Santiago escreveu:
A desconfiaça com os americanos não está relacionada com compra de equipamentos militares, mas sim com a disposição de transferir tecnologias. Mas o cenário mundial está mudando. O trem da oportunidade pode estar passando bem na nossa frente e muitos não conseguem enxergá-lo por miopia ideológica tardia. Esse trem deveria ser descartado se houver outro trem melhor, mas não por miopia. Ficar preso a lógica do passado, da Guerra Fria, da dicotomia comunismo x capitalismo, do complexo de coitadinho latino-americano vítima do imperialismo e da perseguição do FMI não vai levar a lugar nenhum (aliás, leva ao bolivarianismo). Ainda bem que superamos no geral esse paradigma.
Lembra quando a URSS caiu? Vendiam até a mãe ou quase. Agora, não acontece nada tão dramático e nem tão cataclismico, mas o cenário mundial está mudando certamente e vai mudar muito mais. A disposição dos EUA em vender certas coisas (tecnologias) e forjar novas parcerias claramente tem mudado também. Contudo isso não deve ser condição para abraçar uma aquisição como o F-X2. Apenas se a proposta for a melhor. A palavra de ordem deve ser competição entre os possíveis fornecedores. Se a proposta francesa (ou a sueca ou até mesmo uma russa retardatária, se muito benéfica ao Brasil) for a melhor, que seja a escolhida.
[]s
É você que está se atrelando ao passado, os EUA estão em crise, crise terminal como super potência, quem seguiu esse caminho, se atrelando ao EUA, foi o México, fazendo o Nafta, enquanto nós recusamos a ALCA, diversificando nossas relações comerciais. Resultado, hoje o México está de quatro, literalmente, amarrado ao Titanic.
Exatamente, por não ser uma viúva da Guerra Fria, vejo que o mundo está completamente mudado, e o futuro não aponta para os EUA. Mas para um caminho próprio, não precisamos mais de nenhum tutor ou tutela.
Quem viu ontem o Programa mais colonizado da TV brasileira, Manhatan Connection, entendeu bem o que ocorre no mundo, os EUA hoje, são a Inglaterra de 1914. E eles ainda se lamentam, não tenho cabeça para viver num mundo, onde as ordens e o ideal não venham dos EUA. Oras eu digo; morram, e já vão tarde.
Não temos qualquer dever de lealdade, eles que se afundem sozinhos!
[]´s