GEOPOLÍTICA
Moderador: Conselho de Moderação
- suntsé
- Sênior
- Mensagens: 3167
- Registrado em: Sáb Mar 27, 2004 9:58 pm
- Agradeceu: 232 vezes
- Agradeceram: 154 vezes
Re: GEOPOLÍTICA
O Chile sempre teve as forças amadas mais bem treinadas e equipadas da america latina....pelo visto isto não mudara tão cedo.
È um país que impoe respeito.
È um país que impoe respeito.
- Rock n Roll
- Avançado
- Mensagens: 448
- Registrado em: Ter Set 15, 2009 1:03 pm
- Localização: Rio de Janeiro. RJ.
Re: GEOPOLÍTICA
suntsé escreveu:O Chile sempre teve as forças amadas mais bem treinadas e equipadas da america latina....pelo visto isto não mudara tão cedo.
È um país que impoe respeito.
Dissuasão pelo equipamento, pelo treinamento, e pela vontade política de impor sua soberania. Pela diplomacia ou pelo aço. A escolha do freguês.
Santa é a guerra, e sagradas são as armas para aqueles que somente nelas podem confiar.
Tito Lívio.
Tito Lívio.
- Centurião
- Sênior
- Mensagens: 1153
- Registrado em: Qui Set 29, 2005 1:14 pm
- Agradeceu: 5 vezes
- Agradeceram: 21 vezes
Re: GEOPOLÍTICA
suntsé escreveu:O Chile sempre teve as forças amadas mais bem treinadas e equipadas da america latina....pelo visto isto não mudara tão cedo.
È um país que impoe respeito.
Acho que estão atrás das nossas não somente em termos quantitativos.
É um país pequeno que tem capacidade relativa de dissuasão.
- marcelo l.
- Sênior
- Mensagens: 6097
- Registrado em: Qui Out 15, 2009 12:22 am
- Agradeceu: 138 vezes
- Agradeceram: 66 vezes
Re: GEOPOLÍTICA
Diplomaticamente não é um grande país não...só conseguiu agora resolver a disputa com a Argentina, foi outro que viu que o alinhamento total com EUA não estava gerando o desejável tanto que tem uma relação bem amistosa com Chaves.Rogério Lima escreveu:Dissuasão pelo equipamento, pelo treinamento, e pela vontade política de impor sua soberania. Pela diplomacia ou pelo aço. A escolha do freguês.suntsé escreveu:O Chile sempre teve as forças amadas mais bem treinadas e equipadas da america latina....pelo visto isto não mudara tão cedo.
È um país que impoe respeito.
Precisa de um acordo com Peru e Bolívia para ter segurança energética a um preço razoável. Principalmente, o Peru que agora é provavelmente a economia mais dinâmica da América.
"If the people who marched actually voted, we wouldn’t have to march in the first place".
"(Poor) countries are poor because those who have power make choices that create poverty".
ubi solitudinem faciunt pacem appellant
"(Poor) countries are poor because those who have power make choices that create poverty".
ubi solitudinem faciunt pacem appellant
Re: GEOPOLÍTICA
16/01/2010 - 09h25
Pleito presidencial na Ucrânia coloca ponto final na Revolução Laranja
Boris Klimenko.
Kiev, 16 jan (EFE).- As eleições presidenciais deste domingo na Ucrânia colocarão um ponto final na Revolução Laranja de cinco anos atrás, apesar de os protagonistas continuarem sendo os mesmos.
Todas as pesquisas apontam que o grande perdedor será o presidente Viktor Yushchenko, então líder da mobilização, e que a disputa da Presidência ficará entre a sua antiga aliada, a primeira-ministra Yulia Timoshenko, e o opositor Viktor Yanukovich, derrotado em 2004.
Yanukovich, ex-primeiro-ministro apoiado pela Rússia, chega ao pleito com o desejo de revanche, quando os protestos populares contra a fraude de cinco anos atrás contribuíram para sua derrota eleitoral e alçaram Yushchenko ao poder.
Timoshenko, após sua ruptura definitiva com o presidente, aparece como a última representante dos ideais de eleições livres, democracia e aproximação com o Ocidente.
Apoiado pela população e os clãs industriais do leste do país - habitado por uma maioria de russos -, Yanukovich conta com as intenções de votos de 30% dos eleitores, seguido por Timoshenko (aproximadamente 20%).
No caso praticamente certo de um segundo turno, marcado para 7 de fevereiro, Yanukovich terá quase o dobro de votos que Timoshenko, que pagaria assim o preço da profunda crise econômica que vive o país.
O candidato da oposição baseou sua campanha nas críticas à gestão anticrise de Timoshenko e nas batalhas verbais e judiciais do grupo laranja entre o presidente e a primeira-ministra, enredados na luta pelo poder.
Mas, consciente de que o apoio de seu tradicional celeiro de votos já não basta para vencer, Yanukovich, em seus últimos discursos, se distanciou da Rússia e ressaltou a importância da integração do país à Europa.
Timoshenko, que ostentou na campanha a luta contra as oligarquias e a corrupção, mantém como sua prioridade a entrada da Ucrânia na União Europeia (UE) e na Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).
Além disso, travou uma fluente relação de trabalho com o primeiro-ministro russo, Vladimir Putin, e ressaltou a importância de ter assinado com ele um novo acordo que garantiu abastecimento de gás ao país e evitou uma nova crise de combustíveis que afetaria a UE.
Ao contrário de 2004, os analistas opinam que a opção dos ucranianos já não é entre Ocidente e Rússia, mas a favor do que melhor saiba governar o país e colocar um fim nas crises políticas e econômicas.
Ao todo, 18 candidatos concorrem à Presidência ucraniana, mas as pesquisas apontam como as outras forças oposicionistas o banqueiro Serguei Tigipko e o ex-presidente do Parlamento Arseni Yatseniuk.
Yushchenko dedicou seu mandato a consolidar a identidade nacional da Ucrânia, procurando se distanciar do passado soviético e da influência agressiva da vizinha Rússia, e a garantir o sistema político pluralista e a liberdade de expressão.
Porém, não conseguiu levar o país à UE, completar as reformas estruturais, liberalizar a economia nem acabar com a corrupção. Além de tudo, perdeu quase todos os seus aliados.
O fracasso de sua gestão e dos ideais da Revolução Laranja é a principal causa da profunda desilusão dos ucranianos, incomodados com os problemas econômicos e cansados das lutas internas e do populismo.
Só 4,5% dos ucranianos acreditam que a eleição será honesta e 22,2% dos eleitores pensam em votar "contra todos os candidatos", opção contemplada pela legislação nacional.
Esse pessimismo se agrava com as acusações de todos os candidatos contra seus principais adversários de preparar esquemas de fraude e diante do temor de eventuais protestos por causa dos descontentamentos com os resultados.
Yanukovich considera impossível a existência de novas manifestações como as que ocorreram durante a Revolução Laranja. Timoshenko promete que toda fraude será levada aos tribunais, mas os analistas acreditam que ninguém aceitará sua eventual derrota e que todos tentarão questioná-la nas ruas.
Prevendo isso, o Tribunal de Kiev, a pedido da Prefeitura, proibiu todos os partidos de realizarem protestos até o dia 7 de fevereiro no Maidan e na Praça da Independência, que foi palco da Revolução Laranja.
http://noticias.uol.com.br/ultnot/efe/2 ... 51507.jhtm
Pleito presidencial na Ucrânia coloca ponto final na Revolução Laranja
Boris Klimenko.
Kiev, 16 jan (EFE).- As eleições presidenciais deste domingo na Ucrânia colocarão um ponto final na Revolução Laranja de cinco anos atrás, apesar de os protagonistas continuarem sendo os mesmos.
Todas as pesquisas apontam que o grande perdedor será o presidente Viktor Yushchenko, então líder da mobilização, e que a disputa da Presidência ficará entre a sua antiga aliada, a primeira-ministra Yulia Timoshenko, e o opositor Viktor Yanukovich, derrotado em 2004.
Yanukovich, ex-primeiro-ministro apoiado pela Rússia, chega ao pleito com o desejo de revanche, quando os protestos populares contra a fraude de cinco anos atrás contribuíram para sua derrota eleitoral e alçaram Yushchenko ao poder.
Timoshenko, após sua ruptura definitiva com o presidente, aparece como a última representante dos ideais de eleições livres, democracia e aproximação com o Ocidente.
Apoiado pela população e os clãs industriais do leste do país - habitado por uma maioria de russos -, Yanukovich conta com as intenções de votos de 30% dos eleitores, seguido por Timoshenko (aproximadamente 20%).
No caso praticamente certo de um segundo turno, marcado para 7 de fevereiro, Yanukovich terá quase o dobro de votos que Timoshenko, que pagaria assim o preço da profunda crise econômica que vive o país.
O candidato da oposição baseou sua campanha nas críticas à gestão anticrise de Timoshenko e nas batalhas verbais e judiciais do grupo laranja entre o presidente e a primeira-ministra, enredados na luta pelo poder.
Mas, consciente de que o apoio de seu tradicional celeiro de votos já não basta para vencer, Yanukovich, em seus últimos discursos, se distanciou da Rússia e ressaltou a importância da integração do país à Europa.
Timoshenko, que ostentou na campanha a luta contra as oligarquias e a corrupção, mantém como sua prioridade a entrada da Ucrânia na União Europeia (UE) e na Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).
Além disso, travou uma fluente relação de trabalho com o primeiro-ministro russo, Vladimir Putin, e ressaltou a importância de ter assinado com ele um novo acordo que garantiu abastecimento de gás ao país e evitou uma nova crise de combustíveis que afetaria a UE.
Ao contrário de 2004, os analistas opinam que a opção dos ucranianos já não é entre Ocidente e Rússia, mas a favor do que melhor saiba governar o país e colocar um fim nas crises políticas e econômicas.
Ao todo, 18 candidatos concorrem à Presidência ucraniana, mas as pesquisas apontam como as outras forças oposicionistas o banqueiro Serguei Tigipko e o ex-presidente do Parlamento Arseni Yatseniuk.
Yushchenko dedicou seu mandato a consolidar a identidade nacional da Ucrânia, procurando se distanciar do passado soviético e da influência agressiva da vizinha Rússia, e a garantir o sistema político pluralista e a liberdade de expressão.
Porém, não conseguiu levar o país à UE, completar as reformas estruturais, liberalizar a economia nem acabar com a corrupção. Além de tudo, perdeu quase todos os seus aliados.
O fracasso de sua gestão e dos ideais da Revolução Laranja é a principal causa da profunda desilusão dos ucranianos, incomodados com os problemas econômicos e cansados das lutas internas e do populismo.
Só 4,5% dos ucranianos acreditam que a eleição será honesta e 22,2% dos eleitores pensam em votar "contra todos os candidatos", opção contemplada pela legislação nacional.
Esse pessimismo se agrava com as acusações de todos os candidatos contra seus principais adversários de preparar esquemas de fraude e diante do temor de eventuais protestos por causa dos descontentamentos com os resultados.
Yanukovich considera impossível a existência de novas manifestações como as que ocorreram durante a Revolução Laranja. Timoshenko promete que toda fraude será levada aos tribunais, mas os analistas acreditam que ninguém aceitará sua eventual derrota e que todos tentarão questioná-la nas ruas.
Prevendo isso, o Tribunal de Kiev, a pedido da Prefeitura, proibiu todos os partidos de realizarem protestos até o dia 7 de fevereiro no Maidan e na Praça da Independência, que foi palco da Revolução Laranja.
http://noticias.uol.com.br/ultnot/efe/2 ... 51507.jhtm
- Rock n Roll
- Avançado
- Mensagens: 448
- Registrado em: Ter Set 15, 2009 1:03 pm
- Localização: Rio de Janeiro. RJ.
