Missão de Paz no Haiti

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Edu Lopes
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Re: Missão de Paz no Haiti

#1741 Mensagem por Edu Lopes » Ter Jan 19, 2010 9:18 am

O Brasil e os EUA no Haiti

As primeiras reações de autoridades brasileiras à entrada em cena dos Estados Unidos nas operações de ajuda humanitária ao Haiti foram nada menos que constrangedoras. O ministro da Defesa, Nelson Jobim, de volta dos escombros de Porto Príncipe, por onde circulou em uniforme militar, não pensou duas vezes antes de condenar o "assistencialismo unilateral" de Washington, como se referiu ao fato de os americanos terem assumido o controle do aeroporto da capital. A tomar pelo valor de face as suas palavras, os EUA teriam desalojado os haitianos do local por iniciativa própria como primeiro passo para monopolizar a assistência ao país e criar as condições logísticas para o exercício de sua hegemonia no processo de reconstrução.

Na realidade, o controle do aeroporto mudou de mãos a pedido do presidente haitiano, René Préval, aflito com a falta de preparo das equipes locais e a insuficiência de equipamentos para dar conta do aumento exponencial de pousos e decolagens que se seguiu ao terremoto. Isso interferiu nos voos da FAB transportando víveres, medicamentos e profissionais de saúde. "Há aviões demais e nós quisemos apenas evitar acidentes", disse ao Estado o assessor de Segurança Nacional dos EUA, Denin McDonough. O contratempo deixou agastado o chanceler Celso Amorim, que se apressou a protestar à secretária de Estado Hillary Clinton. Ele considerou "até certo ponto natural" o ocorrido. O que o preocupa, segundo disse, é o Brasil ser tratado "com a prioridade adequada", numa alusão ao fato de o País comandar as tropas da ONU no Haiti.

Ora, a prioridade absoluta para os haitianos é receber assistência, e com toda a urgência possível, parta de quem partir. A pirraça brasileira ignorou a realidade elementar, percebida desde logo pelo presidente Préval, de que nenhum outro país tem meios comparáveis aos dos EUA para socorrer o Haiti. E o organismo mais preparado para prestar socorro são as suas Forças Armadas. Além disso, a catástrofe obriga a repensar o papel da ONU na "estabilização" política do país. O mandato da Minustah nesse sentido terá de ser adaptado às novas e terríveis circunstâncias, incomparavelmente mais difíceis do que aquelas que levaram o Conselho de Segurança a determinar a sua criação, em abril de 2004, depois do levante que derrubou o então presidente Jean-Bertrand Aristide. Hoje, enquanto a horda de desesperados percorre as ruas de Porto Príncipe, até o presidente Préval é um sem-teto.

Mesmo que a comunidade internacional fosse uma assembleia de querubins, concentrados unicamente em fazer o bem para o Haiti, a combinação da ajuda humanitária de que o país necessita desesperadamente com o estabelecimento de padrões mínimos e não menos essenciais de ordem e segurança na capital requereria por si só uma engenharia de extravagante complexidade e de custo exorbitante. Na vida real, porém, esse esforço passa ainda pelo cálculo dos governantes e por uma equação de poder que seria pueril fingir que não existem. Para o presidente Barack Obama, para citar o primeiro dos exemplos, o resgate do Haiti é ao mesmo tempo um ato de humanismo e uma oportunidade política para mostrar ao mundo do que os EUA são capazes quando se trata de fazer o oposto da destruição. A convocação dos presidentes Bill Clinton e George Bush para a empreitada dá a ideia do que o Haiti representa para a Casa Branca de Obama. Interesses de afirmação nacional de outros países são igualmente legítimos. A questão é conciliá-los, de um lado, com a capacidade de ajuda de cada qual e, de outro, com o papel das instituições multilaterais.

Uma teleconferência organizada domingo pelo Canadá, com representantes de uma dezena de países (entre eles Amorim e Hillary), da ONU e da OEA, foi a primeira iniciativa de dividir o trabalho de administrar o inferno haitiano. Da reunião resultou o aparente consenso de que a ONU, basicamente por intermédio do Brasil, se ocupará da segurança e os EUA, da ajuda humanitária. Na prática, evidentemente, uma coisa e outra se entrelaçam, o que exigirá vontade efetiva de cooperar e aptidão para fazê-lo nessa que é uma autêntica situação-limite. Se der certo, o relacionamento bilateral Brasília-Washington terá superado uma das provas mais severas em muitos anos.


