#19667
Mensagem
por ninjanki » Sex Out 02, 2009 11:31 am
Alfredo,
Eu fui muito claro na minha exposição sobre o problema dos preços suecos. Se você é uma empresa, e participa de um edital ou negociação, tem de colocar os termos de produção, quantidades e prazos, e os preços correspondentes. Não é possível colocar o preço unitário para 120 unidades produzidas do Gripen NG, ao longo de 40 anos, no mesmo contrato que fala que serão fabricados e entregues 36 a partir de 2015, num prazo de 5 anos(acho que as entregas do FX-2 são em 5 anos).
Sem falar nenhuma mentira, perde-se a lógica e chega-se a uma conclusão errada. O certo seria:
O preço do Gripen NG, se o Brasil comprar 120 ao longo de 40 anos, é X, e esse preço é inferior ao preço oferecido nos 36 Rafales, fabricados na França e montados no Brasil, para entrega num prazo de 5 anos a partir de 2015. Logo a proposta do Gripen NG é para 120 caças.
O problema para os suecos é que a afirmação acima não se encaixa nos requisitos do projeto. A FAB se dispos a comprar apenas 36 caças por enquanto. A hipótese de que irá comprar mais caças no futuro é provável, mas ainda não foi confirmada, nem foi pedida para Americanos, Franceses ou Suecos. Sendo assim, se queremos comprar 36, não adianta os suecos nos dizerem o preço para 120... Eles tem de dizer o preço para 36. E é isso que eles não dizem, porque se for para desenvolver 40% de uma fuselagem nova(a fuselagem tem de ser testada como um todo, só o ferramental das partes comuns é reaproveitado), e integrar avionicos nacionais, e modificar o software para faze-lo, o preço por unidade, somado ainda à preparação de ferramental novo para as partes novas vai às alturas. Logo, eu não perdi o ponto, nem argumentei algo diferente de você. Você é que não entendeu oque eu estava achando de errado com a proposta sueca, e com a sua linha de raciocínio...
Além disso, vale recordar que, se a FAB pedir 120 caças, aí também a Boeing e a Dassault deveriam ter a oportunidade de apresentar o preço para transferência de fabricação dos caças para o Brasil. Certamente, o ganho em escala tornaria a fabricação local de muitas partes viável, baratearia o preço do caça e nos daria capacidade industrial de base, da mesma forma que os suecos... E para completar, se a FAB comprar 120 caças de qualquer um dos tipos mencionados, estará abandonando o objetivo da END de produzir um caça de 5a. geração.
Allan
ps. Quanto à tecnologia stealth, a França tem o programa Neuron, da qual participa como sócio majoritário, além de outros demonstradores, de ter pesquisado a tecnologia para melhorar o RCS do Rafale e de contar com um radar range para medir retorno de radar em aviões reais, criado exatamente para desenvolver soluções stealth. Exatamente oque a Saab já fez sobre o assunto? Ou você vai querem que eu prove inexistência!?!?(pelo amor de deus, é impossível provar inexistência de qualquer coisa...)