Exato....Marino escreveu:Vinícius, o efetivo da Minustah é definido pela ONU.
O Brasil pode, sim, enviar o efetivo que iria substituir o atual e somar os dois, desde que autorizado a fazer isso pela ONU.
Claro que estou falando de agir dentro da estrutura da ONU. Se for decidido agir unilateralmente, as FA estão prontas para enviar uma quantidade de homens.
A decisão é política, como tem de ser.
Missão de Paz no Haiti
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Re: Missão de Paz no Haiti
Aonde estão as Ogivas Nucleares do Brasil???
Re: Missão de Paz no Haiti
A pior coisa nestas hojas, é a desorganização, quando todos querem ajudar, a ajuda não vai a lugar nenhum... depois fazem como na época da tsunami... jogam fora toneladas de alimentos...Vinicius Pimenta escreveu:Marino, sei disso. Mas eu me refiro a mandar à parte da ONU, em caráter emergencial. Tenho certeza absoluta do preparo das nossas FA. Minha crítica é exclusivamente à morosidade do governo brasileiro. Me pareceu perdido e pouco à vontate e sem coragem para tomar as atitudes emergencias que me pareceriam óbvias.Marino escreveu:Vinícius, o efetivo da Minustah é definido pela ONU.
O Brasil pode, sim, enviar o efetivo que iria substituir o atual e somar os dois, desde que autorizado a fazer isso pela ONU.
Claro que estou falando de agir dentro da estrutura da ONU. Se for decidido agir unilateralmente, as FA estão prontas para enviar uma quantidade de homens.
A decisão é política, como tem de ser.
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Re: Missão de Paz no Haiti
De acordo, a decisão POLÍTICA de "intervir" fora da estrutura da ONU não foi tomada.Vinicius Pimenta escreveu:Marino, sei disso. Mas eu me refiro a mandar à parte da ONU, em caráter emergencial. Tenho certeza absoluta do preparo das nossas FA. Minha crítica é exclusivamente à morosidade do governo brasileiro. Me pareceu perdido e pouco à vontate e sem coragem para tomar as atitudes emergencias que me pareceriam óbvias.Marino escreveu:Vinícius, o efetivo da Minustah é definido pela ONU.
O Brasil pode, sim, enviar o efetivo que iria substituir o atual e somar os dois, desde que autorizado a fazer isso pela ONU.
Claro que estou falando de agir dentro da estrutura da ONU. Se for decidido agir unilateralmente, as FA estão prontas para enviar uma quantidade de homens.
A decisão é política, como tem de ser.
E, por isso, temos que aguentar os americanos cagando regra depois de terem sido expulsos pela população haitiana, e os conchavos telefônicos do Amorim.
Veja só:
=======================
Amorim e Hillary decidem reforçar comando da ONU sobre operações
Em reunião por telefone, chanceleres decidem que Brasil se ocupará da segurança e EUA, da ajuda humanitária
Débora Thomé
RIO
Com o objetivo de discutir a situação do Haiti e de afinar a coordenação do auxílio humanitário, o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, participou ontem de uma teleconferência organizada pelo Canadá com representantes de 10 países, além de integrantes da ONU e da Organização dos Estados Americanos (OEA). Entre os participantes, estavam o premiê do Haiti, Jean-Max Bellerive, e a secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton.
Na reunião, decidiu-se que a coordenação das operações ficará a cargo da ONU e do governo haitiano. Ao Brasil, caberá a participação na segurança, enquanto os Estados Unidos cuidarão da ajuda humanitária.
"A distribuição de tarefas está sendo feita. Houve uma reunião importante há dois dias em que ficou estabelecido que a questão da segurança é tarefa da Minustah (força de paz da ONU), indiscutivelmente", disse o ministro.
Segundo Amorim, a percepção é de que houve progresso na distribuição de mantimentos no Haiti. Mas ele reconheceu que ainda há muito a ser feito.
Uma das maiores preocupações dos ministros que participaram da teleconferência está justamente na distribuição das ajudas internacionais, isso porque os portos permanecem pouco acessíveis. Além disso, os comboios que saem da República Dominicana estão ameaçados por saques.
Hoje o Conselho de Segurança da ONU realiza uma reunião para discutir o número máximo de tropas militares e policiais presentes no Haiti. O Brasil aguarda essa possível mudança para estudar o envio de mais tropas. Uma outra reunião, esta ministerial, será realizada na próxima segunda-feira, no Canadá, para começar a se pensar na reconstrução do país.
