O futuro da AAAe no Brasil

Assuntos em discussão: Exército Brasileiro e exércitos estrangeiros, armamentos, equipamentos de exércitos em geral.

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guilhermecn
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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#1261 Mensagem por guilhermecn » Qua Dez 02, 2009 8:55 pm

Sideshow escreveu:
Eu não gostaria de ver a Mectron nas mãos de uma empresa extrangeira, mas fazer o que. Estamos na era do "livre mercado"
Cade o golden share do Governo?
É o que eu gostaria de saber também [001]




"You have enemies? Good. That means you've stood up for something, sometime in your life."
Winston Churchill


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Grifon
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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#1262 Mensagem por Grifon » Qua Dez 02, 2009 8:57 pm

guilhermecn escreveu:De esa forma MECTRON pasaría a estar asociada con RAFAEL, que respaldaría con transferencia de tecnología los proyectos de armas de empleo aéreo que tiene el fabricante brasileño
Eles vão nos dar tecnologia ou o inverso? Por que se for o inverso o Lula e o Jobim fizeram a pior Caga%$ da vida deles ! :evil:
edit.:
eu reli e acabei ficando confuso.




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silverstone2
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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#1263 Mensagem por silverstone2 » Qua Dez 02, 2009 10:02 pm

CARAMBA!!!!!!!!!!!!!!

Se esse negócio realmente se concretizar será a maior derrota da indústria bélica brasileira desde o fechamento da engesa!
Não é possível que se permita isso.
DELTA22 escreveu:BRASIL: Buscan Acrecentar Cooperación en Defensa y Seguridad con Israel

En el marco de la visita oficial del Presidente de Israel, Sr. Shimon Peres, el Gobierno brasileño subscribió un contrato bajo el cual el fabricante ISRAEL AEROSPACE INDUSTRIES (IAI) suministrará una partida de catorce aviones no tripulados (UAV) por un valor de USD 350 millones, para equipar a la Policía Federal. Los aparatos, correspondientes al modelo Heron, serán utilizados para la vigilancia de fronteras, la protección de los recursos naturales y la lucha contra el narcotráfico y otras formas de crimen organizado.

Los UAV también serán destinados para reforzar la vigilancia y la seguridad durante el desarrollo de la Copa Mundial de Fútbol en el 2014 y los Juegos Olímpicos del 2016 en Brasil. IAI ha expandido sus operaciones en Brasil en el último año, y ha establecido una operación conjunta con la compañía estadounidense SYNERGY GROUP, para acrecentar aún más su presencia en ese país sudamericano.

Durante su visita el presidente Peres también se entrevistó con el ministro de Defensa, Sr. Nelson Jobim. Al término de la reunión anunciaron que se está negociando un acuerdo de cooperación bilateral en las áreas de defensa y seguridad. Jobim dijo que el acuerdo está siendo revisado por el ministerio de Relaciones Exteriores y que podría ser firmado en el curso del 2010, pero rehusó dar mayores informaciones al respecto, invocando razones de seguridad, aunque reconoció que se buscaría desarrollar productos en conjunto.}
Sobre lo anterior, fuentes en Sao Paulo dijeron a ENFOQUE ESTRATEGICO que parte del acuerdo de cooperación bilateral se refiere a la adquisición, por parte del fabricante israelí RAFAEL, de una participación mayoritaria en la firma brasileña MECTRON. De esa forma MECTRON pasaría a estar asociada con RAFAEL, que respaldaría con transferencia de tecnología los proyectos de armas de empleo aéreo que tiene el fabricante brasileño. MECTRON es una firma de avanzadas capacidades, que en el 2008 vendió cien ejemplares de su misil anti-radiación MAR-1 a Paquistán.

http://www.enfoque-estrategico.com/noticias.htm
------------------------------------------------------------------------
É um absurdo!!
Repito a pergunta: CADÊ A PO##@ DA END????????????
:evil: :evil: :evil: :evil: :evil: :evil: :evil: :evil: :evil: :evil: :evil: :evil: :evil:




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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#1264 Mensagem por Brasileiro » Qua Dez 02, 2009 10:33 pm

E todo o conhecimento sobre nossos sistemas navais incluido de guerra eletrônica, comunicação e agora misseis ficam na mãos de europeus.
Pode-se muito bem colocar cláusulas no acordo para proteção de conhecimento. O governo também tem poder de proteger o conhecimento que considerar "estratégico".

