GEOPOLÍTICA

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Re: GEOPOLÍTICA

#1126 Mensagem por Enlil » Seg Jan 04, 2010 6:11 pm

Carlos Mathias escreveu:Mais bases para combater o narcotráfico e os terroristas. :?
Daqui só falta dizerem q o Bin Laden está na selva colombiana :roll: :lol:...

E tem gente q diferencia a política de Estado democrata da republicana... Pura maquiagem...




Enlil
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Re: GEOPOLÍTICA

#1127 Mensagem por Enlil » Seg Jan 04, 2010 6:13 pm

kurgan escreveu:04/01/2010 - 16h29
Hillary diz que situação no Iêmen ameaça estabilidade mundial

da Folha Online

A secretária de Estado dos Estados Unidos, Hillary Clinton, disse nesta segunda-feira que a situação no Iêmen era uma ameaça à estabilidades da região e do mundo.

"Nós vemos implicações globais na guerra no Iêmen e nos esforços contínuos da Al Qaeda no Iêmen para usar o país como uma base de ataques terroristas bem além da região", disse Hillary depois de uma reunião com o premiê do Catar.

Hillary disse que a decisão de reabrir a embaixada dos EUA no Iêmen --fechada por dois dias devido ao que descreveu como ameaças da Al Qaeda-- seria retomada a partir de uma análise de segurança.

"Reavaliamos constantemente nossas condições de segurança, e tomaremos uma decisão sobre a reabertura da embaixada quando as condições o permitirem", declarou Hillary à imprensa.

- Os Estados Unidos reabrirão sua embaixada no Iêmen quando as condições de segurança o permitirem, afirmou nesta segunda-feira a secretária de Estado americana, Hillary Clinton.

"Reavaliamos constantemente nossas condições de segurança, e tomaremos uma decisão sobre a reabertura da embaixada quando as condições o permitirem", declarou Hillary à imprensa.

O braço da Al Qaeda no Iêmen recebe especial atenção dos EUA desde o último dia 25, dia de Natal, quando o nigeriano Umar Farouk Abdulmutallab, 23, que estava no Iêmen, foi para Amsterdã, na Holanda, onde conseguiu embarcar, com explosivos, em um voo com destino a Detroit (EUA). Enquanto tentava acionar os explosivos, o nigeriano acabou contido por outros passageiros, o que impediu que ele explodisse a aeronave, que levava cerca de 300 pessoas.

Em interrogatório, o nigeriano disse que havia recebido as instruções para o ataque frustrado no Iêmen. No sábado (2), o presidente americano, Barack Obama, confirmou que a Al Qaeda do Iêmen estava por trás da ação.

O Reino Unido e o Japão também fecharam as embaixadas no Iêmen. A França e a Alemanha fecharam os setores consulares, de atendimento ao público. Todas as restrições foram acompanhadas de alertas aos cidadãos desses países.

Com Reuters e France Presse

http://www1.folha.uol.com.br/folha/mund ... 4428.shtml
A maior ameaça a estabilidade mundial é um certo país com mais de 700 bases no exterior, em todos os continentes...




kurgan
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Re: GEOPOLÍTICA

#1128 Mensagem por kurgan » Seg Jan 04, 2010 6:23 pm

Enlil escreveu:
kurgan escreveu:04/01/2010 - 16h29
Hillary diz que situação no Iêmen ameaça estabilidade mundial

da Folha Online

A secretária de Estado dos Estados Unidos, Hillary Clinton, disse nesta segunda-feira que a situação no Iêmen era uma ameaça à estabilidades da região e do mundo.

"Nós vemos implicações globais na guerra no Iêmen e nos esforços contínuos da Al Qaeda no Iêmen para usar o país como uma base de ataques terroristas bem além da região", disse Hillary depois de uma reunião com o premiê do Catar.

Hillary disse que a decisão de reabrir a embaixada dos EUA no Iêmen --fechada por dois dias devido ao que descreveu como ameaças da Al Qaeda-- seria retomada a partir de uma análise de segurança.

"Reavaliamos constantemente nossas condições de segurança, e tomaremos uma decisão sobre a reabertura da embaixada quando as condições o permitirem", declarou Hillary à imprensa.

- Os Estados Unidos reabrirão sua embaixada no Iêmen quando as condições de segurança o permitirem, afirmou nesta segunda-feira a secretária de Estado americana, Hillary Clinton.

"Reavaliamos constantemente nossas condições de segurança, e tomaremos uma decisão sobre a reabertura da embaixada quando as condições o permitirem", declarou Hillary à imprensa.

O braço da Al Qaeda no Iêmen recebe especial atenção dos EUA desde o último dia 25, dia de Natal, quando o nigeriano Umar Farouk Abdulmutallab, 23, que estava no Iêmen, foi para Amsterdã, na Holanda, onde conseguiu embarcar, com explosivos, em um voo com destino a Detroit (EUA). Enquanto tentava acionar os explosivos, o nigeriano acabou contido por outros passageiros, o que impediu que ele explodisse a aeronave, que levava cerca de 300 pessoas.

Em interrogatório, o nigeriano disse que havia recebido as instruções para o ataque frustrado no Iêmen. No sábado (2), o presidente americano, Barack Obama, confirmou que a Al Qaeda do Iêmen estava por trás da ação.

O Reino Unido e o Japão também fecharam as embaixadas no Iêmen. A França e a Alemanha fecharam os setores consulares, de atendimento ao público. Todas as restrições foram acompanhadas de alertas aos cidadãos desses países.

Com Reuters e France Presse

http://www1.folha.uol.com.br/folha/mund ... 4428.shtml
A maior ameaça a estabilidade mundial é um certo país com mais de 700 bases no exterior, em todos os continentes...
"uma mentira cem vezes dita, torna-se verdade".




kurgan
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Re: GEOPOLÍTICA

#1129 Mensagem por kurgan » Seg Jan 04, 2010 6:28 pm

EE UU coordina con Yemen una ofensiva militar contra Al Qaeda
"Vemos repercusiones mundiales en la guerra de Yemen", asegura Clinton

Estados Unidos ha comenzado a coordinar con las autoridades de Yemen una escalada de acciones militares para frenar el desarrollo de Al Qaeda en ese país y, si es posible, descabezar la organización. El primer golpe de esta nueva campaña ha sido asestado hoy por las fuerzas yemeníes contra varios dirigentes del grupo terrorista, dos de los cuales resultaron muertos. Otras opciones y prioridades de la guerra contra el terrorismo serán discutidas mañana en Washington por el presidente Barack Obama con los responsables de las principales agencias de seguridad e inteligencia.

"Vemos repercusiones mundiales en la guerra de Yemen y en los planes de Al Qaeda de usar Yemen como base para ataques terroristas lejos de esa región", ha declarado hoy la secretaria de Estado, Hillary Clinton. "Al Qaeda en la Península Arábiga representa una seria amenaza y vamos a tomar medidas contundentes contra ella. Ya han atacado a nuestra Embajada y ahora está claro que quieren trasladar esos ataques a nuestro propio país", ha advertido el principal asesor de asuntos terroristas de la Casa Blanca, John Brennan.

