alb escreveu:Orestes, vejo muita coerencia em seus posts, e gostaria que vc, e os amigos que se interessarem, que explicasse qual o real conceito de low numa forca aerea, pois como entendo, seria um vetor mais capaz, e com um valor alto de aquisicao (hi) e um mais em conta e que pudesse ser adquirido em maiores quantidades, nem por isso sendo menos capaz em suas funcoes.
seria como a Franca ter Rafale e M2000-9.
como foi citado na Midia que o NG, sairia metade do valor de dos outros vetores, pq nao aproveitar e ter 36 fx2 e (supondo que a quantidade de vetores no total seja de 88, como foi dito por ai) ao inves de
+ 52 vetores, termos 100 gripens C com Aesa.
seria uma forca e tanto nao????
sei que vao falar em logistica e etc, mas..., vejam a situacao proposta.
abracos a todos
Albernaz
Olá Albernaz,
classificar o que é "hi" e o que é "lo" me parece uma tarefa mais do que ingrata. Tipicamente o low é "classificado" como um caça muito capaz, mas com baixo custo de manutenção e também de preço; discordo desta análise, passa a ideia que é um produto feito para ser abatido a baixo custo, não gosto disso.
Não acho boa a comparação Rafale X M-2000 como exemplo de hi-lo, até porque o custo do M-2000, bem como sua manutenção é muito próximo daquela do Rafale, porém, sabidamente, o M-2000 tem menos "poder" do que o Rafale.
A pergunta que resta é: o que é "hi" e "lo"? Bem, o que é low para um dado país pode ser hi para outro. Por exemplo, analisando os F-5M e os M-2000C do Brasil, qual seria o low??? O F-5M é mais barato para se obter e para manter do que o M-2000C, porém o primeiro tem uma eletrônica bem mais atual.
Cada país tem o seu conceito (e jamais definição) do que seria hi ou lo, no caso do Brasil, hoje, um F-16 novo seria um hi, sem dúvida, mas não para os EUA. Digamos, em suma, que um "lo" seria um caça pau pra toda obra e jamais um Gripen (qualquer modelo, C ou NG) seria um deles. Hoje, talvez amanhã, o nosso único lo será o ST, sendo otimista.
Hoje o Brasil tem quatro vetores aptos ao combate: Super Tucano, A-1, F-5 e M-2000. Qual seria o hi e o lo? Pra mim, todos são lo. Se a FAB optar, unicamente, pelo Gripen NG, F-18 SH ou Rafale, só teremos hi, em comparação ao que temos hoje.
E se optarmos por F/A-18 SH e Gripen NG, por exemplo (pelo fato de ter o mesmo motor, exemplo novamente), pra mim teremos dois hi, jamais um hi e um lo, apenas o tempo poderá dizer quem é hi ou lo. Explico, se o F-18 ficar mais parado (muito) do que o NG, quem seria o hi de fato? O tal hi não deveria ser aquele que está mais apto ao combate? E se o NG ficar mais estocado (como o A-1) do que o ST, quem seria o lo nesta história?
Este papo é relativo, pra mim o hi e lo é consequência do que realmente acontece em uma dada Força e não o alcance, preço, custo de manutenção, e capacidade de carga de um caça, assim penso.
Pra encerrar, quem era o hi e o lo nos combates aéreos das Malvinas, os supersônicos M-III da Argentina ou os subsônicos Sea Harrier da Inglaterra? Aqui, por exemplo, seria o caso de classificar entre hi e lo aquele que venceu ou perdeu o combate?
Resumindo, não existe hi e lo, isso só existe na cabeça dos entusiastas, sob a ótica dos militares o que existe é um vetor apto (ou não) para cumprir uma dada missão.
Grande abraço,
Orestes