Irã tem como se defender de Israel?

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Re: Irã tem como se defender de Israel?

#1201 Mensagem por Rodrigoiano » Seg Set 28, 2009 5:58 am

Bolovo escreveu:Mas a razão não é técnica, é política.
Prezado Bolovo, eu acho que é um mix dos dois. A preocupação do premier israelense em pedir aos russos que não vendam os S-300 ao Irã, denota algum receio. Os testes com os gregos e as supostas comprar deste sistema de países da ex-urss e até de sistemas semelhantes chineses e quiçá, da própria Rússia mesmo, revela algo pelo menos intimidador. Mesmo para a experiente força aérea israelense, enfrentar mísseis eficazes, que voam a mais de 7000 km/h, não é fácil não. Mas, o campo político, seja com a mudança de paradigma, do porrete direto (Bush) para o diálogo prévio (Obama), além da parceria da Rússia com Teerã, certamente, é o ingrediente principal. Tentador será o dia em que a Arábia Saudita tentar ter um programa nuclear...

Grande abraço!




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Re: Irã tem como se defender de Israel?

#1202 Mensagem por P44 » Seg Set 28, 2009 11:03 am

Vitor escreveu:Ué, até antes da Revolução, o Irã era parceiro dos EUA. Boa parte da força aérea deles é de origem ocidental.

para quem não saiba, os 4 Destroyeres da classe "Kidd" actualmente ao serviço de Taiwan foram originalmente construidos para a Marinha Imperial do Irão

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Re: Irã tem como se defender de Israel?

#1203 Mensagem por P44 » Seg Set 28, 2009 4:32 pm

Lista dos mísseis iranianos

(AFP) – há 19 minutos

TEERÃ — O Irã testou nesta segunda-feira seus mísseis de longo alcance Sejil e Ghadr-1 (uma versão melhorada do Shahab-3), capazes de atingir o território israelense.

A salva de hoje foi precedida domingo à noite pelo disparo de mísseis de longo alcance Shahab-1 e Shahab-2.

Mais cedo, o Irã testou três tipos de mísseis de curto alcance: Tondar, Fateh 110 e Zelzal.

Os disparos foram feitos no contexto dos exercícios militares chamados "Grande Profeta 4", que começaram domingo.

As forças armadas iranianas possuem vários mísseis de curto, médio e longo alcance, capazes de atingir Israel e até as bases militares americanas na região.

Não há informação precisa sobre o número exato de mísseis que o Irã possui.

De acordo com fontes ocidentais, a República Islâmica tem dezenas de Shahab-3 de longo alcance.

Confira a relação dos diversos tipos de mísseis iranianos:

- SHAHAB-3

O míssil Shahab-3, que tem um alcance de 2.000 km e pode atingir o território israelense, que fica a 1.000 km de distância, é o mais importante do Exército do Irã.

A República Islâmica efetuou dezenas de testes com este míssil nos últimos anos.

O Shahab-3 tem três derivados:

- Ghadr-1: Alcance de 1.800 km. Funciona com combustível líquido

- Ashura: Alcance de 2.000 km. Testado com sucesso pela última vez em novembro de 2007

- SHAHAB-1 e SHAHAB-2

O Shahab-1 tem um alcance de 300 km, e o Shahab-2 de 500 km. São derivados do Scud.

- ZELZAL

O Zelzal tem um alcance máximo de 400 km

- FATEH 110

O Fateh tem um alcance de 200 km

- NAZEAT

O Nazeat tem um alcance de cerca de 100 km

- FAJR

Segundo fontes ocidentais, o Irã entregou muitos mísseis Fajr-3 (alcance de 45 km) e Fajr-5 (alcance de 75 km) aos xiitas radicais libaneses do Hezbollah.

- OGHAB

O Oghab tem um alcance de 45 km

http://www.google.com/hostednews/afp/ar ... 4v71UrZU1w




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Re: Irã tem como se defender de Israel?