A torre do Guarani é a REMAX que é fabricado pela Ares, a Aeroletrônica vai fornecer sistemas produzidos em Israel para a Remax. Eu prefiria encomendar da Opto ou outra empresa brasileria.
Aqui você fez confusão. A REMAX é uma coisa, a torre que vai ser fornecida pela AEL é outra.
A Ares fornecerá a REMAX, que portará metralhadora de 7,62 mm ou .50 enquanto que a da AEL (fabricada sob licensa) é uma combinação de canhão 30 mm com metralhadora 7,62.

Outra coisa, pra mim não é novidade nenhuma a AEL fabricar sob licensa/montar equipamentos israelenses. Desde a época do T-27 Tucano, começo dos anos 80, ela já fazia isso. O HUD e os equipamentos de rádio e guerra eletrônica do AMX e A-29 também foram feitos assim mesmo antes da aquisição pela israelense.

Sobre o visor termal (que vai ser utilizado na REMAX, que é fabricada pela Ares), se o EB determinar que a torre de 30 mm utilize o mesmo, estando a AEL nas mãos dos israelenses ou dos brasileiros, isso teria que passar por aprovação pela empresa, que poderia recusar se não achar interessante.

E se o franco crescimento foi aqueles 5 engenheiros que ela mandou para fazer um estágio em Israel eu penso o contrário.

Existem pelo menos 2 empresas brasileias que também desenvolvem aviõnica, uma inclusive está desenvolvendo toda a aviônica para a proposta da Novaer de um avião de treinamento básico.

Todo o dinheiro que estão dando para os engenheiros da Aeroeletrônica traduzir os sistemas de Israel para a modernização dos Bandeirantes poderia está sendo investido nessa empresa.

Para mim com a Mectron nas mãos da Rafael teremos outro lego by CM
Ótimo, investiu em recurso humano, trouxe conhecimento para cá. Pra você ter uma idéia, ela está fazendo uma nova sede em Porto Alegre e passará dos 150 para 500 funcionários. Não é pouco.
A AEL não está perdendo capacitação alguma. Se estão investindo dessa forma, com certeza não é para virar uma mera 'importadora' de equipamentos. Não deixou em nenhum momento de desenvolver tecnologia.

Mas reforço aqui minha opinião de que sou contra a aquisição de empresas (de qualquer tipo) brasileiras pelo capital estrangeiro. Apenas acho que isso deva ser analisado de forma mais ampla e em todas as faces da modea.


abraços]




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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#1265 Mensagem por czarccc » Sex Dez 04, 2009 4:52 am

É antigo, não sei se já foi postado. Na dúvida aí vai:

COMANDO DO EXÉRCITO
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA
CENTRO TECNOLÓGICO DO EXÉRCITO
EXTRATO DE DISPENSA DE LICITAÇÃO Nº 109/2007
Nº Processo: DISP 02/2007-CTEx . Objeto: Serviço de produção de um
lote experimental (100 kg) de grãos propelentes tipo base dupla, baseados
em nitricelulose com calor de combustão de 1050 cal/g para primeiro
estágio do Míssil Solo-Ar (MSA). Total de Itens Licitados: 00001 . Fundamento
Legal: Artigo 24, inciso VIII, da Lei 8.666/93 . Justificativa:
Entidade da Administração Pública criada para este fim antes de 1993.
Declaração de Dispensa em 24/07/2007 . WALTER ANTÔNIO MACHADO
- TC . ORDENADOR DE DESPESAS DO CTEx . Ratificação
em 24/07/2007 . GEN BDA ALÉSSIO RIBEIRO SOUTO . CHEFE DO
CTEx . Valor: R$ 120.000,00 . Contratada :INDUSTRIA DE MATERIAL
BELICO DO BRASIL IMBEL . Valor: R$ 120.000,00


