Imprensa vendida
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Re: Imprensa vendida
Chávez organiza reunião na Argentina contra jornais
AE - Agencia Estado
SÃO PAULO - A capital argentina foi o cenário ontem de dois encontros antagônicos. Enquanto no Hotel Hilton transcorria a reunião da Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP) - que se encerra hoje com debates sobre liberdade de imprensa na região, com a presença de mais de 500 editores de quase todos os países das Américas -, a Embaixada da Venezuela realizava a "contrarreunião" da SIP, o denominado Primeiro Encontro Internacional de Meios e Democracia na América Latina. O evento preparado por ordem direta do presidente venezuelano Hugo Chávez teve o patrocínio da Secretaria de Cultura da Argentina.
Um dos principais conferencistas da "contrarreunião" foi o autor da polêmica Lei de Mídia argentina, Gabriel Mariotto, interventor do Comitê Federal de Radiodifusão (Comfer). Mariotto denominou a rival reunião da SIP de "coro desaforado de dinossauros que tenta deslegitimar" a Lei de Mídia. Aprovado recentemente no Parlamento argentino no meio de denúncias de compra de votos pelo governo Kirchner, o dispositivo implica drástica redução da ação dos grupos de mídia.
Entre os vários pontos do polêmico pacote que regula a atuação de imprensa está a revisão das licenças a cada dois anos. Além disso, nas cidades de mais de 500 mil habitantes, elas serão concedidas de forma direta pelo governo, sem necessidade de licitação. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
http://www.estadao.com.br/noticias/naci ... 4082,0.htm
AE - Agencia Estado
SÃO PAULO - A capital argentina foi o cenário ontem de dois encontros antagônicos. Enquanto no Hotel Hilton transcorria a reunião da Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP) - que se encerra hoje com debates sobre liberdade de imprensa na região, com a presença de mais de 500 editores de quase todos os países das Américas -, a Embaixada da Venezuela realizava a "contrarreunião" da SIP, o denominado Primeiro Encontro Internacional de Meios e Democracia na América Latina. O evento preparado por ordem direta do presidente venezuelano Hugo Chávez teve o patrocínio da Secretaria de Cultura da Argentina.
Um dos principais conferencistas da "contrarreunião" foi o autor da polêmica Lei de Mídia argentina, Gabriel Mariotto, interventor do Comitê Federal de Radiodifusão (Comfer). Mariotto denominou a rival reunião da SIP de "coro desaforado de dinossauros que tenta deslegitimar" a Lei de Mídia. Aprovado recentemente no Parlamento argentino no meio de denúncias de compra de votos pelo governo Kirchner, o dispositivo implica drástica redução da ação dos grupos de mídia.
Entre os vários pontos do polêmico pacote que regula a atuação de imprensa está a revisão das licenças a cada dois anos. Além disso, nas cidades de mais de 500 mil habitantes, elas serão concedidas de forma direta pelo governo, sem necessidade de licitação. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
http://www.estadao.com.br/noticias/naci ... 4082,0.htm
"O correr da vida embrulha tudo,
a vida é assim: esquenta e esfria,
aperta e daí afrouxa,
sossega e depois desinquieta.
O que ela quer da gente é coragem."
João Guimarães Rosa
a vida é assim: esquenta e esfria,
aperta e daí afrouxa,
sossega e depois desinquieta.
O que ela quer da gente é coragem."
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Re: Imprensa vendida
4 de Dezembro de 2009 - 19h42
Truste mundial dos jornais ataca Google por democratizar notícias
A Associação Mundial de Jornais (WAN) voltou a atacar duramente o Google no seu congresso em Hyderabad, na Índia. Motivo: os chamados "agregadores" na internet, entre os quais o Google News é o líder absoluto, facilitam a difusão gratuita de notícias, para desespero da mídia tradicional. "Temos tentado sentar para negociar, mas o Google não tem colaborado. Enquanto isso, continua com sua cleptomania", reclamou nesta quinta-feira (3) Gavin O'Reilly, presidente da WAN.
Segundo O'Reilly, o Google tem sido "insistentemente convocado" a "colaborar" com a implantação de um software, criado pela WAN. Denominado Acap, o programa permite a um site noticioso controlar o uso de seu conteúdo por terceiros, ou seja, fazer com que menos pessoas tenham acesso ao seu conteúdo.
Visivelmente irritado, O'Reilly mencionou que recentemente o presidente mundial do Google, Eric Schmidt, disse em entrevista que "é um imperativo moral ajudar os jornais". E rebateu: "Ninguém aqui está falando em caridade, nem de certo ou errado. Estamos falando de leis, de copyright de conteúdos que, sejamos honestos, custa caro produzir". Não chegou a agregar "estamos falando de dólares".
"O Google sempre fala no tráfego que ele gera para os sites dos jornais. Mas não seria um direito das empresas escolher o que querem pelo seu conteúdo, se é tráfego, pagamento ou algo diferente?", provocou ainda O'Reilly. "Se o Google reconhece a legitimidade dos direitos autorais, pelo menos deveria ser a favor da implantação do Acap. Não estamos falando de algo abstrato, é apenas a lei".
A defesa do Google
David Drummond, vice-presidente de assuntos jurídicos do Google, participou do painel na cidade indiana. "Vim a esse debate em missão de paz e desarmado", amenizou Drummond.
"O Google não é o culpado. Os jornais é que não estão aproveitando todo o nosso potencial, e deveriam trabalhar mais próximos a nós", defendeu-se.
Drummond procurou contemporizar afirmando que, na visão de sua empresa, o buscador não está infringindo direitos. "Temos uma diferença fundamental aí. Não consideramos que pesquisar e organizar links seja quebra de direitos. Segundo ele, tem havido decisões favoráveis de alguns tribunais pelo mundo. "Não queremos dar uma mãozinha, queremos que todo mundo ganhe dinheiro".
Com informações de O Estado de S. Paulo
Truste mundial dos jornais ataca Google por democratizar notícias
A Associação Mundial de Jornais (WAN) voltou a atacar duramente o Google no seu congresso em Hyderabad, na Índia. Motivo: os chamados "agregadores" na internet, entre os quais o Google News é o líder absoluto, facilitam a difusão gratuita de notícias, para desespero da mídia tradicional. "Temos tentado sentar para negociar, mas o Google não tem colaborado. Enquanto isso, continua com sua cleptomania", reclamou nesta quinta-feira (3) Gavin O'Reilly, presidente da WAN.
Segundo O'Reilly, o Google tem sido "insistentemente convocado" a "colaborar" com a implantação de um software, criado pela WAN. Denominado Acap, o programa permite a um site noticioso controlar o uso de seu conteúdo por terceiros, ou seja, fazer com que menos pessoas tenham acesso ao seu conteúdo.
Visivelmente irritado, O'Reilly mencionou que recentemente o presidente mundial do Google, Eric Schmidt, disse em entrevista que "é um imperativo moral ajudar os jornais". E rebateu: "Ninguém aqui está falando em caridade, nem de certo ou errado. Estamos falando de leis, de copyright de conteúdos que, sejamos honestos, custa caro produzir". Não chegou a agregar "estamos falando de dólares".
"O Google sempre fala no tráfego que ele gera para os sites dos jornais. Mas não seria um direito das empresas escolher o que querem pelo seu conteúdo, se é tráfego, pagamento ou algo diferente?", provocou ainda O'Reilly. "Se o Google reconhece a legitimidade dos direitos autorais, pelo menos deveria ser a favor da implantação do Acap. Não estamos falando de algo abstrato, é apenas a lei".
A defesa do Google
David Drummond, vice-presidente de assuntos jurídicos do Google, participou do painel na cidade indiana. "Vim a esse debate em missão de paz e desarmado", amenizou Drummond.
"O Google não é o culpado. Os jornais é que não estão aproveitando todo o nosso potencial, e deveriam trabalhar mais próximos a nós", defendeu-se.
