Claro , nas duas situações se confronta a posição de Lula contra os países ditos desenvolvidos .Carlos Mathias escreveu:Perceberam a semelhança de posições em relação ao Irão e a Kosovo?
GEOPOLÍTICA
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- Dieneces
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Re: GEOPOLÍTICA
Brotei no Ventre da Pampa,que é Pátria na minha Terra/Sou resumo de uma Guerra,que ainda tem importância/Sou Raiz,sou Sangue,sou Verso/Sou maior que a História Grega/Eu sou Gaúcho e me chega,p'ra ser Feliz no Universo.
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Re: GEOPOLÍTICA
Irão? É Irã!!! Carlos, o comuna tuga é o P44 e não você!Carlos Mathias escreveu:Perceberam a semelhança de posições em relação ao Irão e a Kosovo?
"Eu detestaria estar no lugar de quem me venceu."
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Re: GEOPOLÍTICA
Pacto de não agressão? Claro, porque não! Guerra na america latina beira a idiotice! Nada pra se ganhar e muito a perder! Tirando colombia e Venezuela não vejo muita resistencia nisso!
Agora desarmamento? Desarmar o que? Nenhum país investe acima de 3-5% do PIB exceto a colombia por razões obvias! È ridiculo pensar em gastar menos ainda!
O Chato é ver que isso provavelmente ganhará força na propaganda do medo!
Agora desarmamento? Desarmar o que? Nenhum país investe acima de 3-5% do PIB exceto a colombia por razões obvias! È ridiculo pensar em gastar menos ainda!
O Chato é ver que isso provavelmente ganhará força na propaganda do medo!
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Re: GEOPOLÍTICA
Postando apenas para deixar os meus parabéns ao governo brasileiro por ter coragem de tomar decisões que protegem os nossos interesses. Enfim, mostramos que somos independentes e não nos alinhamos com políticas que podem nos prejudicar, sejam elas ditadas por EUA ou outro país dito desenvolvido.
Dom Pedro II, quando da visita ao campo de Batalha, Guerra do Paraguai.
Rebouças, 11 de setembro de 1865: "Informou-me o Capitão Amaral que o Imperador, em luta com os ministros que não queriam deixá-lo partir, cortou a discussão dizendo: " (D. Pedro II) Ainda me resta um recurso constitucional: Abdicar, e ir para o Rio Grande como um voluntário da Pátria."
Rebouças, 11 de setembro de 1865: "Informou-me o Capitão Amaral que o Imperador, em luta com os ministros que não queriam deixá-lo partir, cortou a discussão dizendo: " (D. Pedro II) Ainda me resta um recurso constitucional: Abdicar, e ir para o Rio Grande como um voluntário da Pátria."
Re: GEOPOLÍTICA
Um país com condições de defesa e muito difícil vc impor guela abaixo o que os outros querem.Mas um país desarmado vai fazer o quê? Baixar a cabeça e aceitar.Essa demagogia sobre desenvolver a parte social só pode ser ideia desse Allan Garcia, um perfeito idiota.Luiz Bastos escreveu:O Peru está querendo que a América Latina dê a chave do galinheiro para a raposa(USA) tomar conta? É isso mesmo ?
Depois eu é que bebo. Fui
- suntsé
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Re: GEOPOLÍTICA
kurgan escreveu:Um país com condições de defesa e muito difícil vc impor guela abaixo o que os outros querem.Mas um país desarmado vai fazer o quê? Baixar a cabeça e aceitar.Essa demagogia sobre desenvolver a parte social só pode ser ideia desse Allan Garcia, um perfeito idiota.Luiz Bastos escreveu:O Peru está querendo que a América Latina dê a chave do galinheiro para a raposa(USA) tomar conta? É isso mesmo ?
Depois eu é que bebo. Fui
Deve ser mais um viralata formado em faculdades norte americana e adestrado pela CIA.
Re: GEOPOLÍTICA
Bem... se o Peru quer se desarmar e aplicar o dinheiro na parte social que faça sozinho.Alguém esqueceu de falar para esse sujeito o porque as nações desenvolvidas tem "Exercitos".suntsé escreveu:kurgan escreveu: Um país com condições de defesa e muito difícil vc impor guela abaixo o que os outros querem.Mas um país desarmado vai fazer o quê? Baixar a cabeça e aceitar.Essa demagogia sobre desenvolver a parte social só pode ser ideia desse Allan Garcia, um perfeito idiota.