#1204 Mensagem por felipexion » Seg Set 28, 2009 5:45 pm

Nukualofa77 escreveu:
Via 1: Turquia - teriam q passar antes pelo Líbano, é muito longe dos objetivos principais do ataque e a Turquia também não colocaria seus próprios interesses em causa... (sem falar q sua fronteira é com o Curdistão iraniano); a Síria nem se cogita, a guerra já começaria ali mesmo...

http://img70.imageshack.us/img70/3650/sria.jpg
Os F-15 poderiam voar próximo ao Líbano, faz um REVO perto do Chipre e voar entre as fronteiras da Síria e da Turquia. A AAe síria nada faria contra a IAF, resta saber sobre a disposição de radares no norte. Ao norte existem "apenas" duas bases com Migs-21, sendo uma de treinamento. O problema seria em Tabriz (Irã) com alguns Mig-29.

Via 2: Jordânia-Iraque: A Jordânia iria se meter nessa só para fazer um "agrado" a Israel, duvido, ainda mais q eles não tem problemas com o Irã e causariam um gravíssimo com isso... fora um desgaste com o Iraque q também não abriria seu espaço aéreo por livre e expontânea vontade...

O principal problema aí é o Iraque, por estar sob ocupação "internacional" e essa ocupação não aceitar aviões israelenses sobrevoando o espaço aéreo iraquiano. Mas seria a melho rota, já que os F-15/F-16 voariam uma menor distância e na área não existira nenhuma base com S-200. Apenas míseros F-4/F-5 para combater na ida.

http://img169.imageshack.us/img169/6271/rotcent.jpg


Via 3: Arábia Saudita: acho a rota mais viável; só q tem um detalhe: a Arábia Saudita se envolveria em um ataque q fatalmente teria o potencial bastante elevado de interromper o tráfego petrolífero no Golfo Pérsico e colocaria em risco suas instalações petrolíferas? com um Irã q sabidamente é bem armado de mísseis táticos, anti-navio a rodo na área? na minha opinião é muito provável q eles teriam q se envolver diretamente e não apenas "ceder espaço aéreo". Sem falar q eles sequer tem relações diplomáticas Israel e ainda se coordenariam militarmente? acho muito insólita essa possibilidade...

Para a Arábia Saudita uma péssima escolha. Quais as possíveis retaliações iranianas contra esse país??? Mísseis Nazeat, Fateh e Zelzal contra as suas instalações petrolíferas e para fechar o Golfo Pérsico é um tapa. Aqueles mini-submarinos da marinha iraniana serviriam MUITO bem.
Para Israel uma escolha p[essima. Enfrentar logo de frente as baterias de S-200 e uma base com F-14.



Restam a opção por um ataque maciço de Jericós (q tem o mesmo problema já citado de terem q percorrer espaço aéreo alheio) e mísseis lançados por 2 submarinos?

Apenas o Jericho III tem alcance para chegar nos alvos. Se eu não me angano ainda nem estão operacionais.

Sem falar q os iranianos estão fazendo o q agora? tricotando a espera de um ataque? retalhariam no ato com uma chuva de Shahab's fora o potencial de "incendiar" o Golfo Pérsico...

Apenas Shahab3 e Kh-55(Somados ficam entre 37 e 125 mísseis) tem alncace para chegar em Israel. E se acontecesse um ataque, a IAF tentaria fazer o mesmo que aconteceu na guerra do golfo.

As coisas não me parecem tão simples como um supertrunfo pró-Israel q vejo pela net.

O Irã tem forças armadas bastante consideráveis e as possibilidades de um ataque q efetivamente paralize seu programas nuclear (da natureza q for q seja) e detenha suas principais forças são bastantes limitadas para serem levadas a cabo somente por Israel. Só seriam realmente "satisfatórias" se outro grande elemento entrasse na jogada e na região só vejo 3 fortes o suficiente: Turquia, Arábia Saudita e EUA. A questão é q me parece q nenhum dos três está disposto a correr o risco de se envolver em uma guerra q não é conveniente a seus interesses na região e, muito pior q isso, pode ter consequências humanas, materiais e financeiras seríssimas e imprevisíveis...
Concordo 100%.




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Re: Irã tem como se defender de Israel?

#1205 Mensagem por Enlil » Seg Set 28, 2009 9:23 pm

Felipexion, voar "entre" as fronteiras síria e turca significa voar em território de um dos dois países e isso recorre nos problemas já explicitados. Se eles fossem voar via Síria iriam ter q dar conta deles primeiro, logo a guerra começaria por ali mesmo, foi-se o "pacote" israelense e o Irã seria o primeiro a saber, até porque eles tem boas relações com a Síria... Logo, não consego imaginar uma "barbada" para Israel como tanto tenho visto por aí...