Fonte: http://www.estadao.com.br/estadaodehoje ... 7936,0.php




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Re: Missão de Paz no Haiti

#1742 Mensagem por Anton » Ter Jan 19, 2010 9:19 am

A ONU está pedindo mais soldados, porque os alemães e outros países em vez mandarem soldados que podem morrer no Iraque e Afeganistão não mandam para ajudar no Haiti.




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RobsonBCruz
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Re: Missão de Paz no Haiti

#1743 Mensagem por RobsonBCruz » Ter Jan 19, 2010 9:32 am

Vinicius Pimenta escreveu:As diferenças brutais de comportamento entre Brasil e EUA ficam claros.

Enquanto o Brasil "estuda", os EUA agem. Não sei se certo ou errado. Mas há centenas de milhares de mortos e quase 2 milhões de desabrigados. Milhares estão ainda soterrados e muitos ainda com chances de vida. Nessa hora, vale mais a ação do que a discussão.

O Brasil mais uma vez perde a chance de mostrar que tem condições de assumir um assento no Conselho de Segurança da ONU. Mandou um hospital de campanha e "estuda" mandar o segundo da Marinha. Ah, tenha paciência!

Quer entrar na chuva, saiba que vai ter que se molhar. Quer ser protagonista, saiba que vai ter que haver a contrapartida. Não tem dinheiro pra bancar a vaga, então recolha-se a sua capacidade.

O mal do Brasil é achar que tem "direito" a uma vaga no CS da ONU. Ninguém que está lá está porque tem direito, e sim porque se impôs politica E militarmente. A gente tem 1300 bravos-heroicos-estupendos militares. Mas nessa hora é muito pouco.

Os EUA estalaram o dedo e mandaram 10 mil sodados.

E nós?
Quando o NJ e os comandantes do EB a da MB desembarcaram no Haiti, quase que no dia seguinte ao terremoto, achei que viriam uma sucessão de ações rápidas de nossas autoridades.
Pensava que ainda no voo de ida o ministro e os comandantes militares poderiam estar planejando e tomando as providências necessárias para que mais tropas fossem para lá deslocadas, bombeiros, médicos, etc.
O que se viu é que até para mandar pequenas equipes de bombeiros perderam muito tempo.
Temos um contigente novo pronto (que iria/irá substituir o atual contingente), mas a decisão parece qua ainda não foi tomada.
Essa lerdeza me incomoda muito.
Os haitianos estão sofrendo muito e nossa ajuda está muito aquem do que podemos.
Secundariamente, estamos perdendo a oportunidade de mostrar que temos competência e condiçoes para assumir maiores responsabilidades internacionais.




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Re: Missão de Paz no Haiti

#1744 Mensagem por P44 » Ter Jan 19, 2010 9:33 am

Sismo no Haiti
Guerra de egos. Brasil, França e EUA lutam por protagonismo nos resgates
por Kátia Catulo, Publicado em 19 de Janeiro de 2010 | Actualizado há 12 horas

Motins aumentam enquanto comunidade internacional é incapaz de se organizar para prestar apoio humanitário

Os Estados Unidos da América assumiram de vez o controlo das operações no Haiti e isso está a a enfurecer os governantes de países como a França, Brasil ou Espanha. O executivo do Presidente Nicolas Sarkozy chegou ontem ao ponto de criticar a Administração de Barack Obama por transformar o aeroporto da capital haitiana num "anexo dos americanos", censurando o dispositivo dos EUA por "estrangular" a chegada da restante ajuda humanitária. O Brasil usa o mesmo tom para censurar a "prioridade dos aviões dos Estados Unidos sobre todos os outros". O governo de Lula da Silva avisou não estar disposto a "receber ordens" das Nações Unidas no Haiti.

O apoio humanitário aterra todos os dias no aeroporto da capital do Haiti e na Republica Dominicana. EUA, União Europeia, Brasil ou México enviam soldados aos milhares, euros e dólares aos milhões, médicos e enfermeiros às centenas, mantimentos às toneladas. Mas, fazer com que essa ajuda chegue aos sobreviventes do terramoto que há uma semana destruiu o país é o maior desafio que a comunidade internacional tem e ainda não resolveu. Voos desviados para a República Dominicana, contingentes militares e voluntários de ONG a aguardar ordens para entrar no país é, por enquanto, o cenário que está a provocar guerras diplomáticas por causa de um país que desespera por ajuda.