Deve ser mais um viralata formado em faculdades norte americana e adestrado pela CIA.
Re: GEOPOLÍTICA
Dieneces escreveu:Claro , nas duas situações se confronta a posição de Lula contra os países ditos desenvolvidos .Carlos Mathias escreveu:Perceberam a semelhança de posições em relação ao Irão e a Kosovo?
acredito que em ambos o Brasil defende a soberania de um país que sofre com pressões internacionais...isso para quando eles virarem seus canhões ideológicos para o Brasil que não venham com argumentos ridículos...como bem lembrou czarccc no caso da “Nação” Yanomami.
- suntsé
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Re: GEOPOLÍTICA
È isso que eu estou falando, Os EUA são especialista em recrutar esse tipo de gente para bdefender os interesses deles. Os Serviços de inteligencia dos EUA são especialista em infiltrar quinta-colunas nas intituições dos países que eles querem influenciar.kurgan escreveu: Bem... se o Peru quer se desarmar e aplicar o dinheiro na parte social que faça sozinho.Alguém esqueceu de falar para esse sujeito o porque as nações desenvolvidas tem "Exercitos".
Este tipo de proposta so vem da boca de gente mal intencionada.
- marcelo l.
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Re: GEOPOLÍTICA
Só não entendo a posição do Peru,por que o Estado é um país assolado por uma guerrilha que dá sinais de força, eles vão se desarmar?
"If the people who marched actually voted, we wouldn’t have to march in the first place".
"(Poor) countries are poor because those who have power make choices that create poverty".
ubi solitudinem faciunt pacem appellant
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Re: GEOPOLÍTICA
Não vão se desarmar.
Simplesmente querem manter o staus-quo, tendo em vista não possuírem condições econômicas para acompanharem a vizinhança. Então, lançam a iniciativa que, obviamente, obterá apoio americano.
Simplesmente querem manter o staus-quo, tendo em vista não possuírem condições econômicas para acompanharem a vizinhança. Então, lançam a iniciativa que, obviamente, obterá apoio americano.
"A reconquista da soberania perdida não restabelece o status quo."
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Re: GEOPOLÍTICA
Desde o período de Fugimoro que não vou ao Peru. De lá para cá assisto uma perda gradual da soberania peruana. Agora eles vem com esta do desarmamento. Levaram pau na guerrinha com o Equador mostrando mais uma vez incompetência militar (o sendero luminoso avança sorrateiramente e eles pouco fazem). Então, para peruanos o melhor é mesmo copiar o exemplo pusilânime da Costa Rica (que praticamente não tem FFAA).Marino escreveu:Não vão se desarmar.
Simplesmente querem manter o staus-quo, tendo em vista não possuírem condições econômicas para acompanharem a vizinhança. Então, lançam a iniciativa que, obviamente, obterá apoio americano.
PS. suntsé, estou 100% contigo!!
Save the Amazon!! Burn an english!!!
co ivi oguereco iara (esta terra tem dono)
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Re: GEOPOLÍTICA
A coisa mais engraçado é que o Fugimoro quase aniquilou ao sendero luminoso......e foi rechaçado pelo povo e declarado traidor....
- Marino
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Re: GEOPOLÍTICA
Pentágono banca pesquisas sobre vizinhos
Brasil é 1 dos 10 países que têm sua "cultura estratégica" analisada em relatórios da Universidade Internacional da Flórida
CLAUDIA ANTUNES
O Departamento da Defesa dos Estados Unidos está financiando uma série de estudos acadêmicos que pretende analisar dez países da América Latina e do Caribe, incluindo o Brasil, do ponto de vista de sua "cultura estratégica" -isto é, das experiências históricas e influências externas e internas que moldam suas relações internacionais.
O objetivo dos relatórios, encomendados ao Centro de Pesquisa Aplicada da Universidade Internacional da Flórida (FIU), é, segundo seus participantes, ajudar os militares do Comando Sul, sediado em Miami, a lidar com os países em sua área de atuação levando em conta as diferenças entre eles.