Drummond procurou contemporizar afirmando que, na visão de sua empresa, o buscador não está infringindo direitos. "Temos uma diferença fundamental aí. Não consideramos que pesquisar e organizar links seja quebra de direitos. Segundo ele, tem havido decisões favoráveis de alguns tribunais pelo mundo. "Não queremos dar uma mãozinha, queremos que todo mundo ganhe dinheiro".
Com informações de O Estado de S. Paulo
Re: Imprensa vendida
Corrupção na imprensa: Correio Braziliense acusado de receber "mensalão" de Roriz
Em primeira mão no Blog "Os Amigos do Presidente Lula" em 09/12/2009 02:00hs
Apesar do vídeo já estar rolando na internet desde o fim de semana passado, e as acusações estão ali ao vivo e em cores, ninguém noticiou uma passagem da maior importância:
A corrupção na imprensa, através da suposta compra do noticiário favorável do Correio Brasiliense pelo ex-governador Joaquim Roriz (PMDB/DF).
Existe um corporativismo e um pacto de silêncio sobre a corrupção da imprensa, mesmo com este vídeo rolando até no "site" da revista Veja.
O ex-presidente da Câmara Legislativa do Distrito Federal, Deputado Benício Tavares (PMDB/DF) narra um episódio ocorrido com ele em 2003, em que Roriz, junto com o então presidente do jornal Correio Braziliense, jornalista Álvaro Pereira (ex-deputado do PSDB/MG), o pressionaram para contratar a agência de publicidade Marcos de Valério, com intuito de soltar dinheiro para o jornal.
O deputado distrital diz com todas as letras que mandava dinheiro público da Câmara Distrital para o jornal ser favorável à Roriz.
Com Arruda a suspeita sobre o jornal continua
Deu no Observatório da Imprensa: É gritante, salta aos olhos e é, por todos os motivos, desconcertante o jornalismo praticado pelo Correio Braziliense entre os 28/11 e 3/12/2009.
Durante uma semana o principal jornal de Brasília (o mais influente e renomado por sua detalhada cobertura política) mais tentou esconder responsabilidades do governador Arruda do que informar no Mensalão do DEM.
Moradores de Brasília ficariam mais bem informados do que se passava em sua cidade, e também capital de todos os brasileiros, se estivessem lendo jornais de outras cidades como Rio e São Paulo.
Existem situações em que manchetes de jornais, ao serem cotejadas em determinado período de tempo, oferecem uma visão clara sobre os compromissos deste ou daquele veículo de comunicação.
As leituras das manchetes denunciam também o grau de independência e profissionalismo dos veículos. E revelam, acima de tudo, os diversos níveis de compromissos. Leia o artigo inteiro no Observatório, aqui (http://www.cartamaior.com.br/templates/ ... a_id=16282)
Em primeira mão no Blog "Os Amigos do Presidente Lula" em 09/12/2009 02:00hs
Apesar do vídeo já estar rolando na internet desde o fim de semana passado, e as acusações estão ali ao vivo e em cores, ninguém noticiou uma passagem da maior importância:
A corrupção na imprensa, através da suposta compra do noticiário favorável do Correio Brasiliense pelo ex-governador Joaquim Roriz (PMDB/DF).
Existe um corporativismo e um pacto de silêncio sobre a corrupção da imprensa, mesmo com este vídeo rolando até no "site" da revista Veja.
O ex-presidente da Câmara Legislativa do Distrito Federal, Deputado Benício Tavares (PMDB/DF) narra um episódio ocorrido com ele em 2003, em que Roriz, junto com o então presidente do jornal Correio Braziliense, jornalista Álvaro Pereira (ex-deputado do PSDB/MG), o pressionaram para contratar a agência de publicidade Marcos de Valério, com intuito de soltar dinheiro para o jornal.
O deputado distrital diz com todas as letras que mandava dinheiro público da Câmara Distrital para o jornal ser favorável à Roriz.
Com Arruda a suspeita sobre o jornal continua
Deu no Observatório da Imprensa: É gritante, salta aos olhos e é, por todos os motivos, desconcertante o jornalismo praticado pelo Correio Braziliense entre os 28/11 e 3/12/2009.
Durante uma semana o principal jornal de Brasília (o mais influente e renomado por sua detalhada cobertura política) mais tentou esconder responsabilidades do governador Arruda do que informar no Mensalão do DEM.
Moradores de Brasília ficariam mais bem informados do que se passava em sua cidade, e também capital de todos os brasileiros, se estivessem lendo jornais de outras cidades como Rio e São Paulo.
Existem situações em que manchetes de jornais, ao serem cotejadas em determinado período de tempo, oferecem uma visão clara sobre os compromissos deste ou daquele veículo de comunicação.
As leituras das manchetes denunciam também o grau de independência e profissionalismo dos veículos. E revelam, acima de tudo, os diversos níveis de compromissos. Leia o artigo inteiro no Observatório, aqui (http://www.cartamaior.com.br/templates/ ... a_id=16282)
Re: Imprensa vendida
Tô rolando re rir até agora.GustavoB escreveu:Paródia de "A Queda" (da Globo) - As Últimas Horas de Hitler - no YouTube tem mais de 25 mil visualizações.
HUAUAHAUAAHAUHAUAUAHUA
ahuahuahuahuhauhauhau
Nenhum bastardo jamais venceu uma guerra morrendo por seu país.
Ele venceu fazendo o outro pobre e burro bastardo morrer pelo país dele
Gen George Patton Jr.
Ele venceu fazendo o outro pobre e burro bastardo morrer pelo país dele
Gen George Patton Jr.
Re: Imprensa vendida
sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010
http://cloacanews.blogspot.com
Noblat disputa com Arruda topo do pódio da bandidagem
O tocador-de-jazz, blogueiro-barrigueiro e jornalista-pilantra Ricardo Delgado Noblat conseguiu, no ocaso desta quinta-feira, superar a si próprio na escala do mau-caratismo e da sem-vergonhice profissional.
Nem bem José Roberto Arruda – amigo do peito de Noblat – instalara-se no catre de seu confortável xilindró, no Instituto Nacional de Criminalística, em Brasília, o helminto das Organizações Globo já corria para colar no Presidente Lula a pecha de acariciador de cabeças de gatunos.
Nem mesmo a “retificação” da notícia divulgada no portal G1, feita às 18:40h, aplacou a sede de sangue de Noblat, que postou seu “comentário” meia hora mais tarde.
As imagens que capturamos falam por si.
Em matéria de torpeza e indecência, Ricardo Noblat não tem rival à altura neste país. Pensando melhor, até tem. Mas esse, felizmente, já está em cana – pelo menos, até o Gilmar dar um jeitinho nisso.
http://cloacanews.blogspot.com
Noblat disputa com Arruda topo do pódio da bandidagem
O tocador-de-jazz, blogueiro-barrigueiro e jornalista-pilantra Ricardo Delgado Noblat conseguiu, no ocaso desta quinta-feira, superar a si próprio na escala do mau-caratismo e da sem-vergonhice profissional.
Nem bem José Roberto Arruda – amigo do peito de Noblat – instalara-se no catre de seu confortável xilindró, no Instituto Nacional de Criminalística, em Brasília, o helminto das Organizações Globo já corria para colar no Presidente Lula a pecha de acariciador de cabeças de gatunos.
Nem mesmo a “retificação” da notícia divulgada no portal G1, feita às 18:40h, aplacou a sede de sangue de Noblat, que postou seu “comentário” meia hora mais tarde.
As imagens que capturamos falam por si.
Em matéria de torpeza e indecência, Ricardo Noblat não tem rival à altura neste país. Pensando melhor, até tem. Mas esse, felizmente, já está em cana – pelo menos, até o Gilmar dar um jeitinho nisso.