As equipas portuguesa da AMI e da Protecção Civil aterraram entretanto no meio da discórdia. Os cinco médicos e enfermeiros da Assistência Médica Internacional chegaram ontem de madrugada a Port-au-Prince, a bordo do C-130 da Força Aérea Portuguesa e por enquanto nada podem fazer senão aguardar por instruções das Nações Unidas sobre o local onde poderão montar o acampamento para prestar a assistência às vítimas do terramoto. A ajuda portuguesa vai ser ainda reforçada nos próximos dias: 4,5 toneladas de carregamentos estão a caminho da Venezuela e o governo de José Sócrates avalia um apoio de um milhão de euros ao Haiti.

A desorganização é de tal ordem que ontem ao final da tarde a chefe da diplomacia da União Europeia (UE), Catherine Ashton, pediu "bom senso" e resumiu numa frase o que está em causa: "Mais importante do que a ajuda disponibilizada para a população é uma maior coordenação para que esse apoio possa chegar a quem precisa", alertou a responsável, no dia em que a UE anunciou o envio de 429 milhões de euros para a reconstrução do país e o balanço provisório de mortes subiu para 200 mil, segundo as forças militares americanas.

E, enquanto a comunidade internacional não se entende sobre quem deve assumir o controlo das operações, a insegurança no Haiti piora de dia para dia. O secretário-geral das Nações Unidas solicitou ao Conselho de Segurança o envio de mais 3500 capacetes azuis para reforçar a missão da ONU que já integra nove mil soldados no país; os Estados Unidos contam com 5800 militares no terreno, estando prevista a chegada para ontem de outros 7500 elementos das forças de segurança. O anúncio foi feito após a chegada de Bil Clinton a Port-au-Prince como enviado especial da ONU.

O dispositivo tem como alvo prioritário restabelecer a ordem nas ruas, onde se multiplicam as pilhagens e os confrontos que provocaram a primeira morte entre os americanos. Centenas de haitianos tentaram ontem forçar uma das entradas do aeroporto à procura de água e comida. Um americano morreu e outros três ficaram feridos nos conflitos que levaram os militares a lançar gás lacrimogéneo e balas de borracha para conter a revolta. As autoridades não explicaram as circunstâncias em que morreu o norte-americano, mas um oficial, que pediu o anonimato, contou à "CNN" que os três feridos se encontravam num grupo de seis a dez civis a serem retirados do país.

É a revolta a tomar conta da cidade. O Comité Internacional da Cruz Vermelha fez mais um alerta: "A população está cada vez mais agressiva e disposta a fazer tudo por água e comida", avisa Guy Mouron, coordenador da organização que até ontem forneceu água para 7500 pessoas instaladas em três acampamentos em Port-au-Prince. Só quem não tem dinheiro é que fica encurralado na capital haitiana: "A fronteira com a Republica Dominicana está congestionada com milhares de refugiados que procuram sair do país", conta o responsável da Cruz Vermelha. O Haiti está a saque, mas a prioridade agora é o futuro. A primeira reunião preparatória da conferência internacional para a reconstruir Haiti será realizada em 25 de Janeiro, em Montreal (Canadá) e conta até agora com a ajuda de França, EUA, Brasil e Canadá. Pode ser que se entendam melhor dentro de uma sala do que até agora no terreno.
http://www.ionline.pt/conteudo/42552-gu ... s-resgates




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Re: Missão de Paz no Haiti

#1745 Mensagem por RobsonBCruz » Ter Jan 19, 2010 9:38 am

WalterGaudério escreveu:
gaitero escreveu:Já foi acordado, a seguraça continuará com o Brasil, através da Minustah e a coordenação da ajuda humanitaria ficará com os EUA...

Espera-se agora um pedido da ONU para aumentar o efetivo Brasileiro...
Isso tem que acontecer já. Para mi9m o BRasil mandaria para lé, ainda que temporariamente um contigente no valor Brigada. 3Btls do EB, Um do CFN, mais um componente(grupamento) de engenharia(2 bts) e um grupamento médico com não menos que 500 membros. Aí aparece moral para pleitear o comando até de Fallujah.
Seria o mínimo e, pelo menos, o contigente que já está pronto já deveria estar lá ou em fase de translado.




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Re: Missão de Paz no Haiti

#1746 Mensagem por marcelo l. » Ter Jan 19, 2010 9:58 am

RobsonBCruz escreveu:
WalterGaudério escreveu: Isso tem que acontecer já. Para mi9m o BRasil mandaria para lé, ainda que temporariamente um contigente no valor Brigada. 3Btls do EB, Um do CFN, mais um componente(grupamento) de engenharia(2 bts) e um grupamento médico com não menos que 500 membros. Aí aparece moral para pleitear o comando até de Fallujah.
Seria o mínimo e, pelo menos, o contigente que já está pronto já deveria estar lá ou em fase de translado.
O problema de aumentar agora o número de pessoas pode ser onde colocar já que os quartéis da ONU também foram afetados e a prioridade agora deveria ser retirar os feridos que necessitam, levar comida e água, fazer uma infra-estrutura de atendimento médico emergencial e pelo caos atual ter um plano junto com as autoridades policiais locais de restaurar a ordem.