CRÍTICA VELADA
Até agora, o Brasil já se comprometeu a enviar uma ajuda de US$ 15milhões. Por enquanto, não está previsto um aumento da soma. "Pelos números que tenho lido nos jornais, até agora, os nossos números não fazem vergonha diante de muitos países desenvolvidos. Pelo contrário, são substanciais", comentou o ministro alfinetando implicitamente a escassa ajuda de alguns países europeus.
Amorim não excluiu a possibilidade de um aumento no montante. E completou a crítica: "Não é importante ser rico para ser solidário, mas sendo rico é mais fácil efetivar essa solidariedade."
O chanceler ainda voltou a comentar a questão do uso do aeroporto. Amorim afirmou que ocorreu "uma transição difícil da administração haitiana para a dos EUA", e, portanto, foi necessário reiterar que "em função da grande presença brasileira, tínhamos de ser tratados com uma certa prioridade". De acordo com o ministro, a superposição de funções está sendo resolvida.
No fim de sua fala a jornalistas, o ministro das Relações Exteriores fez um apelo para que as ajudas fossem feitas em dinheiro. E lembrou que na tragédia da tsunami, em 2004, muitos dos mantimentos doados tiveram de ser jogados no lixo porque não havia infraestrutura para entregá-los.
"A reconquista da soberania perdida não restabelece o status quo."
Barão do Rio Branco
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Re: Missão de Paz no Haiti
Para esta emergência temos que mandar civis, bombeiros, tratores são muitos de todas as partes do mundo...Vinicius Pimenta escreveu:Cara, se você está há 5 dias debaixo de escombros você está SE LIXANDO se quem vai te tirar de lá está autorizado pela ONU ou não. Você quer SOBREVIVER.prp escreveu:O brasil foi o primeiro a oferecer 10 milhoes de dolares ao haiti. a missão da onu a qual o brasil lidera tem 7 mil soldados. O Brasil vai solicitar o aumento do efetivo da onu e assim enviar mais tropas. O problema dos States foi que eles cagaram para ONU outra vez, a reclamação do brasil foi que não estava chegando mantimento para as tropas da ONU, o espaço aéreo do pais estava fechado menos para aeronaves americanas e de seus parceiros incondicionais, isso é no minimo estranho não acha?
Mais uma vez o brasil esta de parabéns nesta missão e é nestas horas em que me orgulho de ser brasileiro.
Os EUA cagaram para a ONU, porque a ONU é (e não parece que vai deixar de ser) lenta. Nós reclamamos isso na MINUSTAH. Os EUA trataram direto com o presidente do Haiti. Era o que a gente deveria fazer.
DEPOIS, é outra história. A EMERGÊNCIA, o nome já diz.
O Brasil lidera com grande competência a MINUSTAH. Os nossos soldados lá fazem um trabalho brilhante que nos dá muito orgulho. Mas isso é OUTRA coisa.
Os soldados devem cudar da segurança. E os engenheiros da reconstrução...
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Re: Missão de Paz no Haiti
suntsé, o problema é que o Brasil tem que ter uma postura realista no cenário internacional ANTES de tentar se meter num lugar como o CSP (CS Permanente) da ONU... Nossa política internacional é, por muitas vezes, baseada em algumas posturas absurdas. Por isso o receio de alguns foristas sobre o Brasil no CSP.
Não é que não seja importante, é que antes de o Brasil pensar em fazer parte do CSP ele tem que mudar sua postura.
Agora, sobre a mudança do comando... Pra mim esse foi o primeiro movimento CONCRETO que pode manter o comando dos militares da Minustah e talvez do reforço americano, e o motivo é simples: HIERARQUIA (além do respeito).
