Gripe suína
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Re: Gripe suína
Parece que os laboratórios farmaceuticos não vão meter tanto ao bolso...
França cancela pedido de 50 milhões de doses da vacina anti H1N1
(AFP) – Há 5 horas
PARIS — O governo da França cancelou o pedido de 50 milhões de doses de vacinas contra a gripe H1N1, anunciou na noite de segunda-feira a ministra da Saúde Roselyne Bachelot.
"Os pedidos não haviam sido confirmados, nem pagos, portanto foram anulados", declarou a ministra ao canal de televisão TF1.
"Se levarmos em consideração o valor total de doses pedidas - 712 milhões de euros -, é uma economia de mais da metade", disse Bachelot.
A ministra explicou, no entanto, ao mencionar a quantidade de doses da vacina contra a gripe H1N1 pedidas originalmente aos laboratórios, que "se tivesse que fazer de novo, faria exatamente o mesmo".
França cancela pedido de 50 milhões de doses da vacina anti H1N1
(AFP) – Há 5 horas
PARIS — O governo da França cancelou o pedido de 50 milhões de doses de vacinas contra a gripe H1N1, anunciou na noite de segunda-feira a ministra da Saúde Roselyne Bachelot.
"Os pedidos não haviam sido confirmados, nem pagos, portanto foram anulados", declarou a ministra ao canal de televisão TF1.
"Se levarmos em consideração o valor total de doses pedidas - 712 milhões de euros -, é uma economia de mais da metade", disse Bachelot.
A ministra explicou, no entanto, ao mencionar a quantidade de doses da vacina contra a gripe H1N1 pedidas originalmente aos laboratórios, que "se tivesse que fazer de novo, faria exatamente o mesmo".
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Re: Gripe suína
Vai que estoura outro surto de gripe e os francesinhos não estão vacinados. Ai sim, é uma economia muito inteligente e consoante com a preocupação com o bem estar da população.
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Re: Gripe suína
mas quais surto, isto foi mais uma manobra da indústria farmacêutica, até Portugal está com excesso de stock, a maior parte do pessoal médico se recusou a tomar a vacina, a ministra da saúde já veio dizer que se calhar até vão alargar a vacina até aos 18 anos (agora está até aos 12), já começaram mais noticias manipuladas a colocar medo nas pessoas...
Triste sina ter nascido português
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Re: Gripe suína
A companheira Dilma está com a gripe suina
As vacinas que a França desprezou por economia
Gripe suína adia volta de Dilma ao trabalho
Autor(es): Agencia O Globo/Chico de Gois e Gerson Camarotti
O Globo - 05/01/2010
Fonte: https://conteudoclippingmp.planejamento ... o-trabalho
Apesar da previsão de que voltaria amanhã das férias de fim de ano, a ministrachefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, deverá retornar ao trabalho segunda-feira. Segundo petistas, ela descansará por mais alguns dias para se recuperar de uma gripe suína, contraída pouco antes do Natal, como informou Jorge Bastos Moreno, em sua coluna no último sábado.
Como Dilma fez tratamento quimioterápico para curar um câncer linfático ano passado e está com a imunidade baixa, qualquer gripe requer maior atenção. A Casa Civil não confirmou a notícia, limitando-se a informar que Dilma está de férias.
No entanto, o líder do PT, deputado Cândido Vaccarezza (SP), confirmou a doença: — A ministra Dilma pegou gripe suína, mas já está bem.
A aliados políticos, Dilma informou que está recuperada.
Em Porto Alegre, descansará na companhia da filha até o fim de semana, apesar de, oficialmente, suas férias terminarem hoje. Dilma chegou a ficar com febre durante dois dias.
Dilma cancelou sua presença no jantar de fim de ano oferecido pelo presidente Lula para a sua equipe, em 22 de dezembro, na Granja do Torto. Segundo colegas da ministra, nesse dia ela já havia apresentado sintomas da gripe no avião presidencial, ao voltar de uma viagem ao Rio de Janeiro. No dia seguinte, submeteuse a exames no hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, onde, segundo amigos, foi identificada presença do vírus H1N1.
