Ameaça REAL ao Brasil

Área destinada para discussão sobre os conflitos do passado, do presente, futuro e missões de paz

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Guerra
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Re: Ameaça REAL ao Brasil

#121 Mensagem por Guerra » Qua Dez 09, 2009 7:09 pm

Estados Unidos pode restringir água do México

A idéia de uma “guerra pela água” provavelmente invoca lugares como o Oriente Médio e a África. Mas nos últimos anos tem havido tensão real entre os Estados Unidos e o México.

A razão da disputa é o Rio Colorado, que corre por sete estados dos EUA antes de banhar o México e desembocar no Golfo da Califórnia. Suas águas alcançam 30 milhões de pessoas e quase 1 milhão de hectares de plantações. Através de canais e aquedutos, ele ajuda a abastecer cidades secas como Las Vegas, Phoenix e Los Angeles [todas nos Estados Unidos].

Sob o Tratado Mexicano da Água, de 1944, os Estados Unidos concordaram em garantir aos seus vizinhos do Sul 1.9 trilhões de litros de água por ano. Contudo, por muitas décadas, os habitantes do sul da fronteira seguidamente receberam mais do que o acordado pelo tratado, na medida em que o fluxo da água excedia o que os fazendeiros podiam usar.

Mas cerca de uma década de seca pressionou os estados ao redor do Rio Colorado a encontrar formas de extrair mais água do rio. Eles desenvolveram um plano para prevenir a infiltração de água e também para construir um reservatório logo ao norte da fronteira para captar esses fluxos “excessivos”.

Os administradores da água vão orgulhosamente declarar que estão prevenindo o “desperdício” e aumentando a eficiência. Mas, no deserto, a água nunca é desperdiçada. Ao invés disso, a água que se infiltra no subterrâneo flui para baixo do Vale Mexicano ao sul da fronteira, irrigando os campos dos fazendeiros locais. A área também representa um habitat crucial para milhões de pássaros migratórios.

O braço-forte dos Estados Unidos frente ao México assemelha-se à posição da China na Ásia, assim como à relação de Israel com a Palestina, onde o país que detém os recursos claramente detém a força política e há pouca chance de uma alternativa para os que estão sem água. Pode-se esperar que os Estados Unidos e o México possam resolver essa questão de maneira mais equitativa no futuro, mas ao redor do mundo os conflitos podem evoluir num rumo diferente conforme a água ficar mais escassa. “O que é mais provável é que a crise da água continue a piorar”, diz Aaron Wolf, professor de Geografia na Universidade do Estado de Oregon [Eua] e especialista em disputas transnacionais pela água. “O resultado será mais pessoas sofrendo e morrendo e danos cada vez maiores para o ecossistema.” As pessoas nos países ricos serão mais capazes de se adaptar, diz ele. As dos países mais pobres não terão a mesma sorte.

“O verdadeiro problema é a crise, e não o perigo de um conflito”, diz Wolf. “Entre 2,5 e 5 milhões de pessoas morrem todo ano por causa da falta de acesso a condições sanitárias básicas e a um suprimento seguro e estável de água. Possíveis guerras à luz da crise atual são uma distração perigosa.” A verdadeira ameaça, alerta, é não agirmos agora para responder à crise que está diante de nós.

Tara Lohan (excertos)




A HONESTIDADE É UM PRESENTE MUITO CARO, NÃO ESPERE ISSO DE PESSOAS BARATAS!
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czarccc
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Re: Ameaça REAL ao Brasil

#122 Mensagem por czarccc » Qua Dez 09, 2009 7:26 pm

Bolovo escreveu:
alcmartin escreveu:Taí uma coisa que nunca entendi nesses eco-chatos:IBAMA enrola e enrola para ceder licença ambiental para hidroelétricas, porque precisa muiiito estudo para impacto ambiental. Quer mais impacto ambiental que uma termoelétrica queimando óleo e poluindo ainda mais? Ou uma usina nuclear? Água é melhor que aquecimento global, pô! :evil: E não adianta falar que tem que segurar tudo, porque na hora de tomar banho frio não aparece ninguém defendendo ambiente... :twisted:
O problema de criar uma barragem vai além do ambiental. Uma professora minha de geomorfologia fez RIMA (Relatório de Impacto Ambiental) para as obras do Rodoanel Mario Covas e eles saem relativamente rápido. O problema na Amazônia, além de toda a "moralidade ambiental", é que existe um exemplo "ruim" para a região, a barragem de Tucuruí. Essa barragem, apesar de ser a mais potente do país (Itaipu é binacional), ela tem um projeto ruim. Como sabemos uma usina gera energia porque a água retida na barragem gira a turbina. As melhores usinas são aquelas tem grande nível de águas (altura) e não necessariamente a que tem mais água. Tucuruí é assim, ela criou uma área alagada muito grande, que gerou grandes problemas ambientais (a vegetação que é coberta pela água se torna ácida e prejudica a qualidade da água) e sociais (inúmeras famílias deslocadas para os grandes centros urbanos, piorando o problema das periferias). Além de outras coisas, como por exemplo, lembram daquele engenheiro civil que foi esfaqueado pelos índios enquanto tentava mostrar as vantagens de se ter uma usina por lá? A coisa é complicada, acredito que não seja só má vontade do IBAMA não.
Olá Bolovo,