Explico: Temos por lá um General de Brigada, teoricamente com taco pra comandar uma tropa de 5000 homens e tal, agora, se aparecerem mais 10000 homens do nada o comando tem que subir de nível! Ou seja, manda-se um General de Divisão! O de Brigada pode até permanecer e comandar o atual efetivo. Aí ficaria aquela situação, um "Três Estrelas" comandando um "Duas Estrelas" brasileiro, e o comando das tropas americanas (que provavelmente seria dividido entre dois "Duas Estrelas" americanos... Junto com esse General de Divisão viria também um estado maior, e aí é igual os cargos de ministros pra política, ou seja, ocupação de espaços políticos, e aí coloca-se militares Americanos ocupando parte do Estado Maior, e pelo peso político uma parte importante. Se o que foi publicado que os americanos tem respeito pelo General Santos Cruz for verdade pode ser o que vai acontecer, e todo mundo sai bem na fita: os Americanos por cederem e trabalharem finalmente sob um real comando da ONU, o Brasil por manter o Comando, e o Haiti por ter uma força gigantesca tentando coloca-los no eixo denovo!
Espero ter conseguido passar minha idéia.
Ah, e quase me esqueci, se isso ocorrer temos já indicado quem será o Comandante do Exército no futuro hehehehehehehehe...
Não é que não seja importante, é que antes de o Brasil pensar em fazer parte do CSP ele tem que mudar sua postura.
Agora, sobre a mudança do comando... Pra mim esse foi o primeiro movimento CONCRETO que pode manter o comando dos militares da Minustah e talvez do reforço americano, e o motivo é simples: HIERARQUIA (além do respeito).
Explico: Temos por lá um General de Brigada, teoricamente com taco pra comandar uma tropa de 5000 homens e tal, agora, se aparecerem mais 10000 homens do nada o comando tem que subir de nível! Ou seja, manda-se um General de Divisão! O de Brigada pode até permanecer e comandar o atual efetivo. Aí ficaria aquela situação, um "Três Estrelas" comandando um "Duas Estrelas" brasileiro, e o comando das tropas americanas (que provavelmente seria dividido entre dois "Duas Estrelas" americanos... Junto com esse General de Divisão viria também um estado maior, e aí é igual os cargos de ministros pra política, ou seja, ocupação de espaços políticos, e aí coloca-se militares Americanos ocupando parte do Estado Maior, e pelo peso político uma parte importante. Se o que foi publicado que os americanos tem respeito pelo General Santos Cruz for verdade pode ser o que vai acontecer, e todo mundo sai bem na fita: os Americanos por cederem e trabalharem finalmente sob um real comando da ONU, o Brasil por manter o Comando, e o Haiti por ter uma força gigantesca tentando coloca-los no eixo denovo!
Espero ter conseguido passar minha idéia.
Ah, e quase me esqueci, se isso ocorrer temos já indicado quem será o Comandante do Exército no futuro hehehehehehehehe...
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Re: Missão de Paz no Haiti
Muito boa explicação... Espero apenas que no fim, aconteça o que tu previu... todos saiam bem na fita e o Haiti seja reconstruido..Moccelin escreveu:suntsé, o problema é que o Brasil tem que ter uma postura realista no cenário internacional ANTES de tentar se meter num lugar como o CSP (CS Permanente) da ONU... Nossa política internacional é, por muitas vezes, baseada em algumas posturas absurdas. Por isso o receio de alguns foristas sobre o Brasil no CSP.
Não é que não seja importante, é que antes de o Brasil pensar em fazer parte do CSP ele tem que mudar sua postura.
Agora, sobre a mudança do comando... Pra mim esse foi o primeiro movimento CONCRETO que pode manter o comando dos militares da Minustah e talvez do reforço americano, e o motivo é simples: HIERARQUIA (além do respeito).
Explico: Temos por lá um General de Brigada, teoricamente com taco pra comandar uma tropa de 5000 homens e tal, agora, se aparecerem mais 10000 homens do nada o comando tem que subir de nível! Ou seja, manda-se um General de Divisão! O de Brigada pode até permanecer e comandar o atual efetivo. Aí ficaria aquela situação, um "Três Estrelas" comandando um "Duas Estrelas" brasileiro, e o comando das tropas americanas (que provavelmente seria dividido entre dois "Duas Estrelas" americanos... Junto com esse General de Divisão viria também um estado maior, e aí é igual os cargos de ministros pra política, ou seja, ocupação de espaços políticos, e aí coloca-se militares Americanos ocupando parte do Estado Maior, e pelo peso político uma parte importante. Se o que foi publicado que os americanos tem respeito pelo General Santos Cruz for verdade pode ser o que vai acontecer, e todo mundo sai bem na fita: os Americanos por cederem e trabalharem finalmente sob um real comando da ONU, o Brasil por manter o Comando, e o Haiti por ter uma força gigantesca tentando coloca-los no eixo denovo!
