Presidente de Honduras é derrubado por golpe militar
Moderador: Conselho de Moderação
- Izaias Maia
- Sênior
- Mensagens: 843
- Registrado em: Seg Fev 12, 2007 5:51 am
- Localização: Eusébio -CE
- Agradeceu: 9 vezes
Re: Presidente de Honduras é derrubado por golpe militar
Volta de Zelaya 'coloca Brasil em situação delicada'
23 de setembro de 2009 • 05h10 Comentários
O retorno a Honduras do presidente deposto, Manuel Zelaya, e o fato de ele ter buscado proteção na embaixada brasileira, colocaram o Brasil em uma situação "delicada", na avaliação de assessores próximos ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Fontes do Palácio do Planalto disseram à BBC Brasil que o retorno sem aviso prévio do líder hondurenho não só poderá dificultar as negociações com o governo interino, como também traz um "problema" para a diplomacia brasileira, que passou a ter uma responsabilidade "muito maior" em todo o processo.
"Em nenhum momento o Brasil questionou a legitimidade de Zelaya e de seu pleito de retorno imediato ao poder, mas sua presença na embaixada brasileira colocou o Brasil no centro do impasse", disse uma fonte do Palácio à BBC Brasil.
A avaliação é de que ao buscar apoio na representação brasileira em Honduras, Zelaya acabou "impondo" ao Brasil um papel de relevância que deveria ser desempenhado pela Organização dos Estados Americanos (OEA).
"Ficamos em uma situação delicada", disse essa mesma fonte.
Em entrevista à BBC Mundo, a vice-chanceler do governo interino de Honduras, Martha Lorena Alvarado, acusou o Brasil de ingerência em seu país e que, se houver derramamento de sangue, "o governo brasileiro será responsável".
Precipitação
Há dois meses, quando Zelaya fez sua primeira tentativa de retorno a Honduras, o presidente Lula desejou-lhe "sorte" por telefone, mas acrescentou que "não poderia avaliar" a decisão de Zelaya de ingressar no país naquelas circunstâncias.
Em entrevista à BBC Brasil, em julho, Lula defendeu a legitimidade do presidente deposto, mas deu a entender que sua tentativa de retorno a Honduras havia sido um erro.
O presidente brasileiro lembrou que a OEA tinha acabado de suspender Honduras da instituição e que "no mesmo dia ele tentou voltar", sugerindo que o hondurenho possa ter se precipitado.
Um dos receios do Palácio do Planalto é de que Zelaya não tenha ainda apoio suficiente dentro do país que sustente sua volta ao poder.
''Fato consumado''
Apesar de questionar a decisão de Zelaya, um diplomata brasileiro disse que o governo não considera a hipótese de suspender o apoio ao presidente de Honduras.
"A entrada dele é um fato consumado e o Brasil não pode voltar atrás em seu apoio a Zelaya. Agora precisamos trabalhar para chegarmos à melhor saída possível", disse a fonte.
O chanceler Celso Amorim disse em entrevista coletiva nesta segunda-feira, em Nova York, que a presença do líder hondurenho no país "pode facilitar o diálogo" e assim precipitar uma solução para o impasse político no país.
A expectativa, segundo um diplomata brasileiro, é de que esse novo fato acabe "expondo" as dificuldades políticas do governo interino.
Nesta terça-feira, o governo hondurenho cortou o fornecimento de água, luz e telefone da embaixada brasileira, onde Zelaya está hospedado.
"Foi uma medida abusiva a uma representação diplomática. E atitudes como essa, se persistirem, podem minar o apoio político ao governo interino", disse o mesmo diplomata à BBC Brasil.
A avaliação do governo brasileiro é de que, diante do agravamento da situação, a saída para o impasse passou a depender "ainda mais" dos Estados Unidos e da OEA.
Amorim disse que já acionou esses canais e que pediu ao embaixador do Brasil em Washington para que entrasse em contato com as autoridades americanas.
BBC Brasil - BBC BRASIL.com
http://noticias.terra.com.br/noticias/0 ... 88,00.html
23 de setembro de 2009 • 05h10 Comentários
O retorno a Honduras do presidente deposto, Manuel Zelaya, e o fato de ele ter buscado proteção na embaixada brasileira, colocaram o Brasil em uma situação "delicada", na avaliação de assessores próximos ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Fontes do Palácio do Planalto disseram à BBC Brasil que o retorno sem aviso prévio do líder hondurenho não só poderá dificultar as negociações com o governo interino, como também traz um "problema" para a diplomacia brasileira, que passou a ter uma responsabilidade "muito maior" em todo o processo.
"Em nenhum momento o Brasil questionou a legitimidade de Zelaya e de seu pleito de retorno imediato ao poder, mas sua presença na embaixada brasileira colocou o Brasil no centro do impasse", disse uma fonte do Palácio à BBC Brasil.
A avaliação é de que ao buscar apoio na representação brasileira em Honduras, Zelaya acabou "impondo" ao Brasil um papel de relevância que deveria ser desempenhado pela Organização dos Estados Americanos (OEA).
"Ficamos em uma situação delicada", disse essa mesma fonte.
Em entrevista à BBC Mundo, a vice-chanceler do governo interino de Honduras, Martha Lorena Alvarado, acusou o Brasil de ingerência em seu país e que, se houver derramamento de sangue, "o governo brasileiro será responsável".
Precipitação
Há dois meses, quando Zelaya fez sua primeira tentativa de retorno a Honduras, o presidente Lula desejou-lhe "sorte" por telefone, mas acrescentou que "não poderia avaliar" a decisão de Zelaya de ingressar no país naquelas circunstâncias.
Em entrevista à BBC Brasil, em julho, Lula defendeu a legitimidade do presidente deposto, mas deu a entender que sua tentativa de retorno a Honduras havia sido um erro.
