GEOPOLÍTICA

Área destinada para discussão sobre os conflitos do passado, do presente, futuro e missões de paz

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Bender

Re: GEOPOLÍTICA

#1006 Mensagem por Bender » Qua Nov 25, 2009 5:07 pm

Eu acabeide assistir as 15 partes da entrevista do Sr. Presidente Fernando Henrique Cardozo ao Jornalista da Revista Veja, Augusto Nunes.

A entrevista é uma espécie de "desagravo" aos governos e as realizações do ex-presidente,e fóca nitidamente em contrapor e "expor" o PT e o Sr. Presidente Lula,uma espécie de prévia aberta de posicionamento tanto da empresa jornalística quanto do próprio ex-presidente.

Demarca com clareza e insistência que o governo Lula não passa de uma "continuidade" dos governos anteriores,só que com menos competência e com mais "extravagância".

A impressão que fica,é que a entrevista é feita sobre encomenda e tem por objetivo além dos que eu citei acima,desfazer o clima de mal estar causado pela ultima entrevista dada pelo ex-presidente.

Para aqueles que admiram o Sr. Presidente Fernando H. Cardozo,ou para aqueles que querem simplesmente matar a curiosidade,devem assistir .

http://br.noticias.yahoo.com/s/24112009 ... vista.html

--------------------------------------

Sds.




Editado pela última vez por Bender em Qua Nov 25, 2009 9:24 pm, em um total de 1 vez.
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DELTA22
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Re: GEOPOLÍTICA

#1007 Mensagem por DELTA22 » Qua Nov 25, 2009 5:40 pm

Bender escreveu:De olho no comércio, Brasil age de modo pragmático ao receber Ahmadinejad, argumenta especialista

Olha o pragmático ai de novo Delta! 8-]

(...)

Sds.
:mrgreen: E vamo noizes... [009]
[]'s.




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Re: GEOPOLÍTICA

#1008 Mensagem por Penguin » Qua Nov 25, 2009 8:56 pm

NAS ENTRELINHAS
Alon Feuerwerker
Liderar o mundo não é trivial. Se nos atrapalhamos num assunto menor, como esse de Honduras,
é razoável que outros aproveitem a oportunidade para tentar nos mandar de volta à prancheta


De volta à prancheta
O assessor especial de Luiz Inácio Lula da Silva para Assuntos Internacionais, Marco Aurélio
Garcia, manifestou ontem certa decepção no governo brasileiro com a política externa do novo
presidente americano, Barack Obama. Entre os pontos de atrito, Garcia citou o debate sobre o clima, a
abordagem da crise de Honduras e a pouca atenção à América Latina.
É visível que o governo brasileiro se dava melhor com o Departamento de Estado e a Casa
Branca na época de George W. Bush. Apesar do elogio público de Obama a Lula (“ele é o cara”), as
relações entre ambos são frias, quando comparadas ao calor que marcava as conversas entre Lula e
Bush. Também porque, com Obama, os principais itens da agenda bilateral foram para a geladeira.
Inclusive a redução das barreiras protecionistas contra o etanol brasileiro nos Estados Unidos.
Entre os pontos abordados por Garcia, pelo menos um não se sustenta. O Brasil resistiu o
quanto pôde a aceitar metas de emissão de carbono. Os arquivos guardam os discursos e posições do
presidente da República e da candidata dele à sucessão, Dilma Rousseff, sobre o tema.
O que mudou? Quando americanos e chineses mandaram avisar ao mundo que não iriam aceitar
conclusões radicais em Copenhague, abriu-se para Lula a chance de converter-se ele próprio a um
radicalismo verde tardio. E a custo zero. Já que nada de importante vai ser decidido na Dinamarca, não
custa dar uns dribles para a plateia.
E a “atenção à América Latina”? A expressão deve ser lida como o que é: o desejo de receber
dos Estados Unidos o tratamento de interlocutor qualificado.
Quando eclodiu a crise econômica, há 14 meses, nossa diplomacia apostou em dois cavalos: a
retomada da Rodada Doha da Organização Mundial do Comércio e uma reforma do sistema financeiro
global, comandada pelo G20. Em ambos os casos deu em nada. Com a ajuda decisiva dos americanos.
Fez bem o Brasil ao apostar na liberalização do comércio mundial numa época de pressões
crescentes pelo protecionismo? Os fatos dirão. E qual é o cacife real do G20 para dizer a americanos,
chineses e europeus o que fazer ou deixar de fazer com a economia planetária? Relativo. Lula parece
estar amuado com a realidade. Melhor faria se tivesse alguma autocrítica sobre suas próprias ações.
E em Honduras? O Brasil avaliou mal o quadro. Superestimou a força de Manuel Zelaya e
acabou fora do jogo, que hoje é disputado entre os Estados Unidos e a Venezuela. Pior, deixou no ar a
dúvida sobre a nossa capacidade de liderar a região. Faltaram-nos ali inteligência (informação) e
estratégia.
Segundo Washington, uma saída para o rolo hondurenho é fazer eleições, empossar o novo
presidente e tocar a vida. Nós propomos a volta incondicional de Zelaya ao cargo como requisito para o
reconhecimento do processo eleitoral. É bonito, mas não tem correspondência na realidade local. Pois
Zelaya não reúne a confiança da maioria das forças políticas. E Washington não vai operar na América
Central para ampliar a influência venezuelana. Como resolver o problema? Mandando tropas brasileiras
a Tegucigalpa? Impondo a Honduras um bloqueio econômico nos moldes do que desejamos eliminar em
Cuba?
Se queremos ter liderança, ser reconhecidos, ocupar no palco um lugar à altura da nossa
dimensão, precisamos antes de tudo cuidar das redondezas, da área onde nossa liderança é natural.
É meritório que o Brasil deseje contribuir para a solução dos graves impasses no Oriente Médio,
para a criação do Estado Palestino, para a garantia da existência de Israel em segurança, para a
integração plena de um Irã pacífico ao mundo. Mas não basta querer. Liderar o mundo não é trivial. Se
nos atrapalhamos num assunto menor, como esse de Honduras, é previsível que outros aproveitem a
oportunidade para tentar nos mandar de volta à prancheta.
Como Lula gostava de dizer tempos atrás, vai mal o país que procura nos outros a culpa pelos
seus próprios problemas.