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Re: Irã tem como se defender de Israel?

#1206 Mensagem por FOXTROT » Ter Set 29, 2009 9:27 am

Matheus escreveu:
FOXTROT escreveu:Até quando Israel vai justificar seus atos em razão dos do Holocausto?
enquanto houver bestas que o neguem...
Palavras acidas não são suficientes para justificar os atos bárbaros cometidos pelos sionistas!!!

O Holocausto é o que os Israelenses estão fazendo com os Palestinos.




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Re: Irã tem como se defender de Israel?

#1207 Mensagem por FOXTROT » Ter Set 29, 2009 9:40 am

Já faz algum tempo que se discute sobre esse possível ataque Israelense ao Irã, e nada de ataque, isso demonstra que os Israelenses ao contrario do se prega na net, não possuem condições de lançar um ataque com potencial de neutralizar o programa nuclear Iraniano.

Caso contrario, a nação que menos respeita seus vizinhos, que bombardeia alvos militares no exterior, que massacra civis os trancando em escolas que viram alvo de F-16, Por que ainda não atacaram o Irã?

MEDO DE S-300!!!!




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Re: Irã tem como se defender de Israel?

#1208 Mensagem por carlos argus » Ter Set 29, 2009 10:21 am

Como foi mt bem exposto nos acima, a viábilidade deste ataque terá de ser frontal, visto q o sistemas deles estão de olhos voltados p os sionistas e seus aliados .é se tal atake for feito, vão se deparar com mt S.300 e seus congeneres Ucranianos e Chineses ,q dizem serem mt bons e eficiêntes; sem contar q lançariam o munda q está quase saindo da maior crise econômica de td os tempos, e q o próprio sionistas seriam teriam sua infraestrutura destruida , voltariam a + de 30 anos de atrasos, atakes internos dos massacrados Palestinos q td os dias tem filhos e mulheres mortas pela IDIs, sem água potável p beberem,cortadas pelos sionistas ,de sacanagem ; e por sirios em situação um pouco melhor..td por causa de golan...é pagar p verem...a resposta vai ser mt dura, estão prontos? [002] : [004] :mrgreen:




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Re: Irã tem como se defender de Israel?

#1209 Mensagem por Matheus » Ter Set 29, 2009 11:20 am

P44 escreveu:
Matheus escreveu: enquanto houver bestas que o neguem...

o Holocausto não dá o direito divino á destruição do povo palestiniano.

Um crime não justifica o outro.

As vitimas de ontem são os carrascos de hoje.
Concordo com vc. Meu comentário foi em relação a negação do holocausto e a gritaria dos representantes de Israel em rafirmá-lo. Baseado nisto o Foxtrot fez a pergunta "até quando.....?" Enquanto for negado deve ser exaustivamente falado para que não caia no esquecimento. Mas como vc falou, não pode servir de salvo conduto para outras atrocidades.




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Re: Irã tem como se defender de Israel?

#1210 Mensagem por EDSON » Qua Set 30, 2009 1:21 pm

30/09/2009
Laços da China com o Irã complicam a diplomacia para os EUA
The New York Times
Michael Wines
Em Pequim (China)
Os líderes do Comitê de Relações Exteriores da Câmara dos Deputados dos Estados Unidos foram a Pequim no mês passado para um encontro com as autoridades chinesas, levando um apelo de Washington: para que o Irã seja impedido de desenvolver armas nucleares, a China teria que dedicar um maior apoio diplomático à causa.

De fato, o apelo foi em grande parte respondido antes mesmo da chegada dos legisladores.
Em junho, a China National Petroleum assinou um acordo de US$ 5 bilhões para desenvolvimento do campo de gás natural de Pars Sul no Irã. Em julho, o Irã convidou empresas chinesas a participarem de um projeto de US$ 42,8 bilhões para construção de sete refinarias de petróleo e um oleoduto de 1.640 quilômetros, atravessando o Irã. E, em agosto, quase ao mesmo tempo em que os americanos chegavam à China, Teerã e Pequim fecharam outro acordo, desta vez de US$ 3 bilhões, que abrirá o caminho para a China ajudar o Irã a expandir mais duas refinarias de petróleo.

