País banana, justiça banana...

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Kratos
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Re: País banana, justiça banana...

#106 Mensagem por Kratos » Ter Ago 25, 2009 11:57 pm

É por isso que vivo dizendo, juiz que manda soltar presidiário, que venha a ser reincidente, deve ser deposto do cargo. Juiz que concede pedido de indulto À presidiário que venha a cometer crime durante o indulto também deve ser punido. Psicólogo e psiquiatra que fazem avalição comportamental de presidário, para definir de fulano pega ou não a condicional, deve ser colocado sobre forte escrutínio e devem ter o direito de exercer a profissão cassado, em caso de reincidência criminal do presidiário avaliado.




O pior dos infernos é reservado àqueles que, em tempos de crise moral, escolheram por permanecerem neutros. Escolha o seu lado.
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Matheus
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Re: País banana, justiça banana...

#107 Mensagem por Matheus » Sáb Ago 29, 2009 9:44 am

"Pois quem montou no burro que agüente o trote."
PERCIVAL PUGGINA | 24 AGOSTO 2009 http://www.midiasemmascara.com.br
Aqui no Rio Grande do Sul, sem-terras já assassinaram sem-terras, degolaram um policial militar e feriram inúmeros outros. Ficou tudo por isso mesmo. Não caiu ninguém do alto nem do baixo comando da organização. Aliás, o movimento jamais deu a mínima para o Estado de Direito. Passa o Código Penal num picador de papel e pratica centenas de crimes por ano. Distribui entre os seus membros, para que usem lá na "casinha", as ordens judiciais que recebe. E nada lhe acontece. Ao contrário, a cada delito firma-se a convicção de que ele está tão acima do ordenamento jurídico nacional quanto Lula está pondo Sarney. O pior de tudo é que, a valerem as bênçãos e indulgências de freiras, padres e bispos ligados ao movimento, as tropelias dos sem-terra, assim como não serão objeto de prestação de contas nesta vida, tampouco o serão na outra.

Pois eis que agora, durante nova operação de desocupação de uma dessas fazendas que o MST invade quase mecanicamente quando não lhe aparece nada mais engenhoso para fazer, um sem-terra foi morto por um PM. A casa já começou a desabar e o coronel subcomandante-geral da Brigada Militar, que dirigia a operação, foi destituído da função. Quem manda não ser sem-terra, coronel?

Há muitos anos, quando o MST começava sua carreira criminosa no Rio Grande do Sul, embarquei num ônibus intermunicipal, na cidade de Frederico Westphalen (situada no extremo norte do Estado), para uma longa viagem noturna de retorno a Porto Alegre. A poltrona ao lado da minha estava vazia e eu já a antevia como espaço adicional para acomodar meu 1,80 m de altura quando a porta do veículo abriu-se para um último passageiro. Embora houvesse vários outros lugares desocupados, ao reconhecer a pessoa que percorria o corredor procurando seu assento, eu soube que havia perdido minha poltrona extra. Era um conhecido frei, que vinha se destacando entre as lideranças do MST no Rio Grande do Sul. Anos depois, esse frei seria eleito deputado estadual pelo PT gaúcho.

Sentou-se ao meu lado. Já nos conhecíamos e passamos a conversar. Dado que era pública, e reiteradamente publicada, minha reprovação às malfeitorias do MST, disse-me algo que ouvi muitas vezes de padres e bispos de esquerda: "Não entendo como um cristão como tu pode ser contra os sem-terra". A frase, como se percebe, me imputa atitude desumana. Ser contra o sem-terra é o mesmo que ser contra os sem-alimento, os sem-saúde, os sem-teto. Um disparate. Eu seria um pervertido. Tratei de esclarecer que eu não era "contra os sem-terra", mas contra muitas coisas que os sem-terra faziam, assim como era, também, contra a orientação político-ideológica e as estratégias do movimento que os cooptava.

