Imprensa vendida
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Re: Imprensa vendida
A teoria petista da imprensa
Por Elio Gaspari em 27/10/2009
Reproduzido da Folha de S.Paulo, 25/10/2009; título original "Nosso Guia e a teoria petista da imprensa"
A batatada de Lula em sua entrevista ao repórter Kennedy Alencar reflete, de forma tosca e resumida, a opinião do comissariado de informações do Planalto e da nação petista sobre os meios de comunicação. Ele disse o seguinte: "Não acho que o papel da imprensa é fiscalizar. É informar. (...) Essa informação pode ser de elogios, de denúncias. (...) Para ser fiscal tem o Tribunal de Contas, a Corregedoria-Geral da República, tem um monte de coisas".
Nesse modelo não haveria lugar para as recentes denúncias de torturas de presos por agentes do governo americano. Muito menos para o caso Watergate, que acabou derrubando um presidente dos Estados Unidos. Mensalão? Nem pensar. Em todos os casos foi a ação fiscalizadora da imprensa que disparou e permitiu as investigações. Não se tratou de uma bobagem do tipo "quando Napoleão foi à China". O comissariado realmente acredita que há uma conspiração da imprensa contra o governo e sonha com a construção de um novo modelo para os meios de comunicação brasileiros.
Noves fora a tentativa de expulsão do jornalista Larry Rother, Nosso Guia jamais moveu um dedo contra alguém por conta do que disse dele ou de seu governo. Feita essa ressalva, fica o registro de que é grande a simpatia do comissariado pelas iniciativas do coronel Hugo Chávez na Venezuela. Uma compreensão paternal: "Não concordo, mas entendo".
Todos os governos acham que são perseguidos por conspirações da imprensa, mas Nosso Guia estimula seus paranoicos. Sem fiscalização, ele continuaria falando em "Corregedoria-Geral da República". Isso não existe, o nome certo é Controladoria-Geral da União e seu titular é escolhido pelo presidente.
http://observatorio.ultimosegundo.ig.co ... =561JDB003
Por Elio Gaspari em 27/10/2009
Reproduzido da Folha de S.Paulo, 25/10/2009; título original "Nosso Guia e a teoria petista da imprensa"
A batatada de Lula em sua entrevista ao repórter Kennedy Alencar reflete, de forma tosca e resumida, a opinião do comissariado de informações do Planalto e da nação petista sobre os meios de comunicação. Ele disse o seguinte: "Não acho que o papel da imprensa é fiscalizar. É informar. (...) Essa informação pode ser de elogios, de denúncias. (...) Para ser fiscal tem o Tribunal de Contas, a Corregedoria-Geral da República, tem um monte de coisas".
Nesse modelo não haveria lugar para as recentes denúncias de torturas de presos por agentes do governo americano. Muito menos para o caso Watergate, que acabou derrubando um presidente dos Estados Unidos. Mensalão? Nem pensar. Em todos os casos foi a ação fiscalizadora da imprensa que disparou e permitiu as investigações. Não se tratou de uma bobagem do tipo "quando Napoleão foi à China". O comissariado realmente acredita que há uma conspiração da imprensa contra o governo e sonha com a construção de um novo modelo para os meios de comunicação brasileiros.
Noves fora a tentativa de expulsão do jornalista Larry Rother, Nosso Guia jamais moveu um dedo contra alguém por conta do que disse dele ou de seu governo. Feita essa ressalva, fica o registro de que é grande a simpatia do comissariado pelas iniciativas do coronel Hugo Chávez na Venezuela. Uma compreensão paternal: "Não concordo, mas entendo".
Todos os governos acham que são perseguidos por conspirações da imprensa, mas Nosso Guia estimula seus paranoicos. Sem fiscalização, ele continuaria falando em "Corregedoria-Geral da República". Isso não existe, o nome certo é Controladoria-Geral da União e seu titular é escolhido pelo presidente.
http://observatorio.ultimosegundo.ig.co ... =561JDB003
"O correr da vida embrulha tudo,
a vida é assim: esquenta e esfria,
aperta e daí afrouxa,
sossega e depois desinquieta.
O que ela quer da gente é coragem."
João Guimarães Rosa
a vida é assim: esquenta e esfria,
aperta e daí afrouxa,
sossega e depois desinquieta.