A série de acordos de energia deixou atônito o presidente do Comitê de Relações Exteriores, o deputado Howard Berman, democrata da Califórnia, que os considerou "a mensagem errada" enviada ao Irã, que parecia determinado a ignorar as regras nucleares internacionais.

Mas alguns analistas veem outra mensagem: enquanto os Estados Unidos fazem novos pedidos para punição ao Irã por expandir secretamente seu programa nuclear, não está claro que os interesses de Washington são os mesmos de Pequim.

Isso certamente tornará duplamente mais difícil, disseram esses analistas, conseguir qualquer sanção significativa contra o Irã no Conselho de Segurança da ONU, onde a China não apenas detém poder de veto, mas também é uma das defensoras mais confiáveis do Irã.

"A percepção de ameaça deles nesta questão é diferente da nossa", disse Zalmay Khalilzad, que, como embaixador dos Estados Unidos na ONU durante o governo do presidente George W. Bush, ajudou a persuadir a China a aprovar sanções limitadas contra o Irã. "Eles não veem o Irã da mesma forma que nós."

François Godement, um proeminente estudioso sobre a China e presidente do Centro Ásia, com sede em Paris, colocou de forma mais direta: "Basicamente, a ascensão do Irã não é uma má notícia para a China".

A China e os Estados Unidos, importantes membros do clube dos países nucleares, compartilham um interesse prático em deter a disseminação de armas nucleares em áreas voláteis como o Oriente Médio. E é do interesse da China evitar alienar os Estados Unidos, seu parceiro econômico e, cada vez mais, diplomático em assuntos de importância global.

Mas fora isso, dizem muitos especialistas, as diferenças entre os dois países em relação ao Irã não são apenas econômicas, mas também ideológicas e estratégicas.

Os Estados Unidos quase não possuem laços financeiros com o Irã, consideram seu governo uma ameaça à estabilidade global e temem que uma ascensão de Teerã possa ameaçar as alianças e acordos de energia dos Estados Unidos no Golfo Pérsico.

Por sua vez, os laços econômicos da China com Teerã estão crescendo rapidamente, e os líderes da China veem o Irã não como uma ameaça, mas como um aliado potencial. Nem os chineses ficariam preocupados, prossegue o raciocínio, caso um Irã dotado de armas nucleares minasse a influência americana na região e drenasse os recursos do Pentágono em mais manobras no Oriente Médio.
Além disso, a China depende muito das vastas reservas de energia do Irã - talvez 15% dos depósitos de gás natural do mundo e um décimo do seu petróleo - para compensar sua própria escassez. Estima-se que os chineses tenham US$ 120 bilhões destinados a projetos de gás e petróleo iranianos e a China é o maior mercado para exportação do petróleo iraniano nos últimos cinco anos. Em troca, o Irã tem importado ferramentas, maquinário de fábrica, locomotivas e outros bens pesados da China, transformando a China em um de seus maiores parceiros comerciais.

Especialistas em China dizem que o relacionamento está longe de ser unilateral. O Irã tem repartido habilmente suas reservas de gás e petróleo com as empresas chinesas, mantendo a exploração e o desenvolvimento como uma espécie de apólice de seguro para manter o apoio diplomático chinês na ONU.

Por sua vez, a China tem rejeitado as sanções mais duras contra o programa nuclear do Irã, cedendo principalmente nas restrições ao comércio de materiais relacionados ao programa nuclear e às ordens de congelar os ativos no exterior de algumas empresas iranianas.

Muitos especialistas questionam quanta punição Pequim aceitaria apoiar. O Irã já foi citado três vezes pelo Conselho de Segurança, com apoio de Pequim, por violar as proibições contra seu programa nuclear.

Em cada caso, Pequim concordou com as medidas apenas após as propostas americanas mais fortes serem diluídas e após a Rússia, a outra crítica no conselho das sanções mais duras e aliada do Irã, aceitar a proposta.

Um importante analista chinês, Shi Yinhong, da Universidade do Povo, em Pequim, disse em uma entrevista por telefone, nesta semana, que a China provavelmente seguirá o mesmo caminho caso uma nova proposta de sanções chegue ao Conselho de Segurança.

"A China se esforçará ao máximo para encontra um equilíbrio" entre o Irã e os Estados Unidos, disse Shi. Se a Rússia se juntar aos demais membros do Conselho no apoio a novas sanções, ele disse, "a China fará o que puder para diluí-las, para limitá-las, em vez de vetá-las".