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Re: GEOPOLÍTICA

#1009 Mensagem por marcelo l. » Qua Nov 25, 2009 9:27 pm

O Alon realmente é típica liderança do PC do B dos velhos tempos :D , excelente quadro diga-se, mas se nós atrapalhamos em Honduras, e os EUA? Volta para prancheta...o Alon tem um defeito sempre que Israel está metido no meio, ele mesmo já escreveu que tem um certo passionalismo. Só fico me pergunto se Israel devolver o terrítorio para o Libano e acaba com a desculpa da existencia do partido de Deus...Israel fica mais fraco?

Se devolver a Cisjordania, o exercito Israelense fica mais fraco? Alguém consegue ver uma ameaça militar a Israel?




"If the people who marched actually voted, we wouldn’t have to march in the first place".
"(Poor) countries are poor because those who have power make choices that create poverty".
ubi solitudinem faciunt pacem appellant
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Re: GEOPOLÍTICA

#1010 Mensagem por Marino » Qui Nov 26, 2009 9:56 am

Monitor Mercantil

OPINIÃO
Perigos para o Brasil
Existem seis crises mundiais que ameaçam a sobrevivência da espécie humana no atual milênio:
energia, alimentos, água doce, matérias-primas de natureza mineral, bens do reino vegetal e produtos de
origem animal. As nações produtoras vão sofrer carências severas desta gama de recursos vitais. E não
querem diminuir seu padrão de consumo.
Por estas razões não lhes interessam o crescimento de nações emergentes, como o Brasil, a
China, a Índia, capazes de assumirem o status de nações perturbadoras da ordem internacional
estabelecida pelos "donos do mundo".
Temos então a explicação para a desesperada tentativa feita pelas nações mais desenvolvidas
para impedir o progresso do Brasil, procurando quebrar a Integridade do Patrimônio Nacional e a
Integração Nacional.
Movimentos separatistas são estimulados do exterior. Demarcação criminosa de "reservas
indígenas". Estímulo a "quilombolas" e cotas raciais. Tudo isto para estimular a quebra da coesão social.
Isto é crime de lesa-pátria!
Atingindo o Estado Nacional Soberano, enfraquecem-nos, tornando mais fácil disseminar a
cizânia entre nós, para procurar evitar que nosso país alcance o patamar de potência emergente. Só
para exemplificar: cerca de 20% das reservas de água doce no mundo pertencem ao Brasil (15% na
Amazônia) e o segundo país, o Canadá, tem apenas 14% das reservas mundiais e isto contando as
águas contidas nas geleiras.
A água potável vai tornar-se cada vez mais rara. E nós a temos em abundância. Daí a estratégia
imposta pelos "donos do mundo", os detentores do capital transnacional, líderes do sistema financeiro
internacional, para progressivamente implantar um governo mundial.
As etapas do processo estão claramente delimitadas, em linhas gerais. Primeiro, a adoção da
"globalização", nova denominação do "neocolonialismo", partindo dos países centrais para a periferia,
com o domínio da expressão econômica do Poder Nacional, através da imposição dos ditames dos
organismos internacionais: FMI, OMC, Banco Mundial, BID etc.
Abertura da economia, com eliminação de barreiras protecionistas, adoção da lei de patentes,
inclusive com efeito retroativo, privatização selvagem, para transferir o patrimônio real das nações menos
desenvolvidas para os detentores do "papel pintado", controle da inflação, para garantia do retorno das
suas aplicações de capital e outras.
A seguir, o total controle dos meios de comunicação de massa, seja através da colocação de
pessoas de confiança, os "testas-de-ferro", até a participação via indireta no comando das empresas de
jornalismo, ou emprestando-lhes moeda para mantê-los dependentes ou simplesmente remunerando
regiamente os principais formadores de opinião e jornalistas famosos, montando a chamada "mídia
amestrada".
Discute-se até, no momento, no Congresso Nacional, a participação de grupos estrangeiros nos