Re: GEOPOLÍTICA
US waves white flag in disastrous 'war on drugs'
After 40 years, Washington is quietly giving up on a futile battle that has spread corruption and destroyed thousands of lives
By Hugh O'Shaughnessy
Sunday, 17 January 2010
Share
Close
Diggdel.icio.usFacebookRedditGoogleStumble UponFarkNewsvineYahooBuzzBeboTwitterIndependent MindsPrintEmailText Size
NormalLargeExtra Large
AP
Mexican drug dealers on the American border target local users because of the difficulty of smuggling
More pictures sponsored links:
Ads by Google
War on Drugs Summary
A Complete Academic Resource236 Pages of Related Content
BookRags.com
After 40 years of defeat and failure, America's "war on drugs" is being buried in the same fashion as it was born – amid bloodshed, confusion, corruption and scandal. US agents are being pulled from South America; Washington is putting its narcotics policy under review, and a newly confident region is no longer prepared to swallow its fatal Prohibition error. Indeed, after the expenditure of billions of dollars and the violent deaths of tens of thousands of people, a suitable epitaph for America's longest "war" may well be the plan, in Bolivia, for every family to be given the right to grow coca in its own backyard.
The "war", declared unilaterally throughout the world by Richard Nixon in 1969, is expiring as its strategists start discarding plans that have proved futile over four decades: they are preparing to withdraw their agents from narcotics battlefields from Colombia to Afghanistan and beginning to coach them in the art of trumpeting victory and melting away into anonymous defeat. Not surprisingly, the new strategy is being gingerly aired in the media of the US establishment, from The Wall Street Journal to the Miami Herald.
Prospects in the new decade are thus opening up for vast amounts of useless government expenditure being reassigned to the treatment of addicts instead of their capture and imprisonment. And, no less important, the ever-expanding balloon of corruption that the "war" has brought to heads of government, armies and police forces wherever it has been waged may slowly start to deflate.
Prepare to shed a tear over the loss of revenue that eventual decriminalisation of narcotics could bring to the traffickers, large and small, and to the contractors who have been making good money building and running the new prisons that help to bankrupt governments – in the US in particular, where drug offenders – principally small retailers and seldom the rich and important wholesalers – have helped to push the prison population to 1,600,000; their imprisonment is already straining federal and state budgets. In Mississippi, where drug offenders once had to serve 85 per cent of their sentences, they are now being required to serve less than a quarter. California has been ordered to release 40,000 inmates because its prisons are hugely overcrowded.
At the same time, some in the US are confused and fear that the new commission proposed by Congressman Eliot Engel, a man with a record of hostility to the Cuban and Venezuelan governments, may prove to be a broken reed. As he brought in his bill he added timidly: "Let me be absolutely clear that this bill has not been introduced to support the legalisation of illegal drugs. That is not something that I would like to see."
Part of the reason for the slow US retreat from the "war" is that the strategy of fighting it in foreign lands and not at home has proved valueless. Along the already sensitive frontier with Mexico the effect of US attempts to enforce a hard line by blasting drug dealers away has been bloody. Anxious to keep in check the flood of illegal immigrants into territory that once belonged to Mexico, Washington is building a wall and fence comparable to that which once cut through Berlin and that which is today causing havoc between Israelis and Palestinians.
In the areas of Mexico closest to the US frontier the toll of deaths in drug-related violence exceeded 7,000 people in 2009 (1,000 of them dying in January and February). This takes the death toll over three years to above 16,000, figures far in excess of US fatalities in Afghanistan. The bloodshed has continued despite – or perhaps because of – the intense US pressure on President Felipe Calderon to station a large part of the Mexican army in the region. It is deploying 49,000 men on its own soil in the campaign against drugs, a larger force than the 46,000 Britain sent to take part in the initial invasion of Iraq in 2003. But still the blood flows.
As in Colombia, where a multibillion-dollar US subsidy maintains that country's armed forces, there are well-founded suspicions that military operations are often rendered futile because the miserably paid local commanders and individual soldiers are easily bought off by drug dealers.
The quiet expiry of the "war" has dawned slowly on a world focused on the US's more palpable conflicts in Afghanistan and Iraq. Last month, the US House of Representatives gave unanimous approval to a bill creating an independent commission to reconsider domestic and international drug policies and suggest better ones. Congressman Engel, a Democrat from the Bronx and the sponsor of the bill, declared: "Billions upon billions of US taxpayer dollars have been spent over the years to combat the drug trade in Latin America and the Caribbean. In spite of our efforts, the positive results are few and far between."
As far back as last May, Gil Kerlikowske, the former police chief of Seattle who was named head of the US Office of National Drug Control Policy and thus boss of the campaign, announced he would not be using the term "war on drugs" any more. A few weeks earlier, former Latin American presidents of the centre and right – Fernando Henrique Cardoso of Brazil, Ernesto Zedillo of Mexico and Cesar Gaviria of Colombia – had told the new US President that the "war" had failed and appealed for greater emphasis on cutting drug consumption and the decriminalisation of cannabis.
For the lives and sanity of millions, the seeing of the light is decidedly late. The conditions of the 1920s, when the US Congress outlawed alcohol and allowed Al Capone and his kin to make massive fortunes, have been re-created up and down Latin America.
Mexico's President has not been afraid to point out to Washington that official corruption is at the root of drug trafficking in the US just as it is in Mexico. "I say we should investigate on both sides. I'm cleaning my house and I hope that on the other side as well the house is being cleaned," he said pointedly last April before President Obama came visiting.
Furthermore, President Calderon says that lax gun control laws in the US caused an influx of firearms into Mexico. He has declared that 90 per cent of the 30,000 weapons that government forces seized from drug dealers in Mexico came from north of the border. For their part, the Latin Americans, under a new generation of more self-confident leaders, are tired of being hectored about their failings by the US, the world's principal source of cannabis whose agents continue the drug dealing they indulged in during the Iran-Contra affair of the Reagan years.
Evidence points to aircraft – familiarly known as "torture taxis" – used by the CIA to move captives seized in its kidnapping or "extraordinary rendition" operations through Gatwick and other airports in the EU being simultaneously used for drug distribution in the Western hemisphere. A Gulfstream II jet aircraft N9875A identified by the British Government and the European Parliament as being involved in this traffic crashed in Mexico in September 2008 while en route from Colombia to the US with a load of more than three tons of cocaine.
In 2004, another torture taxi crashed in a field in Nicaragua with a ton of cocaine aboard. It had been identified by Britain and the European Parliament's temporary committee on the alleged use of European countries by the CIA for the transport and illegal detention of prisoners as a frequent visitor in 2004 and 2005 to British, Cypriot, Czech, German, Greek, Hungarian, Spanish and other European cities with its cargo of captives for secret imprisonment and torture in Iraq, Jordan and Azerbaijan.
Given the circumstances, it is unremarkable that US strictures are being politely ignored. President Evo Morales of Bolivia – criticised by the US for defending Bolivians' practice of chewing coca leaves to assuage hunger and altitude sickness – wants to allow every Bolivian family around the city of Cochabamba to cultivate coca bushes for their own use. He also wants to export coca leaves to his country's neighbours. Mr Morales's authority, recently reinforced by winning a second presidential term in fair elections and by a strengthening of Bolivia's economy, has no need to worry about US criticism.
Venezuela and Bolivia have expelled US narcotics officers from their territory. At the end of last month, President Rafael Correa of Ecuador ended Washington's lease of a large air base on the Pacific from where US aircraft were engaged in the struggle against the region's increasingly powerful left.
This year should be the year that common sense vanquishes the mailed fist in an unwinnable war against an invisible enemy.
Veremos agora uma nova fronteira política se desenhando na América Latina. A revisão da política de combate ao narcotráfico no continente trará um cenário complexo, e , extremamente volátil. Considerando a campanha presidencial no Brasil e as consequências imediatas destes desdobramentos nos países vizinhos.
Fonte: The Independent. Edição de 17 de janeiro de 2010. Inglaterra.
After 40 years, Washington is quietly giving up on a futile battle that has spread corruption and destroyed thousands of lives
By Hugh O'Shaughnessy
Sunday, 17 January 2010
Share
Close
Diggdel.icio.usFacebookRedditGoogleStumble UponFarkNewsvineYahooBuzzBeboTwitterIndependent MindsPrintEmailText Size
NormalLargeExtra Large
AP
Mexican drug dealers on the American border target local users because of the difficulty of smuggling
More pictures sponsored links:
Ads by Google
War on Drugs Summary
A Complete Academic Resource236 Pages of Related Content
BookRags.com
After 40 years of defeat and failure, America's "war on drugs" is being buried in the same fashion as it was born – amid bloodshed, confusion, corruption and scandal. US agents are being pulled from South America; Washington is putting its narcotics policy under review, and a newly confident region is no longer prepared to swallow its fatal Prohibition error. Indeed, after the expenditure of billions of dollars and the violent deaths of tens of thousands of people, a suitable epitaph for America's longest "war" may well be the plan, in Bolivia, for every family to be given the right to grow coca in its own backyard.
The "war", declared unilaterally throughout the world by Richard Nixon in 1969, is expiring as its strategists start discarding plans that have proved futile over four decades: they are preparing to withdraw their agents from narcotics battlefields from Colombia to Afghanistan and beginning to coach them in the art of trumpeting victory and melting away into anonymous defeat. Not surprisingly, the new strategy is being gingerly aired in the media of the US establishment, from The Wall Street Journal to the Miami Herald.
Prospects in the new decade are thus opening up for vast amounts of useless government expenditure being reassigned to the treatment of addicts instead of their capture and imprisonment. And, no less important, the ever-expanding balloon of corruption that the "war" has brought to heads of government, armies and police forces wherever it has been waged may slowly start to deflate.
Prepare to shed a tear over the loss of revenue that eventual decriminalisation of narcotics could bring to the traffickers, large and small, and to the contractors who have been making good money building and running the new prisons that help to bankrupt governments – in the US in particular, where drug offenders – principally small retailers and seldom the rich and important wholesalers – have helped to push the prison population to 1,600,000; their imprisonment is already straining federal and state budgets. In Mississippi, where drug offenders once had to serve 85 per cent of their sentences, they are now being required to serve less than a quarter. California has been ordered to release 40,000 inmates because its prisons are hugely overcrowded.
At the same time, some in the US are confused and fear that the new commission proposed by Congressman Eliot Engel, a man with a record of hostility to the Cuban and Venezuelan governments, may prove to be a broken reed. As he brought in his bill he added timidly: "Let me be absolutely clear that this bill has not been introduced to support the legalisation of illegal drugs. That is not something that I would like to see."
Part of the reason for the slow US retreat from the "war" is that the strategy of fighting it in foreign lands and not at home has proved valueless. Along the already sensitive frontier with Mexico the effect of US attempts to enforce a hard line by blasting drug dealers away has been bloody. Anxious to keep in check the flood of illegal immigrants into territory that once belonged to Mexico, Washington is building a wall and fence comparable to that which once cut through Berlin and that which is today causing havoc between Israelis and Palestinians.
In the areas of Mexico closest to the US frontier the toll of deaths in drug-related violence exceeded 7,000 people in 2009 (1,000 of them dying in January and February). This takes the death toll over three years to above 16,000, figures far in excess of US fatalities in Afghanistan. The bloodshed has continued despite – or perhaps because of – the intense US pressure on President Felipe Calderon to station a large part of the Mexican army in the region. It is deploying 49,000 men on its own soil in the campaign against drugs, a larger force than the 46,000 Britain sent to take part in the initial invasion of Iraq in 2003. But still the blood flows.
As in Colombia, where a multibillion-dollar US subsidy maintains that country's armed forces, there are well-founded suspicions that military operations are often rendered futile because the miserably paid local commanders and individual soldiers are easily bought off by drug dealers.
The quiet expiry of the "war" has dawned slowly on a world focused on the US's more palpable conflicts in Afghanistan and Iraq. Last month, the US House of Representatives gave unanimous approval to a bill creating an independent commission to reconsider domestic and international drug policies and suggest better ones. Congressman Engel, a Democrat from the Bronx and the sponsor of the bill, declared: "Billions upon billions of US taxpayer dollars have been spent over the years to combat the drug trade in Latin America and the Caribbean. In spite of our efforts, the positive results are few and far between."
As far back as last May, Gil Kerlikowske, the former police chief of Seattle who was named head of the US Office of National Drug Control Policy and thus boss of the campaign, announced he would not be using the term "war on drugs" any more. A few weeks earlier, former Latin American presidents of the centre and right – Fernando Henrique Cardoso of Brazil, Ernesto Zedillo of Mexico and Cesar Gaviria of Colombia – had told the new US President that the "war" had failed and appealed for greater emphasis on cutting drug consumption and the decriminalisation of cannabis.