O presidente brasileiro lembrou que a OEA tinha acabado de suspender Honduras da instituição e que "no mesmo dia ele tentou voltar", sugerindo que o hondurenho possa ter se precipitado.
Um dos receios do Palácio do Planalto é de que Zelaya não tenha ainda apoio suficiente dentro do país que sustente sua volta ao poder.
''Fato consumado''
Apesar de questionar a decisão de Zelaya, um diplomata brasileiro disse que o governo não considera a hipótese de suspender o apoio ao presidente de Honduras.
"A entrada dele é um fato consumado e o Brasil não pode voltar atrás em seu apoio a Zelaya. Agora precisamos trabalhar para chegarmos à melhor saída possível", disse a fonte.
O chanceler Celso Amorim disse em entrevista coletiva nesta segunda-feira, em Nova York, que a presença do líder hondurenho no país "pode facilitar o diálogo" e assim precipitar uma solução para o impasse político no país.
A expectativa, segundo um diplomata brasileiro, é de que esse novo fato acabe "expondo" as dificuldades políticas do governo interino.
Nesta terça-feira, o governo hondurenho cortou o fornecimento de água, luz e telefone da embaixada brasileira, onde Zelaya está hospedado.
"Foi uma medida abusiva a uma representação diplomática. E atitudes como essa, se persistirem, podem minar o apoio político ao governo interino", disse o mesmo diplomata à BBC Brasil.
A avaliação do governo brasileiro é de que, diante do agravamento da situação, a saída para o impasse passou a depender "ainda mais" dos Estados Unidos e da OEA.
Amorim disse que já acionou esses canais e que pediu ao embaixador do Brasil em Washington para que entrasse em contato com as autoridades americanas.
BBC Brasil - BBC BRASIL.com
http://noticias.terra.com.br/noticias/0 ... 88,00.html
A morte do homem começa no instante em que ele desiste de aprender. (Albino Teixeira)
- P44
- Sênior
- Mensagens: 55257
- Registrado em: Ter Dez 07, 2004 6:34 am
- Localização: O raio que vos parta
- Agradeceu: 2752 vezes
- Agradeceram: 2433 vezes
Re: Presidente de Honduras é derrubado por golpe militar
Condições incluem um não regresso de Zelaya à Presidência
Honduras: Micheletti disposto a dialogar com Manuel Zelaya
23.09.2009 - 09h49 PÚBLICO, com AFP
O presidente de facto das Honduras, Roberto Micheletti, disse pela primeira vez desde o derrube de Manuel Zelaya da Presidência em Junho passado estar disposto a dialogar com este.
Zelaya regressou há dois dias às Honduras e encontra-se refugiado na embaixada do Brasil na capital Tegucigalpa. A condição apresentada por Micheletti para o diálogo é que Zelaya concorde com a realização de eleições presidenciais em Novembro.
A declaração exclui o regresso de Zelaya à Presidência e não põe em causa o mandado de captura emitido pelo Tribunal Supremo contra ele.
http://ultimahora.publico.clix.pt/notic ... id=1401932
Honduras: Micheletti disposto a dialogar com Manuel Zelaya
23.09.2009 - 09h49 PÚBLICO, com AFP
O presidente de facto das Honduras, Roberto Micheletti, disse pela primeira vez desde o derrube de Manuel Zelaya da Presidência em Junho passado estar disposto a dialogar com este.
Zelaya regressou há dois dias às Honduras e encontra-se refugiado na embaixada do Brasil na capital Tegucigalpa. A condição apresentada por Micheletti para o diálogo é que Zelaya concorde com a realização de eleições presidenciais em Novembro.
A declaração exclui o regresso de Zelaya à Presidência e não põe em causa o mandado de captura emitido pelo Tribunal Supremo contra ele.
http://ultimahora.publico.clix.pt/notic ... id=1401932
Triste sina ter nascido português
Re: Presidente de Honduras é derrubado por golpe militar
23/09/2009 - 07h45
Embaixada do Brasil é cercada por tropas em Honduras
Por Gustavo Palencia e Anahí Rama
TEGUCIGALPA (Reuters) - Soldados e policiais antimotim hondurenhos cercaram nesta quarta-feira a embaixada brasileira na capital Tegucigalpa, onde o presidente deposto Manuel Zelaya está refugiado, no que ameaça se tornar uma longa disputa que deve agravar a crise do país.
Centenas de efetivos de segurança, alguns mascarados e outros portando armas automáticas, cercaram uma área ao redor do prédio da embaixada do Brasil onde Zelaya se refugiou com a família e um grupo de 40 partidários.
Zelaya entrou em Honduras escondido, na segunda-feira, pondo fim a quase três meses de exílio após ter sido retirado do poder por um golpe de Estado em 28 de junho.
O governo brasileiro disse que garantirá a proteção do presidente deposto dentro da embaixada e pediu ao Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas uma reunião de emergência para discutir a pior crise na América Central em décadas.
Policiais e militares dispersaram com bombas de gás lacrimogêneo, carros hidrantes e uma antena que emitia um som ensurdecedor os manifestantes que se aglomeravam diante da embaixada brasileira na terça-feira. Os manifestantes pró-Zelaya se defenderam jogando pedras, num conflito que deixou dezenas de feridos e presos.
O presidente de facto, Robert Micheletti, disse que Zelaya pode ficar na embaixada por "5 ou 10 anos, nós não temos nenhum inconveniente que ele viva ali", sinalizando estar preparado para um conflito demorado.
Várias testemunhas disseram na terça-feira que a eletricidade e a água da embaixada estavam cortadas, mas que estava permitida a entrada de alimentos.