Re: Imprensa vendida
Jornalismo chapa branca e partidária não é exclusividade nossa não!
quarta-feira, 30 de dezembro de 2009
BARRACO NO JORNAL NACIONAL PORTUGUÊS (não é piada)
Em bate-boca antológico, apresentadora golpista e mal-intencionada do mais assistido telejornal lusitano leva um escalda-rabo histórico de entrevistado
Tanto quanto alguns "âncoras" de nosso amado torrão auriverde, a jornalista Manuela Moura Guedes, da TVI de Portugal, não é flor que se cheire. Certamente, por não conviver com certo tipo de "jornalismo", você talvez estranhe muito o fato de a moça ser adepta de práticas heterodoxas no tratamento das notícias, como manipulação espúria, omissões, mentiras e juízos de valor, sempre a beneficiar determinado grupo político e a assassinar a reputação de outros. Não por acaso, o programa apresentado pela suposta irmã caçula do roqueiro Serguei chama-se... Jornal Nacional. E, coincidência: a TVI é a mais importante emissora de TV em Portugal, hoje em dia.
Ocorre que um certo Sr. Pinto - o advogado e jornalista António Marinho Pinto, para sermos "exactos" - soltou os cachorros para cima da donzela. Ao vivo e em cores, o causídico aplicou na apresentadora um sabão dos mais borbulhantes.
As cenas a seguir aconteceram há poucos meses. Mas é bom você já ficar sabendo que a Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) daquele pequeno país ibérico notificou a TVI por considerar que a emissora "desrespeitou as normas ético-legais do jornalismo misturando factos e opinião em várias edições do "Jornal Nacional", alvo de queixas analisadas pelo organismo". O órgão considerou ainda que a TVI deve "demarcar "claramente os factos da opinião", como determina o Estatuto do Jornalista.
Faça de conta que foi aqui. E lave sua alma com o Dr. Pinto.
http://desabafopais.blogspot.com/2009/1 ... ugues.html
Nosso primeiro contato com o vídeo deu-se pelo blog Desabafo Brasil (Portugal também tem sua Mirian Leitão ).
PS - A pressão funcionou. Manuela Moura Guedes não dá mais as caras no Jornal Nacional.
quarta-feira, 30 de dezembro de 2009
BARRACO NO JORNAL NACIONAL PORTUGUÊS (não é piada)
Em bate-boca antológico, apresentadora golpista e mal-intencionada do mais assistido telejornal lusitano leva um escalda-rabo histórico de entrevistado
Tanto quanto alguns "âncoras" de nosso amado torrão auriverde, a jornalista Manuela Moura Guedes, da TVI de Portugal, não é flor que se cheire. Certamente, por não conviver com certo tipo de "jornalismo", você talvez estranhe muito o fato de a moça ser adepta de práticas heterodoxas no tratamento das notícias, como manipulação espúria, omissões, mentiras e juízos de valor, sempre a beneficiar determinado grupo político e a assassinar a reputação de outros. Não por acaso, o programa apresentado pela suposta irmã caçula do roqueiro Serguei chama-se... Jornal Nacional. E, coincidência: a TVI é a mais importante emissora de TV em Portugal, hoje em dia.
Ocorre que um certo Sr. Pinto - o advogado e jornalista António Marinho Pinto, para sermos "exactos" - soltou os cachorros para cima da donzela. Ao vivo e em cores, o causídico aplicou na apresentadora um sabão dos mais borbulhantes.
As cenas a seguir aconteceram há poucos meses. Mas é bom você já ficar sabendo que a Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) daquele pequeno país ibérico notificou a TVI por considerar que a emissora "desrespeitou as normas ético-legais do jornalismo misturando factos e opinião em várias edições do "Jornal Nacional", alvo de queixas analisadas pelo organismo". O órgão considerou ainda que a TVI deve "demarcar "claramente os factos da opinião", como determina o Estatuto do Jornalista.
Faça de conta que foi aqui. E lave sua alma com o Dr. Pinto.
http://desabafopais.blogspot.com/2009/1 ... ugues.html
Nosso primeiro contato com o vídeo deu-se pelo blog Desabafo Brasil (Portugal também tem sua Mirian Leitão ).
PS - A pressão funcionou. Manuela Moura Guedes não dá mais as caras no Jornal Nacional.
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Re: Imprensa vendida
OLHARES DA IMPRENSA
A arte de chorar mais alto
Por Eugênio Bucci em 3/3/2010
Pelos grandes jornais – e pelos grandes telejornais também –, chegam até nós notícias sobre intolerância e autoritarismo em Cuba e na Venezuela. Com muita regularidade. Isso significa que a nossa imprensa não tem olhos para as violações dos direitos humanos cometidas em outras partes do mundo, ou perpetradas por governos que não se pretendam "socialistas"?
Não. Eu, pelo menos, acredito que não. Sei que essa minha impressão contraria muita gente, que não vê nada além de uma gigantesca máquina de propaganda neoliberal no conjunto dos meios de comunicação no Brasil. Pois eu, de minha parte, que tantas vezes apontei defeitos das comunicações no Brasil, defeitos que agora viraram chavões de muitos discursos engajados, sem abrir mão de uma vírgula do que já escrevi, tenho afirmado recentemente, e afirmo uma vez mais, que acredito no oposto. Acredito que essa visão, ela sim, dos que só vêem propagandismo na imprensa, tem procurado desconstruir a percepção do valor da liberdade entre nós. Se fosse bem sucedida, essa visão teria efeitos muito mais nefastos que qualquer notícia incorreta ou deliberadamente distorcida.
Sobre isso, portanto, escrevo uma vez mais.
O pensamento perseguido em Cuba
Na semana passada, circulou entre nós com imenso destaque a notícia da morte de um prisioneiro político em Cuba, Orlando Zapata Tamayo, depois de 85 dias de greve de fome. O caso coincidiu com a visita do presidente brasileiro à ilha dos irmãos Fidel e Raúl, e por isso teve potencializada a sua repercussão. No mais, como tudo o que diga respeito à ilha, as notícias costumam ser desencontradas. Fontes diferentes afirmaram que o enterro de Zapata, que reuniu cerca de 100 pessoas, sofreu uma espécie de repressão preventiva da ditadura, que pretendia impedir que o funeral se convertesse em ato político. Em boa medida, o objetivo foi alcançado. Depois disso, outros cubanos entraram em greve de fome, alegando que não querem deixar que se apague a chama acesa por Zapata. Pedem a libertação de outros prisioneiros. Organizações de direitos humanos não reconhecidas pelo regime falam que em Cuba existem duas centenas de "presos de consciência", ou seja, gente que está enjaulada porque pensa diferente.
Sobre assuntos assim, os maiores diários e telejornais brasileiros informam e discutem minimamente. Há quem atribua essas pautas a uma oposição ideológica contumaz que os proprietários dos meios de comunicação no Brasil moveriam contra o "socialismo" de Chávez e dos irmãos Castro. Para os defensores de Chávez e dos Castro, a imprensa brasileira daria destaque às distorções e aos excessos de autoritarismo porque estaria empenhada em fazer propaganda contra o "socialismo", apenas isso. Pelo mesmo motivo, ela não reportaria, jamais, o que chamam de "avanços" na área da saúde, da educação, do saneamento básico.
Esses setores parecem postular que o suposto atendimento de necessidades básicas – um prato de comida, um teto, um leito hospitalar – substituiria a necessidade de liberdade. Parecem acreditar que um ambiente político que impõe a censura, mais ou menos explícita, é um problema menor. E, para dar sustentação a seus argumentos, denunciam os crimes contra os direitos humanos cometidos por governos "do outro lado", como os Estados Unidos e Israel. Fazem essas denúncias como se a tal "grande imprensa" simplesmente silenciasse sobre as atrocidades praticadas por autoridades "do lado capitalista".
Muitos ainda acreditam que a "grande imprensa" só publica reportagens desfavoráveis aos ditadores "socialistas" – e favoráveis aos governantes pró-mercado. Por isso, desqualificam em regra todo discurso jornalístico baseado na idéia de objetividade, de independência e de crítica. Esse equívoco polui a visão que temos da nossa própria imprensa.
