Presidente de Honduras é derrubado por golpe militar
Moderador: Conselho de Moderação
Re: Presidente de Honduras é derrubado por golpe militar
Honduras invade a embaixada brasileira se vcs tiver peito
- Sávio Ricardo
- Sênior
- Mensagens: 2990
- Registrado em: Ter Mai 01, 2007 10:55 am
- Localização: Conceição das Alagoas-MG
- Agradeceu: 128 vezes
- Agradeceram: 181 vezes
- Contato:
Re: Presidente de Honduras é derrubado por golpe militar
joseluiz escreveu:Honduras invade a embaixada brasileira se vcs tiver peito
- EDSON
- Sênior
- Mensagens: 7303
- Registrado em: Sex Fev 16, 2007 4:12 pm
- Localização: CURITIBA/PR
- Agradeceu: 65 vezes
- Agradeceram: 335 vezes
Re: Presidente de Honduras é derrubado por golpe militar
05/10/2009 - 16h11
Micheletti derruba decreto que limita liberdade civil e diz estar disposto a renunciar
Thiago Scarelli
Enviado especial do UOL Notícias*
Em Tegucigalpa (Honduras)
O presidente golpista de Honduras, Roberto Micheletti, reafirmou hoje (5) que se as eleições de novembro em seu país forem garantidas e se a crise política tiver um fim através do diálogo, ele estaria disposto a renunciar ao poder. O governo golpista anunciou ainda, em entrevista coletiva, que derrubou o decreto que proibia protestos nas ruas de Honduras e que limitava outras liberdades civis no país.
* Thiago Scarelli/UOL
Bonecos "gorilettis", em alusão à Roberto Micheletti, que ocupa a presidência interina
* Resistência pede desmilitarização da embaixada brasileira como condição para diálogo
* Veja imagens de manifestação nesta segunda
Sobre a restituição do presidente hondurenho deposto, Manuel Zelaya, Micheletti afirmou que "é preciso falar sobre os diferentes temas, no sentido de se buscar garantir eleições transparentes e maciças".
"Depois disso podemos falar sobre qualquer cenário com um presidente eleito. Antes é muito difícil pensar (nisso)", ressaltou Micheletti, em declarações ao "Canal 5", em Tegucigalpa.
Micheletti também afirmou que 90% dos hondurenhos não querem o retorno de Zelaya ao poder, mas não deu detalhes sobre o assunto.
O presidente golpista disse ainda que a restituição do líder deposto no poder "é uma aspiração do senhor Zelaya que seria preciso ser estudada com melhores planejamentos legais", mas que essa é uma decisão que não corresponde ao Executivo, mas "teria que ser tomada pela Suprema Corte de Justiça".
Micheletti lembrou que Zelaya tem assuntos legais pendentes com a Justiça de Honduras, como vários crimes, entre eles o de traição à pátria, como acusa a Procuradoria Geral do Estado.
Enviado especial do UOL relata crise em Honduras
* "Estamos mal, mas estaríamos muito pior com Zelaya", diz representante da indústria de Honduras
* Honduras vive dias de calma na expectativa de uma solução ao impasse
* Organização de ultradireita brasileira lança na internet campanha "Fora Zelaya"
"Nós podemos tomar uma decisão se isso aliviar o problema que estamos vivendo, mas ainda não há uma decisão séria e forte", disse Micheletti.
Segundo ele, se a eleições foram realizadas de forma transparente no dia 29 de novembro, "então se poderá falar de qualquer cenário, de qualquer solução".
Aos seguidores de Zelaya, Micheletti recomendou que se unam em um partido político, como fez a Frente Farabundo Martí de Libertação Nacional (FMLN), após 12 anos de guerra em El Salvador, e que agora está no poder com Mauricio Funes como presidente do país.
Além disso, o líder de fato hondurenho se mostrou otimista com o processo de diálogo iniciado nas últimas duas semanas, com a intervenção da Organização dos Estados Americanos (OEA) e de seu secretário-geral, José Miguel Insulza, com quem Micheletti se reuniu na semana passada em uma base militar no país.
OEA na quarta-feira
Uma missão da Organização dos Estados Americanos (OEA) viajará na quarta-feira a Honduras para promover o diálogo e o restabelecimento da democracia no país, afirmou a OEA em comunicado.
A delegação será integrada pelos chanceleres de Costa Rica, Equador, El Salvador, México e Panamá, e os ministros de Estado para Relações Exteriores do Canadá e Jamaica, segundo o comunicado desta segunda-feira.