órgãos de comunicação, o que representará o golpe final na independência dos órgãos de comunicação.
Em paralelo, atuam através de inúmeras ONGs, financiadas pelo exterior, sem qualquer controle,
com dirigentes percebendo salários vultosos, sem prestar contas a ninguém e com recursos abundantes
para colocar suas mensagens na imprensa, objetivando fabricar a chamada "opinião publicada".
Falam em nome do povo (sociedade civil), sem procuração. Trabalham incansavelmente para
destruir as Instituições Nacionais: Família, Igreja, Estado, Escola, Empresa. Procuram demolir o Estado
Nacional Soberano, minimizar a importância da Igreja, desmoralizar os princípios e valores fundamentais
da Família, da Escola e da Empresa. Sucateam as Forças Armadas, procurando subtrair-lhes quaisquer
possibilidades de cumprir suas missões constitucionais.
Tudo isto é feito em vários países simultaneamente, no mundo inteiro. Para isto criam
organizações para cooptar lideranças políticas existentes, para propiciar-lhes meios de assumir o poder
constitucionalmente e administrar segundo as suas determinações. Quando apuramos suas fontes de
financiamento, identificamos, em sua grande maioria, origem externa, proveniente de grandes
corporações multinacionais.
Agora mesmo, nas discussões sobre a questão do meio ambiente em Copenhague, em encontro
a ser realizado em dezembro, há claramente a tentativa de imposição de um governo mundial, a pretexto
de salvar o planeta. Há denúncias sobre isto, ignoradas pelo mundo, em especial no Brasil.
Segundo Lord Christopher Monckton, ex-conselheiro de Margaret Thatcher, o Rascunho de
Copenhague objetiva instalar o governo mundial. Lord Monckton fez uma longa conferência em Saint
Paul, Minnesota, EUA, resumindo o que há no draft da próxima reunião de Copenhague.
O sítio "A nova ordem mundial" teve a oportuna iniciativa de difundir, legendados em português,
os minutos finais do vídeo. Neles, o conferencista resume o conteúdo do rascunho de Copenhague.
Esta omissão espantosa já foi apontada pelo influente The Wall Street Journal, porém os ecoalarmistas
não parecem se incomodar com nada. Vamos difundir e divulgar estas informações e lutar
contra a perda de nossa soberania e nossas riquezas, enquanto é tempo.
Marcos Coimbra
Conselheiro diretor do Cebres, professor de Economia e autor do livro Brasil Soberano.




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Re: GEOPOLÍTICA

#1011 Mensagem por Marino » Qui Nov 26, 2009 11:56 am

Siguen las diferencias entre EEUU y Brasil
Nov-25-09 - por Rosendo Fraga

EEUU ratificó el reconocimiento de la elección hondureña y ello lo aleja más de la mayoría de los países de la región. El número dos del Departamento de Estado para América Latina (Craig Kelly) visitó Tegucigalpa, ratificando que su país reconocerá el resultado de la elección presidencial que tendrá lugar el 29 de noviembre. Seguidamente, un vocero del Departamento de Estado elogió la decisión del Micheletti de alejarse del cargo durante la semana de los comicios. Mientras tanto Brasil, coincidiendo con otros países de la región como Argentina, reiteró que no reconocerá el resultado de la elección, ratificando la diferencia con Washington en este punto. Por su parte, el presidente hondureño destituido (Zelaya) calificó de traición la actitud de la Administración Obama de reconocer la elección hondureña y reclamó postergar o impugnar los comicios. Frente a Cuba, Obama expresó su intención de dialogar en forma directa, pero la entrevista que concedió a una bloguera cubana opositora profundizó las diferencias con el régimen castrista. Cabe señalar que la ONG Human Rights sostuvo que la represión bajo el gobierno de Raúl Castro sigue en el mismo nivel que con Fidel, realizándose cinco días de ejercicios militares sobre la hipótesis de una invasión de EEUU. El uso de bases colombianas por parte de Fuerzas Armadas de EEUU generó nuevas críticas de Brasil, expresadas por Lula durante la visita de la Presidente argentina a Brasilia.