Bem sei que sempre que digo isso atraio pedradas e desaforos, mas o fato é que nossa imprensa é bem melhor do que esse tipo de mentalidade tenta dizer que é.
Os cybercoronéis mandam e desmandam no Brasil
Sem dúvida, há selvageria para todos os gostos nas páginas dos maiores jornais e revistas do país. Do mesmo modo, há brutalidades simbólicas – e às vezes brutalidades de fato – nos principais telejornais, no radiojornalismo e também em sites de grandes veículos na internet. Em alguns estados brasileiros, a imprensa é pouca coisa além do diário de um oligarca obscurantista, patrimonialista praticante, que também é dono de uma TV afiliada a uma rede nacional. Com esse equipamento nas mãos, os coronéis de última geração – os cybercoronéis, que aliam as formas de dominação das capitanias hereditárias às especulações financeiras e ao Bluetooth – promovem calúnias as mais diversas, impedem a diversidade no debate público, fazem propaganda (ou contrapropaganda) eleitoral o ano inteiro e desinformam o público.
Tudo isso é verdadeiro, mas dizer isso – que, aliás, já está dito, por mim mesmo, há muito tempo – é dizer muito pouco. Dizer isso e nada além disso pode nos fechar os olhos para os coronéis partidários, uma nova conformação de coronelismo de extração sindical, por assim dizer, que é igualmente nociva ao jornalismo. Alguns acreditam até mesmo que, por padecer de seus defeitos ancestrais, toda a imprensa brasileira deveria ser varrida para o lixo, pois nada do que ela publica tem validade. Pior ainda, acreditam que os neocoronéis que supostamente têm "consciência de classe" poderiam ser mais "progressistas" que os primeiros.
Não é assim. A despeito de todas as tragédias que decorrem das precariedades do jornalismo pátrio, tanto do lado dos coronéis à antiga, remodelados pelas novas tecnologias, como dos neocoronéis à esquerda, turbinados pelo dinheiro, há pluralidade no espaço público. O que tem nos faltado, paradoxalmente, é capacidade de enxergar que a pluralidade existe, apesar de tão graves limitações. Falta-nos perceber que o desafio posto para a democracia brasileira é o de aprofundar a liberdade de imprensa – não o de restringi-la. A liberdade de imprensa inclui a má qualidade, infelizmente, mas só um ambiente de mais liberdade é capaz de abrir horizontes para o aprimoramento da imprensa. Se nos permitíssemos um olhar menos apressado, menos partidário, e mais amplo ao próprio fenômeno da imprensa, chegaríamos a essa conclusão. Mas, lamentavelmente, estamos soterrados pelas agendas partidárias.
Por mais que alguns se esforcem em demonstrar o contrário, a imprensa brasileira não é monolítica. Por mais que tenha suas tendências de propaganda ideológica, às vezes obstinada, ela não é imune às contradições da realidade, que ela reflete, de um modo ou de outro. Por mais que nela existam vícios, nenhuma virtude viria de seu confinamento. Quanto mais livre, mais crítica ela será. E, por incrível que pareça, mais controlável ela será – controlável, eu quero dizer, pelo cidadão, pela sociedade, não pelo Estado.
Israel agora difama jornalistas
Eu pensava nisso enquanto assistia ao Jornal Nacional na sexta-feira (26/2). Tinha lá uma nota sobre a cara que Hugo Chávez fez quando faltou luz durante um pronunciamento oficial. A energia anda escassa na Venezuela, até mesmo para o chefe. Um pouquinho antes, entrou uma breve informação sobre o clima de perseguição a jornalistas que vai ganhando corpo não na Venezuela, mas em Israel.
Transcrevo a nota a seguir:
"Campanha do governo de Israel irrita imprensa.
"Uma campanha lançada pelo governo de Israel gerou protestos dos jornalistas estrangeiros que trabalham no país.
"O governo quer que os israelenses que viajem para o exterior expliquem o que chamou de `a realidade do país´. A campanha usa vídeos com atores para ilustrar supostos erros cometidos pelos correspondentes.
"Em um deles, um camelo é retratado como o principal meio de transporte em Israel. Em outro, uma apresentadora de TV fala sobre ruídos de uma guerra, enquanto são mostradas imagens de uma comemoração com fogos de artifício.
"A associação de imprensa estrangeira de Israel classificou os vídeos como ofensivos."
Se essas poucas linhas, lidas pelo apresentador, sem imagens, tivessem como objeto não o governo de Israel, mas o de Caracas, provavelmente os defensores do chavismo se apressariam em desqualificá-las como mais um capítulo da odiosa propaganda ideológica etc. Mas ela denunciou o governo de Israel, que agrediu a liberdade de imprensa. Isso significa que o JN entrou em pregação contra Israel? Ou significa apenas que está noticiando um fato relevante?
Sou pela segunda alternativa, mas, para isso, boa parte dos comentadores da imprensa no Brasil não costuma prestar atenção. Muitos deles falam de um espaço público que não examinam direito. Com seu olhar engajado – e engajado por antecipação – não nos ajudam a entender o que se passa e, em vez disso, tentam nos convencer a todo custo de que essa "mídia patronal" mereceria menos, não mais liberdade. Não sabem que quando a "mídia patronal" tiver menos liberdade, todas as outras, supostamente não-patronais, terão menos liberdade ainda.
Mas deixemos isso de lado.
Um caso dos anos 1950, para não esquecer
Em 1990, eu era editor da revista Teoria & Debate, então vinculada ao diretório estadual paulista do Partido dos Trabalhadores. Lembro-me de que publicamos, no número 11, uma entrevista que Jacob Gorender concedeu a Alípio Freire e Paulo de Tarso Venceslau. Foram sete horas de conversa gravada, que os dois entrevistadores sintetizaram em algumas páginas de revista.
Jacob Gorender contou uma história bastante esclarecedora. Na década de 1950, ele estava na União Soviética, estudando. Acompanhou de perto os debates em torno dos crimes de Stalin, durante os preparativos do XX Congresso do Partido Comunista, em 1956.
Ele conta:
"Durante o curso [que ele fazia em Moscou], realizou-se o XX Congresso do PC da União Soviética. O [Diógenes de] Arruda foi ao congresso como representante brasileiro, e a ele se juntaram [Maurício] Grabois e Jover Telles, participantes do curso em Moscou. Para nossa surpresa, o jornal Pravda começou a publicar artigos e discursos de vários dirigentes com críticas a Stalin. Depois, veio o famoso informe confidencial de Kruchev. Não o lemos porque não nos foi distribuído. Só circulava dentro do âmbito do próprio PCUS. Mas nós ouvimos conferências de professores que nos transmitiram seu conteúdo. O informe fez a primeira revelação oficial de parte dos crimes de Stalin. Esse congresso vai abalar o PCB. Em maio de 1956, o informe foi publicado na íntegra pelo New York Times e pelos grandes jornais do mundo inteiro. Aqui no Brasil ele foi, a princípio, declarado falso pelos comunistas. Porém, Arruda, ao regressar da viagem, confirmou a autenticidade do documento." (T&D, nº 11, agosto de 1990, p. 28-29)
Gorender nos contou suas memórias com naturalidade. Ele lembrou que os militantes do PCB, na época, liam no Estado de S.Paulo as dimensões tenebrosas da tirania stalinista, suas carnificinas, seus desmandos, e atribuíam tudo à propaganda anticomunista. Semanas se passaram até que próprios representantes do PCB ao congresso do PCUS pudessem retornar de Moscou e confirmar o noticiário. O que a imprensa burguesa dizia era estritamente a verdade. Diante disso, correndo, os próprios dirigentes brasileiros, stalinistas até o dia anterior, se repaginaram em anti-stalinistas e se mantiveram em seus postos por muitos anos mais. Mudaram para permanecer.