O que ela quer da gente é coragem."
João Guimarães Rosa
Re: Imprensa vendida
Sexta-feira, maio 16, 2008
OS CHAPÉUS DE ELIO GASPARI
Paulo Henrique Amorim
Máximas e Mínimas 1123
. O colonista de “Livros” da Folha (da Tarde *) e do Globo, Elio Gaspari, usa muitos chapéus.
. O chapéu da família Marinho.
. O chapéu da família Frias.
. O chapéu tucano.
. O chapéu contra a privataria, embora jamais tenha falado do Daniel Dantas …
. O chapéu anti-Lula.
. O chapéu “independente”.
. O chapéu contra a tortura.
. O chapéu Golbery.
. O chapéu contra a ditadura.
. O chapéu Geisel.
. O chapéu Harvard.
. O chapéu Jorge Paulo Lehman.
. O chapéu Heitor Aquino Ferreira.
. O chapéu Companhia das Letras.
. O chapéu família Moreira Salles.
. O chapéu comunista.
. O chapéu americano.
. É por isso que não se entende o que ele diz.
. É uma charada.
. É por isso que ele se especializa em fazer denúncias em tom grave – sobre questões irrelevantes.
. É que ele se embaralha com tanto chapéu.
. É o malabarista que joga muitas garrafas para cima – e, de vez em quando, uma cai no chão …
. É porque, na verdade, todos esses chapéus são um disfarce.
. Gaspari só usa um chapéu.
. O chapéu do Serra.
. Gaspari é o único conselheiro em que Serra confia.
. Eles se falam três vezes por dia (de preferência de madrugada, porque os dois não dormem à noite) (*2).
. Todos os políticos de São Paulo sabem disso: Gaspari é o Governo Serra na sombra.
. Só a Folha não sabe disso.
. Ou não quer saber.
. Serra é o único político que comprou a ficha do Gaspari.
. Como demonstrou no romance-reportagem “Castelo de Âmbar”, Mino Carta revelou que Gaspari pretende governar o Brasil.
. Como não conseguiu governar o Brasil ainda, Gaspari resolveu governar o passado do Brasil.
. E deu uma visão – ainda incompleta e muito peculiar – do passado recente do Brasil.
. E deu a versão “Heitor Aquino” daquilo que Gaspari chama de “ditadura”.
. Gaspari vai co-presidir o Brasil com o presidente eleito José Serquércia.
. Vai ser o Dick Cheney do presidente eleito
. A ligação Gaspari-Serra é antiga.
. No governo do Farol de Alexandria, quando o presidente eleito queria derrubar Pedro Malan para ser o Ministro da Fazenda – Serra quer sempre derrubar alguém … –, Gaspari defendeu o Governo tucano, menos o que chamava de “ekipeconômica”.
. Malan.
. Era preciso derrubar Malan.
. Agora, é preciso derrubar Geraldo Alckmin.
. Por isso, o Conversa Afiada convida o amigo leitor a jogar fora tudo o que o PiG disser que Serra disse de Alckmin.
. Basta ler o Gaspari.
. Ali está o verdadeiro Serra, na sua essência mais pura.
. Neste domingo, por exemplo, Serra/Gaspari diz que Alckmin vai desistir (de ser candidato a Presidente), porque não adianta ser candidato de um partido rachado.
OS CHAPÉUS DE ELIO GASPARI
Paulo Henrique Amorim
Máximas e Mínimas 1123
. O colonista de “Livros” da Folha (da Tarde *) e do Globo, Elio Gaspari, usa muitos chapéus.
. O chapéu da família Marinho.
. O chapéu da família Frias.
. O chapéu tucano.
. O chapéu contra a privataria, embora jamais tenha falado do Daniel Dantas …
. O chapéu anti-Lula.
. O chapéu “independente”.
. O chapéu contra a tortura.
. O chapéu Golbery.
. O chapéu contra a ditadura.
. O chapéu Geisel.
. O chapéu Harvard.
. O chapéu Jorge Paulo Lehman.
. O chapéu Heitor Aquino Ferreira.
. O chapéu Companhia das Letras.
. O chapéu família Moreira Salles.
. O chapéu comunista.
. O chapéu americano.
. É por isso que não se entende o que ele diz.
