TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

Assuntos em discussão: Força Aérea Brasileira, forças aéreas estrangeiras e aviação militar.

Moderadores: Glauber Prestes, Conselho de Moderação

Qual o caça ideal para o FX?

F/A-18 Super Hornet
284
22%
Rafale
619
47%
Gripen NG
417
32%
 
Total de votos: 1320

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Re: [Edit] F-X-2 agora é OFICIAL, confira a partir da Pg 310!

#29896 Mensagem por Bolovo » Dom Jan 10, 2010 10:28 pm

Estamos em 1994. Foi quando começou o FX. [005]




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Re: [Edit] F-X-2 agora é OFICIAL, confira a partir da Pg 310!

#29897 Mensagem por Mapinguari » Dom Jan 10, 2010 10:36 pm

Carlos Mathias escreveu:Como no caso do TP-2000 ?
CM, no caso do TP 2000, a culpa foi dos alemães. Eles cobraram um valor absurdo para fazer um furo nos tubos de torpedo dos IKL e, assim, permitir a integração com o sistema de tiro da Atlas CSU. Os alemães dificultaram tudo o que se relacionava ao sistema de controle do sub, inviabilizando o negócio. O que cabia aos suecos seria feito, inclusive a produção do torpedo no Brasil. Já expliquei isso aqui várias vezes. A história do TP 2000 eu conheço de cor, pois eu ouvi do ex-Comte da FORS.




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Re: [Edit] F-X-2 agora é OFICIAL, confira a partir da Pg 310!

#29898 Mensagem por Mapinguari » Dom Jan 10, 2010 10:41 pm

Bolovo escreveu:
GustavoB escreveu:Mira ali em cima, o tópico está com quase 30 mil mensagens!
Quando chegar lá, a gente imprime tudo, uma mensagem por folha, e manda pro Lula escrito na capa "Relatório COPAC", com as 30 mil páginas.
[018] [018] [009]




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Re: [Edit] F-X-2 agora é OFICIAL, confira a partir da Pg 310!

#29899 Mensagem por Rock n Roll » Dom Jan 10, 2010 10:43 pm

Vou arrastar a brasa para as sardinhas que já estamos assando no GEOPOLÍTICA e alagar logo a máscara.
A compra dos caças é geopolítica pura. Ao aumentar a encomenda do Rafale, lembro que a França não se alinha automaticamente com Roma, os françois terão em algum momento que abrigar aqui uma instalação para montagem, manutenção e ... Teremos que entrar no processo de fato. Com produção de itens aqui !
A Dassault tá com as calças na mão (ver post da entrevista com Serge Dassault) precisando de encomendas e receitas para continuar a existir com saúde financeira. Penso que os demais fornecedores de todo o pacote, armamento, sensores e etc, não podem prescindir de uma possibilidade/oportunidade deste porte.
A França não é mais uma potência colonial com matérias primas fartas e baratas. Vou mais além, água, terras férteis, e energia. Olha a Tal da Geopolítica aqui de novo.
O caroço no angu é a sopa de letrinhas ideológicas rondando o GF. Chegou a hora do Brasil se afirmar como a potência do Atlântico Sul, olha a geopolítica aí de novo, como estado, e não como politiqueiros e inquilinos da vez no Planalto. O Lula, que pode ser o que for menos entupido, sabe disso. E como político oportunista sabe reconhecer este timing.
Nunca antes na história deste país...Alea jacta est. Não sei se teremos outra oportunidade como esta.
A hora de agir já chegou, veremos então que tipo de GF temos. Olha a Geopilítica aí de novo.
Convido para o topic que está começando a criar sustança.
Volto para a arquibancada do coliseu, na poeira já é possível ver quem são os leões e quem será pasto. [005]




Editado pela última vez por Rock n Roll em Dom Jan 10, 2010 10:50 pm, em um total de 4 vezes.
Santa é a guerra, e sagradas são as armas para aqueles que somente nelas podem confiar.
Tito Lívio.
PRick

Re: [Edit] F-X-2 agora é OFICIAL, confira a partir da Pg 310!