Os Estados Unidos, a União Europeia e a Organização dos Estados Americanos (OEA) pediram uma saída negociada para que Zelaya retorne ao poder.
O governo de facto se recusou a suavizar sua posição contra a volta de Zelaya.
"Zelaya nunca voltará a ser presidente desse país", disse Micheletti em entrevista à Reuters.
Mais tarde, ele disse estar disposto a conversar com Zelaya se ele reconhecer a legitimidade da próxima eleição presidencial marcada para 29 de novembro, mas esclareceu que não negociaria a volta do presidente deposto ao poder.
Zelaya não respondeu à oferta de diálogo, mas disse em entrevista à imprensa local que está aberto a conversar.
"Se estou aqui, o que custa sentar a uma mesa de diálogo?", disse Zelaya, que, no entanto, duvidou das reais intenções de negociação de Micheletti.
Os líderes do golpe, respaldados pelas Forças Armadas, a Suprema Corte e o Congresso, insistem que Zelaya deve ser julgado por violar a constituição para tentar um novo mandato e pediram que o Brasil o entregue às autoridades hondurenhas ou concedam asilo político fora do país.
Um toque de recolher, que virtualmente parou a capital, foi ampliado para esta quarta-feira e provocou o fechamento de aeroportos, escolas e comércios.
http://noticias.uol.com.br/ultnot/reute ... 81879.jhtm
Embaixada do Brasil é cercada por tropas em Honduras
Por Gustavo Palencia e Anahí Rama
TEGUCIGALPA (Reuters) - Soldados e policiais antimotim hondurenhos cercaram nesta quarta-feira a embaixada brasileira na capital Tegucigalpa, onde o presidente deposto Manuel Zelaya está refugiado, no que ameaça se tornar uma longa disputa que deve agravar a crise do país.
Centenas de efetivos de segurança, alguns mascarados e outros portando armas automáticas, cercaram uma área ao redor do prédio da embaixada do Brasil onde Zelaya se refugiou com a família e um grupo de 40 partidários.
Zelaya entrou em Honduras escondido, na segunda-feira, pondo fim a quase três meses de exílio após ter sido retirado do poder por um golpe de Estado em 28 de junho.
O governo brasileiro disse que garantirá a proteção do presidente deposto dentro da embaixada e pediu ao Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas uma reunião de emergência para discutir a pior crise na América Central em décadas.
Policiais e militares dispersaram com bombas de gás lacrimogêneo, carros hidrantes e uma antena que emitia um som ensurdecedor os manifestantes que se aglomeravam diante da embaixada brasileira na terça-feira. Os manifestantes pró-Zelaya se defenderam jogando pedras, num conflito que deixou dezenas de feridos e presos.
O presidente de facto, Robert Micheletti, disse que Zelaya pode ficar na embaixada por "5 ou 10 anos, nós não temos nenhum inconveniente que ele viva ali", sinalizando estar preparado para um conflito demorado.
Várias testemunhas disseram na terça-feira que a eletricidade e a água da embaixada estavam cortadas, mas que estava permitida a entrada de alimentos.
Os Estados Unidos, a União Europeia e a Organização dos Estados Americanos (OEA) pediram uma saída negociada para que Zelaya retorne ao poder.
O governo de facto se recusou a suavizar sua posição contra a volta de Zelaya.
"Zelaya nunca voltará a ser presidente desse país", disse Micheletti em entrevista à Reuters.
Mais tarde, ele disse estar disposto a conversar com Zelaya se ele reconhecer a legitimidade da próxima eleição presidencial marcada para 29 de novembro, mas esclareceu que não negociaria a volta do presidente deposto ao poder.
Zelaya não respondeu à oferta de diálogo, mas disse em entrevista à imprensa local que está aberto a conversar.
"Se estou aqui, o que custa sentar a uma mesa de diálogo?", disse Zelaya, que, no entanto, duvidou das reais intenções de negociação de Micheletti.
Os líderes do golpe, respaldados pelas Forças Armadas, a Suprema Corte e o Congresso, insistem que Zelaya deve ser julgado por violar a constituição para tentar um novo mandato e pediram que o Brasil o entregue às autoridades hondurenhas ou concedam asilo político fora do país.
Um toque de recolher, que virtualmente parou a capital, foi ampliado para esta quarta-feira e provocou o fechamento de aeroportos, escolas e comércios.
http://noticias.uol.com.br/ultnot/reute ... 81879.jhtm
Re: Presidente de Honduras é derrubado por golpe militar
Crise hondurenha expõe tendência da diplomacia brasileira
Brasil amplia ação contra quebra de institucionalidade na América Latina
SÃO PAULO - Ao dar guarida ao presidente Manuel Zelaya, a diplomacia brasileira, conhecida por sua discrição, teve jogada em seu colo a principal batata quente da atual conjuntura política da América Latina: o impasse hondurenho. Contudo, não será a primeira vez que o País é empurrado a tomar posições mais ousadas no campo da política externa. Desde o início dos anos 90, o Brasil envolveu-se - por escolha ou acaso - em várias crises internas de países da região, como Paraguai, Peru e Venezuela.
Um dos primeiros exemplos seria a atuação do governo Fernando Henrique Cardoso diante da iminência de um golpe contra o então presidente paraguaio, Juan Carlos Wasmosy, em maio de 1996. Wasmosy tentou afastar o general Lino Oviedo, na época pré-candidato à presidência, do comando do Exército. Oviedo recusou a ordem e ameaçou dar um golpe bombardeando o palácio presidencial.
Com apoio dos presidentes argentino, Carlos Menem, e uruguaio, Julio María Sanguinetti, Fernando Henrique avisou Oviedo que um golpe significaria a exclusão imediata de Assunção do Mercosul. O Brasil teria ainda ameaçado fechar as fronteiras, além de bloquear os Portos de Santos e Paranaguá às exportações paraguaias.