Mas é improvável que o faça alegremente. Apoiar sanções mais fortes poderia elevar a imagem da China como líder diplomática global, mas os Estados Unidos, e não a China, colheriam os verdadeiros benefícios.

"A China não está ansiosa para embarcar neste trem americano", disse um analista chinês, que falou na condição de anonimato para poder avaliar livremente a política externa da China.

Tradução: George El Khouri Andolfato




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Re: Irã tem como se defender de Israel?

#1211 Mensagem por FOXTROT » Qui Out 01, 2009 9:06 am

terra.com.br

EUA dão prazo até fim do ano para Irã provar tem programa pacífico


Reduzir Normal Aumentar Imprimir Os Estados Unidos deram um prazo ao Irã até o fim do ano para que prove que seu programa nuclear tem caráter exclusivamente pacífico, disse hoje o subsecretário de Defesa americano, Alexander Vershbow.
"Este processo requereria, claro, mais de um dia, mas não pode continuar indefinidamente", disse o funcionário, acrescentando que os EUA e seus parceiros ocidentais entraram em acordo a respeito do prazo limite para sua paciência.

"Devemos alcançar progressos até o final do ano, caso contrário teremos que empreender medidas mais sérias, incluindo o endurecimento das sanções", disse Vershbow, em entrevista divulgada pela agência russa "Interfax".

Vershbow disse que Washington não considera que a reunião do G6 (EUA, China, Rússia, Reino Unido, França e Alemanha) com o Irã, que começou hoje, em Genebra, seja "a última oportunidade" para o regime de Teerã.

"Não esperamos que um só encontro permita resolver todos os problemas", indicou o subsecretário.

Acrescentou que os EUA ainda defendem uma regra "diplomática" que permita "encontrar uma solução que inclua medidas fidedignas de verificação e garantias de que o Irã não avança pelo caminho da criação de armas atômicas".

Ao ser perguntado sobre se Washington admite uma solução militar do problema iraniano, Vershbow respondeu que, "como declarou há pouco tempo o secretário de Defesa, Robert Gates, os EUA nunca excluíram nenhuma variante".

"Mas, atualmente, damos prioridade aos esforços diplomáticos", disse o número dois do Pentágono, que já foi embaixador americano na Rússia e na Coreia do Sul.

Ele opinou que a reunião de Genebra "oferece ao Irã uma boa oportunidade para mostrar sua capacidade de dar passos a fim de convencer a comunidade mundial de que não fabrica armas nucleares".

Segundo Vershbow, "a recente descoberta da existência de uma segunda unidade de enriquecimento de urânio e os testes de mísseis balísticos pelo Irã confirmam a urgência de resolver este problema".

"Se fracassarem os esforços diplomáticos, o passo seguinte seria a imposição de sanções mais rígidas. E se a comunidade mundial aceitar essas sanções mais duras, isso poderia convencer os iranianos a mudar de postura", enfatizou.

------------------------------------------------------------------------------------------------------------
E assim, de prorrogação em prorrogação o tempo passa, e a única verdade é que a comunidade internacional pouco ou nada pode fazer para deter a bomba Iaraniana.




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Re: Irã tem como se defender de Israel?

#1212 Mensagem por vmonteiro » Sex Out 02, 2009 10:36 am

Na boa, os sionistas devem estar apavorados, o Irã em algum momento pode sim, fazer oque já falou seu presidente, riscar do mapa aquele território roubado dos paletinos.




Senhores, sejamos razoáveis.
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Re: Irã tem como se defender de Israel?

#1213 Mensagem por cabeça de martelo » Sex Out 02, 2009 11:12 am

vmonteiro escreveu:Na boa, os sionistas devem estar apavorados, o Irã em algum momento pode sim, fazer oque já falou seu presidente, riscar do mapa aquele território roubado dos paletinos.
Claro que sim...e as IDF nada iriam fazer, ficavam a olhar para o lado, não se está logo a ver?!

Sabes porque é que Israel ainda não foi riscado do mapa diversas vezes? Apoio Norte-Americano, o formação e táticas nas IDF bastante superiores ao dos seus vizinhos e a Mossad.

Acho que se o governo do Irão alguma vez tentar algo de semelhante iria-se arrepender fortemente. Tanto Israel, como a UE, como os EUA ninguém quer algo do género.