El propósito de la Administración norteamericana, según han explicado diversas fuentes oficiales, es el de agudizar la presión sobre la rama de Al Qaeda en Yemen sin dar excusas al radicalismo islámico para incrementar su campaña de propaganda contra Occidente. Es decir, Estados Unidos pretende aumentar su colaboración con el Gobierno yemení y su contribución a la campaña militar, tanto en términos de información como de recursos bélicos, sin aparecer directamente involucrada en las misiones de combate.

Yemen, el foco de atención

Esa estrategia fue debatida el sábado pasado en Sanaa, la capital yemení, por el jefe militar norteamericano en Oriente Próximo, general David Petraeus, con el presidente de ese país, Ali Abdullah Saleh. Ésta era la tercera vez desde que ocupa su cargo, hace 14 meses, que Petraeus visitaba ese país. A diferencia de las anteriores, Yemen está ahora en el foco de la atención pública y existe una mayor urgencia por conseguir resultados inmediatos.

Hoy se ha apreciado un considerable refuerzo de la vigilancia en Sanaa, donde Francia y otros países se sumaron a la decisión norteamericana y británica de cerrar sus embajadas mientras que otras redujeron considerablemente su actividad por miedo a un atentado terrorista.

Tratando de tomar la iniciativa, el Ejército yemení ha atacado hoy a líderes terroristas en la ciudad de Arhab, la misma en la que el 17 de diciembre bombardeó, con apoyo norteamericano, una reunión en la que participaban los supuestos máximos dirigentes de Al Qaeda en la Península Arábiga. El blanco del ataque en esta ocasión fue Nazih al-Hanq, uno de los cerebros del grupo, quien aparentemente consiguió escapar aunque dos de sus colaboradores murieron.

Más implicación de EE UU en Yemen

Es muy posible que este tipo de acciones se multipliquen y se hagan más visibles y eficaces en las próximas semanas, pero para ello es necesario una mayor implicación de Estados Unidos, que encuentra en Yemen una buena oportunidad de hacer daño a Al Qaeda pero también se enfrenta al riesgo de un nuevo frente de guerra con inciertas perspectivas.

Por un lado, Yemen es un país con un Gobierno razonablemente estable que controla un territorio con fronteras relativamente impermeables. A diferencia de Afganistán, este país del sur de la Península Arábiga parece el lugar apropiado para ensayar la estrategia de atacar a Al Qaeda sin necesidad de comprometerse en un largo y costoso despliegue de tropas.

Al mismo tiempo, Yemen hace frente a múltiples problemas políticos -una rebelión en el norte, un movimiento separatista en el sur, la mayor tasa de pobreza del mundo árabe- que hasta ahora han distraído la atención de las autoridades locales y que lo hace potencialmente explosivo ante cualquier eventualidad.

Uno de los riesgos es, precisamente, que la actuación de Estados Unidos debilite al Gobierno yemení. La proliferación de los ataques a Al Qaeda probablemente significará el aumento también de esas fotografías con niños y mujeres muertos que tan útiles resultan para la expansión de la causa yihadista en Internet. Los propios gobernantes yemeníes han hecho ya visibles en los últimos días algunos gestos para demostrar que no son simples colaboradores de Washington.

Obama tiene que calibrar una respuesta considerando esos riesgos y atendiendo también a la presión interna para actuar de forma convincente ante las nuevas amenazas. Obama ya mencionó el mes pasado en su discurso en West Point a Yemen y Somalia como dos de los países en los que Al Qaeda sería perseguida por el Ejército norteamericano. Una guerra del modelo de la que se contempla en Yemen, limitada, en la sombra y sin despliegue masivo de fuerzas de combate, se ajusta mucho más que Afganistán al estilo que Obama quiere imponer en la lucha contra el terrorismo.

La Administración va a solicitar este año al Congreso 170 millones de dólares de ayuda militar para Yemen, un aumento considerable sobre los 67 millones de 2009, y va a redoblar la actividad de las fuerzas especiales y servicios de inteligencia que actualmente operan allí. "El Gobierno va a hacer todo lo que esté a su alcance para que éstos individuos (los responsables del atentado frustrado del día de Navidad) paguen por lo que han hecho, ya sea en Yemen o en cualquier otro lugar", aseguró Brennan en declaraciones a la prensa este fin de semana.

http://www.elpais.com/articulo/internac ... uint_6/Tes




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Re: GEOPOLÍTICA

#1130 Mensagem por Grifon » Ter Jan 05, 2010 12:51 pm

Do Financial Times

America is losing the free world

By Gideon Rachman

Published: January 4 2010 20:11 | Last updated: January 4 2010 20:11


Imagem

Ever since 1945, the US has regarded itself as the leader of the “free world”. But the Obama administration is facing an unexpected and unwelcome development in global politics. Four of the biggest and most strategically important democracies in the developing world – Brazil, India, South Africa and Turkey – are increasingly at odds with American foreign policy. Rather than siding with the US on the big international issues, they are just as likely to line up with authoritarian powers such as China and Iran.

The US has been slow to pick up on this development, perhaps because it seems so surprising and unnatural. Most Americans assume that fellow democracies will share their values and opinions on international affairs. During the last presidential election campaign, John McCain, the Republican candidate, called for the formation of a global alliance of democracies to push back against authoritarian powers. Some of President Barack Obama’s senior advisers have also written enthusiastically about an international league of democracies.

But the assumption that the world’s democracies will naturally stick together is proving unfounded. The latest example came during the Copenhagen climate summit. On the last day of the talks, the Americans tried to fix up one-to-one meetings between Mr Obama and the leaders of South Africa, Brazil and India – but failed each time. The Indians even said that their prime minister, Manmohan Singh, had already left for the airport.

So Mr Obama must have felt something of a chump when he arrived for a last-minute meeting with Wen Jiabao, the Chinese prime minister, only to find him already deep in negotiations with the leaders of none other than Brazil, South Africa and India. Symbolically, the leaders had to squeeze up to make space for the American president around the table.

There was more than symbolism at work. In Copenhagen, Brazil, South Africa and India decided that their status as developing nations was more important than their status as democracies. Like the Chinese, they argued that it is fundamentally unjust to cap the greenhouse gas emissions of poor countries at a lower level than the emissions of the US or the European Union; all the more so since the industrialised west is responsible for the great bulk of the carbon dioxide already in the atmosphere.

Revealingly, both Brazilian and Chinese leaders have made the same pointed joke – likening the US to a rich man who, after gorging himself at a banquet, then invites the neighbours in for coffee and asks them to split the bill.

If climate change were an isolated example, it might be dismissed as an important but anomalous issue that is almost designed to split countries along rich-poor lines. But, in fact, if you look at Brazil, South Africa, India and Turkey – the four most important democracies in Latin America, Africa, Asia and the greater Middle East – it is clear that none of them can be counted as a reliable ally of the US, or of a broader “community of democracies”.

In the past year, President Luiz Inácio Lula da Silva of Brazil has cut a lucrative oil deal with China, spoken warmly of Hugo Chávez, president of Venezuela, and congratulated Mahmoud Ahmadi-Nejad on his “victory” in the Iranian presidential election, while welcoming him on a state visit to Brazil.

During a two-year stint on the United Nations Security Council from 2006, the South Africans routinely joined China and Russia in blocking resolutions on human rights and protecting authoritarian regimes such as Zimbabwe, Uzbekistan and Iran.