Espero ter conseguido passar minha idéia.
Ah, e quase me esqueci, se isso ocorrer temos já indicado quem será o Comandante do Exército no futuro hehehehehehehehe...
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Re: Missão de Paz no Haiti
REFORÇO NO CONTINGENTE
Mais soldados no Haiti
ONU discute hoje envio de mais tropas ao país, o que deve levar a maior presença de militares brasileiros na força de paz
O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) avalia hoje o envio de mais tropas ao Haiti a fim de aumentar a segurança e melhorar as condições de vida da população em meio a uma crescente onda de saques e dificuldades de subsistência.
A decisão de intensificar a força de paz no Haiti, a chamada Minustah, poderia levar a uma maior presença brasileira na região, já que o país, com 1.266 homens, responde pelo comando de uma força integrada por 16 países no país caribenho. Conforme o ministro brasileiro das Relações Exteriores, Celso Amorim, a ONU deverá discutir a elevação do limite de forças de segurança na região – atualmente de 6 mil militares e 2,2 mil policiais.
– Pode haver necessidade de aumentar a segurança. A reunião de amanhã (hoje) vai discutir a ampliação do teto do contingente militar da Minustah – afirmou Amorim, em passagem pelo Rio.
O ministro admitiu que o aumento do efetivo brasileiro “está sempre sendo estudado”, mas sustentou que ainda não havia qualquer intenção concreta até aquele momento. Se for mantida a previsão do rodízio de tropas realizado desde 2004, as próximas a serem transportadas ao país arrasado seriam do Comando Militar do Leste, no primeiro semestre, e do Comando Militar do Sul, no segundo. O contingente sulista, porém, seria concentrado no Paraná.
Uma eventual decisão de reforçar a presença brasileira em solo haitiano poderia contar com o apoio de militares gaúchos por dois motivos. Um deles é que o país precisa de engenheiros para iniciar sua reconstrução, e um dos maiores grupos de engenheiros de combate do Exército está no Rio Grande do Sul, conforme o coronel Sylvio Cardoso (veja entrevista).
A outra razão é que, se for necessário o envio emergencial de tropas, haveria a possibilidade de abreviar o período de seis meses de preparação por meio do envio de militares que já serviram no Haiti. Os gaúchos já lideraram duas das 11 missões realizadas até o momento, em 2004 e 2007. Qualquer tipo de aumento no número de militares ou de alteração no cronograma original, porém, depende de decisões da ONU e do governo brasileiro.
Celso Amorim informou ainda que os países que estão colaborando com a ajuda humanitária vão se reunir em Montreal, no Canadá, dia 25, para discutir as primeiras ações de reconstrução. Amorim descartou, por enquanto, que o Brasil faça novas doações para o Haiti. Ele considerou que os US$ 15 milhões que o país já anunciou são “substanciais”.
REFORÇO NO CONTINGENTE
“Possibilidade de reforço existe”
Entrevista | Sylvio Cardoso, coronel do Exército
Chefe da seção de comunicação do Comando Militar do Sul, coronel Sylvio Cardoso, diz que o fato de os gaúchos já terem liderado duas missões no rodízio do Exército e a concentração de engenheiros militares no Sul favorecem maior presença rio-grandense no Haiti. Confira a entrevista por telefone:
Zero Hora – Há possibilidade de o Brasil reforçar tropas no Haiti?
Coronel Sylvio Cardoso – A possibilidade de reforço existe, desde que a ONU coordene isso com o Ministério das Relações Exteriores brasileiro.
ZH – Como a ordem é repassada?
Cardoso – A sequência é: decisão da ONU, coordenação com o país, o presidente dá a ordem ao Ministério da Defesa, que define a tropa que vai.
ZH – Pode haver mais gaúchos?
Cardoso – É, daqui mesmo e de gaúchos que estão servindo no Paraná e em Santa Catarina. A natureza de tropa aqui é de blindados. Temos 95% dos carros de combate do Brasil, 75% dos blindados sobre rodas e 100% da artilharia sobre blindados.
Mais soldados no Haiti
ONU discute hoje envio de mais tropas ao país, o que deve levar a maior presença de militares brasileiros na força de paz
O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) avalia hoje o envio de mais tropas ao Haiti a fim de aumentar a segurança e melhorar as condições de vida da população em meio a uma crescente onda de saques e dificuldades de subsistência.