As vacinas que a França desprezou por economia
Depois, acontece a desgraça e os françoa pedem doações de vacinasBrasil recebe as primeiras doses da vacina contra a gripe suína
05/01 - 15:30 - Fernanda Aranda, iG São Paulo
ImprimirEnviarCorrigirNotícias SMSFale Conosco
Fonte: http://ultimosegundo.ig.com.br/brasil/2 ... 63279.html
As primeiras doses de vacina contra a gripe A, conhecida como suína, já chegaram ao Brasil e serão distribuídas aos Estados pelo Ministério da Saúde.
Conforme já havia anunciado o iG, os lotes da imunização foram enviados ao Instituto Butantan, ligado ao governo de São Paulo, por um laboratório internacional (Sanofi Pasteur). A partir de agora, os técnicos paulistas vão terminar a produção das ampolas para que a campanha de vacinação em massa possa acontecer entre março e abril.
As vacinas começaram a chegar no dia 30 de dezembro. São 600 mil doses prontas e outras 5 milhões que ainda serão rotuladas ou envasadas pelo instituto. Passarão pela fábrica de vacinas do Butantan 41 milhões de doses. Outras 42 milhões de vacinas serão compradas pelo Ministério de dois laboratórios estrangeiros. No total, serão adquiridos 83 milhões de imunizantes, um investimento que supera 1 bilhão de reais.
Inicialmente serão vacinados profissionais de saúde, gestantes, doentes crônicos e a população indígena. O Ministério cogita vacinar também crianças entre seis meses e dois anos, além de adultos saudáveis (entre 18 e 34 anos).
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Re: Gripe suína
eu se fosse á França não vos dava nada até assinarem pelo Rafale, preto-no-branco
Triste sina ter nascido português
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Re: Gripe suína
Das noticias:
Farmacêuticas responsáveis pelo fabrico de anti-virais e vacinas para a gripe A com lucros de 5 mil milhões de Euros
OMS previa 71 milhões de mortos, até agora morreram no mundo inteiro 12800 pessoas
e agora digam que isto não foi tudo fabricado...
Farmacêuticas responsáveis pelo fabrico de anti-virais e vacinas para a gripe A com lucros de 5 mil milhões de Euros
OMS previa 71 milhões de mortos, até agora morreram no mundo inteiro 12800 pessoas
e agora digam que isto não foi tudo fabricado...
Triste sina ter nascido português
- joao fernando
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Re: Gripe suína
Não sendo eu uma dessas 12800 pessoas, digo que foi fabricada. Alias, estamos na era da paranoia fabricada: se tiver alguem que controla o mundo, é a midia e suas maluquices.
Por exemplo, aquecimento global. A maior charla para segurar o mundo subdesenvolvido, com a desculpa de que vamos esquentar até derreter.
Balela fabricada. E tem gente que acredita.
Por exemplo, aquecimento global. A maior charla para segurar o mundo subdesenvolvido, com a desculpa de que vamos esquentar até derreter.
Balela fabricada. E tem gente que acredita.
Obrigado Lulinha por melar o Gripen-NG
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Re: Gripe suína
12 Janeiro 2010 - 00h30
Gripe A: Ganhos dos laboratórios com a vacina sob suspeita
Lucros de 5 mil milhões
Os ganhos da indústria farmacêutica no fabrico de vacinas contra a gripe A e antivirais estão sob suspeita do Conselho da Europa.
O ganho de cinco mil milhões de euros pela indústria farmacêutica no fabrico de vacinas contra a gripe A e antivirais leva o Conselho da Europa a avaliar a possibilidade de criar uma comissão de inquérito para analisar a pressão que os laboratórios terão exercido na Organização Mundial da Saúde (OMS) para ter declarado a doença como uma pandemia. Portugal gastou até Dezembro 90 milhões de euros, 45 milhões dos quais em vacinas.
Segundo o presidente da Comissão de Saúde da Assembleia Parlamentar do Conselho da Europa, Wolfgang Wodarg, a campanha da 'falsa pandemia da gripe, criada pela Organização Mundial da Saúde e outros institutos em benefício da indústria farmacêutica, é o maior escândalo do século na Medicina'.