"Lá nos confins da Península Ibérica, existe um povo que não governa nem se deixa governar ”, Caio Júlio César, líder Militar Romano".

O insulto é a arma dos fracos...

https://i.postimg.cc/QdsVdRtD/exwqs.jpg
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Re: Irã tem como se defender de Israel?

#1214 Mensagem por Hader » Sex Out 02, 2009 11:32 am

É fato corrente na comunidade de inteligência que, no momento em que Israel conseguir provas razoáveis de que o Irã está prestes a obter massa crítica para desenvolver um artefato nuclear, o ataque ocorre no dia seguinte. Não há dúvida disso.




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Re: Irã tem como se defender de Israel?

#1215 Mensagem por EDSON » Sex Out 02, 2009 1:14 pm

01/10/2009
"Nós apreciamos as novas sanções", diz negociador chefe nuclear do Irã
Der Spiegel
Dieter Bednarz e Erich Follath
Em Teerã (Irã)
Saeed Jalili, o secretário-geral do Conselho Supremo de Segurança Nacional do Irã e negociador chefe nuclear do país, conversa com a "Spiegel" sobre o programa nuclear iraniano, as perspectivas para as negociações desta semana em Genebra e por que o Irã não teme novas sanções.

* BEHROUZ MEHRI/AFP - 17.dez.2007

Saeed Jalili é o secretário-geral do Conselho Supremo de Segurança Nacional do Irã



Spiegel: Senhor Jalili, o Ocidente está esperando uma concessão de Teerã na questão nuclear. Que ofertas de concessão o senhor levará às negociações com os membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU e a Alemanha, que terão início na Suíça em 1º de outubro?
Saeed Jalili: Em nome de Deus, o Misericordioso, me permita esclarecer isso - o problema das armas nucleares é uma preocupação compartilhada por toda a humanidade. Nós elaboramos um documento de posicionamento para as negociações, que também trata da questão nuclear.

Spiegel: Mas apenas de passagem, em apenas parte de uma sentença dentre um total de cinco páginas.
Jalili: Mas, para obtenção de verdadeiro progresso, entretanto, nós precisamos concordar nos princípios de Justiça, democracia e multilateralismo. Eu acredito que temos mais em comum em assuntos internacionais do que algumas pessoas imaginam, por exemplo, na luta contra o terrorismo, no Afeganistão. Certamente faria mais sentido se a Otan tivesse enviado tratores para lá em vez de tanques. Os terroristas não podem ser derrotados apenas por meio de um uso cada vez maior de força. A melhor chance de vencer a guerra contra o terror é por meio de ajuda para reconstrução civil.

Spiegel: O Irã e o Ocidente podem concordar no fato de que o Taleban é um inimigo comum. Mas enquanto vocês veem o grupo palestino Hamas como um movimento legítimo de libertação, os Estados Unidos e a Europa o consideram uma organização terrorista.
Jalili: Está vendo, é precisamente por isso que precisamos nos sentar e acertar definições comuns.

Spiegel: Como isso funcionaria?
Jalili: Em alguns pontos de atrito, nós conseguiremos chegar a um acordo ou aproximarmos nossas posições. Em outros, provavelmente não será possível.

Spiegel: Em seu documento de posicionamento vocês pedem uma "reorganização da Organização das Nações Unidas" e uma "gestão coletiva para os assuntos ambientais". Com o devido respeito, a negociação não trata desses assuntos - trata da bomba nuclear potencial do Irã.
Jalili: Você está estabelecendo as prioridades erradas. Não somos nós que somos o perigo, mas sim as outras potências que já possuem armas nucleares há muito tempo. Nós queremos que todas as potências nucleares se desarmem, como pede o Tratado de Não-Proliferação Nuclear. Nós estamos pedindo por um "Eixo de Negociações"...

Spiegel: ...uma clara alusão ao "Eixo do Mal" do ex-presidente americano, George W. Bush, que considerava o Irã como sendo parte dele, juntamente com a Coreia do Norte e o Iraque de Saddam Hussein. Mas, me perdoe por dizer, você está falando a respeito de tudo exceto o programa nuclear do Irã.
Jalili: Mas de onde vêm os temores em relação ao programa? Quem cria esse clima? A imprensa nos Estados Unidos e na Europa é irresponsável ao explorar os temores das pessoas. Pegue a suposta ameaça dos mísseis iranianos, por exemplo. Por anos, Washington queria montar um escudo de mísseis no Leste Europeu. Agora, o presidente Barack Obama determinou que a ameaça não existe e abandonou o plano do escudo antimísseis...

