Assuntos em discussão: Força Aérea Brasileira, forças aéreas estrangeiras e aviação militar.
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WalterGaudério
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#16
Mensagem
por WalterGaudério » Ter Dez 29, 2009 12:24 pm
cb_lima escreveu:Tem uma parcela da FAB que é ligada ao passado de maneiras impressionantes.
Infelizmente isso não é somente um privilégio da FAB e enquanto isso as aeronaves apodrecem por lá por conta de um orgulho bobo e da incapacidade de olhar para frente.
Lembrar que a FAB no comando do Museu em muitos casos é a mesma que não via a MB com asas fixas e usou Gloster Meteor para ataque ao solo e avião de caça era TF-33 e F-80...
Isso explica muita coisa
[]s
CB_Lima
CB tem um outro DETALHE, essa parcela da FAB que praticamente se insurgiu contra o Brig Batista é formada tb por veteranos do 1o. Gavca(não somente aqueles que lutaram na Itália, mas pessoal que serviu lá tb na década de 50). Me lembro de ter acompanhado esse entrevêro(foi coisa séria mesmo, a ponto de quase chamarem o Batista de traidor) pelo jornalista Claudio Luchese diretor-editor da revista ASAS que entrevistou o Batista acerca do tema.
Acontece que esse pessoal que se insurgiu é justamente formado por intocáveis da FAB, veteranos da II GM, e aí..., já viu...
no way
Só que a coisa tecnicamente já está se conformando até mesmo em problema político-judicial, uma vez que é de inteira competência do comandante da Aeronáutica preservar o patrimônio -histórico ligado à sua pasta.(ainda que as aeronaves em exposição já tenham sido descarregadas do patrimônio das FAs) Enfim, é crime de responsabilidade deixa-las apodrecer ao relento como posso observar desde 1982...
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Roberto Dias
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#17
Mensagem
por Roberto Dias » Ter Dez 29, 2009 12:33 pm
Bem vou tentar explicar de uma forma diferente o porquê de não se mudar o Musal: O Campo dos Afonsos é o berço da FAB!. Ali passaram vários heróis de nossa Força Aérea, existem inúmeros locais históricos dentro daquela base, acho que o mais correto seria mudar a base e deixar o Museu. Apesar do acesso e da vizinhança, se mantivéssemos a estrutura atual como patrimônio histórico acho que a visitação teria muito mais valor. Tive a oportunidade de fazer um curso na Base Aérea dos Afonsos quando fui cadete da Fab, pude comer, dormir e visitar diversos locais onde somente os militares têm acesso e é realmente incrível saber que ali nasceu não somente a Fab, mas muitos outros mitos de nossas Forças Armadas. Se tem gente que viaja metade do Brasil para conhecer o Cristo Redentor, Foz do Iguaçú e outros pontos turísticos do Brasil qual o problema de ir a até Marechal Hermes? Acho que falta é uma visão de preservação deste patrimônio.
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joao fernando
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#18
Mensagem
por joao fernando » Ter Dez 29, 2009 12:48 pm
Vou falar por mim: tenho maior vontade de conhecer o museu. Mas pra chegar lá, tenho que cruzar uma região em quase guerra civil.
O museu tem que ser em lugar visivel, nada de enfurnar lá nos cafundós. E de preferencia, perto de um aeroporto, com facilidade de chegada.
Talvez ai, tivessemos uma forma de criar o sentimento de preservação. Movimentação de gente do pais inteiro, com acesso facil.
Obrigado Lulinha por melar o Gripen-NG
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Skyway
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#19
Mensagem
por Skyway » Ter Dez 29, 2009 12:53 pm
Pois é por isso que acho que uma reforma no MUSAL é mais interessante do que mudar ele de lugar Roberto Dias.
Ja andei por alguns lugares também na BAAF e acho aquela base impressionante e de valor inestimável, mas também sei que é uma base enorme e com pouquíssima área construída se considerar o tamanho do terreno.