"Eles [os militares] se deram conta da necessidade de entender melhor as nuances que diferenciam os Estados na América Latina, a dinâmica sócio-cultural de cada Estado. Se deram conta de que a região não pode ser tratada como um bloco homogêneo", diz Brian Fonseca, que é o coordenador do projeto na FIU.
O general Douglas Fraser, chefe do Comando Sul, "é um dos que entendem melhor essa necessidade", emenda.
O projeto tem como pano de fundo as mudanças da última década, com a fragmentação política sobretudo da América do Sul, a partir da ascensão de governos de esquerda ou centro-esquerda, e a diversificação das relações exteriores da região para incluir países como Rússia, China, Índia e Irã.
Até então, a maioria dos governantes latino-americanos tendia ao alinhamento com Washington. Reações negativas oficiais como as que se seguiram aos anúncios da reativação da Quarta Frota, no ano passado, e do acordo para o uso de bases colombianas, recentemente, inexistiam ou eram bem menos contundentes do que são agora.
"Liberdade acadêmica"
O projeto usa parte da verba de US$ 1 milhão de uma parceria entre a universidade e o Comando Sul. Fonseca afirma ter autonomia acadêmica para um trabalho sem facciosismo. "Há acordo sobre os tópicos, mas somos livres para adotar a abordagem que preferirmos."
No caso dos relatórios com foco na cultura estratégica, há cinco já prontos, sobre Brasil, Venezuela, Cuba, Haiti e Colômbia; dois em produção, sobre Equador e Nicarágua; e três a serem produzidos, sobre Bolívia, Chile e Argentina.
A dinâmica é a mesma nos dez casos. A universidade organiza um seminário, para o qual especialistas convidados levam textos. Depois, um ou dois deles resumem as conclusões em relatórios apresentados ao Comando Sul -e que logo estarão disponíveis na internet.
Fonseca, coautor do texto sobre o Haiti, diz que procura chamar especialistas "de vários lados do espectro político" e já recebeu negativas pelo fato de o projeto ser financiado pelo Pentágono.
Mas o Equador, por exemplo, com governo nacionalista de esquerda, enviou um vice-ministro da Defesa. Quando listados, os nomes dos participantes indicam maioria centrista, com alguns acadêmicos de centro-esquerda de universidades americanas.
O relatório da Venezuela não lista todos os participantes do seminário. O autor é o americano Harold Trinkunas, da Escola Naval de Pós-Graduação e do Centro Carter. O estudo da Colômbia é assinado por Victor Uribe-Uran, da FIU.
Crítico do "personalismo" do presidente Álvaro Uribe e da concentração de poder no Executivo em Bogotá, Uribe-Uran anota que "parece claro que as Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) receberam apoio" do governo venezuelano.
O estudo sobre o Brasil foi compilado por Luis Bitencourt, do Centro de Estudos da Defesa Hemisférica da Universidade Nacional da Defesa dos EUA, e Alcides Costa Vaz, da Universidade de Brasília. Outros convidados foram Clóvis Brigagão, da Universidade Candido Mendes (RJ), e o brasilianista Kenneth Serbin.
Brasil é 1 dos 10 países que têm sua "cultura estratégica" analisada em relatórios da Universidade Internacional da Flórida
CLAUDIA ANTUNES
O Departamento da Defesa dos Estados Unidos está financiando uma série de estudos acadêmicos que pretende analisar dez países da América Latina e do Caribe, incluindo o Brasil, do ponto de vista de sua "cultura estratégica" -isto é, das experiências históricas e influências externas e internas que moldam suas relações internacionais.
O objetivo dos relatórios, encomendados ao Centro de Pesquisa Aplicada da Universidade Internacional da Flórida (FIU), é, segundo seus participantes, ajudar os militares do Comando Sul, sediado em Miami, a lidar com os países em sua área de atuação levando em conta as diferenças entre eles.
"Eles [os militares] se deram conta da necessidade de entender melhor as nuances que diferenciam os Estados na América Latina, a dinâmica sócio-cultural de cada Estado. Se deram conta de que a região não pode ser tratada como um bloco homogêneo", diz Brian Fonseca, que é o coordenador do projeto na FIU.
O general Douglas Fraser, chefe do Comando Sul, "é um dos que entendem melhor essa necessidade", emenda.