Como você disse, Tucuruí não é exatamente um bom exemplo, mas veja, se trata de um projeto da segunda metade da década de 70. Os estudos para sua criação remontam a década de 50. Como bem sabemos não havia 1% da consciência e preocupação ambiental que há hoje. As preocupações que nortearam o projeto de Tucuruí foram redução de custos ao máximo e tornar navegável um trecho de corrediras do rio Tocantins. Não houve preocupação ambiental minimamente comparável ao que temos hoje. Projetos modernos, como os das usinas do rio Madeiram estão submetidos a critérios de impacto ambiental muito mais rígidos e envolvem diversas medidas de redução e mitigação de impactos ambiental. Citando apenas algumas de que tenho conhecimento e que estão relacionadas aos problemas que você apresentou relacionados a Tucuruí: RIMA abrangente e com medidas de redução e mitigação, que deve passar pelo rígido crivo da autoridade ambiental, estudo topográfico de modo a encontrar a posição para a barragem que gera a menor área alagada possível, uma vez estabelecida a posição ideal da barragem, promove-se o desmatamento da área que será alagada, aproveitando-se dos recursos assimobtidos e promovendo a migração dos animais da região, evitando-se problemas quanto a qualidade da água, além das indenizações aos deslocados, pode ser proposta a criação de uma nova cidade nas proximidades da que será alagada por conta do consórcio que executará a obra, o que evita o êxodo desordenado e "forçado" das pessoas deslocadas às grandes cidades, entre várias outras medidas de mitigação. Enfim, a legislação ambiental mais rígida vem cumprindo seu papel de de forçar a inclusão de medidas de redução e mitigação no projeto, ainda que este seja encarecido, pois ou o projeto se adequa ou é embargado. Quando há uma "motivação" como essa, função da legislação ambiental, toda tecnologia e investimentos são postos a disposição desse objetivo, obtendo-se projetos que, embora mais caros que um que não levasse em consideração preocupações ambientais, geram impacto muitíssimo menor que aqueles gerados por usinas de décadas atrás. Dessa forma, Tucuruí não serve de forma alguma como parâmetro para avaliação dos projetos atuais de usinas hidrelétricas. Acredito que o pior exemplo de todos é o caso da usina de Balbina. Alagou quase a mesma área que Tucuruí e gera a imensa potência de 250 MW!!!! Um lago de mais de 2.000 km² para gerar incríveis 250 MW! Existem cálculos que dizem que ela emite mais carbono que uma usina termelétrica de mesma potência. Essa sim foi um absurdo ter sido feita.

Saudações




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Re: Ameaça REAL ao Brasil

#123 Mensagem por alexmabastos » Qui Dez 10, 2009 9:25 pm

Olhem do que eu estava falando.

Lembra alguma coisa?



:shock: :shock: :shock: :shock: :shock: :shock: :shock: :shock: :shock:




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Re: Ameaça REAL ao Brasil

#124 Mensagem por Ganesh » Sáb Dez 12, 2009 5:52 pm

Uma vez ouvi numa entrevista de TV que os brasileiros têm um certo sentimento de rechaço a tudo que tenha a ver com "militar", talvez por reminiscências da Ditadura. Creio que a origem da falta de popularidade dos militares no Brasil está na desinformação do nosso povo a respeito das variadas funções e suma importância das Forças Armadas, que vai muito além da proteção das fronteiras.

Enquanto nós não "abrirmos os olhos" do povo a respeito da verdadeira ambição generalizada dos países do "primeiro mundo" em nossas riquezas naturais não será levada a sério a verdadeira situação de penúria em que se encontra nosso arsenal bélico. Há que se tirar da mente de algumas pessoas "desavisadas" que revitalização do arsenal militar é "gasto". Obviamente que é investimento! Investimento em proteção de nossa soberania e riquezas naturais (água, nióbio, petróleo etc...).

Quem pesquisar o que já foi dito por pessoas como Al Gore, Margaret Thatcher, etc...verá que a mídia brasileira não dá a menor importância à nossa soberania nacional. De vez em quando dá-se uma ou outra notícia sobre os "caças" que nunca chegam e ponto-final. Muitas vezes envio mensagens à Rádio CBN para que sejam abordados com mais constância temas relativos à estratégia de defesa, reaparelhamento militar, entre outros assuntos pertinentes, mas nunca dão importância. Quando decidirem "abrir os olhos" então já será tarde...