Mas, curiosamente, o que os stalinistas diziam sobre a imprensa burguesa, as críticas que faziam, fáceis e virulentas, mesmo quando falsas, essas ficaram. Estão aí, até hoje, com as adaptações de praxe. Quando não podem negar a verdade dos fatos, essas críticas se insurgem contra a liberdade do mensageiro. Agora, como antes. Antes, como agora.
A quem serve esse tipo de histeria?
Especializados em chorar mais do que os outros, em fazer barulho a ponto de ensurdecer os demais, os denunciadores profissionais da mídia burguesa (ou patronal, ou imperialista, o que quer que seja) desenham uma paisagem forjada, irreal. Movidos por uma agressividade irracional contra os que deles discordam, numa postura que encontra paralelos entre as piores intolerâncias da direita, só vêem o que convém – e, quando convém, forçam o que veem. Não parecem ter compromisso com a função de informar a sociedade, mas com forças políticas exteriores à imprensa. Não prezam o arejamento, mas as diretrizes rígidas. Não enxergam as contradições, mas a verdade oficial. Choram quando contrariados – e, com sua birra estridente, iludem suas platéias, que ainda veem a liberdade de imprensa como um mal a ser contido.
http://www.observatoriodaimprensa.com.b ... =579JDB007
A arte de chorar mais alto
Por Eugênio Bucci em 3/3/2010
Pelos grandes jornais – e pelos grandes telejornais também –, chegam até nós notícias sobre intolerância e autoritarismo em Cuba e na Venezuela. Com muita regularidade. Isso significa que a nossa imprensa não tem olhos para as violações dos direitos humanos cometidas em outras partes do mundo, ou perpetradas por governos que não se pretendam "socialistas"?
Não. Eu, pelo menos, acredito que não. Sei que essa minha impressão contraria muita gente, que não vê nada além de uma gigantesca máquina de propaganda neoliberal no conjunto dos meios de comunicação no Brasil. Pois eu, de minha parte, que tantas vezes apontei defeitos das comunicações no Brasil, defeitos que agora viraram chavões de muitos discursos engajados, sem abrir mão de uma vírgula do que já escrevi, tenho afirmado recentemente, e afirmo uma vez mais, que acredito no oposto. Acredito que essa visão, ela sim, dos que só vêem propagandismo na imprensa, tem procurado desconstruir a percepção do valor da liberdade entre nós. Se fosse bem sucedida, essa visão teria efeitos muito mais nefastos que qualquer notícia incorreta ou deliberadamente distorcida.
Sobre isso, portanto, escrevo uma vez mais.
O pensamento perseguido em Cuba
Na semana passada, circulou entre nós com imenso destaque a notícia da morte de um prisioneiro político em Cuba, Orlando Zapata Tamayo, depois de 85 dias de greve de fome. O caso coincidiu com a visita do presidente brasileiro à ilha dos irmãos Fidel e Raúl, e por isso teve potencializada a sua repercussão. No mais, como tudo o que diga respeito à ilha, as notícias costumam ser desencontradas. Fontes diferentes afirmaram que o enterro de Zapata, que reuniu cerca de 100 pessoas, sofreu uma espécie de repressão preventiva da ditadura, que pretendia impedir que o funeral se convertesse em ato político. Em boa medida, o objetivo foi alcançado. Depois disso, outros cubanos entraram em greve de fome, alegando que não querem deixar que se apague a chama acesa por Zapata. Pedem a libertação de outros prisioneiros. Organizações de direitos humanos não reconhecidas pelo regime falam que em Cuba existem duas centenas de "presos de consciência", ou seja, gente que está enjaulada porque pensa diferente.
Sobre assuntos assim, os maiores diários e telejornais brasileiros informam e discutem minimamente. Há quem atribua essas pautas a uma oposição ideológica contumaz que os proprietários dos meios de comunicação no Brasil moveriam contra o "socialismo" de Chávez e dos irmãos Castro. Para os defensores de Chávez e dos Castro, a imprensa brasileira daria destaque às distorções e aos excessos de autoritarismo porque estaria empenhada em fazer propaganda contra o "socialismo", apenas isso. Pelo mesmo motivo, ela não reportaria, jamais, o que chamam de "avanços" na área da saúde, da educação, do saneamento básico.
Esses setores parecem postular que o suposto atendimento de necessidades básicas – um prato de comida, um teto, um leito hospitalar – substituiria a necessidade de liberdade. Parecem acreditar que um ambiente político que impõe a censura, mais ou menos explícita, é um problema menor. E, para dar sustentação a seus argumentos, denunciam os crimes contra os direitos humanos cometidos por governos "do outro lado", como os Estados Unidos e Israel. Fazem essas denúncias como se a tal "grande imprensa" simplesmente silenciasse sobre as atrocidades praticadas por autoridades "do lado capitalista".
Muitos ainda acreditam que a "grande imprensa" só publica reportagens desfavoráveis aos ditadores "socialistas" – e favoráveis aos governantes pró-mercado. Por isso, desqualificam em regra todo discurso jornalístico baseado na idéia de objetividade, de independência e de crítica. Esse equívoco polui a visão que temos da nossa própria imprensa.
Bem sei que sempre que digo isso atraio pedradas e desaforos, mas o fato é que nossa imprensa é bem melhor do que esse tipo de mentalidade tenta dizer que é.
Os cybercoronéis mandam e desmandam no Brasil
Sem dúvida, há selvageria para todos os gostos nas páginas dos maiores jornais e revistas do país. Do mesmo modo, há brutalidades simbólicas – e às vezes brutalidades de fato – nos principais telejornais, no radiojornalismo e também em sites de grandes veículos na internet. Em alguns estados brasileiros, a imprensa é pouca coisa além do diário de um oligarca obscurantista, patrimonialista praticante, que também é dono de uma TV afiliada a uma rede nacional. Com esse equipamento nas mãos, os coronéis de última geração – os cybercoronéis, que aliam as formas de dominação das capitanias hereditárias às especulações financeiras e ao Bluetooth – promovem calúnias as mais diversas, impedem a diversidade no debate público, fazem propaganda (ou contrapropaganda) eleitoral o ano inteiro e desinformam o público.
Tudo isso é verdadeiro, mas dizer isso – que, aliás, já está dito, por mim mesmo, há muito tempo – é dizer muito pouco. Dizer isso e nada além disso pode nos fechar os olhos para os coronéis partidários, uma nova conformação de coronelismo de extração sindical, por assim dizer, que é igualmente nociva ao jornalismo. Alguns acreditam até mesmo que, por padecer de seus defeitos ancestrais, toda a imprensa brasileira deveria ser varrida para o lixo, pois nada do que ela publica tem validade. Pior ainda, acreditam que os neocoronéis que supostamente têm "consciência de classe" poderiam ser mais "progressistas" que os primeiros.
Não é assim. A despeito de todas as tragédias que decorrem das precariedades do jornalismo pátrio, tanto do lado dos coronéis à antiga, remodelados pelas novas tecnologias, como dos neocoronéis à esquerda, turbinados pelo dinheiro, há pluralidade no espaço público. O que tem nos faltado, paradoxalmente, é capacidade de enxergar que a pluralidade existe, apesar de tão graves limitações. Falta-nos perceber que o desafio posto para a democracia brasileira é o de aprofundar a liberdade de imprensa – não o de restringi-la. A liberdade de imprensa inclui a má qualidade, infelizmente, mas só um ambiente de mais liberdade é capaz de abrir horizontes para o aprimoramento da imprensa. Se nos permitíssemos um olhar menos apressado, menos partidário, e mais amplo ao próprio fenômeno da imprensa, chegaríamos a essa conclusão. Mas, lamentavelmente, estamos soterrados pelas agendas partidárias.