Spiegel: ...mas em seu lugar anunciou um sistema de defesa antimísseis móvel como alternativa.
Jalili: De qualquer forma, os europeus viram um problema desaparecer no ar da noite para o dia.

Spiegel: O presidente Obama demonstrou disposição em fazer concessões, com seu discurso para marcar o Ano Novo iraniano e ao oferecer uma negociação sem pré-condições. Vocês não veem uma diferença entre Bush e Obama?
Jalili: Nós vemos uma mudança, mas nenhuma melhoria na posição americana.

Spiegel: O lado iraniano, por sua vez, não fez nem mesmo gestos simbólicos. O fato é que o Conselho de Segurança da ONU impôs múltiplas sanções contra Teerã. A Agência Internacional de Energia Atômica (Aiea), em Viena, se queixou de falta de cooperação por parte de vocês e continua tendo dúvidas consideráveis sobre se seu programa nuclear é realmente apenas para fins civis. Vocês pretendem ignorar tudo isso?
Jalili: Mahamed ElBaradei, o diretor-geral de saída da Aiea, expressou em seu mais recente relatório, pela enésima vez, que não há prova da existência de um programa nuclear militar iraniano. Como signatários do Tratado de Não-Proliferação Nuclear, nós temos não apenas responsabilidades, mas também direitos. E isso inclui enriquecimento de urânio.

Spiegel: Grande parte da comunidade internacional acredita que o Irã perdeu esse direito ao manter sigilo sobre a existência do complexo nuclear de Natanz e ao comprar centrífugas no mercado negro.
Jalili: O que você quer dizer com comunidade internacional? Os 120 países do Movimento Não-Alinhado, que defendem os direitos do Irã, não pertencem à comunidade internacional?

Spiegel: Mas vocês não podem alegar que a Aiea está satisfeita com a cooperação do Irã. ElBaradei acabou de lembrar de novo que Teerã precisa intensificar seus esforços no sentido de uma maior transparência. Estas são suas responsabilidades.
Jalili: O que é correto é que possuímos o direito de enriquecer urânio, e nunca abriremos mão desse direito. O uso da energia nuclear deve ser garantido a todos. Ninguém deve possuir armas nucleares. O mundo precisa se mover na direção desse tipo de desarmamento, inclusive Washington. A Europa não deve ser um depósito de ogivas nucleares. Eu não entendo por que a Europa está preocupada com algumas poucas centrífugas no Irã e não a respeito das armas nucleares armazenadas na Europa.

"Nós não precisamos de uma bomba"
Spiegel: Agora o Irã conta com mais de 1.400 quilos de urânio pouco enriquecido e mais de 8.000 centrífugas. Os especialistas dizem que vocês já atingiram a "capacidade de avanço", em outras palavras, a capacidade de começar a produzir uma bomba.
Jalili: Nós não precisamos de uma bomba. Não seria legítimo e nem nos proporcionaria segurança adicional. Me permita dizer de novo: nós somos a favor do desarmamento global. Mas continuaremos a enriquecer urânio.

Spiegel: Uma suspensão do enriquecimento de urânio como um gesto de boa-vontade também está fora de questão?
Jalili: Você está familiarizado com a história e sabe as experiências ruins que tivemos. Nós já suspendemos o enriquecimento de urânio por dois anos e meio. Depois, a exigência passou a ser que a suspendêssemos para sempre.

Spiegel: Se Teerã não mudar sua posição durante as negociações na Suíça, a secretária de Estado dos Estados Unidos, Hillary Clinton, ameaçou impor sanções muito dolorosas.
Jalili: O que há de novo nisso? E você realmente acredita que existam sanções que possam nos atingir assim duramente? Nós vivemos com sanções há 30 anos e elas não são capazes de deixar uma nação como o Irã de joelhos. Elas não nos assustam. Pelo contrário - nós apreciamos as novas sanções.