EXTRATO DE CONTRATO Nº 15/2007
Nº Processo: CV 161/2007-CTEx. Contratante: CENTRO TECNOLOGICO
DO EXERCITO -CNPJ Contratado: 53977542000185.
Contratado : OPTOVAC MECANICA E OPTOELETRONICA-LTDA.
Objeto: Fabricação, montagem e integração de um Protótipo de
Demonstração Tecnológica da Cabeça Seguidora do Míssil Solo-Ar
(MSA). Fundamento Legal: Lei 8666/93 Vigência: 21/11/2007 a
20/11/2008. Valor Total: R$137.020,38. Fonte: 100000000 -
2007NE901059. Data de Assinatura: 21/11/2007.


SAM brasileiro a caminho?




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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#1266 Mensagem por Franz Luiz » Sex Dez 04, 2009 8:41 am

Concordo com o amigo Brasileiro quanto ao caso da possível aquisição da Mectron.
Mas sou a favor já há muito tempo de uma associação da Imbel com outra estrangeira.
Façamos uma associação com a FN que aporte capital aqui e produza sua linha de armas para nossa Força.
Aí teríamos armas decentes e com certeza a FN poderia modernizar a administração daquele setor. Além do mais não correríamos risco de perder impulso tecnológico.

Um abraço
Franz Luiz




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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#1267 Mensagem por alex » Sex Dez 04, 2009 9:14 am

Bem, a aquisição da Mectron por uma industria israelense vai fatalmente excluir uma possivel venda de armas para o Oriente Medio,correto?

Agora quem conhece empresas sabe o quanto sutil é aquisição de 49% em vez de 51%.
Se a empresa compradora é mais organizada e com mais recursos economico que a outra o controle real é da compradora.

Logico que os israelenses não vão manter duas linhas de pesquisas, uma em Israel e outra no Brasil. Não, devido a segurana de israel.
Então teremos uma montadora de misseis no Brasil e , pouco a pouco, misseis como o Mss1.2 serão substituidos por Spike e outros.
No primeiro momento ficaremos muito melhor mas ligado ao pais do fabricante.

Não li o END mas acho que as FAs deveriam ter a pesquisa e desenvolvimento nos institutos das forças armadas.
Ai sai a empresa , entra empresa não ficamos influenciados pelo mercado.




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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#1268 Mensagem por LeandroGCard » Sex Dez 04, 2009 9:28 am

A compra da Mectron pela Rafael não é realmente a coisa mais auspiciosa que poderia acontecer para a indústria de material bélico nacional. Já acompanhei muitas empresas que passaram por processos de aquisição deste tipo (em um caso inclusive “de dentro”, pois eu era funcionário da empresa) e o roteiro é sempre o mesmo:

- Primeiro a nova empresa controladora avalia todos os projetos em andamento na empresa recém adquirida. Muitas vezes estes projetos já tem sustentação própria (no caso da Mectron por exemplo há programas que já contam com verbas do governo brasileiro), e não há porque não aproveitar estes projetos, tanto pelas possibilidades de vendas futuras quanto para a aquisição do conhecimento que está sendo desenvolvido por conta deles. É bastante comum que a controladora inclusive apóie estes projetos, enviando verbas e pessoal, ou bancando treinamentos para os técnicos envolvidos.