A decisão de intensificar a força de paz no Haiti, a chamada Minustah, poderia levar a uma maior presença brasileira na região, já que o país, com 1.266 homens, responde pelo comando de uma força integrada por 16 países no país caribenho. Conforme o ministro brasileiro das Relações Exteriores, Celso Amorim, a ONU deverá discutir a elevação do limite de forças de segurança na região – atualmente de 6 mil militares e 2,2 mil policiais.
– Pode haver necessidade de aumentar a segurança. A reunião de amanhã (hoje) vai discutir a ampliação do teto do contingente militar da Minustah – afirmou Amorim, em passagem pelo Rio.
O ministro admitiu que o aumento do efetivo brasileiro “está sempre sendo estudado”, mas sustentou que ainda não havia qualquer intenção concreta até aquele momento. Se for mantida a previsão do rodízio de tropas realizado desde 2004, as próximas a serem transportadas ao país arrasado seriam do Comando Militar do Leste, no primeiro semestre, e do Comando Militar do Sul, no segundo. O contingente sulista, porém, seria concentrado no Paraná.
Uma eventual decisão de reforçar a presença brasileira em solo haitiano poderia contar com o apoio de militares gaúchos por dois motivos. Um deles é que o país precisa de engenheiros para iniciar sua reconstrução, e um dos maiores grupos de engenheiros de combate do Exército está no Rio Grande do Sul, conforme o coronel Sylvio Cardoso (veja entrevista).
A outra razão é que, se for necessário o envio emergencial de tropas, haveria a possibilidade de abreviar o período de seis meses de preparação por meio do envio de militares que já serviram no Haiti. Os gaúchos já lideraram duas das 11 missões realizadas até o momento, em 2004 e 2007. Qualquer tipo de aumento no número de militares ou de alteração no cronograma original, porém, depende de decisões da ONU e do governo brasileiro.
Celso Amorim informou ainda que os países que estão colaborando com a ajuda humanitária vão se reunir em Montreal, no Canadá, dia 25, para discutir as primeiras ações de reconstrução. Amorim descartou, por enquanto, que o Brasil faça novas doações para o Haiti. Ele considerou que os US$ 15 milhões que o país já anunciou são “substanciais”.
REFORÇO NO CONTINGENTE
“Possibilidade de reforço existe”
Entrevista | Sylvio Cardoso, coronel do Exército
Chefe da seção de comunicação do Comando Militar do Sul, coronel Sylvio Cardoso, diz que o fato de os gaúchos já terem liderado duas missões no rodízio do Exército e a concentração de engenheiros militares no Sul favorecem maior presença rio-grandense no Haiti. Confira a entrevista por telefone:
Zero Hora – Há possibilidade de o Brasil reforçar tropas no Haiti?
Coronel Sylvio Cardoso – A possibilidade de reforço existe, desde que a ONU coordene isso com o Ministério das Relações Exteriores brasileiro.
ZH – Como a ordem é repassada?
Cardoso – A sequência é: decisão da ONU, coordenação com o país, o presidente dá a ordem ao Ministério da Defesa, que define a tropa que vai.
ZH – Pode haver mais gaúchos?
Cardoso – É, daqui mesmo e de gaúchos que estão servindo no Paraná e em Santa Catarina. A natureza de tropa aqui é de blindados. Temos 95% dos carros de combate do Brasil, 75% dos blindados sobre rodas e 100% da artilharia sobre blindados.
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Re: Missão de Paz no Haiti
Hospital da FAB no Haiti atende vítimas do tremor
PORTO PRÍNCIPE – Os atendimentos no hospital de campanha montado pela Força Aérea Brasileira (FAB), em Porto Príncipe, começaram ontem.
Pela manhã, foram realizadas ainda algumas obras de infraestrutura com o apoio de engenheiros do Exército, como a colocação das seis caixas de água para o abastecimento.
Os equipamentos do hospital estão instalados em 17 módulos e inclui centro cirúrgico, aparelho de raios-X, ambulatórios e laboratório de análises clínicas, além de unidade de terapia intensiva (UTI) e leitos para internações de curto período.
Cinquenta militares da área de saúde, entre médicos, enfermeiros, dentistas e farmacêuticos, foram enviados a Porto Príncipe, além das equipes de apoio.