Este médico alemão é responsável pela proposta a ser debatida com carácter de urgência dia 25, alegando exagero da OMS sobre os perigos da gripe A. 'O Conselho da Europa vai organizar um debate sobre a influência da indústria na OMS e, posteriormente, serão informados dos resultados 47 parlamentos da Europa', acrescentou Wolfgang Wodarg. Vários países europeus possuem reservas de milhões de doses de vacinas que os seus cidadãos recusam tomar.
A OMS divulgou entretanto que mais de 150 milhões no Mundo foram vacinados e que sempre foi divulgado que o impacto da gripe era moderado.
A doença já matou 12 799 pessoas no Mundo e 83 em Portugal.
DISCURSO DIRECTO
'OMS CRIOU UM PÂNICO INFUNDADO', António Vaz Carneiro, Prof. Fac. Medicina Lisboa
Correio da Manhã – Em Junho, mostrou reservas, agora confirmadas, sobre a gravidade da gripe A. Como explica a reacção das autoridades para a vacinação em massa?
António Vaz Carneiro – Há que distinguir entre a decisão dos políticos – que querem o mínimo de mortes e que tomam as suas decisões com base em órgãos científicos como a Organização Mundial da Saúde – e o Centro de Controlo de Doenças norte-americano, cabendo a estes a responsabilidade por criarem um pânico infundado.
– 0 que falhou?
– Estes organismos científicos reagiram de uma forma política, numa situação lamentável. A OMS avançou com a possibilidade, muito reduzida, de haver 71 milhões de mortos no Mundo. A verdade é que até hoje morreram 12 mil no Mundo. Valor muito abaixo das mortes de gripe sazonal, que só em Portugal mata dois mil por ano.
– Este alarme é inédito?
– Não, já aconteceu com as vacas loucas e a gripe das aves.
João Saramago
http://www.correiomanha.pt/noticia.aspx ... EE9C68&h=9
Gripe A: Ganhos dos laboratórios com a vacina sob suspeita
Lucros de 5 mil milhões
Os ganhos da indústria farmacêutica no fabrico de vacinas contra a gripe A e antivirais estão sob suspeita do Conselho da Europa.
O ganho de cinco mil milhões de euros pela indústria farmacêutica no fabrico de vacinas contra a gripe A e antivirais leva o Conselho da Europa a avaliar a possibilidade de criar uma comissão de inquérito para analisar a pressão que os laboratórios terão exercido na Organização Mundial da Saúde (OMS) para ter declarado a doença como uma pandemia. Portugal gastou até Dezembro 90 milhões de euros, 45 milhões dos quais em vacinas.
Segundo o presidente da Comissão de Saúde da Assembleia Parlamentar do Conselho da Europa, Wolfgang Wodarg, a campanha da 'falsa pandemia da gripe, criada pela Organização Mundial da Saúde e outros institutos em benefício da indústria farmacêutica, é o maior escândalo do século na Medicina'.
Este médico alemão é responsável pela proposta a ser debatida com carácter de urgência dia 25, alegando exagero da OMS sobre os perigos da gripe A. 'O Conselho da Europa vai organizar um debate sobre a influência da indústria na OMS e, posteriormente, serão informados dos resultados 47 parlamentos da Europa', acrescentou Wolfgang Wodarg. Vários países europeus possuem reservas de milhões de doses de vacinas que os seus cidadãos recusam tomar.
A OMS divulgou entretanto que mais de 150 milhões no Mundo foram vacinados e que sempre foi divulgado que o impacto da gripe era moderado.
A doença já matou 12 799 pessoas no Mundo e 83 em Portugal.
DISCURSO DIRECTO
'OMS CRIOU UM PÂNICO INFUNDADO', António Vaz Carneiro, Prof. Fac. Medicina Lisboa
Correio da Manhã – Em Junho, mostrou reservas, agora confirmadas, sobre a gravidade da gripe A. Como explica a reacção das autoridades para a vacinação em massa?
António Vaz Carneiro – Há que distinguir entre a decisão dos políticos – que querem o mínimo de mortes e que tomam as suas decisões com base em órgãos científicos como a Organização Mundial da Saúde – e o Centro de Controlo de Doenças norte-americano, cabendo a estes a responsabilidade por criarem um pânico infundado.
– 0 que falhou?
