Mapinguari escreveu:PRick escreveu:
Alexandre,
Isso foi decidido na década de 1980, o Brasil e o mundo atual não tem nada haver com a década de 1980. Além disso, agora temos a END.
Assim, o contexto das escolhas da MB na época, hoje já não se aplicam. O problema não é usar componentes dos EUA, mas usar componentes dos EUA controlados, quando somos terceiros, não fomos nós que negociamos os sistemas dos EUA no Gripen.
Usar sistemas ou componentes que podemos fazer ou mesmo terceirizar para outros países, não tem problema, porém não é o caso de turbinas de caças, esse item é um dos mais controlados no mundo, são poucos países que produzem, e são poucos modelos disponíveis. De tal forma que a troca dela, implica em modificar quase inteiramente o projeto do caça.
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PRick, o que citei em relação à Barroso foi um exemplo.
Nunca soube que a exportação, pelo Brasil, a partir de uma linha de produção estabelecida aqui, era um dos requisitos do F-X2.
Então, o fato de o Gripen NG usar turbina e um ou outro componente americano não nos impede de usá-lo como caça de primeira linha, mais do que qualquer outra aeronave da FAB ou navio da Marinha que tenha componentes d eorigem americana.
O que está em discussão, a meu ver, e o que interessa à FAB é:
1) Poderemos integrar as armas que desejarmos (ou seja, produzidas no Brasil)?
2) Haverá a transferência de tecnologia solicitadas pela FAB?
3) O caça atende aos requisitos técnicos, logísticos, táticos e/ou estratégicos da FAB?
São essas as respostas que precisamos ter da parte dos suecos.
Colocaram aqui a lista de fornecedores americanos de componentes para o Rafale e ela me parece bem maior do que a lista de fornecedores americanos para o Gripen. Mas não vejo como isso poderá nos afetar, se o Rafale for confirmado como o escolhido.
E acho que será, pois concordo que ele, hoje, tem a melhor proposta, retirando a questão do custo de aquisição/manutenção. Se resolverem essa parte, ótimo. Se não resolverem e ele for confirmado como escolhido, temo que teremos não caças operacionais, mas sim "rainhas de hangar".
Sinceramente, IMHO, as reais desvantagens do Gripen NG face ao Rafale são o fato de a Suécia não ter o mesmo "peso" político da França e o fato de o Gripen NG não possuir uma versão naval. Mesmo considerando que trata-se de uma aquisição da FAB, é óbvio que se a MB necessitará, lá por 2020, um caça embarcado, se ele puder ser o mesmo da FAB, ótimo!
Aqui você está pisando na bola
, ora, nem é requisito a fabricação e o desenvolvimento local. O que estou falando é claro, se vamos gastar uma fortuna para desenvolver e fabricar um caça, que o país de origem não quer usar, porque não precisa, quer dizer o futuro do Gripen NG depende do sucesso e do volume de encomendas, coisa que o volume requerido pela FAB atualmente, 36 unidades, não garante de forma alguma. Nem mesmo 120 caças seriam o suficientes.
Oras, não será a FAB que vai bancar esse risco, mas o Governo Brasileiro, a Embraer, etc.. Assim, é de se esperar que pelo menos possamos exportar o caça para onde quisermos. E aqui não se trata de licença direta, mas de uma licença duas vezes indireta, face aos EUA, nos seremos terceiros, e face a uma exportação nossa, o comprador será um quarto usuário.
Portanto, o problema do Gripen está muito acima de apenas integrarmos armamento ou cumprir os requisitos da FAB, dado que o caça NÃO ESTÁ EM PRODUÇÃO, e só entrará em produção, se nós participarmos da produção.
Dentro desse quadro falar em requisitos da FAB para o Gripen, é de uma total miopia.
Se a FAB quiser o Gripen NG a despeito do Governo, eu daria o seguinte recado, se você querem ele, banquem a produção, fabriquem ele no Pama de São Paulo.
Deu para perceber a diferença? No caso do Gripen teremos que bancar a viabilidade da produção, a FAB não pode fazer isso, jogar no colo do Governo a necessidade de bancar a produção de um produto que não existe hoje.
Nos outros 02 casos, temos no máximo uma produção sob-licença ou em parceria, com possível desenvolvimento no futuro, de novas versões, no caso dos Rafales, porque o F-18E já um reprojeto.
Alexandre, não existe mais isso de ser uma compra da FAB, a nova legislação que vai ser enviada ao Congresso deixa isso bem claro, é o Brasil que está comprando, não é a FAB, a FAB é usuária, mas é algo para defender o Brasil, a FAB não é um corporação sediada em Marte. O NJ vai para o Congresso e se arrebenta em dizer, estamos buscando capacitação, isso não é só para as FA´s, é para o bem da nação. Esse dictomia ou separação estanque não existe, é absurda.
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