ajuda é "liderança e coordenação". "você não tem nenhuma das duas neste momento".

O cenário descrito pelas ONGs é de que, de um lado há o controle dos americanos sobre o aeroporto. Do outro lado, a ONU diz que controla a distribuição de comida. A crítica é principalmente sobre a ONU, que não tem o papel de comando que deveria assumir.

Coordenação

Byrs rejeitou as críticas e disse que existe uma grande coordenação entre a Missão de Estabilização das Nações Unidas no Haiti (Minustah), lideradas pelo Brasil, as forças policiais haitianas e as tropas americanas que chegaram ao país.

Nesse sentido, tanto Byrs quanto porta-vozes de outras agências da ONU insistiram em ignorar as críticas sobre as supostas intenções de Washington em relação ao Haiti e a forte presença militar americana no país caribenho.

"A coordenação humanitária é dirigida pela ONU, enquanto a logística é controlada pelas forças dos EUA", disse Byrs. "Trabalhamos em estreita colaboração com as forças dos EUA e, graças a eles, o aeroporto de Porto Príncipe está funcionando, e devemos agradecer. Além disso, já começaram a consertar o porto", ressaltou.

A porta-voz insistiu em que "é a ONU que coordena os esforços humanitários e, para isso, usamos os meios logísticos dos países-membros. Os EUA são o país mais próximo [entre os ricos] e essa é sua área regional de influência".

http://www1.folha.uol.com.br/folha/mund ... 1488.shtml




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Re: Missão de Paz no Haiti

#1764 Mensagem por rodrigo » Ter Jan 19, 2010 1:21 pm

France, UN salute 'essential role' of US in Haiti
By DEBORAH SEWARD
Associated Press Writer

PARIS -- French President Nicolas Sarkozy on Tuesday praised the "essential role" the U.S. is playing in helping Haiti recover - scrambling to overcome comments by one of his ministers who compared Washington's aid efforts to a new occupation of the impoverished nation.

A U.N. spokeswoman in Geneva echoed Sarkozy, insisting that aid coordination is improving in Haiti and dismissing criticism over how the U.S. controls the clogged airport in the capital of Port-au-Prince.

"In the sphere of logistics, we really have to thank them," spokeswoman Elisabeth Byrs said of the U.S. military. "Without them, the airport wouldn't work."

In a particularly flattering statement, Sarkozy said his country was "fully satisfied" by the cooperation between the United States and France, which decided last week to join forces to respond to the devastation of the Jan. 12 earthquake. Sarkozy also acknowledged the "exceptional mobilization of the United States on Haiti's behalf and the essential role it was playing on the ground."

Sarkozy was responding to complaints by French Cooperation Minister Alain Joyandet that the United States was giving priority to its own military and relief flights ahead of other nations' aid flights. Joyandet, a member of Sarkozy's ruling UMP party, went as far as demanding a U.N. investigation into U.S. aid efforts.

"This is about helping Haiti, not about occupying Haiti," Joyandet said Monday.

A day later, French Foreign Minister Bernard Kouchner tried to smooth over Joyandet's abrasive tone.

"This is not the time to speak about a few misunderstandings, which when compared to the effort, the achievement and the results, are of no interest," Kouchner told reporters Tuesday with an unsmiling Joyandet at his side.

Kouchner, a humanitarian relief veteran, said "there are always small squabbles" when there are "big catastrophes." Byrs said the U.N. reached an agreement Monday with the U.S. that aid flights would get the top landing priority at Port-au-Prince.

Joyandet's comments hit a diplomatic nerve, for both France and the United States have occupied Haiti in the past.

France occupied Haiti for more than 100 years, from 1697 to independence in 1804 after the world's first successful slave uprising. U.S. Marines occupied the country from 1915 to 1934 to quiet political turmoil.

France still has a large presence in the Caribbean, including the two official French overseas departments of Guadeloupe and Martinique, and is keen to be seen as a leader in the Haiti earthquake relief effort.

Kouchner said an aid conference of 16 countries that comprise the so-called "Friends of Haiti" would meet Jan. 25 in Montreal and should lead to a much larger meeting devoted to Haiti's reconstruction.

"We must give Haitians the assurance that we will not abandon them" once the humanitarian emergency has passed, Koucher said.

Byrs explained that the U.N. was in charge of coordinating humanitarian aid at Haiti's main airport but logistics were being controlled by the Americans. The two work together on getting food and medicine to Haitians in need but American missions don't require U.N. permission, she said.

"I don't think it's a matter of authorization," Byrs said. "If there is an urgent task to do, I think it has to be done in close cooperation with all the acting partners."

http://www.miamiherald.com/news/america ... 33266.html




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Re: Missão de Paz no Haiti

#1765 Mensagem por gaitero » Ter Jan 19, 2010 1:25 pm

O ministro de Defesa da Itália, Ignazio La Russa, confirmou que o governo de seu país vai se associar ao Brasil no envio de um navio militar ao Haiti para ajudar no apoio às vítimas do terremoto de terça-feira.