For the lives and sanity of millions, the seeing of the light is decidedly late. The conditions of the 1920s, when the US Congress outlawed alcohol and allowed Al Capone and his kin to make massive fortunes, have been re-created up and down Latin America.
Mexico's President has not been afraid to point out to Washington that official corruption is at the root of drug trafficking in the US just as it is in Mexico. "I say we should investigate on both sides. I'm cleaning my house and I hope that on the other side as well the house is being cleaned," he said pointedly last April before President Obama came visiting.
Furthermore, President Calderon says that lax gun control laws in the US caused an influx of firearms into Mexico. He has declared that 90 per cent of the 30,000 weapons that government forces seized from drug dealers in Mexico came from north of the border. For their part, the Latin Americans, under a new generation of more self-confident leaders, are tired of being hectored about their failings by the US, the world's principal source of cannabis whose agents continue the drug dealing they indulged in during the Iran-Contra affair of the Reagan years.
Evidence points to aircraft – familiarly known as "torture taxis" – used by the CIA to move captives seized in its kidnapping or "extraordinary rendition" operations through Gatwick and other airports in the EU being simultaneously used for drug distribution in the Western hemisphere. A Gulfstream II jet aircraft N9875A identified by the British Government and the European Parliament as being involved in this traffic crashed in Mexico in September 2008 while en route from Colombia to the US with a load of more than three tons of cocaine.
In 2004, another torture taxi crashed in a field in Nicaragua with a ton of cocaine aboard. It had been identified by Britain and the European Parliament's temporary committee on the alleged use of European countries by the CIA for the transport and illegal detention of prisoners as a frequent visitor in 2004 and 2005 to British, Cypriot, Czech, German, Greek, Hungarian, Spanish and other European cities with its cargo of captives for secret imprisonment and torture in Iraq, Jordan and Azerbaijan.
Given the circumstances, it is unremarkable that US strictures are being politely ignored. President Evo Morales of Bolivia – criticised by the US for defending Bolivians' practice of chewing coca leaves to assuage hunger and altitude sickness – wants to allow every Bolivian family around the city of Cochabamba to cultivate coca bushes for their own use. He also wants to export coca leaves to his country's neighbours. Mr Morales's authority, recently reinforced by winning a second presidential term in fair elections and by a strengthening of Bolivia's economy, has no need to worry about US criticism.
Venezuela and Bolivia have expelled US narcotics officers from their territory. At the end of last month, President Rafael Correa of Ecuador ended Washington's lease of a large air base on the Pacific from where US aircraft were engaged in the struggle against the region's increasingly powerful left.
This year should be the year that common sense vanquishes the mailed fist in an unwinnable war against an invisible enemy.
Veremos agora uma nova fronteira política se desenhando na América Latina. A revisão da política de combate ao narcotráfico no continente trará um cenário complexo, e , extremamente volátil. Considerando a campanha presidencial no Brasil e as consequências imediatas destes desdobramentos nos países vizinhos.
Fonte: The Independent. Edição de 17 de janeiro de 2010. Inglaterra.
Santa é a guerra, e sagradas são as armas para aqueles que somente nelas podem confiar.
Tito Lívio.
Tito Lívio.
- Rock n Roll
- Avançado
- Mensagens: 448
- Registrado em: Ter Set 15, 2009 1:03 pm
- Localização: Rio de Janeiro. RJ.
Re: GEOPOLÍTICA
Matéria NYT 17/01/2010; Sobre o governo do Iêmen.
SANA, Yemen — The United States is quickly ramping up its aid to Yemen, which Washington sees as a revived new front against Al Qaeda. But one of the most delicate tasks will be managing the relationship with the president of Yemen, Ali Abdullah Saleh, who has filled his government with numerous members of his family and who wants to ensure that his son Ahmed succeeds him, Yemeni officials, analysts and Western diplomats say.
Michael Kamber for The New York Times
A poster of Yemen's president, Ali Abdullah Saleh. The president wants to ensure that his son Ahmed will succeed him.
Mr. Saleh, 67, is wily, witty and fit. But he has been spending less time in the past two years managing the complicated tribal and regional demands of fragile Yemen than trying to consolidate the power of his family, the analysts say. As Yemen’s oil revenues erode and Mr. Saleh has fewer resources to spread around, the reach of the central government has been shrinking — “the government is practically caged in the capital,” Sana, one senior Western diplomat said.
Mr. Saleh presents the Obama administration with a problem that is all too familiar in Afghanistan and Pakistan. He is amenable to American support, but his ineffective and corrupt bureaucracy has limited reach. And his willingness to battle Al Qaeda, which he does not view as his main enemy, is questionable.
Much of Yemen is in turmoil. Government forces on Monday killed two militants suspected of being with Al Qaeda. There is another round of rebellion in the north and a growing secessionist movement in the south. In important provinces where key oil resources are and where Al Qaeda in the Arabian Peninsula is strong, government troops and the police largely remain in their barracks or in the central cities. Order outside the cities is kept by tribal chiefs, with their own complicated loyalties.
“You can’t see anyone in a government uniform in Abyan,” said Murad Zafir, a Yemeni political analyst, referring to a southern province. “There are large areas of the country where there is no electricity, no running water and no central authority.”
United States aid was paltry until last year, and it was only when American intelligence could show Mr. Saleh that his family was being singled out by Al Qaeda that he began to take the group’s threat seriously, diplomats said.
How effectively Yemen addresses the threat depends largely on Mr. Saleh’s family. Ahmed Saleh is head of the Yemen Republican Guard and the country’s special forces.
The president’s nephews — sons of his late brother — include Amar, the deputy director for national security; Yahye, head of the central security forces and the counterterrorism unit; and Tarek, head of the Presidential Guard. The president’s half brother is head of the air force.
The sense of Yemen as a family corporation that has also enriched itself is part of the problem, Mr. Zafir said; the president’s mosque, al-Saleh Mosque, was completed less than two years ago and is said to have cost at least $120 million. “President Saleh wants his son to succeed him,” Mr. Zafir said. To make that happen, he has sought to consolidate power in his family’s hands, but his influence over the tribal chiefs has receded, Mr. Zafir said.
Najeeb Saeed Ghanem, a former minister of health, is a member of Parliament from the largest opposition party, Islah, an Islamist party with close ties to tribal groups. “It is the size of the deterioration of the regime and its control over the country that we’re afraid of,” he said.
With oil revenues down, Mr. Saleh has had to turn to outside allies to help finance the war in the north. Saudi Arabia provided $2 billion last year to make up for the budget shortfall — an amount that dwarfs the $150 million in security assistance that the United States will ask Congress to approve for the 2010 fiscal year.
“The Saudis understand,” said Ahmed M. al-Kibsi, a political scientist at Sana University, “that they are the real prize for Al Qaeda, and Yemen is the platform.”
But there are challenges to Mr. Saleh’s goals of empowering his son, if not direct challenges to Mr. Saleh. One of his main allies, even as a young lieutenant colonel in 1977 when he initially took power in the north, was Ali Mohsen. Now he is the military commander in charge of the effort to stamp out the Houthi rebellion to the north. The Houthis are Shiites, and Mr. Mohsen is said to be a Sunni religious conservative.
Mr. Saleh and Mr. Mohsen are not related and are not considered rivals for the presidency. But Mr. Mohsen has signaled that he does not favor a direct succession of Ahmed Saleh to the presidency, diplomats and analysts said. Mr. Mohsen believes, they said, that the younger Mr. Saleh lacks the personal strength and charisma of his father and cannot hold the country together.
The tension between the two old comrades is visible in the criticism of the way the war in the north is being handled, with government officials sometimes complaining that Mr. Mohsen set off renewed fighting there by occupying or destroying the mosques and holy places of the Houthis and building Sunni mosques and schools in the area. Mr. Mohsen’s supporters have countered that the war has not been fully supported by the central government.
Mr. Saleh and his son also face another internal challenge from the next generation of the powerful Ahmar family, Yemeni bluebloods. Sheik Abdullah al-Ahmar was the chief of the powerful Hashed tribe, founded the Islah party and was Parliament speaker until his death in December 2007. One of his sons, Hamid al-Ahmar, a businessman in his 40s, is expected to eventually lead Islah.
Mr. Saleh has tried to keep the family close, in particular by letting Hamid al-Ahmar invest in major cash cows, like the main cellphone company, SabaFon, oil interests and the Bank of Saba. But in August, Hamid al-Ahmar stunned Yemenis by appearing on Al Jazeera to describe Mr. Saleh as having overstayed his time and calling on him to leave office and not try to enthrone his son. “If Saleh wants the people of Yemen to be on his side against monarchy and defend national unity, he himself must quit pursuing monarchy,” he said.
How the United States manages Mr. Saleh and his family ambitions will have much to do with success or failure against Al Qaeda. “Washington must work with and behind the regime, whatever its flaws, while trying to push Saleh toward reconciliation with his opponents,” a Western diplomat said. “I am afraid it will take more delicacy than the Pentagon can do.”
This article has been revised to reflect the following correction:
Correction: January 9, 2010
An article on Tuesday about the nepotism practiced by the president of Yemen, Ali Abdullah Saleh, misidentified the current leader of Islah, the largest opposition party, founded by Sheik Abdullah al-Ahmar, who died in 2007 and whose family represents an internal challenge to Mr. Saleh’s. Islah is run by Mohammed al-Yadomi, an interim leader — not by Hamid al-Ahmar, one of the sheik’s sons. (Mr. Ahmar is expected to formally replace Mr. Yadomi.)
Nada impede que o Iêmen se consolide como santuário para a Al-Qaeda e afins.
SANA, Yemen — The United States is quickly ramping up its aid to Yemen, which Washington sees as a revived new front against Al Qaeda. But one of the most delicate tasks will be managing the relationship with the president of Yemen, Ali Abdullah Saleh, who has filled his government with numerous members of his family and who wants to ensure that his son Ahmed succeeds him, Yemeni officials, analysts and Western diplomats say.
Michael Kamber for The New York Times
A poster of Yemen's president, Ali Abdullah Saleh. The president wants to ensure that his son Ahmed will succeed him.
Mr. Saleh, 67, is wily, witty and fit. But he has been spending less time in the past two years managing the complicated tribal and regional demands of fragile Yemen than trying to consolidate the power of his family, the analysts say. As Yemen’s oil revenues erode and Mr. Saleh has fewer resources to spread around, the reach of the central government has been shrinking — “the government is practically caged in the capital,” Sana, one senior Western diplomat said.
Mr. Saleh presents the Obama administration with a problem that is all too familiar in Afghanistan and Pakistan. He is amenable to American support, but his ineffective and corrupt bureaucracy has limited reach. And his willingness to battle Al Qaeda, which he does not view as his main enemy, is questionable.
Much of Yemen is in turmoil. Government forces on Monday killed two militants suspected of being with Al Qaeda. There is another round of rebellion in the north and a growing secessionist movement in the south. In important provinces where key oil resources are and where Al Qaeda in the Arabian Peninsula is strong, government troops and the police largely remain in their barracks or in the central cities. Order outside the cities is kept by tribal chiefs, with their own complicated loyalties.
“You can’t see anyone in a government uniform in Abyan,” said Murad Zafir, a Yemeni political analyst, referring to a southern province. “There are large areas of the country where there is no electricity, no running water and no central authority.”
United States aid was paltry until last year, and it was only when American intelligence could show Mr. Saleh that his family was being singled out by Al Qaeda that he began to take the group’s threat seriously, diplomats said.
How effectively Yemen addresses the threat depends largely on Mr. Saleh’s family. Ahmed Saleh is head of the Yemen Republican Guard and the country’s special forces.
The president’s nephews — sons of his late brother — include Amar, the deputy director for national security; Yahye, head of the central security forces and the counterterrorism unit; and Tarek, head of the Presidential Guard. The president’s half brother is head of the air force.
The sense of Yemen as a family corporation that has also enriched itself is part of the problem, Mr. Zafir said; the president’s mosque, al-Saleh Mosque, was completed less than two years ago and is said to have cost at least $120 million. “President Saleh wants his son to succeed him,” Mr. Zafir said. To make that happen, he has sought to consolidate power in his family’s hands, but his influence over the tribal chiefs has receded, Mr. Zafir said.