Veja a cronologia da crise
*
Desde que foi eleito, em 2005, Manuel Zelaya se aproximou cada vez mais dos governos de esquerda da América Latina, promovendo políticas sociais no país. Ao mesmo tempo, seus críticos argumentam que Zelaya teria se tornado um fantoche do líder venezuelano Hugo Chávez e acabou sendo deposto porque estava promovendo uma tentativa ilegal de reformar a constituição
* Acompanhe a cronologia da crise hondurenha
Também participarão da missão o secretário-geral da OEA, José Miguel Insulza, e os representantes permanentes no organismo do Brasil e Argentina, além do vice-chanceler da Guatemala.
O ministro das Relações Exteriores do Brasil, Celso Amorim, não participará do encontro. Ruy Casaes, representante permanente do Brasil na OEA, é quem vai integrar a missão multilateral.
Pelo chamado Acordo de San José, proposto pelo mediador e presidente da Costa Rica, Óscar Árias, fica acertado que Zelaya retorne à Presidência. Além disso, os crimes políticos relacionados ao processo do golpe seriam anistiados.
A posição da OEA é que essa deve ser a base para o final do impasse, mas para isso seria necessário conseguir moderação dos dois lados, além do aval do Congresso e da Corte de Justiça de Honduras.
Micheletti derruba decreto que limita liberdade civil e diz estar disposto a renunciar
Thiago Scarelli
Enviado especial do UOL Notícias*
Em Tegucigalpa (Honduras)
O presidente golpista de Honduras, Roberto Micheletti, reafirmou hoje (5) que se as eleições de novembro em seu país forem garantidas e se a crise política tiver um fim através do diálogo, ele estaria disposto a renunciar ao poder. O governo golpista anunciou ainda, em entrevista coletiva, que derrubou o decreto que proibia protestos nas ruas de Honduras e que limitava outras liberdades civis no país.
* Thiago Scarelli/UOL
Bonecos "gorilettis", em alusão à Roberto Micheletti, que ocupa a presidência interina
* Resistência pede desmilitarização da embaixada brasileira como condição para diálogo
* Veja imagens de manifestação nesta segunda
Sobre a restituição do presidente hondurenho deposto, Manuel Zelaya, Micheletti afirmou que "é preciso falar sobre os diferentes temas, no sentido de se buscar garantir eleições transparentes e maciças".
"Depois disso podemos falar sobre qualquer cenário com um presidente eleito. Antes é muito difícil pensar (nisso)", ressaltou Micheletti, em declarações ao "Canal 5", em Tegucigalpa.
Micheletti também afirmou que 90% dos hondurenhos não querem o retorno de Zelaya ao poder, mas não deu detalhes sobre o assunto.
O presidente golpista disse ainda que a restituição do líder deposto no poder "é uma aspiração do senhor Zelaya que seria preciso ser estudada com melhores planejamentos legais", mas que essa é uma decisão que não corresponde ao Executivo, mas "teria que ser tomada pela Suprema Corte de Justiça".
Micheletti lembrou que Zelaya tem assuntos legais pendentes com a Justiça de Honduras, como vários crimes, entre eles o de traição à pátria, como acusa a Procuradoria Geral do Estado.
Enviado especial do UOL relata crise em Honduras
* "Estamos mal, mas estaríamos muito pior com Zelaya", diz representante da indústria de Honduras
* Honduras vive dias de calma na expectativa de uma solução ao impasse
* Organização de ultradireita brasileira lança na internet campanha "Fora Zelaya"
"Nós podemos tomar uma decisão se isso aliviar o problema que estamos vivendo, mas ainda não há uma decisão séria e forte", disse Micheletti.
Segundo ele, se a eleições foram realizadas de forma transparente no dia 29 de novembro, "então se poderá falar de qualquer cenário, de qualquer solução".
Aos seguidores de Zelaya, Micheletti recomendou que se unam em um partido político, como fez a Frente Farabundo Martí de Libertação Nacional (FMLN), após 12 anos de guerra em El Salvador, e que agora está no poder com Mauricio Funes como presidente do país.
Além disso, o líder de fato hondurenho se mostrou otimista com o processo de diálogo iniciado nas últimas duas semanas, com a intervenção da Organização dos Estados Americanos (OEA) e de seu secretário-geral, José Miguel Insulza, com quem Micheletti se reuniu na semana passada em uma base militar no país.
OEA na quarta-feira
Uma missão da Organização dos Estados Americanos (OEA) viajará na quarta-feira a Honduras para promover o diálogo e o restabelecimento da democracia no país, afirmou a OEA em comunicado.
A delegação será integrada pelos chanceleres de Costa Rica, Equador, El Salvador, México e Panamá, e os ministros de Estado para Relações Exteriores do Canadá e Jamaica, segundo o comunicado desta segunda-feira.