Aí o frei apelou para a dramatização e me convidou para conhecer o acampamento existente numa área que haviam invadido no município de Bagé. Estávamos no inverno e o frei pintou com cores pesadas a realidade de três mil pessoas, vivendo numa coxilha do pampa gaúcho, em barracas de lona, a toco de vela, sem água, sem alimentos, sem agasalho. Crianças sem escola e todos sem atendimento de saúde, a muitos quilômetros da cidade. "Tens que ir lá para ver aquilo de perto". Recusei o convite: "Não vou, frei". E ficamos naquilo do tens que ir e do não vou, até que esclareci: "Não vou porque não é necessário. Imagino o horror que deve ser. Mas fico me perguntando quem foi o irresponsável que levou três mil pessoas para uma coxilha, a quilômetros de qualquer concentração urbana, sem água, sem alimento, sem escola e sem atenção à saúde".

Meu interlocutor encarou-me com certa surpresa e respondeu: "Bem, isso faz parte da luta pela terra". E eu encerrei a conversa com uma frase fronteiriça, muito repetida lá em Bagé para situações análogas: "Pois quem montou no burro que agüente o trote".

Lembrei-me disso ao saber do lamentável acontecimento de São Gabriel. Era fatal que em décadas de confronto e de afronta, de desrespeito à lei e à ordem pública, um dia aconteceria o que acabou acontecendo. E fico me perguntando: quem foi o irresponsável que levou os sem-terra para lá, que os mandou descumprir determinação judicial e resistir, com foices e porretes, à ação das autoridades policiais? Esse vai continuar no posto?




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Re: País banana, justiça banana...

#108 Mensagem por Clermont » Sáb Ago 29, 2009 11:23 am

Matheus escreveu:"O pior de tudo é que, a valerem as bênçãos e indulgências de freiras, padres e bispos ligados ao movimento, as tropelias dos sem-terra, assim como não serão objeto de prestação de contas nesta vida, tampouco o serão na outra.

(...) Era um conhecido frei, que vinha se destacando entre as lideranças do MST no Rio Grande do Sul. Anos depois, esse frei seria eleito deputado estadual pelo PT gaúcho.

(...)

"Não vou, frei". E ficamos naquilo do tens que ir e do não vou, até que esclareci: "Não vou porque não é necessário. Imagino o horror que deve ser. Mas fico me perguntando quem foi o irresponsável que levou três mil pessoas para uma coxilha, a quilômetros de qualquer concentração urbana, sem água, sem alimento, sem escola e sem atenção à saúde".

Meu interlocutor encarou-me com certa surpresa e respondeu: "Bem, isso faz parte da luta pela terra". E eu encerrei a conversa com uma frase fronteiriça, muito repetida lá em Bagé para situações análogas: "Pois quem montou no burro que agüente o trote".
E, na minha opinião, uma das coisas mais curiosas em relação a esse tipo de religioso católico, é o fato de que, na recente aprovação do tal estatuto do Vaticano, muitos dos seus mais ardentes defensores, foram conhecidos parlamentares opostos ao MST, como o Ronaldo Caiado. Por que curiosa? Porque é a Igreja Católica, uma das principais responsáveis pelo surgimento e fortalecimento de entidades como o MST.

Então, que não venham gente como o Caiado reclamar das tropelias do MST, e da recente tentativa de aumentar os níveis de produtividade agrícola, incentivada pelo MST e a Pastoral da Terra, como forma de legalizar mais invasões e mais desapropriações de produtores rurais.

"Pois quem montou no burro que agüente o trote". Eles não defendem o fortalecimento da Igreja Católica? Então, agüentem o MST, defendido por esta mesma igreja.




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Matheus
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Re: País banana, justiça banana...

#109 Mensagem por Matheus » Sáb Ago 29, 2009 1:26 pm

Hoje nos jornais aqui de Santa Maria há denúncias que membros da FARC estariam infiltrados no MST em São Gabriel/RS, talvez o Dieneces que é la da terrinha saiba mais alguma coisa.




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Re: País banana, justiça banana...