Najeeb Saeed Ghanem, a former minister of health, is a member of Parliament from the largest opposition party, Islah, an Islamist party with close ties to tribal groups. “It is the size of the deterioration of the regime and its control over the country that we’re afraid of,” he said.
With oil revenues down, Mr. Saleh has had to turn to outside allies to help finance the war in the north. Saudi Arabia provided $2 billion last year to make up for the budget shortfall — an amount that dwarfs the $150 million in security assistance that the United States will ask Congress to approve for the 2010 fiscal year.
“The Saudis understand,” said Ahmed M. al-Kibsi, a political scientist at Sana University, “that they are the real prize for Al Qaeda, and Yemen is the platform.”
But there are challenges to Mr. Saleh’s goals of empowering his son, if not direct challenges to Mr. Saleh. One of his main allies, even as a young lieutenant colonel in 1977 when he initially took power in the north, was Ali Mohsen. Now he is the military commander in charge of the effort to stamp out the Houthi rebellion to the north. The Houthis are Shiites, and Mr. Mohsen is said to be a Sunni religious conservative.
Mr. Saleh and Mr. Mohsen are not related and are not considered rivals for the presidency. But Mr. Mohsen has signaled that he does not favor a direct succession of Ahmed Saleh to the presidency, diplomats and analysts said. Mr. Mohsen believes, they said, that the younger Mr. Saleh lacks the personal strength and charisma of his father and cannot hold the country together.
The tension between the two old comrades is visible in the criticism of the way the war in the north is being handled, with government officials sometimes complaining that Mr. Mohsen set off renewed fighting there by occupying or destroying the mosques and holy places of the Houthis and building Sunni mosques and schools in the area. Mr. Mohsen’s supporters have countered that the war has not been fully supported by the central government.
Mr. Saleh and his son also face another internal challenge from the next generation of the powerful Ahmar family, Yemeni bluebloods. Sheik Abdullah al-Ahmar was the chief of the powerful Hashed tribe, founded the Islah party and was Parliament speaker until his death in December 2007. One of his sons, Hamid al-Ahmar, a businessman in his 40s, is expected to eventually lead Islah.
Mr. Saleh has tried to keep the family close, in particular by letting Hamid al-Ahmar invest in major cash cows, like the main cellphone company, SabaFon, oil interests and the Bank of Saba. But in August, Hamid al-Ahmar stunned Yemenis by appearing on Al Jazeera to describe Mr. Saleh as having overstayed his time and calling on him to leave office and not try to enthrone his son. “If Saleh wants the people of Yemen to be on his side against monarchy and defend national unity, he himself must quit pursuing monarchy,” he said.
How the United States manages Mr. Saleh and his family ambitions will have much to do with success or failure against Al Qaeda. “Washington must work with and behind the regime, whatever its flaws, while trying to push Saleh toward reconciliation with his opponents,” a Western diplomat said. “I am afraid it will take more delicacy than the Pentagon can do.”
This article has been revised to reflect the following correction:
Correction: January 9, 2010
An article on Tuesday about the nepotism practiced by the president of Yemen, Ali Abdullah Saleh, misidentified the current leader of Islah, the largest opposition party, founded by Sheik Abdullah al-Ahmar, who died in 2007 and whose family represents an internal challenge to Mr. Saleh’s. Islah is run by Mohammed al-Yadomi, an interim leader — not by Hamid al-Ahmar, one of the sheik’s sons. (Mr. Ahmar is expected to formally replace Mr. Yadomi.)
Nada impede que o Iêmen se consolide como santuário para a Al-Qaeda e afins.
Santa é a guerra, e sagradas são as armas para aqueles que somente nelas podem confiar.
Tito Lívio.
Tito Lívio.
- Penguin
- Sênior
- Mensagens: 18983
- Registrado em: Seg Mai 19, 2003 10:07 pm
- Agradeceu: 5 vezes
- Agradeceram: 374 vezes
Re: GEOPOLÍTICA
São Paulo, segunda-feira, 18 de janeiro de 2010
Brasil investe para treinar militar estrangeiro
Ministério da Defesa firma pacto com Itamaraty para elevar formação de soldados africanos e latino-americanos no país
Desde 2000, cerca de 2.800 estrangeiros fizeram cursos do Exército ou da Marinha; em 1 de seus 20 programas, americanos formaram 25 mil
CLAUDIA ANTUNES
DA SUCURSAL DO RIO
Um convênio entre o Ministério da Defesa e a ABC (Agência Brasileira de Cooperação), ligada ao Itamaraty, deverá aumentar o número de militares de países pobres, em especial da África e da América Latina, que fazem treinamento prático ou teórico no Brasil.
Pelo convênio, os convites e a organização da estadia desses militares, hoje a cargo de cada uma das três Forças, serão centralizados na Defesa. Esta repassará a lista com antecedência à ABC, que paga as passagens e provê ajuda de custo aos convidados.
O diplomata Marco Farani, diretor da ABC, acredita que o convênio permitirá uma melhor programação orçamentária da chamada "cooperação técnica" no âmbito militar, abrindo caminho para a sua ampliação.
"Antes, o convite [aos militares estrangeiros] era feito de forma errática. Havia uma demanda fragmentada [para o apoio financeiro da ABC]. O convênio permitirá que isso seja feito de forma institucional. As próprias embaixadas poderão divulgar as informações sobre cursos e vagas disponíveis, fazer contato de Estado para Estado", disse.
Trata-se de uma primeira iniciativa para institucionalizar uma prática que, em países desenvolvidos e com peso na indústria de armas, é política de Estado: a formação de militares estrangeiros.
No entanto o convênio cobrirá apenas uma pequena parte da cooperação nessa área entre as Forças Armadas brasileiras e as de "países amigos". Hoje, a maioria dos acordos para treinamento no Brasil ou no exterior é feita de maneira descentralizada.
A Defesa não dispõe dos dados completos sobre participantes de cursos e intercâmbios em geral, que têm que ser solicitados a cada Força.
Pouca gente
A pedido da Folha, as assessorias de comunicação da Marinha e do Exército compilaram os números de estrangeiros que participaram de cursos nas respectivas escolas desde 2000, e de militares brasileiros que fizeram cursos no exterior.
A informação foi pedida também à Força Aérea, mas não havia sido fornecida até o fechamento desta edição.
Apesar do projeto brasileiro de ampliar a cooperação militar principalmente com os vizinhos da América do Sul, por meio do Conselho de Defesa Sul-Americano e da anunciada promoção de uma indústria bélica regional, os números permitem ver que, na área de formação, o Brasil ainda recebe pouca gente.
De 2000 a 2009, 2.789 estrangeiros passaram por cursos na Marinha (1.689) ou no Exército (1.100). Entre os que receberam treinamento da Marinha, 663 vieram da América Latina e 696, da África -graças à cooperação naval com a Namíbia, sacramentada por acordo em 1998.
Já o Exército recebeu 829 latino-americanos e 118 africanos no mesmo período. O número de sul-americanos que passam pelas escolas da Força cresceu desde 2005 de média de 53 por ano, entre 2000 e 2004, para média de 101.
Nos cursos de altos estudos da ESG (Escola Superior de Guerra), formaram-se 55 estrangeiros, dos quais 45 são latino-americanos.
EUA
Para efeito de comparação, os EUA, em apenas 1 de seus 20 programas para formação de militares estrangeiros, o Imet (International Military Education and Training), receberam 25.207 militares da América Latina e do Caribe entre 2000 e 2007, último ano para o qual há dados disponíveis.
Os outros programas mantidos pelos departamentos de Estado e da Defesa dos EUA recebem não apenas militares, mas também policiais, funcionários civis e acadêmicos. É o caso, por exemplo, do Centro para Estudos da Defesa Hemisférica, vinculado à Universidade Nacional da Defesa, que só em 2007 recebeu 5.484 estudantes latino-americanos.
-----------------------------------
Formação é estratégica para venda de armas
DA SUCURSAL DO RIO
A prática de prover formação a militares estrangeiros tem ligação com o domínio geopolítico e com a venda de armas.
No caso da América do Sul, os maiores fornecedores de armamentos são, pela ordem, EUA, Holanda, Itália e França. O Brasil fica num distante 10º lugar, segundo o Sipri (Instituto Internacional de Pesquisas da Paz de Estocolmo).
A tradição foi quebrada recentemente pela Venezuela, que comprou armas russas depois que o governo dos EUA vetou-lhe a compra de aviões brasileiros e espanhóis com peças americanas.
As próprias Forças Armadas brasileiras, quando enviam seus quadros para cursos no exterior, o fazem sobretudo para os países desenvolvidos. Desde 2000, a Marinha enviou 1.278 homens, dos quais 405 para a América do Norte e 433 para a Europa. O Exército mandou 667, 251 à América do Norte e 225 à Europa.
O número de militares brasileiros que passaram por formação recente no exterior, porém, é pequeno se comparado, por exemplo, ao da Colômbia, que entre 2000 e 2008 enviou 68.452 homens a cursos patrocinados pelos EUA.
A Bolívia mandou 6.768 no mesmo período, mas reduziu sua participação depois da eleição de Evo Morales, em 2005. A Venezuela praticamente cortou a cooperação militar com Washington na área de formação depois da tentativa de golpe contra Hugo Chávez, em 2003.
Doutrina própria
A especialista na área militar Adriana Marques disse que a preocupação de criar doutrinas próprias, que no Brasil se tornou mais forte a partir dos anos 70, é recente nos vizinhos.
Adriana entrevistou oficiais dos oito países amazônicos para pesquisa de pós-doutorado na FGV (Fundação Getulio Vargas) do Rio. Muitas das primeiras unidades militares de selva dessa região foram treinadas na Escola das Américas, nos EUA, nos anos 60.
Hoje, países como Colômbia e Peru têm dependência doutrinária dos americanos, enquanto Equador e Venezuela almejam autonomia.
O governo brasileiro tem dito que pretende promover uma indústria de defesa sul-americana. "Não significa a busca de nenhuma perspectiva autóctone, mas um elemento de contenção para as chamadas corridas armamentistas, para governantes que se veem tentados a ir ao shopping internacional", disse Marco Aurélio Garcia, assessor internacional do Planalto, em seminário no Rio no ano passado.
Questionado se as compras de armas anunciadas pelo Brasil não poderiam estimular tal corrida, Garcia fez comparação com o modelo japonês de TV digital, adaptado pelo Brasil e depois adotado por Chile, Argentina, Peru e Venezuela.
"Quando negociamos com outros países, fizeram a mesma exigência de adaptar e produzir componentes, participando do processo produtivo. Podemos fazer a mesma coisa com a indústria de defesa, talvez não em todos os itens, mas em muitos deles", afirmou.
O professor de relações internacionais da UnB Alcides Vaz diz que, como indicador de doutrina, os exercícios militares são mais significativos do que os intercâmbios de formação. "Há mais investimento, mais relações com hipóteses de conflito", disse.
Brasil investe para treinar militar estrangeiro
Ministério da Defesa firma pacto com Itamaraty para elevar formação de soldados africanos e latino-americanos no país
Desde 2000, cerca de 2.800 estrangeiros fizeram cursos do Exército ou da Marinha; em 1 de seus 20 programas, americanos formaram 25 mil
CLAUDIA ANTUNES
DA SUCURSAL DO RIO
Um convênio entre o Ministério da Defesa e a ABC (Agência Brasileira de Cooperação), ligada ao Itamaraty, deverá aumentar o número de militares de países pobres, em especial da África e da América Latina, que fazem treinamento prático ou teórico no Brasil.
Pelo convênio, os convites e a organização da estadia desses militares, hoje a cargo de cada uma das três Forças, serão centralizados na Defesa. Esta repassará a lista com antecedência à ABC, que paga as passagens e provê ajuda de custo aos convidados.
O diplomata Marco Farani, diretor da ABC, acredita que o convênio permitirá uma melhor programação orçamentária da chamada "cooperação técnica" no âmbito militar, abrindo caminho para a sua ampliação.