Para o professor de relações internacionais da USP Jose Augusto Guilhon, o objetivo brasileiro era demonstrar que, com o processo de integração regional, as tradicionais quarteladas sul-americanas haviam se tornado parte do passado. "Um golpe no Paraguai mancharia o esforço de modernização aos olhos da Europa e EUA", disse.
Ao final, o Brasil deu asilo a Oviedo e a institucionalidade no Paraguai foi mantida. Outro exemplo do envolvimento brasileiro foi a intervenção em 2000 no caso Vladimiro Montesinos, ex-chefe de inteligência do então presidente peruano, Alberto Fujimori. Montesinos havia sido flagrado num esquema de corrupção e Fujimori foi forçado a antecipar as eleições. Em meio à crise, lançou-se uma caçada no Peru ao ex-chefe da inteligência, encerrada após Montesinos receber refúgio no Panamá. O governo panamenho só teria sido persuadido a receber Montesinos após Fernando Henrique telefonar para a presidente Mireya Moscoso, pressionando pela concessão do refúgio. Ao Estado, uma autoridade do governo brasileiro familiarizada com o episódio garantiu que o contato partiu diretamente de Brasília, sem passar pela embaixada em Lima.
Antes das interferências no Paraguai e Peru, o Brasil tinha trabalhado para conter os confrontos entre Equador e Peru, em 1995. Os vizinhos voltaram à mesa de negociação e, em 1998, assinaram em Brasília o Acordo Global e Definitivo de Paz.
Mas esses casos diferem do envolvimento brasileiro em Honduras, ressalva Tullo Vigevani, professor de relações internacionais da Unesp de Marília. No Paraguai e Peru, o Brasil atuou de maneira "compartilhada", ao lado de aliados como Argentina, Uruguai e EUA, e instituições regionais como a Organização dos Estados Americanos (OEA). "Agora, em tese, estamos falando de uma ação individual motivada por Zelaya."
Para Guilhon, o Brasil está vivendo uma segunda transição diplomática. Primeiro, nos anos 90, o País reviu a posição "anti-intervencionista", que buscava evitar dar margem a uma ingerência ainda maior dos EUA na região. Em seu lugar, foi adotada uma política "de motivação quase defensiva", que tinha por objetivo central agir para manter a institucionalidade em países vizinhos.
Já sob o governo Luiz Inácio Lula da Silva, essa lógica teria sido invertida: "O Brasil agora está se passando por uma espécie de gendarme da região, sem limites claros, imitando os EUA", diz Guilhon. Um exemplo da guinada seria o apoio brasileiro ao venezuelano Hugo Chávez durante as greves que varreram o país em 2002. Em resposta, o Brasil criou o "Grupo de Países Amigos da Venezuela". "Mas nós não temos recursos para esse tipo de diplomacia. É terrível."
http://www.estadao.com.br/noticias/inte ... 9608,0.htm
Brasil amplia ação contra quebra de institucionalidade na América Latina
SÃO PAULO - Ao dar guarida ao presidente Manuel Zelaya, a diplomacia brasileira, conhecida por sua discrição, teve jogada em seu colo a principal batata quente da atual conjuntura política da América Latina: o impasse hondurenho. Contudo, não será a primeira vez que o País é empurrado a tomar posições mais ousadas no campo da política externa. Desde o início dos anos 90, o Brasil envolveu-se - por escolha ou acaso - em várias crises internas de países da região, como Paraguai, Peru e Venezuela.
Um dos primeiros exemplos seria a atuação do governo Fernando Henrique Cardoso diante da iminência de um golpe contra o então presidente paraguaio, Juan Carlos Wasmosy, em maio de 1996. Wasmosy tentou afastar o general Lino Oviedo, na época pré-candidato à presidência, do comando do Exército. Oviedo recusou a ordem e ameaçou dar um golpe bombardeando o palácio presidencial.
Com apoio dos presidentes argentino, Carlos Menem, e uruguaio, Julio María Sanguinetti, Fernando Henrique avisou Oviedo que um golpe significaria a exclusão imediata de Assunção do Mercosul. O Brasil teria ainda ameaçado fechar as fronteiras, além de bloquear os Portos de Santos e Paranaguá às exportações paraguaias.
Para o professor de relações internacionais da USP Jose Augusto Guilhon, o objetivo brasileiro era demonstrar que, com o processo de integração regional, as tradicionais quarteladas sul-americanas haviam se tornado parte do passado. "Um golpe no Paraguai mancharia o esforço de modernização aos olhos da Europa e EUA", disse.
Ao final, o Brasil deu asilo a Oviedo e a institucionalidade no Paraguai foi mantida. Outro exemplo do envolvimento brasileiro foi a intervenção em 2000 no caso Vladimiro Montesinos, ex-chefe de inteligência do então presidente peruano, Alberto Fujimori. Montesinos havia sido flagrado num esquema de corrupção e Fujimori foi forçado a antecipar as eleições. Em meio à crise, lançou-se uma caçada no Peru ao ex-chefe da inteligência, encerrada após Montesinos receber refúgio no Panamá. O governo panamenho só teria sido persuadido a receber Montesinos após Fernando Henrique telefonar para a presidente Mireya Moscoso, pressionando pela concessão do refúgio. Ao Estado, uma autoridade do governo brasileiro familiarizada com o episódio garantiu que o contato partiu diretamente de Brasília, sem passar pela embaixada em Lima.
Antes das interferências no Paraguai e Peru, o Brasil tinha trabalhado para conter os confrontos entre Equador e Peru, em 1995. Os vizinhos voltaram à mesa de negociação e, em 1998, assinaram em Brasília o Acordo Global e Definitivo de Paz.