O titular da Defesa disse que conversou ao telefone com seu homólogo brasileiro, Nelson Jobim, que teria parecido "muito motivado" com a ação conjunta.

O Brasil entraria na parceria com a cessão de sua base militar no Haiti.
Por decisão do governo italiano, hoje, dia 19 de Janeiro, o maior e mais novo navio de sua frota, o porta aviões Conde de Cavour, levantará âncora em direção do Brasil e posteriormente do Haiti.

O navio transportará ajuda humanitária, e diversas equipes da área de saúde e especialistas em resgate.

Para esta missão o navio virá aparelhado com helicópteros e demais equipamentos que serão postos à disposição do comando Brasileiro no Haiti através de uma missão que será realizada em parceria com o governo brasileiro.

Trata-se da primeira missão operacional do Cavour sendo também a primeira transatlântica.

Segundo a nota o Navio deve fazer uma escala no Brasil, onde serão embarcados efetivos e equipamentos para a operação de ajuda aos sobreviventes do terremoto do Haiti.




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Re: Missão de Paz no Haiti

#1766 Mensagem por alex » Ter Jan 19, 2010 1:29 pm

Gente, os helicopteros dos EUA estão jogando alimentos porque a situação está critica.
Não precisa pousar. Não deve haver um comunista haitiano recusando comida dos EUA...
Sabe por que não estão vendo nossos helicopteros jogando comida para os haitianos?
PORQUE NÃO TEMOS HELICOPTEROS NO HAITI.
Também não vemos franceses ou britanicos. Os EUA são a infraestrutura do Haiti neste momento.




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Re: Missão de Paz no Haiti

#1767 Mensagem por DELTA22 » Ter Jan 19, 2010 1:40 pm

gaitero escreveu:
O ministro de Defesa da Itália, Ignazio La Russa, confirmou que o governo de seu país vai se associar ao Brasil no envio de um navio militar ao Haiti para ajudar no apoio às vítimas do terremoto de terça-feira.

O titular da Defesa disse que conversou ao telefone com seu homólogo brasileiro, Nelson Jobim, que teria parecido "muito motivado" com a ação conjunta.

O Brasil entraria na parceria com a cessão de sua base militar no Haiti.
Por decisão do governo italiano, hoje, dia 19 de Janeiro, o maior e mais novo navio de sua frota, o porta aviões Conde de Cavour, levantará âncora em direção do Brasil e posteriormente do Haiti.

O navio transportará ajuda humanitária, e diversas equipes da área de saúde e especialistas em resgate.

Para esta missão o navio virá aparelhado com helicópteros e demais equipamentos que serão postos à disposição do comando Brasileiro no Haiti através de uma missão que será realizada em parceria com o governo brasileiro.

Trata-se da primeira missão operacional do Cavour sendo também a primeira transatlântica.

Segundo a nota o Navio deve fazer uma escala no Brasil, onde serão embarcados efetivos e equipamentos para a operação de ajuda aos sobreviventes do terremoto do Haiti.
Eu vi isto ontem na Globonews (só não falaram que era o Cavour, mas um navio-hospital), falei aqui, mas ninguem deu muita "idéia" pra notícia. Repito o que disse ontem: ainda acho muito estranho esta notícia.

[]'s




Editado pela última vez por DELTA22 em Ter Jan 19, 2010 1:42 pm, em um total de 1 vez.
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Re: Missão de Paz no Haiti

#1768 Mensagem por Clermont » Ter Jan 19, 2010 1:41 pm

Sei lá, não entendo destas coisas, mas, não tem mesmo outra forma de entregar mantimentos sem jogar do avião?

Como outro camarada aí já disse, e faz sentido, isso pode dar margem ao surgimento de quadrilhas do tipo "comando vermelho" que tomam os mantimentos e os distribuem por conta própria.




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Re: Missão de Paz no Haiti

#1769 Mensagem por DELTA22 » Ter Jan 19, 2010 1:58 pm

Video BBC: "Avião joga ajuda no Haiti"
http://www.bbc.co.uk/portuguese/multime ... a_ir.shtml




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Re: Missão de Paz no Haiti

#1770 Mensagem por DELTA22 » Ter Jan 19, 2010 2:02 pm

19/01/2010 - 13h30
Conselho de Segurança da ONU aprova o envio de mais 3.500 soldados ao Haiti

Do UOL Notícias
Em São Paulo

O Conselho de Segurança da ONU aprovou nesta terça-feira (19) o envio de mais 3.500 soldados para o Haiti para reforçar a segurança e melhorar a distribuição de ajuda humanitária às vítimas do terremoto que devastou o país caribenho na semana passada.

Ontem (18), o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, pediu ao Conselho de Segurança que amplie a missão de estabilização no Haiti com mais 3.500 soldados, os capacetes azuis. Ban falava a repórteres depois de se dirigir ao Conselho em uma sessão a portas fechadas nesta segunda-feira. A Minustah, força de manutenção da paz do organismo no Haiti, tem atualmente cerca de 9.000 soldados e policiais no país.




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