"Antes, o convite [aos militares estrangeiros] era feito de forma errática. Havia uma demanda fragmentada [para o apoio financeiro da ABC]. O convênio permitirá que isso seja feito de forma institucional. As próprias embaixadas poderão divulgar as informações sobre cursos e vagas disponíveis, fazer contato de Estado para Estado", disse.
Trata-se de uma primeira iniciativa para institucionalizar uma prática que, em países desenvolvidos e com peso na indústria de armas, é política de Estado: a formação de militares estrangeiros.
No entanto o convênio cobrirá apenas uma pequena parte da cooperação nessa área entre as Forças Armadas brasileiras e as de "países amigos". Hoje, a maioria dos acordos para treinamento no Brasil ou no exterior é feita de maneira descentralizada.
A Defesa não dispõe dos dados completos sobre participantes de cursos e intercâmbios em geral, que têm que ser solicitados a cada Força.
Pouca gente
A pedido da Folha, as assessorias de comunicação da Marinha e do Exército compilaram os números de estrangeiros que participaram de cursos nas respectivas escolas desde 2000, e de militares brasileiros que fizeram cursos no exterior.
A informação foi pedida também à Força Aérea, mas não havia sido fornecida até o fechamento desta edição.
Apesar do projeto brasileiro de ampliar a cooperação militar principalmente com os vizinhos da América do Sul, por meio do Conselho de Defesa Sul-Americano e da anunciada promoção de uma indústria bélica regional, os números permitem ver que, na área de formação, o Brasil ainda recebe pouca gente.
De 2000 a 2009, 2.789 estrangeiros passaram por cursos na Marinha (1.689) ou no Exército (1.100). Entre os que receberam treinamento da Marinha, 663 vieram da América Latina e 696, da África -graças à cooperação naval com a Namíbia, sacramentada por acordo em 1998.
Já o Exército recebeu 829 latino-americanos e 118 africanos no mesmo período. O número de sul-americanos que passam pelas escolas da Força cresceu desde 2005 de média de 53 por ano, entre 2000 e 2004, para média de 101.
Nos cursos de altos estudos da ESG (Escola Superior de Guerra), formaram-se 55 estrangeiros, dos quais 45 são latino-americanos.
EUA
Para efeito de comparação, os EUA, em apenas 1 de seus 20 programas para formação de militares estrangeiros, o Imet (International Military Education and Training), receberam 25.207 militares da América Latina e do Caribe entre 2000 e 2007, último ano para o qual há dados disponíveis.
Os outros programas mantidos pelos departamentos de Estado e da Defesa dos EUA recebem não apenas militares, mas também policiais, funcionários civis e acadêmicos. É o caso, por exemplo, do Centro para Estudos da Defesa Hemisférica, vinculado à Universidade Nacional da Defesa, que só em 2007 recebeu 5.484 estudantes latino-americanos.
-----------------------------------
Formação é estratégica para venda de armas
DA SUCURSAL DO RIO
A prática de prover formação a militares estrangeiros tem ligação com o domínio geopolítico e com a venda de armas.
No caso da América do Sul, os maiores fornecedores de armamentos são, pela ordem, EUA, Holanda, Itália e França. O Brasil fica num distante 10º lugar, segundo o Sipri (Instituto Internacional de Pesquisas da Paz de Estocolmo).
A tradição foi quebrada recentemente pela Venezuela, que comprou armas russas depois que o governo dos EUA vetou-lhe a compra de aviões brasileiros e espanhóis com peças americanas.
As próprias Forças Armadas brasileiras, quando enviam seus quadros para cursos no exterior, o fazem sobretudo para os países desenvolvidos. Desde 2000, a Marinha enviou 1.278 homens, dos quais 405 para a América do Norte e 433 para a Europa. O Exército mandou 667, 251 à América do Norte e 225 à Europa.
O número de militares brasileiros que passaram por formação recente no exterior, porém, é pequeno se comparado, por exemplo, ao da Colômbia, que entre 2000 e 2008 enviou 68.452 homens a cursos patrocinados pelos EUA.
A Bolívia mandou 6.768 no mesmo período, mas reduziu sua participação depois da eleição de Evo Morales, em 2005. A Venezuela praticamente cortou a cooperação militar com Washington na área de formação depois da tentativa de golpe contra Hugo Chávez, em 2003.
Doutrina própria
A especialista na área militar Adriana Marques disse que a preocupação de criar doutrinas próprias, que no Brasil se tornou mais forte a partir dos anos 70, é recente nos vizinhos.
Adriana entrevistou oficiais dos oito países amazônicos para pesquisa de pós-doutorado na FGV (Fundação Getulio Vargas) do Rio. Muitas das primeiras unidades militares de selva dessa região foram treinadas na Escola das Américas, nos EUA, nos anos 60.
Hoje, países como Colômbia e Peru têm dependência doutrinária dos americanos, enquanto Equador e Venezuela almejam autonomia.
O governo brasileiro tem dito que pretende promover uma indústria de defesa sul-americana. "Não significa a busca de nenhuma perspectiva autóctone, mas um elemento de contenção para as chamadas corridas armamentistas, para governantes que se veem tentados a ir ao shopping internacional", disse Marco Aurélio Garcia, assessor internacional do Planalto, em seminário no Rio no ano passado.
Questionado se as compras de armas anunciadas pelo Brasil não poderiam estimular tal corrida, Garcia fez comparação com o modelo japonês de TV digital, adaptado pelo Brasil e depois adotado por Chile, Argentina, Peru e Venezuela.
"Quando negociamos com outros países, fizeram a mesma exigência de adaptar e produzir componentes, participando do processo produtivo. Podemos fazer a mesma coisa com a indústria de defesa, talvez não em todos os itens, mas em muitos deles", afirmou.
O professor de relações internacionais da UnB Alcides Vaz diz que, como indicador de doutrina, os exercícios militares são mais significativos do que os intercâmbios de formação. "Há mais investimento, mais relações com hipóteses de conflito", disse.
Sempre e inevitavelmente, cada um de nós subestima o número de indivíduos estúpidos que circulam pelo mundo.
Carlo M. Cipolla
Carlo M. Cipolla
- Marino
- Sênior
- Mensagens: 15667
- Registrado em: Dom Nov 26, 2006 4:04 pm
- Agradeceu: 134 vezes
- Agradeceram: 630 vezes
Re: GEOPOLÍTICA
Uribe e Chávez buscam prestígio em seus países com tensão sobre as bases militares, diz especialista
Márcio Resende
Especial para o UOL Notícias
Em Buenos Aires
Por trás da tensão que a presença norte-americana em bases militares na Colômbia causa na região, há um jogo político que define popularidades em ano eleitoral tanto na Colômbia quanto na Venezuela e que define limites ao papel dos Estados Unidos no coração da América do Sul.
A segunda reeleição (e segunda modificação constitucional) do presidente colombiano, Álvaro Uribe, causa desconforto em diversos setores sociais e políticos, inclusive do oficialismo. Embora a sua possível reeleição tenha uma maioria de aprovação popular e funcione como uma segurança para os investimentos empresariais, a estratégia de manter-se no poder o aproxima do seu inimigo político, o presidente venezuelano Hugo Chávez.
"Os dois são caudilhos. Um joga com os Estados Unidos (Uribe); o outro, com os competidores dos Estados Unidos (Chávez). Mas os dois vêem na fricção de um com o outro, uma forma de capitalização política interna", comparou ao UOL Notícias Fabián Calle, especialista em assuntos de Defesa.
Professor de Segurança Internacional na Universidade Di Tella e Universidade Católica, ambas na Argentina, Calle acredita que a Colômbia vai entregar as garantias jurídicas que o Brasil pede, mas guarda a decisão como um ás na manga para o momento certo.
"Eu creio que Uribe já decidiu, mas guarda essa carta como um trunfo. O processo de reeleição causa um conjunto de tensões internas. O acordo com os Estados Unidos também é questionado internamente. Uribe é consciente disso. Acredito que ele possa dar as garantias jurídicas inclusive antes das eleições como uma espécie de doce no meio de um processo tão amargo e polêmico como a reeleição. Seria uma forma de mostrar que quer a segurança da Colômbia, mas sem gerar tensão com os vizinhos", aposta Calle.
Já no campo externo, as garantias serviriam para isolar Chávez. Contentar o grupo de países moderados (Brasil, Chile, Peru, Uruguai) e isolar os extremistas (Venezuela, Equador, Bolívia). "Chávez dirá que as garantias não servem para nada, que são papéis pintados. Mas Lula, Alan García, Michelle Bachelet e até Cristina Kirchner dirão que é um avanço importante", diz.
Por isso, as garantias serão usadas como uma vitória política pelo Brasil, mas não diminuirá o conflito entre Venezuela e Colômbia.
"A Venezuela quer um monitoramento das bases. A Colômbia não aceita nem aceitará isso. O Brasil pede algo difícil, mas possível. Sabe que é o máximo que pode conseguir da Colômbia. As garantias jurídicas vão servir como uma vitória política para o Brasil e para a Colômbia moderar a crítica regional, mas não vão alterar o amperímetro para a Venezuela", avalia.
Uma vitória política do Brasil, mas que não deve evitar as preocupações militares brasileiras.
"Por mais que haja garantias, para os militares e para os setores geoestrategistas o risco estará latente. Diplomática e politicamente, é sábio aceitar as garantias, mas, militarmente, insuficiente", ressalta.
"Eu conheço [Jaime] Bermúdez [ministro das Relações Exteriores da Colômbia, antigo embaixador colombiano em Buenos Aires e especialista em marketing]. Acredito que as garantias já estão até redigidas, mas são mantidas em confidencialidade", diz Calle.
Se as garantias surgirão antes ou depois das eleições na Colômbia, segundo Fabián Calle, dependerá do sucesso de Uribe no seu afã por um terceiro mandato.
"Se o candidato do oficialismo for Uribe, as garantias saem antes de maio. Se não for Uribe, não haverá garantias antes das eleições. Esse outro candidato precisa mostrar que é duro para o eleitorado", conclui Calle.
Outro especialista em temas de Segurança Internacional e de Política Exterior Latino-americana, Juan Gabriel Tokatlian, professor de Relações Internacionais da Universidade Di Tella, na Argentina, e residente durante 18 anos na Colômbia, discorda dos tempos. Para Tokatlián, dificilmente haveria novidades sobre o assunto prévio às eleições na Colômbia, mas antes de qualquer evento eleitoral é preciso esperar por outro debate que até agora ficou praticamente de fora das análises políticas da região: o debate no Congresso norte-americano.
"A ordem é essa: primeiro deve acontecer o debate no Congresso dos Estados Unidos e depois deve-se esperar passar o calendário eleitoral colombiano", aponta Tokatlián.
Além disso, para o analista, o Brasil deveria privilegiar uma interlocução política, mais do que militar.
"Até agora as negociações brasileiras foram mais no âmbito do Ministério da Defesa. Deveriam ser mais pelo lado da diplomacia para obter o que se pretende. Acho que o Brasil erra em insistir com essa estratégia. É preciso politizar o assunto entre as chancelarias", observa.
O debate no Congresso norte-americano é outra pedra no sapato dos tempos políticos. Até agora, o presidente colombiano, Álvaro Uribe, conseguira evitar que o assunto fosse tratado pelo Congresso colombiano sob o argumento de que o novo acordo é uma ampliação de um anterior.
"Isso não demonstra a grande popularidade de Uribe, mas sim os grandes problemas políticos que Uribe enfrenta internamente com esse acordo sobre as bases militares", indica Tokatlián.
Mas enquanto Uribe conseguiu driblar o Parlamento, o outro protagonista do acordo, os Estados Unidos, levará o assunto ao Congresso.
"E a aprovação não está necessariamente garantida. Há muito mais debate nos Estados Unidos do que se supõe por aqui", compara Tokatlián. "Por isso, duvido que a Colômbia assine qualquer compromisso de garantias jurídicas com o Brasil sem saber se o acordo vai ou não passar pelo Congresso dos Estados Unidos. O governo colombiano faria um papel ridículo internacional se isso acontecesse", analisa. "Será necessário esperar pelos tempos do Congresso norte-americano", conclui.
