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Mensagem
por hbfontes » Ter Out 06, 2009 11:20 pm
Bom em relação ao que deve ter de tão diferente na estrutura do Gripen NG,
Segue um pedaço da entrevista de um Brasileiro para outros Brasileiros, talvez assim vocês acreditem em algo.
ALIDE: Mas a asa do NG não é justamente a mesma já utilizada no Gripen Demo?
CS: Não exatamente, a asa do Gripen Demo é uma “gambiarra”, no bom sentido... apenas uma solução parcial, temporária. Nela, não houve nenhuma preocupação em se desenhar uma estrutura que fosse efetivamente “certificável’, algo com duração e resistência mínima garantida de “X” horas de vôo. Também, a estrutura da asa do Demo não foi otimizada para se garantir o menor custo, nem de ser aquela mais simplificada para melhorar o processo de produção. Tudo isso é necessário ser feito antes do produto poder passar à produção seriada. Esta será a primeira vez que uma asa supercrítica com superfícies compostas de fibra de carbono será projetada no Brasil. Caberá à Akaer todo o trabalho de “serialização” desta asa. A Saab precisava de parceiros para o refinamento do projeto da célula, da estrutura. Nós faremos todos os ensaios de fadiga de diversos dos módulos estruturais do avião, antes de darmos início a sua fabricação. Se o NG ganhar o F-X2 um dos protótipo será testado por nós até o equivalente a 10.000 horas de vôo.
ALIDE: No Gripen C/D quem desenhou a asa e realizou todos estes passos de teste?
CS: Eles foram todos realizados pela própria Saab. Faz muitos anos que isso se deu, a tecnologia mudou por completo, novos materiais e técnicas surgiram. É isso que faz deste projeto, algo totalmente distinto daquilo que já passou anteriormente. Todas as peças do NG serão novas, e a tecnologia muito mais avançada.
ALIDE:Como se dará a transferência de tecnologia no F-X2?
CS: Transferência de tecnologia é sempre uma coisa muito complicada, não é um processo “genérico” e muitos fabricantes falam que transferem tecnologia sabendo muito bem que não transferirão nada. Para o Brasil os temas mais atraentes são sem dúvida os sistemas de controle de vôo e controle de missão, pois na integração produtiva nós somos bastante desenvolvidos. A relação com a Saab garantira ao Brasil ter aqui um rig (simulador de sensores, de painel, de sistemas de navegação e de armamento) completo dos sistemas do avião idêntico ao que vai existir na Suécia. Todo o código fonte do novo modelo será aberto ao Brasil, e será desenvolvido conjuntamente aqui pelos próximos cinco anos. Por isso se uma versão naval for solicitada pelo Ministério da Defesa nós teremos a capacidade para desenvolve-la, independentemente, aqui no Brasil. Nós saberemos modificar o software e poderemos criar novas versões sem precisar da ajuda de mais ninguém.
Sr César Silva, diretor executivo da Akaer
É só para os Rafalista não colocarem em dúvida a empresa;
CS: Ao contrário do que muitos pensam nossa empresa não é nenhuma novata, nós temos mais de 18 anos trabalhando junto com a Embraer no desenvolvimento dos seus produtos. Nós somos uma empresa de serviços de engenharia. Nos dedicamos em auxiliar os grandes fabricantes, os “prime contractors”, empresas como a Embraer, no desenvolvimento de seus aviões, desde a concepção passando pelos diversos tipos de análise executadas nas estruturas aeronáuticas. Nós já realizamos milhões de horas de serviços ligados à engenharia aeroespacial.
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hbfontes em Ter Out 06, 2009 11:33 pm, em um total de 1 vez.
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