. É uma charada.
. É por isso que ele se especializa em fazer denúncias em tom grave – sobre questões irrelevantes.
. É que ele se embaralha com tanto chapéu.
. É o malabarista que joga muitas garrafas para cima – e, de vez em quando, uma cai no chão …
. É porque, na verdade, todos esses chapéus são um disfarce.
. Gaspari só usa um chapéu.
. O chapéu do Serra.
. Gaspari é o único conselheiro em que Serra confia.
. Eles se falam três vezes por dia (de preferência de madrugada, porque os dois não dormem à noite) (*2).
. Todos os políticos de São Paulo sabem disso: Gaspari é o Governo Serra na sombra.
. Só a Folha não sabe disso.
. Ou não quer saber.
. Serra é o único político que comprou a ficha do Gaspari.
. Como demonstrou no romance-reportagem “Castelo de Âmbar”, Mino Carta revelou que Gaspari pretende governar o Brasil.
. Como não conseguiu governar o Brasil ainda, Gaspari resolveu governar o passado do Brasil.
. E deu uma visão – ainda incompleta e muito peculiar – do passado recente do Brasil.
. E deu a versão “Heitor Aquino” daquilo que Gaspari chama de “ditadura”.
. Gaspari vai co-presidir o Brasil com o presidente eleito José Serquércia.
. Vai ser o Dick Cheney do presidente eleito
. A ligação Gaspari-Serra é antiga.
. No governo do Farol de Alexandria, quando o presidente eleito queria derrubar Pedro Malan para ser o Ministro da Fazenda – Serra quer sempre derrubar alguém … –, Gaspari defendeu o Governo tucano, menos o que chamava de “ekipeconômica”.
. Malan.
. Era preciso derrubar Malan.
. Agora, é preciso derrubar Geraldo Alckmin.
. Por isso, o Conversa Afiada convida o amigo leitor a jogar fora tudo o que o PiG disser que Serra disse de Alckmin.
. Basta ler o Gaspari.
. Ali está o verdadeiro Serra, na sua essência mais pura.
. Neste domingo, por exemplo, Serra/Gaspari diz que Alckmin vai desistir (de ser candidato a Presidente), porque não adianta ser candidato de um partido rachado.
Re: Imprensa vendida
Gaspari dá punhalada nas costas de Serra. E passa a usar outro chapéu
2/novembro/2009 13:36
Alguns regimes acabam num beijo
Um amigo navegante, notável intérprete de textos medievais do Alto Bizantinismo chamou a atenção do Conversa Afiada para trecho da colona (*) de Elio Gaspari, na Folha (**) de domingo:
“… ainda não se sabe se Serra quer trocar uma reeleição certa (certa, cara pálida ? – PHA) para governador por uma candidatura a presidente que a cada dia parece mais perigosa. Talvez nem mesmo ele saiba.”
Isso é o “beijo da morte”, diz o notável intérprete.
Gaspari tem a propriedade de usar vários chapéus.
Mas, um único chapéu ele usou sempre: o chapéu do Zé Pedágio.
O notável intérprete se lembra de ouvir de Antonio Carlos Magalhães que se distanciara de Gaspari – de quem tinha sido unha e carne -, por causa de uma intriga daquele … do Serra.
Gaspari e Zé Pedágio gastavam horas madrugada adentro a trocar fórmulas de envenenamento.
Como se explica a punhalada nas costas deste domingo ?
Por que logo ele, Gaspari, iria enterrar a nati-morta candidatura de Serra em 2010 ?
Nem no Sul da Itália, de onde vieram os dois, se explica isso com facilidade.
Aí, entra o meu amigo, o notável intérprete.
Diz ele, com douta erudição: Gaspari já demonstrou que vai passar a usar outro chapéu.
Mais um.
Como se sabe, Gaspari usa também o chapéu de Harvard.
(Embora em Boston, provavelmente, não se saiba disso.)
E cada vez fica mais esquisito, em Harvard, defender o PiG (***), fazer colonas (*) e alinhar-se automaticamente a um candidato da direita – clique aqui para ler sobre o malabarismo ideológico do Zé Pedágio (e do Gaspari…): não ser de direita, mas da direita ….
Isso, em Harvard, pode parecer uma excentricidade tropical.
E lá vem outro chapéu.