#29900 Mensagem por PRick » Dom Jan 10, 2010 10:44 pm

Bourne escreveu:
alex escreveu:Também não entendo porque comprar tudo da França. Que cada projeto de defesa tenha seu peso e que se escolha a melhor oferta. Que o Rafale ganhe por ser o melhor projeto a ser apresentado. Senão só vamos trocar de buana.

E estamos discutindo quase mil paginas disto porque não tivemos governos capazes durante estes 14 anos de projeto FX para gastar mais em pesquisa e desenvolvimento, estamos esperando tudo cair do céu na forma de uma proposta milagrosa por 36 aviões de 4ª geração.
E ainda tentar ajudar a melhorar as contas da Dassault ou SAAB ou simplismente dar grana a Boeing.

Se tivessemos desenvolvido tecnologia teriamos ainda um projeto FX mas com
um nivel muito superior a esta palhaçada que estamos assistindo.
Minha contribuição as 1.000 paginas. :evil:
Camarada Alex,

Corroboro com a sua assertiva. Ademais, acrescento que o maior perigo no futuro é achar que o Rafale salavará a FAB e não se preparar para as novas ondas. Assim, infelizmente, tendo que comprar algum caça pronto nos idos de 2020/2030, nos mesmos moldes do FX.

Oras, ninguém por aqui está afirmando isso, a compra do caça é uma parte do acordo, como o NJ não cansa de dizer, a palavra chave é capacitação. Espera-se que a Embraer acumule conhecimento o suficiente para partir para a nova geração de caças. Não só a plataforma, mas seus sistemas.

[]´s




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Re: [Edit] F-X-2 agora é OFICIAL, confira a partir da Pg 310!

#29901 Mensagem por Slip Junior » Dom Jan 10, 2010 10:47 pm

PRick escreveu:Oras, ninguém por aqui está afirmando isso, a compra do caça é uma parte do acordo, como o NJ não cansa de dizer, a palavra chave é capacitação. Espera-se que a Embraer acumule conhecimento o suficiente para partir para a nova geração de caças. Não só a plataforma, mas seus sistemas.
Eu quase tenho um infarto toda vez que leio isso, mas como não adianta nada eu falar coisa alguma nesse sentido, deixo aqui apenas tal registro... :roll:

Abraços




Bender

Re: [Edit] F-X-2 agora é OFICIAL, confira a partir da Pg 310!

#29902 Mensagem por Bender » Dom Jan 10, 2010 10:55 pm

Bolovo escreveu:Estamos em 1994. Foi quando começou o FX. [005]

PROGRAMA FX

A FORÇA AÉREA BRASILEIRA RUMO AO SÉCULO XXI (*)
( Texto Revisado )


Expedito Carlos Stephani Bastos, Pesquisador de Assuntos Militares e Coordenador do Núcleo de Estudos Estratégicos do Instituto Histórico e Geográfico de Juiz de Fora.
expeditobastos@artnet.com.br



O Programa FX visa a seleção e a aquisição de um caça pela Força Aérea Brasileira que venha substituir os atuais Mirage III EBR, adquiridos na década de 70, e previsto para serem desativados até 1º de janeiro de 2005.

Este programa visa o Fortalecimento do Controle do Espaço Aéreo Brasileiro, cujo programa maior foi o Fênix, que previa um investimento de US$3,5 bilhões de dólares em cinco anos, a partir de 2000.
No plano de revitalização da FAB como um todo, inclui: aviação de transporte (compra de 10 Lockheed Hércules C-130 H da Força Aérea Italiana) , patrulha (compra de 12 aviões Lockheed P-3B Orion), anti-guerrilha e narcotráfico (99 Embraer AT-29 ALX), treinamento (Up Grade nos Embraer AMX A-1), alerta aéreo antecipado e sensoreamento remoto (5 Embraer 145AEW e 3 FR) e caça (revitalização e compra de mais F-5 e o Programa FX).