Ontem à tarde, uma aeronave C-130 Hércules da Força Aérea Brasileira (FAB) decolou da Base Aérea do Galeão, no Rio de Janeiro, com ajuda humanitária ao Haiti, segundo a FAB.
O general de divisão Carlos Alberto dos Santos Cruz, que foi o comandante da Missão de Paz da ONU no Haiti (Minustah) de 2007 a 2009, estava no voo, além de militares do Exército, técnicos da Embratel e representantes da Defesa Civil.
Dez toneladas de mantimentos e medicamentos da Secretaria de Saúde do Rio de Janeiro seguiram a bordo como ajuda humanitária para as vítimas do terremoto naquele país. É a 12ª missão desde o início da operação de socorro.
A normalidade dos voos é resultado de um memorando de entendimento acordado entre os governos haitianos e americano e a Missão das Nações Unidas para Estabilização do Haiti: os americanos operam o aeroporto, o Haiti controla o tráfego aéreo e a Minustah faz a segurança externa.
Na madrugada de ontem, 30 militares de infantaria da FAB seguiram para o Haiti para coordenar a segurança do Hospital de Campanha, que começou a funcionar ontem. No mesmo voo, realizado por um Boeing 707, foram enviadas oito toneladas de suprimentos.
PORTO PRÍNCIPE – Os atendimentos no hospital de campanha montado pela Força Aérea Brasileira (FAB), em Porto Príncipe, começaram ontem.
Pela manhã, foram realizadas ainda algumas obras de infraestrutura com o apoio de engenheiros do Exército, como a colocação das seis caixas de água para o abastecimento.
Os equipamentos do hospital estão instalados em 17 módulos e inclui centro cirúrgico, aparelho de raios-X, ambulatórios e laboratório de análises clínicas, além de unidade de terapia intensiva (UTI) e leitos para internações de curto período.
Cinquenta militares da área de saúde, entre médicos, enfermeiros, dentistas e farmacêuticos, foram enviados a Porto Príncipe, além das equipes de apoio.
Ontem à tarde, uma aeronave C-130 Hércules da Força Aérea Brasileira (FAB) decolou da Base Aérea do Galeão, no Rio de Janeiro, com ajuda humanitária ao Haiti, segundo a FAB.
O general de divisão Carlos Alberto dos Santos Cruz, que foi o comandante da Missão de Paz da ONU no Haiti (Minustah) de 2007 a 2009, estava no voo, além de militares do Exército, técnicos da Embratel e representantes da Defesa Civil.
Dez toneladas de mantimentos e medicamentos da Secretaria de Saúde do Rio de Janeiro seguiram a bordo como ajuda humanitária para as vítimas do terremoto naquele país. É a 12ª missão desde o início da operação de socorro.
A normalidade dos voos é resultado de um memorando de entendimento acordado entre os governos haitianos e americano e a Missão das Nações Unidas para Estabilização do Haiti: os americanos operam o aeroporto, o Haiti controla o tráfego aéreo e a Minustah faz a segurança externa.
Na madrugada de ontem, 30 militares de infantaria da FAB seguiram para o Haiti para coordenar a segurança do Hospital de Campanha, que começou a funcionar ontem. No mesmo voo, realizado por um Boeing 707, foram enviadas oito toneladas de suprimentos.
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Re: Missão de Paz no Haiti
Para alguns países não existe esta estória de "perdeu o bonde"...Marino escreveu:Tropas da ONU no Haiti poderão ser aumentadas
Na teleconferência de ontem houve acordo também sobre a necessidade de a República Dominicana destacar tropas para escoltar mantimentos e equipamentos que tenham de chegar por terra ao Haiti. Como os portos haitianos foram obstruídos pelo terremoto, a carga que não cabe em aviões terá que ser levada por navio até o país vizinho.
Decidiu-se também realizar no próximo dia 25, em Montreal, no Canadá, uma reunião de ministros preparatória da conferência de doadores, proposta dias atrás pelo Brasil.
- Todos acham que é preciso continuar com a ajuda de emergência. Mas, ao mesmo tempo, começar a pensar também a médio prazo, na reconstrução - disse Amorim.
Segundo ele, o Conselho de Segurança da ONU discutirá hoje em Nova York a questão do teto das forças da Minustah necessárias no Haiti. Atualmente, há 6.200 militares e 2.300 policiais. A perspectiva é a de haver um aumento nesse contingente.