Quem sabe o Globo e a Folha ainda terão notável colonista (*) que defenda a Dilma ?
Em tempo: a coisa deve estar feia para o Luiz González, o marketeiro do Serra, aquele gênio provincial . Nem o Gaspari, González…
Paulo Henrique Amorim
(*) Não tem nada a ver com cólon. São os colonistas do PiG (**) que combatem na milícia para derrubar o presidente Lula. E assim se comportarão sempre que um presidente no Brasil, no mundo e na Galáxia tiver origem no trabalho e, não, no capital. O Mino Carta costuma dizer que o Brasil é o único lugar do mundo em que jornalista chama patrão de colega. É esse pessoal aí.
(**) Folha é um jornal que não se deve deixar a avó ler, porque publica palavrões. Além disso, Folha é aquele jornal que entrevista Daniel Dantas DEPOIS de condenado e pergunta o que ele acha da investigação, da “ditabranda”, do câncer do Fidel, da ficha falsa da Dilma, de Aécio vice de Serra, e que nos anos militares emprestava os carros de reportagem aos torturadores.
(***) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.
2/novembro/2009 13:36
Alguns regimes acabam num beijo
Um amigo navegante, notável intérprete de textos medievais do Alto Bizantinismo chamou a atenção do Conversa Afiada para trecho da colona (*) de Elio Gaspari, na Folha (**) de domingo:
“… ainda não se sabe se Serra quer trocar uma reeleição certa (certa, cara pálida ? – PHA) para governador por uma candidatura a presidente que a cada dia parece mais perigosa. Talvez nem mesmo ele saiba.”
Isso é o “beijo da morte”, diz o notável intérprete.
Gaspari tem a propriedade de usar vários chapéus.
Mas, um único chapéu ele usou sempre: o chapéu do Zé Pedágio.
O notável intérprete se lembra de ouvir de Antonio Carlos Magalhães que se distanciara de Gaspari – de quem tinha sido unha e carne -, por causa de uma intriga daquele … do Serra.
Gaspari e Zé Pedágio gastavam horas madrugada adentro a trocar fórmulas de envenenamento.
Como se explica a punhalada nas costas deste domingo ?
Por que logo ele, Gaspari, iria enterrar a nati-morta candidatura de Serra em 2010 ?
Nem no Sul da Itália, de onde vieram os dois, se explica isso com facilidade.
Aí, entra o meu amigo, o notável intérprete.
Diz ele, com douta erudição: Gaspari já demonstrou que vai passar a usar outro chapéu.
Mais um.
Como se sabe, Gaspari usa também o chapéu de Harvard.
(Embora em Boston, provavelmente, não se saiba disso.)
E cada vez fica mais esquisito, em Harvard, defender o PiG (***), fazer colonas (*) e alinhar-se automaticamente a um candidato da direita – clique aqui para ler sobre o malabarismo ideológico do Zé Pedágio (e do Gaspari…): não ser de direita, mas da direita ….
Isso, em Harvard, pode parecer uma excentricidade tropical.
E lá vem outro chapéu.
Quem sabe o Globo e a Folha ainda terão notável colonista (*) que defenda a Dilma ?
Em tempo: a coisa deve estar feia para o Luiz González, o marketeiro do Serra, aquele gênio provincial . Nem o Gaspari, González…
Paulo Henrique Amorim
(*) Não tem nada a ver com cólon. São os colonistas do PiG (**) que combatem na milícia para derrubar o presidente Lula. E assim se comportarão sempre que um presidente no Brasil, no mundo e na Galáxia tiver origem no trabalho e, não, no capital. O Mino Carta costuma dizer que o Brasil é o único lugar do mundo em que jornalista chama patrão de colega. É esse pessoal aí.
(**) Folha é um jornal que não se deve deixar a avó ler, porque publica palavrões. Além disso, Folha é aquele jornal que entrevista Daniel Dantas DEPOIS de condenado e pergunta o que ele acha da investigação, da “ditabranda”, do câncer do Fidel, da ficha falsa da Dilma, de Aécio vice de Serra, e que nos anos militares emprestava os carros de reportagem aos torturadores.
(***) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.
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Re: Imprensa vendida
Imprensa Golpista
Há tempo vem sendo criticada a nossa imprensa, muitas vezes (a maioria) com razão. Vou então colocar também a minha opinião sobre o assunto.