Turkey, once regarded as a crucial American ally in the cold war and then trumpeted as the only example of a secular, pro-western, Muslim democracy, is also no longer a reliable partner for the west. Ever since the US-led invasion of Iraq, opinion polls there have shown very high levels of anti-Americanism. The mildly Islamist AKP government has engaged with America’s regional enemies – including Hamas, Hizbollah and Iran – and alarmed the Americans by taking an increasingly hostile attitude to Israel.

India’s leaders do seem to cherish the idea that they have a “special relationship” with the US. But even the Indians regularly line up against the Americans on a range of international issues, from climate change to the Doha round of trade negotiations and the pursuit of sanctions against Iran or Burma.

So what is going on? The answer is that Brazil, South Africa, Turkey and India are all countries whose identities as democracies are now being balanced – or even trumped – by their identities as developing nations that are not part of the white, rich, western world. All four countries have ruling parties that see themselves as champions of social justice at home and a more equitable global order overseas. Brazil’s Workers’ party, India’s Congress party, Turkey’s AKP and South Africa’s African National Congress have all adapted to globalisation – but they all retain traces of the old suspicions of global capitalism and of the US.

Mr Obama is seen as a huge improvement on George W. Bush – but he is still an American president. As emerging global powers and developing nations, Brazil, India, South Africa and Turkey may often feel they have more in common with a rising China than with the democratic US.

http://www.militaryphotos.net/forums/sh ... p?t=171817




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Re: GEOPOLÍTICA

#1131 Mensagem por Marino » Ter Jan 05, 2010 2:05 pm

Valor:
OPINIÃO
Brasil assume curso independente
O Brasil quer evitar que os EUA expandam seu envolvimento militar na América do Sul,
que considera sua esfera de influência
Susan K. Purcell
Até recentemente o governo de Obama assumiu que o Brasil e os EUA eram aliados naturais,
que compartilhavam muitos interesses de política externa, particularmente na América Latina. O Brasil,
afinal, é uma democracia amistosa e tem uma economia de mercado crescente e valores culturais
ocidentais.
Em breve, o país será a quinta maior economia do mundo. O Brasil descobriu recentemente
bilhões de barris de petróleo em águas profundas ao largo de sua costa e é uma potência agrícola. O
país também tem feito progressos significativos na erradicação da pobreza. Parecia, portanto, natural
esperar que o Brasil se tornasse "mais como nós", que procuraria desempenhar um papel mais ativo e
construtivo nesse hemisfério, e que os interesses políticos e de segurança americanos e brasileiros em
grande parte coincidiriam.
Isso agora parece sonho. Numa série de importantes questões políticas e de segurança,
Washington e Brasília, recentemente, não coincidiram. Nem o Brasil tem mostrado uma grande liderança
na resolução dos problemas de política e de segurança que a região enfrenta.
Um exemplo é o papel do Brasil na União das Nações Sul-Americanas (Unasul). Na reunião de
setembro, em Quito, focada em questões de segurança regional, entre os temas não discutidos estão a
corrida armamentista, envolvendo vários bilhões de dólares na região; a concessão de asilo e outras
formas de ajuda da Venezuela às Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), um grupo
colombiano narcoguerrilheiro, e a crescente cooperação nuclear entre o Irã e a Venezuela. Em vez disso,
o Brasil aderiu ao Unasul em críticas à Colômbia por ter concordado em permitir que os EUA usem sete
das suas bases militares em atividades contraterroristas e contraentorpecentes na Colômbia.
O fato de a Colômbia estar sob ataque de um grupo guerrilheiro armado apoiado por alguns
membros da União não foram considerados relevantes para a decisão da organização de criticar a
Colômbia por pedir ajuda de Washington. Além disso, nenhum dos países democráticos na América do
Sul, inclusive o Brasil, ofereceu apoio militar ou mesmo retórico à atacada Colômbia.
Outro exemplo é a cambiante posição brasileira quanto à importância de governança
democrática. Tanto o Brasil como os EUA opuseram-se, inicialmente, à derrubada, por militares
hondurenhos, do presidente democraticamente eleito, Manuel Zelaya, apesar de Zelaya ter
desrespeitado a Constituição hondurenha. O interesse do Brasil em democracia em Honduras, não se
estende, porém, a Cuba.
Apenas semanas antes, o Brasil votou, na Organização dos Estados Americanos (OEA), por
levantar a proibição à adesão de Cuba - um país que não realizou nenhuma eleição democrática em 50
anos. Essa decisão contradiz a Carta democrática da OEA.
O Brasil também nunca tentou mobilizar apoio contra o uso, pelo presidente venezuelano, Hugo
Chávez, de instituições democráticas para destruir sistematicamente a democracia nesse país. Ao
contrário, o presidente brasileiro, Luís Inácio Lula da Silva está apoiando os esforços da Venezuela para
participar do Mercosul (uma união aduaneira sul-americana), apesar das regras que limitam a adesão a
países democráticos.
Finalmente, há a questão da patente falta de preocupação do Brasil diante da crescente
penetração do Irã na América Latina utilizando-se da Venezuela. Há atualmente voos semanais entre
Caracas e Teerã que trazem passageiros e carga à Venezuela, sem qualquer controle aduaneiro ou de
imigração. A Venezuela também assinou acordos com o Irã para a transferência de tecnologia nuclear, e
especula-se sobre estar dando ao Irã acesso aos depósitos de urânio venezuelanos.
Em vez de manifestar preocupação com as atividades do Irã na América Latina, o Brasil está se
aproximando de Teerã e espera expandir seu comércio bilateral de US$ 2 bilhões para US$ 10 bilhões
em futuro próximo. O presidente Lula recebeu recentemente o presidente Mahmoud Ahmadinejad no
Brasil. Lula reiterou seu apoio ao direito do Irã de desenvolver tecnologia nuclear para fins pacíficos, ao
mesmo tempo insistindo em que não existem provas de que o Irã esteja desenvolvendo armas nucleares.
Várias conclusões podem ser extraídas do comportamento brasileiro. Primeiro, o Brasil quer
evitar que os EUA expandam seu envolvimento militar na América do Sul, que considera sua esfera de
influência. Em segundo lugar, o Brasil prefere trabalhar dentro das instituições multilaterais, em vez de
agir unilateralmente.
Nessas instituições, o Brasil pretende integrar todos os atores regionais, obter consenso e evitar
conflito e fragmentação - objetivos meritórios, todos. Mas são objetivos processuais, e não substantivos.
Dito de outra forma, os esforços multilaterais do Brasil na região parecem dar maior valor à
aparência de liderança do que a encontrar soluções reais para as crescentes ameaças políticas e de
segurança enfrentadas pela América Latina. Ao mesmo tempo, o Brasil parece cada vez mais
interessado em atuar no cenário mundial, conforme ilustrado pela recente oferta do presidente Lula de
intermediar um fim para o conflito israelense-palestiniano.
Essas conclusões não significam que os EUA e o Brasil não tenham interesses que se
sobrepõem, ou que não possam trabalhar juntos para resolver determinadas questões regionais ou
mesmo mundiais. De fato, significam que Washington poderá ter de repensar suas premissas sobre em
que medida pode-se contar com o Brasil para lidar com problemas políticos e de segurança na América
Latina de um modo que seja também compatível com os interesses americanos.
Susan Kaufman Purcell é diretora do Centro de Política Hemisférica da Universidade de
Miami.