Pô, os hangares são tombados? Beleza, construa então em outro lugar da Base oras! Terreno é o que não falta, ainda mais depois que o 1º GTT sair de lá e levar os dois hangares junto. Acho que a história da FAB não merece ser tratada da forma como está sendo, a base do orgulho pessoal de alguns. Era pra ser a base do orgulho de todos pelo brasil e pela nossa aviação!
Hangares grandes, estrutura digna de ponto turístico com estacionamento e restaurantes, e até uma preparação de um pátio operacional exclusivamente para receber o povo em dia de portões abertos e fazer de lá o lugar certo para se apreciar aviação no Rio e até no Brasil. Terreno não falta, lucro não vai faltar, mas vontade é que já são outros quinhentos...
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Skyway
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#20
Mensagem
por Skyway » Ter Dez 29, 2009 1:00 pm
joao fernando escreveu:Vou falar por mim: tenho maior vontade de conhecer o museu. Mas pra chegar lá, tenho que cruzar uma região em quase guerra civil.
O museu tem que ser em lugar visivel, nada de enfurnar lá nos cafundós. E de preferencia, perto de um aeroporto, com facilidade de chegada.
Talvez ai, tivessemos uma forma de criar o sentimento de preservação. Movimentação de gente do pais inteiro, com acesso facil.
Para isso teriamos que desvincular a preservação da memória da aviação em relação as aeronaves, da preservação da memória da aviação em relação ao berço da FAB que é nos Afonsos.
Concordo que seria muito melhor por exemplo, botar no lugar onde hoje é a Base Aérea do Galeão, e com acesso direto dos terminais do aeroporto internacional para o museu, sem precisar sair, pegar nem ônibus ou taxi.
AD ASTRA PER ASPERA
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Joaca
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#21
Mensagem
por Joaca » Ter Dez 29, 2009 1:06 pm
O problema foi que não queriam levar todo o acervo, tem avião que para sair do Musal tem que serrrado em vários pedaçõs, pois não passaria nos tuneis e outros acidentes geográficos do rio.
O Musal tem iluminação sim e das boas,, basta pedir para ligar, ela não fica todo tempo ligada por contenção de despesas.
Ao meu ver, a soluçã o do Musal esta na mudança dos esquadrões hoje do Afonso para Anápolis, aí, teremos vários angares livres.
Sobre aviões que não são reformados, quantos participam da AMAERO? Quantos doam trimestralmente 30 reais para auxiliar a manutenção do musal? Aviões no tempo, vcs pecisam ver molino...
At
Jm
Walterciclone escreveu:Thor escreveu:Dá uma dó ver o Musal com belíssimas aeronaves quase abandonado, sem incentivo algum.
No exterior paga-se uns bons $ para ver uma fração das aeronaves que temos no Musal.
Eu acho que deveria ser em um lugar de destaque, para virar atração mesmo.
Abraços
Mas são justamente os Brigadeiros da reserva que resistem a mudança de local. Na época do brigadeiro batista foi tentada uma mudança para um terreno à disposição da aeronáutica na barra da Tijuca, e foi uma gritaria só. O Batista foi voto vencido e ainda saiu arranhado do episódio, quase sendo chamado de traidor pelo conselho curador do museu. E isso por que a idéia era de expor apenas algumas aeronaves lá, e não todo o acervo.
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Joaca
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#22
Mensagem
por Joaca » Ter Dez 29, 2009 1:07 pm
Os hangares são tombados pelo patrimônio histórico, naõ se constroe nada e nem se derruba nada sem o aval deste orgão.
At
JM
Skyway escreveu:Pois é, chega a ser revoltante ver como a FAB "cuida" do MUSAL. Os hangares não tem iluminação nenhuma, muitas aeronaves não veem uma reforma a muitos anos e já não tem espaço pra botar nem um Piper Cub.
Acho que eles poderiam até deixar o MUSAL lá, mas com uma cara bem diferente. Tira os aviões dali, derruba esses hangares ridículos de pequenos, constrói aqueles hangares de verdade, enormes, faz um estacionamento de verdade e passem a cobrar entrada para terem alguma renda e não depender apenas do orçamento.