Seria melhor os americanos mesmo por que eles podem ir pelo mar do que enviar todo mundo pelo aeroporto que opera de forma precária.




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Re: Missão de Paz no Haiti

#1747 Mensagem por EDSON » Ter Jan 19, 2010 10:13 am

19/01/2010 - 07h04
EUA começam a entregar ajuda ao Haiti pelo ar
O Exército dos Estados Unidos começou nesta semana a jogar suprimentos de ajuda ao Haiti pelo ar, dias após ter descartado a solução na semana passada por considerá-la muito arriscada.

Cerca de 14 mil refeições prontas e 15 mil litros de água potável foram jogados de um avião militar americano C-17 sobre uma área segura ao noroeste de Porto Príncipe, segundo afirmou uma porta-voz militar.

As autoridades militares americanas estão agora avaliando a possibilidade de ampliar a entrega de ajuda por via aérea para outras regiões do Haiti.

Na semana passada, o secretário da Defesa dos Estados Unidos, Robert Gates, havia descartado a possibilidade de jogar alimentos a partir de aeronaves, alegando que, sem um esquema de distribuição da ajuda em solo, isso poderia criar ainda mais problemas, como brigas e tumultos.

Reabertura do porto
Espera-se que a reabertura futura do porto da capital haitiana, danificado pelo terremoto, possa facilitar a distribuição da ajuda humanitária ao país.

Nesta segunda-feira, 2.200 marines americanos desembarcaram no Haiti, juntamente com equipamentos para remoção de escombros, suprimentos médicos e helicópteros.

Segundo a Casa Branca, mais de 11 mil militares americanos estão já em solo no Haiti, em navios na costa do país ou a caminho.

Militares americanos e da Minustah, as forças de paz da ONU lideradas pelo Brasil, estão auxiliando a distribuição de ajuda e protegendo locais visados por saqueadores.

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-Moon, recomendou ao Conselho de Segurança a incorporação de 1.500 novos policiais e 2.000 soldados à força de paz da organização, que já contava com 9.000 homens.

Calma
Apesar dos relatos de episódios de violência e de crescentes casos de saques em meio ao desespero dos haitianos pela demora na chegada de ajuda, o subsecretário-geral da ONU para Assuntos Humanitários, John Holmes, afirmou que a situação geral é de calma.

O comandante das forças americanas no Haiti, general Ken Keen, disse que há agora menos violência em Porto Príncipe do que antes do terremoto.

"As pessoas que moram e trabalham aqui no Haiti, que estão aqui há anos - tanto na nossa própria embaixada quanto na comunidade internacional, assim como nas forças da Minustah - me dizem que o nível da violência que vemos agora está abaixo dos níveis pré-terremoto", disse Keen.

"Ainda assim, qualquer incidente de violência atrapalha nossa capacidade de dar assistência humanitária", afirmou.

Keen disse no domingo que até 200 mil pessoas podem ter morrido no desastre.

A entrega de ajuda no centro de Porto Príncipe está se tornando mais difícil, segundo o correspondente da BBC na cidade David Loyn, por causa da crescente irritação dos haitianos com a demora.

Segundo Loyn, os caminhões para o transporte de suprimentos de ajuda têm necessitado de acompanhamento militar para trafegar pela cidade.

Frustração
O comandante Walter Matthews, da Marinha americana, disse à BBC que entendia a frustração entre os haitianos, mas disse que os esforços de ajuda estão melhorando.

A distribuição de suprimentos está se expandindo para outras áreas afetadas pelo terremoto além da capital, como as cidades de Leogane, Gressier, Petit-Goave e Jacmel.

O ex-presidente americano Bill Clinton, enviado especial da ONU para o Haiti, disse que a cooperação entre as tropas americanas e das Nações Unidas estavam melhorando os esforços humanitários.

"A ONU dá segurança e os americanos garantem a logística e a distribuição. Eles sabem como fazer isso. Então estamos chegando lá", disse Clinton à BBC durante uma visita a Porto Príncipe na segunda-feira.

Bloqueios
A distribuição de ajuda ainda está dificultada por obstáculos como o fechamento do porto e pelo bloqueio de ruas por corpos e escombros.