- É também muito comum que o mercado da empresa controlada se expanda, pois ela passa a acessar clientes que eram antes da controladora, quando algum produto da controlada é interessante para estes clientes. Pelo que sei a Rafael não produz mísseis anti-radar por exemplo, e agora o MAR-1 pode vir a ser adotado por clientes tradicionais da Rafael, inclusive a IAF. Para atender melhor a estes clientes, é bem possível inclusive que aperfeiçoamentos sejam introduzidos no míssil, com tecnologia da Rafael.

- O pessoal técnico da empresa controlada geralmente é aproveitado, pois foi sua eficiência em primeiro lugar que tornou a empresa interessante para aquisição. Na maioria das vezes os melhores técnicos e engenheiros recebem inclusive aumento de salário e treinamentos no exterior, para aumentar sua motivação (até porque os salários de pessoal equivalente na controladora tendem a ser maiores) e aperfeiçoar ainda mais seus conhecimentos.


Olhando por este lado a coisa parece ótima, e dá até a impressão de que a aquisição por uma empresa estrangeira é a melhor coisa que pode acontecer para a empresa nacional. Mas existem também os lados negativos:

- Todo o acervo de conhecimento (Know-How e Know-Why) é franqueado para a nova empresa controladora. Seus engenheiros e técnicos tem acesso a tudo o que foi (e será no futuro) desenvolvido pela controlada, e podem aproveitar o que quiserem em seus próprios projetos. Já a recíproca não é verdadeira. As únicas informações que passam da controladora para a controlada são aquelas aplicáveis a algum projeto específico, e mesmo nestes casos é passado apenas o Know-How. Os engenheiros da controlada podem aprender como produzir alguma peça, testar algum componente, ou até mesmo usar algum programa de cálculo específico, mas a capacidade de idealização e integração de informações e sistemas (Know-Why) não é repassada. Isto não ocorre “por maldade”, apenas é praxe que as empresas limitem seus conhecimentos estratégicos ao menor número possível de pessoas, até para evitar vazamentos. Dentro da própria Rafael poucas são as pessoas que tem livre acesso a estas informações.

- O desenvolvimento de novos projetos na controlada é limitado, pois nenhum novo projeto que já tenha equivalente ou esteja em desenvolvimento na controladora é iniciado (ou mesmo terminado, se for possível abortar o programa). Isto porque não faz sentido o mesmo grupo de empresas desenvolver projetos em paralelo, ainda mais com os custos que os projetos na área de defesa costumam ter. Se a controlada tem uma oportunidade de negócios em uma área na qual a controladora já possui um produto, ela simplesmente oferece este produto ao invés de tentar desenvolver algum próprio.


- Os engenheiros e técnicos da controlada tendem a se especializar apenas em alguns sub-sistemas nos quais estejam mais avançados, passando a utilizar em seus projetos sub-sistemas desenvolvidos pela controladora. O crescimento da equipe de projetos no início pode até ser grande (devido à maior disponibilidade de verbas e para acelerar o desenvolvimento dos projetos em andamento), mas no médio prazo tende a diminuir e a se estagnar. Com o tempo a capacidade de concepção e desenvolvimento de novos produtos é perdida e a equipe de engenheiros e técnicos da controlada passa a trabalhar como especialistas acessórios da equipe da controladora, fazendo apenas o desenvolvimento de um número reduzido de sub-sistemas específicos dos seus produtos próprios e os da controladora (que sempre poderá produzi-los na matriz, pois deterá o Know-How e o Know Why), e a integração dos produtos de ambas as empresas nas plataformas de seus clientes próprios.

-A soma dos dois últimos itens leva a uma grande perda (muitas vezes total) da capacidade de desenvolvimento de produtos da empresa controlada após poucos anos. Se por qualquer motivo o acesso à tecnologia da controladora for impedido (por exemplo por questões diplomáticas), a controlada não estará mais apta a apresentar novos produtos para suprir as demandas de seus clientes. Enquanto a situação diplomática for boa o país terá acesso à produção de produtos que antes teria que adquirir fora por preços mais elevados, além de poder desenvolver produtos específicos para suas necessidades com menores prazos e custos. Mas se a situação diplomática virar e ficar desfavorável mesmo que por apenas alguns anos, a indústria bélica (ou pelo menos as empresas com controladores estrangeiros) no mínimo ficará parada no tempo, e para re-obter a capacidade de avançar tecnologicamente terá que começar praticamente do zero. O país ficará sempre na posição de sofrer pressões políticas, econômicas e diplomáticas por parte do país da controladora (e de seus aliados), exatamente o que a END desejava evitar.