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Re: Ameaça REAL ao Brasil

#125 Mensagem por Marino » Qua Dez 16, 2009 10:00 am

Diálogo com o mundo
Parceria de um dos maiores ícones da era da tecnologia, o Google Earth, com os índios suruí, que vivem na fronteira de Mato Grosso e Rondônia, visa mobilizar a opinião pública sobre os problemas da tribo e a importância da preservação da natureza
Igor Silveira

A descoberta da internet pelo cacique Amir Suruí representou mais que a expansão das fronteiras culturais do líder da tribo Pater Suruí. Quando o índio, ainda desconfiado, acrescentou recursos tecnológicos às tradições de seu povo, deu um presente de valor imensurável a todos os que navegam pela rede mundial de computadores: a oportunidade de conhecer o modo de vida do grupo indígena, que vive na fronteira entre os estados de Mato Grosso e Rondônia. Uma parceria entre essa comunidade e o Google Earth, firmada(1) em 2008 e colocada em prática em outubro desse ano, tornou possível a localização das aldeias no globo terrestre e a divulgação dos costumes dos Suruí.
Depois de feito o mapeamento da área onde vivem os índios Suruí(2), foram incluídos ícones nas imagens do Google Earth que fornecem informações sobre, por exemplo, a fauna, a flora e os conflitos na região. Nada escapa às fotografias de satélites. Matas, rios, estradas de terra. O vasto desmatamento, latente em manchas marrons no mapa, choca e revolta Almir Suruí. Para ele, a parceria é uma maneira de divulgar a valorização da cultura indígena e a importância da preservação da natureza, além de auxiliar na implementação de planos de gestão do território.
“No Brasil, ainda falta uma política bem estruturada, que permita um bom planejamento de territórios indígenas. Há muitos tipos de invasões ilegais e desordenadas por parte de madeireiros e caçadores às nossas áreas, e isso é ruim para os índios, para a floresta e, claro, para todo o mundo”, afirma o cacique. O acordo com o Google, segundo Almir Suruí, tende a mobilizar a opinião pública e alertar os governantes sobre a importância de manter o meio ambiente intacto. “Nós somos conscientes dos nossos problemas”, completa.
As dificuldades da tribo começaram há muito tempo. Os registros mais antigos apontam que o primeiro contato da sociedade civil com o grupo indígena ocorreu em 1969. Nos cinco anos seguintes, metade da população morreu ao contrair tuberculose, sarampo e hepatite B. Atualmente, estima-se que 920 índios da etnia vivam na região da fronteira entre Mato Grosso e Rondônia. Lá, as aldeias sofrem com invasões de madeireiras ilegais e com a destruição da vegetação nativa. Liderados por Almir Suruí, os índios promovem o reflorestamento e a preservação da fauna local.

Valorização cultural
Ciente de que a luta contra os problemas de seu povo não era simples, o cacique procurou parceiros que investem na promoção da cultura indígena e na defesa das causas dessa minoria. A Equipe de Conservação da Amazônia (ACT Brasil) é uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip) e ajudou no mapeamento cultural do território. O presidente do órgão, Vasco van Roosmalen, destaca que o projeto do Google Earth é uma prova de que os índios estão buscando ferramentas tecnológicas para fortalecer seus valores socioculturais tradicionais.
“O primeiro contato com o Google foi feito pelo próprio povo Suruí, a partir do cacique Almir, que tomou conhecimento do site enquanto navegava pela internet. A partir disso, os índios tiveram a oportunidade de se reunir com representantes da empresa e de dar início ao trabalho com a atuação de diversos parceiros. Desde o início, os Suruí têm coordenado e liderado estas parcerias, da mesma forma que têm feito com o Google. Isso é muito importante para fortalecer o manejo e a cultura desses povos”, observa Roosmalen.
O cacique Almir Suruí é internacionalmente conhecido pela defesa das causas do povo indígena. Neste ano, foi apontado com um dos 100 brasileiros mais influentes pela revista Época. Em 2008, recebeu o prêmio Defensor dos Direitos Humanos, em Genebra, Suíça, pelo desenvolvimento de um plano mundial de proteção à natureza. O líder não teme que o excesso de exposição possa prejudicar a tribo e entende que a tecnologia pode ser um caminho, inclusive, para consolidar uma política de geração de renda entre os índios Suruí.
“Queremos dialogar com o mundo. Para que isso traga benefícios ao nosso povo, precisamos ter cuidado para não divulgar informações que nos exponham negativamente e prejudiquem a imagem dos Suruí. É importante contar histórias da nossa tribo, mostrar que podemos dialogar com a sociedade civil”, diz o cacique. Almir Suruí também pretende mudar a opinião dos que acreditam que algumas regiões do Brasil só serão desenvolvidas com grandes obras. “É preciso acabar com a visão de que floresta no chão é sinal de desenvolvimento. Todos precisam apostar na economia verde.”(3)

1 - O mundo a um clique
O Google Earth é um programa que revolucionou a maneira de conhecer a Terra. Com imagens de satélites constantemente atualizadas, é possível visualizar mapas, terrenos, edifícios em três dimensões, além de imagens históricas de todo o mundo, dados da superfície e do leito oceânico fornecidos por peritos marinhos e uma apresentação simplificada com gravações de áudio e voz.