"A reconquista da soberania perdida não restabelece o status quo."
Barão do Rio Branco
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suntsé
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Re: GEOPOLÍTICA

#1132 Mensagem por suntsé » Ter Jan 05, 2010 3:01 pm

Achei muito interessnate este ultimo artigo. Realmente o ponto de vista dela fica proximo do meu.

Estes Politivcos da America latina só sabem criticar o EUA......SÒ ISSO.


È engraçado, criticão a união EUROPEIA O OS EUA PORQUE ELES NÂO SÂO BONZINHOS E NÂO QUEREM DAR O DOCE...

EM CONTRAPARTIDA MENTEM SEUS PROPRIOS PAIZES NO CMAINHO DO SUB_DESENVOLVIMENTO, CORROMPENDA AS PROPRIAS INTITUIÇÕES, NÂO INVETINDO CIENCIA E TECNOLOGIA E NEM NAS FORÇAS ARMADAS>...

PARA CONTRAPOR A INFLUENCIA DE UMA POTENCIA>>TEM QUE SER UMA POTENCIA.....NÂO ADIANTAS UM FRACOTE QUERER ENCARAR O GOLIAS.....


OBS: DAVI ERA FISICAMENTE MENOR PARA ERA BOM DE BRIGA.




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Re: GEOPOLÍTICA

#1133 Mensagem por alexmabastos » Qua Jan 06, 2010 12:09 am

Grifon escreveu:Do Financial Times

America is losing the free world

By Gideon Rachman

Published: January 4 2010 20:11 | Last updated: January 4 2010 20:11


Imagem

Ever since 1945, the US has regarded itself as the leader of the “free world”. But the Obama administration is facing an unexpected and unwelcome development in global politics. Four of the biggest and most strategically important democracies in the developing world – Brazil, India, South Africa and Turkey – are increasingly at odds with American foreign policy. Rather than siding with the US on the big international issues, they are just as likely to line up with authoritarian powers such as China and Iran.

The US has been slow to pick up on this development, perhaps because it seems so surprising and unnatural. Most Americans assume that fellow democracies will share their values and opinions on international affairs. During the last presidential election campaign, John McCain, the Republican candidate, called for the formation of a global alliance of democracies to push back against authoritarian powers. Some of President Barack Obama’s senior advisers have also written enthusiastically about an international league of democracies.

But the assumption that the world’s democracies will naturally stick together is proving unfounded. The latest example came during the Copenhagen climate summit. On the last day of the talks, the Americans tried to fix up one-to-one meetings between Mr Obama and the leaders of South Africa, Brazil and India – but failed each time. The Indians even said that their prime minister, Manmohan Singh, had already left for the airport.

So Mr Obama must have felt something of a chump when he arrived for a last-minute meeting with Wen Jiabao, the Chinese prime minister, only to find him already deep in negotiations with the leaders of none other than Brazil, South Africa and India. Symbolically, the leaders had to squeeze up to make space for the American president around the table.

There was more than symbolism at work. In Copenhagen, Brazil, South Africa and India decided that their status as developing nations was more important than their status as democracies. Like the Chinese, they argued that it is fundamentally unjust to cap the greenhouse gas emissions of poor countries at a lower level than the emissions of the US or the European Union; all the more so since the industrialised west is responsible for the great bulk of the carbon dioxide already in the atmosphere.

Revealingly, both Brazilian and Chinese leaders have made the same pointed joke – likening the US to a rich man who, after gorging himself at a banquet, then invites the neighbours in for coffee and asks them to split the bill.

If climate change were an isolated example, it might be dismissed as an important but anomalous issue that is almost designed to split countries along rich-poor lines. But, in fact, if you look at Brazil, South Africa, India and Turkey – the four most important democracies in Latin America, Africa, Asia and the greater Middle East – it is clear that none of them can be counted as a reliable ally of the US, or of a broader “community of democracies”.

In the past year, President Luiz Inácio Lula da Silva of Brazil has cut a lucrative oil deal with China, spoken warmly of Hugo Chávez, president of Venezuela, and congratulated Mahmoud Ahmadi-Nejad on his “victory” in the Iranian presidential election, while welcoming him on a state visit to Brazil.

During a two-year stint on the United Nations Security Council from 2006, the South Africans routinely joined China and Russia in blocking resolutions on human rights and protecting authoritarian regimes such as Zimbabwe, Uzbekistan and Iran.

Turkey, once regarded as a crucial American ally in the cold war and then trumpeted as the only example of a secular, pro-western, Muslim democracy, is also no longer a reliable partner for the west. Ever since the US-led invasion of Iraq, opinion polls there have shown very high levels of anti-Americanism. The mildly Islamist AKP government has engaged with America’s regional enemies – including Hamas, Hizbollah and Iran – and alarmed the Americans by taking an increasingly hostile attitude to Israel.

India’s leaders do seem to cherish the idea that they have a “special relationship” with the US. But even the Indians regularly line up against the Americans on a range of international issues, from climate change to the Doha round of trade negotiations and the pursuit of sanctions against Iran or Burma.

So what is going on? The answer is that Brazil, South Africa, Turkey and India are all countries whose identities as democracies are now being balanced – or even trumped – by their identities as developing nations that are not part of the white, rich, western world. All four countries have ruling parties that see themselves as champions of social justice at home and a more equitable global order overseas. Brazil’s Workers’ party, India’s Congress party, Turkey’s AKP and South Africa’s African National Congress have all adapted to globalisation – but they all retain traces of the old suspicions of global capitalism and of the US.

Mr Obama is seen as a huge improvement on George W. Bush – but he is still an American president. As emerging global powers and developing nations, Brazil, India, South Africa and Turkey may often feel they have more in common with a rising China than with the democratic US.

http://www.militaryphotos.net/forums/sh ... p?t=171817
No mínimo, essa reportagem é um tapa na cara na política norte americana para com as nações em desenvolvimento. Interessante ela vir de dentro dos eeuu. Tem que começar de lá mesmo. Mesmo que o coitado do Obama queira mudar alguma coisa, para a sociedade americana e seus representantes, estes países são e serão sempre subdesenvolvidos imprestáveis. Estes países não querem se aproximar mais do tio sam pois sua política cheira mal e com o Obama continuou a cheirar assim.




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Re: GEOPOLÍTICA

#1134 Mensagem por Marino » Qua Jan 06, 2010 10:40 am

UOL Notícias. Algumas bobagens, mas...
=======================
INTERNACIONAL

El País

Juan Jesús Aznárez

Crescem os arsenais bélicos na América Latina

O alarmante rearmamento da América Latina faz países vizinhos se olharem com desconfiança. Quem irá mais longe?



Longe de avançar nos processos de integração regional, a América Latina compra armas maciçamente desde que as exportações de matérias-primas dos últimos anos permitiram que seus governos invistam na modernização de seus arsenais. O petróleo venezuelano, o cobre chileno e a soja brasileira financiaram em boa medida os mísseis russos adquiridos por Hugo Chávez, os F-16 americanos do Chile ou os submarinos de guerra encomendados por Brasília à França. A renovada associação militar entre Colômbia e EUA, paralela ao alinhamento da Venezuela com o Irã e a Rússia, confirma o naufrágio das políticas de convergência regional aplicadas na década de 1990.