– Estes organismos científicos reagiram de uma forma política, numa situação lamentável. A OMS avançou com a possibilidade, muito reduzida, de haver 71 milhões de mortos no Mundo. A verdade é que até hoje morreram 12 mil no Mundo. Valor muito abaixo das mortes de gripe sazonal, que só em Portugal mata dois mil por ano.
– Este alarme é inédito?
– Não, já aconteceu com as vacas loucas e a gripe das aves.
João Saramago
http://www.correiomanha.pt/noticia.aspx ... EE9C68&h=9
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Re: Gripe suína
Prezados colegas foristas, interessante entrevista com um dos maiores especialistas mundiais em pandemias, falando que a gripe suína ainda não passou, mas, que o grande perigo mundial, será quando a gripe aviária, hoje transmitida apenas pelo contato direto com aves infectadas e mortal em 70% dos casos, for transmitida pelo ar. Poderia haver 1 bilhão de mortos!!
John Oxford: “A pandemia ainda não acabou”
Na segunda onda da gripe suína, o vírus A(H1N1) pode se tornar mais agressivo, diz o virologista inglês
Peter Moon
O vírus H1N1 da gripe suína não surgiu em 2009 no México. O causador da recente pandemia mundial de gripe existe há pelo menos 18 anos e evoluiu na Ásia, diz o virologista inglês John Oxford. Na próxima segunda-feira, ele estará no Brasil, uma semana antes do início do inverno no Hemisfério Sul e da temporada de gripe. “Na segunda onda da pandemia, o vírus pode piorar”, diz Oxford, uma das maiores sumidades mundiais no vírus da gripe e diretor científico de uma empresa privada que pesquisa a fabricação de vacinas, a Retroscreen Virology. Sua especialidade é a epidemiologia. E o A(H1N1) não é sua maior preocupação. Oxford teme a gripe aviária, que eclodiu em Hong Kong, em 1997. “A prioridade deveria ser vacinar a população mundial contra ela. Por que esperar pelo pior?”
QUEM É
O inglês John Oxford, de 68 anos, é um dos maiores especialistas mundiais no vírus influenza e na Gripe Espanhola de 1918
O QUE FAZ
É professor de virologia no Hospital St. Bartholomew, da Escola Queen Mary de Medicina e Odontologia, da Universidade de Londres
ONDE ATUA
Oxford é diretor científico da empresa Retroscreen Virology e preside o Hygiene Council, uma ONG mantida pela Reckitt Benckiser
ÉPOCA – A Organização Mundial da Saúde (OMS) é acusada de ter agido de forma precipitada em junho de 2009, quandou decretou o estado de pandemia do vírus A(H1N1).
John Oxford – A OMS agiu corretamente. Ela acompanhou atentamente o desenrolar da epidemia, desde os primeiros casos no México, em março de 2009. Não sou um conselheiro da OMS, mas sei que seus dirigentes se aconselharam com um grupo de 100 pessoas, entre os maiores epidemiologistas, infectologistas e virologistas especialistas em gripe. A OMS foi informada do grande perigo potencial do novo vírus A(H1N1). Ela alertou os sistemas de vigilância epidemiológica de todos os países. Ela aguardou o máximo possível até decidir decretar a pandemia. Em junho de 2009, quando ficou claro que o novo vírus A(H1N1) havia escapado ao controle, havia se espalhado pelo planeta e era agressivo a ponto de tomar o lugar das demais espécies de vírus da gripe, a OMS fez o que se esperava dela: decretou a pandemia.
ÉPOCA – Contrariando os piores prognósticos, a pandemia foi branda. Há uma impressão de que tudo não passou de um alarme falso. A pandemia acabou?
Oxford – A impressão geral da sociedade é que a pandemia acabou – mas essa não é a opinião da comunidade científica. Se olharmos as pandemias do passado, como a pandemia russa de 1889-1893 e a Gripe Espanhola de 1918-1920, a experiência mostra que as pandemias não vão embora de uma hora para a outra. Elas não desaparecem. O que o passado nos mostra é que a primeira onda de uma pandemia não é necessariamente a pior onda. No caso das pandemias russa e espanhola, as ondas mais letais vieram depois. Daí vem a minha suspeita de que as próximas ondas da gripe suína podem vir a ser piores.