O Programa FX teve início em agosto de 2001, quando o Comandante da Aeronáutica, Brigadeiro Carlos de Almeida Baptista, solicita RFI (Request for Information) e comparecem sete empresas: Lockheed Martin (F-16), Boeing (F18E/F), Alenia (Eurofighter 2000), Gripen Inrternational (Gripen), Embraer (Mirage 2000BR), Rosoboronexport (Sukhoi 35) e RAC-MIG (Mig 29).
A seguir foram emitidos dois RFP (Request for Proposal) e duas das sete competidoras, a Alenia e a Boeing, se retiram sob a alegação de não conseguirem atender aos limites de preços colocados no processo.

O valor é de US$700 milhões de dólares para um grupo de 12 a 24 aviões, incluindo armamentos, treinamento e documentação. Posteriormente o número de aviões foi fixado em 12 unidades.
No fim de dezembro foi emitido um short list com o Best Offer, o qual será apreciado, junto com uma nova avaliação em vôo dos aviões, e um relatório final pelo Comando da Aeronáutica, pelo Conselho de Defesa Nacional, em junho, sendo que a assinatura do contrato se dará impreterivelmente em junho do corrente ano.
É a primeira vez que um fato desta relevância será levado ao Conselho de Defesa Nacional, ponto final político para um processo de escolha, que tornou-se polêmico, com grande participação na mídia e meios políticos. Participam dele políticos com acalorados arroubos nacionalistas, porém sem nenhum entendimento do que seja um projeto industrial, complexo e muito menos um projeto militar, que envolve relações Governo a Governo.

Conclusão

Nos recentes artigos publicados com análise dos aviões participantes do Programa FX, vê-se que o único que atende aos requisitos de um avião multi-role com o real atendimento da especificação de capacidade aérea é o Sukhoi Su-35, isto se estivermos pensando nos próximos 20 anos. :oops: Entretanto como as decisões nem sempre são técnicas ; às vezes prevalece a decisão política , talvez a tradição traga novamente um avião americano, o F-16, semelhante aos comprados, este ano, pelo Chile. Ao prevalecer a decisão política com arroubos nacionalista o vencedor poderá ser o Mirage 2000 BR (Embraer), estando os demais praticamente fora da concorrência.

Um exemplo claro de decisões políticas foi a compra de dois tipos de MBT pelo Exército Brasileiro, um pelo ponto de vista técnico (Leopard 1 A1) e o outro pela imposição política (M-60 A3 TTS) que estão entre nós...
Assim a competição tornou-se um complicado quebra cabeça político, industrial, estratégico e de geopolítica internacional. Curiosamente, quem irá decidir é o Presidente Fernando Henrique Cardoso, que nos últimos seis meses tem visitado os principais países - participantes do Programa FX - Rússia (Janeiro 2002), Suécia (Fevereiro 2002), França (2001) e Estados Unidos (?). E este é o seu último ano de mandato.
Vale salientar que no Chile bastou a assinatura do Presidente da República para que a compra dos aviões fosse concretizada, ao passo que no Brasil só o Presidente não basta.
A data limite é 30 de junho de 2002, estamos num ano eleitoral, se for ultrapassada, ficará para o próximo Presidente e, como ficará o Programa FX?
----------------------------------------------------------

O Interessante é o sub-titulo que deveria ser;"A COMPRA DE UMA MERRECA DE CAÇAS RUMO AO SÉCULO XXI"

obs:Os grifos são meus :wink:
Sds.




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Re: [Edit] F-X-2 agora é OFICIAL, confira a partir da Pg 310!