O atual rearmamento, que coincide com um período de desconfiança entre vizinhos e a blindagem militar das fronteiras, é tão certo quanto o fracasso das organizações criadas nos anos 80 para unir projetos e promover o comércio de nações ainda mergulhadas na pobreza, no analfabetismo, na fragilidade institucional. A julgar por seus resultados, a Área de Livre Comércio das Américas (Alca) parece ter naufragado. A Venezuela abandonou a Comunidade Andina de Nações (Bolívia, Colômbia, Equador, Peru) e o Mercosul (Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai) descumpre os objetivos liberalizantes concebidos por seus fundadores.

Ao mesmo tempo em que prosperam os gastos em defesa, que passaram de 19,7 bilhões de euros em 2003 para 26,8 bilhões em 2008, segundo o Instituto de Pesquisa para a Paz Internacional de Estocolmo, resta ver a operacionalidade e a vigência da última tentativa de integração: a União de Nações Sul-Americanas (Unasul), formada por Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Equador, Guiana, Paraguai, Peru, Suriname, Uruguai e Venezuela. O grupo foi instituído no ano passado em Brasília para construir um espaço de integração cultural, social, econômico e político.

Segundo o pesquisador colombiano Román Ortiz, a questão chave não é quanto um país gasta em defesa ou que material acumula, mas quem tem as armas e para quê as quer. "Em outras palavras, sem perder de vista as capacidades bélicas de um governo, o fator determinante para considerá-lo uma ameaça tem a ver com suas intenções políticas e estratégicas", salienta o analista da Infolatam. "É muito diferente um submarino ou um caça-bombardeiro nas mãos de países perfeitamente democráticos como o Chile ou o Brasil, de um projeto ideológico expansionista como o promovido pela Venezuela."

Independentemente da retórica de seus políticos sobre a integração, a América Latina parece atuar impelida pela conjuntura e o viés das últimas mudanças governamentais. A mais determinante, criadora de escola e ativismo, foi a de Hugo Chávez em 1989. Suas compras de armas da Rússia nos últimos cinco anos, desde mísseis com alcance de 300 km a helicópteros e caças, fuzis de assalto e carros de combate, beiram os 3,3 bilhões de euros. Invocando a modernização de seus arsenais e a proteção das riquezas amazônicas, o Brasil comprará da França 36 aviões de combate, cinco submarinos, um de propulsão nuclear, entre outros equipamentos, por cerca de 9 bilhões de euros.

O Chile gastará quase 2,8 bilhões de euros na compra de várias esquadrias de F-16 americanos, artilharia de longo alcance e radares, enquanto o vizinho Peru, que guerreou com os chilenos no passado, limitou seus gastos militares a pouco mais de 670 milhões de euros. A Bolívia também mostra os dentes, com uma linha de crédito de 68 milhões de euros para armar-se na Rússia. No entanto, a capacidade de fogo multiplicada da Venezuela e o acordo de Bogotá com Washington, que permite o acesso dos fuzileiros-navais a sete bases militares na Colômbia, são os estopins mais alarmantes da nova situação.

O argentino Dante Caputo, secretário para Assuntos Políticos da Organização de Estados Americanos (OEA), lamenta que compras tão significativas não sejam motivo de discussão nos fóruns regionais: "Não se fala. É um dos temas tabus". E não se discute apesar de a América Latina ter sido uma das regiões precursoras em promover as agendas de desarmamento. "O fato de nos encontrarmos hoje em uma situação em que há mais armamento nos preocupa", acrescentou Patricia Espinosa, chanceler do México.

Os orçamentos militares latino-americanos aumentaram em um ritmo maior que no resto do mundo, mas nem todos gastam igualmente, pois a Argentina reduziu suas verbas até situá-las em US$ 2 bilhões no ano passado. No entanto, é necessário distinguir entre as apostas defensivas e as suspeitas de nascer com intenções desestabilizadoras. Na América Latina convivem as duas, segundo analistas. A Colômbia é o segundo país em gasto militar, com 3,9% do PIB, orientado para o combate ao narcotráfico e às guerrilhas Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) e Exército de Libertação Nacional (ELN), que lutam contra o Estado há quase meio século e são financiadas pela extorsão e o narcotráfico.

Mas a máquina colombiana, independentemente do guarda-chuva americano, tem "escassa capacidade para desenvolver operações convencionais contra os exércitos vizinhos", segundo Ortiz. A situação oposta é a venezuelana, apesar de Chávez reiterar que não quer invadir nem agredir. "Gostaria de não gastar um centavo em armas, mas os EUA nos obrigam a isso", afirmou em agosto o ex-tenente-coronel. A Venezuela investiu em caças-bombardeiros SU-30, helicópteros de ataque Mi-35 e carros de combate T-80, entre outras tecnologias de guerra, e abre fábricas com patente russa, para se impor ao músculo bélico de seus vizinhos.

A caríssima renovação de arsenais ao sul do rio Bravo ocorre em países assolados pelas feridas do subdesenvolvimento, das pandemias, da desnutrição e da criminalidade. Ocorre em nações de precária consolidação institucional e aparentemente dedicadas à perpetuação de um vício básico: o precário sentido de Estado de sua classe política. A fome de muitos perpetua o poder de uns poucos na América Latina, e "nenhuma conquista parece ser definitiva", segundo resume Óscar Arias, prêmio Nobel da Paz em 1987. "Em vez de discutir a cooperação entre nossos países, nos desgastamos discutindo repetidamente a adesão a ideologias já superadas há tempos." Sobre armas não se fala: compram-se, e ponto.

Tradução: Luiz Roberto Mendes Gonçalves




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Re: GEOPOLÍTICA

#1135 Mensagem por Marino » Qua Jan 06, 2010 1:02 pm

Noticiário Naval:
Los sistemas defensivos en Sudamérica

Diego Hernán Córdoba


Brasil y Venezuela son los principales países que están potenciando su
Defensa en la región. Destinan recursos para desarrollar nuevas
tecnologías que les sean útiles para futuras e hipotéticas agresiones
bélicas.


Son muy pocos los países con conciencia geopolítica y de Defensa en
Latinoamérica. Sólo Brasil, Chile, Venezuela y Colombia (salvando
diferencias) desde hace años están potenciando sus sistemas y
complejos de Defensa, a los cuales destina recursos económicos para el
desarrollo de nuevas tecnologías.


En el periodo 2004-2007, con 894 millones de dólares, Colombia es el
país de la Unión de Naciones Sudamericanas (UNASUR) con el más alto
presupuesto en materia de compras de armas y equipos (en este caso a
Estados Unidos). Luego se ubican Chile con 762 millones de dólares y
Brasil 566 millones de dólares.


Carlos Alberto Pereyra Mele, Licenciado en Ciencia Política, Analista
Político especialista en Geopolítica y Geoestratégia y Miembro del
Centro de Estudios Estratégicos Suramericanos, en una entrevista
exclusiva para APM, explicó la importancia que tiene para un país el
complemento del poder económico con el poder militar.


“Es una relación natural, -explica Pereyra Mele- a mayor poder
económico de una nación o grupo de naciones, mayor será su sistema de
defensa. Que es mucho más amplio que lo militar: inteligencia, defensa
de los ejes claves de su desarrollo, investigación de nuevas
tecnologías, más el rédito económico que da la venta de equipamiento
militar y la dependencia de los países compradores de los mismos”.