Mas esses casos diferem do envolvimento brasileiro em Honduras, ressalva Tullo Vigevani, professor de relações internacionais da Unesp de Marília. No Paraguai e Peru, o Brasil atuou de maneira "compartilhada", ao lado de aliados como Argentina, Uruguai e EUA, e instituições regionais como a Organização dos Estados Americanos (OEA). "Agora, em tese, estamos falando de uma ação individual motivada por Zelaya."
Para Guilhon, o Brasil está vivendo uma segunda transição diplomática. Primeiro, nos anos 90, o País reviu a posição "anti-intervencionista", que buscava evitar dar margem a uma ingerência ainda maior dos EUA na região. Em seu lugar, foi adotada uma política "de motivação quase defensiva", que tinha por objetivo central agir para manter a institucionalidade em países vizinhos.
Já sob o governo Luiz Inácio Lula da Silva, essa lógica teria sido invertida: "O Brasil agora está se passando por uma espécie de gendarme da região, sem limites claros, imitando os EUA", diz Guilhon. Um exemplo da guinada seria o apoio brasileiro ao venezuelano Hugo Chávez durante as greves que varreram o país em 2002. Em resposta, o Brasil criou o "Grupo de Países Amigos da Venezuela". "Mas nós não temos recursos para esse tipo de diplomacia. É terrível."
http://www.estadao.com.br/noticias/inte ... 9608,0.htm
- Izaias Maia
- Sênior
- Mensagens: 843
- Registrado em: Seg Fev 12, 2007 5:51 am
- Localização: Eusébio -CE
- Agradeceu: 9 vezes
Re: Presidente de Honduras é derrubado por golpe militar
Brasil não sabia dos meus planos", diz Zelaya
Folha Online
O presidente deposto de Honduras, Manuel Zelaya, disse nesta terça-feira que não combinou sua volta ao país e sua ida para a Embaixada do Brasil previamente com o Planalto e o Itamaraty por temer que a operação fosse descoberta pelo governo golpista e abortada, informa reportagem de Eliane Catanhêde para a Folha
O Brasil não sabia dos meus planos. Tomei a decisão de vir direto à embaixada por uma questão de estratégia, uma posição de reserva, para que o plano não corresse risco", disse Zelaya à Folha por celular em meio ao caos na embaixada.
Segundo ele, a decisão pela embaixada brasileira foi "por causa da vocação democrática do Brasil, do presidente Lula e de Marco Aurélio Garcia [assessor internacional da Presidência]. E também pelo peso internacional que eles têm".
Único diplomata brasileiro em Honduras, o ministro-conselheiro Francisco Catunda Resende confirma que foi tudo de surpresa e diz que o primeiro contato com a embaixada foi feito pela deputada Gloria Oqueli, presidente do Parlamento Centro-Americano.
"Ela bateu aqui com a história de que a mulher do presidente [Xiomara de Zelaya] tinha um assunto urgente para tratar", relatou Catunda à Folha, também por celular.
http://www1.folha.uol.com.br/folha/mund ... 7883.shtml
Folha Online
O presidente deposto de Honduras, Manuel Zelaya, disse nesta terça-feira que não combinou sua volta ao país e sua ida para a Embaixada do Brasil previamente com o Planalto e o Itamaraty por temer que a operação fosse descoberta pelo governo golpista e abortada, informa reportagem de Eliane Catanhêde para a Folha
O Brasil não sabia dos meus planos. Tomei a decisão de vir direto à embaixada por uma questão de estratégia, uma posição de reserva, para que o plano não corresse risco", disse Zelaya à Folha por celular em meio ao caos na embaixada.
Segundo ele, a decisão pela embaixada brasileira foi "por causa da vocação democrática do Brasil, do presidente Lula e de Marco Aurélio Garcia [assessor internacional da Presidência]. E também pelo peso internacional que eles têm".
Único diplomata brasileiro em Honduras, o ministro-conselheiro Francisco Catunda Resende confirma que foi tudo de surpresa e diz que o primeiro contato com a embaixada foi feito pela deputada Gloria Oqueli, presidente do Parlamento Centro-Americano.
"Ela bateu aqui com a história de que a mulher do presidente [Xiomara de Zelaya] tinha um assunto urgente para tratar", relatou Catunda à Folha, também por celular.
http://www1.folha.uol.com.br/folha/mund ... 7883.shtml
A morte do homem começa no instante em que ele desiste de aprender. (Albino Teixeira)
Re: Presidente de Honduras é derrubado por golpe militar
izaias freitas maia escreveu:Brasil não sabia dos meus planos", diz Zelaya
Folha Online
O presidente deposto de Honduras, Manuel Zelaya, disse nesta terça-feira que não combinou sua volta ao país e sua ida para a Embaixada do Brasil previamente com o Planalto e o Itamaraty por temer que a operação fosse descoberta pelo governo golpista e abortada, informa reportagem de Eliane Catanhêde para a Folha
O Brasil não sabia dos meus planos. Tomei a decisão de vir direto à embaixada por uma questão de estratégia, uma posição de reserva, para que o plano não corresse risco", disse Zelaya à Folha por celular em meio ao caos na embaixada.
Segundo ele, a decisão pela embaixada brasileira foi "por causa da vocação democrática do Brasil, do presidente Lula e de Marco Aurélio Garcia [assessor internacional da Presidência]. E também pelo peso internacional que eles têm".
Único diplomata brasileiro em Honduras, o ministro-conselheiro Francisco Catunda Resende confirma que foi tudo de surpresa e diz que o primeiro contato com a embaixada foi feito pela deputada Gloria Oqueli, presidente do Parlamento Centro-Americano.