ÉPOCA – Há indícios de piora do vírus?
Oxford – Não. No momento não há evidência nenhuma de que o vírus A(H1N1) esteja mutando – e ele nem precisa. Acredita-se que o A(H1N1) tenha infectado entre 30% e 40% dos 7 bilhões de seres humanos. Ainda há muita gente para ser infectada, pelo menos 4 bilhões de pessoas, a imensa maioria sem cobertura vacinal. Só quando esse “manancial” for infectado o vírus poderá sofrer pressões adaptativas para mutar. Mas nada impede que surja uma nova mutação mais perigosa a qualquer momento. O vírus ainda é muito instável – e imprevisível.
ÉPOCA – O senhor tomou a vacina?
Oxford – Sim, em dezembro. Eu trabalho diretamente com os doentes.
ÉPOCA – Qual é o prazo de proteção da vacina? Quando devemos tomar de novo?
Oxford – Quem tomar a vacina hoje precisará de dez dias até adquirir imunidade. Quanto ao prazo dessa imunização, eu diria que ele não é superior a 18 meses. Daqui para a frente, o ideal será repetir a vacina a cada 12 meses, como acontece com a vacina da gripe comum. Vou tomá-la novamente em dezembro.
A gripe aviária mata sete em cada dez doentes. Há risco de
pandemia. O que estamos esperando para iniciar
uma vacinação global preventiva?
ÉPOCA – O governo brasileiro diz que a vacinação atingiu 70% do público-alvo: 73 milhões de pessoas, 37% dos brasileiros.
Oxford – Vacinar 70% do público-alvo num país enorme como o Brasil é um porcentual altíssimo. Vocês estão bem melhor que muitos países da Europa e os Estados Unidos, onde, em média, só metade do público-alvo aderiu à campanha. Sem falar em dezenas de países da África, Ásia e América Latina onde quase ninguém foi imunizado.
ÉPOCA – Nos Estados Unidos, o público prioritário incluiu a população entre 6 meses e 64 anos. Na Europa foi igual. No Brasil, crianças e adolescentes entre 3 e 19 anos ficaram de fora. O grupo respondeu por 38% da incidência em 2009.
Oxford – O Brasil é um país emergente muito importante. Creio que o governo está bem assessorado e tenha tido boas razões para excluir essa faixa etária da vacinação. Mas é verdade que, na União Europeia e nos Estados Unidos, crianças e adolescentes foram incluídos. Talvez tenha faltado vacina, não sei.
ÉPOCA – A pandemia do A(H1N1) serviu para testar o funcionamento do sistema mundial de alerta epidemiológico de gripe, criado em 2005 em função da gripe aviária. Ela ainda preocupa?
Oxford – A gripe aviária, causada pelo vírus A(H5N1), é a principal preocupação dos epidemiologistas. Ela emergiu em Hong Kong, em 1997. Desde então, toda semana morre alguém na China, no Egito ou no Sudeste Asiático. Ao contrário do A(H1N1), o A(H5N1) não é transmissível pelo ar nem entre humanos. Para pegar a gripe aviária, uma pessoa precisa ter contato físico com aves doentes. Quando isso ocorre, a mortalidade chega a 70%. O medo é ocorrer uma mutação que torne o vírus A(H5N1) contagioso pelo ar e transmissível entre humanos. Essa mutação poderia causar uma pandemia de gripe aviária que, segundo estimativas da OMS, mataria 1 bilhão de pessoas.
ÉPOCA – Em 2009, o Egito sacrificou seu rebanho de porcos, animais passíveis de infecção pelas gripes humana e aviária. Suspeita-se que o sacrifício tenha ocorrido pelo temor de que os porcos se tornassem os agentes incubadores desta nova pandemia. Isso tem fundamento?
Oxford – Eu sinceramente preferiria saber que o sacrifício do rebanho no Egito foi decidido por razões epidemiológicas. Mas acho que não foi o caso. Acho que se usou a gripe suína como um pretexto para acabar com os porcos (o consumo de carne suína é proibido entre os muçulmanos) . Se era para acabar com a gripe aviária no Egito, não funcionou. As pessoas continuam morrendo.