Mas meu medo é que a coisa piore, porque sem espaço pra mais nada dentro dos hangares atuais, eles podem ter a idéia de jerico de tirar uma ou duas aeronaves grandes pra dar espaço para menores..e ai mais aeronaves vão ficar ao relento...
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Carlos Lima
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#23
Mensagem
por Carlos Lima » Ter Dez 29, 2009 1:37 pm
Bom,
Eu já acho que é uma combinação das coisas...
É lindo e bonito saber que lá estão memórias da FAB de quem serviu lá etc etc?
Claro que sim... excelente... mas qual parte do museu faz referência explicita a tal passado, mostrando desde a pista de onde decolaram gerações de aviadores até dormitórios antigos etc?
O que existe por lá é um acervo muito grande de documentos e aeronaves em um solo sagrado para a FAB.
Bom, do ponto de vista prático gerações de cariocas não vão aquele lugar porque é longe e é violento. E daí não temos público para o museu, não temos $$$$ e fica dificil se comover com aquilo que não se vê.
Sendo assim, querem preservar algo por lá? Ótimo que se preserve, mas temos que criar maneiras de mostrar as gerações atuais essa FAB que todo mundo fala e não muita gente tem acesso.
Nessas horas é que acho que deveria ter uma parte do museu em uma localidade mais a mostra e de melhor acesso a população.
Afinal de que adianta museu que só quem viveu lá se lembra e quem vai é porque mora nas redondezas?
Cadê o propósito de educar gerações e ao mesmo tempo fazer propaganda sobre a FAB e as nossas Forças Armadas?
A solução vem do pragmatismo e não ficar necessariamente com a cabeça no passado e ponto.
Para mim seriam 2 unidades... uma com todo o passado, mostra os hangares, diversos aviões, a história dos Afonsos... e o outro o Museu da Força Aérea Brasileira... coloca quem sabe com ajuda da iniciativa privada até micro-ônibus em dias programados ligando uma coisa a outra.
Mas é a minha opnião.
E Walter, eu em visita ao InCaer pude testemunhar algumas discussões em torno do tema o que me deixou na verdade muito triste, mas por outro lado explica muito alguns problemas "de infância" da FAB.
[]s
CB_Lima
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Skyway
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#24
Mensagem
por Skyway » Ter Dez 29, 2009 1:53 pm
Joaca escreveu:O problema foi que não queriam levar todo o acervo, tem avião que para sair do Musal tem que serrrado em vários pedaçõs, pois não passaria nos tuneis e outros acidentes geográficos do rio.
O Musal tem iluminação sim e das boas,, basta pedir para ligar, ela não fica todo tempo ligada por contenção de despesas.
Ao meu ver, a soluçã o do Musal esta na mudança dos esquadrões hoje do Afonso para Anápolis, aí, teremos vários angares livres.
Sobre aviões que não são reformados, quantos participam da AMAERO? Quantos doam trimestralmente 30 reais para auxiliar a manutenção do musal? Aviões no tempo, vcs pecisam ver molino...
At
Jm
Isso nós sabemos Joaca, mas não podemos aceitar que fique do jeito que está! Tem iluminação? Tem sim...mas que diferença faz se eu só vi ligada uma vez na vida e por alguns poucos minutos? Exposição como essa requer um cuidado muito diferente do que vem recebendo. O MUSAL teria que ser no mínimo do nível do Asas de um Sonho...e nunca perto do nível do Matarazzo em Bebedouro/SP.
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rodrigo
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#25
Mensagem
por rodrigo » Ter Dez 29, 2009 2:28 pm
Com a mudança da Brigada PQD pra Anápolis, o papel da BAAF será revisto. Vamos acompanhar.
"O correr da vida embrulha tudo,
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O que ela quer da gente é coragem."
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#26
Mensagem
por Vinicius Pimenta » Ter Dez 29, 2009 3:55 pm
O GTT vai junto e o 3°/8° GAv vai pra BASC.
Ficaria o MUSAL, a UNIFA e o HAAF. O PAMA-AF seria fechado.
