NOTÍCIAS POLÍTICAS
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- Bolovo
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
O que será, o que será... estou desiludidoBourne escreveu:O que será do país sem o Pitta
Ps.: Foi tarde.
"Eu detestaria estar no lugar de quem me venceu."
Darcy Ribeiro (1922 - 1997)
Darcy Ribeiro (1922 - 1997)
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
Pesquisa CNT/Sensus.
Serra caiu para 31,8%.
Dilma cresceu para 21,7%.
Popularidade e avaliações positivas do presidente Lula e do governo cresceram.
76% preferem o governo Lula ao de FHC. 10% preferem o deste.
Serra caiu um pouco no segundo turno, mas ainda está relativamente bem a frente.
2010 vai pegar fogo!
Rafales, cadê a decisão?! Esperamos breve confirmação!
Grande abraço!
Serra caiu para 31,8%.
Dilma cresceu para 21,7%.
Popularidade e avaliações positivas do presidente Lula e do governo cresceram.
76% preferem o governo Lula ao de FHC. 10% preferem o deste.
Serra caiu um pouco no segundo turno, mas ainda está relativamente bem a frente.
2010 vai pegar fogo!
Rafales, cadê a decisão?! Esperamos breve confirmação!
Grande abraço!
- Edu Lopes
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
Isso sim, tem que ser criticado. Não aquele artigo imundo sobre o Sr. Presidente Lula.
Ô raça nojenta, viu! Por isso querem calar a imprensa.
Mas vem cá, a proposta do PT não era acabar com essas "prerrogativas"? Se isso acontecesse no governo FHC, o que diria o PT?Uso de avião da FAB segue critério do costume
Publicada em 26/11/2009 às 23h59m
Francisco Leali
BRASÍLIA - A Presidência da República admitiu que não há qualquer legislação que respalde a utilização de aviões da Força Aérea Brasileira (FAB) para transportar convidados do presidente para a capital federal. No dia 9 de outubro, Fábio Luiz Lula da Silva, filho do presidente Lula, e mais 15 convidados usaram um Boeing da FAB no trajeto São Paulo-Brasília . No mesmo voo estava o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles.
Depois que o caso foi revelado pela imprensa, a assessoria da Presidência sustentou que essa utilização era "normal". Indagada pelo GLOBO sobre portaria, decreto ou regulamentação que trata do tema, a Secretaria de Imprensa do Palácio do Planalto informou posteriormente que esse direito está assegurado ao presidente da República porque é um costume não só do atual governo como de outros.
"A possibilidade de o presidente da República convidar pessoas para deslocamentos em aviões oficiais baseia-se numa prerrogativa tradicionalmente exercida no Brasil: foi assim em governos anteriores, tem sido assim no atual", informou a secretaria.
O único decreto que regula o uso de aviões da FAB foi editado em 2002, ainda no governo Fernando Henrique, depois que ministros de seu governo foram acusados de ir passear em Fernando de Noronha em jatinhos da Força Aérea. Alguns deles chegaram a ser processados pelo Ministério Público Federal por conta disso.
O decreto 4.244 não estabeleceu regras para o presidente da República. Faz referência apenas ao vice e aos ministros do governo, presidentes da Câmara, do Senado e do Supremo Tribunal Federal. Para eles é assegurado o direito de usar os aviões para viajar a trabalho e ir para casa nos fins de semana. Os aviões também podem ser usados "por motivo de segurança e emergência médica".
As autoridades devem informar à FAB quem são as pessoas que as acompanham na viagem. Em maio deste ano, o presidente Lula acrescentou um dispositivo legal permitindo que os ministérios comprem passagens em voos comerciais caso o ministro assim deseje ou necessite.
Oposição quer a divulgação da lista
O deputado Duarte Nogueira (PSDB-SP) apresentou na quarta-feira um requerimento de informação para pedir a lista dos 15 convidados que usaram o Boeing da FAB em outubro. O parlamentar redigiu nesta quinta outros dois requerimentos: um para o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) e outro para o Ministério da Defesa.
Neles pede informações detalhadas sobre plano de voo, hora e local de pousos e de decolagens do Boeing da FAB no dia 9 de outubro, uma sexta-feira.
- Pedi informações para que seja explicada a razão para utilização do avião naquele dia que antecedia o feriado de 12 de outubro. Se o presidente acha que tem o direito de usar dessa maneira, não vou questionar. Mas o avião é público e temos o direito de saber como isso é feito - disse Duarte Nogueira.
O deputado evitou antecipar qualquer medida que ele ou o partido poderão adotar por conta do uso do avião:
- Vamos esperar a resposta que o governo vai dar. Havendo ou não uma norma, tem que ter bom senso no uso do veículo, seja ele automóvel ou avião.
Fonte: http://oglobo.globo.com/pais/mat/2009/1 ... 942939.asp
Ô raça nojenta, viu! Por isso querem calar a imprensa.
- Bolovo
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
Meu irmão já foi pro RJ de Brasilia da FAB. Tem que fazer uma burocracia do cacete.
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Darcy Ribeiro (1922 - 1997)
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
Pois é. Aqui no mundo real eu andar um km de VTR e não anotar no diário de bordo quando fui, quanto tempo levei e o que fui fazer me enrasco legal...
Já na Ilha da Fantasia...
Ô josta, viu.
Já na Ilha da Fantasia...
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“Look at these people. Wandering around with absolutely no idea what's about to happen.”
P. Sullivan (Margin Call, 2011)
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- Clermont
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
UMA CHANCE DE OURO.
Mary Zaidan - 6.12.2009 - Blog do Noblat.
Tábua de salvação para todos os males, as reformas voltam sempre à tona como imprescindíveis e urgentes todas as vezes em que os agentes públicos querem tirar o corpo fora da crise do momento.
Nos tropeços econômicos berra-se, e nada se faz, em prol de uma reforma tributária.