Muitas agências e organizações internacionais reclamaram no fim de semana de que não estavam conseguindo entregar suprimentos de ajuda por causa do congestionamento no aeroporto da capital, que está sendo administrado pelo Exército americano.

Mas John Holmes, da ONU, disse que os problemas iniciais estão sendo resolvidos com a introdução de um sistema para priorizar voos humanitários.

Segundo ele, ainda há 43 equipes de resgate, com cerca de 1.700 homens, trabalhando na procura por possíveis sobreviventes, apesar de a chance de se encontrar mais pessoas com vida sob os escombros diminuir a cada dia.

Até agora, pelo menos 70 mil corpos de vítimas do terremoto já foram enterradas em valas comuns.


Na semana passada, o secretário da Defesa dos Estados Unidos, Robert Gates, havia descartado a possibilidade de jogar alimentos a partir de aeronaves, alegando que, sem um esquema de distribuição da ajuda em solo, isso poderia criar ainda mais problemas, como brigas e tumultos.

Aahhhhaha então a sabedoria deu a luz. :lol:




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Re: Missão de Paz no Haiti

#1748 Mensagem por delmar » Ter Jan 19, 2010 10:32 am

A minha opinião, e como tal passível de ser totalmente errada, sobre o assunto Haiti é a seguinte: O HAITI NÃO É NOSSO, ou seja não fomos nós os responsáveis pela miséria que há por lá. Os nossos interesses naquele lugar são muito pequenos. Fomos chamado pela ONU para ajudar a restabelecer e manter a ordem naquele país, liderando uma grupo de várias nações. Fizemos um ótimo trabalho, merecedor dos elogíos de todo mundo. Demonstramos competência e organização. A situação básica do Haiti, no entanto, não mudou; ele continuou sendo o mesmo país pobre. A ajuda prometida pela ONU para desenvolve-lo nunca veio, motivo de reclamação dos próprios comandantes brasileiros que lá estiveram.
Grande parte dos haitianos, como outros habitantes da América Central e Caribe, sonha em emigrar, não para o Brasil mas para os EUA. O Haiti é portanto um problema dos americanos; está ao lado deles e históricamente os americanos sempre interviram lá. Agora tratem de resolver o problema ou milhões de haitianos pobres vão invadir as periferias das cidades americanas.
Nós deveremos nos preparar para cuidar de nossos Haitis, Suriname e Guyana, que estão aqui de nosso lado e, estes sim, serão problemas nossos em pouco tempo.

saudações




Todas coisas que nós ouvimos são uma opinião, não um fato. Todas coisas que nós vemos são uma perspectiva, não a verdade. by Marco Aurélio, imperador romano.
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Re: Missão de Paz no Haiti

#1749 Mensagem por Marino » Ter Jan 19, 2010 11:28 am

Luta por protagonismo?
Esquecem-se da INVASÃO do Haiti por americanos, canadenses e chilenos :shock: para derrubar Aristide e enviá-lo para a África do Sul; esquecem-se de que a população haitiana revoltada execrou aquelas tropas, que não tiveram condições de controlar o povo; esquecem-se de que foram os EUA que PEDIRAM ao Brasil para assumir a missão da ONU, pois não conseguiam fazer mais nada, missão a qual os chilenos se juntaram e se afastaram do erro de apoiar inicialmente a INVASÃO.
Os americanos desconsideram a experiência adquirida por brasileiros, que desaconselha o lançamento de víveres pelo ar, pois os mais fortes rapinam tudo, deixando os mais fracos a morrerem de fome. É arriscado fazer filas, controlar o povo, garantir que mulheres e crianças ganhem seu alimento? Claro, mas fizemos.
Voos que levavam suprimentos indispensáveis para as primeiras horas foram desviados, para a vinda da imprensa e evacuação de cidadãos americanos, que poderiam esperar, protegidos, supridos, em local apropriado, até que a ajuda emergencial fosse descarregada.
Protagonismo, quando pragmaticamente o Chanceler brasileiro, a quem critico asperamente em meus posts, liga para a Sra Clinton e acerta a distribuição de tarefas para as respectivas forças? E para variar, os brasileiros vão segurar o tranco, de novo, sendo responsáveis pela segurança das poderosas tropas americanas, que consideram muito arriscado operar em terra, e não de helicópteros.
Não entendo este complexo, esta idiosincrasia nacional, de considerar de que o que fazemos está sempre errado, não entendo...