Para Tokatlián, o assunto também é muito mais complicado do que obter garantias jurídicas. "Um simples papel não significa muito na prática. Um avião pilotado por militares norte-americanos pode invadir o território de um país vizinho por perseguir um grupo guerrilheiro ou narcotraficante. Depois, virão as desculpas: que estavam cumprindo uma missão, que não pretendiam invadir. Esse tipo de incidente pode ocorrer como já ocorreu na fronteira entre a Colômbia e o Equador".
Nesse sentido, Tokatlián também acredita que as garantias jurídicas que o Brasil pretende serão muito mais políticas do que efetivamente uma garantia. E no que se refere à posição da Venezuela, nada mudará com ou sem garantias.
"Chávez está convicto de que tudo o que a Colômbia faz está pensado para destruir a revolução bolivariana. E Uribe está convicto de que o enfraquecimento das Farc foi grande, mas não definitivo. Acredita que, avalizado por Chávez, existe um projeto militar insurrecional da guerrilha ou um plano de maior espaço das Farc no campo político. Essa desconfiança não vai mudar", conclui Juan Gabriel Tokatlián.
Márcio Resende
Especial para o UOL Notícias
Em Buenos Aires
Por trás da tensão que a presença norte-americana em bases militares na Colômbia causa na região, há um jogo político que define popularidades em ano eleitoral tanto na Colômbia quanto na Venezuela e que define limites ao papel dos Estados Unidos no coração da América do Sul.
A segunda reeleição (e segunda modificação constitucional) do presidente colombiano, Álvaro Uribe, causa desconforto em diversos setores sociais e políticos, inclusive do oficialismo. Embora a sua possível reeleição tenha uma maioria de aprovação popular e funcione como uma segurança para os investimentos empresariais, a estratégia de manter-se no poder o aproxima do seu inimigo político, o presidente venezuelano Hugo Chávez.
"Os dois são caudilhos. Um joga com os Estados Unidos (Uribe); o outro, com os competidores dos Estados Unidos (Chávez). Mas os dois vêem na fricção de um com o outro, uma forma de capitalização política interna", comparou ao UOL Notícias Fabián Calle, especialista em assuntos de Defesa.
Professor de Segurança Internacional na Universidade Di Tella e Universidade Católica, ambas na Argentina, Calle acredita que a Colômbia vai entregar as garantias jurídicas que o Brasil pede, mas guarda a decisão como um ás na manga para o momento certo.
"Eu creio que Uribe já decidiu, mas guarda essa carta como um trunfo. O processo de reeleição causa um conjunto de tensões internas. O acordo com os Estados Unidos também é questionado internamente. Uribe é consciente disso. Acredito que ele possa dar as garantias jurídicas inclusive antes das eleições como uma espécie de doce no meio de um processo tão amargo e polêmico como a reeleição. Seria uma forma de mostrar que quer a segurança da Colômbia, mas sem gerar tensão com os vizinhos", aposta Calle.
Já no campo externo, as garantias serviriam para isolar Chávez. Contentar o grupo de países moderados (Brasil, Chile, Peru, Uruguai) e isolar os extremistas (Venezuela, Equador, Bolívia). "Chávez dirá que as garantias não servem para nada, que são papéis pintados. Mas Lula, Alan García, Michelle Bachelet e até Cristina Kirchner dirão que é um avanço importante", diz.
Por isso, as garantias serão usadas como uma vitória política pelo Brasil, mas não diminuirá o conflito entre Venezuela e Colômbia.
"A Venezuela quer um monitoramento das bases. A Colômbia não aceita nem aceitará isso. O Brasil pede algo difícil, mas possível. Sabe que é o máximo que pode conseguir da Colômbia. As garantias jurídicas vão servir como uma vitória política para o Brasil e para a Colômbia moderar a crítica regional, mas não vão alterar o amperímetro para a Venezuela", avalia.
Uma vitória política do Brasil, mas que não deve evitar as preocupações militares brasileiras.
"Por mais que haja garantias, para os militares e para os setores geoestrategistas o risco estará latente. Diplomática e politicamente, é sábio aceitar as garantias, mas, militarmente, insuficiente", ressalta.
"Eu conheço [Jaime] Bermúdez [ministro das Relações Exteriores da Colômbia, antigo embaixador colombiano em Buenos Aires e especialista em marketing]. Acredito que as garantias já estão até redigidas, mas são mantidas em confidencialidade", diz Calle.
Se as garantias surgirão antes ou depois das eleições na Colômbia, segundo Fabián Calle, dependerá do sucesso de Uribe no seu afã por um terceiro mandato.
"Se o candidato do oficialismo for Uribe, as garantias saem antes de maio. Se não for Uribe, não haverá garantias antes das eleições. Esse outro candidato precisa mostrar que é duro para o eleitorado", conclui Calle.
Outro especialista em temas de Segurança Internacional e de Política Exterior Latino-americana, Juan Gabriel Tokatlian, professor de Relações Internacionais da Universidade Di Tella, na Argentina, e residente durante 18 anos na Colômbia, discorda dos tempos. Para Tokatlián, dificilmente haveria novidades sobre o assunto prévio às eleições na Colômbia, mas antes de qualquer evento eleitoral é preciso esperar por outro debate que até agora ficou praticamente de fora das análises políticas da região: o debate no Congresso norte-americano.
"A ordem é essa: primeiro deve acontecer o debate no Congresso dos Estados Unidos e depois deve-se esperar passar o calendário eleitoral colombiano", aponta Tokatlián.
Além disso, para o analista, o Brasil deveria privilegiar uma interlocução política, mais do que militar.
"Até agora as negociações brasileiras foram mais no âmbito do Ministério da Defesa. Deveriam ser mais pelo lado da diplomacia para obter o que se pretende. Acho que o Brasil erra em insistir com essa estratégia. É preciso politizar o assunto entre as chancelarias", observa.
O debate no Congresso norte-americano é outra pedra no sapato dos tempos políticos. Até agora, o presidente colombiano, Álvaro Uribe, conseguira evitar que o assunto fosse tratado pelo Congresso colombiano sob o argumento de que o novo acordo é uma ampliação de um anterior.
"Isso não demonstra a grande popularidade de Uribe, mas sim os grandes problemas políticos que Uribe enfrenta internamente com esse acordo sobre as bases militares", indica Tokatlián.
Mas enquanto Uribe conseguiu driblar o Parlamento, o outro protagonista do acordo, os Estados Unidos, levará o assunto ao Congresso.
"E a aprovação não está necessariamente garantida. Há muito mais debate nos Estados Unidos do que se supõe por aqui", compara Tokatlián. "Por isso, duvido que a Colômbia assine qualquer compromisso de garantias jurídicas com o Brasil sem saber se o acordo vai ou não passar pelo Congresso dos Estados Unidos. O governo colombiano faria um papel ridículo internacional se isso acontecesse", analisa. "Será necessário esperar pelos tempos do Congresso norte-americano", conclui.
Para Tokatlián, o assunto também é muito mais complicado do que obter garantias jurídicas. "Um simples papel não significa muito na prática. Um avião pilotado por militares norte-americanos pode invadir o território de um país vizinho por perseguir um grupo guerrilheiro ou narcotraficante. Depois, virão as desculpas: que estavam cumprindo uma missão, que não pretendiam invadir. Esse tipo de incidente pode ocorrer como já ocorreu na fronteira entre a Colômbia e o Equador".
Nesse sentido, Tokatlián também acredita que as garantias jurídicas que o Brasil pretende serão muito mais políticas do que efetivamente uma garantia. E no que se refere à posição da Venezuela, nada mudará com ou sem garantias.
"Chávez está convicto de que tudo o que a Colômbia faz está pensado para destruir a revolução bolivariana. E Uribe está convicto de que o enfraquecimento das Farc foi grande, mas não definitivo. Acredita que, avalizado por Chávez, existe um projeto militar insurrecional da guerrilha ou um plano de maior espaço das Farc no campo político. Essa desconfiança não vai mudar", conclui Juan Gabriel Tokatlián.
"A reconquista da soberania perdida não restabelece o status quo."
Barão do Rio Branco
Barão do Rio Branco
- Marino
- Sênior
- Mensagens: 15667
- Registrado em: Dom Nov 26, 2006 4:04 pm
- Agradeceu: 134 vezes
- Agradeceram: 630 vezes
Re: GEOPOLÍTICA
Entrevista com Salvador Ghelfi Raza
"A Guerra De Obama Não É A De Bush"Brasileiro que participa da reestruturação da política de defesa dos EUA diz que americanos usarão menos Força militar para defender seus interesses no mundo
Claudio Dantas Sequeira
REVISÃO
Raza: “Não há mais intenção de se impor a doutrina de Washington”
O analista de segurança nacional Salvador Ghelfi Raza é o único brasileiro a integrar a equipe contratada pelo governo Barack Obama para propor uma reforma profunda na política e, também, nos métodos utilizados pelos Estados Unidos mundo afora. São 30 Ph.D.s, os melhores cérebros do mundo em análise de segurança, defesa e diplomacia. Ao lado de Raza, além dos americanos, há ingleses, paquistaneses, suíços e uma mexicana. Raza é doutor em estudos estratégicos pela UFRJ com pós-doutorado em estudos de defesa na National Defense University, em Washington, onde leciona.
Ressaltando que não fala em nome do governo, mas em caráter pessoal, Raza diz que há em curso uma “revolução” que dará um novo perfil às ações externas daquele país. “Para enfrentar o terror, não basta comprar mais scanners para os aeroportos. A guerra mudou, o papel das Forças Armadas também”, diz. No início do mês, começaram a circular internamente os primeiros rascunhos do que promete ser a maior mudança estrutural no setor desde a criação da CIA, a agência de inteligência americana, no final da década de 40.
É preciso evitar erros recorrentes, como querer acabar com o tradicional cultivo da papoula no Afeganistão ou destruir plantações de coca na Bolívia"
"No governo Bush a diretriz política era centralizadora, puxando para cima o núcleo de decisão. No caso de Obama, há uma descentralização"
Istoé
Como é o trabalho que o sr. está desenvolvendo em Washington?
Salvador Ghelfi Raza
Estou trabalhando no desenvolvimento da nova metodologia que será usada para ações estratégicas das agências do governo americano em outros países. É um planejamento a longo prazo. Estamos falando de redesenhar a arquitetura de relacionamento das agências de desenvolvimento, de defesa e de inteligência. O objetivo é reunir as principais agências envolvidas num único esforço coordenado de formulação de políticas, desenho integrado de estratégias e gestão coordenada de projetos. Meu núcleo trabalha na vertente do desenvolvimento, capacitando planejadores seniores na área de segurança para que essas pessoas possam integrar equipes de estabilidade e reconstrução em várias partes do mundo. Faz parte de um movimento novo no governo americano para reduzir as barreiras entre as agências, evitando erros como os que permitiram a tentativa de atentado terrorista no último Natal, planejado pela Al-Qaeda.
Istoé
Essa tentativa de atentado revelou fragilidades na segurança dos EUA parecidas com as que permitiram os ataques de 2001. A reforma executada por Bush não resolveu?
Salvador Ghelfi Raza
Há uma semelhança nos dois casos, sim. Após os atentados de 11 de setembro, houve uma grande reforma centrada na gestão das informações de inteligência. De qualquer maneira, o que ocorreu no Natal aqui, ou no Afeganistão e no Iêmen, não se resolve aumentando o número de máquinas que vão fazer o scanner de pessoas nos aeroportos. É preciso atuar nos fundamentos. Em como o governo se organiza, em como as decisões são tomadas, que políticas podem ser mais efetivas e quais elementos das estratégias se tornaram obsoletos. Na segunda-feira 11, tivemos uma reunião de cinco horas sobre novos parâmetros analíticos para definir o que é um conflito. Se os critérios atuais estão corretos. Daí, podemos olhar para Honduras e avaliar que não há ali um conflito. Reduz-se, assim, o afã operacional.
Istoé
No caso hondurenho, os EUA foram criticados pelo Brasil exatamente por não agir.
Salvador Ghelfi Raza -
O silêncio não significa inação. O Brasil age muitas vezes como aquele garoto cheio de energia que mete os pés pelas mãos. Os EUA estão numa posição mais sênior, de avaliar se uma ação se justifica ou não. Não é dar menos importância, mas evitar ações tempestivas.