La visita del presidente de Irán a Brasil también mostró diferencias entre Washington y Brasilia. En pocos días visitaron éste país el Presidente de Israel (Peres), el de la Autoridad Palestina (Abbas) y el de Irán (Ahmadinejad). Es posible que estas visitas tengan relación con la intención de Lula de jugar un rol como mediador en el conflicto de Medio Oriente, algo que le permitiría terminar su segundo mandato con un éxito internacional de alcance global. Pero la crítica a la actitud de EEUU frente a los asentamientos israelíes en Cisjordania agregó una nueva diferencia a las mencionadas en política regional. Peres pidió a Lula frenar la influencia iraní en la región y Abbas que gestionará ante Teherán el cese del apoyo iraní a Hamas. Frente a las críticas por la visita de Ahmadinejad, el canciller brasileño (Amorim) sostuvo que el plan nuclear iraní no perseguía obtener el arma nuclear, lo que Lula reiteró. Mientras tanto, el gobierno brasileño informó que la economía crecería 6,5% en 2010, al mismo tiempo que en los sondeos la oposición está ganando las elecciones presidenciales que tendrán lugar el año próximo y el PT muestra divisiones frente a ellas. En la política regional, el Senado sigue demorando aprobar la incorporación de Venezuela como miembro pleno del MERCOSUR, algo que Lula ha comprometido ante Chávez, pero que no logra -o no quiere- resolver. Abbas también visitó Argentina y Peres primero estuvo en Washington, pasó después por Brasilia y Buenos Aires y continuó su gira por Europa.

La tensión entre Colombia y Venezuela continúa e incluso se incrementa. Chávez anunció la llegada de 300 blindados adquiridos en Rusia y Uribe, por su parte, envió 2.000 hombres a la frontera con motivo de incidentes violentos que han tenido lugar en los últimos días. El gobierno colombiano acusó al venezolano de haber volado dos puentes que comunicaban ambos países a través de la frontera y Uribe -quien enfrenta incertidumbre respecto la posibilidad de presentarse para un tercer mandato,- convocó a una alerta para evitar agresiones provenientes de su par venezolano. Mientras tanto Bogotá profundiza su reconciliación con Ecuador, habiéndose acordado intercambiar agregados militares el próximo mes de diciembre. Por su parte Chávez profundiza su giro hacia el socialismo, expropiando otra empresa del grupo argentino Techint, interviniendo cuatro bancos. Está reconociendo que el país enfrenta la recesión y exhortando a consumir menos luz y agua. Todo ello curre al mismo tiempo que continúa la tensión verbal entre los gobiernos de Perú y Chile. El Presidente Alan García convocó a la unidad nacional por el incidente surgido con Chile por el espionaje militar, argumentando que este país tiene envidia del éxito económico peruano. Por su parte Bachelet rechazó estas declaraciones calificándolas de ofensivas y altisonantes, y rechazó que la UNASUR medie en el conflicto.

Las elecciones presidenciales que tendrán lugar en Uruguay, Honduras y Bolivia muestran tendencias definidas, manteniéndose la incertidumbre sobre lo que pueda suceder en Chile. En el primer país, el candidato de la coalición de izquierda oficialista Frente Amplio (Mujica), mantiene una diferencia de 7 puntos sobre el candidato de centro-derecha (Lacalle) para la segunda vuelta que se realiza el último domingo de noviembre. El primero recibió el apoyo de Lula y aseguró que mantendrá la disciplina fiscal y el segundo da prioridad a la inseguridad. El mismo día tendrá lugar la polémica elección presidencial en Honduras, ubicándose primero en los sondeos Porfirio Lobo del Partido Nacional -partido diferente al del Presidente de facto (Micheletti)-, pero opuesto al presidente destituido (Zelaya). La elección presidencial en Bolivia es el primer domingo de diciembre y el Presidente Evo Morales se impondría en la primera vuelta con más del 50% de los votos, habiendo tomado apuestas de que obtendrá también mayoría en el Congreso. Hasta acá en las tres elecciones ganarían candidatos del oficialismo o apoyados por el mismo. En cambio en la elección chilena que tiene lugar en el segundo domingo de diciembre habrá segunda vuelta entre el candidato de la derecha (Piñera), con aproximadamente 40% de intención de voto, contra alguno de los dos candidatos de la coalición oficialista de centro-izquierda (Frei u Ominami), teniendo cerca del 20% de intención de voto cada uno. Las simulaciones en base a encuestas muestran una segunda vuelta muy reñida entre Piñera y cualquiera de los otros dos.




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Re: GEOPOLÍTICA

#1012 Mensagem por Marino » Sex Nov 27, 2009 2:13 pm

Mais um ridículo passado pelo Brasil
=================================
O ESTADO DE SÃO PAULO – 27/11/09
Ausência de presidentes em Manaus constrange Lula



Apenas 1 dos 8 chefes de Estado da região esteve na reunião sobre ambiente; presidente francês compareceu



A ausência de sete dos oito presidentes amazônicos convidados para o encontro de Manaus irritou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Na opinião do governo, a atitude revela o interesse nulo que há na região pelo tema das mudanças climáticas.
O documento assinado no fim da reunião, à qual compareceram apenas Bharrat Jagdeo, da Guiana, e o francês Nicolas Sarkozy, representando a Guiana Francesa, mantém um discurso comum entre os países que têm florestas: nós protegemos, vocês pagam. Na carta, os nove se comprometem com um "crescimento econômico sustentável, inclusão social e sustentabilidade climática", mas cobram "financiamento adequado e previsível".