Veja a cronologia da crise
*
Desde que foi eleito, em 2005, Manuel Zelaya se aproximou cada vez mais dos governos de esquerda da América Latina, promovendo políticas sociais no país. Ao mesmo tempo, seus críticos argumentam que Zelaya teria se tornado um fantoche do líder venezuelano Hugo Chávez e acabou sendo deposto porque estava promovendo uma tentativa ilegal de reformar a constituição
* Acompanhe a cronologia da crise hondurenha
Também participarão da missão o secretário-geral da OEA, José Miguel Insulza, e os representantes permanentes no organismo do Brasil e Argentina, além do vice-chanceler da Guatemala.
O ministro das Relações Exteriores do Brasil, Celso Amorim, não participará do encontro. Ruy Casaes, representante permanente do Brasil na OEA, é quem vai integrar a missão multilateral.
Pelo chamado Acordo de San José, proposto pelo mediador e presidente da Costa Rica, Óscar Árias, fica acertado que Zelaya retorne à Presidência. Além disso, os crimes políticos relacionados ao processo do golpe seriam anistiados.
A posição da OEA é que essa deve ser a base para o final do impasse, mas para isso seria necessário conseguir moderação dos dois lados, além do aval do Congresso e da Corte de Justiça de Honduras.
- Izaias Maia
- Sênior
- Mensagens: 843
- Registrado em: Seg Fev 12, 2007 5:51 am
- Localização: Eusébio -CE
- Agradeceu: 9 vezes
Re: Presidente de Honduras é derrubado por golpe militar
Micheletti promete punir responsáveis por expulsão de Zelaya
05 de outubro de 2009 • 18h06
O presidente de fato de Honduras, Roberto Micheletti, afirmou nesta segunda-feira que os responsáveis por terem expulsado do país o governante deposto, Manuel Zelaya, ainda não identificados, serão levados à Justiça e punidos.
Micheletti reiterou que "cometeu um erro" ao enviar Zelaya à Costa Rica após sua deposição, no dia 28 de junho, já que a Constituição hondurenha "protege a presença dos hondurenhos sem extradição no país".
"Definitivamente é uma decisão tomada por alguns setores (os quais não mencionou) e serão punidos conforme a lei", disse Micheletti, em entrevista coletiva ao lado da deputada republicana americana Ileana Ros-Lehtinen, que chegou hoje a Honduras para apoiar o governo de fato.
"Estou totalmente seguro de que serão levados aos tribunais, como corresponde a qualquer erro cometido", por ter expulsado Zelaya do país, acrescentou Micheletti.
Zelaya está há duas semanas na embaixada do Brasil em Tegucigalpa, onde apareceu de surpresa após entrar clandestinamente no país no dia 21 de setembro.
http://noticias.terra.com.br/mundo/golp ... elaya.html
05 de outubro de 2009 • 18h06
O presidente de fato de Honduras, Roberto Micheletti, afirmou nesta segunda-feira que os responsáveis por terem expulsado do país o governante deposto, Manuel Zelaya, ainda não identificados, serão levados à Justiça e punidos.
Micheletti reiterou que "cometeu um erro" ao enviar Zelaya à Costa Rica após sua deposição, no dia 28 de junho, já que a Constituição hondurenha "protege a presença dos hondurenhos sem extradição no país".
"Definitivamente é uma decisão tomada por alguns setores (os quais não mencionou) e serão punidos conforme a lei", disse Micheletti, em entrevista coletiva ao lado da deputada republicana americana Ileana Ros-Lehtinen, que chegou hoje a Honduras para apoiar o governo de fato.
"Estou totalmente seguro de que serão levados aos tribunais, como corresponde a qualquer erro cometido", por ter expulsado Zelaya do país, acrescentou Micheletti.
Zelaya está há duas semanas na embaixada do Brasil em Tegucigalpa, onde apareceu de surpresa após entrar clandestinamente no país no dia 21 de setembro.
http://noticias.terra.com.br/mundo/golp ... elaya.html
A morte do homem começa no instante em que ele desiste de aprender. (Albino Teixeira)
-
- Intermediário
- Mensagens: 333
- Registrado em: Qui Ago 07, 2008 3:54 pm
- Localização: Rio de Janeiro - RJ
Re: Presidente de Honduras é derrubado por golpe militar
boa, esse Micheletti é um comediante, é ridiculo, agora que perdeu tenta minimisar sua participação.
Senhores, sejamos razoáveis.