E sempre que estouram escândalos de corrupção, malversação de dinheiro público e ladroagem entre aqueles que deveriam ter um mínimo de compostura para representar o povo, repete-se o bordão da emergência de se fazer uma reforma política.
Diante da novela de horror exibida nos vídeos da corrupção explícita que se alastrou pelo Distrito Federal, a palavra de ordem não poderia ser outra: reforma política - a “responsável de plantão”, como bem disse a jornalista Dora Kramer em sua coluna, publicada no Estado de S. Paulo na última quinta-feira.
Além de desculpa usada e esfarrapada, o uso irresponsável e oportunista da reforma política é de todo nefasto.
Acaba por desqualificá-la. Isso em um país que carece, e há tempos, de alterar as atuais regras, arcaicas e superadas.
Tudo, mas absolutamente tudo, condena o atual sistema.
Do peso desigual da proporcionalidade na Câmara dos Deputados - que ainda hoje segue os moldes definidos em 1977 pelo mago do regime militar, Golbery do Couto e Silva, no Pacote de Abril, pelo qual um único amapaense, acreano, rondoniense ou roraimense vale sabe lá quantos muitos paulistas, mineiros, fluminenses, baianos ou gaúchos - à excrescência dos senadores suplentes que representam estados da Federação sem terem recebido um voto sequer.
Dos critérios que possibilitam a formação de partidos políticos em cada esquina às absurdas coligações pós-eleitorais, não aprovadas previamente pelo eleitor.
E as mudanças na regência político-eleitoral não dependem de artifícios ou idéias mirabolantes como a de convocação de uma Assembléia Constituinte, como preconizou marotamente o presidente Lula, sob o argumento de que os políticos não têm interesse em votar qualquer alteração nas regras vigentes, pois por elas são beneficiados.
Aliás, para quem se arvora em dizer que tudo se resolve com uma reforma política, é no mínimo incongruente imaginar que um fórum constituinte eleito pelas atuais regras seria menos oportunista, corrupto ou servil quanto Parlamento atual. Não passa de conversa para boi dormir.
A propalada reforma nem mesmo precisaria de novos projetos.
Há centenas deles criando teias de aranha no Congresso Nacional, vários com a amplitude e a profundidade necessárias para a correção de rumos.
Somam dezenas as propostas de diferentes aplicações do voto distrital - mecanismo que elimina as disputas fratricidas entre candidatos de um mesmo partido, permite maior proximidade com o eleitor e, consequentemente, maior fiscalização do eleito -, de fórmulas de financiamento dos pleitos, se público, privado ou misto, de regramentos para a publicidade eleitoral.
Em menor número, mas de igual ou maior importância, há propostas de adoção do voto facultativo, fundamento das democracias maduras, que estimula a real inclusão do cidadão na prática política, não raro limitada, nos países que ainda mantêm a obrigatoriedade, ao ato de votar.
Democracias emergentes buscam cotidianamente seu aperfeiçoamento.
É vergonhoso que o Brasil nem ao menos tente fazê-lo. Brinca com o sério ao fingir que discute questões de fundo e nem mesmo arranha o que verdadeiramente importa.
Se houvesse qualquer pretensão de se reformar alguma coisa, o Parlamento e próprio presidente Lula endossariam a emenda popular que impede a candidatura dos fichas sujas – uma oportunidade fabulosa para demonstrar que são sinceros os desejos de inibir a ação de corruptos de carteirinha.
Ao presidente da Câmara Michel Temer caberia apenas colocar a proposta na pauta do dia, e ao presidente Lula bastaria estimular a sua confortável maioria para aprová-lo.
Para a tão emergente e necessária reforma política, seria um começo sensacional.
Pena que a probabilidade de eles aproveitarem esta chance de ouro seja quase a mesma de se achar um pote de ouro no fim do arco-íris.
Mary Zaidan - 6.12.2009 - Blog do Noblat.
Tábua de salvação para todos os males, as reformas voltam sempre à tona como imprescindíveis e urgentes todas as vezes em que os agentes públicos querem tirar o corpo fora da crise do momento.
Nos tropeços econômicos berra-se, e nada se faz, em prol de uma reforma tributária.
E sempre que estouram escândalos de corrupção, malversação de dinheiro público e ladroagem entre aqueles que deveriam ter um mínimo de compostura para representar o povo, repete-se o bordão da emergência de se fazer uma reforma política.
Diante da novela de horror exibida nos vídeos da corrupção explícita que se alastrou pelo Distrito Federal, a palavra de ordem não poderia ser outra: reforma política - a “responsável de plantão”, como bem disse a jornalista Dora Kramer em sua coluna, publicada no Estado de S. Paulo na última quinta-feira.
Além de desculpa usada e esfarrapada, o uso irresponsável e oportunista da reforma política é de todo nefasto.
Acaba por desqualificá-la. Isso em um país que carece, e há tempos, de alterar as atuais regras, arcaicas e superadas.
Tudo, mas absolutamente tudo, condena o atual sistema.
Do peso desigual da proporcionalidade na Câmara dos Deputados - que ainda hoje segue os moldes definidos em 1977 pelo mago do regime militar, Golbery do Couto e Silva, no Pacote de Abril, pelo qual um único amapaense, acreano, rondoniense ou roraimense vale sabe lá quantos muitos paulistas, mineiros, fluminenses, baianos ou gaúchos - à excrescência dos senadores suplentes que representam estados da Federação sem terem recebido um voto sequer.
Dos critérios que possibilitam a formação de partidos políticos em cada esquina às absurdas coligações pós-eleitorais, não aprovadas previamente pelo eleitor.
E as mudanças na regência político-eleitoral não dependem de artifícios ou idéias mirabolantes como a de convocação de uma Assembléia Constituinte, como preconizou marotamente o presidente Lula, sob o argumento de que os políticos não têm interesse em votar qualquer alteração nas regras vigentes, pois por elas são beneficiados.