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Spiegel: O que há de tão grande em experiências dolorosas?
Jalili: Não estou dizendo isso nem um pouco ironicamente. Nós declaramos este ano como sendo um ano de economia de energia. Nós queremos usar nossos recursos de forma cuidadosa. Qualquer coisa que reduza o consumo e promova o desenvolvimento de nossa autossuficiência é útil para nós. E, além disso, sanções não têm mais lugar neste mundo. Elas mais prejudicam aqueles que as impõem contra nós. O Oeste sempre nos aborda com uma cenoura e um porrete, mas esse é o método errado e um que é degradante para nós iranianos. Nós contamos com o forte apoio de nosso povo, como foi demonstrado na última eleição.

Spiegel: Como é? E quanto às milhões de pessoas que tomaram as ruas, pessoas que gritavam e ainda gritam "Onde está meu voto?"
Jalili: Diferenças de opinião fazem parte da democracia. Somos uma sociedade livre. Nós experimentamos uma campanha entre políticos diferentes, na qual 25 milhões votaram pela reeleição do presidente e 14 milhões votaram em seu oponente.

Spiegel: Mas é um fato que suas prisões estão cheias de simpatizantes da oposição, que estão sendo submetidos a julgamentos de exibição.
Jalili: Isso não é verdade. Quarenta milhões votaram, mas apenas centenas foram presos.

Spiegel: Isso significa que todas as pessoas no Ocidente que veem o Irã como um Estado opressor e temem uma bomba nuclear iraniana são apenas paranóicas?
Jalili: Eu não disse isso. Também há muitos observadores no Ocidente que têm uma visão diferente do Irã e que chegaram a outras conclusões que são mais justas e mais equilibradas.

Spiegel: Importantes políticos israelenses falam sobre a possibilidade de um ataque militar contra suas instalações nucleares. Como vocês reagem a isso?
Jalili: Israel repetidamente faz ameaças deste tipo. Por que ninguém no Ocidente condena isso?

Spiegel: Israel não tem motivo para ficar preocupado quando se trata do Irã? O presidente Mahmoud Ahmadinejad quer Israel eliminado do mapa e nega o Holocausto.
Jalili: Israel não possui armas nucleares? O mundo não deveria ter medo disso? Todas as potências nucleares devem se desarmar. Isso precisa ser monitorado pela Aiea, cujas decisões todos devem aceitar.

Spiegel: Vocês desejam conceder poder adicional aos inspetores de armas da ONU. Mas se recusam a atender as exigências da Aiea e ratificar o protocolo adicional que permitiria inspeções mais amplas, não anunciadas.
Jalili: Há muitos outros países que também não assinaram o protocolo adicional. É uma questão voluntária. Todavia, no passado nós, além da suspensão do enriquecimento de urânio, aceitamos as inspeções mais rígidas do protocolo adicional da Aiea - sem que isso fosse reconhecido.

Spiegel: O senhor poderia imaginar uma ratificação do protocolo adicional, caso as negociações na Suíça transcorram bem?
Jalili: Nós já promovemos medidas para desenvolvimento da confiança e não obtivemos nenhum resultado. Agora é a vez do Ocidente adotar essas medidas.

Spiegel: Vocês não estão lendo a situação corretamente. Nas negociações de 1º de outubro, as pessoas esperam concessões da parte de vocês, ou pelo menos um gesto. Vocês não estão deixando passar uma grande oportunidade?
Jalili: Nós iremos às negociações com otimismo, mas também somos realistas. Três condições precisam ser cumpridas para que um verdadeiro progresso ocorra. Primeiro, os erros do passado não podem ser repetidos. Segundo, ambos os lados precisam negociar em boa fé e precisam parar de promover um diálogo à sombra de ameaças. E terceiro, nós esperamos uma cooperação de longo prazo, voltada ao futuro. A cultura do diálogo é uma pré-condição para o sucesso. Ameaças nos distanciam da cultura do diálogo.

Spiegel: Quando o senhor fala de erros do passado, o senhor fala apenas dos erros europeus e americanos, ou de seus também?
Jalili: Nós podemos justificar logicamente nosso comportamento em todos os casos. Mesmo onde vocês gostariam de fazer acusações.

Spiegel: Esta é a forma iraniana de admitir erros?
Jalili: Você insiste em seu ponto de vista, eu defendo o meu.

Spiegel: Senhor Jalili, obrigado por esta entrevista.




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