O presidente Barack Obama determinou ontem que reservistas da área médica sejam enviados para trabalhar em navios-hospitais nas costas haitianas; e que agentes da Guarda Costeira controlem os portos do país.
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, fez um apelo para que a União Europeia também envie missão humanitária.
Hoje o ex-presidente Bill Clinton desembarcará em Porto Príncipe:
- Como enviado especial da ONU, eu me sinto na obrigação de garantir ao povo haitiano que a ajuda americana será efetiva e de longo prazo - disse ele, em Nova York.
Aeoroporto: Check
Controle humanitário: Check
Controle do mar: Check
Imagem de que "é o cara": Check
Controle do próximo governo: in progress
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Re: Missão de Paz no Haiti
Olha o homem indo... Tem até notícias no site da própria UN falando que o comando vai ser dele.
Na ordem General Carlos Alberto dos Santos Cruz, Coronel Luiz Guilherme Paul Cruz e Luiz Inacio Lula da Silva
Parece que ele é instrutor do Lula...
Na ordem General Carlos Alberto dos Santos Cruz, Coronel Luiz Guilherme Paul Cruz e Luiz Inacio Lula da Silva
Parece que ele é instrutor do Lula...
Editado pela última vez por Moccelin em Seg Jan 18, 2010 12:25 pm, em um total de 3 vezes.
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Re: Missão de Paz no Haiti
Também acho. Estavamos fazendo o q está a nosso alcance. Antes tivéssemos um LHD, Il-76, Mi-26 ou equivalentes...gaitero escreveu:Como marinheiros de primeira viagem estamos saindo melhor que a encomenda... mas novamente fica aos políticos esta visão, de que devemos continuar com esta reforma nas FAs. Se os equipamentos fossem mais avançados, se tivessemos os meios adequados, se a extrutura militar já tivesse sido alterada, com certeza poderiamos ter hoje 1 Mistral, saindo do maranhão, com uma duzia de tratores e 6 helicópteros, chegando ao lado do PA norte americano...Vinicius Pimenta escreveu: Pertinente. Questione-se isso. Mas nem isso o Brasil tem feito com vontade. Houve agora uma tímida cobrança do Lula por dinheiro. E só.
Aviões maiores transportando em menos viagens maior quantidade de equipamentos e homens, etc...
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Re: Missão de Paz no Haiti
Pois é!!!!Knight escreveu:Para alguns países não existe esta estória de "perdeu o bonde"...Marino escreveu:Tropas da ONU no Haiti poderão ser aumentadas
Na teleconferência de ontem houve acordo também sobre a necessidade de a República Dominicana destacar tropas para escoltar mantimentos e equipamentos que tenham de chegar por terra ao Haiti. Como os portos haitianos foram obstruídos pelo terremoto, a carga que não cabe em aviões terá que ser levada por navio até o país vizinho.
Decidiu-se também realizar no próximo dia 25, em Montreal, no Canadá, uma reunião de ministros preparatória da conferência de doadores, proposta dias atrás pelo Brasil.
- Todos acham que é preciso continuar com a ajuda de emergência. Mas, ao mesmo tempo, começar a pensar também a médio prazo, na reconstrução - disse Amorim.
Segundo ele, o Conselho de Segurança da ONU discutirá hoje em Nova York a questão do teto das forças da Minustah necessárias no Haiti. Atualmente, há 6.200 militares e 2.300 policiais. A perspectiva é a de haver um aumento nesse contingente.
O presidente Barack Obama determinou ontem que reservistas da área médica sejam enviados para trabalhar em navios-hospitais nas costas haitianas; e que agentes da Guarda Costeira controlem os portos do país.
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, fez um apelo para que a União Europeia também envie missão humanitária.
Hoje o ex-presidente Bill Clinton desembarcará em Porto Príncipe:
- Como enviado especial da ONU, eu me sinto na obrigação de garantir ao povo haitiano que a ajuda americana será efetiva e de longo prazo - disse ele, em Nova York.
Aeoroporto: Check
Controle humanitário: Check
Controle do mar: Check
Imagem de que "é o cara": Check
Controle do próximo governo: in progress
Nossos políticos, e o , devem compreender que jogar em outra liga requer postura diferente.