"O documento que assinamos hoje tem a mesma validade que teria se estivessem presentes todos os presidentes", afirmou Lula. "Ele vai balizar o comportamento dos chefes de Estado da América do Sul em Copenhague, sem que nenhum presidente abra mão da soberania do seu Estado." Lula também disse que "a hora é de responsabilidade coletiva, que estamos assumindo. A negociação do clima é como a muralha da China. É longa, é cansativa, mas alguém teve de colocar a primeira pedra."



O presidente francês explicou que propôs que 20% dos recursos do fundo de financiamento da União Europeia que deverá ser criado durante a COP-15 financie ações contra o desmatamento e disse que pretende pressionar a UE para apresentar em Copenhague a meta de 30% de redução de emissões em relação a 1990, e não de 20%.



Mas a ausência da maioria deixou Lula em situação constrangedora. Pessoalmente interessado em levar a voz da Amazônia a Copenhague, ele se empenhou em convidar pessoalmente os colegas e, na abertura da reunião da tarde, teve de explicar a ausência dos demais.



A desculpa do presidente Álvaro Uribe (Colômbia) foi um machucado na perna, resultado de uma queda de um cavalo. Hugo Chávez (Venezuela) alegou que o presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, teria estendido sua visita ao país - na verdade ele foi embora na manhã de ontem - e que o presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas, chegaria durante a tarde. Evo Morales (Bolívia) disse não querer se ausentar por conta das eleições; Rafael Correa (Equador) está na Bélgica; Alan García (Peru) e Ronald Venetiaan (Suriname) alegaram problemas de agenda. Ao final, até a foto oficial foi cancelada.




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Re: GEOPOLÍTICA

#1013 Mensagem por Penguin » Sex Nov 27, 2009 10:20 pm

CB 23 Novembro 2009

Agentes da Abin desconfiam do Irã
Parceiro explosivo

Lucas Figueiredo

Dois líderes de contraterrorismo da Abin contrariam pragmatismo do Planalto e chamam Irã de “financiador do terror”.


Para o Palácio do Planalto e para o Itamaraty, o Irã, do presidente Mahmoud Ahmadinejad, que faz hoje uma visita (1) relâmpago ao Brasil, é um parceiro comercial como qualquer outro país. Para a Agência Brasileira de Inteligência (Abin), não. Afinado com a maioria de seus congêneres no mundo ocidental, o serviço secreto brasileiro ainda vê o Irã como uma das grandes fontes de financiamento do terrorismo internacional.

Dois dos principais agentes da área de contraterrorismo da Abin — os comandantes de inteligência Eliane Schroder de Moura e Romulo Rodrigues Dantas — consideram o Irã a face oculta do Hezbollah, a organização terrorista baseada no Líbano, que foi pioneira no uso de homens-bomba. “O Hisballah (uma das grafias do Hezbollah) mantém relações externas, notadamente, com o Irã e a Síria, de quem recebe apoio político, militar, econômico e civil”, escreveu Eliane na edição de setembro de 2007 da Revista Brasileira de Inteligência, publicação da Abin voltada para os integrantes do Sistema Brasileiro de Inteligência (Sisbin). Na época em que o artigo foi publicado, Ahmadinejad iniciava o terceiro ano de governo. Até ontem, a Abin mantinha a edição da revista disponível em seu site (www.abin.gov.br).

Segundo a agente, “os membros combatentes do Hisballah recebem treinamento, apoio, ajuda financeira e material da Guarda Revolucionária Iraniana”. A Guarda Revolucionária é uma divisão das Forças Armadas do Irã e teve em seus quadros o próprio Ahmadinejad. Na mesma edição da revista da Abin, o comandante de inteligência Romulo Rodrigues Dantas afirma que “serviços de inteligência ocidentais estimam que entre US$ 100 milhões e US$ 200 milhões são doados anualmente ao Hizballah pelo governo do Irã, na forma de assistência militar, mercadorias e recursos financeiros”. Ainda segundo o agente, “haveria, ainda, evidências de que iranianos também participariam diretamente no planejamento de operações do Hisballah”.

Romulo e Eliane são experts em contraterrorismo. Ele já comandou a Diretoria de Contraterrorismo da Abin e serviu em Washington como representante da agência no Comitê Interamericano contra o Terrorismo (Cite), órgão da Organização dos Estados Americanos (OEA). Eliane substituiu Romulo no posto na capital norte-americana. Os artigos de ambos na revista da Abin têm como foco o Hezbollah. O texto de Romulo é intitulado “O Hisballah e a evolução do quadro no Oriente Médio”. O de Eliane, “O Partido de Deus no Líbano”, tradução para o português do termo árabe Hezbollah.