Aliás, para quem se arvora em dizer que tudo se resolve com uma reforma política, é no mínimo incongruente imaginar que um fórum constituinte eleito pelas atuais regras seria menos oportunista, corrupto ou servil quanto Parlamento atual. Não passa de conversa para boi dormir.
A propalada reforma nem mesmo precisaria de novos projetos.
Há centenas deles criando teias de aranha no Congresso Nacional, vários com a amplitude e a profundidade necessárias para a correção de rumos.
Somam dezenas as propostas de diferentes aplicações do voto distrital - mecanismo que elimina as disputas fratricidas entre candidatos de um mesmo partido, permite maior proximidade com o eleitor e, consequentemente, maior fiscalização do eleito -, de fórmulas de financiamento dos pleitos, se público, privado ou misto, de regramentos para a publicidade eleitoral.
Em menor número, mas de igual ou maior importância, há propostas de adoção do voto facultativo, fundamento das democracias maduras, que estimula a real inclusão do cidadão na prática política, não raro limitada, nos países que ainda mantêm a obrigatoriedade, ao ato de votar.
Democracias emergentes buscam cotidianamente seu aperfeiçoamento.
É vergonhoso que o Brasil nem ao menos tente fazê-lo. Brinca com o sério ao fingir que discute questões de fundo e nem mesmo arranha o que verdadeiramente importa.
Se houvesse qualquer pretensão de se reformar alguma coisa, o Parlamento e próprio presidente Lula endossariam a emenda popular que impede a candidatura dos fichas sujas – uma oportunidade fabulosa para demonstrar que são sinceros os desejos de inibir a ação de corruptos de carteirinha.
Ao presidente da Câmara Michel Temer caberia apenas colocar a proposta na pauta do dia, e ao presidente Lula bastaria estimular a sua confortável maioria para aprová-lo.
Para a tão emergente e necessária reforma política, seria um começo sensacional.
Pena que a probabilidade de eles aproveitarem esta chance de ouro seja quase a mesma de se achar um pote de ouro no fim do arco-íris.
- soultrain
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
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Política
16/12/2009 17h05m
Fundação Sarney empresta convento doado para 'festa profana'
José Maurício dos Santos
Mal esperou a “poeira abaixar” e a Fundação Sarney já se envolve em outra polêmica que vira caso de justiça. Prestes a fechar as portas, alegando falta de recursos, a instituição resolveu usar um método nada convencional para tentar levantar dinheiro.
Há uma semana no Maranhão, a Fundação alugou sua sede, o tombado Convento das Mercês, que fica no maranhão, para realizar uma festa aos moldes do mundo contemporâneo: drogas lícitas, mulheres modernas e ousadas, “pegação”, um convite sugestivo e uma banda composta por integrantes muito aquém do estilo de uma freira, a Female Angels, cuja especialidade, além do estilo musical, Sexy House, é a sensualidade das integrantes.
"Liberte suas fantasias", dizia o convite, que destacava a proibição para menores de 18 anos. Segundo o organizador da festa, Alexandre Maluf, a festa reuniu 1.500 pessoas. E Tudo dentro da mais absoluta responsabilidade, disse. "Houve até distribuição de camisinhas." Maluf não quis contar quanto pagou pelo aluguel do local. "Isso eu não vou dizer, mas garanto que foi tudo legal. O contrato estava fechado há bastante tempo." Os ingressos custavam de R$ 60 a R$ 150.
A Justiça Federal determinou que a fundação devolva o convento, tombado pelo Patrimônio Histórico Nacional. Porém, a decisão ainda não foi cumprida.
Construído em 1654, o ex-governador João Alberto, aliado da Família Sarney, doou o convento em 1990 à Fundação. Ali funciona um museu destinado à exaltação da carreira de Sarney. As despesas são bancadas por amigos e dinheiro público. Um dos patrocínios partiu da Petrobras onde a fundação, que leva o nome do ex-presidente José Sarney (PMDB-MA), é acusada de desviar R$ 500 mil do R$ 1,3 desembolsado pela estatal, destinando a verba para empresas fantasmas.
Política
16/12/2009 17h05m
Fundação Sarney empresta convento doado para 'festa profana'
José Maurício dos Santos
Mal esperou a “poeira abaixar” e a Fundação Sarney já se envolve em outra polêmica que vira caso de justiça. Prestes a fechar as portas, alegando falta de recursos, a instituição resolveu usar um método nada convencional para tentar levantar dinheiro.
Há uma semana no Maranhão, a Fundação alugou sua sede, o tombado Convento das Mercês, que fica no maranhão, para realizar uma festa aos moldes do mundo contemporâneo: drogas lícitas, mulheres modernas e ousadas, “pegação”, um convite sugestivo e uma banda composta por integrantes muito aquém do estilo de uma freira, a Female Angels, cuja especialidade, além do estilo musical, Sexy House, é a sensualidade das integrantes.
"Liberte suas fantasias", dizia o convite, que destacava a proibição para menores de 18 anos. Segundo o organizador da festa, Alexandre Maluf, a festa reuniu 1.500 pessoas. E Tudo dentro da mais absoluta responsabilidade, disse. "Houve até distribuição de camisinhas." Maluf não quis contar quanto pagou pelo aluguel do local. "Isso eu não vou dizer, mas garanto que foi tudo legal. O contrato estava fechado há bastante tempo." Os ingressos custavam de R$ 60 a R$ 150.
A Justiça Federal determinou que a fundação devolva o convento, tombado pelo Patrimônio Histórico Nacional. Porém, a decisão ainda não foi cumprida.
Construído em 1654, o ex-governador João Alberto, aliado da Família Sarney, doou o convento em 1990 à Fundação. Ali funciona um museu destinado à exaltação da carreira de Sarney. As despesas são bancadas por amigos e dinheiro público. Um dos patrocínios partiu da Petrobras onde a fundação, que leva o nome do ex-presidente José Sarney (PMDB-MA), é acusada de desviar R$ 500 mil do R$ 1,3 desembolsado pela estatal, destinando a verba para empresas fantasmas.