- Um último ponto a considerar: A Mectron trabalhava em parceria com empresas estrangeiras e brasileiras no desenvolvimnto de projetos conjuntos. A continuação ou não destas parcerias agora será uma decisão da Rafael.


Apesar de quaisquer ganhos imediatos que esta aquisição possa trazer, a médio/longo prazo ela é uma verdadeira lástima.


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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#1269 Mensagem por marcciomg » Sex Dez 04, 2009 10:15 am

[002] Se o Jobim não confia nos Estados Unidos ,por que confiaria em Israel , que por sua vez tem suas estrategias ligadas a estratégias americanas.
Na guerra ciberespacial, chips de controle são a bola da vez.
Como chipar misseis, aviões ,vants, artilharia antiaéria ?,Obvio não ?
O Brasil não deveria permitir que empresas extrangeiras se instalassem no Brasil para fornecer armas ou até mesmo componentes eletrônicos , más que essas empresas vendam ao Brasil a tecnologia para fabricar tais equipamentos ,mesmo que o Brasil pague porcentagem de cada paça utilizada,ficando assim livre de ter suas armas desastivadas via satélite.
No site do DefesaBR , tem uma matéria muito interessante sobre a Guerra ciberespacial ,vale a pena pesquisar e tirar conclusões proprias.
sds.




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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#1270 Mensagem por LeandroGCard » Sex Dez 04, 2009 10:35 am

Para esclarecer:

Nosso colega Brisa informou que a fonte da notícia sobre a compra da Mectron é um site argentino sem confiabilidade, e a própria notícia é uma confusão com investimentos anunciados da IAI na Aeroeletrônica.

Portanto a Mectron ainda é (pelo que se sabe) uma empresa nacional.

Ufa, que alívio!


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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#1271 Mensagem por Brasileiro » Sex Dez 04, 2009 10:50 am

Pois é... A informação original é de que a Rafael estaria ineteressada na compra de uma indústria de defesa no Brasil por cerca de 50 milhões de dólares.

Em nenhum outro lugar se comentou qual empresa seria e a porcentagem de ações envolvidas. Só nesse link argentino.

Mas é melhor esperar pra ver o que é.



abraços]




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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#1272 Mensagem por FIGHTERCOM » Sex Dez 04, 2009 10:58 am

LeandroGCard escreveu:A compra da Mectron pela Rafael não é realmente a coisa mais auspiciosa que poderia acontecer para a indústria de material bélico nacional. Já acompanhei muitas empresas que passaram por processos de aquisição deste tipo (em um caso inclusive “de dentro”, pois eu era funcionário da empresa) e o roteiro é sempre o mesmo:

- Primeiro a nova empresa controladora avalia todos os projetos em andamento na empresa recém adquirida. Muitas vezes estes projetos já tem sustentação própria (no caso da Mectron por exemplo há programas que já contam com verbas do governo brasileiro), e não há porque não aproveitar estes projetos, tanto pelas possibilidades de vendas futuras quanto para a aquisição do conhecimento que está sendo desenvolvido por conta deles. É bastante comum que a controladora inclusive apóie estes projetos, enviando verbas e pessoal, ou bancando treinamentos para os técnicos envolvidos.