Sem pragmatismo

O que os agentes afirmam em relação ao Irã não é novidade, mas vai em sentido contrário ao discurso pragmático do Palácio do Planalto e do Itamaraty, que empenham apoio político ao polêmico Ahmadinejad. Eliane é a mais contundente. Segundo ela, o Hezbollah “se fortaleceu com armas e munições da Síria e do Irã”. A agenda político-militar da organização, ainda de acordo com a agente, é definida “em cooperação com Teerã-Irã”. “O líder máximo da organização é o aiatolá iraniano Ali Khamenei”, afirma ela.

Entre os atos terroristas atribuídos ao Hezbollah estão os ataques contra a Embaixada dos EUA em Beirute (1983 e 1984), o sequestro de 17 norte-americanos e outros cidadãos ocidentais (1984 e 1988), o sequestro do voo da TWA (1985) e os atentados à Embaixada de Israel em Buenos Aires (1992) e à Associação Mutual Israelita Argentina (1994). Centenas de pessoas morreram nessas ações.

À espera

Eliane não descarta a possibilidade de a organização terrorista armada e financiada pelo Irã atuar na América Latina. “O Hisballah mantém células em várias partes do mundo, com ampla infraestrutura no Oriente Médio, na África Ocidental e na Europa. Devido à existência de expressiva colônia na América Latina, pode dispor de eventual apoio neste continente”, afirma a agente.

De acordo com Romulo, o Hezbollah foi “o primeiro (grupo terrorista) a valer-se de homens-bomba” islâmicos na era moderna” e “o primeiro a realizar ataques múltiplos”. Ainda segundo ele, a organização é imitada pela Al-Qaeda, grupo terrorista responsável pelas ações mais violentas dos últimos anos, como a derrubada das torres do World Trade Center, em Nova York, e o ataque à sede do Pentágono, em Washington, em setembro de 2001.

Brasília
Mahmud Ahmadinejad, que viaja com uma comitiva de cerca de 300 pessoas, entre empresários e funcionários de Teerã, passará pouco mais de 24 horas em Brasília. O principal ponto de interesse nas relações Brasil-Irã é o petróleo. Está prevista a assinatura de 23 acordos bilaterais entre os dois países nas áreas de energia, petroquímica, alimentos e medicamentos.




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Re: GEOPOLÍTICA

#1014 Mensagem por Penguin » Sex Nov 27, 2009 10:21 pm

Brasil - Irã


Defesa@Net 27 Novembro 2009
UOL 27 Novembro 2009

Resolução da AIEA condena Irã por programa nuclear; Brasil se abstém



Dos 35 países membros da agência nuclear da ONU, 25 votaram a favor da resolução, três (Cuba, Venezuela e Malásia) contra e seis, entre eles o Brasil, se abstiveram. O representante do Azerbaijão não compareceu à votação.

Mas não ficou claro se a medida, patrocinada por seis potências mundiais, poderia se traduzir em apoio da Rússia e da China para sanções que os líderes ocidentais possam aplicar ao Irã caso o país não comece a dispersar as suspeitas sobre sua ambição nuclear.

O documento aprovado foi apresentado pelas seis potências que negociam a questão nuclear com o Irã (os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU, Estados Unidos, Reino Unido, França, Rússia e China, além da Alemanha).

O texto intima a República Islâmica a "suspender imediatamente" a construção da nova central de enriquecimento de urânio em uma montanha perto da cidade sagrada de Qom, que teve a existência ocultada até setembro. A resolução expressa a "séria preocupação" de que Teerã siga "desafiando as exigências "da comunidade internacional".

Também exige que Teerã informe os objetivos da central e o calendário de realização, além de confirmar que não adotou nenhuma decisão sobre a construção ou autorização de qualquer instalação que não tenha sido informada à AIEA.

O texto, elaborado pela Alemanha em coordenação com as cinco potências do Conselho de Segurança, vinha sendo redigido enquanto a AIEA esperava uma resposta iraniana para sua proposta de transferir a maior parte do urânio enriquecido no Irã ao exterior.

No marco desta medida de criação de confiança, França e Rússia se comprometeram a transformar esse material em combustível nuclear para um reator científico em Teerã.

Por outro lado, a resolução de hoje critica a construção sem aviso prévio de uma nova fábrica de enriquecimento de urânio na cidade de Qom, a sudoeste de Teerã.

O fato de que o Irã não tenha informado a tempo à AIEA da existência dessa instalação "não contribui para a criação de confiança", diz o documento.

A fábrica de Qom "reduz o nível de confiança sobre a ausência de outras instalações" e cria dúvidas sobre se "existem outras instalações nucleares no Irã que não foram declaradas", adverte a resolução.

O Irã reconheceu em setembro passado que está construindo em Qom uma segunda usina de enriquecimento de urânio, muito menor que o centro de Natanz, o que causou inquietação na comunidade internacional.

O mal-estar aconteceu porque muitos especialistas consideram que o tamanho da instalação, que entrará em funcionamento em 2011, não é compatível com um programa nuclear civil.