"O que se percebe hoje é que os idiotas perderam a modéstia. E nós temos de ter tolerância e compreensão também com os idiotas, que são exatamente aqueles que escrevem para o esquecimento"
NJ
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
Coitado desse povo de Brasília! Vão de Roriz para Arruda; de Arruda para Roriz! Será que lá não há alternativa?
COM ARRUDA ABATIDO PELO MENSALÃO, RORIZ GANHA NO DF - Apesar de ter governo investigado, candidato do PSC venceria no primeiro turno. Governador, que não pode disputar por não ter partido, caiu de patamar entre 44% e 48%, em março, para entre 8% e 11%, mostra Datafolha.
Folha de São Paulo / Blog do Noblat.
Na primeira pesquisa Datafolha depois do escândalo do mensalão que atingiu o governo de José Roberto Arruda (sem partido), o ex-governador Joaquim Roriz (PSC) venceria a disputa ao governo do Distrito Federal no primeiro turno, se a eleição fosse hoje.
Em todos os seis cenários testados pelo levantamento, realizado entre os dias 14 e 18 deste mês, Roriz é o preferido de 44% a 48% dos eleitores. Para vencer no primeiro turno é necessário obter mais de 50% dos votos válidos -aqueles dados aos candidatos, excluindo brancos e nulos.
Arruda e vários aliados foram flagrados em vídeos recebendo maços de dinheiro -alguns escondendo as notas nas cuecas e nas meias. O caso veio à tona no final de novembro, e Arruda foi forçado a se desfiliar do DEM. Sem partido, está legalmente impedido de disputar a reeleição e enfrenta vários pedidos de impeachment na Câmara Distrital.
Em março, antes do mensalão, Arruda pontuava no Datafolha 40% ou 41%, conforme o cenário. Agora, o instituto testou seu nome para aferir a reação do eleitor de Brasília ao escândalo. Arruda teria 8% ou 11%, em dois cenários.
O Datafolha entrevistou 510 eleitores no Distrito Federal. A margem de erro é de quatro pontos percentuais, para mais ou para menos.
COM ARRUDA ABATIDO PELO MENSALÃO, RORIZ GANHA NO DF - Apesar de ter governo investigado, candidato do PSC venceria no primeiro turno. Governador, que não pode disputar por não ter partido, caiu de patamar entre 44% e 48%, em março, para entre 8% e 11%, mostra Datafolha.
Folha de São Paulo / Blog do Noblat.
Na primeira pesquisa Datafolha depois do escândalo do mensalão que atingiu o governo de José Roberto Arruda (sem partido), o ex-governador Joaquim Roriz (PSC) venceria a disputa ao governo do Distrito Federal no primeiro turno, se a eleição fosse hoje.
Em todos os seis cenários testados pelo levantamento, realizado entre os dias 14 e 18 deste mês, Roriz é o preferido de 44% a 48% dos eleitores. Para vencer no primeiro turno é necessário obter mais de 50% dos votos válidos -aqueles dados aos candidatos, excluindo brancos e nulos.
Arruda e vários aliados foram flagrados em vídeos recebendo maços de dinheiro -alguns escondendo as notas nas cuecas e nas meias. O caso veio à tona no final de novembro, e Arruda foi forçado a se desfiliar do DEM. Sem partido, está legalmente impedido de disputar a reeleição e enfrenta vários pedidos de impeachment na Câmara Distrital.
Em março, antes do mensalão, Arruda pontuava no Datafolha 40% ou 41%, conforme o cenário. Agora, o instituto testou seu nome para aferir a reação do eleitor de Brasília ao escândalo. Arruda teria 8% ou 11%, em dois cenários.
O Datafolha entrevistou 510 eleitores no Distrito Federal. A margem de erro é de quatro pontos percentuais, para mais ou para menos.
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
Quem vai se candidatar no DF?
"Eu detestaria estar no lugar de quem me venceu."
Darcy Ribeiro (1922 - 1997)
Darcy Ribeiro (1922 - 1997)
Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
Lembro de ter ouvido alguma coisa sobre uma cantidatura do sen. Cristovam Buarque para o cargo de governador do DF... So que isso ja faz algum tempo, nem sei se ainda esta em pe...
Essa pesquisa acima considerou apenas os nomes do Arruda e do Roriz?
Essa pesquisa acima considerou apenas os nomes do Arruda e do Roriz?
Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
Bem, em primeiro lugar eu pensei em postar em "estratégias", mas me cansei em procurar este tópico. E como a notícia também tem a conotação (forte) política, vai aqui mesmo>
Não vou postar toda a matéri, que sai publicada hoje no site do UOL, mas com origem no Le Monde.
O importante da notícia é a opção da Itáilia em um momento de crescimento da direita no país da "bota".
Portanto, somando-se e dividindo-se e ajudicando-se os restos a pagar, noves fora....
À crítica dos senhores:
0/12/2009
Berlusconi prepara opinião pública para volta do programa nuclear
Le Monde
Salvatore Aloïse
Em Roma
http://noticias.uol.com.br/midiaglobal/ ... u4116.jhtm
Não vou postar toda a matéri, que sai publicada hoje no site do UOL, mas com origem no Le Monde.
O importante da notícia é a opção da Itáilia em um momento de crescimento da direita no país da "bota".
Portanto, somando-se e dividindo-se e ajudicando-se os restos a pagar, noves fora....
À crítica dos senhores:
0/12/2009
Berlusconi prepara opinião pública para volta do programa nuclear
Le Monde
Salvatore Aloïse
Em Roma
http://noticias.uol.com.br/midiaglobal/ ... u4116.jhtm
- Clermont
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
O JUDICIÁRIO E A CORRUPÇÃO, POR JOAQUIM BARBOSA.
O Globo / Blog do Noblat - 3.1.2010.
O ministro Joaquim Barbosa, do STF, se revela descrente da política e deixa clara sua dificuldade para escolher bons candidatos quando votar nas eleições de 2010.