En el caso de Colombia su enorme inversión en la obtención de
armamentos bélicos se debe al afamado Plan Colombia. Desde tiempos de
la administración Clinton se registra una total dependencia a los
programas en materia de defensa que organiza y administra los Estados
Unidos desde el Comando Sur. (Ver: “¿Este es el Plan Colombia?”. APM
09/03/2008)


Al respecto Pereyra Mele señala: “Colombia es una nación en guerra
civil y lamentablemente esta anulada por ese conflicto. El gobierno es
político, económico y militarmente dependiente de Estados Unidos. Es
la gran debilidad en el norte de nuestro continente ya que Colombia es
la única nación sudamericana bioceanica”.


Por otro lado, el país que está tomando la delantera en casi todas las
áreas: económica, política, tecnológica de la región es Brasil. El
proyecto más ambicioso es el de construir un submarino nuclear con
aportes de tecnología francesa. Esta nave será la primera con estas
características en Latinoamérica.


El convenio que firmó el presidente brasileño Luis Inácio Lula Da
Silva, a fines del año pasado, con el presidente frases, Nicolas
Sarkozy tendría una inversión de 8.000 millones de dólares. Además de
la construcción de medio centenar de helicópteros, un astillero
militar, una base naval y la compra de cuatro submarinos
convencionales.


El submarino a propulsión nuclear sería lanzado en el año 2020, y su
misión sería la de proteger los importantes yacimientos de petróleo
del mar brasileño, junto con el resto de la flota.


A esto, Pereyra Mele sostiene que “en América del Sur se esta
arraigando la idea de que la defensa del subcontinente se debe
desarrollar sin la injerencia de terceros extra continentales y en ese
camino esta direccionado el esfuerzo brasilero de conjugar una junta
de defensa regional”. (Ver: “Otro avance en la integración regional”.
APM 16/03/2009)


“Es más, -agrega Pereyra Mele- las experiencias recientes nos muestran
los buenos resultados cuando los países de la región reaccionan en
conjunto para frenar una causa bélica como en marzo del año pasado
(cuando sucedió la matanza de el segundo de las FARC en territorio
ecuatoriano). Serenando la escala de Colombia, Ecuador y Venezuela por
la acción del Grupo Río, o más recientemente cuando el UNASUR, reunida
en Chile, apoyo enfáticamente a Bolivia contra los separatistas de la
media luna Boliviana”.


La proyecto estadounidense: el Comando Sur
El Comando Sur, conocido también por siglas USSOUTHCOM (Special
Operations Command South), se ha convertido en un símbolo de la
ingerencia estadounidense en la región.


Entre los propósitos de este comando, con sede en Miami y subsede en
Puerto Rico, financiado por el Departamento de Defensa del país del
norte, está la realización de operaciones y ejercicios de
entrenamiento conjuntos de fuerzas militares estadounidenses y
latinoamericanas.


Más de 50.000 militares estadounidenses son enviados cada año a
América Latina y el Caribe para efectuar alrededor de tres mil
misiones de entrenamientos, maniobras y “juegos de guerra” como parte
del nuevo diseño de contrainsurgencia regional.


Con respecto a lo expuesto, Pereyra Mele le comentó a APM que “el
sistema del Comando Sur es en la practica una especie de Vicecónsul de
lo que fuera el antiguo Imperio Romano, que controla con sus legiones
las zonas que son de su interés y defiende los interese económicos y
políticos de Estados Unidos”.


Además, Pereyra Mele señaló: “por ello el sistema de Comando Sur no
sirve como modelo a los países sudamericanos, es mucho más practico
una especie de OTAN regional sin tener socios fuera del continente. Y
eso sólo se logra venciendo las trabas que se ponen para la
integración continental”.


“Hay un largo trecho -reflexiona Pereyra Mele- para caminar y no libre
de tropiezos y conflictos, pero será un camino propio sin ‘guías
doctrinales’, externas, que no sirven y que no nos sirvieron jamás.
Sólo recordemos el Tratado Interamericano de Asistencia Recíproca
(TIAR), se tendría que haber aplicado por la invasión al continente de
una flota Inglesa en Malvinas”, sentenció el entrevistado.


El TIAR es un pacto de defensa mutua interamericano firmado el 2 de
septiembre de 1947 en Río de Janeiro. Según el artículo 3.1: “en caso
de un ataque armado por cualquier Estado contra un Estado Americano,
será considerado como un ataque contra todos los Estados Americanos, y
en consecuencia, cada una de las partes contratantes se compromete a
ayudar a hacer frente al ataque en ejercicio del derecho inminente de
legítima defensa individual o colectiva”.


Sin embargo, cuando Argentina, durante la Guerra de Malvinas, solicitó
la aplicación de esta norma, Washington hizo oídos sordos y se dedicó
a ayudar a su eterno aliado: Gran Bretaña.


Las importancias de un sistema de defensa y pensamiento geopolítico
Uno de los principales puntos de la campaña de Barack Obama para
lograr la presidencia fue la reducción del gasto militar. Sin embargo,
el presidente estadounidense el jueves 9 de abril pidió al Congreso de
Estados Unidos 83.400 millones de dólares en fondos extra para
financiar las aventuras bélicas en Irak y Afganistán este año.


En la carta que le mando Obama a Nancy Pelosi, presidenta de la Cámara
de Representante, solicitó a los congresistas aprobar su petición con
rapidez ya que “los talibanes están resurgiendo y Al Qaeda amenaza a
Estados Unidos desde sus refugios en la frontera afgano-paquistaní”.
(Ver: “Afganistán: la clave del Gran Juego del petróleo”. APM
09/03/2009)


Otro punto que debe tenerse en cuenta en esta estrategia
estadounidense es la decisión de aumentar la presencia de tropas de la
OTAN en Afganistán y en el Este Europeo, más el reciente acuerdo con
Francia para integrar la OTAN. "Cuando Francia y Estados Unidos actúan
conjuntamente, el futuro es más radiante", ha señalado este año Obama.


Esto nos lleva a suponer que este esfuerzo presupuestario no se
discute por más que la crisis económica mundial golpea fuertemente a
todos los Países. Las guerras futuras gozan de muy buena salud.


Siguiendo esta línea, Pereyra Mele añadió: “rotos los paradigmas
globalizantes de un desarrollo a perpetuidad de las naciones con el
neoliberalismos, se vuelve en estos tiempos a reforzar la idea de los
Estados naciones y dentro de esas estructuras el papel del sector
defensa vuelve a tomar fuerte impulso”.


Además agregó: “hoy podemos ver que el mundo no es menos violento y
que no permite errores. Los principales países de la región que están
modernizando sus sistemas de defensa son: Brasil, en lo terrestre la
defensa de la amazonía, en el aire el control de su gigantesco espacio
y en el mar la defensa de sus inmensos recursos naturales y para ello
quiere tener submarinos nucleares”.


“Venezuela -completó Pereyra Mele- por su necesidad de no ser
dependiente del armamento estadounidense que a transformados a sus
armas en obsoletas. Para ello busca nuevos proveedores como Rusia y
China con traspaso de tecnología. Chile es la gran incógnita ya que en
el aire, mar y tierra a adquirido material e instalado bases en el sur
donde hay paso bioceánico”.