- P44
- Sênior
- Mensagens: 55244
- Registrado em: Ter Dez 07, 2004 6:34 am
- Localização: O raio que vos parta
- Agradeceu: 2750 vezes
- Agradeceram: 2431 vezes
Re: Presidente de Honduras é derrubado por golpe militar
Izaias Maia escreveu:Micheletti promete punir responsáveis por expulsão de Zelaya
05 de outubro de 2009 • 18h06
O presidente de fato de Honduras, Roberto Micheletti, afirmou nesta segunda-feira que os responsáveis por terem expulsado do país o governante deposto, Manuel Zelaya, ainda não identificados, serão levados à Justiça e punidos.
Micheletti reiterou que "cometeu um erro" ao enviar Zelaya à Costa Rica após sua deposição, no dia 28 de junho, já que a Constituição hondurenha "protege a presença dos hondurenhos sem extradição no país".
"Definitivamente é uma decisão tomada por alguns setores (os quais não mencionou) e serão punidos conforme a lei", disse Micheletti, em entrevista coletiva ao lado da deputada republicana americana Ileana Ros-Lehtinen, que chegou hoje a Honduras para apoiar o governo de fato.
"Estou totalmente seguro de que serão levados aos tribunais, como corresponde a qualquer erro cometido", por ter expulsado Zelaya do país, acrescentou Micheletti.
Zelaya está há duas semanas na embaixada do Brasil em Tegucigalpa, onde apareceu de surpresa após entrar clandestinamente no país no dia 21 de setembro.
http://noticias.terra.com.br/mundo/golp ... elaya.html
afnial parece que é como em Portugal, a culpa é da mulher da limpeza ou do jardinheiro
esse michelin...
Triste sina ter nascido português
- Marino
- Sênior
- Mensagens: 15667
- Registrado em: Dom Nov 26, 2006 4:04 pm
- Agradeceu: 134 vezes
- Agradeceram: 630 vezes
Re: Presidente de Honduras é derrubado por golpe militar
Artigo Reinaldo Azevedo
Alternância de poder e Constituição neles!
Se os militares de outros países, em outros momentos da história, tivessem agido como os hondurenhos de agora, muito horror teria sido evitado
Honduras venceu. Hugo Chávez perdeu. Este é o verdadeiro confronto que se trava naquele pequeno país da América Central: entre o chavismo e o antichavismo. Todas as armas são válidas contra o bolivarianismo, essa exótica mistura de esquerdismo velho, populismo novo e antissemitismo delirante? A resposta é não. Só as armas que a democracia representativa oferece e que são, não por acaso, as mais eficientes contra essa trapaça política.
O único desdobramento, a esta altura improvável, que daria a vitória ao tiranete venezuelano seria a reinstalação, com plenos poderes, de Manuel Zelaya na Presidência e a realização do plebiscito inconstitucional que detonou a crise. Era essa a proposta do socialista chileno José Miguel Insulza, secretário-geral da OEA, e de Celso Amorim, ministro das Relações Exteriores do PT, ideólogo e operador do desastrado "Imperialismo Megalonanico", cruza patética de Gigante Adormecido com Anão Hiperativo.
A despeito de muito sofrimento, Honduras sairá desta crise com o triunfo de dois princípios. O primeiro é o da subordinação dos Poderes a uma Constituição democraticamente instituída. O segundo é o princípio da alternância do poder. Os bolivarianos só dão por realizado seu propósito quando conseguem sabotar esses dois pilares. Negue-se isso a eles e suas bravatas, suas bandeiras, suas tropas de choque, seus jornalistas de aluguel vão se desbotando até sumir na paisagem da própria insignificância.
A pobre Honduras foi o primeiro país a dizer "Não!", para escândalo das entidades multilaterais, imensas burocracias repletas de si mesmas e de antiamericanismo. A resistência dos hondurenhos nos alerta para o fato de que a democracia tem direito legítimo à rebelião. A democracia tem direito de se rebelar contra a mentira, contra a conspiração bem concertada da "esquerda", esse chapelão sob o qual se abrigam o latifundiário Zelaya, o liberticida clássico Robert Mugabe, do Zimbábue, o coronel Chávez e até ambientalistas e o segundo time vasto dos que "lutam por um mundo melhor", desatentos ao fato de que o remédio é muito pior do que os males que pretendem combater.
Sobre Honduras caiu uma tempestade dessas mentiras. A mãe de todas elas é a que vê um golpe na destituição de Zelaya. Só se pode sustentar que houve um golpe em Honduras ignorando-se o que diz a Constituição daquele país. Não é por outro motivo que o Plano Arias, base de um possível entendimento para pôr fim à crise, já previa a volta de Zelaya à Presidência, mas não ao poder. O primeiro a reagir contra esse arranjo, o Acordo de San José, foi Chávez, o chefe de Zelaya. Reconheça-se que faltou o chamado "devido processo legal" para retirar do país o presidente deposto. Mas não faltou para depô-lo. Um conjunto de artigos da Constituição justifica a deposição, decidida pela Corte Suprema e executada disciplinadamente pelos militares.