2 - Como acessar
Para encontrar a tribo Pater Suruí, o internauta deve digitar a palavra “Suruí” na opção “Meus lugares”. Feito isso, o link “Trading Bows and Arrows for Laptops” irá aparecer na tela. Basta clicar na opção “Abrir no Google Earth”.

3 - A Terra é verde
As discussões sobre preservação ambiental e aquecimento global atingiram níveis nunca antes alcançados. O Brasil, particularmente, enquanto caminha para integrar o grupo de países desenvolvidos, enfrenta o desafio de manter uma economia verde, ou seja, com produção que mantenha a sustentabilidade social e ambiental.




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Re: Ameaça REAL ao Brasil

#126 Mensagem por felipexion » Qua Dez 16, 2009 7:39 pm

Bolovo escreveu:
alcmartin escreveu:Taí uma coisa que nunca entendi nesses eco-chatos:IBAMA enrola e enrola para ceder licença ambiental para hidroelétricas, porque precisa muiiito estudo para impacto ambiental. Quer mais impacto ambiental que uma termoelétrica queimando óleo e poluindo ainda mais? Ou uma usina nuclear? Água é melhor que aquecimento global, pô! :evil: E não adianta falar que tem que segurar tudo, porque na hora de tomar banho frio não aparece ninguém defendendo ambiente... :twisted:
O problema de criar uma barragem vai além do ambiental. Uma professora minha de geomorfologia fez RIMA (Relatório de Impacto Ambiental) para as obras do Rodoanel Mario Covas e eles saem relativamente rápido. O problema na Amazônia, além de toda a "moralidade ambiental", é que existe um exemplo "ruim" para a região, a barragem de Tucuruí. Essa barragem, apesar de ser a mais potente do país (Itaipu é binacional), ela tem um projeto ruim. Como sabemos uma usina gera energia porque a água retida na barragem gira a turbina. As melhores usinas são aquelas tem grande nível de águas (altura) e não necessariamente a que tem mais água. Tucuruí é assim, ela criou uma área alagada muito grande, que gerou grandes problemas ambientais (a vegetação que é coberta pela água se torna ácida e prejudica a qualidade da água) e sociais (inúmeras famílias deslocadas para os grandes centros urbanos, piorando o problema das periferias). Além de outras coisas, como por exemplo, lembram daquele engenheiro civil que foi esfaqueado pelos índios enquanto tentava mostrar as vantagens de se ter uma usina por lá? A coisa é complicada, acredito que não seja só má vontade do IBAMA não.
Bolovo, não da para passar a moto serra antes de inundar?




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Re: Ameaça REAL ao Brasil

#127 Mensagem por Crotalus » Qui Dez 17, 2009 12:04 pm

Ao Ganesh meus cumprimentos pela significativa mensagem enviada no dia 12. Tens razão em afirmar que a mídia que atua no Brasil não divulga como deveria os assuntos positivos das FFAA. Parece que esta mídia não é de proprietários brasileiros. Note que todas as redes de notícias apresentam sempre as mesmas versões sobre política internacional... why??? Quem ganha com isso??




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Re: Ameaça REAL ao Brasil

#128 Mensagem por Marino » Ter Dez 22, 2009 9:26 am

Presidente homologa mais 10 reservas

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva homologou ontem a demarcação de 10 terras indígenas. Das 10 reservas homologadas, 5 estão localizadas no Amazonas, 3 no Pará, 2 em Roraima, 1 em Mato Grosso do Sul e 1 na Bahia. A garantia de terras para índios está prevista no programa de direitos humanos divulgado ontem pelo governo. Uma das metas é assegurar a demarcação, homologação e regularização das terras indígenas, em harmonia com projetos de futuro para cada povo indígena.




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Re: Ameaça REAL ao Brasil

#129 Mensagem por Marino » Ter Dez 22, 2009 9:27 am

Decreto de Lula cria área indígena com 50 mil km2

Novas reservas abrigam 7 mil índios e equivalem a 34 vezes o tamanho da cidade de SP

Medida tem o objetivo de conter o desmatamento e pode ajudar país a atingir a meta de corte das emissões de gases de efeito estufa

MARTA SALOMON

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA



Uma área de mais de 50 mil quilômetros quadrados -equivalente a 34 vezes o tamanho da cidade de São Paulo- foi confirmada como território indígena. O decreto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva que aumenta o volume de floresta protegida no país será publicado na edição de hoje do "Diário Oficial" da União.

A maior das nove terras indígenas homologadas ontem é a Trombetas Mapuera, no Estado do Amazonas. Mede quase 40 mil quilômetros quadrados, mais do que o dobro da área da reserva Raposa Serra do Sol, em Roraima, objeto de disputa no STF (Supremo Tribunal Federal) neste ano.

A segunda menor terra indígena homologada ontem é provavelmente a que mais renderá polêmica. Arroio-Korá fica em Mato Grosso do Sul, em terras disputadas por fazendeiros.