Por mais que alguns se esforcem em demonstrar o contrário, a imprensa brasileira não é monolítica. Por mais que tenha suas tendências de propaganda ideológica, às vezes obstinada, ela não é imune às contradições da realidade, que ela reflete, de um modo ou de outro. Por mais que nela existam vícios, nenhuma virtude viria de seu confinamento. Quanto mais livre, mais crítica ela será. E, por incrível que pareça, mais controlável ela será – controlável, eu quero dizer, pelo cidadão, pela sociedade, não pelo Estado.
Israel agora difama jornalistas
Eu pensava nisso enquanto assistia ao Jornal Nacional na sexta-feira (26/2). Tinha lá uma nota sobre a cara que Hugo Chávez fez quando faltou luz durante um pronunciamento oficial. A energia anda escassa na Venezuela, até mesmo para o chefe. Um pouquinho antes, entrou uma breve informação sobre o clima de perseguição a jornalistas que vai ganhando corpo não na Venezuela, mas em Israel.
Transcrevo a nota a seguir:
"Campanha do governo de Israel irrita imprensa.
"Uma campanha lançada pelo governo de Israel gerou protestos dos jornalistas estrangeiros que trabalham no país.
"O governo quer que os israelenses que viajem para o exterior expliquem o que chamou de `a realidade do país´. A campanha usa vídeos com atores para ilustrar supostos erros cometidos pelos correspondentes.
"Em um deles, um camelo é retratado como o principal meio de transporte em Israel. Em outro, uma apresentadora de TV fala sobre ruídos de uma guerra, enquanto são mostradas imagens de uma comemoração com fogos de artifício.
"A associação de imprensa estrangeira de Israel classificou os vídeos como ofensivos."
Se essas poucas linhas, lidas pelo apresentador, sem imagens, tivessem como objeto não o governo de Israel, mas o de Caracas, provavelmente os defensores do chavismo se apressariam em desqualificá-las como mais um capítulo da odiosa propaganda ideológica etc. Mas ela denunciou o governo de Israel, que agrediu a liberdade de imprensa. Isso significa que o JN entrou em pregação contra Israel? Ou significa apenas que está noticiando um fato relevante?
Sou pela segunda alternativa, mas, para isso, boa parte dos comentadores da imprensa no Brasil não costuma prestar atenção. Muitos deles falam de um espaço público que não examinam direito. Com seu olhar engajado – e engajado por antecipação – não nos ajudam a entender o que se passa e, em vez disso, tentam nos convencer a todo custo de que essa "mídia patronal" mereceria menos, não mais liberdade. Não sabem que quando a "mídia patronal" tiver menos liberdade, todas as outras, supostamente não-patronais, terão menos liberdade ainda.
Mas deixemos isso de lado.
Um caso dos anos 1950, para não esquecer
Em 1990, eu era editor da revista Teoria & Debate, então vinculada ao diretório estadual paulista do Partido dos Trabalhadores. Lembro-me de que publicamos, no número 11, uma entrevista que Jacob Gorender concedeu a Alípio Freire e Paulo de Tarso Venceslau. Foram sete horas de conversa gravada, que os dois entrevistadores sintetizaram em algumas páginas de revista.
Jacob Gorender contou uma história bastante esclarecedora. Na década de 1950, ele estava na União Soviética, estudando. Acompanhou de perto os debates em torno dos crimes de Stalin, durante os preparativos do XX Congresso do Partido Comunista, em 1956.
Ele conta:
"Durante o curso [que ele fazia em Moscou], realizou-se o XX Congresso do PC da União Soviética. O [Diógenes de] Arruda foi ao congresso como representante brasileiro, e a ele se juntaram [Maurício] Grabois e Jover Telles, participantes do curso em Moscou. Para nossa surpresa, o jornal Pravda começou a publicar artigos e discursos de vários dirigentes com críticas a Stalin. Depois, veio o famoso informe confidencial de Kruchev. Não o lemos porque não nos foi distribuído. Só circulava dentro do âmbito do próprio PCUS. Mas nós ouvimos conferências de professores que nos transmitiram seu conteúdo. O informe fez a primeira revelação oficial de parte dos crimes de Stalin. Esse congresso vai abalar o PCB. Em maio de 1956, o informe foi publicado na íntegra pelo New York Times e pelos grandes jornais do mundo inteiro. Aqui no Brasil ele foi, a princípio, declarado falso pelos comunistas. Porém, Arruda, ao regressar da viagem, confirmou a autenticidade do documento." (T&D, nº 11, agosto de 1990, p. 28-29)
Gorender nos contou suas memórias com naturalidade. Ele lembrou que os militantes do PCB, na época, liam no Estado de S.Paulo as dimensões tenebrosas da tirania stalinista, suas carnificinas, seus desmandos, e atribuíam tudo à propaganda anticomunista. Semanas se passaram até que próprios representantes do PCB ao congresso do PCUS pudessem retornar de Moscou e confirmar o noticiário. O que a imprensa burguesa dizia era estritamente a verdade. Diante disso, correndo, os próprios dirigentes brasileiros, stalinistas até o dia anterior, se repaginaram em anti-stalinistas e se mantiveram em seus postos por muitos anos mais. Mudaram para permanecer.
Mas, curiosamente, o que os stalinistas diziam sobre a imprensa burguesa, as críticas que faziam, fáceis e virulentas, mesmo quando falsas, essas ficaram. Estão aí, até hoje, com as adaptações de praxe. Quando não podem negar a verdade dos fatos, essas críticas se insurgem contra a liberdade do mensageiro. Agora, como antes. Antes, como agora.
A quem serve esse tipo de histeria?
Especializados em chorar mais do que os outros, em fazer barulho a ponto de ensurdecer os demais, os denunciadores profissionais da mídia burguesa (ou patronal, ou imperialista, o que quer que seja) desenham uma paisagem forjada, irreal. Movidos por uma agressividade irracional contra os que deles discordam, numa postura que encontra paralelos entre as piores intolerâncias da direita, só vêem o que convém – e, quando convém, forçam o que veem. Não parecem ter compromisso com a função de informar a sociedade, mas com forças políticas exteriores à imprensa. Não prezam o arejamento, mas as diretrizes rígidas. Não enxergam as contradições, mas a verdade oficial. Choram quando contrariados – e, com sua birra estridente, iludem suas platéias, que ainda veem a liberdade de imprensa como um mal a ser contido.
http://www.observatoriodaimprensa.com.b ... =579JDB007
"O correr da vida embrulha tudo,
a vida é assim: esquenta e esfria,
aperta e daí afrouxa,
sossega e depois desinquieta.
O que ela quer da gente é coragem."
João Guimarães Rosa
a vida é assim: esquenta e esfria,
aperta e daí afrouxa,
sossega e depois desinquieta.
O que ela quer da gente é coragem."
João Guimarães Rosa
Re: Imprensa vendida
GustavoB escreveu:Jornalismo chapa branca e partidária não é exclusividade nossa não!
quarta-feira, 30 de dezembro de 2009
BARRACO NO JORNAL NACIONAL PORTUGUÊS (não é piada)
Em bate-boca antológico, apresentadora golpista e mal-intencionada do mais assistido telejornal lusitano leva um escalda-rabo histórico de entrevistado
Tanto quanto alguns "âncoras" de nosso amado torrão auriverde, a jornalista Manuela Moura Guedes, da TVI de Portugal, não é flor que se cheire. Certamente, por não conviver com certo tipo de "jornalismo", você talvez estranhe muito o fato de a moça ser adepta de práticas heterodoxas no tratamento das notícias, como manipulação espúria, omissões, mentiras e juízos de valor, sempre a beneficiar determinado grupo político e a assassinar a reputação de outros. Não por acaso, o programa apresentado pela suposta irmã caçula do roqueiro Serguei chama-se... Jornal Nacional. E, coincidência: a TVI é a mais importante emissora de TV em Portugal, hoje em dia.