Além disso, é um crítico feroz da Justiça: "O Judiciário tem parcela grande de responsabilidade pelo aumento da corrupção em nosso país", disse, em entrevista a Carolina Brígido, publicada na edição deste domingo do GLOBO.
- O Judiciário teria de ser reinventado - afirmou.
Joaquim Barbosa, há dois anos, ganhou notoriedade por relatar o processo do mensalão do PT e do governo Lula.
Em 2009, convenceu os colegas a abrir processo contra o senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG) para apurar se ele teve participação no mensalão do PSDB mineiro.
Nesta entrevista, o ministro não quis comentar o mensalão do DEM, que estourou recentemente no governo de José Roberto Arruda, do Distrito Federal.
O senhor é descrente da política?
Tal como é praticada no Brasil, sim. Porque a impunidade é hoje problema crucial do país. A impunidade no Brasil é planejada, é deliberada. As instituições concebidas para combatê-la são organizadas de forma que elas sejam impotentes, incapazes na prática de ter uma ação eficaz.
A quais instituições o senhor se se refere?
Falo especialmente dos órgãos cuja ação seria mais competente em termos de combate à corrupção, especialmente do Judiciário. A Polícia e o Ministério Público, não obstante as suas manifestas deficiências e os seus erros e defeitos pontuais, cumprem razoavelmente o seu papel. Porém, o Poder Judiciário tem uma parcela grande de responsabilidade pelo aumento das práticas de corrupção em nosso país. A generalizada sensação de impunidade verificada hoje no Brasil decorre em grande parte de fatores estruturais, mas é também reforçada pela atuação do Poder Judiciário, das suas práticas arcaicas, das suas interpretações lenientes e muitas vezes cúmplices para com os atos de corrupção e, sobretudo, com a sua falta de transparência no processo de tomada de decisões. Para ser minimamente eficaz, o Poder Judiciário brasileiro precisaria ser reinventado.
_____________________
(Agora, vcs vejam só: o sujeito que, acima, fala tanto contra a impunidade e por uma legislação menos leniente (traduzindo para a mesa de bar: bunda-mole), é o mesmo sujeito que votou a favor da permanência no Brasil, de um vagabundo assassino comunista, como o bandido Battisti.
Dá pra entender como funciona o cérebro de um eminente jurista como esse?)
O Globo / Blog do Noblat - 3.1.2010.
O ministro Joaquim Barbosa, do STF, se revela descrente da política e deixa clara sua dificuldade para escolher bons candidatos quando votar nas eleições de 2010.
Além disso, é um crítico feroz da Justiça: "O Judiciário tem parcela grande de responsabilidade pelo aumento da corrupção em nosso país", disse, em entrevista a Carolina Brígido, publicada na edição deste domingo do GLOBO.
- O Judiciário teria de ser reinventado - afirmou.
Joaquim Barbosa, há dois anos, ganhou notoriedade por relatar o processo do mensalão do PT e do governo Lula.
Em 2009, convenceu os colegas a abrir processo contra o senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG) para apurar se ele teve participação no mensalão do PSDB mineiro.
Nesta entrevista, o ministro não quis comentar o mensalão do DEM, que estourou recentemente no governo de José Roberto Arruda, do Distrito Federal.
O senhor é descrente da política?
Tal como é praticada no Brasil, sim. Porque a impunidade é hoje problema crucial do país. A impunidade no Brasil é planejada, é deliberada. As instituições concebidas para combatê-la são organizadas de forma que elas sejam impotentes, incapazes na prática de ter uma ação eficaz.
A quais instituições o senhor se se refere?
Falo especialmente dos órgãos cuja ação seria mais competente em termos de combate à corrupção, especialmente do Judiciário. A Polícia e o Ministério Público, não obstante as suas manifestas deficiências e os seus erros e defeitos pontuais, cumprem razoavelmente o seu papel. Porém, o Poder Judiciário tem uma parcela grande de responsabilidade pelo aumento das práticas de corrupção em nosso país. A generalizada sensação de impunidade verificada hoje no Brasil decorre em grande parte de fatores estruturais, mas é também reforçada pela atuação do Poder Judiciário, das suas práticas arcaicas, das suas interpretações lenientes e muitas vezes cúmplices para com os atos de corrupção e, sobretudo, com a sua falta de transparência no processo de tomada de decisões. Para ser minimamente eficaz, o Poder Judiciário brasileiro precisaria ser reinventado.
_____________________
(Agora, vcs vejam só: o sujeito que, acima, fala tanto contra a impunidade e por uma legislação menos leniente (traduzindo para a mesa de bar: bunda-mole), é o mesmo sujeito que votou a favor da permanência no Brasil, de um vagabundo assassino comunista, como o bandido Battisti.
Dá pra entender como funciona o cérebro de um eminente jurista como esse?)
Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
Receita para o século XXI: diplomacia de guerrilha, artigo de José Monserrat Filho
"O Itamaraty tem se mobilizado para enfrentar melhor a era do conhecimento e atuar com mais eficácia e de forma mais pró-ativa ante os imperativos do desenvolvimento em ciência, a tecnologia e a inovação"
José Monserrat Filho é chefe da Assessoria de Assuntos Internacionais do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT). Artigo enviado pelo autor para o "JC e-mail":
A diplomacia que conhecemos está obsoleta e precisa assumir novas formas e novo conteúdo para poder influir positivamente sobre a vida internacional neste século desafiador.
Assim pensa Daryl Copeland, que, em 2009, ao deixar uma carreira diplomática de 28 anos, lançou o livro "Diplomacia de guerrilha: repensando as relações internacionais" ("Guerrilla Diplomacy: Rethinking International Relations", publicado nos Estados Unidos pela Lynne Rienner).