A imprensa não estatal depende para sobreviver de captar anunciantes. São centenas ou milhares de anunciantes que usam o jornal, a rádio ou a TV para exporem seus produtos e serviços ao público. Para convencerem os clientes a colocarem anúncios o jornal, a rádio, ou a TV devem ter leitores, ouvintes ou telespectadores, caso contrário ninguém vai investir por lá. A cada tipo de publicação corresponde um tipo de leitor e os anúncios colocados ali serão dirigidos a este tipo de leitor. Para isto existem os publicitários e similares. Assim a imprensa não estatal para sobreviver deve atender aos interesses de milhares de pessoas, leitores e anunciantes, ou vai pro brejo.
A imprensa oficial e estatal deve atender apenas um cliente, o governo de plantão que providencia as verbas oficiais. Quanto mais chaleira e puxa saco for o órgão melhor ele fica com o “chefe”. Criticar a chefia e seus sequazes nem pensar, é só elogio às virtudes e realização do governo. Ponha uma crítica e, no dia seguinte, está fora.
Portanto, com todos os defeitos que tem, sou favorável a manter a imprensa livre, caso contrário vamos só ler, ouvir ou ver elogios rasgados aos chefes, feitos por jornalistas puxa sacos e chapa branca.
É isto.
Há tempo vem sendo criticada a nossa imprensa, muitas vezes (a maioria) com razão. Vou então colocar também a minha opinião sobre o assunto.
A imprensa não estatal depende para sobreviver de captar anunciantes. São centenas ou milhares de anunciantes que usam o jornal, a rádio ou a TV para exporem seus produtos e serviços ao público. Para convencerem os clientes a colocarem anúncios o jornal, a rádio, ou a TV devem ter leitores, ouvintes ou telespectadores, caso contrário ninguém vai investir por lá. A cada tipo de publicação corresponde um tipo de leitor e os anúncios colocados ali serão dirigidos a este tipo de leitor. Para isto existem os publicitários e similares. Assim a imprensa não estatal para sobreviver deve atender aos interesses de milhares de pessoas, leitores e anunciantes, ou vai pro brejo.
A imprensa oficial e estatal deve atender apenas um cliente, o governo de plantão que providencia as verbas oficiais. Quanto mais chaleira e puxa saco for o órgão melhor ele fica com o “chefe”. Criticar a chefia e seus sequazes nem pensar, é só elogio às virtudes e realização do governo. Ponha uma crítica e, no dia seguinte, está fora.
Portanto, com todos os defeitos que tem, sou favorável a manter a imprensa livre, caso contrário vamos só ler, ouvir ou ver elogios rasgados aos chefes, feitos por jornalistas puxa sacos e chapa branca.
É isto.
Todas coisas que nós ouvimos são uma opinião, não um fato. Todas coisas que nós vemos são uma perspectiva, não a verdade. by Marco Aurélio, imperador romano.
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Re: Imprensa vendida
O Amorim parece que esqueceu os chapéus DELE...
“Look at these people. Wandering around with absolutely no idea what's about to happen.”
P. Sullivan (Margin Call, 2011)
P. Sullivan (Margin Call, 2011)
Re: Imprensa vendida
Há tempo vem sendo criticada a nossa imprensa, muitas vezes (a maioria) com razão. Vou então colocar também a minha opinião sobre o assunto.
A imprensa não estatal depende para sobreviver de captar anunciantes. São centenas ou milhares de anunciantes que usam o jornal, a rádio ou a TV para exporem seus produtos e serviços ao público. Para convencerem os clientes a colocarem anúncios o jornal, a rádio, ou a TV devem ter leitores, ouvintes ou telespectadores, caso contrário ninguém vai investir por lá. A cada tipo de publicação corresponde um tipo de leitor e os anúncios colocados ali serão dirigidos a este tipo de leitor. Para isto existem os publicitários e similares. Assim a imprensa não estatal para sobreviver deve atender aos interesses de milhares de pessoas, leitores e anunciantes, ou vai pro brejo.