Ocorre que um certo Sr. Pinto - o advogado e jornalista António Marinho Pinto, para sermos "exactos" - soltou os cachorros para cima da donzela. Ao vivo e em cores, o causídico aplicou na apresentadora um sabão dos mais borbulhantes.
As cenas a seguir aconteceram há poucos meses. Mas é bom você já ficar sabendo que a Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) daquele pequeno país ibérico notificou a TVI por considerar que a emissora "desrespeitou as normas ético-legais do jornalismo misturando factos e opinião em várias edições do "Jornal Nacional", alvo de queixas analisadas pelo organismo". O órgão considerou ainda que a TVI deve "demarcar "claramente os factos da opinião", como determina o Estatuto do Jornalista.
Faça de conta que foi aqui. E lave sua alma com o Dr. Pinto.
http://desabafopais.blogspot.com/2009/1 ... ugues.html
Nosso primeiro contato com o vídeo deu-se pelo blog Desabafo Brasil (Portugal também tem sua Mirian Leitão ).
PS - A pressão funcionou. Manuela Moura Guedes não dá mais as caras no Jornal Nacional.
Enquanto aqui, quando se tentou implantar um código de ética para o jornalismo, que existe para várias profissões, era a ditadura do Governo. Eles querem carta branca para manipular e fazer panfletagem, sem qualquer controle social, pensam estar acima da lei.
[]´s
Re: Imprensa vendida
Nova versão, imperdível
Reunião da cúpula da Veja debate queda nas vendas e eleição de Serra
Muito bom o vídeo, assistam até o final...
HAUHAUAHAUAHAUAHAUAH
Reunião da cúpula da Veja debate queda nas vendas e eleição de Serra
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Re: Imprensa vendida
Sem entrar no mérito de você gostar ou não do estadão, sem entrar no mérito de você gostar ou não do caceta e planeta, (eu não gosto de nenhum dos dois) mas eu achei muito sensato.
[]´s
[]´s
http://www.tireoide.org.br/tireoidite-de-hashimoto/
Cuidado com os sintomas.
Você é responsável pelo ambiente e a qualidade do fórum que participa. Faça sua parte.
Cuidado com os sintomas.
Você é responsável pelo ambiente e a qualidade do fórum que participa. Faça sua parte.
Re: Imprensa vendida
09/03/2010
Repórteres no pelourinho
Posted by Leandro Fortes under Imprensa
[26] Comments
No flagrante, a indolente negra Anastácia, que não entendia a importância do estupro consensual para a miscigenação da civilização brasileira
A direção da Folha de S.Paulo, simplesmente, autorizou a um elemento estranho à redação (mas não aos diretores), o sociólogo Demétrio Magnoli, a chamar de “delinquentes” dois repórteres do jornal, autores de matéria sobre a singular visão do senador Demóstenes Torres (DEM-GO) da miscigenação racial no Brasil. Vocês, não sei, mas eu nunca vi isso na minha vida, nesses 24 anos de profissão. Nunca. Por tabela, também o colunista Elio Gaspari, que desceu a lenha no malfadado discurso racista de Demóstenes Torres, acabou no balaio da delinquencia jornalística montado por Magnoli.
Das duas uma: ou a Folha dá direito de resposta aos repórteres insultados (Laura Capiglione e Lucas Ferraz), como, imagino, deve prever o seu completíssimo manual de redação, ou encerra as atividades. Isso porque Magnoli, embora frequente os saraus do Instituto Milleniun, não entende absolutamente nada de jornalismo e confundiu reportagem com opinião. A matéria de Laura e Lucas nada tem de ideológica, nem muito menos é resultado de “jornalismo engajado” (contra o DEM, na Folha??). A impressão que se tem é que houve falha nos filtros internos da redação e deixaram passar, por descuido ou negligência, uma matéria cujas conseqüências aí estão: o senador Torres, sujeito oculto da farsa do grampo montada em consórcio entre a Veja e o STF, virou, também, o símbolo de um revisionismo histórico grotesco, no qual se estabelece como consensual o estupro de mulheres negras nas senzalas da Colônia e do Império do Brasil.
A reação interna à repercussão de uma matéria elaborada por dois repórteres da sucursal de Brasília, terceirizada por Demétrio Magnoli, é emblemática (e covarde), mas não diz respeito somente à Folha de S.Paulo. O artigo “Jornalismo delinquente”, publicado na edição de hoje (9 de março de 2010), na página de opinião do jornal, nada tem a ver com políticas de pluralidade de opiniões, mas com intimidação pura e simples voltada para o enquadramento de repórteres e editores, e não só da Folha, para os tempos de guerra que se aproximam. A recusa de Aécio Neves em ser vice de José Serra deverá jogar o DEM, outra vez, no vácuo dos tucanos, a reviver a dobradinha iniciada entre Fernando Henrique Cardoso e o PFL, de triste lembrança. O imenso mal estar causado pela fala de Demóstenes Torres na tribuna do Senado Federal, resultado do trabalho rotineiro de dois repórteres, acabou interpretado como inaceitável fogo amigo. Capaz, inclusive, agora, de a dupla de jornalistas correr perigo de empregabilidade, para usar um termo caro à equipe econômica tucana dos tempos de FHC.
Demétrio Magnoli, impunemente, chama a reportagem da Folha de S.Paulo de “panfleto disfarçado de reportagem”, afirmação que jamais faria, e muito menos a publicaria, sem autorização da direção do jornal, precedida de uma avaliação editorial e política bastante criteriosa. O fato de se ter permitido a Magnoli, um dos arautos da tese conceitualmente criminosa de que não há racismo no Brasil, insultar dois repórteres e o principal colunista da Folha, em espaço próprio dentro de uma edição do jornal, deixa a todos – jornalistas e leitores – perplexos com os rumos finais da velha mídia e de seu inexorável suicídio editorial em nome de uma vingança ideológica, ora baseada em doutrina, ora em puro estado de ódio racial e de classe.
http://brasiliaeuvi.wordpress.com/
Repórteres no pelourinho
Posted by Leandro Fortes under Imprensa
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No flagrante, a indolente negra Anastácia, que não entendia a importância do estupro consensual para a miscigenação da civilização brasileira
A direção da Folha de S.Paulo, simplesmente, autorizou a um elemento estranho à redação (mas não aos diretores), o sociólogo Demétrio Magnoli, a chamar de “delinquentes” dois repórteres do jornal, autores de matéria sobre a singular visão do senador Demóstenes Torres (DEM-GO) da miscigenação racial no Brasil. Vocês, não sei, mas eu nunca vi isso na minha vida, nesses 24 anos de profissão. Nunca. Por tabela, também o colunista Elio Gaspari, que desceu a lenha no malfadado discurso racista de Demóstenes Torres, acabou no balaio da delinquencia jornalística montado por Magnoli.
Das duas uma: ou a Folha dá direito de resposta aos repórteres insultados (Laura Capiglione e Lucas Ferraz), como, imagino, deve prever o seu completíssimo manual de redação, ou encerra as atividades. Isso porque Magnoli, embora frequente os saraus do Instituto Milleniun, não entende absolutamente nada de jornalismo e confundiu reportagem com opinião. A matéria de Laura e Lucas nada tem de ideológica, nem muito menos é resultado de “jornalismo engajado” (contra o DEM, na Folha??). A impressão que se tem é que houve falha nos filtros internos da redação e deixaram passar, por descuido ou negligência, uma matéria cujas conseqüências aí estão: o senador Torres, sujeito oculto da farsa do grampo montada em consórcio entre a Veja e o STF, virou, também, o símbolo de um revisionismo histórico grotesco, no qual se estabelece como consensual o estupro de mulheres negras nas senzalas da Colônia e do Império do Brasil.