#110 Mensagem por soultrain » Qua Set 09, 2009 8:48 am

09 Setembro 2009 - 00h30
Brasil: Polémica com turista preso em Fortaleza por beijar a filha de 8 anos
Italiano arrisca 15 anos de prisão
O italiano de 40 anos preso há uma semana numa praia de Fortaleza, capital do estado brasileiro do Ceará, por ter beijado a filha de oito anos na boca pode ser condenado a uma pena de prisão até 15 anos.


A nova lei brasileira de crimes sexuais classifica como violação sexual qualquer contacto físico íntimo entre um adulto e um menor, mesmo que não ocorra penetração ou se troque apenas um beijo na boca.

O turista italiano, cuja identidade não foi revelada, passava férias no Brasil com a mulher, uma brasileira de 38 anos que reside há 16 na Itália, e a filha de ambos, e foi denunciado por um casal de idosos de Brasília que estava perto deles num bar com piscina na praia do Futuro, na capital cearense. De acordo com o casal, o italiano deu dois beijos na boca da criança quando ambos estavam na piscina e abraçava e tocava a menina de forma libidinosa.

A mãe da criança, casada com o italiano há 11 anos, nega veementemente o alegado crime. Para ela, o que pai e filha trocaram foram simples "toques leves de lábios", que ela afirma ser hábito entre pais e filhos em Itália. "No meio de tantos casos de abusos sexuais, eles, ao verem um estrangeiro, muito branco, com uma menina muito mais nova e mais escura, imaginaram que era um estrangeiro a tentar ficar com uma criança brasileira, e não tiveram a preocupação de se informar primeiro de qual era o laço entre os dois", argumenta a mãe da criança.

O caso está a gerar enorme polémica no Brasil, sucedendo-se as mais díspares opiniões de anónimos e de especialistas em comportamento e outras áreas. A polícia está impedida por lei de emitir opinião sobre o assunto, mas deixa transparecer a mesma divisão encontrada na sociedade.

PRAIA DO FUTURO É LOCAL DE TRAGÉDIA

A praia do Futuro, uma das mais procuradas por turistas estrangeiros na capital cearense e onde agora ocorreu este insólito caso, já foi cenário de uma grande tragédia que levou o seu nome pelo Mundo e, infelizmente, envolveu cidadãos portugueses. Foi lá que o português Luís Miguel Militão Guerreiro assassinou e enterrou no areal da cozinha do seu bar outros seis portugueses, amigos seus, atraídos por ele ao Brasil com a intenção de os roubar. Militão foi condenadoa dezenas de anos de prisão.

APONTAMENTOS

TRANSFERIDO

O turista italiano acusado de molestar sexualmente a filha foi transferido da esquadra onde estava detido para um hospital de Fortaleza devido a uma crise de hipertensão. Permanece sob escolta policial.

FILHA ILIBA O PAI

Ouvida pela polícia na presença de psicólogos, a menina em momento algum relatou qualquer acto libidinoso perpetrado pelo pai e chorou muito, considerando-se culpada pela prisão do pai.
Domingos G. Serrinha Correspondente São Paulo



O que se passa? Alguem pode dar mais pormenores?





"O que se percebe hoje é que os idiotas perderam a modéstia. E nós temos de ter tolerância e compreensão também com os idiotas, que são exatamente aqueles que escrevem para o esquecimento" :!:


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Re: País banana, justiça banana...

#111 Mensagem por Clermont » Qua Set 09, 2009 9:09 am

O que aconteceu é que há duas versões: a do pai, de que foi tudo um inocente "selinho", coisa habitual na cultura italiana, entre pais e filhas; e a outra versão, de testemunhas, de que não foi, somente, "selinho", mas, sim, um beijo com lascívia por parte do pai.

Quem está dizendo a verdade? Sei lá...

Alguém aí conhece a cultura italiana?




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Re: País banana, justiça banana...

#112 Mensagem por soultrain » Qua Set 09, 2009 10:30 am

Sim, é muito parecida com a nossa. Os meus dois rapazes dão-me "selinhos" como vocês falam em momentos de maior carinho, é normal.