Istoé
Não é nada fácil mudar a cultura de um país e toda uma burocracia. Será possível fazê-lo nos EUA de Obama?
Salvador Ghelfi Raza
É difícil em todo lugar, mas, ao contrário do que parece, a cultura de mudança existe nos EUA. O difícil é saber para qual direção mudar, que tipo de mudança pode gerar um diferencial de resultados. Não é simplesmente criar ou substituir agências ou departamentos. Embora a dinâmica de mudanças tenha se iniciado na era Clinton e se aprofundado com Bush, no caso de Obama ela é substancialmente diferente. Enquanto no governo Bush a diretriz política era formulada em alto nível, de forma centralizadora, puxando para cima o núcleo de decisão, no caso Obama há uma descentralização e delegação de autoridade. Quando se faz isso, vem à tona uma série de fragilidades de planejamento estratégico, e surgem problemas que pareciam não existir antes. Há aspectos positivos e negativos nesse processo.
Istoé
A ambiguidade na política externa de Obama seria um desses aspectos?
Salvador Ghelfi Raza
Sim. E isso eles querem corrigir. Uma das coisas para as quais precisamos tirar o chapéu e reconhecer é o esforço. Quem está de fora não imagina o que está sendo feito, os bilhões de dólares que estão sendo gastos para reparar de forma discreta, mas forte, a máquina decisória. Não é mudar pessoas, mas saber por que não funciona, qual a lógica articulante do sistema.
Istoé
Dessa estratégia, o que o sr. pode detalhar?
Salvador Ghelfi Raza
Haverá um redesenho das competências de segurança no país, com a criação de um núcleo organizacional de defesa fortemente orientado na integração das agências de inteligência, as de controle dos UAVs (aviões não tripulados), a Força Aérea e as Forças Especiais. Haverá um outro núcleo, de segurança civil, uma espécie de grande Gendarmeria, onde estarão as agências de desenvolvimento. Hoje há três dimensões de ação: no Departamento de Defesa; no Departamento de Estado e no Departamento de Segurança Interna. É como se pegassem as Forças Armadas, as polícias, a inteligência, as agências de fomento, botassem tudo num liquidificador, retirassem os vínculos e separassem em dois. É um esforço enorme, caríssimo, e os primeiros rascunhos já saíram no início de janeiro. O que se antecipa é uma mudança estrutural sem precedentes.
Istoé
Quando Obama dobra as tropas no Afeganistão não está imprimindo sua digital na guerra ao terror de Bush?
Salvador Ghelfi Raza
Não vejo assim. O governo Obama está repensando as estratégias usadas contra o terror. A guerra ao terror de Obama não é a de Bush. Existe um fenômeno chamado terrorismo, que foi enfrentado de uma certa maneira. O propósito de enfrentá-lo continua, mas as estratégias estão sendo ajustadas para dar conta de forma mais abrangente, menos militar e mais eficiente. Envolvem-se mais agências que estavam na periferia do esforço.
Istoé
Que tipo de abordagem podemos esperar nos conflitos atuais?
Salvador Ghelfi Raza
Não só no Afeganistão, mas em vários outros países, podemos esperar maior envolvimento dos países, a qualificação das autoridades locais e a integração das agências de inteligência. Implica ouvir mais os altos escalões do país onde há a crise. E uma tentativa brutal de entender a cultura do povo local. Não há intenção de se impor a chamada doutrina de Washington.
Istoé
Espera-se uma ação menos intervencionista dos EUA?
Salvador Ghelfi Raza
É mais participativa. Não vejo como menos intervencionista, pois aí é uma questão de matiz ideológico. Mas é um desenho mais integrador, que procura identifi car a cultura do país. Evitar erros como os cometidos na Bolívia. Você não pode chegar lá e destruir a coca. Ou acabar com o cultivo de papoula no Afeganistão. A economia desses países depende disso. Então, é preciso substituir esses cultivos. Da mesma forma, ao agir na estabilização, é preciso treinar a polícia e as Forças Armadas para que tenham autonomia. Isso tudo é novo. Antes, o governo americano vinha, ocupava e dizia “eu tenho a solução”. Não é que o americano ficou bonzinho, mas mais inteligente e humano.
Istoé
Como atuar com agências tão estigmatizadas como a Usaid, que por décadas funcionou como fachada da CIA?
Salvador Ghelfi Raza
As agências de fomento serão de fomento e as de inteligência serão de inteligência. Haverá uma defi nição melhor das responsabilidades, sem a fusão de atribuições, mas apenas dos efeitos. Pretende-se, assim, resgatar a imagem delas, aproveitando a ênfase na diplomacia política de cooperação e integração.
Istoé
Mas será difícil convencer muitos países, inclusive na América Latina, de que os EUA agem de boa-fé.
Salvador Ghelfi Raza
É um desafio. De qualquer maneira, a América Latina não está no foco de atenção americana, apesar de ter ganho projeção surpreendente. O Brasil precisa acordar dessa letargia metodológica intelectual, achando que para crescer basta deixar rolar. Nossas instituições estão obsoletas. Nosso pessoal militar tem que sofrer modernização drástica. Não basta comprar avião novo e submarino e manter a mentalidade dos anos 80. A política exterior está desarticulada da política de defesa, estamos numa panela de pressão e aumentando o fogo.
Istoé
A crise em torno do Plano Nacional de Direitos Humanos é um exemplo desse atraso, ao reanimar sentimentos de revanchismo e enfrentamentos que já deveriam estar superados?
Salvador Ghelfi Raza
É só um aperitivo do que vem pela frente. A tendência é piorar. Há crises internas e erros de política tão grandes que podem comprometer a imagem de um país que parou no tempo. O Brasil é um novo-rico. Os EUA já estão fazendo sua revolução para o futuro, e nós dando pulos para trás. Comprando espelhos, como índios. Qual a estratégia de segurança do governo brasileiro? Não tem. Como a política externa dialoga com a compra de mais caças? Como se espera que o submarino nuclear possibilite novas dimensões de dissuasão regional e como isso será usado pela diplomacia comercial? Ninguém sabe.
"A Guerra De Obama Não É A De Bush"Brasileiro que participa da reestruturação da política de defesa dos EUA diz que americanos usarão menos Força militar para defender seus interesses no mundo
Claudio Dantas Sequeira
REVISÃO
Raza: “Não há mais intenção de se impor a doutrina de Washington”
O analista de segurança nacional Salvador Ghelfi Raza é o único brasileiro a integrar a equipe contratada pelo governo Barack Obama para propor uma reforma profunda na política e, também, nos métodos utilizados pelos Estados Unidos mundo afora. São 30 Ph.D.s, os melhores cérebros do mundo em análise de segurança, defesa e diplomacia. Ao lado de Raza, além dos americanos, há ingleses, paquistaneses, suíços e uma mexicana. Raza é doutor em estudos estratégicos pela UFRJ com pós-doutorado em estudos de defesa na National Defense University, em Washington, onde leciona.
Ressaltando que não fala em nome do governo, mas em caráter pessoal, Raza diz que há em curso uma “revolução” que dará um novo perfil às ações externas daquele país. “Para enfrentar o terror, não basta comprar mais scanners para os aeroportos. A guerra mudou, o papel das Forças Armadas também”, diz. No início do mês, começaram a circular internamente os primeiros rascunhos do que promete ser a maior mudança estrutural no setor desde a criação da CIA, a agência de inteligência americana, no final da década de 40.
É preciso evitar erros recorrentes, como querer acabar com o tradicional cultivo da papoula no Afeganistão ou destruir plantações de coca na Bolívia"
"No governo Bush a diretriz política era centralizadora, puxando para cima o núcleo de decisão. No caso de Obama, há uma descentralização"
Istoé
Como é o trabalho que o sr. está desenvolvendo em Washington?
Salvador Ghelfi Raza
Estou trabalhando no desenvolvimento da nova metodologia que será usada para ações estratégicas das agências do governo americano em outros países. É um planejamento a longo prazo. Estamos falando de redesenhar a arquitetura de relacionamento das agências de desenvolvimento, de defesa e de inteligência. O objetivo é reunir as principais agências envolvidas num único esforço coordenado de formulação de políticas, desenho integrado de estratégias e gestão coordenada de projetos. Meu núcleo trabalha na vertente do desenvolvimento, capacitando planejadores seniores na área de segurança para que essas pessoas possam integrar equipes de estabilidade e reconstrução em várias partes do mundo. Faz parte de um movimento novo no governo americano para reduzir as barreiras entre as agências, evitando erros como os que permitiram a tentativa de atentado terrorista no último Natal, planejado pela Al-Qaeda.
Istoé
Essa tentativa de atentado revelou fragilidades na segurança dos EUA parecidas com as que permitiram os ataques de 2001. A reforma executada por Bush não resolveu?
Salvador Ghelfi Raza
Há uma semelhança nos dois casos, sim. Após os atentados de 11 de setembro, houve uma grande reforma centrada na gestão das informações de inteligência. De qualquer maneira, o que ocorreu no Natal aqui, ou no Afeganistão e no Iêmen, não se resolve aumentando o número de máquinas que vão fazer o scanner de pessoas nos aeroportos. É preciso atuar nos fundamentos. Em como o governo se organiza, em como as decisões são tomadas, que políticas podem ser mais efetivas e quais elementos das estratégias se tornaram obsoletos. Na segunda-feira 11, tivemos uma reunião de cinco horas sobre novos parâmetros analíticos para definir o que é um conflito. Se os critérios atuais estão corretos. Daí, podemos olhar para Honduras e avaliar que não há ali um conflito. Reduz-se, assim, o afã operacional.
Istoé
No caso hondurenho, os EUA foram criticados pelo Brasil exatamente por não agir.
Salvador Ghelfi Raza -
O silêncio não significa inação. O Brasil age muitas vezes como aquele garoto cheio de energia que mete os pés pelas mãos. Os EUA estão numa posição mais sênior, de avaliar se uma ação se justifica ou não. Não é dar menos importância, mas evitar ações tempestivas.
Istoé
Não é nada fácil mudar a cultura de um país e toda uma burocracia. Será possível fazê-lo nos EUA de Obama?
Salvador Ghelfi Raza
É difícil em todo lugar, mas, ao contrário do que parece, a cultura de mudança existe nos EUA. O difícil é saber para qual direção mudar, que tipo de mudança pode gerar um diferencial de resultados. Não é simplesmente criar ou substituir agências ou departamentos. Embora a dinâmica de mudanças tenha se iniciado na era Clinton e se aprofundado com Bush, no caso de Obama ela é substancialmente diferente. Enquanto no governo Bush a diretriz política era formulada em alto nível, de forma centralizadora, puxando para cima o núcleo de decisão, no caso Obama há uma descentralização e delegação de autoridade. Quando se faz isso, vem à tona uma série de fragilidades de planejamento estratégico, e surgem problemas que pareciam não existir antes. Há aspectos positivos e negativos nesse processo.
Istoé
A ambiguidade na política externa de Obama seria um desses aspectos?
Salvador Ghelfi Raza
Sim. E isso eles querem corrigir. Uma das coisas para as quais precisamos tirar o chapéu e reconhecer é o esforço. Quem está de fora não imagina o que está sendo feito, os bilhões de dólares que estão sendo gastos para reparar de forma discreta, mas forte, a máquina decisória. Não é mudar pessoas, mas saber por que não funciona, qual a lógica articulante do sistema.
Istoé
Dessa estratégia, o que o sr. pode detalhar?
Salvador Ghelfi Raza
Haverá um redesenho das competências de segurança no país, com a criação de um núcleo organizacional de defesa fortemente orientado na integração das agências de inteligência, as de controle dos UAVs (aviões não tripulados), a Força Aérea e as Forças Especiais. Haverá um outro núcleo, de segurança civil, uma espécie de grande Gendarmeria, onde estarão as agências de desenvolvimento. Hoje há três dimensões de ação: no Departamento de Defesa; no Departamento de Estado e no Departamento de Segurança Interna. É como se pegassem as Forças Armadas, as polícias, a inteligência, as agências de fomento, botassem tudo num liquidificador, retirassem os vínculos e separassem em dois. É um esforço enorme, caríssimo, e os primeiros rascunhos já saíram no início de janeiro. O que se antecipa é uma mudança estrutural sem precedentes.