"A reconquista da soberania perdida não restabelece o status quo."
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Re: Missão de Paz no Haiti

#1750 Mensagem por DELTA22 » Ter Jan 19, 2010 11:42 am

Marino escreveu:Luta por protagonismo?
Esquecem-se da INVASÃO do Haiti por americanos, canadenses e chilenos :shock: para derrubar Aristide e enviá-lo para a África do Sul; esquecem-se de que a população haitiana revoltada execrou aquelas tropas, que não tiveram condições de controlar o povo; esquecem-se de que foram os EUA que PEDIRAM ao Brasil para assumir a missão da ONU, pois não conseguiam fazer mais nada, missão a qual os chilenos se juntaram e se afastaram do erro de apoiar inicialmente a INVASÃO.
Os americanos desconsideram a experiência adquirida por brasileiros, que desaconselha o lançamento de víveres pelo ar, pois os mais fortes rapinam tudo, deixando os mais fracos a morrerem de fome. É arriscado fazer filas, controlar o povo, garantir que mulheres e crianças ganhem seu alimento? Claro, mas fizemos.
Voos que levavam suprimentos indispensáveis para as primeiras horas foram desviados, para a vinda da imprensa e evacuação de cidadãos americanos, que poderiam esperar, protegidos, supridos, em local apropriado, até que a ajuda emergencial fosse descarregada.
Protagonismo, quando pragmaticamente o Chanceler brasileiro, a quem critico asperamente em meus posts, liga para a Sra Clinton e acerta a distribuição de tarefas para as respectivas forças? E para variar, os brasileiros vão segurar o tranco, de novo, sendo responsáveis pela segurança das poderosas tropas americanas, que consideram muito arriscado operar em terra, e não de helicópteros.
Não entendo este complexo, esta idiosincrasia nacional, de considerar de que o que fazemos está sempre errado, não entendo...
100% de acordo!!! [100]

Jogar viveres. Seria por medo da população? Ou arrogância, mostrando que "nós somos superiores, estamos jogando migalhas para vocês"?
Como mais uma ilustração do absurdo:
http://g1.globo.com/Noticias/Mundo/foto/0,,35085112,00.jpg
Americanos jorgam mantimentos para vítimas do terremoto no Haiti (Foto: BBC)

Edit: Aposto que alguns vão achar esta foto acima sublime, mostra da "capacidade de resposta" dos EUA, bla, bla, bla... :?




Editado pela última vez por DELTA22 em Ter Jan 19, 2010 11:46 am, em um total de 1 vez.
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Re: Missão de Paz no Haiti

#1751 Mensagem por P44 » Ter Jan 19, 2010 11:43 am

Marino escreveu:Luta por protagonismo?
Esquecem-se da INVASÃO do Haiti por americanos, canadenses e chilenos :shock: para derrubar Aristide e enviá-lo para a África do Sul; esquecem-se de que a população haitiana revoltada execrou aquelas tropas, que não tiveram condições de controlar o povo; esquecem-se de que foram os EUA que PEDIRAM ao Brasil para assumir a missão da ONU, pois não conseguiam fazer mais nada, missão a qual os chilenos se juntaram e se afastaram do erro de apoiar inicialmente a INVASÃO.
Os americanos desconsideram a experiência adquirida por brasileiros, que desaconselha o lançamento de víveres pelo ar, pois os mais fortes rapinam tudo, deixando os mais fracos a morrerem de fome. É arriscado fazer filas, controlar o povo, garantir que mulheres e crianças ganhem seu alimento? Claro, mas fizemos.
Voos que levavam suprimentos indispensáveis para as primeiras horas foram desviados, para a vinda da imprensa e evacuação de cidadãos americanos, que poderiam esperar, protegidos, supridos, em local apropriado, até que a ajuda emergencial fosse descarregada.
Protagonismo, quando pragmaticamente o Chanceler brasileiro, a quem critico asperamente em meus posts, liga para a Sra Clinton e acerta a distribuição de tarefas para as respectivas forças? E para variar, os brasileiros vão segurar o tranco, de novo, sendo responsáveis pela segurança das poderosas tropas americanas, que consideram muito arriscado operar em terra, e não de helicópteros.
Não entendo este complexo, esta idiosincrasia nacional, de considerar de que o que fazemos está sempre errado, não entendo...