Agora beijos lascivos, não conheço nenhuma cultura que os aprove, entre pais e filhos.

Já agora, segundo percebo é a versão do pai, da filha e da mãe.

[[]]'s





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Re: País banana, justiça banana...

#113 Mensagem por Matheus » Sex Set 11, 2009 5:21 pm

Cassetete e bastões agora só de borracha e de preferência com cheirinho de tuti-fruti....

Alguns instrumentos usados no policiamento ostensivo podem ser proibidos - 10/9/2009
Projeto aprovado ontem (09) pela Comissão de Constituição e Justiça prevê a proibição de equipamentos como: cassetete de madeira, espadas, lanças e armas congêneres no policiamento ostensivo.

Zero Hora 10/09/2009 - Polícia - Notas

O Senado concluiu ontem votação de projeto que proíbe policiais de usarem cassetete de madeira, espadas, lanças e armas congêneres no policiamento ostensivo. Fica autorizado apenas o uso de cassetete de borracha ou elétrico de baixa potência. O projeto foi aprovado na Comissão de Constituição e Justiça e segue para discussão na Câmara. O texto estabelece ainda que os órgãos policiais deverão manter registro das lesões corporais graves decorrentes do uso de cassetetes, para instrução de inquérito ou de processo.




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Re: País banana, justiça banana...

#114 Mensagem por Edu Lopes » Ter Set 15, 2009 7:06 pm

Muito obrigado, Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, muito obrigado por colocar mais um vagabundo de altíssima periculosidade nas ruas para atacar o contribuinte que paga os altos salários e as mordomias obscenas que Vossas Excrecências têm. Aliás, não sei quem é mais vagabundo. Só espero que o anjinho ai da fotinha esteja desaparecido por ter sido executado por seus amiguinhos.
Traficante beneficiado por regime semiaberto não volta para a cadeia

Polegar está foragido após ser beneficiado por regime semiaberto

Publicada em 15/09/2009 às 17h27m
O Globo


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O traficante Polegar. Foto: Reprodução do RJTV

RIO - O traficante Alexandre Mendes da Silva, conhecido como Polegar, está foragido. Ele ganhou na segunda-feira o direito de passar o dia fora da cadeia para trabalhar por ter cumprido um sexto da pena a que foi condenado. O prazo para ter voltado para a cadeia terminou à meia-noite. O presidente do Tribunal de Justiça do Rio, desembargador Luiz Zveiter, concederá entrevista nesta terça-feira para falar sobre a fuga.

Em nota divulgada à imprensa, o governador Sérgio Cabral reafirmou a necessidade de se fazer uma revisão da legislação penal e garantiu que o estado está à procura do bandido. Diz a íntegra da nota:

"Já colocamos todos o aparato de segurança atrás dele. Esse episódio serve para, mais uma vez, fazermos uma reflexão sobre a legislação condescendente com assassinos e bandidos de toda a espécie. Conto, como tenho sempre contado, com a grande parceria do presidente do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, Luiz Zveiter, que tem sido um grande aliado na luta contra o tráfico de drogas."

No mesmo dia da libertação do traficante, o secretário estadual de Segurança Pública, José Mariano Beltrame, criticou a decisão e pediu mudanças na lei que permite que um preso considerado perigoso volte às ruas sem cumprir a totalidade da pena.

Preso em janeiro de 2002 e condenado a 16 anos de prisão por tráfico e associação para o tráfico, Polegar conseguiu passar para o regime semiaberto no fim do mês passado, graças a um benefício concedido pela 1ª câmara criminal.

No sábado, o traficante foi transferido para a Casa do Albergado Crispim Ventino, em Benfica. Na manhã desta segunda-feira, às 5h05m, ele deixou o local acompanhado de dois advogados e uma mulher e seguiu para a Favela do Arará.

Fonte: http://oglobo.globo.com/rio/mat/2009/09 ... 619102.asp




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Re: País banana, justiça banana...