A imprensa oficial e estatal deve atender apenas um cliente, o governo de plantão que providencia as verbas oficiais. Quanto mais chaleira e puxa saco for o órgão melhor ele fica com o “chefe”. Criticar a chefia e seus sequazes nem pensar, é só elogio às virtudes e realização do governo. Ponha uma crítica e, no dia seguinte, está fora.
Portanto, com todos os defeitos que tem, sou favorável a manter a imprensa livre, caso contrário vamos só ler, ouvir ou ver elogios rasgados aos chefes, feitos por jornalistas puxa sacos e chapa branca.
É isto.
OK, exatamente. O que se questiona aqui é a ética de quem esconde que faz jornalismo partidário.
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Re: Imprensa vendida
Talvez seja o chapéu de ex correspondente da Globo em Nova Yorque, tarefa que executou com alegria até ser demitido. Na época a Globo era ética e agora não é mais?Túlio escreveu:O Amorim parece que esqueceu os chapéus DELE...
Talvez seja a de funcionário do bispo Edir Macedo, este bastião da virtude cristã, na rede Record. (agora em guerra contra a Globo, mas o Amorim é isento e as críticas que ele faz nada tem a ver com ressentimento).
saudações
Todas coisas que nós ouvimos são uma opinião, não um fato. Todas coisas que nós vemos são uma perspectiva, não a verdade. by Marco Aurélio, imperador romano.
Re: Imprensa vendida
Talvez seja o chapéu de ex correspondente da Globo em Nova Yorque, tarefa que executou com alegria até ser demitido. Na época a Globo era ética e agora não é mais?
Talvez seja a de funcionário do bispo Edir Macedo, este bastião da virtude cristã, na rede Record. (agora em guerra contra a Globo, mas o Amorim é isento e as críticas que ele faz nada tem a ver com ressentimento).
Pelo fato de ele não ter dito antes não quer dizer que não esteja certo agora.
Mudar de ideia é uma virtude humana, não um defeito.
Se alguém tiver algo que desabone as assertivas do PHA, que as relate. Dizer que é raiva da Globo é muito pobre, é desviar do assunto, do que ele afirma.
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Re: Imprensa vendida
Mas ele, Amorim, afirma o que exatamente da Globo e que a torna (a Globo) tão diferente e pior que a Record onde ele trabalha? O Amorim é um jornalista engajado politicamente na defesa do governo. Ele faz a defesa do governo, a apologia da candidatura da Dilma e, ao mesmo tempo avacalha com o Serra. Não tem a menor condição de falar em parcialidade da midia. Mais parcial que ele não há. Parcial, grosseiro, deselegante e mal educado. Típico jornalista chapa branca. Agora se o companheiro encontrar no Blog dele (Amorim) uma única crítica ao atual presidente ou à política do atual governo eu peço desculpas e retiro tudo que disse.
saudações
saudações
Todas coisas que nós ouvimos são uma opinião, não um fato. Todas coisas que nós vemos são uma perspectiva, não a verdade. by Marco Aurélio, imperador romano.
Re: Imprensa vendida
Existem críticas sim ao governo no blog dele, já vi várias, especialmente ao Ministério da Justiça. Agora, do jeito que você coloca parece o caso de nos tornarmos monges, esperando uma solução divina. Cada um enfrenta os problemas que surgem com as armas que tem, no caso dele são a informação e a palavra. Você não sugere que um jornalista deva fazer o jogo dúbio e covarde do morde e assopra, ou, quem sabe, falar por metáforas, como nos tempos da Ditadura? Óbvio que ele puxa a brasa para o seu assado e exagera bastante, mas não é por isso que precisa ser desqualificado.
Outra: ele por acaso é pago para fazer a defesa do governo?
E:
Não é o que consta no meio. Ele lidera um movimento pela democratização da mídia, que, através da internet, está fazendo circular muita informação diferente daquela veiculada pelos grandes veículos brasileiros. É inegável, é o futuro acontecendo agora mesmo.
http://www.cartamaior.com.br/templates/ ... a_id=16209
Outra: ele por acaso é pago para fazer a defesa do governo?
E:
Não tem a menor condição de falar em parcialidade da midia.