O projeto tem como pano de fundo as mudanças da última década, com a fragmentação política sobretudo da América do Sul, a partir da ascensão de governos de esquerda ou centro-esquerda, e a diversificação das relações exteriores da região para incluir países como Rússia, China, Índia e Irã.
Até então, a maioria dos governantes latino-americanos tendia ao alinhamento com Washington. Reações negativas oficiais como as que se seguiram aos anúncios da reativação da Quarta Frota, no ano passado, e do acordo para o uso de bases colombianas, recentemente, inexistiam ou eram bem menos contundentes do que são agora.
"Liberdade acadêmica"
O projeto usa parte da verba de US$ 1 milhão de uma parceria entre a universidade e o Comando Sul. Fonseca afirma ter autonomia acadêmica para um trabalho sem facciosismo. "Há acordo sobre os tópicos, mas somos livres para adotar a abordagem que preferirmos."
No caso dos relatórios com foco na cultura estratégica, há cinco já prontos, sobre Brasil, Venezuela, Cuba, Haiti e Colômbia; dois em produção, sobre Equador e Nicarágua; e três a serem produzidos, sobre Bolívia, Chile e Argentina.
A dinâmica é a mesma nos dez casos. A universidade organiza um seminário, para o qual especialistas convidados levam textos. Depois, um ou dois deles resumem as conclusões em relatórios apresentados ao Comando Sul -e que logo estarão disponíveis na internet.
Fonseca, coautor do texto sobre o Haiti, diz que procura chamar especialistas "de vários lados do espectro político" e já recebeu negativas pelo fato de o projeto ser financiado pelo Pentágono.
Mas o Equador, por exemplo, com governo nacionalista de esquerda, enviou um vice-ministro da Defesa. Quando listados, os nomes dos participantes indicam maioria centrista, com alguns acadêmicos de centro-esquerda de universidades americanas.
O relatório da Venezuela não lista todos os participantes do seminário. O autor é o americano Harold Trinkunas, da Escola Naval de Pós-Graduação e do Centro Carter. O estudo da Colômbia é assinado por Victor Uribe-Uran, da FIU.
Crítico do "personalismo" do presidente Álvaro Uribe e da concentração de poder no Executivo em Bogotá, Uribe-Uran anota que "parece claro que as Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) receberam apoio" do governo venezuelano.
O estudo sobre o Brasil foi compilado por Luis Bitencourt, do Centro de Estudos da Defesa Hemisférica da Universidade Nacional da Defesa dos EUA, e Alcides Costa Vaz, da Universidade de Brasília. Outros convidados foram Clóvis Brigagão, da Universidade Candido Mendes (RJ), e o brasilianista Kenneth Serbin.
"A reconquista da soberania perdida não restabelece o status quo."
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Re: GEOPOLÍTICA
Relações brasileiras com Venezuela e Irã são questionadas
DA SUCURSAL DO RIO
Os acadêmicos que participam dos estudos do Pentágono com a Universidade Internacional da Flórida (FIU) afirmam que pretendem levar aos militares dos EUA uma visão mais matizada da América Latina, mas nem sempre é fácil.
Um dos autores do relatório sobre o Brasil, Alcides Vaz, da UnB, foi crivado de perguntas sobre as relações do país com Venezuela e Irã ao expor seu trabalho no Comando Sul, na semana retrasada.
Vaz percebeu "inquietação" quanto às posições brasileiras sobre o presidente venezuelano, Hugo Chávez, e o programa nuclear iraniano -o Brasil tem defendido o direito do Irã de enriquecer urânio para fins pacíficos. "No caso de Chávez, há expectativa de uma relação mais assertiva, de maior dureza", disse o professor da UnB.
Segundo Vaz, a inquietação em parte é fruto da perspectiva dos americanos de "compartilhar responsabilidades com o Brasil", visto como ator global e não apenas regional.
Para os militares dos EUA, é difícil entender a lógica brasileira, pela qual "é mais interessante atrair [a Venezuela] para o marco de organismos e instâncias regionais do que confrontá-la diretamente".
O relatório sobre o Brasil descreve uma "ambiguidade" tradicional da política externa do país, que cultiva a autonomia e a autossuficiência, mas entende que o multilateralismo é o meio mais eficiente de tentar moldar a ordem internacional em seu benefício.