Vinicius Pimenta
Você é responsável pelo ambiente e a qualidade do fórum que participa. Faça sua parte.
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#28
Mensagem
por Divino Alves » Ter Dez 29, 2009 9:35 pm
É um tanque de combustível do tipo RPK10, equipado com MER (Multiple Ejector Rack) com capacidade para transportar até 04 bombas do tipo MK-82.
A FAB voou o T-37C, chamado pelos americanos de "Tweet", e não o A-37 "Dragonfly", como está colocado na foto.
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#29
Mensagem
por Operti » Qua Dez 30, 2009 2:17 am
Pessoal,
A questão do MUSAL é mais delicada do que supõe a discussão nesse tópico; o buraco é bem mais embaixo. Tem muita coisa ali dentro e não é só a cabeça dos "velhas águias".
Mudança de local: isso não vai acontecer, não enquanto o pessoal da velha guarda estiver na liderança da parte cultural. E eu concordo com eles, por dois motivos. Primeiro, falem o que for, ali é o berço da Força Aérea Brasileira. Poucos lugares no mundo tem a possibilidade de erguer um museu no local onde nasceu a sua Força Aérea e a aviação do país. Segundo lugar, movimentar o museu para o terreno do Clube da Aeronáutica na Barra tem um item a mais que é pouco discutido: maresia. Alguém em sã consciência levaria metal e madeira para a beira do mar?
Hoje existe um projeto de ampliação do museu que não considera a desocupação da BAAF. Além do mais, essa desmobilização pode tanto acontecer em seis meses como pode se concretizar em 10, 15 anos. Portanto, não existe essa parcela dentro da equação.
Além dos hangares que são parte da história do Campo e são tombados, existem outras instalações ali que tem valiosa importância histórica. Alguns dos prédios e galpões da UNIFA e do PAMA são originais da época. Na frente do hotel de trânsito da UNIFA está o que para mim é o local mais importante de todo o complexo, historicamente: numa mesma área estão o lago do laché, onde os pilotos recém solados eram "jogados" pelos veteranos após o grande vôo, na época da Escola de Aviação, década de 30; um painel de azulejo retratando um desses banhos no lago, também da mesma época; e um pátio calçado com pedras em formato quadrado, gravadas com o nome de todos os pilotos que fizeram seu vôo solo naquele campo de aviação, e as datas em que eles foram realizados. E isso não se transfere...
Quanto à localização, isso para mim é contornável. Basta algumas ações coordenadas e é possível minimizar esse problema. Mas, esses e outros problemas do museu esbarram no que eu relatei no meu primeiro parágrafo, infelizmente.
Abraços
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MARCOS RIBEIRO
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#30
Mensagem
por MARCOS RIBEIRO » Qua Dez 30, 2009 7:26 am
Bem voltando ao tema principal at-26 impala, eu digo pra refrescar a memória de muitos que ela é sim uma aeronave histórica na aviação e na FAB.
As modificações feitas no avião com metralhadoras embutidas, um único assento, blindagem na cabine, chaff e flares e até RWR. Foram a alguns anos atrás sugestões dadas pela própria Fab ao consórcio italo-brasileiro afim de tornar o emb-326 uma plataforma de ataque mais atualizada. Por força do destino todas essas sugestões dadas na época foram implementadas por necessidade na Africa do sul que sofria embargos da comunidade internacional, criando assim as variantes impala mk1 e a mk2.
A compra desses impalas ajudou a Fab por um bom tempo a manter o resto dos nossos xavantes voando e tb deu a Fab uma célula com configuração de ataque ao solo bem mais potente. Na época dei a notícia como furo aqui no DB, pois o tenente coronel (agora brigadeiro) que tratou essa negociação é meu amigo pessoal.
Portanto não considero o Impala um estorvo e algo não histórico ou vergonhoso para a FAB, pois ele nos serviu muito bem em uma hora que era preciso manter os xavantes por mais algum tempo e não tinhamos peças e dotação orçamentária para substituí-lo.
Marcos Ribeiro
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