Os militares são um capítulo importante nessa história. Quando Zelaya deu a ordem aos generais para fazerem o plebiscito mesmo contra a decisão da Justiça, eles correram a consultar uma equipe de advogados. Foram informados de que, ao obedecerem à ordem presidencial e desafiarem a Justiça, estariam violando a Constituição. Tivessem os homens de farda cumprido a determinação de Zelaya, estaria consumado o verdadeiro golpe. Se os militares de outros países, em outros momentos da história, tivessem agido como os hondurenhos de agora, muito horror teria sido evitado.
O Brasil sai diminuído dessa história. Em nome da "democracia", permite que sua embaixada se transforme em base de uma tentativa de levante. Ao agir assim o Brasil rasgou a Convenção de Viena e a Carta da OEA. Paradoxalmente, exigiu dos "golpistas" o respeito, que é devido, à inviolabilidade da representação diplomática. Ora, é apenas má propaganda exigir de "golpistas" – que, em o sendo, não teriam compromisso com formalidades – o respeito às leis, enquanto como país democrático o Brasil se sinta livre para desrespeitá-las. O que se desenha é um confronto entre "golpistas decorosos" e "democratas criminosos"? Servir a Chávez está enlouquecendo nossa diplomacia.
Alternância de poder e Constituição neles!
Se os militares de outros países, em outros momentos da história, tivessem agido como os hondurenhos de agora, muito horror teria sido evitado
Honduras venceu. Hugo Chávez perdeu. Este é o verdadeiro confronto que se trava naquele pequeno país da América Central: entre o chavismo e o antichavismo. Todas as armas são válidas contra o bolivarianismo, essa exótica mistura de esquerdismo velho, populismo novo e antissemitismo delirante? A resposta é não. Só as armas que a democracia representativa oferece e que são, não por acaso, as mais eficientes contra essa trapaça política.
O único desdobramento, a esta altura improvável, que daria a vitória ao tiranete venezuelano seria a reinstalação, com plenos poderes, de Manuel Zelaya na Presidência e a realização do plebiscito inconstitucional que detonou a crise. Era essa a proposta do socialista chileno José Miguel Insulza, secretário-geral da OEA, e de Celso Amorim, ministro das Relações Exteriores do PT, ideólogo e operador do desastrado "Imperialismo Megalonanico", cruza patética de Gigante Adormecido com Anão Hiperativo.
A despeito de muito sofrimento, Honduras sairá desta crise com o triunfo de dois princípios. O primeiro é o da subordinação dos Poderes a uma Constituição democraticamente instituída. O segundo é o princípio da alternância do poder. Os bolivarianos só dão por realizado seu propósito quando conseguem sabotar esses dois pilares. Negue-se isso a eles e suas bravatas, suas bandeiras, suas tropas de choque, seus jornalistas de aluguel vão se desbotando até sumir na paisagem da própria insignificância.
A pobre Honduras foi o primeiro país a dizer "Não!", para escândalo das entidades multilaterais, imensas burocracias repletas de si mesmas e de antiamericanismo. A resistência dos hondurenhos nos alerta para o fato de que a democracia tem direito legítimo à rebelião. A democracia tem direito de se rebelar contra a mentira, contra a conspiração bem concertada da "esquerda", esse chapelão sob o qual se abrigam o latifundiário Zelaya, o liberticida clássico Robert Mugabe, do Zimbábue, o coronel Chávez e até ambientalistas e o segundo time vasto dos que "lutam por um mundo melhor", desatentos ao fato de que o remédio é muito pior do que os males que pretendem combater.
Sobre Honduras caiu uma tempestade dessas mentiras. A mãe de todas elas é a que vê um golpe na destituição de Zelaya. Só se pode sustentar que houve um golpe em Honduras ignorando-se o que diz a Constituição daquele país. Não é por outro motivo que o Plano Arias, base de um possível entendimento para pôr fim à crise, já previa a volta de Zelaya à Presidência, mas não ao poder. O primeiro a reagir contra esse arranjo, o Acordo de San José, foi Chávez, o chefe de Zelaya. Reconheça-se que faltou o chamado "devido processo legal" para retirar do país o presidente deposto. Mas não faltou para depô-lo. Um conjunto de artigos da Constituição justifica a deposição, decidida pela Corte Suprema e executada disciplinadamente pelos militares.