Ele serviu na Tailândia, Etiópia, Nova Zelândia e Malásia e foi diretor de Programas do Instituto Canadense de Assuntos Internacionais. Hoje, é pesquisador do Centro de Diplomacia Pública da Universidade do Sul da Califórnia, nos EUA, e do Centro de Estudos Internacionais da Universidade de Toronto, no Canadá, seu país.
Uma pergunta surge de imediato: Por que "guerrilha"? A resposta é simples: Porque o livro propõe mudanças revolucionárias na ação diplomática. O próprio Daryl esclarece que o escreveu com quatro objetivos: "Entender a alquimia volátil do subdesenvolvimento e da insegurança, avaliar a crise da diplomacia, lançar pontes sobre o 'gap' do desempenho diplomático e identificar caminhos para transformar os diplomatas em administradores da globalização".
Eis sua tese maior: "Os diplomatas devem ter o poder de administrar a globalização" e cabe à diplomacia substituir o recurso à guerra no mundo, assumindo um novo papel: "A dedicação ao diálogo inerente à diplomacia, aberto à comunicação ou a canais mais discretos, tem forte apelo, sobretudo como alternativa à ameaça ou ao uso da força", pois "recriada e ligada integralmente ao desenvolvimento, a diplomacia pode e deve substituir a defesa no centro da política internacional e das relações globais". Mas isso, frisa, "só pode ocorrer com a reinvenção da própria diplomacia".
Ele parte dessa observação: "Quase 20 anos se passaram desde o fim da Guerra Fria, mas o maniqueísmo, a visão radicalmente simplista de seus atores, permanece. Entre as superpotências, a política exterior continua, em grande parte, militarizada e pode ampliar-se mais ainda. Persegue-nos ainda o hábito da percepção binária próprio da Guerra Fria - que tudo vê em termos do bem e do mal, do amigo e do inimigo, do preto e do branco - e o de ameaçar e brandir com a força bruta".
A seu ver, "a política nacional do medo e a ameaça do terrorismo, anunciada por toda parte, obscureceu a verdade maior de que é o povo, e não os países, nem as políticas, nem as ideias, que constitui o fundamento sobre o qual tudo o mais repousa".
Como solução, Daryl propõe "o desenvolvimento centrado no humano, pelo qual o bem-estar das pessoas é primordial como base para uma nova política internacional, sobre a qual o mundo possa construir novo tipo de segurança. Para atingir tal alvo, será preciso ir além das noções desacreditadas de 'modernização'. Importância bem maior há que dar à pesquisa científica e ao desenvolvimento de novas tecnologias, bem como ao equilíbrio entre as necessidades humanas e ambientais."
Ele enfatiza: "Se a descoberta científica é o combustível da globalização, a inovação tecnológica é o seu motor". Para Daryl, "atenção especial deve ser dedicada à busca de rumos para melhor conectar a diplomacia à agenda de pesquisa e desenvolvimento, em apoio, por exemplo, à saúde da ecosfera, sem comprometer as exigências presentes e futuras do desenvolvimento econômico, do progresso social e da justiça. O desenvolvimento deve prosseguir, sim, mas de modo inteligente e informado, e não irresponsável, movido pela avidez especulativa e pelo medo que têm forjado tanta destruição".
Ele considera que "os diplomatas, pela forma como tem sido treinados e formados, estão mal preparados para diagnosticar e tratar a crescente série de problemas globais políticos, econômicos e, especialmente, os de base científica, que se tornaram centrais no panorama internacional em evolução". Daí que "como base para o novo século, o diplomata também precisa ser reimaginado".
Na visão de Daryl, "classe, pedigree e status social, que já foram elementos decisivos nas negociações (diplomáticas), acabaram eclipsados por habilidades pessoais e profissionais" não facilmente adquiridas em centros de ensino elitistas e tradicionais.
Aliás, nota ele, "a diplomacia é tema negligenciado, quase obscuro, no universo da pesquisa acadêmica contemporânea, e sua prática não se ajustou ao meio modificado em que deve atuar".
Provaria isso o fato de que as sérias ameaças que pesam sobre a sobrevivência de espécies, entre as quais os desafios científicos e tecnologicamente dirigidos, ainda não receberam a atenção merecida, nem na teoria, nem na prática, especialmente nos ministérios das Relações Exteriores.
E mais: "Como condutor de insegurança, a C&T não foi adequadamente reconhecida; como parte central de qualquer solução, não foi suficientemente assumida. Além disso, mesmo quando os diplomatas sabem perfeitamente que a C&T é parte tanto do problema quanto da solução, faltam-lhes conhecimento, estrutura institucional e política especializada para agir. Os diplomatas não sabem o que precisam saber, onde e como adquirir o conhecimento, ou o que fazer com ele se conseguirem adquiri-lo. Assim, os tempos mudaram, mas as instituições e as políticas, não".
Por essas e outras, não tenho dúvidas de que seria de enorme utilidade discutir este livro nos cursos de ciências sociais e de relações internacionais do Brasil inteiro.
A crítica de Daryl é geral. Não se concentra em nenhum país em particular. Mas, tendo sido diplomata canadense em diferentes países, pode-se supor que seu material de referência venha tanto de países ricos como de pobres. Vale, porém, perguntar: se há atraso diplomático nos países mais avançados, que dirá nos países em desenvolvimento?
A verdade é que o Itamaraty tem se mobilizado para enfrentar melhor a era do conhecimento e atuar com mais eficácia e de forma mais pró-ativa ante os imperativos do desenvolvimento em ciência, a tecnologia e a inovação, em escalas nacional, regional e global.
Hoje, as Embaixadas do Brasil nos países mais destacados contam com gente especializada em C&T. Novas gerações de diplomatas estão sendo formadas com foco especial na necessidade de aumentar a cooperação bilateral e multilateral em áreas estratégicas da pesquisa e desenvolvimento. Os setores de CT&I da Casa do Barão do Rio Branco se desdobram em suas atividades.