Não é o que consta no meio. Ele lidera um movimento pela democratização da mídia, que, através da internet, está fazendo circular muita informação diferente daquela veiculada pelos grandes veículos brasileiros. É inegável, é o futuro acontecendo agora mesmo.
http://www.cartamaior.com.br/templates/ ... a_id=16209
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Re: Imprensa vendida
Mas o PHA nunca escondeu que está ao lado do governo Lula, enquanto que a chamada "grande imprensa", age como partido político, ao mesmo tempo em que se apresenta como isenta.delmar escreveu:Mas ele, Amorim, afirma o que exatamente da Globo e que a torna (a Globo) tão diferente e pior que a Record onde ele trabalha? O Amorim é um jornalista engajado politicamente na defesa do governo. Ele faz a defesa do governo, a apologia da candidatura da Dilma e, ao mesmo tempo avacalha com o Serra. Não tem a menor condição de falar em parcialidade da midia. Mais parcial que ele não há. Parcial, grosseiro, deselegante e mal educado. Típico jornalista chapa branca. Agora se o companheiro encontrar no Blog dele (Amorim) uma única crítica ao atual presidente ou à política do atual governo eu peço desculpas e retiro tudo que disse.
saudações
Re: Imprensa vendida
Vou publicar aqui porque acho que não veremos isso tão facilmente na 'mídia hegemônica'
O tal deu entrevista na tv, vi hoje ou ontem, dizendo categoricamente que o documento era falso.
6 de Novembro de 2009 - 15h07
Laudo confirma autenticidade nas assinaturas de Azeredo
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, disse, nesta sexta-feira (6), que um laudo do Instituto Nacional de Criminalística confirma que
são autênticas as assinaturas do senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG) no recibo, no valor de R$4,5 milhões, emitido por Marcos Valério.
Pela manhã, em entrevista coletiva, o senador acusado de crime de peculato e lavagem de dinheiro no esquema conhecido como mensalão mineiro, disse que o ministro havia utilizado um recibo falso para aceitar a denúncia feita pela Procuradoria-Geral da República. Segundo Azeredo, o recibo que comprovaria que ele recebeu dinheiro de Marcos Valério nunca existiu.
“Ao tomar conhecimento desse recibo, a defesa do acusado silenciou-se por completo sobre esse documento importantíssimo. A perícia do Instituto Nacional de Criminalística confirmou autenticidade das rubricas, inexistência de fraude documental, montagem, adulteração e outros vícios”, disse o ministro relator do processo, que votou pelo acatamento da denúncia de crime de peculato e de lavagem de dinheiro.
O advogado de Azeredo, José Gerardo Grossi, rebateu a acusação do ministro em plenário. A defesa não se pronunciou sobre esse recibo porque a denúncia não vincula esse recibo às acusações contra o senador Eduardo Azeredo. A denuncia não se utiliza desse recibo para fazer ligação de Eduardo Azeredo com os fatos denunciados, afirmou.
No julgamento, Joaquim Barbosa afirmou que o recibo está na denúncia e constava dos atos do processo. “Me limitei a relatar e não podia deixar de mencionar um documento que constava nos autos”, disse o ministro.
Vermelho, Com agências
O tal deu entrevista na tv, vi hoje ou ontem, dizendo categoricamente que o documento era falso.
6 de Novembro de 2009 - 15h07
Laudo confirma autenticidade nas assinaturas de Azeredo
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, disse, nesta sexta-feira (6), que um laudo do Instituto Nacional de Criminalística confirma que
são autênticas as assinaturas do senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG) no recibo, no valor de R$4,5 milhões, emitido por Marcos Valério.
Pela manhã, em entrevista coletiva, o senador acusado de crime de peculato e lavagem de dinheiro no esquema conhecido como mensalão mineiro, disse que o ministro havia utilizado um recibo falso para aceitar a denúncia feita pela Procuradoria-Geral da República. Segundo Azeredo, o recibo que comprovaria que ele recebeu dinheiro de Marcos Valério nunca existiu.
“Ao tomar conhecimento desse recibo, a defesa do acusado silenciou-se por completo sobre esse documento importantíssimo. A perícia do Instituto Nacional de Criminalística confirmou autenticidade das rubricas, inexistência de fraude documental, montagem, adulteração e outros vícios”, disse o ministro relator do processo, que votou pelo acatamento da denúncia de crime de peculato e de lavagem de dinheiro.