Finalmente, el rol del sector defensa vuelve a tomar fuerte impulso
para algunos países latinoamericanos. Pronosticando, la necesidad de
tener un fuerte desarrollo de tecnologías propias para lidiar con las
hipótesis de conflicto del Siglo XXI: alimentos, agua, energía y la
atención de regiones escasamente pobladas pero altamente productivas.


dhcord...@prensamercosur.com.ar




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Re: GEOPOLÍTICA

#1136 Mensagem por Marino » Qua Jan 06, 2010 1:35 pm

Geoestratégia







Areamilitar:
Porto chinês no Sri-Lanka pode ser base naval
Expansão chinesa para o indico, desagrada Nova Delhi

Ainda que não confirmadas e com base em meras possibilidades especulativas, as relações entre o Sri-Lanka e a China têm vindo a melhorar à medida que o governo daquele país asiático pretende afirmar a sua independência relativamente à Índia. Esta melhora de ralações, poderá ter implicações militares que levam a que a construção pela China de um grande porto marítimo no Sri-Lanka, possa ser o inicio de uma cooperação muito mais ampla, entre os dois países, que entra claramente em conflito com os objectivos indianos.

Nascida de um violento e traumático processo de independência, a União Indiana, nascida em 1947, apareceu como um processo de cariz imperial, destinado a unificar todos os territórios que no passado tinham estado sob o domínio hindu.

A Índia não aceitou a separação do Paquistão, não aceitou a independência de vários estados autónomos, como eram O Sikim e o Estado da Índia Portuguesa que foram absorvidos. Também continua a manter uma posição tutelar sobre o Butão, alem de exercer pressões políticas sobre o Nepal. O Sri-Lanka é o outro elo desta cadeia de influências que a Índia pretendeu criar à sua volta, mas a pressão indiana sobre aquele país, resultou numa reacção que levou o governo do Sri-Lanka a aproximar-se da China, como forma de se precaver contra as tentativas indianas de estabelecer um controlo indirecto sobre o governo de Colombo.

Essas relações entre a China e o Sri-Lanka ganharam mais expressão do ponto de vista militar nos últimos anos, transformando a China no fornecedor preferencial de armamentos e equipamentos militares.
Esta opção pela China não passou despercebida e tem sido patente o desagrado da Índia, que não aceita que um país que está dentro do que o governo de Nova Delhi considera a sua esfera de influência se volte para outros mercados quando se trata de adquirir equipamentos militares.

Militares indianos chegaram mesmo a afirmar à imprensa daquele país que a Índia não poderia aceitar que o Sri-Lanka adquirisse armamentos a outros países, uma vez que Colombo estava dentro da esfera de influência da Índia.

O melhorar das relações entre a China e o Sri-Lanka, colocam um problema à Índia, pois os seus vizinhos vêm Pequim como um contra-poder às aspirações indianas de controlo ou domínio sobre os países da região.
A Índia pretende transformar-se na potência dominante no oceano indico, mas as relações entre os seus vizinhos e a China, aparecem como um problema a resolver.

Base naval chinesa no Índico

A questão é mais uma vez noticia quando se sabe que a China começou a construir um grande porto de águas profundas no Sri-Lanka, em Hanbantota. Esse porto, que terá grandes dimensões e poderá servir como «Hub» para o comércio no sul da Ásia, entra em concorrência com os portos indianos, mas acima de tudo, pode com facilidade ser transformado conjuntamente numa base naval chinesa no Oceano Indico.

Sabe-se que a China tem especiais interesses no controlo do Indico, porque uma parte muito considerável do seu comércio se estabelece através daquele mar, e é por ali que passa a esmagadora maioria do combustível de que a China depende para manter o seu crescimento económico.
Uma base naval no Sri-Lanka, poderia permitir à China manter uma força permanente no Indico. Desde o ano passado, e pela primeira vez em séculos, unidades navais da marinha chinesa entraram no Indico para efectuar operações de vigilância contra a pirataria no golfo de Aden e nas costas da Somália.

Interesse histórico da China

O interesse chinês não é novo. Historicamente sabe-se que a China controlava as rotas marítimas até ao Indico já no século XV. Mas já durante o governo de Mão Tse-Tung, em 1961, quando era eminente a invasão do Estado Português da Índia, a possibilidade de os chineses estabelecerem uma base militar em Goa foi negociada entre Portugal e a China. Os chineses não colocaram a possibilidade de parte, mas não acreditavam que a Índia actuasse militarmente contra Portugal. A realidade demonstrou que a Índia poderia agir militarmente e isso levou a que um ano mais tarde, de sobreaviso os chineses agissem militarmente contra a Índia, nas regiões disputadas da fronteira entre os dois países.

Analistas internacionais avisam que o interesse chinês pelo Indico acabará inevitavelmente por entrar em conflito com o interesse estratégico indiano. Ainda que a Índia tenha criado uma estrutura militar destinada a conter ou atacar o Paquistão, o aumento do seu poder naval, não poderia ter como objectivo aquele país islâmico, pelo o crescimento do numero de navios e do poder aero-naval indiano, não se destina a conter a relativamente pequena marinha do Paquistão.

A Índia tem aumentado os seus gastos militares com a marinha, possui um porta-aviões, que deverá ser proximamente substituído por um outro de origem russa e tem planos para a construção de navios do tipo em estaleiros indianos. A Índia tem recorrido ao apoio russo para erguer a sua marinha e grande parte dos seus navios e projectos têm origem ou influência russa. Recentemente a Índia lançou mesmo o seu primeiro submarino nuclear (ainda que o navio não esteja operacional) e deverá receber uma outra unidade também fabricada na Rússia.

A China por seu lado, tem desenvolvido relações preferenciais com países nas costas do Indico. Além do Paquistão e do Sri-Lanka, a China tem relações preferenciais com o Sudão, na África e com Myanmar (Birmânia), outro país que também faz fronteira com a Índia.
Os chineses têm seguido outro caminho, e embora também tenham navios que se baseiam na concepção russa, optaram por desenvolver sistemas inspirados (e muitas vezes copiados) de sistemas ocidentais, aproveitando sistemas russos quando estes são julgados mais eficazes, como é o caso dos sistemas de mísseis anti-aéreos ou sistemas de radar.
A China também desenvolveu (e continua a desenvolver) navios de defesa aérea em pequenas séries, aproveitando tecnologia de origem soviética disponível na Ucrânia.

Mas a jóia da coroa, poderá ser o eventual lançamento do seu primeiro porta-aviões, que poderá ser o antigo Varyag, que não chegou a entrar ao serviço da União Soviética. A China também já avisou os seus vizinhos, nomeadamente o Japão, de que pretende construir porta-aviões.




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Re: GEOPOLÍTICA

#1137 Mensagem por Rock n Roll » Qua Jan 06, 2010 1:56 pm

Pois é colega Marino.
Não adianta nascer deitado em berço esplêndido e, estar adormecido.
Água, terras férteis e energia, estar o mais próximo possível destas fontes no século 21.
É esta a leitura que faço do objetivo primário das bases dos EUA na Colômbia. Pior que a política na América do Sul é o proceder de seus políticos e o impacto, criminoso, de longo prazo causado nas bases da nação no seu todo.
Um exemplo que aguça a cobiça dos recursos do país e que representam com cruel realidade a cara da política no país. Num momento em que se trata dos recursos e a carência destes, seu mau uso, ou para uso do mal.