#29903 Mensagem por Marino » Dom Jan 10, 2010 11:00 pm

Santiago escreveu:Prezado Marino,

Parabéns pelo post.
Valeu, obrigado.
Poucos são os que tem saído do lugar comum na defesa da parceria Brasil - França. Não sou contra essa parceria. Muito pelo contrário. Porém, acho que não devemos nos limitar a apenas esta. Ao contrário de países em situações conflituosas que são obrigados a escolher lado e parceiro, o Brasil não possui esse tipo de restrição e pode firmar parcerias estratégicas com quem ele quiser e beneficiar-se de todas elas. O que sou contra é o estabelecimento prévio de mercado cativo para fornecedores da França. Se os fornecedores franceses oferecerem melhores condições que os demais, ótimo. Que ganhem os contratos. Caso contrário, que se adquira de outro país cujo fornecedor ofereça melhores condições tecnológicas, de preço, etc.
Totalmente de acordo. A África do Sul é um exemplo disso. Não nos limitamos a França, nosso programa de mísseis terá participação imensa da AS.
Vou tomar a liberdade de postar algumas observações no teu post e espero contribuir para atingirmos as 2.000 páginas.
Perfeito
Marino escreveu:Lá vem geopolítica de novo.
Por qual motivo interessa à França o acordo estratégico com o Brasil?
Pensando rapidinho, aqui não é o lugar apropriado:
- a França não é produtora de matérias primas;

A Suécia também não é. Do CS o Reino Unido também não é. Boa parte da Europa não é. Israel tb não é. A China embora produtor de matérias primas é hoje o buraco negro de metérias primas mundial.
Sim, efetivamente, mas a Suécia é potência mundial, é membro do CS da ONU, faz fronteira com o Brasil, etc?
Tirando a questão dos aviões, uma análise pura e simples da importância dos 2 países nos leva a qual conclusão?
Os outros países citados se propuseram a transferir tecnologia, a apoiar o nascimento de uma potência regional (por enquanto)?


- a França não é produtora de energia (vamos lembrar do gás russo, que pode ser cortado de novo. Lebremo-nos do pré-sal);

A França é o segundo maior produtor de energia nuclear do planeta. E um dos lideres na produção de energias alternativas (hidro e madeira).
Um item importante de sua política energetica é:
Improvement of energy independence
To reduce France's energy dependence, it has been decided to promote energy saving and invest in nuclear electricity generation and renewable energies. These energies provide a reliable long-term supply without greenhouse gas emissions, and nuclear energy ensures stable electricity prices.
http://www.developpement-durable.gouv.f ... etique.htm

A França exporta energia elétrica para a Espanha e Itália (creio), mas juntamente com a Europa importa gás da Rússia (a Alemanha é a principal consumidora). Não produz petróleo, quanto a urânio CREIO que importa também. Tirando a energia nuclear, que tantos protestos trazem na Europa, todos os países europeus continentais (menos a Holanda por causa de petróleo) possuem deficiência de energia. Se não são deficientes agora (Holanda), serão em breve. Aqui está a importãncia de olhar para a frente, de fazer prospectiva, de costurar o futuro que vc quer que aconteça a partir de AGORA.
Quais as opções para a França?
A Rússia? Os países ...ISTÃO? o Oriente Médio?
Qual país é mais viável, menos conturbado, com regras jurídicas aceitas internacionalmente, ocidental, fronteiriço, com economia de mercado?


- a França não tem um mercado interno em evolução, faminto por consumir, como o nosso;

O mercado interno brasileiro é um dos que mais cresce no mundo. Um mercado voraz: carros, computadores, celulares, tvs de LCD, games, perfumaria, etc, etc.

Um item importante no crescimento do nosso PIB é o crescimento do consumo.

Exato, mais uma razão para a lista que fiz acima.

A exemplo da França, a Suecia possui um mercado interno estável. Aliás, como nos países desenvolvidos. As vendas são altas, mas não crescem muito. Contudo, crescem os novos nichos que são criados constantemente devido a inovação de produtos e serviços.
Aí voltamos as questões anteriores: a Suécia pode nos oferecer o mesmo que a França?

- a França optou por um desenvolvimento em termos de defesa independente, como nós. Os brasileiros não veem que estamos montando um projeto gaulista nos trópicos;

Os mercado de defesa, mesmo francês, estão cada vez mais integrados globalmente. As empresas francesas estão integradas a conglomerados europeus e esse processo tende a se aprofundar. Cada vez mais prevalecem os programas conjuntos.