Marino, a noticia é um jornal português :wink:

de resto concordo com tudo o que vc disse




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Re: Missão de Paz no Haiti

#1752 Mensagem por EDSON » Ter Jan 19, 2010 11:51 am

Marino escreveu:Luta por protagonismo?
Esquecem-se da INVASÃO do Haiti por americanos, canadenses e chilenos :shock: para derrubar Aristide e enviá-lo para a África do Sul; esquecem-se de que a população haitiana revoltada execrou aquelas tropas, que não tiveram condições de controlar o povo; esquecem-se de que foram os EUA que PEDIRAM ao Brasil para assumir a missão da ONU, pois não conseguiam fazer mais nada, missão a qual os chilenos se juntaram e se afastaram do erro de apoiar inicialmente a INVASÃO.
Os americanos desconsideram a experiência adquirida por brasileiros, que desaconselha o lançamento de víveres pelo ar, pois os mais fortes rapinam tudo, deixando os mais fracos a morrerem de fome. É arriscado fazer filas, controlar o povo, garantir que mulheres e crianças ganhem seu alimento? Claro, mas fizemos.
Voos que levavam suprimentos indispensáveis para as primeiras horas foram desviados, para a vinda da imprensa e evacuação de cidadãos americanos, que poderiam esperar, protegidos, supridos, em local apropriado, até que a ajuda emergencial fosse descarregada.
Protagonismo, quando pragmaticamente o Chanceler brasileiro, a quem critico asperamente em meus posts, liga para a Sra Clinton e acerta a distribuição de tarefas para as respectivas forças? E para variar, os brasileiros vão segurar o tranco, de novo, sendo responsáveis pela segurança das poderosas tropas americanas, que consideram muito arriscado operar em terra, e não de helicópteros.
Não entendo este complexo, esta idiosincrasia nacional, de considerar de que o que fazemos está sempre errado, não entendo...
E ponto final!!!! Não precisamos dizer mais nada! O Brasil deve continuar com o projeto Haiti desde que autoridades haitianas nos queiram é claro.

Há um projeto de ativar a indústria açucareira. Embrapa e empresários envolvidos.




Editado pela última vez por EDSON em Ter Jan 19, 2010 11:57 am, em um total de 1 vez.
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Re: Missão de Paz no Haiti

#1753 Mensagem por irlan » Ter Jan 19, 2010 11:51 am

Enquanto os haitianos lutam por sobrevivência após o devastador terremoto da semana passada, os Estados Unidos, a França e o Brasil estão "brigando pela predominância" no país, diz um artigo publicado no site da revista alemã Der Spiegel.

O artigo, assinado pelo correspondente da revista em Londres, Carsten Volkery, diz que o governo haitiano acompanha esse desenrolar "desfalecido".

Como exemplo da disputa pela predominância no país, a revista cita a decisão do presidente haitiano, René Préval, de passar o controle do aeroporto de Porto Príncipe para os americanos, o que causou uma "chiadeira internacional" e levou o ministro das Relações Exteriores da França, Bernard Kouchner, a dizer que os Estados Unidos praticamete "anexaram" o aeroporto.

França e Brasil protestaram formalmente em Washington "porque aviões americanos receberam prioridade para pousar em Porto Príncipe enquanto aviões de organizações de ajuda eram desviados para a República Dominicana", segundo a revista.

A Spiegel diz que o Brasil, que lidera as forças da missão de paz no Haiti, "não pensa em abrir mão do controle sobre a ilha" e que, se depender da vontade do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o projeto de reconstrução do Haiti "deve permanecer um projeto latino-americano".

A disputa diplomática em andamento "lembra o passado político da ilha", diz a revista, "quando constantemente os 8 milhões de haitianos se tornavam um joguete de interesses internacionais".

Colônia
Por causa da situação precária no país e da fragilidade do governo, vários analistas ouvidos pelo artigo preveem que o país mais pobre das Américas pode voltar a se tornar uma "espécie de colônia".

"Desde 2004, a ilha é um protetorado da ONU", diz a revista, lembrando que as tropas de paz zelam pela ordem e segurança no país, treinam a polícia local e até organizam as eleições.

Henry Carey, especialista em Haiti da Georgia State University, diz no artigo que o mandato da ONU deverá ser estendido e que o país voltará a ser uma colônia, "dessa vez da ONU".

Para o analista, isso seria "positivo", se for mantida a recente tendência de estabilização econômica e política verificada no país.




Na União Soviética, o político é roubado por VOCÊ!!
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Re: Missão de Paz no Haiti