Estados Unidos e União Europeia suspeitam que o Irã esteja trabalhando em um programa nuclear militar clandestino, algo que o país nega, alegando necessidades médicas e energéticas para seu programa atômico.

A resolução será transmitida ao Conselho de Segurança da ONU.

Repercussões

Após o anúncio, o Irã afirmou que irá reduzir o nível de sua cooperação com a AIEA como reação à resolução adotada. O embaixador do Irã na AIEA, Ali Asghar Soltanieh, disse que seu país irá eliminar qualquer cooperação voluntária com os inspetores da ONU. "Vamos tentar nos restringir aos limites do acordo de salvaguarda (controles)", disse o diplomata.

Soltanieh também afirmou que o Irã estuda "outras opções" para enriquecer o seu urânio. O diplomata iraniano disse que a resolução "não irá deter" o programa nuclear do Irã e que seu governo "não aplicará" o conteúdo do documento, pois se trata de uma "resolução política".

"Este é um sinal de que a paciência está acabando. Nós não podemos continuar o diálogo por amor ao diálogo", disse o enviado dos EUA à AIEA, Glyn Davies. "Não podemos ter rodadas e rodadas de negociações infrutíferas, negociações circulares que não nos levam onde queremos chegar", acrescentou.

Davies disse que é "imperativo para o Irã cumprir suas obrigações internacionais e oferecer transparência em seu programa nuclerar, do que apresentar mais evasivas e reinterpretações unilaterais de suas obrigações".

No Reino Unido, o ministro de Relações Exteriores, David Miliband, afirmou em uma nota divulgada à imprensa que "a resolução aprovada hoje pela junta de governadores da AIEA envia um sinal mais forte possível ao Irã de que suas ações e intenções seguem sendo um assunto de grave preocupação internacional".




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Re: GEOPOLÍTICA

#1015 Mensagem por Bourne » Sáb Nov 28, 2009 12:12 am

Nenhuma novidade. O estranho seria se o Brasil votasse a favor e se unisse aos três que super potências que votaram a favor. Aliás, nem China e Rússia votaram a favor, mas pelo contrário. Possivelmente, derivada de desconfianças e mais desconfianças. :roll:




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Re: GEOPOLÍTICA

#1016 Mensagem por Penguin » Sáb Nov 28, 2009 1:16 am

Bourne escreveu:Nenhuma novidade. O estranho seria se o Brasil votasse a favor e se unisse aos três que super potências que votaram a favor. Aliás, nem China e Rússia votaram a favor, mas pelo contrário. Possivelmente, derivada de desconfianças e mais desconfianças. :roll:
A chapa do Irã está esquentando com inédito apoio da Rússia e China:
[...]
A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) aprovou uma moção condenando o Irã por construir uma instalação para enriquecimento de urânio, cuja existência foi revelada apenas em setembro.

A agência da ONU também exigiu que o governo do Irã paralise imediatamente o projeto.
[...]

[...]
A resolução, a primeira contra o Irã em quase quatro anos, foi aprovada por 25 votos a três, com seis abstenções, inclusive com o apoio da China e da Rússia - indicando que os dois países poderão ser favoráveis à aprovação de novas sanções contra o Irã pelo Conselho de Segurança da ONU.
[...]
http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticia ... eafn.shtml

[...]
Iran faced a display of rare international unity today when the UN's nuclear watchdog demanded it halt work on a secret uranium enrichment plant whose exposure highlighted concerns that the country is seeking nuclear weapons.

Russia and — even more unsually — China lined up with the US, Britain, France and Germany to censure Iran in a vote by the board of the International Atomic Energy Agency (IAEA), passing the first resolution against the Islamic regime since 2006.

The 25-3 vote could form the basis for a future binding resolution by the UN security council, which in turn could, in theory, be used to impose sanctions.
[...]

[...]
Iran's standard response is to warn that it will reduce co-operation if put under pressure, but western diplomats believe it will not want to alienate its supporters by openly acting illegally. Cuba, Malaysia and Venezuela opposed the IAEA resolution. Brazil, Egypt, Pakistan, South Africa, Turkey and Afghanistan abstained.
[...]
http://www.guardian.co.uk/world/2009/no ... lear-plant




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Re: GEOPOLÍTICA

#1017 Mensagem por DELTA22 » Sáb Nov 28, 2009 2:49 am

O resumo dessa opera é assim: quem tá fora quer entrar, quem tá dentro não quer sair (sem trocadilhos). 8-] :lol: :mrgreen:




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Re: GEOPOLÍTICA

#1018 Mensagem por Sterrius » Sáb Nov 28, 2009 4:11 am

Brasil votou como esperava!

O Brasil apoia o irã com armas nucleares? Não!
O Brasil apoia controle rigido sobre o que cada pais faz com seu programa nuclear? Não!