A França ainda resiste a este modelo, devido as pressões que enfrentou com De Gaulle. A vergonha que enfrentou, junto com a Inglaterra, em Suez, com os EUA MANDANDO as 2 ex-potências saírem do Egito por causa de um acordo com a URSS, calou fundo no sentimento francês. Estavam fora do jogo. A Inglaterra se conformou em ser o 52º Estado americano (o 51º é o canadá), a França não.
Eu escrevi anteriormente que ainda não notaram que o que nós, brasileiros, estamos fazendo, é instituir um projeto gaulista nos trópicos. Por enquanto, é a nossa solução. No futuro, com o desenvolvimento tecnológico brasileiro, com igualdade de "poder", podemos rever nossa postura, e o faremos, estou certo.


O modelo da Saab me parece muito mais equivalente a forma como a Embraer, a HAL, a IAI atuam, com fornecedores de diversos países, escolhidos em função da adequação a cada projeto, levando-se em conta aspectos técnicos, custo e mercado.
A Suécia e Israel, países pequenos, mesmo militarmente e tecnologicamente fortes, não podem se comparar com um país baleia como o Brasil. Sinto, não quero que meu país se submeta como os dois. Prefiro a comparação com a Índia e a China.
A Embraer ainda não tem opção
.

- não somos rivais estratégicos dos franceses. Podemos competir em algumas áreas, como o Falcon/aviões Embraer, p. ex, mas isso não significa rivalidade estratégica entre nações;

Também não somos rivais estratégico dos suecos e nem dos países europeus isoladamente. Com relação a UE e a outros grandes países/blocos, o futuro vai dizer.
De novo a questão acima: o que os outros países nos ofereceram?

- a cultura é parecida, somos latinos, bem diferente de entendermos os chineses, p. ex.

A diversidade cultural é salutar. Aprende-se práticas diferentes das nossas.
Sim, mas AGORA, com quem vc gostaria de negociar, de trazer padrões industriais, de FALAR, de morar, de levar sua família, de saber que vai usar a culinária local, etc?
Com a China, com a Rússia (me perdoem alguns aqui do DB :mrgreen: ), ou com um país europeu?
Não estamos em uma sala de sociologia, ou de antropologia. As questões são armas e capacitação nacional.


- etc.
Então, se a pretenção é contar com um fornecedor confiável de energia, p. ex, por qual motivo seríamos boicotados?

Vale tb para a Suécia. O mesmo vale até para os EUA que no fim deverão ser os maiores compradores de energia do Brasil.
Quanto a Suécia, vale o escrito acima. Quanto aos EUA, se propuseram a transferir o que a França aceitou? Querem uma outra Marinha nuclear em seu "quintal"?
Podem comprar o que quisermos vender, não nos negaremos, mas não queremos espelhinhos.


Se com nossas compras garantimos nosso desenvolvimento industrial no setor de defesa, mas mais, mantemos viva a indústria francesa, por qual motivo seríamos boicotados?

O mesmo vale para a Suecia e para muitos outros países.
De novo, o que nos oferecem?

Se assumimos nas relações internacionais posições equivalentes, por qual motivo seríamos boicotados?

Será que teremos posições equivalentes sempre?
Atualmente há muitas questões importantes que não convergimos: Irã, não proliferação nuclear, combate ao terrorismo, Cuba, subsídios agrícolas, etc.

Desta lista não vi nada que leve a um estremecimento estratégico. Ou vc acha que por causa do Iran, ou Cuba, romperíamos relações com a França? Subsídios serão resolvidos globalmente, na OMC.

Se a ToT for absorvida pela indústria brasileira, como previsto em contratos, mesmo em fase inicial, permitindo que andássemos com as próprias pernas e os dispensássemos em represália, por qual motivo seríamos boicotados?

Se eles "ensinassem" a projetar e a gente absorvesse, ok. Caso contrário teriamos problemas. Isso vale para qualquer parceiro.
Como vão fazer com o casco do SSN. Se a MB conseguiu impor isso, pq a FAB não conseguiria? Vale para o parceiro que tenha o que transferir, e QUEIRA (os EUA poderiam, mas...)

ETC.
Saiam do parafuso, pensem em outros aspectos MUITO mais importantes que o hardware.