"A questão indígena em Mato Grosso do Sul é complexa e corre o risco de ser transformada em um novo grande conflito, repetindo a crise que envolveu a demarcação da reserva Raposa Serra do Sol", registra documento da CNA (Confederação Nacional da Agricultura).

O presidente da Funai, Márcio Meira, não acredita em reação semelhante à dos arrozeiros de Roraima. "Quando o presidente homologa essa área gigantesca de terras indígenas, está dando um sinal de que o Brasil vai cumprir as metas de corte das emissões de gases de efeito estufa, além de reconhecer o direito dos índios", disse.

A maior parcela da meta de corte das emissões depende da queda do desmatamento na Amazônia e no Cerrado. Terras indígenas são áreas ambientalmente protegidas, assim como as unidades de conservação.

As nove terras indígenas homologadas ontem têm culturas muito diferentes. Elas abrigam aproximadamente 7.000 indígenas de 29 etnias diferentes. Há povos com quase cinco séculos de contato, como os guarani kaiowá, de Mato Grosso do Sul, assim como grupos isolados identificados na terra Trombetas Mapuera, no Amazonas, ou os zo'és, no Pará.

Os zo'és ocupam a segunda maior terra indígena homologada ontem, no município paraense de Óbidos, com 6,2 mil quilômetros quadrados, ou quatro vezes o tamanho da cidade de São Paulo.

A população estimada nessa área (178 índios) é menor do que na terra indígena Balaio, que abriga 350 índios de dez etnias diferentes: tukáno, yepamashã, desána, kobéwa, pirá-tapúya, tuyúka, baníwa, baré, kuripáko, tariáno. A Balaio é a terceira maior terra indígena do pacote de ontem.

O Brasil detém hoje mais de um milhão de quilômetros quadrados de terras indígenas em diferentes fases de reconhecimento. Isso equivale a 12,5% do território nacional. A homologação por decreto do presidente da República é a penúltima etapa do processo de reconhecimento de um território indígena. Depois da homologação, ocorre o registro em cartório.

Segundo levantamento da Funai, ainda existem cerca de 28 mil quilômetros quadrados de terras indígenas pendentes de homologação, além de mais de cem áreas ainda não demarcadas, em estudo ou com restrição de acesso a não índios.




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Re: Ameaça REAL ao Brasil

#130 Mensagem por alexmabastos » Ter Dez 22, 2009 11:27 am

Marino escreveu:Presidente homologa mais 10 reservas

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva homologou ontem a demarcação de 10 terras indígenas. Das 10 reservas homologadas, 5 estão localizadas no Amazonas, 3 no Pará, 2 em Roraima, 1 em Mato Grosso do Sul e 1 na Bahia. A garantia de terras para índios está prevista no programa de direitos humanos divulgado ontem pelo governo. Uma das metas é assegurar a demarcação, homologação e regularização das terras indígenas, em harmonia com projetos de futuro para cada povo indígena.
Marino,

Este mesmo governo que homologa tais reservas defende uma Amazônia protegida. Será que tais homologações e todas as últimas ações pró-nações indígenas não são mais para acabarmos que o argumento de que não protejemos minorias étnicas etc etc que serviriam para esta campanha de internacionalização? Vejo mais por esse lado pois o governo não seria tão contraditório assim. Mas isso tem que acabar uma hora. Terra que vira reserva nunca mais desvira.

Alex




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Re: Ameaça REAL ao Brasil

#131 Mensagem por Marino » Ter Dez 22, 2009 11:48 am

Eu postei em lugar errado estas notícias, devia ter postado na "política indígena" ou em outro tópico, pois aqui eu tentei manter o foco na ação da conquista de "corações e mentes" para uma posterior ação, que está sendo levada a cabo pelo príncipe que casou com a bruxa e outras organizações semelhantes.
Mas me preocupa imensamente o tratamento diferente dado aos índios, brasileiros como eu e vc, que pode ser usado como justificativa de ações para a proteção de "minorias étnicas" no interior do Brasil.
Também CREIO ser questionável algumas dessas ações, como as reservas na Bahia, p. ex.
Posso estar completamente errado, mas comparar índio amazônico com índio baiano é dose. Pode até haver índios na Bahia, mas totalmente aculturados, vivendo com as benesses e prejuízos da civilização, e vão ganhar reservas como se o primeiro contato com os "brancos" (estamos falando da Bahia) tivesse sido feito há pouco.
Mas as consequências destes atos nossos filhos e netos vão ter que gerir.
Que Deus os protejam.




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Re: Ameaça REAL ao Brasil

#132 Mensagem por alexmabastos » Ter Dez 22, 2009 11:55 am

Pois o governo bate constantemente na tecla de Defesa da região Amazônica.

Lula quer 1 pelotão do Exército por área indígena na Amazônia
22 de dezembro de 2009 • 10h04 •

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira, em sua coluna semanal, que pretende instalar um pelotão de fronteira do Exército em cada área indígena da Amazônia. "Hoje, são 21 e, entre 2010 e 2018, será investido R$ 1 bilhão para a criação de mais 28 pelotões. Vamos instalar pelo menos uma unidade em cada área indígena para mostrar que as reservas não tornam nossas fronteiras mais frágeis", disse.