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Re: Missão de Paz no Haiti
Não entendo suas criticas. Não sei o q mais poderíamos ter feito com os meios disponíveis. A situação pós-terromoto foi um caos absoluto. Não esqueca q a sede da Onu foi destruída e os soldados brasileiros também estavam lá na hora do terromoto. Os EUA estão logo ali a poucas centenas de quilômetros e não foram diretamente envolvidos.Vinicius Pimenta escreveu:Marino, sei disso. Mas eu me refiro a mandar à parte da ONU, em caráter emergencial. Tenho certeza absoluta do preparo das nossas FA. Minha crítica é exclusivamente à morosidade do governo brasileiro. Me pareceu perdido e pouco à vontate e sem coragem para tomar as atitudes emergenciais que me pareceriam óbvias.Marino escreveu:Vinícius, o efetivo da Minustah é definido pela ONU.
O Brasil pode, sim, enviar o efetivo que iria substituir o atual e somar os dois, desde que autorizado a fazer isso pela ONU.
Claro que estou falando de agir dentro da estrutura da ONU. Se for decidido agir unilateralmente, as FA estão prontas para enviar uma quantidade de homens.
A decisão é política, como tem de ser.
Eles estão fazendo o mínimo do q deveriam. São um dos grandes responsáveis pelo caos institucional do Haiti no governo de Bertrand Aristide... O pior de tudo é q invadiram os país para repossar Aristide após o golpe do General Raoul Sedras, muito gente não sabe ou esquece desses detalhes... Ainda me vem o Bush todo sensibilizado pedir ajuda? Isso é da mais extrema hipocrisia q já vi. Embora o q relmente interesse AGORA são o socorro as vítimas não há dúvida q eles estão lá também para reocupar seu espaço perdido para ONU e o Brasil... Em síntese, nós e os outros países q estivemos lá durante anos e fizemos um trabalho hérculo para por o mínimo de ordem no país corremos sério risco de sermos um agente B por ações unilaterais dos EUA, q claramente indicou preferir tratar diretamente com o governo do Haiti... Veremos o q acontecerá no futuro próximo. Sou cético por natureza. Sobretudo com quem é mais sujo do q pau de galinheiro e não tem o hábito de agir cooperativamente muito menos sob mandato de outro país em qualquer ação......
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Re: Missão de Paz no Haiti
Essa foto é muito boa. Olha a cara de desconversado do Lula.
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Darcy Ribeiro (1922 - 1997)
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Re: Missão de Paz no Haiti
Também gostei do que você escraveu, muito obrigado.Moccelin escreveu:suntsé, o problema é que o Brasil tem que ter uma postura realista no cenário internacional ANTES de tentar se meter num lugar como o CSP (CS Permanente) da ONU... Nossa política internacional é, por muitas vezes, baseada em algumas posturas absurdas. Por isso o receio de alguns foristas sobre o Brasil no CSP.
Não é que não seja importante, é que antes de o Brasil pensar em fazer parte do CSP ele tem que mudar sua postura.
Agora, sobre a mudança do comando... Pra mim esse foi o primeiro movimento CONCRETO que pode manter o comando dos militares da Minustah e talvez do reforço americano, e o motivo é simples: HIERARQUIA (além do respeito).
Explico: Temos por lá um General de Brigada, teoricamente com taco pra comandar uma tropa de 5000 homens e tal, agora, se aparecerem mais 10000 homens do nada o comando tem que subir de nível! Ou seja, manda-se um General de Divisão! O de Brigada pode até permanecer e comandar o atual efetivo. Aí ficaria aquela situação, um "Três Estrelas" comandando um "Duas Estrelas" brasileiro, e o comando das tropas americanas (que provavelmente seria dividido entre dois "Duas Estrelas" americanos... Junto com esse General de Divisão viria também um estado maior, e aí é igual os cargos de ministros pra política, ou seja, ocupação de espaços políticos, e aí coloca-se militares Americanos ocupando parte do Estado Maior, e pelo peso político uma parte importante. Se o que foi publicado que os americanos tem respeito pelo General Santos Cruz for verdade pode ser o que vai acontecer, e todo mundo sai bem na fita: os Americanos por cederem e trabalharem finalmente sob um real comando da ONU, o Brasil por manter o Comando, e o Haiti por ter uma força gigantesca tentando coloca-los no eixo denovo!
Espero ter conseguido passar minha idéia.
Ah, e quase me esqueci, se isso ocorrer temos já indicado quem será o Comandante do Exército no futuro hehehehehehehehe...