PRick escreveu:
PRick,
Em momento algum a Cantanhêde disse que o Gripen está quase pronto. Falo isso porque sou umassíduo leitor dela na FSP, aliás desde a década de 90.
O que ela reportou sobre o relatório da FAB:
O problema é que ela não falou só isso, você está deixando de lado as outras matérias que ela escreveu, inclusive da estória do fusquinha. Não estava me referindo apenas essa matéria. Dessa matéria já temos o desmentido, esse relatório não falou isso, e ele não foi vazado.
Vou comentar em vermelho:
Conforme a Folha apurou, o "sumário executivo" do relatório da FAB, com as conclusões finais das mais de 30 mil páginas de dados, apontou o fator financeiro como decisivo para a classificação do caça sueco: o Gripen NG, até por ser monomotor e ainda em fase de projeto (se baseia no Gripen atual, uma versão inferior em performance), é o mais barato dos três concorrentes finais.
Isso é óbvio. Nem precisa de ter infos privilegiadasO preço sim, porém, o suposto relatório da FAB é outra coisa, ela mistura informações reais, com suas informações, que já foram negadas!!
A diferença de valores é tanto no quesito preço do produto como no custo de manutenção. A Saab diz que ofereceu o Gripen pela metade do preço do Rafale, ou seja, algo na casa dos US$ 70 milhões. Afirma que a hora-voo de seu avião é quatro vezes menor do que a do francês, o que a Dassault rejeita: como o Rafale tem duas turbinas, é mais caro de operar, mas teria melhor performance.
Isso, ela deixa bem claro que é o que a SAAB diz, e não a FAB, portanto passível de dúvidas. Novamente, esses dados já aplamente divulgados são apenas propaganda, nada mais que isso, algo completamente dispensável.
Quem vai arcar com todos esses custos, durante os cerca de 30 anos de vida útil do jato, é a FAB, que considera a questão prioritária.
Isso também é óbvio. Não existe nada de óbvio aqui, ela diz que a FAB escolhe caças pelos preços, por serem mais baratos, isso só ela diz, sem nenhuma prova.
Pesou também o compromisso de transferência de tecnologia. O Gripen NG é um projeto em desenvolvimento que oferece em tese mais acesso a tecnologias para empresas futuramente parceiras, como a Embraer.
É óbvio tambémO Gripen NG é um projeto pronto, só não existe produção.
Há a promessa genérica de produção final no Brasil, mas de resto o Rafale também diz isso. O problema é que o francês é um produto pronto, supostamente com menor taxa de transferência de conhecimento de produção.
Está sendo justa e imparcial.Nada haver, isso são alegações da SAAB que não se comprovam na prática, isso vai depender das propostas e do contrato.
O relatório da FAB não considerou como negativo o fato de o jato sueco ser monomotor, já que em aviões modernos isso é visto com um problema menor na incidência de acidentes.
A confiabilidade das turbinas estão aumentando . A F414 é derivada de uma familia que tem mais de 50 milhões de horas de teste. O fato de ser monoturbina hoje em dia não é tão mais arriscado. Vide o F35B e C adotado pela U. S. Navy, tradicional usuária de biturbinas, mas que, por conta da confiabilidade de turbinas mais recentes, que avançaram continuamente ao longo do tempo adquiriu niveis de segurança necessárias paras operarem em P. As.O problema não é o Gripen ser monomotor, mas ser de uma classe muito mais leve.
Já o Rafale apresentou três obstáculos, na análise da FAB:
1) Continuou com valores considerados proibitivos, ao contrário do que o presidente da França, Nicolas Sarkozy, havia prometido a Lula.
Nada de surpresa, pois com a diferença do Euro para o Dólar, hoje cerca de 45%, ou o tesouro francês bancava parte da conta, ou seria impossivel tornar o Rafale competitivo. O Santiago e eu batíamos nessa tecla aqui.Não interessa a diferença cambial, e sim o preço que será oferecido, o Rafale é mais caro, e mais capaz. O Gripen mais barato e menos capaz.
2) O prometido repasse de tecnologia foi considerado muito aquém da ambição Brasileira. Trata-se de um "produto pronto", que teria, ou terá, dificuldades para ser vendido a outros países a partir do Brasil.
A Dassault divulgou que a Embraer seria lider no oferecimento do Rafale para a América Latina. Mas com o preço estratosférico do Rafale, vc não acha mesmo que o Rafale é competitivo aqui na região? O Chile opta pelos EUA. A Venezuela, pelos Russos. Venderiamos o caro Rafale para quem? Para o Paraguai? Honduras?Olha isso nada tem haver, como já coloquei antes, os riscos do Gripen são muito maiores, e o mercado dele restrito porque dependemos de permissão dos EUA para vender ele a terceiros.
3) A Embraer, consultada pela Aeronáutica, declarou que, se fosse o Rafale, não teria interesse em participar do projeto, pois lucraria muito pouco em tecnologia e em negócios.
a resposta que dei acima já esclarece o porque da posição da Embraer. Já com o Gripen, com um custo barato, poderíamos vendê-lo a partir do Brasil, a não ser para países confrontadores dos EUA, como Venezuela, Irã, etc, que com certeza impediriam sues motores nos caças vendidos a esses países. Aliás, os EUA estão certos. Vou repetir sua opinião não é a realidae, a Embraer em nota oficial negou essa informação!!!
Portanto, em vista de tudo acima, não vejo de modo algum uma conduta leviana adotada pela Cantanhêde. Pelo mesnos aos olhos dos que acompanham as noticias do FX, sem paixonites.Grande Piada, você ignora tudo que ela falou, manipulando informações de forma descarada como nessa matéria e fazendo pior ainda em outras matérias.
[]´s
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