Vou tratar de um exemplo triste, caro, emblemático e escandalosamente abafado.
A plataforma fixa (jacket) PRA-1 da Bacia de Campos,instalada e operando, tem seu nome por sua aplicação. Plataforma de Rebombeamento Automático. Destinada a rebombear gás para a costa. Via duto de 32" para a REDUC e REVAP. O trajeto do duto seria paralelo ao curso do rio Paraíba do Sul. Curso natural.
Dutos comprados e estocados, plataforma em construção, contratos assinados. O duto não foi lançado. O governo estadual do RJ queria mudar o trajeto do duto para que os royalties caíssem no caixa das prefeituras que o apoiava. A retaliação veio na divulgação do Propinoduto, alguém lembra? Rebatido com o "PT ser o partido da boquinha".

A Petrobrás manteve os dutos estocados e não cedeu, com certeza um prejuízo nunca divulgado por conta do casuísmo político que nos assola. O que se gastou em conservação e estocagem pode ter custado mais que os próprios dutos. Os dutos foram então transportados e utilizados na interligação da plataforma de Mexilhão, recém lançada na Bacia de Santos, com a REVAP.

Temos, portanto, uma plataforma a PRA-1 que custou uma fortuna, que bombeia para uma monobóia cerca de uma Mn de distância e outra que está sendo instalada.
Difícil é ver os colegas de profissão gringos nos perguntando porque não fazemos nada a respeito. As verbas são assim desperdiçadas e os outros setores necessitando urgentemente de recursos.

O que tem isso tudo a ver com geopolítica?

A incompetência na gestão mínima dos insumos críticos deste século: água, terras férteis, alimentos e energia. Todas as grandes fontes de água mineral do Brasil são propriedade de multinacionais, os maiores fornecedores de insumos agrícolas são multinacionais. A disputa de poder dentro de orgãos de estado aparelhados, não conseguem deslanchar projetos críticos de geração de energia. Muito menos gerir as demandas mais simples de infra-estrutura tão urgentes.

Não nego que os avanços sociais são concretos, mas a incompetência e a corrupção endêmica e impune já cobra uma preço de valor próximo do impossível. Além da desmoralização e do ataque das constantes campanhas de propaganda negativa.

Não há ação concreta para consolidar as necessidades salariais de servidores militares por exemplo. Como remunerar mal um profissional que vai gerenciar um patrimônio de mais de 150 milhões de dólares. Ou de quem vai ser responsável por sua manutenção. Qual o custo diário de um submarino convencional?

Os que jogam contra batem duro nestas questões. Basta ver uma matéria de hoje do NYT falando do interior do Pará e das condições de quem lá vive. Por trás da campanha de denuncismo do desmatamento e má gestão do meio ambiente, vai junto uma apelação da incompetência e corrupção ímpar, visando mobilizar a opinião pró-intervenção.

Utilizando até o depoimento do delegado local declarando suas dificuldades, numa redação que o coloca na condição de abandonado e náufrago de seu próprio elo institucional.

Para quem lê se trata de uma terra sem dono, lei, governo, ou qualquer outro tipo de autoridade que não seja o dedo no gatilho de quem tiver mais jagunços. Geralmente um "político da base..."

Geopolítica de ataque através da desinformação, de que nossa incompetência para gerir nossos recursos naturais é tão predatória que precisa ser tutelada. [004]




Santa é a guerra, e sagradas são as armas para aqueles que somente nelas podem confiar.
Tito Lívio.
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Re: GEOPOLÍTICA

#1138 Mensagem por Marino » Qua Jan 06, 2010 3:59 pm

Pois é colega Marino.
Não adianta nascer deitado em berço esplêndido e, estar adormecido.
Água, terras férteis e energia, estar o mais próximo possível destas fontes no século 21.
É esta a leitura que faço do objetivo primário das bases dos EUA na Colômbia.
Pois é Rogério.
Vamos pensar um pouquinho só mais adiante.
- Bases americanas na AS hoje;
- Recriação da 4ª Frota;
- Criação do Comando Africano;
- A Índia considera o Índico sua área de influência;
- A China monta uma base naval no Índico;
- A China possui imenso interesse nos recursos africanos, já agindo agressivamente para agradar e convencer governos locais;
- A China, para garantir seus recursos aplicados na África, monta uma base naval aqui em frente. Avalio que a Namíbia seria uma opção.
Os focos de tensão:
- Índia e China no Índico;
- Índia e EUA no Índico;
- EUA e China no Índico;
- China e EUA na África (Atlântico), levando "por atração" a Índia.
O Brasil, em berço esplêndido, já explorando o pré-sal, fica olhando o fudevu de caçarola aqui em frente.
E tem gente que não quer PA na MB, quer perna curta na FAB, etc.




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Carlos Mathias

Re: GEOPOLÍTICA

#1139 Mensagem por Carlos Mathias » Qua Jan 06, 2010 4:29 pm

Pois é, mas esses mesmos nunca aparecem aqui para opinar. Sabem que não tem argumentos mínimos para defender suas teses rasas de dependência e subserviência eternas. :?




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Re: GEOPOLÍTICA

#1140 Mensagem por Rock n Roll » Qua Jan 06, 2010 5:35 pm

Aprofundando...

Na real, a Amazônia Azul necessita de uns três PAs em 30 anos no máximo.
Não adianta me chamar de louco por isso, na indústria do petróleo não há segredo.
Aqui no Brasil o risco para as empresas é zero. Não temos homens bomba nem indústria do sequestro de petroleiros. As histórias disso na áfrica ocidental e australásia são escabrosas. O retorno é garantido, os mandatários são maleávei$$$. Só vantagem.

No ano passado uns jovens da minha família me pediram um QI para um trabalho na escola. Indiquei A Revolução dos Bichos do George Orwell, aliás, Eric Blair. O cara que criou o Big Brother no seu ótimo 1984. Houve aluno perguntando se o "Revolução" aludia aos MST e ao PT...
Minha ideologia é o bem estar dos cidadãos, que só se consegue com a educação que garante o desenvolvimento do país.
O mesmo autor escreveu um livro que, considero sua maior obra, onde não poupou nenhuma ideologia, corrente, ou movimento. Não poupou nem a si mesmo. Se chama Lutando Na Espanha. Saiu pela editora Globo.
Acho esta leitura importante neste momento pelo fato de termos assistido o que EU, minha opinião. EU considerei uma tentativa de golpe branco, que foi essa de anular a lei da anistia. Querendo inclusive cancelar a nomeação de qualquer coisa que tenha recebido o neme de alguém ou fato ligado ao regime (desastroso) anterior. Mais Stalinista e sintomático da ditadura comunista impossível. Querendo até apagar a história.
Nossa carência continua sendo a educação pública de qualidade, e não a desinformação de massa. O assistencialismo mantenedor do curral de votos.

Não nego de maneira nenhuma o progresso social. Mas esse progresso sem educação transforma o povo em refém de sua necessidade básica e não se traduz em progresso social e evolução cidadã.

A mesma análise serve para o foco da situação de confronto de facções nos TOs tampões do Iraque, Afeganistão e Paquistão. Isolando num pólo a monarquia saudita e o oriente médio, pondo pressão na teocracia do Irã que já descamba para a mesma prática que combateu, a ditadura do Xá.. Do outro lado as complexidades da Índia e suas necessidades de insumos aliadas à sua estabilidade discutível. EUA e China no poleiro manjando os despojos. Tal qual os espectadores da guerra civil espanhola.

"... Depois já era tarde, sempre muito tarde..." Churchill [005]




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