O Problema das regras atuais nao é o caso em questão! È o precedente que ele pode gerar! Se o Brasil vota a favor mais tarde podem usar isso como precedente pro caso do Brasil querer construir uma nova usina de processamento de uranio! (Mesmo que nao seja secreta, pedirem altas investigações e tentar barrar).

Absurdo? Talvez! Mas melhor prevenir que remediar!

Delta 22 resumiu bem a situação! O status quo nuclear atual nao vai durar muitas decadas enquanto nao houver meios de "entrar pro clube" de maneira legal! Ou deixa mais gente entrar ou levam em frente seus desarmamentos!




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Re: GEOPOLÍTICA

#1019 Mensagem por Penguin » Dom Nov 29, 2009 11:05 am

FSP, São Paulo, domingo, 29 de novembro de 2009


ALBERT FISHLOW

Relações internacionais
As aparentes esperanças brasileiras de ter um papel importante no Oriente Médio terão de ser reconsideradas


UM EVENTO importante teve lugar nos EUA durante a semana -e terá importância futura para o restante do mundo e especialmente para o Brasil.
Foi o primeiro jantar de Estado do presidente Obama na Casa Branca, em honra do primeiro-ministro indiano, Manmohan Singh. Duas semanas atrás, Obama esteve na China e na volta encontrou críticas devido à falta de provas concretas de sucesso. A Índia, com sua continuidade democrática, seu compromisso cada vez mais amplo para com a globalização e seu rápido crescimento econômico, anseia por uma posição internacional de maior destaque. Os EUA claramente preferem uma aliança multilateral mais diversificada a um G2 estreito que envolveria apenas a China.
A declaração conjunta dos dois líderes ofereceu uma promessa de interação continuada e ainda mais profunda no século 21, com "uma Índia próspera desempenhando papel cada vez mais importante nos assuntos mundiais". Houve menção explícita ao ataque contra Mumbai no ano passado, o que talvez por fim tenha garantido o indiciamento formal pelo Paquistão de sete suspeitos de terrorismo, um dia depois.
Da declaração constava também o compromisso de trabalho conjunto em Copenhague quanto à questão do aquecimento global, bem como cooperação para a segurança alimentar, o comércio e o investimento. Vale notar que os EUA já são o maior parceiro comercial da Índia. No final, o texto trazia um compromisso claro de promover reforma genuína nas Nações Unidas e em seu Conselho de Segurança. Isso se traduz em apoio explícito a uma posição permanente para a Índia, quando uma reforma for realizada.
Seria possível repetir boa parte dessa declaração, com a substituição de "Índia" por "Brasil" no texto? No momento, dificilmente.
A despeito do desenvolvimento de um relacionamento muito positivo entre Obama e Lula desde o começo, os contatos bilaterais posteriores parecem ter andado para trás. A Rodada Doha de negociações comerciais não parece a ponto de ser retomada imediatamente. A Colômbia receberá apoio adicional dos EUA, a despeito da oposição declarada da Venezuela e da insatisfação do Brasil.
Uma eleição acontece hoje em Honduras, e o resultado será reconhecido pelos Estados Unidos, apesar de o acordo inicial para a recondução do presidente Zelaya ao poder não ter sido implementado. As esperanças iniciais do Brasil quanto a assumir um papel de liderança regional na solução do problema deram lugar a sugestões de Marco Aurélio Garcia de que "agora os Estados Unidos ficarão isolados -e isso é muito ruim para os Estados Unidos e seu relacionamento com a América Latina".
De igual importância foi a recente visita do presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, durante a qual o Brasil aparentemente ratificou sua rejeição aos esforços iniciais para chegar a um acordo com os Estados Unidos e outros países que restrinja a independência nuclear do Irã. Mohammed El Baradei, que está a poucos dias de encerrar seu mandato como diretor da AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica), declarou que as relações com Teerã chegaram a um "beco sem saída" devido à falta de cooperação plena.
As aparentes esperanças brasileiras de um papel importante para o país na solução da crise do Oriente Médio -com as visitas anteriores dos presidentes de Israel, Shimon Peres, e da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas- agora terão de ser reconsideradas.

Tradução de PAULO MIGLIACCI

ALBERT FISHLOW, 73, é professor emérito da Universidade Columbia e da Universidade Berkeley. Escreve quinzenalmente, aos domingos, nesta coluna




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Re: GEOPOLÍTICA

#1020 Mensagem por suntsé » Dom Nov 29, 2009 1:34 pm

Santiago escreveu: Vale notar que os EUA já são o maior parceiro comercial da Índia. No final, o texto trazia um compromisso claro de promover reforma genuína nas Nações Unidas e em seu Conselho de Segurança. Isso se traduz em apoio explícito a uma posição permanente para a Índia, quando uma reforma for realizada.
Mais uma potencia militar vai ocupar acento como membro permanente no conselho de segurança da ONU......

Enquanto isso pos politicos tupiniquins...continuaram achando que vão conquistar o mundo com converça fiada....




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