ÉPOCA – A pandemia de gripe aviária pode ser evitada, não? Já existe uma vacina...
Oxford – Essa é hoje a questão mais debatida entre a elite dos virologistas, mas não há consenso. O vírus A(H1N1) da gripe suína precisou de 18 anos para virar pandêmico. Nós já estamos convivendo com o vírus A(H5N1) da gripe aviária há 13 anos, desde a “gripe do frango” de Hong Kong, em 1997. Quanto tempo ainda teremos antes de o A(H5N1) mutar e ficar ainda mais perigoso? Se sabemos fazer uma vacina, por que não incluí-la na dose da vacina da gripe sazonal? A prioridade da OMS deveria ser iniciar uma campanha global de vacinação preventiva para imunizar a população mundial. Por que esperar pelo pior?
Fonte: Revista Época/Globo.com
http://revistaepoca.globo.com/Revista/E ... CABOU.html
John Oxford: “A pandemia ainda não acabou”
Na segunda onda da gripe suína, o vírus A(H1N1) pode se tornar mais agressivo, diz o virologista inglês
Peter Moon
O vírus H1N1 da gripe suína não surgiu em 2009 no México. O causador da recente pandemia mundial de gripe existe há pelo menos 18 anos e evoluiu na Ásia, diz o virologista inglês John Oxford. Na próxima segunda-feira, ele estará no Brasil, uma semana antes do início do inverno no Hemisfério Sul e da temporada de gripe. “Na segunda onda da pandemia, o vírus pode piorar”, diz Oxford, uma das maiores sumidades mundiais no vírus da gripe e diretor científico de uma empresa privada que pesquisa a fabricação de vacinas, a Retroscreen Virology. Sua especialidade é a epidemiologia. E o A(H1N1) não é sua maior preocupação. Oxford teme a gripe aviária, que eclodiu em Hong Kong, em 1997. “A prioridade deveria ser vacinar a população mundial contra ela. Por que esperar pelo pior?”
QUEM É
O inglês John Oxford, de 68 anos, é um dos maiores especialistas mundiais no vírus influenza e na Gripe Espanhola de 1918
O QUE FAZ
É professor de virologia no Hospital St. Bartholomew, da Escola Queen Mary de Medicina e Odontologia, da Universidade de Londres
ONDE ATUA
Oxford é diretor científico da empresa Retroscreen Virology e preside o Hygiene Council, uma ONG mantida pela Reckitt Benckiser
ÉPOCA – A Organização Mundial da Saúde (OMS) é acusada de ter agido de forma precipitada em junho de 2009, quandou decretou o estado de pandemia do vírus A(H1N1).
John Oxford – A OMS agiu corretamente. Ela acompanhou atentamente o desenrolar da epidemia, desde os primeiros casos no México, em março de 2009. Não sou um conselheiro da OMS, mas sei que seus dirigentes se aconselharam com um grupo de 100 pessoas, entre os maiores epidemiologistas, infectologistas e virologistas especialistas em gripe. A OMS foi informada do grande perigo potencial do novo vírus A(H1N1). Ela alertou os sistemas de vigilância epidemiológica de todos os países. Ela aguardou o máximo possível até decidir decretar a pandemia. Em junho de 2009, quando ficou claro que o novo vírus A(H1N1) havia escapado ao controle, havia se espalhado pelo planeta e era agressivo a ponto de tomar o lugar das demais espécies de vírus da gripe, a OMS fez o que se esperava dela: decretou a pandemia.
ÉPOCA – Contrariando os piores prognósticos, a pandemia foi branda. Há uma impressão de que tudo não passou de um alarme falso. A pandemia acabou?
Oxford – A impressão geral da sociedade é que a pandemia acabou – mas essa não é a opinião da comunidade científica. Se olharmos as pandemias do passado, como a pandemia russa de 1889-1893 e a Gripe Espanhola de 1918-1920, a experiência mostra que as pandemias não vão embora de uma hora para a outra. Elas não desaparecem. O que o passado nos mostra é que a primeira onda de uma pandemia não é necessariamente a pior onda. No caso das pandemias russa e espanhola, as ondas mais letais vieram depois. Daí vem a minha suspeita de que as próximas ondas da gripe suína podem vir a ser piores.