Os militares são um capítulo importante nessa história. Quando Zelaya deu a ordem aos generais para fazerem o plebiscito mesmo contra a decisão da Justiça, eles correram a consultar uma equipe de advogados. Foram informados de que, ao obedecerem à ordem presidencial e desafiarem a Justiça, estariam violando a Constituição. Tivessem os homens de farda cumprido a determinação de Zelaya, estaria consumado o verdadeiro golpe. Se os militares de outros países, em outros momentos da história, tivessem agido como os hondurenhos de agora, muito horror teria sido evitado.
O Brasil sai diminuído dessa história. Em nome da "democracia", permite que sua embaixada se transforme em base de uma tentativa de levante. Ao agir assim o Brasil rasgou a Convenção de Viena e a Carta da OEA. Paradoxalmente, exigiu dos "golpistas" o respeito, que é devido, à inviolabilidade da representação diplomática. Ora, é apenas má propaganda exigir de "golpistas" – que, em o sendo, não teriam compromisso com formalidades – o respeito às leis, enquanto como país democrático o Brasil se sinta livre para desrespeitá-las. O que se desenha é um confronto entre "golpistas decorosos" e "democratas criminosos"? Servir a Chávez está enlouquecendo nossa diplomacia.
"A reconquista da soberania perdida não restabelece o status quo."
Barão do Rio Branco
Barão do Rio Branco
- EDSON
- Sênior
- Mensagens: 7303
- Registrado em: Sex Fev 16, 2007 4:12 pm
- Localização: CURITIBA/PR
- Agradeceu: 65 vezes
- Agradeceram: 335 vezes
Re: Presidente de Honduras é derrubado por golpe militar
e até ambientalistas
O que estes tem haver com o problema Hondurenho. Que "mistureba" fez este Senhor só para mostrar seu ponto de vista. Poderia ser um pouco melhor e explicar se a derrubada de todas as árvores nos tornará um mundo melhor.
O que estes tem haver com o problema Hondurenho. Que "mistureba" fez este Senhor só para mostrar seu ponto de vista. Poderia ser um pouco melhor e explicar se a derrubada de todas as árvores nos tornará um mundo melhor.
Re: Presidente de Honduras é derrubado por golpe militar
Tão chamando de "Cansei II"
04/10/2009 - 19h22
Organização de ultradireita brasileira lança na internet campanha "Fora Zelaya"
Do UOL Notícias
Em São Paulo
Um dos braços do grupo brasileiro ultradireitista Tradição, Família e Propriedade lançou neste final de semana uma campanha virtual pela "expulsão" do presidente deposto de Honduras, Manuel Zelaya, da embaixada brasileira em Tegucigalpa, onde está abrigado há duas semanas.
O blog "Fora! Zelaya" (http://forazelaya.blogspot.com/), assinado pela Associação dos Fundadores, se propõe a ser uma "mobilização nacional" pela saída de Zelaya da embaixada, e permite que o internauta "envie mensagem de protesto ao Ministro das Relações Exteriores do Brasil", que supostamente seria encaminhada ao chanceler Celso Amorim.
"Estamos perplexos e angustiados pelo rumo que estão tomando os acontecimentos em Honduras, sobretudo porque o agravamento da situação pode levar a uma guerra civil e o governo brasileiro terá que arcar com a responsabilidade pelo derramamento de sangue que poderá haver naquele país", afirma a petição redigida pelo grupo católico conservador.
Desde que foi eleito, em 2005, Manuel Zelaya se aproximou cada vez mais dos governos de esquerda da América Latina, promovendo políticas sociais no país. Ao mesmo tempo, seus críticos argumentam que Zelaya teria se tornado um fantoche do líder venezuelano Hugo Chávez e acabou sendo deposto porque estava promovendo uma tentativa ilegal de reformar a constituição
"A política do Itamaraty sempre se caracterizou pela não interferência na autodeterminação das nações. Por que agora tentarmos nós resolver um problema que é só e somente daquele país?", continua o documento virtual.
O blog também leva a um "comunicado da Associação dos Fundadores", assinado por seis homens autodenominados "discípulos e seguidores de Plinio Corrêa de Oliveira, Fundador da TFP".
Neste comunicado, que tem a data de 3 de outubro, o grupo afirma que "o governo do Presidente Lula, apesar de certas aparências, não está interessado em solucioná-la [a crise hondurenha] pela via institucional. Está desejoso, isso sim, de impor ao pequeno país centro-americano uma rendição ao chavismo."