- É também muito comum que o mercado da empresa controlada se expanda, pois ela passa a acessar clientes que eram antes da controladora, quando algum produto da controlada é interessante para estes clientes. Pelo que sei a Rafael não produz mísseis anti-radar por exemplo, e agora o MAR-1 pode vir a ser adotado por clientes tradicionais da Rafael, inclusive a IAF. Para atender melhor a estes clientes, é bem possível inclusive que aperfeiçoamentos sejam introduzidos no míssil, com tecnologia da Rafael.

- O pessoal técnico da empresa controlada geralmente é aproveitado, pois foi sua eficiência em primeiro lugar que tornou a empresa interessante para aquisição. Na maioria das vezes os melhores técnicos e engenheiros recebem inclusive aumento de salário e treinamentos no exterior, para aumentar sua motivação (até porque os salários de pessoal equivalente na controladora tendem a ser maiores) e aperfeiçoar ainda mais seus conhecimentos.


Olhando por este lado a coisa parece ótima, e dá até a impressão de que a aquisição por uma empresa estrangeira é a melhor coisa que pode acontecer para a empresa nacional. Mas existem também os lados negativos:

- Todo o acervo de conhecimento (Know-How e Know-Why) é franqueado para a nova empresa controladora. Seus engenheiros e técnicos tem acesso a tudo o que foi (e será no futuro) desenvolvido pela controlada, e podem aproveitar o que quiserem em seus próprios projetos. Já a recíproca não é verdadeira. As únicas informações que passam da controladora para a controlada são aquelas aplicáveis a algum projeto específico, e mesmo nestes casos é passado apenas o Know-How. Os engenheiros da controlada podem aprender como produzir alguma peça, testar algum componente, ou até mesmo usar algum programa de cálculo específico, mas a capacidade de idealização e integração de informações e sistemas (Know-Why) não é repassada. Isto não ocorre “por maldade”, apenas é praxe que as empresas limitem seus conhecimentos estratégicos ao menor número possível de pessoas, até para evitar vazamentos. Dentro da própria Rafael poucas são as pessoas que tem livre acesso a estas informações.

- O desenvolvimento de novos projetos na controlada é limitado, pois nenhum novo projeto que já tenha equivalente ou esteja em desenvolvimento na controladora é iniciado (ou mesmo terminado, se for possível abortar o programa). Isto porque não faz sentido o mesmo grupo de empresas desenvolver projetos em paralelo, ainda mais com os custos que os projetos na área de defesa costumam ter. Se a controlada tem uma oportunidade de negócios em uma área na qual a controladora já possui um produto, ela simplesmente oferece este produto ao invés de tentar desenvolver algum próprio.


- Os engenheiros e técnicos da controlada tendem a se especializar apenas em alguns sub-sistemas nos quais estejam mais avançados, passando a utilizar em seus projetos sub-sistemas desenvolvidos pela controladora. O crescimento da equipe de projetos no início pode até ser grande (devido à maior disponibilidade de verbas e para acelerar o desenvolvimento dos projetos em andamento), mas no médio prazo tende a diminuir e a se estagnar. Com o tempo a capacidade de concepção e desenvolvimento de novos produtos é perdida e a equipe de engenheiros e técnicos da controlada passa a trabalhar como especialistas acessórios da equipe da controladora, fazendo apenas o desenvolvimento de um número reduzido de sub-sistemas específicos dos seus produtos próprios e os da controladora (que sempre poderá produzi-los na matriz, pois deterá o Know-How e o Know Why), e a integração dos produtos de ambas as empresas nas plataformas de seus clientes próprios.

-A soma dos dois últimos itens leva a uma grande perda (muitas vezes total) da capacidade de desenvolvimento de produtos da empresa controlada após poucos anos. Se por qualquer motivo o acesso à tecnologia da controladora for impedido (por exemplo por questões diplomáticas), a controlada não estará mais apta a apresentar novos produtos para suprir as demandas de seus clientes. Enquanto a situação diplomática for boa o país terá acesso à produção de produtos que antes teria que adquirir fora por preços mais elevados, além de poder desenvolver produtos específicos para suas necessidades com menores prazos e custos. Mas se a situação diplomática virar e ficar desfavorável mesmo que por apenas alguns anos, a indústria bélica (ou pelo menos as empresas com controladores estrangeiros) no mínimo ficará parada no tempo, e para re-obter a capacidade de avançar tecnologicamente terá que começar praticamente do zero. O país ficará sempre na posição de sofrer pressões políticas, econômicas e diplomáticas por parte do país da controladora (e de seus aliados), exatamente o que a END desejava evitar.