"Ela bateu aqui com a história de que a mulher do presidente [Xiomara de Zelaya] tinha um assunto urgente para tratar", relatou Catunda à Folha, também por celular.
http://www1.folha.uol.com.br/folha/mund ... 7883.shtml
Acredito, tbm acredito em Duende, Gnomo, coelhinho da Pascoa....
- Francoorp
- Sênior
- Mensagens: 3429
- Registrado em: Seg Ago 24, 2009 9:06 am
- Localização: Goiania-GO-Brasil, Voltei!!
- Contato:
Re: Presidente de Honduras é derrubado por golpe militar
Pra mim é justo que o Brasil tenha dado asilo a Zelaya, mostra a nossa intençao de ser uma potencia regional na A.L.
Uma potencia regional tem certas responsabilidades e ainda certas "açoes" que devem ser cumpridas.
Aquele que diz que o nosso paìs deve ser uma potencia regional, deve sem duvida ser a favor destas "intervençoes" polìticas, caso nao seja assim este demonstra incoerencia!
Lembrando que a sede diplomatica é territorio brasileiro, o corte de luz, àgua, telefone, bloco de comida e outros é de ser considerado um ataque ao nosso territòrio! E o bloco de comida e àgua aos nossos compatriòtas, um tentado Homicidio a cidadaos brasileiros!!!! E piorando ainda mais a questao...estes nossos irmaos de sangue brasileiro tem imunidade diplomàtica!!!!
Todo este ponto de vista é uma questao de patriotismo e nao de patidarismo!!!
Uma potencia regional tem certas responsabilidades e ainda certas "açoes" que devem ser cumpridas.
Aquele que diz que o nosso paìs deve ser uma potencia regional, deve sem duvida ser a favor destas "intervençoes" polìticas, caso nao seja assim este demonstra incoerencia!
Lembrando que a sede diplomatica é territorio brasileiro, o corte de luz, àgua, telefone, bloco de comida e outros é de ser considerado um ataque ao nosso territòrio! E o bloco de comida e àgua aos nossos compatriòtas, um tentado Homicidio a cidadaos brasileiros!!!! E piorando ainda mais a questao...estes nossos irmaos de sangue brasileiro tem imunidade diplomàtica!!!!
Todo este ponto de vista é uma questao de patriotismo e nao de patidarismo!!!
-
- Sênior
- Mensagens: 13539
- Registrado em: Sáb Jun 18, 2005 10:26 pm
- Agradeceu: 56 vezes
- Agradeceram: 201 vezes
Re: Presidente de Honduras é derrubado por golpe militar
Francoorp escreveu:Pra mim é justo que o Brasil tenha dado asilo a Zelaya, mostra a nossa intençao de ser uma potencia regional na A.L.
Uma potencia regional tem certas responsabilidades e ainda certas "açoes" que devem ser cumpridas.
Aquele que diz que o nosso paìs deve ser uma potencia regional, deve sem duvida ser a favor destas "intervençoes" polìticas, caso nao seja assim este demonstra incoerencia!
Lembrando que a sede diplomatica é territorio brasileiro, o corte de luz, àgua, telefone, bloco de comida e outros é de ser considerado um ataque ao nosso territòrio! E o bloco de comida e àgua aos nossos compatriòtas, um tentado Homicidio a cidadaos brasileiros!!!! E piorando ainda mais a questao...estes nossos irmaos de sangue brasileiro tem imunidade diplomàtica!!!!
Todo este ponto de vista é uma questao de patriotismo e nao de patidarismo!!!
O governo Brasileiro já deveria ter mandado reforços na forma de CFNs e suprimentos. E eu queri saber quantas pessoas estão na sede da EmbaIXADA , 70? 150? 300?. Esse pessoal todo está bebendo o quê? comendo o quê?
Só há 2 tipos de navios: os submarinos e os alvos...
Armam-se homens com as melhores armas.
Armam-se Submarinos com os melhores homens.
Os sábios PENSAM
Os Inteligentes COPIAM
Os Idiotas PLANTAM e os
Os Imbecis FINANCIAM...
Armam-se homens com as melhores armas.
Armam-se Submarinos com os melhores homens.
Os sábios PENSAM
Os Inteligentes COPIAM
Os Idiotas PLANTAM e os
Os Imbecis FINANCIAM...
Re: Presidente de Honduras é derrubado por golpe militar
Walterciclone escreveu:Francoorp escreveu:Pra mim é justo que o Brasil tenha dado asilo a Zelaya, mostra a nossa intençao de ser uma potencia regional na A.L.
Uma potencia regional tem certas responsabilidades e ainda certas "açoes" que devem ser cumpridas.
Aquele que diz que o nosso paìs deve ser uma potencia regional, deve sem duvida ser a favor destas "intervençoes" polìticas, caso nao seja assim este demonstra incoerencia!
Lembrando que a sede diplomatica é territorio brasileiro, o corte de luz, àgua, telefone, bloco de comida e outros é de ser considerado um ataque ao nosso territòrio! E o bloco de comida e àgua aos nossos compatriòtas, um tentado Homicidio a cidadaos brasileiros!!!! E piorando ainda mais a questao...estes nossos irmaos de sangue brasileiro tem imunidade diplomàtica!!!!
Todo este ponto de vista é uma questao de patriotismo e nao de patidarismo!!!
O governo Brasileiro já deveria ter mandado reforços na forma de CFNs e suprimentos. E eu queri saber quantas pessoas estão na sede da EmbaIXADA , 70? 150? 300?. Esse pessoal todo está bebendo o quê? comendo o quê?
