rcolistete escreveu:knigh7 escreveu:Pessoal,
A FAB dá uma grande importância aos custos de manutenção (sabe muito bem das restrições, convive com a realidade).
Olá knigh7,
Mas é bom lembrar que a FAB comumente não divulga dados que outras forças aéreas divulgam : disponibilidade dos meios, custos operacionais (com critérios detalhados), etc. É uma forma de prestação de contas ao governo e país, inclusive concientizando que caças antigos têm custo de manutenção alto e baixa disponibilidade...
knigh7 escreveu:
> O custo da hora voo dos F-5M é de US$2,500. A disponibilidade dele é de 55%. Por falta de verba. A disponibilidade dos
> M2000 é um pouco maior porque o CLS, assinado em 2008 cobre uma vasta gama de atividades.
> E do AMX é de US$3,000.
Qual é a metodologia para tais cálculos de custo de hora-vôo na FAB ? Levam em conta todos esses ítens : combustível, lubrificantes e consumíveis frequentes, amortização de todos os sobressalentes (de motor, radar, etc) do caça durante a vida útil, custo da mão-de-obra para manutenção em todos os níveis, amortização de atualizações/modernizações ao longo da vida útil, etc ?
Estou achando estranho esses custos para F-5M e AMX semelhantes a aviões civis de transporte regional. Dá a entender que não inclui suporte dos aviônicos e sensores sofisticados (radares, etc) de um caça militar.
knigh7 escreveu:
> Com o Rafale, a hora voo, dolarizando, será de US$14.000mil, por 10 anos, garantida pelos franceses. E depois, só Deus
> sabe para quanto vai.
Mesma pergunta acima para tal custo de hora-vôo do Rafale.
E seria interessante saber tais custos para o P-3BR (que voará muitas horas em cada patrulha), C-295, UH-60L, Super Puma e outras aeronaves da FAB (bem como da MB e EB).
Com mais Rafales entrando em operação na França até 2022 a tendência é o custo de hora-vôo cair... idem para o Brasil, caso supostamente tenhamos mais do que 36 caças no FX-2 (em lotes futuros).
knigh7 escreveu:
> Mesmo assim, considerando os US$14.000 oferecido por 10 anos, se tivermos o Rafale, teremos um caça que irá substituir > os F-5M e AMX também, com um custo operacional quase 6X maior!!!
Que eu me lembre, Eurofighter (na Áustria), F/A-18E/F (na Austrália) e Rafale (na França) tem custos operacionais por ano na ordem de alguns milhões de US$/EUR por caça, com bom número de horas-vôo, boa disponibilidade, contrato CLS, etc.
Não adianta a FAB gastar mixaria em cada AMX por ano sendo que é subutilizado em horas-vôo, taxa disponibilidade, armas e sensores (radar ausente até hoje) utilizados, etc. Fora que um AMX-M ou F-5M, mesmo explorado em todo seu potencial, é algumas vezes inferior a um Rafale (ou Super Hornet ou Gripen NG) : 9,5 ton. de carga externa x aprox. 3 ton, leque de armamentos modernos, etc.
Não tem como a FAB ser mais "esperta" que outros países usuários de Eurofighter, Rafale, Super Hornet, etc, gastando (bem) menos que eles para manter tais caças. A conta é essa, uns US$2-5 milhões por caça por ano, para operará-los próximo de 100% do potencial deles.
Se a FAB não quiser isso, então que só opere A-29... não é escolhendo Super Hornet ou Gripen NG que nos tornaremos mais espertos que todos os outros países em um passe de mágica.
Abraços,
Roberto