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Re: Ameaça REAL ao Brasil

#133 Mensagem por Marino » Ter Dez 22, 2009 4:26 pm

Corações e mentes.
Da revista Rolling Stone:

Tristeza ÍndiaPor Felipe Milanez
http://www.rollingstone.com.br/edicoes/39/textos/4102/

Os últimos e dramáticos dias de vida da mais velha sobrevivente de um massacre a uma tribo da Amazônia

Na quinta-feira, 1º de outubro de 2009, o sertanista Altair Algayer, o Alemão, amanheceu apreensivo. Fora uma noite tensa, praticamente em claro. A cada zunido diferente de inseto ou ranger mais estridente de galhos, o ouvido despertava o sentido de alerta e voltava toda concentração para o som não identificado. Seria o índio Pupak, filho adotivo da velha índia Ururu, vindo avisá-la da morte da mãe?

Alemão levantou-se antes de o sol nascer e vestiu uma bermuda velha. Deixou de lado a camisa e preferiu pôr os pés direto no chão. Por volta das 6h, foi até a maloca ver como estava a índia. Algayer, descendente de migrantes alemães do Sul do Brasil, estava mais branco do que de costume. Transpirava mais e parecia bem mais magro. Inquieto, não sabia como agir. Imaginava ter feito o possível ao longo de uma semana terrivelmente infinita. Sentia-se impotente, indignado consigo mesmo. Imaginava que coisas tristes aconteceriam e ele não teria como impedir. Restava apenas acompanhar os últimos instantes de vida de Ururu.

Aparentemente tudo estava normal. A pressão arterial de Ururu se mantinha estável e, às 7h da manhã, estava em 100 por 50, conforme constatou a enfermeira Jussara de Faria Castro, esposa de Alemão. O pulso era acelerado, rápido; o punho, fino, cansado - nada diferente dos últimos dias. Mas a respiração estava mais ruidosa, e a índia transparecia ansiedade. "Está muito difícil vê-la cada dia piorando", dizia a enfermeira. Ururu não conseguia permanecer deitada na rede, onde a dobra da garganta segurava o ar, e preferiu ser colocada no chão. Jussara levou um pano úmido e o passou delicadamente no corpo da índia, que recebeu a higiene como uma massagem. Algayer varreu o chão de terra com uma palha, alimentou o fogo e ajeitou cuidadosamente os pertences da índia que ele ainda chama carinhosamente de "iamoi" - "mãe" na língua akuntsu.

Dentro da maloca, a fumaça da fogueira irritava os olhos. Próximos, apenas o filho e as índias akuntsus. Fora, um calor acachapante deixava todo mundo amolecido. O ar estava seco. Reinava um silêncio quase absoluto entre os funcionários da Funai e os enfermeiros presentes. Uma sensação de angústia dominava o ambiente. A resistência apresentada pela índia akuntsu em sua última semana de vida havia sido tenaz, mas agora se esvaíra.

Nos anos 1980, Marcelo dos Santos era um jovem e promissor indigenista da Funai, em início de carreira. Vindo de São Paulo, viveu tempos que eram convidativos para aventuras na Amazônia. Ele foi designado para trabalhar junto dos índios nhambiquara, na fronteira de Rondônia com o Mato Grosso. Os nhambiquaras são um povo fascinante, com costumes que eram descritos como selvagens, mas que encantaram o antropólogo Claude Levy-Strauss a ponto de transformar sua percepção de sociedade. Santos também se fascinou por aqueles índios. Olhos azuis profundos, farta barba ruiva e cabelos claros, ele representava um tipo cada vez mais comum por aquelas bandas amazônicas. Rondônia, nessa época, ainda recebia uma avalanche de migrantes sulistas. Muitos chegavam iludidos por promessas de terra e crédito do governo militar e se deparavam com condições muito diferentes das que esperavam.

Conseguir terra era um desafio pelo qual não imaginavam ter de passar, já que o slogan corrente dizia haver "terras sem homens para homens sem terra". Grandes extensões de florestas eram divididas em glebas, e posteriormente loteadas pelo Incra para a colonização. À Funai cabia determinar onde havia índios; ao antigo Instituto Brasileiro de Desenvolvimento Florestal (IBDF), órgão antecessor ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), definir as áreas de preservação - o resto era passível de ocupação. Desde 1952, quando o Serviço de Proteção ao Índio (SPI) transferiu povos do sul de Rondônia para o Norte do estado, próximo a Guajara-Mirim, a região era considerada "vazia" e passível de ocupação. E assim sucederam os loteamentos, a ocupação, a exploração predatória das madeiras, a luta pela terra entre os posseiros e grileiros, e o mais intenso processo de desmatamento
já visto na história. Em um desses espaços de terra, na gleba chamada Corumbiara, estavam os akuntsus, vivendo, como sempre fizeram, da floresta.