- Um último ponto a considerar: A Mectron trabalhava em parceria com empresas estrangeiras e brasileiras no desenvolvimnto de projetos conjuntos. A continuação ou não destas parcerias agora será uma decisão da Rafael.


Apesar de quaisquer ganhos imediatos que esta aquisição possa trazer, a médio/longo prazo ela é uma verdadeira lástima.


Leandro G. Card
Excelente explicação Leandro. [009]


Abraços,

Wesley




"A medida que a complexidade aumenta, as declarações precisas perdem relevância e as declarações relevantes perdem precisão." Lofti Zadeh
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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#1273 Mensagem por Luiz Bastos » Sex Dez 04, 2009 6:50 pm

Muito boa mesmo. [009]




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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#1274 Mensagem por knigh7 » Sáb Dez 05, 2009 2:54 pm

ZeRo4 escreveu:

Mesmo assim, eu não consigo deixar de pensar que... se a vantagem do LY-63 é exclusivamente o alcance, e do meu ponto de vista a vantagem é somente essa e se essa vantagem cai por terra na utilização de um simples kit SPICE ou UMBANI, porque operar um sistema mais caro e menos preciso se na prática essa vantagem pode nunca aparercer?

[]s

Se um caça tiver de fazer um ataque ao solo acima dos 12.000m para evitar o Ly 63, ele terá a eficácia bem degradada. Ele pode até atacar alvos fixos grandes(pontes, edificações) mas terá baixa eficácia contra as tropas, por exemplo.
E vale ressaltar também que o caça terá grandes limitações de carga por ter de operar em altas altitudes como essa.


Abraços




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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#1275 Mensagem por knigh7 » Sáb Dez 05, 2009 2:56 pm

LeandroGCard escreveu:Para esclarecer:

Nosso colega Brisa informou que a fonte da notícia sobre a compra da Mectron é um site argentino sem confiabilidade, e a própria notícia é uma confusão com investimentos anunciados da IAI na Aeroeletrônica.

Portanto a Mectron ainda é (pelo que se sabe) uma empresa nacional.

Ufa, que alívio!


Leandro G. Card
É, mas infelizmente, as perspectivas não são boas:

Rafael pode comprar empresa brasileira PDF Imprimir E-mail
Qui, 12 de Novembro de 2009 19:15

O jornal israelense Haaretz publicou matéria em sua edição de ontem (11) informando que a companhia Rafael Advanced Defense Systems, especializada em mísseis, está negociando a compra de empresa brasileira, sem citar nomes. A operação estaria estimada em US$ 50 milhões e seria a primeira aquisição da Rafael na América Latina.

As negociações, que estariam em estágio bem avançado, estão sendo conduzidas por uma delegação sênior de representantes israelenses que, inclusive, estiveram na comitiva do presidente Shimon Peres, em visita ao Brasil esta semana. O jornal ainda cita que o ministro da Defesa brasileiro, Nelson Jobim, apoiaria a operação desde que a empresa israelense estabelecesse linhas de produção de seus produtos no País.

Outra companhia israelense, a Elbit Systems, da área de eletrônica e aviônicos, já detém posição industrial no País. No início da década, a Elbit adquiriu a Aeroeletrônica, de Porto Alegre (RS), como contrapartida a sua contratação pela Força Aérea Brasileira (FAB) para a modernização dos caças F-5.



fonte: http://www.tecnodefesa.com.br/index.php ... &Itemid=55




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