A reação interna à repercussão de uma matéria elaborada por dois repórteres da sucursal de Brasília, terceirizada por Demétrio Magnoli, é emblemática (e covarde), mas não diz respeito somente à Folha de S.Paulo. O artigo “Jornalismo delinquente”, publicado na edição de hoje (9 de março de 2010), na página de opinião do jornal, nada tem a ver com políticas de pluralidade de opiniões, mas com intimidação pura e simples voltada para o enquadramento de repórteres e editores, e não só da Folha, para os tempos de guerra que se aproximam. A recusa de Aécio Neves em ser vice de José Serra deverá jogar o DEM, outra vez, no vácuo dos tucanos, a reviver a dobradinha iniciada entre Fernando Henrique Cardoso e o PFL, de triste lembrança. O imenso mal estar causado pela fala de Demóstenes Torres na tribuna do Senado Federal, resultado do trabalho rotineiro de dois repórteres, acabou interpretado como inaceitável fogo amigo. Capaz, inclusive, agora, de a dupla de jornalistas correr perigo de empregabilidade, para usar um termo caro à equipe econômica tucana dos tempos de FHC.
Demétrio Magnoli, impunemente, chama a reportagem da Folha de S.Paulo de “panfleto disfarçado de reportagem”, afirmação que jamais faria, e muito menos a publicaria, sem autorização da direção do jornal, precedida de uma avaliação editorial e política bastante criteriosa. O fato de se ter permitido a Magnoli, um dos arautos da tese conceitualmente criminosa de que não há racismo no Brasil, insultar dois repórteres e o principal colunista da Folha, em espaço próprio dentro de uma edição do jornal, deixa a todos – jornalistas e leitores – perplexos com os rumos finais da velha mídia e de seu inexorável suicídio editorial em nome de uma vingança ideológica, ora baseada em doutrina, ora em puro estado de ódio racial e de classe.
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Re: Imprensa vendida
Bancoop: PT diz que processará jornal, revista e promotor
09 de março de 2010 • 23h05 • atualizado às 23h13 Comentários
504Notícia
ReduzirNormalAumentarImprimirO presidente do PT, José Eduardo Dutra, divulgou nota na qual afirma que acionará na Justiça o jornal O Estado de S. Paulo, a revista Veja e o promotor José Caio Blat após reportagens publicadas recentemente nas quais o tesoureiro João Vaccari Neto é apontado como responsável por supostos desvios de recursos da Bancoop. O dinheiro teria sido usado para financiar campanhas eleitorais do PT e também desviado para benefício dos próprios diretores da cooperativa.
"O PT não entrará nesse jogo, no qual só ganham aqueles que têm pouco ou nenhum compromisso com a democracia. Mas buscará, pelas vias institucionais, a devida reparação judicial pelas infâmias perpetradas contra o partido e seus milhões de militantes nos últimos dias", afirma a nota. "Acionaremos judicialmente o jornal O Estado de S.Paulo, pelo editorial desta terça, e a revista Veja, pela matéria que começou a circular no último sábado. Também representaremos no Conselho Nacional do Ministério Público contra o promotor José Carlos Blat, fonte primária de onde brotam as mentiras, as ilações, as acusações sem prova e o evidente interesse em usar a imprensa para se promover às custas de acusações desprovidas de qualquer base jurídica ou factual."
A nota diz ainda que o editorial do Estado foi o mais absurdo dos ataques e extrapolou "todos os limites da luta política e da civilidade". "O PT tem uma incontestável história de lutas em defesa da democracia, da cidadania, da Justiça e das liberdades civis."
Ainda segundo o texto, as últimas denúncias demonstram que parte da mídia está levando o embate político às vésperas das eleições a um "baixo nível". "O Brasil não merece isso. A democracia não merece isso", afirma a nota.
Mais notícias de Política » Redação Terra
09 de março de 2010 • 23h05 • atualizado às 23h13 Comentários
504Notícia
ReduzirNormalAumentarImprimirO presidente do PT, José Eduardo Dutra, divulgou nota na qual afirma que acionará na Justiça o jornal O Estado de S. Paulo, a revista Veja e o promotor José Caio Blat após reportagens publicadas recentemente nas quais o tesoureiro João Vaccari Neto é apontado como responsável por supostos desvios de recursos da Bancoop. O dinheiro teria sido usado para financiar campanhas eleitorais do PT e também desviado para benefício dos próprios diretores da cooperativa.
"O PT não entrará nesse jogo, no qual só ganham aqueles que têm pouco ou nenhum compromisso com a democracia. Mas buscará, pelas vias institucionais, a devida reparação judicial pelas infâmias perpetradas contra o partido e seus milhões de militantes nos últimos dias", afirma a nota. "Acionaremos judicialmente o jornal O Estado de S.Paulo, pelo editorial desta terça, e a revista Veja, pela matéria que começou a circular no último sábado. Também representaremos no Conselho Nacional do Ministério Público contra o promotor José Carlos Blat, fonte primária de onde brotam as mentiras, as ilações, as acusações sem prova e o evidente interesse em usar a imprensa para se promover às custas de acusações desprovidas de qualquer base jurídica ou factual."
A nota diz ainda que o editorial do Estado foi o mais absurdo dos ataques e extrapolou "todos os limites da luta política e da civilidade". "O PT tem uma incontestável história de lutas em defesa da democracia, da cidadania, da Justiça e das liberdades civis."
Ainda segundo o texto, as últimas denúncias demonstram que parte da mídia está levando o embate político às vésperas das eleições a um "baixo nível". "O Brasil não merece isso. A democracia não merece isso", afirma a nota.
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Re: Imprensa vendida
Fratura exposta na pseudo-jornalista ... Infelizmente é mato no Brasil esse tipo de "profissional"... Quiçá um dia apareça um índio q escumalhe um desses ao vivo...GustavoB escreveu:Jornalismo chapa branca e partidária não é exclusividade nossa não!
quarta-feira, 30 de dezembro de 2009
BARRACO NO JORNAL NACIONAL PORTUGUÊS (não é piada)
Em bate-boca antológico, apresentadora golpista e mal-intencionada do mais assistido telejornal lusitano leva um escalda-rabo histórico de entrevistado
Tanto quanto alguns "âncoras" de nosso amado torrão auriverde, a jornalista Manuela Moura Guedes, da TVI de Portugal, não é flor que se cheire. Certamente, por não conviver com certo tipo de "jornalismo", você talvez estranhe muito o fato de a moça ser adepta de práticas heterodoxas no tratamento das notícias, como manipulação espúria, omissões, mentiras e juízos de valor, sempre a beneficiar determinado grupo político e a assassinar a reputação de outros. Não por acaso, o programa apresentado pela suposta irmã caçula do roqueiro Serguei chama-se... Jornal Nacional. E, coincidência: a TVI é a mais importante emissora de TV em Portugal, hoje em dia.
Ocorre que um certo Sr. Pinto - o advogado e jornalista António Marinho Pinto, para sermos "exactos" - soltou os cachorros para cima da donzela. Ao vivo e em cores, o causídico aplicou na apresentadora um sabão dos mais borbulhantes.
As cenas a seguir aconteceram há poucos meses. Mas é bom você já ficar sabendo que a Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) daquele pequeno país ibérico notificou a TVI por considerar que a emissora "desrespeitou as normas ético-legais do jornalismo misturando factos e opinião em várias edições do "Jornal Nacional", alvo de queixas analisadas pelo organismo". O órgão considerou ainda que a TVI deve "demarcar "claramente os factos da opinião", como determina o Estatuto do Jornalista.
Faça de conta que foi aqui. E lave sua alma com o Dr. Pinto.
http://desabafopais.blogspot.com/2009/1 ... ugues.html
Nosso primeiro contato com o vídeo deu-se pelo blog Desabafo Brasil (Portugal também tem sua Mirian Leitão ).
PS - A pressão funcionou. Manuela Moura Guedes não dá mais as caras no Jornal Nacional.
Re: Imprensa vendida
Só existe uma explicação para esses últimos acontecimentos, enlouqueceram!!!! Essa da FSP conseguiu superar a Revista Veja!!!!!
[]´s
[]´s