O advogado de Azeredo, José Gerardo Grossi, rebateu a acusação do ministro em plenário. A defesa não se pronunciou sobre esse recibo porque a denúncia não vincula esse recibo às acusações contra o senador Eduardo Azeredo. A denuncia não se utiliza desse recibo para fazer ligação de Eduardo Azeredo com os fatos denunciados, afirmou.
No julgamento, Joaquim Barbosa afirmou que o recibo está na denúncia e constava dos atos do processo. “Me limitei a relatar e não podia deixar de mencionar um documento que constava nos autos”, disse o ministro.
Vermelho, Com agências
- rodrigo
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Re: Imprensa vendida
A carta maior é um veículo de propaganda esquerdista. Quem mal tem em admitir isso?Não é o que consta no meio. Ele lidera um movimento pela democratização da mídia, que, através da internet, está fazendo circular muita informação diferente daquela veiculada pelos grandes veículos brasileiros. É inegável, é o futuro acontecendo agora mesmo.
DISCURSO ÚNICO
Em terra de cego quem tem um olho é caolho
Por Carlos Brickmann em 3/11/2009
O presidente Lula diz que os formadores de opinião já não decidem nada: "O povo não quer mais intermediários". É o mesmo Lula que, quando vencido por seu hoje aliado Fernando Collor, acusou uma grande formadora de opinião, a Rede Globo, de responsável pelo resultado das eleições.
Lula não tinha razão naquela época: formador de opinião, seja jornalista, artista, intelectual, o que for, pode até contribuir para o debate, mas não decide eleições. Jânio Quadros se elegeu pela primeira vez prefeito de São Paulo contra toda a imprensa; Leonel Brizola se elegeu governador do Rio tendo contra si a Rede Globo. Lula não tem razão hoje: se o eleitor desprezasse tanto assim os formadores de opinião, o próprio Lula não teria dado tamanha amplitude de ação a Franklin Martins, nem espalhado verbas de publicidade por todo o país, nem gasto dinheiro com a TV Brasil, nem lançado Frank Aguiar, o "Cãozinho dos Teclados", como vice de Luiz Marinho, em São Bernardo.
Mas faz parte da liturgia dos governos odiar a imprensa – até Juscelino Kubitschek, um homem afável, democrático, tranquilo, deu um jeito de censurar seu grande adversário Carlos Lacerda, afastando-o do rádio e da TV. Os governos, em geral, gostam da imprensa que se limita a publicar sua versão dos fatos, e detestam esses chatos que ficam tentando descobrir o que não é para divulgar. Pior é ver que cidadãos comuns ficam felizes com o cerceamento da imprensa.
Um cavalheiro espalhou pela internet sua alegria com a censura ao Estado de S.Paulo. Uma frase exemplar: "O Estadão perdeu a vergonha de ser parcial (...)". Acontece que o Estadão já nasceu parcial – contra a escravidão, pela República. Seria esta parcialidade também condenada pelo leitor? Provavelmente, não: quando a parcialidade é favorável às suas próprias idéias todo mundo a aprecia. Parcialidade condenável é aquela que é contra suas idéias. O cavalheiro chama a censura de "benéfica" e pede que o jornal seja "um pouco mais patriota".
O Sturm, de Hitler, o Pravda, de Stalin, o Il Poppolo de Mussolini, todos eram jornais extremamente patrióticos. Isso não os tornava bons jornais.
http://observatorio.ultimosegundo.ig.co ... =562CIR001
"O correr da vida embrulha tudo,
a vida é assim: esquenta e esfria,
aperta e daí afrouxa,
sossega e depois desinquieta.
O que ela quer da gente é coragem."
João Guimarães Rosa
a vida é assim: esquenta e esfria,
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O que ela quer da gente é coragem."
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Re: Imprensa vendida
A carta maior é um veículo de propaganda esquerdista. Quem mal tem em admitir isso?
Mas não era sobre isso que estávamos falando, não?
Sobre esse seu texto, rodrigochet, você supõe que o governo Lula manipula a imprensa? Ou que não há liberdade de imprensa no Brasil?
- rodrigo
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Re: Imprensa vendida
São tantas suposições, meu caro GustavoBeria, que prefiro só observar.Sobre esse seu texto, rodrigochet, você supõe que o governo Lula manipula a imprensa? Ou que não há liberdade de imprensa no Brasil?
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