#115 Mensagem por Clermont » Ter Set 15, 2009 9:15 pm

Edu Lopes escreveu:Muito obrigado, Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, muito obrigado por colocar mais um vagabundo de altíssima periculosidade nas ruas para atacar o contribuinte que paga os altos salários e as mordomias obscenas que Vossas Excrecências têm.
Agradecimentos extensivos ao Congresso Nacional; aos professores de direito; aos advogados; aos religiosos; aos sociólogos; aos dirigentes de ONGs humanitaristas.

Todos que por ação ou omissão, contribuem para que esse tipo de situação jamais sofra alterações. Sempre em nome de "causas elevadas", tais como o direito "à uma segunda chance"; "ao perdão"; "à ressocialização" etc, etc e tal.

Já vi muita coisa, mas essa foi demais: ontem mesmo o secretário de segurança cantou a bola de que o bandido fugiria. A gente chega a pensar: "vai ver o cara não foge. Quando não for, só pelo prazer de desmentir a autoridade pública".

Mas não é o que vagabundo - desculpe, eu ia digitar, "o cidadão, em processo de reinserção ao convívio da sociedade" - fugiu mesmo!?




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Re: País banana, justiça banana...

#116 Mensagem por Clermont » Sáb Set 19, 2009 8:50 am

CINCO CHEFÕES DO TRÁFICO ESTÃO PRÓXIMOS DA LIBERDADE.

De Carla Costa e Gustavo Goulart, de O Globo/Blog do Noblat - 19.9.2009.

Cinco chefes do tráfico no Rio podem voltar em breve para as ruas da cidade. Três deles, de alta periculosidade, cumprem pena no presídio federal de Catanduvas, no Paraná, onde já pediram o regime semiaberto e passam por exames criminológicos.

Os primeiros da fila devem ser Ricardo Chaves de Castro Lima, o Fu da Mineira, Marco Antônio Pereira Firmino da Silva, o My Thor, e Isaías da Costa Rodrigues, o Isaías do Borel, este último apontado pela polícia como o chefe da facção criminosa que age no Rio. O levantamento foi feito pelo GLOBO junto ao Ministério Público e as Varas de Execuções Penais do Rio e do Paraná.

Como a legislação brasileira não permite que um preso passe mais de 30 anos na cadeia, Fu da Mineira será beneficiado pelo sistema progressivo, se comprovar que tem um emprego em vista, apesar de ter sido condenado a 89 anos e 10 meses de reclusão.

Ele tem 22 anotações criminais. Há contra ele pelo menos um mandado de prisão. Levado para o presídio de segurança máxima de Catanduvas, ele só precisou cumprir, para isso, 16 anos da sentença. A Lei de Execuções Penais permite a progressão de regime depois de um sexto da pena ter sido cumprida.




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Re: País banana, justiça banana...

#117 Mensagem por Edu Lopes » Sáb Set 19, 2009 10:12 am

Já disse antes e repito, nossas leis são do ladrão, pelo ladrão e para o ladrão (foi mal ai, Sr. Lincoln).




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Re: País banana, justiça banana...

#118 Mensagem por Clermont » Sáb Set 19, 2009 1:19 pm

PIMENTA NEVES, QUASE UMA DÉCADA DE IMPUNIDADE - Assassino da ex-namorada, o jornalista Pimenta Neves, réu confesso, julgado e condenado em primeira e segunda instâncias, continua livre. Como isso é possível?

Laura Diniz - Veja, sábado, 19 de setembro de 2009.

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O jornalista Antonio Pimenta Neves tem sorte de ser brasileiro. Se fosse cidadão dos Estados Unidos, da Itália, da França, da Espanha, de Portugal, da Argentina, da Colômbia ou da Costa Rica 1, e tivesse cometido em um desses países o crime que cometeu aqui, a probabilidade de estar fora da cadeia seria praticamente nula. Em agosto de 2000, o jornalista, então diretor do jornal O Estado de S. Paulo, matou a tiros a ex-namorada e também jornalista Sandra Gomide, de 32 anos. O crime completou nove anos no mês passado e Pimenta Neves - réu confesso, julgado e condenado em primeira e segunda instâncias - continua livre como um pássaro. Pior que isso: as chances de que ele nunca vá para a cadeia - ou de que, ao final de tudo, venha a passar não mais do que um ano e onze meses lá - são escandalosamente reais.