Como são comunistas provavelmente pegaram uma criancinha para comer, isso é praxe.Matar a fome não mata mais alivia
- P44
- Sênior
- Mensagens: 55257
- Registrado em: Ter Dez 07, 2004 6:34 am
- Localização: O raio que vos parta
- Agradeceu: 2752 vezes
- Agradeceram: 2433 vezes
Re: Presidente de Honduras é derrubado por golpe militar
devagar, devagarinho, o michelin lá vai desinchando....
Micheletti exige que Zelaya aceite eleições em Honduras
(AFP) – há 36 minutos
LONDRES — O presidente de fato de Honduras, Roberto Micheletti, exigiu que o deposto Manuel Zelaya aceite a celebração de eleições em novembro e se disse disposto a ouvir, mas não a negociar, em uma entrevista ao canal BBC World.
"Primeiro eu quero escutar da parte dele que aceita as eleições, vamos às eleições", declarou Micheletti na entrevista realizada na noite de terça-feira.
"A negociação que temos em Honduras é ir para eleições no dia 29 de novembro, eleger um novo presidente, e então, com clareza, entregar o poder em 27 de janeiro como manda a Constituição e a lei eleitoral", insistiu Micheletti.
Zelaya retornou secretamente a Honduras na segunda-feira, quase três meses depois de ser deposto e exilado, e se refugiou na embaixada do Brasil.
Ao ser questionado sobre a eventualidade de iniciar um diálogo no caso de Zelaya aceitar as eleições com condições, o presidente de fato se limitou a declarar: "Nós não temos nenhuma objeção em escutar as explicações que pode dar".
Micheletti se declarou contrário ao uso da força para tirar Zelaya da embaixada do Brasil, depois que o presidente deposto denunciou que o governo preparava um plano de prisão e assassinato.
"Nós nunca utilizamos a força. Eu sei o que é lutar pela democracia e não acredito em utilizar a força sob nenhuma justificativa. O Exército já tem suas instruções, a polícia tem instruções de cumprir o mandato constitucional".
O presidente de fato também negou o registro de mortes durante a intervenção para dispersar os quase 4.000 simpatizantes de Zelaya da frente da embaixada, como acusam algumas organizações de defesa dos direitos humanos.
Micheletti exige que Zelaya aceite eleições em Honduras
(AFP) – há 36 minutos
LONDRES — O presidente de fato de Honduras, Roberto Micheletti, exigiu que o deposto Manuel Zelaya aceite a celebração de eleições em novembro e se disse disposto a ouvir, mas não a negociar, em uma entrevista ao canal BBC World.
"Primeiro eu quero escutar da parte dele que aceita as eleições, vamos às eleições", declarou Micheletti na entrevista realizada na noite de terça-feira.
"A negociação que temos em Honduras é ir para eleições no dia 29 de novembro, eleger um novo presidente, e então, com clareza, entregar o poder em 27 de janeiro como manda a Constituição e a lei eleitoral", insistiu Micheletti.
Zelaya retornou secretamente a Honduras na segunda-feira, quase três meses depois de ser deposto e exilado, e se refugiou na embaixada do Brasil.
Ao ser questionado sobre a eventualidade de iniciar um diálogo no caso de Zelaya aceitar as eleições com condições, o presidente de fato se limitou a declarar: "Nós não temos nenhuma objeção em escutar as explicações que pode dar".
Micheletti se declarou contrário ao uso da força para tirar Zelaya da embaixada do Brasil, depois que o presidente deposto denunciou que o governo preparava um plano de prisão e assassinato.
"Nós nunca utilizamos a força. Eu sei o que é lutar pela democracia e não acredito em utilizar a força sob nenhuma justificativa. O Exército já tem suas instruções, a polícia tem instruções de cumprir o mandato constitucional".
O presidente de fato também negou o registro de mortes durante a intervenção para dispersar os quase 4.000 simpatizantes de Zelaya da frente da embaixada, como acusam algumas organizações de defesa dos direitos humanos.
Triste sina ter nascido português
-
- Sênior
- Mensagens: 13539
- Registrado em: Sáb Jun 18, 2005 10:26 pm
- Agradeceu: 56 vezes
- Agradeceram: 201 vezes
Re: Presidente de Honduras é derrubado por golpe militar
Ele esta vendo que é o mundo inteiro contra. E deve estar se lembrado dos "casos" Sadam Hussein e do fim provável do Shaakashvilli...P44 escreveu:devagar, devagarinho, o michelin lá vai desinchando....
Micheletti exige que Zelaya aceite eleições em Honduras
(AFP) – há 36 minutos
LONDRES — O presidente de fato de Honduras, Roberto Micheletti, exigiu que o deposto Manuel Zelaya aceite a celebração de eleições em novembro e se disse disposto a ouvir, mas não a negociar, em uma entrevista ao canal BBC World.
"Primeiro eu quero escutar da parte dele que aceita as eleições, vamos às eleições", declarou Micheletti na entrevista realizada na noite de terça-feira.
"A negociação que temos em Honduras é ir para eleições no dia 29 de novembro, eleger um novo presidente, e então, com clareza, entregar o poder em 27 de janeiro como manda a Constituição e a lei eleitoral", insistiu Micheletti.
Zelaya retornou secretamente a Honduras na segunda-feira, quase três meses depois de ser deposto e exilado, e se refugiou na embaixada do Brasil.
Ao ser questionado sobre a eventualidade de iniciar um diálogo no caso de Zelaya aceitar as eleições com condições, o presidente de fato se limitou a declarar: "Nós não temos nenhuma objeção em escutar as explicações que pode dar".
Micheletti se declarou contrário ao uso da força para tirar Zelaya da embaixada do Brasil, depois que o presidente deposto denunciou que o governo preparava um plano de prisão e assassinato.
"Nós nunca utilizamos a força. Eu sei o que é lutar pela democracia e não acredito em utilizar a força sob nenhuma justificativa. O Exército já tem suas instruções, a polícia tem instruções de cumprir o mandato constitucional".