A Fundação Alexandre Gusmão e o Instituto de Pesquisas de Relações Internacionais (IPRI) do Ministério das Relações Exteriores (MRE) promovem numerosos encontros e debates sobre política exterior e editam grande quantidade de livros sobre temas relevantes das relações internacionais. Este esforço todo deve ser intensificado. Há ainda muito o que fazer.
A transformação diplomática que se impõe é um programa longo e complexo, sobretudo num país como o Brasil, de recente desenvolvimento científico e tecnológico. Deve ser mantido e ampliado como política de Estado e não apenas de governo.
Em conferência proferida na Coppe/UFRJ, em abril de 2008, o chanceler Celso Amorim reconheceu: "O cenário internacional na atualidade requer do Brasil maior capacidade de reação e uma visão crítica em relação a velhos paradigmas".
E salientou: "O Brasil tem vocação universalista, que se reflete na nossa capacidade de articulação nos mais variados foros e com países de distintas características. Ao diversificar nossas parcerias, abrimos oportunidades de atuação política conjunta, de expansão das nossas exportações, de incremento da cooperação e de uma fértil e despreconcebida troca de ideias".
Assim, "o Brasil pode colaborar para uma ordem mundial menos estática e hierarquizada. É raro, hoje, em relação a qualquer tema de interesse global, que surja um grupo de países no qual o Brasil não esteja presente, de uma forma ou de outra (BRICs, IBAS, G-20, G8+5, G-4, etc.)".
O ex-secretário-geral do MRE, Samuel Pinheiro Guimarães, ao paraninfar nova turma de diplomatas do Instituto Rio Branco, em maio de 2009, alinhou entre as "vulnerabilidades externas" que o Brasil precisa superar a que ocorre no campo econômico-tecnológico, "devido à insuficiência de produção tecnológica".
Ele lembrou que o Brasil passou de 15º para 13º lugar [2,2%] no ranking da produção científica mundial publicada em revistas indexadas, "um feito extraordinário", mas que ainda não se traduz na "transformação do conhecimento científico em conhecimento tecnológico".
Esta é uma das grandes prioridades do Plano de Ação 2007-2010, elaborado pelo Ministério da Ciência e Tecnologia junto com vários outros ministérios e adotado pelo Governo federal.
Eu não diria que o Brasil pratica a diplomacia de guerrilha proposta por Daryl Copeland, mas seu protagonismo no mundo cresceu exponencialmente, envolvido em geral com causas nobres, construtivas e benéficas à maioria dos países. Não é preciso ser guerrilheiro para mudar a realidade.
Fonte: Jornal da Ciencia
"O Itamaraty tem se mobilizado para enfrentar melhor a era do conhecimento e atuar com mais eficácia e de forma mais pró-ativa ante os imperativos do desenvolvimento em ciência, a tecnologia e a inovação"
José Monserrat Filho é chefe da Assessoria de Assuntos Internacionais do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT). Artigo enviado pelo autor para o "JC e-mail":
A diplomacia que conhecemos está obsoleta e precisa assumir novas formas e novo conteúdo para poder influir positivamente sobre a vida internacional neste século desafiador.
Assim pensa Daryl Copeland, que, em 2009, ao deixar uma carreira diplomática de 28 anos, lançou o livro "Diplomacia de guerrilha: repensando as relações internacionais" ("Guerrilla Diplomacy: Rethinking International Relations", publicado nos Estados Unidos pela Lynne Rienner).
Ele serviu na Tailândia, Etiópia, Nova Zelândia e Malásia e foi diretor de Programas do Instituto Canadense de Assuntos Internacionais. Hoje, é pesquisador do Centro de Diplomacia Pública da Universidade do Sul da Califórnia, nos EUA, e do Centro de Estudos Internacionais da Universidade de Toronto, no Canadá, seu país.
Uma pergunta surge de imediato: Por que "guerrilha"? A resposta é simples: Porque o livro propõe mudanças revolucionárias na ação diplomática. O próprio Daryl esclarece que o escreveu com quatro objetivos: "Entender a alquimia volátil do subdesenvolvimento e da insegurança, avaliar a crise da diplomacia, lançar pontes sobre o 'gap' do desempenho diplomático e identificar caminhos para transformar os diplomatas em administradores da globalização".
Eis sua tese maior: "Os diplomatas devem ter o poder de administrar a globalização" e cabe à diplomacia substituir o recurso à guerra no mundo, assumindo um novo papel: "A dedicação ao diálogo inerente à diplomacia, aberto à comunicação ou a canais mais discretos, tem forte apelo, sobretudo como alternativa à ameaça ou ao uso da força", pois "recriada e ligada integralmente ao desenvolvimento, a diplomacia pode e deve substituir a defesa no centro da política internacional e das relações globais". Mas isso, frisa, "só pode ocorrer com a reinvenção da própria diplomacia".
Ele parte dessa observação: "Quase 20 anos se passaram desde o fim da Guerra Fria, mas o maniqueísmo, a visão radicalmente simplista de seus atores, permanece. Entre as superpotências, a política exterior continua, em grande parte, militarizada e pode ampliar-se mais ainda. Persegue-nos ainda o hábito da percepção binária próprio da Guerra Fria - que tudo vê em termos do bem e do mal, do amigo e do inimigo, do preto e do branco - e o de ameaçar e brandir com a força bruta".
A seu ver, "a política nacional do medo e a ameaça do terrorismo, anunciada por toda parte, obscureceu a verdade maior de que é o povo, e não os países, nem as políticas, nem as ideias, que constitui o fundamento sobre o qual tudo o mais repousa".
Como solução, Daryl propõe "o desenvolvimento centrado no humano, pelo qual o bem-estar das pessoas é primordial como base para uma nova política internacional, sobre a qual o mundo possa construir novo tipo de segurança. Para atingir tal alvo, será preciso ir além das noções desacreditadas de 'modernização'. Importância bem maior há que dar à pesquisa científica e ao desenvolvimento de novas tecnologias, bem como ao equilíbrio entre as necessidades humanas e ambientais."