"Em 1985, fui para uma fazenda verificar se havia índios por lá. Um fazendeiro precisava de uma certidão da Funai negando a existência de índios naquelas terras para conseguir crédito no banco", recorda-se Santos. "Mas, quando cheguei, um peão me disse: 'Olha, aqui
não tem índio não, mas parece que aqui do lado andaram matando uns por estes dias'." Santos deparou-se com uma aldeia destruída - restos de moradias, cerâmicas, flechas e cápsulas de revólveres. Santos, então, chamou o indigenista e cineasta Vincent Carelli para imortalizar os vestígios do massacre e preparar uma denúncia pública.

Desde então, convencido de que havia índios na região, Santos passou a fazer buscas em toda área de floresta que não havia sido derrubada. Sofreu ameaças, boicote da sede da Funai em Brasília e pressão de políticos locais. Dez anos depois, em 1995, a tecnologia ajudou a labuta sertanista: fotos de satélite indicaram pontos que poderiam representar uma aldeia. Ele montou uma expedição, tendo Algayer como auxiliar, e foi conferir uma clareira: era uma pequena aldeia. O contato com os índios foi pacífico (e registrado por Carelli). Dois irmãos, o garoto Pura e a menina Txiramantu, caminharam até a equipe, trocando olhares. Os brancos barbudos foram levados
até a aldeia e, algum tempo depois, apresentados à mãe e a uma prima dos dois irmãos. A língua falada pelo grupo foi identificada como pertencente ao povo canoê. Um sobrevivente da transferência organizada pelo SPI em 1952 foi destacado para servir de intérprete. Alguns meses depois, com a relação de confiança estabelecida, os canoês guiaram os sertanistas até outro povo vizinho que vivia, como eles próprios, uma situação de isolamento voluntário. Eram os akuntsus. O primeiro encontro com os remanescentes foi coordenado por Algayer e também filmado por Carelli. As cenas que se seguiram foram dramáticas. Guiados pelos canoê, eles foram direto para a aldeia e se depararam com Pupak, nessa época com cerca de 40 anos, que tremia incontroladamente de pânico. Escondida, Ururu foi a segunda a aparecer, trazida pelo braço, até mesmo com certa violência, pela índia canoê, a prima dos irmãos Pura e Txiramantu. Ela
também estava em pânico e o resto do grupo, que somava mais cinco pessoas (as filhas e a mulher do velho Konibu, líder e xamã do grupo, mais tarde identificado como irmão de Ururu), só veio a aparecer depois que certa calma estabilizou os ânimos. Traumatizado com o universo dos homens brancos, o também sobrevivente Konibu seria o último a se revelar.

"Vai. experimenta que é bom", incentiva Alemão. O rapé arde o nariz. Konibu coloca mais um punhado na minha mão. Estamos sentados no pátio da aldeia akuntsu. Meto o dedo no montinho e trago um punhado ao nariz. Sigo Alemão, concentrado na curta viagem do rapé. Inalo e acompanho a solidão que a irritação no rosto provoca. Espirros, lágrimas, seguidos por uma sensação de limpeza. O xamã Konibu,
a meu lado, está concentrado. Olha para mim e ri da minha inexperiência. Com os olhos ainda irritados, Alemão coloca o dedo nas costas de Konibu e aponta um buraco. O velho se agita. Demonstra uma vontade de compartilhar comigo um sentimento de revolta, e também a expressão triste da lembrança do que viveu. É marca de tiro. Em pé, Popak se agita, pula, mexe o corpo. Vira o braço direito para mim e aponta a assinatura que o chumbo também lhe deixou.

Sinto que sou bem recebido pelos akuntsus. Eles confiam em Alemão, meu guia, e ficam curiosos para saber que tipo de branco eu sou. Tenho o corpo todo pintado por jenipapo pela arte dos índios camaiurás, do Xingu, onde estive uma semana antes. As mulheres seguem as linhas escuras em minhas costas com a ponta dos dedos. Surpresas pela descoberta, elas chamam Ururu para ver. Ela caminha com dificuldade, tem as pernas tortas. Conhecedora da arte da pintura corporal, se mostra impressionada pelo trabalho. Sua satisfação é expressa com uma leve mexida no lábio, indicando um singelo sorriso de aprovação. Logo em seguida, senta-se ao lado de seu
fiel escudeiro, um mutum, e, do outro lado, um companheiro jacamim - os dois pássaros pretos que ela cria possuem um ar, ao mesmo tempo, sombrio e tranquilo. Meu primeiro contato com os akuntsus ocorreu em 2006, dez anos após os contatos iniciais com a Funai. No posto de fiscalização da Terra Indígena Omerê, localizado entre a aldeia dos akuntsus e a aldeia menor ainda dos canoês -
hoje habitada apenas pelos irmãos Pura e Txiramantu e um filho dela, Bakwa, os sobreviventes após a morte da mãe deles, da prima e de outro filho de Txiramantu.