O presidente de fato também negou o registro de mortes durante a intervenção para dispersar os quase 4.000 simpatizantes de Zelaya da frente da embaixada, como acusam algumas organizações de defesa dos direitos humanos.
O primeiro terminou pendurado na corda, e o segundo é alvo de FAB 500KL
Só há 2 tipos de navios: os submarinos e os alvos...
Armam-se homens com as melhores armas.
Armam-se Submarinos com os melhores homens.
Os sábios PENSAM
Os Inteligentes COPIAM
Os Idiotas PLANTAM e os
Os Imbecis FINANCIAM...
Armam-se homens com as melhores armas.
Armam-se Submarinos com os melhores homens.
Os sábios PENSAM
Os Inteligentes COPIAM
Os Idiotas PLANTAM e os
Os Imbecis FINANCIAM...
-
- Sênior
- Mensagens: 13539
- Registrado em: Sáb Jun 18, 2005 10:26 pm
- Agradeceu: 56 vezes
- Agradeceram: 201 vezes
Re: Presidente de Honduras é derrubado por golpe militar
PQP!!!!!!!! pedir ajuda dos EUA que raio de protagonismo é esse???. Não é nenhum pecado pedir ajuda aos EUA, mas porquê isso agora????, vamos tomar o pulso da situação , e já que a batata está quente nas nossas mãos vamos resolver o bode nós mesmos, sem essa de ficar implorando que o Grande irmão "faça alguma coisa", esse tipo de atitude é que lança dúvidas sobre o profissionalismo e seriedade do Itamaraty. Fica parecendo que nós somos tão bobalhões como o presidente da Geórgia o Shaakashvilii.izaias freitas maia escreveu:Volta de Zelaya 'coloca Brasil em situação delicada'
23 de setembro de 2009 • 05h10 Comentários
A avaliação do governo brasileiro é de que, diante do agravamento da situação, a saída para o impasse passou a depender "ainda mais" dos Estados Unidos e da OEA.
Amorim disse que já acionou esses canais e que pediu ao embaixador do Brasil em Washington para que entrasse em contato com as autoridades americanas.
BBC Brasil - BBC BRASIL.com
http://noticias.terra.com.br/noticias/0 ... 88,00.html
Raio! Cadê os Hércules com FNs e Suprimentos voando para Honduras??? Cadê algum enviado do Itamaraty de malas prontas para ficar por lá e resolver a questão no peito.
Só há 2 tipos de navios: os submarinos e os alvos...
Armam-se homens com as melhores armas.
Armam-se Submarinos com os melhores homens.
Os sábios PENSAM
Os Inteligentes COPIAM
Os Idiotas PLANTAM e os
Os Imbecis FINANCIAM...
Armam-se homens com as melhores armas.
Armam-se Submarinos com os melhores homens.
Os sábios PENSAM
Os Inteligentes COPIAM
Os Idiotas PLANTAM e os
Os Imbecis FINANCIAM...
-
- Intermediário
- Mensagens: 333
- Registrado em: Qui Ago 07, 2008 3:54 pm
- Localização: Rio de Janeiro - RJ
Re: Presidente de Honduras é derrubado por golpe militar
Esse pais é uma piada, duro ver que diante de tamanha injustiça e violencia nada esse governo faz.
Eu ja teria enviado uma força de invaãso daquele lixo de pais e restituido o poder a quem é de direito, eliminado todos os opositores e burgueses da elite Hondurenha.
Eu ja teria enviado uma força de invaãso daquele lixo de pais e restituido o poder a quem é de direito, eliminado todos os opositores e burgueses da elite Hondurenha.
Senhores, sejamos razoáveis.
- Túlio
- Site Admin
- Mensagens: 61474
- Registrado em: Sáb Jul 02, 2005 9:23 pm
- Localização: Tramandaí, RS, Brasil
- Agradeceu: 6306 vezes
- Agradeceram: 6656 vezes
- Contato:
Re: Presidente de Honduras é derrubado por golpe militar
vmonteiro escreveu:Esse pais é uma piada, duro ver que diante de tamanha injustiça e violencia nada esse governo faz.
Eu ja teria enviado uma força de invaãso daquele lixo de pais e restituido o poder a quem é de direito, eliminado todos os opositores e burgueses da elite Hondurenha.
A manteres este posicionamento, creio que surge uma grave incongruência para com a tua própria assinatura...
Senhores, sejamos razoáveis
“Look at these people. Wandering around with absolutely no idea what's about to happen.”
P. Sullivan (Margin Call, 2011)
P. Sullivan (Margin Call, 2011)
Re: Presidente de Honduras é derrubado por golpe militar
Concordo com isso, agora eles dizerem que O Brasil nao sabia de nada, nao cola.Francoorp escreveu:Pra mim é justo que o Brasil tenha dado asilo a Zelaya, mostra a nossa intençao de ser uma potencia regional na A.L.
Uma potencia regional tem certas responsabilidades e ainda certas "açoes" que devem ser cumpridas.
Aquele que diz que o nosso paìs deve ser uma potencia regional, deve sem duvida ser a favor destas "intervençoes" polìticas, caso nao seja assim este demonstra incoerencia!
Lembrando que a sede diplomatica é territorio brasileiro, o corte de luz, àgua, telefone, bloco de comida e outros é de ser considerado um ataque ao nosso territòrio! E o bloco de comida e àgua aos nossos compatriòtas, um tentado Homicidio a cidadaos brasileiros!!!! E piorando ainda mais a questao...estes nossos irmaos de sangue brasileiro tem imunidade diplomàtica!!!!
Todo este ponto de vista é uma questao de patriotismo e nao de patidarismo!!!