Também acho.

[]s
Forte abraço






Editado pela última vez por Marino em Dom Jan 10, 2010 11:09 pm, em um total de 2 vezes.
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Re: [Edit] F-X-2 agora é OFICIAL, confira a partir da Pg 310!

#29904 Mensagem por Penguin » Dom Jan 10, 2010 11:00 pm

Marino escreveu:[ quote="gomugomu"]
Marino escreveu: Uma tal de tecnologia que nenhum outro país cederia (SSN); e uma outra que é irrestrita, não a necessária.
Entenda, acordo estratégico não significa que todas as questões terão a mesma visão, ou que um cede para o outro em termos de política nacional.
Significa que há mais pontos em comum do que disputas.
Falando nisso, como o Prick explicou, assuntos agrícolas - foro OMC.

Irrestrita? :lol: :lol: :lol: :lol: :lol: :lol: :lol: :lol:
A que a FAB, ou a Embraer, ou quem decidir pedir.
Para o SSN será irrestrita, pois aprendendo a PROJETAR O CASCO, nos indenpendizamos definitivamente.[/quote]

-----------------------------------------------------------------------

Prezado Marino,

Irrestrita? Segundo o acordo...
2.4 A Parte brasileira será a autoridade de concepção do submarino SNBR. A Parte brasileira receberá assistência da Parte francesa de acordo com as disposições do Artigo 1. Entretanto, a Parte brasileira não receberá assistência da Parte francesa para a concepção, a construção e a colocação em operação do reator nuclear embarcado, das instalações do compartimento do reator nuclear e dos equipamentos e instalações cuja função seja destinada principalmente ao funcionamento do reator ou à segurança nuclear.

Para os equipamentos e instalações que contribuam de forma acessória ao funcionamento do reator ou à segurança nuclear, o presente Acordo abrange as funcionalidades que não tenham ligação com o funcionamento do reator ou com a segurança nuclear.

A interpretação e as modalidades de aplicação prática destas disposições serão examinadas, conforme necessário, pelo Comitê de Cooperação instituído pelo Artigo 8, que remete às Partes, se necessário, para fins de ressarcimento, conforme disposto no Artigo 9.

.............

Artigo 9
Solução de Controvérsias

Qualquer controvérsia relativa à aplicação ou à interpretação do presente Acordo será resolvida por meio de negociação entre as Partes, pela via diplomática.

Ou seja, os franceses não estão obrigados (muito pelo contrário) nem a auxiliar na concepção (para não mencionar as outras fases) das instalações do SNBR no que diz respeito a segurança nuclear do compartimento do reator?! Onde vamos conseguir esse know how?

[]s




Sempre e inevitavelmente, cada um de nós subestima o número de indivíduos estúpidos que circulam pelo mundo.
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Re: [Edit] F-X-2 agora é OFICIAL, confira a partir da Pg 310!

#29905 Mensagem por Marino » Dom Jan 10, 2010 11:01 pm

Bourne escreveu:
Santiago escreveu:Prezado Marino,

Parabéns pelo post. Poucos são os que tem saído do lugar comum na defesa da parceria Brasil - França. Não sou contra essa parceria. Muito pelo contrário. Porém, acho que não devemos nos limitar a apenas esta. Ao contrário de países em situações conflituosas que são obrigados a escolher lado e parceiro, o Brasil não possui esse tipo de restrição e pode firmar parcerias estratégicas com quem ele quiser e beneficiar-se de todas elas. O que sou contra é o estabelecimento prévio de mercado cativo para fornecedores da França. Se os fornecedores franceses oferecerem melhores condições que os demais, ótimo. Que ganhem os contratos. Caso contrário, que se adquira de outro país cujo fornecedor ofereça melhores condições tecnológicas, de preço, etc.

Vou tomar a liberdade de postar algumas observações no teu post e espero contribuir para atingirmos as 2.000 páginas.
Corroboro com a mesma posição, camarada Santiago.
Aguardo suas contribuições para debatermos.




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Re: [Edit] F-X-2 agora é OFICIAL, confira a partir da Pg 310!