Istoé
Quando Obama dobra as tropas no Afeganistão não está imprimindo sua digital na guerra ao terror de Bush?
Salvador Ghelfi Raza
Não vejo assim. O governo Obama está repensando as estratégias usadas contra o terror. A guerra ao terror de Obama não é a de Bush. Existe um fenômeno chamado terrorismo, que foi enfrentado de uma certa maneira. O propósito de enfrentá-lo continua, mas as estratégias estão sendo ajustadas para dar conta de forma mais abrangente, menos militar e mais eficiente. Envolvem-se mais agências que estavam na periferia do esforço.
Istoé
Que tipo de abordagem podemos esperar nos conflitos atuais?
Salvador Ghelfi Raza
Não só no Afeganistão, mas em vários outros países, podemos esperar maior envolvimento dos países, a qualificação das autoridades locais e a integração das agências de inteligência. Implica ouvir mais os altos escalões do país onde há a crise. E uma tentativa brutal de entender a cultura do povo local. Não há intenção de se impor a chamada doutrina de Washington.
Istoé
Espera-se uma ação menos intervencionista dos EUA?
Salvador Ghelfi Raza
É mais participativa. Não vejo como menos intervencionista, pois aí é uma questão de matiz ideológico. Mas é um desenho mais integrador, que procura identifi car a cultura do país. Evitar erros como os cometidos na Bolívia. Você não pode chegar lá e destruir a coca. Ou acabar com o cultivo de papoula no Afeganistão. A economia desses países depende disso. Então, é preciso substituir esses cultivos. Da mesma forma, ao agir na estabilização, é preciso treinar a polícia e as Forças Armadas para que tenham autonomia. Isso tudo é novo. Antes, o governo americano vinha, ocupava e dizia “eu tenho a solução”. Não é que o americano ficou bonzinho, mas mais inteligente e humano.
Istoé
Como atuar com agências tão estigmatizadas como a Usaid, que por décadas funcionou como fachada da CIA?
Salvador Ghelfi Raza
As agências de fomento serão de fomento e as de inteligência serão de inteligência. Haverá uma defi nição melhor das responsabilidades, sem a fusão de atribuições, mas apenas dos efeitos. Pretende-se, assim, resgatar a imagem delas, aproveitando a ênfase na diplomacia política de cooperação e integração.
Istoé
Mas será difícil convencer muitos países, inclusive na América Latina, de que os EUA agem de boa-fé.
Salvador Ghelfi Raza
É um desafio. De qualquer maneira, a América Latina não está no foco de atenção americana, apesar de ter ganho projeção surpreendente. O Brasil precisa acordar dessa letargia metodológica intelectual, achando que para crescer basta deixar rolar. Nossas instituições estão obsoletas. Nosso pessoal militar tem que sofrer modernização drástica. Não basta comprar avião novo e submarino e manter a mentalidade dos anos 80. A política exterior está desarticulada da política de defesa, estamos numa panela de pressão e aumentando o fogo.
Istoé
A crise em torno do Plano Nacional de Direitos Humanos é um exemplo desse atraso, ao reanimar sentimentos de revanchismo e enfrentamentos que já deveriam estar superados?
Salvador Ghelfi Raza
É só um aperitivo do que vem pela frente. A tendência é piorar. Há crises internas e erros de política tão grandes que podem comprometer a imagem de um país que parou no tempo. O Brasil é um novo-rico. Os EUA já estão fazendo sua revolução para o futuro, e nós dando pulos para trás. Comprando espelhos, como índios. Qual a estratégia de segurança do governo brasileiro? Não tem. Como a política externa dialoga com a compra de mais caças? Como se espera que o submarino nuclear possibilite novas dimensões de dissuasão regional e como isso será usado pela diplomacia comercial? Ninguém sabe.
"A reconquista da soberania perdida não restabelece o status quo."
Barão do Rio Branco
Barão do Rio Branco
- marcelo l.
- Sênior
- Mensagens: 6097
- Registrado em: Qui Out 15, 2009 12:22 am
- Agradeceu: 138 vezes
- Agradeceram: 66 vezes
Re: GEOPOLÍTICA
Algumas posições do Salvador Ghelfi Raza agora estão explicadas...principalmente algumas afirmações no caso do Subnuc e a compra dos caças.
"If the people who marched actually voted, we wouldn’t have to march in the first place".
"(Poor) countries are poor because those who have power make choices that create poverty".
ubi solitudinem faciunt pacem appellant
"(Poor) countries are poor because those who have power make choices that create poverty".
ubi solitudinem faciunt pacem appellant
- alexmabastos
- Sênior
- Mensagens: 809
- Registrado em: Qua Out 18, 2006 10:59 am
- Agradeceu: 4 vezes
- Agradeceram: 7 vezes
Re: GEOPOLÍTICA
Quais posições?marcelo l. escreveu:Algumas posições do Salvador Ghelfi Raza agora estão explicadas...principalmente algumas afirmações no caso do Subnuc e a compra dos caças.
- marcelo l.
- Sênior
- Mensagens: 6097
- Registrado em: Qui Out 15, 2009 12:22 am
- Agradeceu: 138 vezes
- Agradeceram: 66 vezes
Re: GEOPOLÍTICA
Estava até procurando, mas é um globonews sobre subnuc brasileiro...no seguinte que ele veio, já tinha o Roberto Godoy e era sobre bases americanas.alexmabastos escreveu:Quais posições?marcelo l. escreveu:Algumas posições do Salvador Ghelfi Raza agora estão explicadas...principalmente algumas afirmações no caso do Subnuc e a compra dos caças.
Apesar dos dois ele ter uma postura crítica, no primeiro digamos ele extrapolou um pouco ao ver sobre compatibilidade de radar etc.
Eu sempre acreditei que fosse um anti-petismo dele, mas agora fica coerente as posições antes de setembro sobre o submarino, bases americanas e escolha dos caças. Acredito que o mais importante dos foruns é compreender mais parte técnica, mas também por que especialistas tem certas idéias, não acredito que descobrir que um membro faz isso por ser casado ou consultor do governo ou da oposição desabone, mas fica mais fácil a leitora e a comparação com outras opiniões.
"If the people who marched actually voted, we wouldn’t have to march in the first place".
"(Poor) countries are poor because those who have power make choices that create poverty".
ubi solitudinem faciunt pacem appellant
"(Poor) countries are poor because those who have power make choices that create poverty".
ubi solitudinem faciunt pacem appellant
- Marino
- Sênior
- Mensagens: 15667
- Registrado em: Dom Nov 26, 2006 4:04 pm
- Agradeceu: 134 vezes
- Agradeceram: 630 vezes
Re: GEOPOLÍTICA
Comentários
Grã-Bretanha rejeita reclamação argentina às Malvinas
A Grã-Bretanha rejeitou a última alegação da Argentina para as Ilhas Malvinas, mais de um quarto de século depois de as nações irem à guerra pelo arquipélago atlântico.
A Argentina aprovou uma lei no mês passado reivindicando as Ilhas Malvinas e várias outras ilhas ultramarinas britânicas.
Mas o ministro dos Negócios Estrangeiros Chris Bryant disse na segunda-feira que o Reino Unido não tem “nenhuma dúvida” sobre a sua soberania sobre as ilhas, onde Inglaterra e Argentina travaram uma breve guerra em 1982, que terminou com a derrota da nação sul-americana.
“O Reino Unido rejeita firmemente a aprovação e promulgação, em 9 de dezembro de 2009, da Lei 26.552 argentina”, disse Bryant, em uma declaração por escrito.
As Malvinas, junto com a Geórgia do Sul, Sandwich do Sul e os mares que as rodeiam e o território britânico antártico estão sob soberania do Reino Unido, disse Bryant.
O Ministério das Relações Exteriores emitiu uma mensagem para o responsável argentino em Londres, detalhando a rejeição da Grã-Bretanha à reclamação.
Assim como aprovou a lei em dezembro, o governo argentino reiterou em 3 de janeiro sua reivindicação de soberania sobre as Malvinas, no 177º aniversário da ocupação britânica das ilhas.
Argentina e Grã-Bretanha lutaram sobre as Falklands, conhecidas em espanhol como Las Malvinas, por 74 dias, num conflito que deixou 649 argentinos e 255 britânicos mortos.
FONTE: France Presse
Grã-Bretanha rejeita reclamação argentina às Malvinas
A Grã-Bretanha rejeitou a última alegação da Argentina para as Ilhas Malvinas, mais de um quarto de século depois de as nações irem à guerra pelo arquipélago atlântico.
A Argentina aprovou uma lei no mês passado reivindicando as Ilhas Malvinas e várias outras ilhas ultramarinas britânicas.
Mas o ministro dos Negócios Estrangeiros Chris Bryant disse na segunda-feira que o Reino Unido não tem “nenhuma dúvida” sobre a sua soberania sobre as ilhas, onde Inglaterra e Argentina travaram uma breve guerra em 1982, que terminou com a derrota da nação sul-americana.
“O Reino Unido rejeita firmemente a aprovação e promulgação, em 9 de dezembro de 2009, da Lei 26.552 argentina”, disse Bryant, em uma declaração por escrito.
As Malvinas, junto com a Geórgia do Sul, Sandwich do Sul e os mares que as rodeiam e o território britânico antártico estão sob soberania do Reino Unido, disse Bryant.
O Ministério das Relações Exteriores emitiu uma mensagem para o responsável argentino em Londres, detalhando a rejeição da Grã-Bretanha à reclamação.
Assim como aprovou a lei em dezembro, o governo argentino reiterou em 3 de janeiro sua reivindicação de soberania sobre as Malvinas, no 177º aniversário da ocupação britânica das ilhas.
Argentina e Grã-Bretanha lutaram sobre as Falklands, conhecidas em espanhol como Las Malvinas, por 74 dias, num conflito que deixou 649 argentinos e 255 britânicos mortos.
FONTE: France Presse
"A reconquista da soberania perdida não restabelece o status quo."
Barão do Rio Branco
Barão do Rio Branco
- Sterrius
- Sênior
- Mensagens: 5140
- Registrado em: Sex Ago 01, 2008 1:28 pm
- Agradeceu: 115 vezes
- Agradeceram: 323 vezes
Re: GEOPOLÍTICA
So consumo interno a parte antartica, ja que o tratado impede que eles exerçam essa soberania de fato!
E vamos convir! Os pedidos de soberania que usaram no inicio são ridiculos! A ponto que foi preciso criar o tratado pra nao iniciar outra guerra não so entre EUA e Russia como internamente entre os blocos ja que todo mundo queria seu pedaço.
Tb foi pensado numa epoca que a AL era irrelevante e so existia EUA e Russia, Dpois viro G7, dpois G8, G8+4. Hoje ja estamos no "G20". È impensavel tomar tais atitudes unilaterias hoje com tantos paises influentes.
O Brasil uso um sistema +cientifico usando os meridianos! como se pode ver nessa foto!
Este foi o sistema usado pra resolver a situação do polo norte! Logo defrontar a tese brasileira é mecher no espinhoso caso do polo norte! O que torna mais dificil rejeitar nossa reinvidicação futura .
Vale lembrar que o acordo acabou em 91 e foi adiado pra 2041. E provavelmente em 2041 sera adiado de novo!
E vamos convir! Os pedidos de soberania que usaram no inicio são ridiculos! A ponto que foi preciso criar o tratado pra nao iniciar outra guerra não so entre EUA e Russia como internamente entre os blocos ja que todo mundo queria seu pedaço.
Tb foi pensado numa epoca que a AL era irrelevante e so existia EUA e Russia, Dpois viro G7, dpois G8, G8+4. Hoje ja estamos no "G20". È impensavel tomar tais atitudes unilaterias hoje com tantos paises influentes.
O Brasil uso um sistema +cientifico usando os meridianos! como se pode ver nessa foto!
Este foi o sistema usado pra resolver a situação do polo norte! Logo defrontar a tese brasileira é mecher no espinhoso caso do polo norte! O que torna mais dificil rejeitar nossa reinvidicação futura .
Vale lembrar que o acordo acabou em 91 e foi adiado pra 2041. E provavelmente em 2041 sera adiado de novo!