ÉPOCA – Há indícios de piora do vírus?
Oxford – Não. No momento não há evidência nenhuma de que o vírus A(H1N1) esteja mutando – e ele nem precisa. Acredita-se que o A(H1N1) tenha infectado entre 30% e 40% dos 7 bilhões de seres humanos. Ainda há muita gente para ser infectada, pelo menos 4 bilhões de pessoas, a imensa maioria sem cobertura vacinal. Só quando esse “manancial” for infectado o vírus poderá sofrer pressões adaptativas para mutar. Mas nada impede que surja uma nova mutação mais perigosa a qualquer momento. O vírus ainda é muito instável – e imprevisível.
ÉPOCA – O senhor tomou a vacina?
Oxford – Sim, em dezembro. Eu trabalho diretamente com os doentes.
ÉPOCA – Qual é o prazo de proteção da vacina? Quando devemos tomar de novo?
Oxford – Quem tomar a vacina hoje precisará de dez dias até adquirir imunidade. Quanto ao prazo dessa imunização, eu diria que ele não é superior a 18 meses. Daqui para a frente, o ideal será repetir a vacina a cada 12 meses, como acontece com a vacina da gripe comum. Vou tomá-la novamente em dezembro.
A gripe aviária mata sete em cada dez doentes. Há risco de
pandemia. O que estamos esperando para iniciar
uma vacinação global preventiva?
ÉPOCA – O governo brasileiro diz que a vacinação atingiu 70% do público-alvo: 73 milhões de pessoas, 37% dos brasileiros.
Oxford – Vacinar 70% do público-alvo num país enorme como o Brasil é um porcentual altíssimo. Vocês estão bem melhor que muitos países da Europa e os Estados Unidos, onde, em média, só metade do público-alvo aderiu à campanha. Sem falar em dezenas de países da África, Ásia e América Latina onde quase ninguém foi imunizado.
ÉPOCA – Nos Estados Unidos, o público prioritário incluiu a população entre 6 meses e 64 anos. Na Europa foi igual. No Brasil, crianças e adolescentes entre 3 e 19 anos ficaram de fora. O grupo respondeu por 38% da incidência em 2009.
Oxford – O Brasil é um país emergente muito importante. Creio que o governo está bem assessorado e tenha tido boas razões para excluir essa faixa etária da vacinação. Mas é verdade que, na União Europeia e nos Estados Unidos, crianças e adolescentes foram incluídos. Talvez tenha faltado vacina, não sei.
ÉPOCA – A pandemia do A(H1N1) serviu para testar o funcionamento do sistema mundial de alerta epidemiológico de gripe, criado em 2005 em função da gripe aviária. Ela ainda preocupa?
Oxford – A gripe aviária, causada pelo vírus A(H5N1), é a principal preocupação dos epidemiologistas. Ela emergiu em Hong Kong, em 1997. Desde então, toda semana morre alguém na China, no Egito ou no Sudeste Asiático. Ao contrário do A(H1N1), o A(H5N1) não é transmissível pelo ar nem entre humanos. Para pegar a gripe aviária, uma pessoa precisa ter contato físico com aves doentes. Quando isso ocorre, a mortalidade chega a 70%. O medo é ocorrer uma mutação que torne o vírus A(H5N1) contagioso pelo ar e transmissível entre humanos. Essa mutação poderia causar uma pandemia de gripe aviária que, segundo estimativas da OMS, mataria 1 bilhão de pessoas.
ÉPOCA – Em 2009, o Egito sacrificou seu rebanho de porcos, animais passíveis de infecção pelas gripes humana e aviária. Suspeita-se que o sacrifício tenha ocorrido pelo temor de que os porcos se tornassem os agentes incubadores desta nova pandemia. Isso tem fundamento?
Oxford – Eu sinceramente preferiria saber que o sacrifício do rebanho no Egito foi decidido por razões epidemiológicas. Mas acho que não foi o caso. Acho que se usou a gripe suína como um pretexto para acabar com os porcos (o consumo de carne suína é proibido entre os muçulmanos) . Se era para acabar com a gripe aviária no Egito, não funcionou. As pessoas continuam morrendo.