Fala da ausência de guerras com vizinhos no século 20 e da habilidade brasileira para definir suas fronteiras de forma negociada como parte do seu "soft power". Descreve a "vocação atlântica" do país e de como foi "empurrado" pelas circunstâncias a assumir liderança na América do Sul.
O estudo cita o crescimento econômico recente e as reservas de petróleo no pré-sal como fatores que pressionam por "capacidades de defesa proporcionais à vulnerabilidade dos novos espaços estratégicos" brasileiros.
Ao questionarem posições do Brasil, os militares americanos também apontaram, segundo Vaz, o que consideram "percepções equivocadas" sobre eles.Mostraram dificuldade de assimilar a reação regional à Quarta Frota e ao acordo que permite o uso, por militares americanos, de bases na Colômbia.
"Tive oportunidade de discutir a preocupação brasileira com o aumento da presença militar extrarregional na América do Sul e a militarização do entorno sul-americano", disse o professor. "Mas eles olham essas iniciativas não sob o prisma das preocupações nacionais, mas da sua estratégia global."
Os militares do Comando Sul também acompanham a importância da Amazônia na doutrina militar brasileira e identificam convergência entre a política externa do governo Lula para a região e o pensamento das forças armadas. "[Eles percebem que] há uma sintonia grande entre o pensamento dos militares e as preocupações de política externa tal como refletidas na Estratégia Nacional de Defesa", relatou o professor Vaz. (CA)
DA SUCURSAL DO RIO
Os acadêmicos que participam dos estudos do Pentágono com a Universidade Internacional da Flórida (FIU) afirmam que pretendem levar aos militares dos EUA uma visão mais matizada da América Latina, mas nem sempre é fácil.
Um dos autores do relatório sobre o Brasil, Alcides Vaz, da UnB, foi crivado de perguntas sobre as relações do país com Venezuela e Irã ao expor seu trabalho no Comando Sul, na semana retrasada.
Vaz percebeu "inquietação" quanto às posições brasileiras sobre o presidente venezuelano, Hugo Chávez, e o programa nuclear iraniano -o Brasil tem defendido o direito do Irã de enriquecer urânio para fins pacíficos. "No caso de Chávez, há expectativa de uma relação mais assertiva, de maior dureza", disse o professor da UnB.
Segundo Vaz, a inquietação em parte é fruto da perspectiva dos americanos de "compartilhar responsabilidades com o Brasil", visto como ator global e não apenas regional.
Para os militares dos EUA, é difícil entender a lógica brasileira, pela qual "é mais interessante atrair [a Venezuela] para o marco de organismos e instâncias regionais do que confrontá-la diretamente".
O relatório sobre o Brasil descreve uma "ambiguidade" tradicional da política externa do país, que cultiva a autonomia e a autossuficiência, mas entende que o multilateralismo é o meio mais eficiente de tentar moldar a ordem internacional em seu benefício.
Fala da ausência de guerras com vizinhos no século 20 e da habilidade brasileira para definir suas fronteiras de forma negociada como parte do seu "soft power". Descreve a "vocação atlântica" do país e de como foi "empurrado" pelas circunstâncias a assumir liderança na América do Sul.
O estudo cita o crescimento econômico recente e as reservas de petróleo no pré-sal como fatores que pressionam por "capacidades de defesa proporcionais à vulnerabilidade dos novos espaços estratégicos" brasileiros.
Ao questionarem posições do Brasil, os militares americanos também apontaram, segundo Vaz, o que consideram "percepções equivocadas" sobre eles.Mostraram dificuldade de assimilar a reação regional à Quarta Frota e ao acordo que permite o uso, por militares americanos, de bases na Colômbia.
"Tive oportunidade de discutir a preocupação brasileira com o aumento da presença militar extrarregional na América do Sul e a militarização do entorno sul-americano", disse o professor. "Mas eles olham essas iniciativas não sob o prisma das preocupações nacionais, mas da sua estratégia global."
Os militares do Comando Sul também acompanham a importância da Amazônia na doutrina militar brasileira e identificam convergência entre a política externa do governo Lula para a região e o pensamento das forças armadas. "[Eles percebem que] há uma sintonia grande entre o pensamento dos militares e as preocupações de política externa tal como refletidas na Estratégia Nacional de Defesa", relatou o professor Vaz. (CA)
"A reconquista da soberania perdida não restabelece o status quo."
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