#29906 Mensagem por Matheus » Dom Jan 10, 2010 11:02 pm

Santiago escreveu:
O TEMPO on line

A escolha do pior
http://www.fab.mil.br/portal/capa/index ... a_notimpol

Quem analisa os concorrentes no páreo para a renovação da frota de aeronaves militares da FAB, ou mais precisamente o sueco Gripen NG, o francês Rafale e o americano F-18, convence-se de que a proposta francesa é a pior de todas, assim como concluiu o relatório da Aeronáutica Militar.

O certame deveria prosseguir apenas entre suecos e americanos. Contra o Rafale o próprio ministro da Defesa da França, Hervé Morin, deu uma explicação convincente: "O Rafale é uma Ferrari, o Gripen, um Volvo". O Brasil precisa justamente de um Volvo para ir ao supermercado, e não de uma Ferrari - de altíssima performance, reservada para oportunidades especialíssimas.

A FAB precisa, para defender seu espaço aéreo, de um meio confiável de baixo consumo, até para não drenar seu "suado" orçamento e se comprometer a um ônus econômico maior do que sua perna. A hora voada do Rafale/Ferrari custa US$ 14 mil, do Gripen/Volvo, US$ 4.000. A diferença em performance é quase inexpressiva. Dispensa-se, portanto, comentários e delongas quando se esbarra numa diferença técnica que não justifica certamente um sacrifício econômico superior em 250%.

Se o Volvo satisfaz, a baixo custo, todas as exigências de uma família, dando-lhe a segurança de que precisa, comprar uma Ferrari representaria uma maluquice, como o ministro Morin se encarrega de esclarecer.

Porém, se as circunstâncias levassem a procurar um desempenho de Ferrari, o modelo norte-americano, oferecido pela Boeing, fabricante do F18, ganha em tudo do Rafale e oferece, ainda, um custo 30% inferior.

Para que o Rafale? Seria uma questão política? Isso tem que passar no Conselho de Segurança Nacional, no Congresso e, eventualmente, num debate qualificado. Não pode ficar restrito a um presidente da República que tem mais 11 meses de mandato. O Brasil vai continuar depois dele.
Se analisarmos a transferência de tecnologia prometida pela França ao Brasil, verificaremos que o Rafale e o F18 são projetos consolidados e globalizados. O Brasil seria mero espectador e usuário das tecnologias empregadas. No projeto Gripen, aberto a modificações substantivas, presta-se (como especificado na proposta e reconhecido pela FAB) a uma participação direta. Considere-se ainda que a supremacia econômica do Brasil em relação à Suécia possibilitaria ao Brasil uma relação favorável e exercer uma soberania compartilhada sobre o projeto. Isso se traduz numa garantia de longo prazo que Rafale e F18 não possuem.

Mas, se fosse o caso de escolher o parceiro de melhor tecnologia, a Boeing é quem dá um banho na Dassault francesa. Os americanos possuem projetos como do F117, avião invisível cujo protótipo não tripulado já está no ar. Os franceses estão atrasados 20 anos. A Boeing, em terra, é um oceano de conhecimentos tecnológicos; a Dassault, apenas uma lagoa. A Saab, fabricante do Gripen, tenta entrar num nicho menos pretensioso, equilibrar-se no custo-benefício suportável para economias emergentes e fornecer um meio inovador e excelente meio de defesa.

A escolha do Rafale, anunciada pelo governo atropelando prazos e processos licitatóorios, não convence. O presidente Lula terá que fornecer explicações consistentes e muito mais objetivas de quanto sejam seus entendimentos com o presidente Sarkosy.

tendencioso é pouco...




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Re: [Edit] F-X-2 agora é OFICIAL, confira a partir da Pg 310!

#29907 Mensagem por Marino » Dom Jan 10, 2010 11:02 pm

Prezado Marino,

Irrestrita? Segundo o acordo...
:wink: :wink: :wink:
Santiago, isso fomos nós que escrevemos.
A parte nuclear está pronta, não queremos ninguém metendo a mão.