E concluem: "Encerramos este pronunciamento elevando nossas preces a Nossa Senhora Aparecida, Rainha do Brasil, suplicando-Lhe que não permita que ideologias alienígenas perturbem a paz da América Latina e transformem a Terra de Santa Cruz em foco de insegurança e de desagregação".
http://noticias.uol.com.br/ultnot/inter ... u1604.jhtm
04/10/2009 - 19h22
Organização de ultradireita brasileira lança na internet campanha "Fora Zelaya"
Do UOL Notícias
Em São Paulo
Um dos braços do grupo brasileiro ultradireitista Tradição, Família e Propriedade lançou neste final de semana uma campanha virtual pela "expulsão" do presidente deposto de Honduras, Manuel Zelaya, da embaixada brasileira em Tegucigalpa, onde está abrigado há duas semanas.
O blog "Fora! Zelaya" (http://forazelaya.blogspot.com/), assinado pela Associação dos Fundadores, se propõe a ser uma "mobilização nacional" pela saída de Zelaya da embaixada, e permite que o internauta "envie mensagem de protesto ao Ministro das Relações Exteriores do Brasil", que supostamente seria encaminhada ao chanceler Celso Amorim.
"Estamos perplexos e angustiados pelo rumo que estão tomando os acontecimentos em Honduras, sobretudo porque o agravamento da situação pode levar a uma guerra civil e o governo brasileiro terá que arcar com a responsabilidade pelo derramamento de sangue que poderá haver naquele país", afirma a petição redigida pelo grupo católico conservador.
Desde que foi eleito, em 2005, Manuel Zelaya se aproximou cada vez mais dos governos de esquerda da América Latina, promovendo políticas sociais no país. Ao mesmo tempo, seus críticos argumentam que Zelaya teria se tornado um fantoche do líder venezuelano Hugo Chávez e acabou sendo deposto porque estava promovendo uma tentativa ilegal de reformar a constituição
"A política do Itamaraty sempre se caracterizou pela não interferência na autodeterminação das nações. Por que agora tentarmos nós resolver um problema que é só e somente daquele país?", continua o documento virtual.
O blog também leva a um "comunicado da Associação dos Fundadores", assinado por seis homens autodenominados "discípulos e seguidores de Plinio Corrêa de Oliveira, Fundador da TFP".
Neste comunicado, que tem a data de 3 de outubro, o grupo afirma que "o governo do Presidente Lula, apesar de certas aparências, não está interessado em solucioná-la [a crise hondurenha] pela via institucional. Está desejoso, isso sim, de impor ao pequeno país centro-americano uma rendição ao chavismo."
E concluem: "Encerramos este pronunciamento elevando nossas preces a Nossa Senhora Aparecida, Rainha do Brasil, suplicando-Lhe que não permita que ideologias alienígenas perturbem a paz da América Latina e transformem a Terra de Santa Cruz em foco de insegurança e de desagregação".
http://noticias.uol.com.br/ultnot/inter ... u1604.jhtm
-
- Intermediário
- Mensagens: 333
- Registrado em: Qui Ago 07, 2008 3:54 pm
- Localização: Rio de Janeiro - RJ
Re: Presidente de Honduras é derrubado por golpe militar
Que sugeira, é duro ver que pessoas desse nível tem espaço.
Senhores, sejamos razoáveis.
-
- Sênior
- Mensagens: 1375
- Registrado em: Sáb Abr 01, 2006 9:41 pm
- Localização: Brasília-DF.
- Agradeceu: 28 vezes
- Agradeceram: 76 vezes
Re: Presidente de Honduras é derrubado por golpe militar
"ultradireitista" haha. A patrulha ideológica fica maluquinha.
-
- Sênior
- Mensagens: 8577
- Registrado em: Seg Ago 18, 2008 1:23 am
- Agradeceu: 7 vezes
- Agradeceram: 28 vezes
Re: Presidente de Honduras é derrubado por golpe militar
Marino, espero sinceramente q tu não tenha considerado a opinião desse indivíduo para corroborar teu ponto de vista porque ninguém é mais lixo no pseudo-jornalismo brasileiro do q esse cara... Inclusive tu mesmo já foi um dos N foristas q mais de uma vez jogou na fossa a opiniões bossais do chefe da escrotisse na mídia brasileira...Marino escreveu:Artigo Reinaldo Azevedo
Alternância de poder e Constituição neles!
Se os militares de outros países, em outros momentos da história, tivessem agido como os hondurenhos de agora, muito horror teria sido evitado
Honduras venceu. Hugo Chávez perdeu. Este é o verdadeiro confronto que se trava naquele pequeno país da América Central: entre o chavismo e o antichavismo. Todas as armas são válidas contra o bolivarianismo, essa exótica mistura de esquerdismo velho, populismo novo e antissemitismo delirante? A resposta é não. Só as armas que a democracia representativa oferece e que são, não por acaso, as mais eficientes contra essa trapaça política.