ÉPOCA – A pandemia de gripe aviária pode ser evitada, não? Já existe uma vacina...
Oxford – Essa é hoje a questão mais debatida entre a elite dos virologistas, mas não há consenso. O vírus A(H1N1) da gripe suína precisou de 18 anos para virar pandêmico. Nós já estamos convivendo com o vírus A(H5N1) da gripe aviária há 13 anos, desde a “gripe do frango” de Hong Kong, em 1997. Quanto tempo ainda teremos antes de o A(H5N1) mutar e ficar ainda mais perigoso? Se sabemos fazer uma vacina, por que não incluí-la na dose da vacina da gripe sazonal? A prioridade da OMS deveria ser iniciar uma campanha global de vacinação preventiva para imunizar a população mundial. Por que esperar pelo pior?
Fonte: Revista Época/Globo.com
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Re: Gripe suína
começou a nova paranoia para encher os bolsos das farmacêuticas...
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Re: Gripe suína
Bem, eu fiz meu papel e não tomei a vacina.
NÃO À DROGA! NÃO AO CRIME LEGALIZADO! HOJE ÁLCOOL, AMANHÃ COGUMELO, DEPOIS NECROFILIA! QUANDO E ONDE IREMOS PARAR?
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Re: Gripe suína
Dois... E até agora nada, por falar niso nesse final de outono gelado não se ouviu falar em H1N1 (a não ser a campanha de vacinação). Vamos ver agora no inverno.
The cake is a lie...
- Bolovo
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Re: Gripe suína
Eu tomei a vacina e logo em seguida me deu uma vontade de votar na Dilma... ainda não entendi o porque...
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Re: Gripe suína
os laboratórios já não conseguiam meter mai$$$$$ ao bol$o....
http://jornal.publico.pt/noticia/11-08- ... 999300.htmDecretado o fim da pandemia da gripe A
Por Tiago Carvalho
Portugal vai continuar a apostar na vacinação e na vigilância contínua do vírus H1N1
A Organização Mundial de Saúde (OMS) anunciou ontem o fim da pandemia de gripe A, responsável pela morte de mais de 18 mil pessoas em todo o mundo. No entanto, prevenção continua a ser a palavra de ordem. A OMS não exclui a possibilidade de se registarem mais casos de pessoas infectadas nos próximos anos e em Portugal as autoridades de saúde garantem que nada será alterado no que diz respeito à contenção do vírus.
Francisco George, director-geral da Saúde, disse ao PÚBLICO que, apesar de esta decisão da OMS já ser esperada, "faz sentido as pessoas continuarem a proteger-se", nomeadamente através dos serviços de vacinação, porque é expectável que "a estirpe continue a circular nas semanas frias do ano". Para prevenir uma nova propagação do vírus, o director-geral da Saúde garante que será criado um "novo impulso de vacinação a partir do Outono" e manter-se-á a gratuitidade das vacinas para os grupos de risco, já garantida pelo Ministério da Saúde. "Quem tem mais de 65 anos ou doenças crónicas deve fazer vacina sazonal trivalente, que inclui também este vírus", apela Francisco George, aconselhando também os restantes cidadãos a imunizarem-se em relação ao vírus H1N1.
Segundo Francisco George, foram contabilizados cerca de um milhão de casos de gripe A em Portugal, dos quais resultaram 124 mortos e 193 internamentos nos cuidados intensivos. Ainda segundo o mesmo responsável, a actividade do vírus verificou-se sobretudo entre Agosto de 2009 e Fevereiro de 2010, tendo sido Novembro o mês em que a estirpe atingiu a sua expressão máxima.
Os apelos das autoridades de saúde portuguesas seguem na mesma tónica do anúncio da OMS, que, apesar da decisão, garante que o vírus não se extinguiu. "O mundo não está mais na fase seis de alerta pandémico. Passámos para a fase pós-pandémica. O vírus H1N1 já cumpriu a quase totalidade do seu percurso", referiu a directora executiva da OMS. No entanto, Margaret Chan fez questão de sublinhar que o fim da pandemia não significa que o vírus tenha desaparecido e admitiu a possibilidade de virem a ser registados novos casos de gripe A nos próximos anos.
Triste sina ter nascido português