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Re: [Edit] F-X-2 agora é OFICIAL, confira a partir da Pg 310!

#29908 Mensagem por AlbertoRJ » Dom Jan 10, 2010 11:04 pm

Santiago escreveu:
Marino escreveu:[ quote="gomugomu"]
Irrestrita? :lol: :lol: :lol: :lol: :lol: :lol: :lol: :lol:
A que a FAB, ou a Embraer, ou quem decidir pedir.
Para o SSN será irrestrita, pois aprendendo a PROJETAR O CASCO, nos indenpendizamos definitivamente.
-----------------------------------------------------------------------

Prezado Marino,

Irrestrita? Segundo o acordo...
2.4 A Parte brasileira será a autoridade de concepção do submarino SNBR. A Parte brasileira receberá assistência da Parte francesa de acordo com as disposições do Artigo 1. Entretanto, a Parte brasileira não receberá assistência da Parte francesa para a concepção, a construção e a colocação em operação do reator nuclear embarcado, das instalações do compartimento do reator nuclear e dos equipamentos e instalações cuja função seja destinada principalmente ao funcionamento do reator ou à segurança nuclear.

Para os equipamentos e instalações que contribuam de forma acessória ao funcionamento do reator ou à segurança nuclear, o presente Acordo abrange as funcionalidades que não tenham ligação com o funcionamento do reator ou com a segurança nuclear.

A interpretação e as modalidades de aplicação prática destas disposições serão examinadas, conforme necessário, pelo Comitê de Cooperação instituído pelo Artigo 8, que remete às Partes, se necessário, para fins de ressarcimento, conforme disposto no Artigo 9.

.............

Artigo 9
Solução de Controvérsias

Qualquer controvérsia relativa à aplicação ou à interpretação do presente Acordo será resolvida por meio de negociação entre as Partes, pela via diplomática.

Ou seja, os franceses não estão obrigados (muito pelo contrário) nem a auxiliar na concepção (para não mencionar as outras fases) das instalações do SNBR no que diz respeito a segurança nuclear do compartimento do reator?! Onde vamos conseguir esse know how?

[]s[/quote]

Santiago,

Isso é o que foi declarado. Mas talvez não seja bem assim.

[]'s




Editado pela última vez por AlbertoRJ em Dom Jan 10, 2010 11:04 pm, em um total de 1 vez.
Alberto -
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Re: [Edit] F-X-2 agora é OFICIAL, confira a partir da Pg 310!

#29909 Mensagem por WalterGaudério » Dom Jan 10, 2010 11:04 pm

A França optou por um caminho independentista, muito radical. E agora colhe estes(bons, na minha opinião) frutos, na forma de países que buscam se afastar do "império".




Só há 2 tipos de navios: os submarinos e os alvos...

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Re: [Edit] F-X-2 agora é OFICIAL, confira a partir da Pg 310!

#29910 Mensagem por midnight » Dom Jan 10, 2010 11:06 pm

PRick escreveu:
Bourne escreveu: Camarada Alex,

Corroboro com a sua assertiva. Ademais, acrescento que o maior perigo no futuro é achar que o Rafale salavará a FAB e não se preparar para as novas ondas. Assim, infelizmente, tendo que comprar algum caça pronto nos idos de 2020/2030, nos mesmos moldes do FX.

Oras, ninguém por aqui está afirmando isso, a compra do caça é uma parte do acordo, como o NJ não cansa de dizer, a palavra chave é capacitação. Espera-se que a Embraer acumule conhecimento o suficiente para partir para a nova geração de caças. Não só a plataforma, mas seus sistemas.

[]´s

Bem dito PRIck, inclusive é nesses moldes que a China se capacitou, foi construindo motores do SU-27, e com a ajuda de técnicos russos e israelenses (segundo li nesse link http://www.xmp.com.pt/tdsnews/242.1445.0.0.1.0.phtml) construiram o J-10 e agora estão contudo elaborando o J-XX, e como a verba corre solta na china é até capaz do J-XX ficar operacional primeiro do que o PAK-FA que tem seu vôo planejado para 2010 (como protótipo).




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