Você lê esta matéria na íntegra na edição 39, dezembro/2009




"A reconquista da soberania perdida não restabelece o status quo."
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Re: Ameaça REAL ao Brasil

#134 Mensagem por alcmartin » Qua Dez 23, 2009 12:55 am

LeandroGCard escreveu:
alcmartin escreveu: É verdade e concordo com tudo, Bolovo. Até porque estou piando na sua seara. Mas, convenhamos, por pior que seja o impacto ambiental de uma hidreelétrica, este é local(presumo), infinatamente menor que uma termelétrica ou nuclear.
A coisa não é tão simples assim.

O impacto de uma usina hidroelétrica é enorme e imediato na região onde ela é construída, pois troca-se um estreito trecho de rio de águas correntes por um lago (que quanto maior, pior) de águas quase paradas que invade terras que antes não estavam submersas, tomando o lugar de campos, florestas, vilarejos, tudo o que estiver em volta. A dinâmica dos sedimentos dentro desde lago é completamente diferente do que acontece no rio original, e o equilíbrio biológico de todas as espécies que vivem na água e nas margens é afetado de forma muito negativa. Grandes desastres ecológicos já foram causados por represas como a de Assuã no Egito, e para evitá-los estudos cuidadosos precisam ser feitos, além de extensos trabalhos de preparação tanto no projeto da própria represa quanto nas áreas a serem alagadas. Sem estes cuidados as emissões por exemplo de metano (um gás considerado pior para o efeito estufa do que o próprio gás carbônico) em um lago de hidroelétrica, provindo da decomposição da madeira deixada no local ou do material que se deposita no fundo do lago em um processo chamado de assoreamento, podem ser muito elevadas. A tradição brasileira nesta área é ruim, as represas brasileiras nem escadas para peixes possuem, o que é uma regra a nível mundial.

Já as usinas termoelétricas em princípio ocupam apenas o espaço dos prédios onde são construídas, o que afeta um área muito pequena. Os subprodutos indesejáveis que geram são apenas gases e alguma fuligem. Embora a fuligem e os gases residuais (compostos de enxofre, aldeídos, óxidos de nitrogênio, etc...) gerem alguns problemas ambientais localizados, em geral eles são considerados de baixo impacto se comparados por exemplo ao escapamento dos veículos automotores das cidades. O que tem causado mais discussão recentemente e criado a imagem de poluidoras para as centrais termoelétricas é a sua relativamente elevada emissão de gás carbônico. Mas como comentado antes, pelo que se sabe o metano liberado por um lago de hidroelétrica pode causar um efeito estufa até maior que o de uma termoelétrica de mesma capacidade. Na verdade faltam estudos conclusivos sobre este ponto.

E finalmente, com relação às usinas nucleares é importante dizer que sua operação correta não libera nenhum resíduo no meio ambiente, no máximo algum calor. Os únicos problemas em termos ambientais estão na geração de lixo radioativo e na possibilidade de acidentes que liberem radiação no meio ambiente. Mas deve-se ter em conta que mesmo que o lixo nuclear escape para a natureza ou a usina venha a explodir e liberar todo o material radioativo que contém, o impacto para a natureza em si é mínimo, como provou a explosão do reator de Chernobil. Apenas a saúde humana individual pode ser afetada caso pessoas se aventurem nas eventuais áreas contaminadas (ou consumam produtos contaminados), o eco-sistema em si sofre impactos muito pequenos (menores que os causados por incêndios, por exemplo) e de pouca duração. E o clima praticamente não é afetado.

Não é a toa que muitos ecologistas que eram antigos críticos das usinas nucleares hoje mudaram de opinião, e as apresentem justamente como uma das soluções para evitar uma crise ecológica global.


Leandro G. Card
Olá LeandroGcard! Boa noite!

Grato pelas informações. Sou leigo no assunto, com opinião baseada nas notícias que temos. Mas, por curiosidade, a radioatividade, em caso de acidente nuclear, não afetaria os animais? Porque se sim, então o ecosistema seria sim afetado e a contaminação não é por longo período?
Somente curiosidade, nada contra o emprego da modalidade, ok? :wink:

Abs!




GustavoB
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Re: Ameaça REAL ao Brasil

#135 Mensagem por GustavoB » Qua Dez 23, 2009 4:58 pm

Crotalus escreveu:Ao Ganesh meus cumprimentos pela significativa mensagem enviada no dia 12. Tens razão em afirmar que a mídia que atua no Brasil não divulga como deveria os assuntos positivos das FFAA. Parece que esta mídia não é de proprietários brasileiros. Note que todas as redes de notícias apresentam sempre as mesmas versões sobre política internacional... why??? Quem ganha com isso??
Parte dela não é de brasileiros mesmo. Tem muito interesse estrangeiro aí formando opinião, a qual muitos fazem coro. E mais: muito do debate que seria realmente de interesse do Brasil é atrapalhado por uma briga ideologizada e politizada pela mídia. No fim a partes acabam brigando, as coisas não acontecem e alguém acabam lucrando.

Difícil é distinguir ideias do intere$$e econômico.




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