#1754 Mensagem por Túlio » Ter Jan 19, 2010 11:58 am

DELTA22 escreveu:
Marino escreveu:Luta por protagonismo?
Esquecem-se da INVASÃO do Haiti por americanos, canadenses e chilenos :shock: para derrubar Aristide e enviá-lo para a África do Sul; esquecem-se de que a população haitiana revoltada execrou aquelas tropas, que não tiveram condições de controlar o povo; esquecem-se de que foram os EUA que PEDIRAM ao Brasil para assumir a missão da ONU, pois não conseguiam fazer mais nada, missão a qual os chilenos se juntaram e se afastaram do erro de apoiar inicialmente a INVASÃO.
Os americanos desconsideram a experiência adquirida por brasileiros, que desaconselha o lançamento de víveres pelo ar, pois os mais fortes rapinam tudo, deixando os mais fracos a morrerem de fome. É arriscado fazer filas, controlar o povo, garantir que mulheres e crianças ganhem seu alimento? Claro, mas fizemos.
Voos que levavam suprimentos indispensáveis para as primeiras horas foram desviados, para a vinda da imprensa e evacuação de cidadãos americanos, que poderiam esperar, protegidos, supridos, em local apropriado, até que a ajuda emergencial fosse descarregada.
Protagonismo, quando pragmaticamente o Chanceler brasileiro, a quem critico asperamente em meus posts, liga para a Sra Clinton e acerta a distribuição de tarefas para as respectivas forças? E para variar, os brasileiros vão segurar o tranco, de novo, sendo responsáveis pela segurança das poderosas tropas americanas, que consideram muito arriscado operar em terra, e não de helicópteros.
Não entendo este complexo, esta idiosincrasia nacional, de considerar de que o que fazemos está sempre errado, não entendo...
100% de acordo!!! [100]

Jogar viveres. Seria por medo da população? Ou arrogância, mostrando que "nós somos superiores, estamos jogando migalhas para vocês"?
Como mais uma ilustração do absurdo:
http://g1.globo.com/Noticias/Mundo/foto/0,,35085112,00.jpg
Americanos jorgam mantimentos para vítimas do terremoto no Haiti (Foto: BBC)

Edit: Aposto que alguns vão achar esta foto acima sublime, mostra da "capacidade de resposta" dos EUA, bla, bla, bla... :?

Nas buenas, um FATO permanece: somos burocráticos demais, não temos como segurar esse tranco nem vejo como possamos vir a ter sem mudar muita kôza aqui dentro primeiro. Então, se os ianques e os Haitianos se amam tanto, que se abracem e vivam felizes para sempre. Nossos Soldados não têm nada que morrer em terremoto que tem lá e não aqui e essa de ser 'segurança' dos ianques me parece humilhante. Fizemos um belo trabalho lá, a despeito de todas as vicissitudes. Aliás, isso me lembra um lugar que é NOSSO, a Amazônia: as FFAA estão lá firmes e cumprindo MAIS DO QUE o seu Dever. O resto do poder político kga e anda, como sempre.

Vamos é cuidar do nosso canto e o resto que se dane! 8-]




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Re: Missão de Paz no Haiti

#1755 Mensagem por Marino » Ter Jan 19, 2010 11:59 am

P44 escreveu:
Marino escreveu:Luta por protagonismo?
Esquecem-se da INVASÃO do Haiti por americanos, canadenses e chilenos :shock: para derrubar Aristide e enviá-lo para a África do Sul; esquecem-se de que a população haitiana revoltada execrou aquelas tropas, que não tiveram condições de controlar o povo; esquecem-se de que foram os EUA que PEDIRAM ao Brasil para assumir a missão da ONU, pois não conseguiam fazer mais nada, missão a qual os chilenos se juntaram e se afastaram do erro de apoiar inicialmente a INVASÃO.
Os americanos desconsideram a experiência adquirida por brasileiros, que desaconselha o lançamento de víveres pelo ar, pois os mais fortes rapinam tudo, deixando os mais fracos a morrerem de fome. É arriscado fazer filas, controlar o povo, garantir que mulheres e crianças ganhem seu alimento? Claro, mas fizemos.
Voos que levavam suprimentos indispensáveis para as primeiras horas foram desviados, para a vinda da imprensa e evacuação de cidadãos americanos, que poderiam esperar, protegidos, supridos, em local apropriado, até que a ajuda emergencial fosse descarregada.
Protagonismo, quando pragmaticamente o Chanceler brasileiro, a quem critico asperamente em meus posts, liga para a Sra Clinton e acerta a distribuição de tarefas para as respectivas forças? E para variar, os brasileiros vão segurar o tranco, de novo, sendo responsáveis pela segurança das poderosas tropas americanas, que consideram muito arriscado operar em terra, e não de helicópteros.
Não entendo este complexo, esta idiosincrasia nacional, de considerar de que o que fazemos está sempre errado, não entendo...

Marino, a noticia é um jornal português :wink:

de resto concordo com tudo o que vc disse
Não se preocupe caro amigo.
Eu sei distinguir o mensageiro da mensagem.
Forte abraço




"A reconquista da soberania perdida não restabelece o status quo."
Barão do Rio Branco
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