O único desdobramento, a esta altura improvável, que daria a vitória ao tiranete venezuelano seria a reinstalação, com plenos poderes, de Manuel Zelaya na Presidência e a realização do plebiscito inconstitucional que detonou a crise. Era essa a proposta do socialista chileno José Miguel Insulza, secretário-geral da OEA, e de Celso Amorim, ministro das Relações Exteriores do PT, ideólogo e operador do desastrado "Imperialismo Megalonanico", cruza patética de Gigante Adormecido com Anão Hiperativo.
A despeito de muito sofrimento, Honduras sairá desta crise com o triunfo de dois princípios. O primeiro é o da subordinação dos Poderes a uma Constituição democraticamente instituída. O segundo é o princípio da alternância do poder. Os bolivarianos só dão por realizado seu propósito quando conseguem sabotar esses dois pilares. Negue-se isso a eles e suas bravatas, suas bandeiras, suas tropas de choque, seus jornalistas de aluguel vão se desbotando até sumir na paisagem da própria insignificância.
A pobre Honduras foi o primeiro país a dizer "Não!", para escândalo das entidades multilaterais, imensas burocracias repletas de si mesmas e de antiamericanismo. A resistência dos hondurenhos nos alerta para o fato de que a democracia tem direito legítimo à rebelião. A democracia tem direito de se rebelar contra a mentira, contra a conspiração bem concertada da "esquerda", esse chapelão sob o qual se abrigam o latifundiário Zelaya, o liberticida clássico Robert Mugabe, do Zimbábue, o coronel Chávez e até ambientalistas e o segundo time vasto dos que "lutam por um mundo melhor", desatentos ao fato de que o remédio é muito pior do que os males que pretendem combater.
Sobre Honduras caiu uma tempestade dessas mentiras. A mãe de todas elas é a que vê um golpe na destituição de Zelaya. Só se pode sustentar que houve um golpe em Honduras ignorando-se o que diz a Constituição daquele país. Não é por outro motivo que o Plano Arias, base de um possível entendimento para pôr fim à crise, já previa a volta de Zelaya à Presidência, mas não ao poder. O primeiro a reagir contra esse arranjo, o Acordo de San José, foi Chávez, o chefe de Zelaya. Reconheça-se que faltou o chamado "devido processo legal" para retirar do país o presidente deposto. Mas não faltou para depô-lo. Um conjunto de artigos da Constituição justifica a deposição, decidida pela Corte Suprema e executada disciplinadamente pelos militares.
Os militares são um capítulo importante nessa história. Quando Zelaya deu a ordem aos generais para fazerem o plebiscito mesmo contra a decisão da Justiça, eles correram a consultar uma equipe de advogados. Foram informados de que, ao obedecerem à ordem presidencial e desafiarem a Justiça, estariam violando a Constituição. Tivessem os homens de farda cumprido a determinação de Zelaya, estaria consumado o verdadeiro golpe. Se os militares de outros países, em outros momentos da história, tivessem agido como os hondurenhos de agora, muito horror teria sido evitado.
O Brasil sai diminuído dessa história. Em nome da "democracia", permite que sua embaixada se transforme em base de uma tentativa de levante. Ao agir assim o Brasil rasgou a Convenção de Viena e a Carta da OEA. Paradoxalmente, exigiu dos "golpistas" o respeito, que é devido, à inviolabilidade da representação diplomática. Ora, é apenas má propaganda exigir de "golpistas" – que, em o sendo, não teriam compromisso com formalidades – o respeito às leis, enquanto como país democrático o Brasil se sinta livre para desrespeitá-las. O que se desenha é um confronto entre "golpistas decorosos" e "democratas criminosos"? Servir a Chávez está enlouquecendo nossa diplomacia.
- Marino
- Sênior
- Mensagens: 15667
- Registrado em: Dom Nov 26, 2006 4:04 pm
- Agradeceu: 134 vezes
- Agradeceram: 630 vezes
Re: Presidente de Honduras é derrubado por golpe militar
Enlil, veja que em todos os assuntos eu transcrevo a versão que podemos chamar de contraditório, e não uma das versões somente.
Minha posição é conhecida, mas não suportada por artigos de quem quer que seja.
Um abraço
Minha posição é conhecida, mas não suportada por artigos de quem quer que seja.
Um abraço
"A reconquista da soberania perdida não restabelece o status quo."
Barão do Rio Branco
Barão do Rio Branco