Ele enfatiza: "Se a descoberta científica é o combustível da globalização, a inovação tecnológica é o seu motor". Para Daryl, "atenção especial deve ser dedicada à busca de rumos para melhor conectar a diplomacia à agenda de pesquisa e desenvolvimento, em apoio, por exemplo, à saúde da ecosfera, sem comprometer as exigências presentes e futuras do desenvolvimento econômico, do progresso social e da justiça. O desenvolvimento deve prosseguir, sim, mas de modo inteligente e informado, e não irresponsável, movido pela avidez especulativa e pelo medo que têm forjado tanta destruição".
Ele considera que "os diplomatas, pela forma como tem sido treinados e formados, estão mal preparados para diagnosticar e tratar a crescente série de problemas globais políticos, econômicos e, especialmente, os de base científica, que se tornaram centrais no panorama internacional em evolução". Daí que "como base para o novo século, o diplomata também precisa ser reimaginado".
Na visão de Daryl, "classe, pedigree e status social, que já foram elementos decisivos nas negociações (diplomáticas), acabaram eclipsados por habilidades pessoais e profissionais" não facilmente adquiridas em centros de ensino elitistas e tradicionais.
Aliás, nota ele, "a diplomacia é tema negligenciado, quase obscuro, no universo da pesquisa acadêmica contemporânea, e sua prática não se ajustou ao meio modificado em que deve atuar".
Provaria isso o fato de que as sérias ameaças que pesam sobre a sobrevivência de espécies, entre as quais os desafios científicos e tecnologicamente dirigidos, ainda não receberam a atenção merecida, nem na teoria, nem na prática, especialmente nos ministérios das Relações Exteriores.
E mais: "Como condutor de insegurança, a C&T não foi adequadamente reconhecida; como parte central de qualquer solução, não foi suficientemente assumida. Além disso, mesmo quando os diplomatas sabem perfeitamente que a C&T é parte tanto do problema quanto da solução, faltam-lhes conhecimento, estrutura institucional e política especializada para agir. Os diplomatas não sabem o que precisam saber, onde e como adquirir o conhecimento, ou o que fazer com ele se conseguirem adquiri-lo. Assim, os tempos mudaram, mas as instituições e as políticas, não".
Por essas e outras, não tenho dúvidas de que seria de enorme utilidade discutir este livro nos cursos de ciências sociais e de relações internacionais do Brasil inteiro.
A crítica de Daryl é geral. Não se concentra em nenhum país em particular. Mas, tendo sido diplomata canadense em diferentes países, pode-se supor que seu material de referência venha tanto de países ricos como de pobres. Vale, porém, perguntar: se há atraso diplomático nos países mais avançados, que dirá nos países em desenvolvimento?
A verdade é que o Itamaraty tem se mobilizado para enfrentar melhor a era do conhecimento e atuar com mais eficácia e de forma mais pró-ativa ante os imperativos do desenvolvimento em ciência, a tecnologia e a inovação, em escalas nacional, regional e global.
Hoje, as Embaixadas do Brasil nos países mais destacados contam com gente especializada em C&T. Novas gerações de diplomatas estão sendo formadas com foco especial na necessidade de aumentar a cooperação bilateral e multilateral em áreas estratégicas da pesquisa e desenvolvimento. Os setores de CT&I da Casa do Barão do Rio Branco se desdobram em suas atividades.
A Fundação Alexandre Gusmão e o Instituto de Pesquisas de Relações Internacionais (IPRI) do Ministério das Relações Exteriores (MRE) promovem numerosos encontros e debates sobre política exterior e editam grande quantidade de livros sobre temas relevantes das relações internacionais. Este esforço todo deve ser intensificado. Há ainda muito o que fazer.
A transformação diplomática que se impõe é um programa longo e complexo, sobretudo num país como o Brasil, de recente desenvolvimento científico e tecnológico. Deve ser mantido e ampliado como política de Estado e não apenas de governo.
Em conferência proferida na Coppe/UFRJ, em abril de 2008, o chanceler Celso Amorim reconheceu: "O cenário internacional na atualidade requer do Brasil maior capacidade de reação e uma visão crítica em relação a velhos paradigmas".
E salientou: "O Brasil tem vocação universalista, que se reflete na nossa capacidade de articulação nos mais variados foros e com países de distintas características. Ao diversificar nossas parcerias, abrimos oportunidades de atuação política conjunta, de expansão das nossas exportações, de incremento da cooperação e de uma fértil e despreconcebida troca de ideias".
Assim, "o Brasil pode colaborar para uma ordem mundial menos estática e hierarquizada. É raro, hoje, em relação a qualquer tema de interesse global, que surja um grupo de países no qual o Brasil não esteja presente, de uma forma ou de outra (BRICs, IBAS, G-20, G8+5, G-4, etc.)".
O ex-secretário-geral do MRE, Samuel Pinheiro Guimarães, ao paraninfar nova turma de diplomatas do Instituto Rio Branco, em maio de 2009, alinhou entre as "vulnerabilidades externas" que o Brasil precisa superar a que ocorre no campo econômico-tecnológico, "devido à insuficiência de produção tecnológica".
Ele lembrou que o Brasil passou de 15º para 13º lugar [2,2%] no ranking da produção científica mundial publicada em revistas indexadas, "um feito extraordinário", mas que ainda não se traduz na "transformação do conhecimento científico em conhecimento tecnológico".
Esta é uma das grandes prioridades do Plano de Ação 2007-2010, elaborado pelo Ministério da Ciência e Tecnologia junto com vários outros ministérios e adotado pelo Governo federal.
Eu não diria que o Brasil pratica a diplomacia de guerrilha proposta por Daryl Copeland, mas seu protagonismo no mundo cresceu exponencialmente, envolvido em geral com causas nobres, construtivas e benéficas à maioria dos países. Não é preciso ser guerrilheiro para mudar a realidade.
Fonte: Jornal da Ciencia