Aos 72 anos, o assassino de Sandra Gomide leva uma vida mansa e discreta. Sem responsabilidades nem obrigações (graças a duas aposentadorias, ele tem renda suficiente para não trabalhar e não trabalha), passa os dias lendo e navegando na internet. Fala pelo computador com amigos e as filhas gêmeas, que moram nos Estados Unidos, e só costuma ver TV quando há jogo do seu time, o São Paulo. Uma cadela dachs-hund, que ele batizou de Channel, lhe faz companhia na casa de 930 metros quadrados na Chácara Santo Antônio, bairro nobre de São Paulo. É a mesma em que ele morava antes do crime. Nas poucas ocasiões em que sai de lá, usa um de seus dois carros: um Clio 1998 e um Peugeot 1995. Às vezes arrisca um passeio para tomar café na padaria ou beber chope com amigos (no fim do ano passado, foi visto com um grupo deles aproveitando um fim de tarde de primavera em um restaurante do bairro). Outras vezes, recebe convidados em casa para o almoço - como no dia 11 de junho, no feriado de Corpus Christi (ocasião para a qual se preparou indo na véspera ao supermercado escolher duas garrafas de vinho). O jornalista goza de boa saúde: dispensou os antidepressivos que passou a usar pouco antes de matar a ex-namorada e toma apenas remédios para controlar a pressão. No ano passado, como tem diploma de advogado, tentou registrar-se na Ordem dos Advogados do Brasil. Foi barrado por “falta de idoneidade moral”. Afora esse contratempo, atravessa seus dias com a serenidade de um inocente - mesmo sendo um assassino.

Em julho de 2000, depois de Sandra ter posto fim ao namoro dos dois, Pimenta Neves demitiu-a do jornal que dirigia alegando razões profissionais. A amigos, dizia que ela o havia traído, inclusive profissionalmente. No dia 20 de agosto, colocou um revólver 38 no bolso e dirigiu-se ao Haras Setti, em Ibiúna, interior de São Paulo, onde sabia que encontraria Sandra - como ele, apaixonada por cavalos. Depois de discutirem, Pimenta sacou o revólver e atirou na jovem pelas costas. Quando ela tombou no chão, ele se aproximou e disparou um segundo tiro, desta vez, na cabeça da ex-namorada.

Em 2006, foi condenado pelo crime em júri popular. No mesmo ano, teve a sentença confirmada pelo Tribunal de Justiça (TJ) de São Paulo e, dois anos mais tarde, pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). Como explicar o fato de que continua livre?


_____________________

1 : Como todos sabem, todas essas são nações pagãs, primitivas, habitadas por remanescentes neanderthais, onde as pessoas se vestem com peles de animais e mantém as cabeças de seus inimigos pregadas na parede de suas choças. E que passam todos os seus dias sonhando com vingança, não com justiça.




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Re: País banana, justiça banana...

#119 Mensagem por REGATEANO » Sáb Set 19, 2009 4:57 pm

Vocês estão de parabéns pelo conhecimento jurídico declinado neste tópico!!!
Quantos já passaram no concurso mesmo?




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Re: País banana, justiça banana...

#120 Mensagem por Edu Lopes » Sáb Set 19, 2009 6:45 pm

Não é questão de conhecimento jurídico. Sabemos, todos aqui, o que a Lei determina. A questão é que a Lei é feita por vagabundos trambiqueiros e que um magistrado é forçado a cumprí-la. Perde a sociedade, perde o contribuinte que paga as mordomias desses mesmos doutores vagabundos.

Somos o país da impunidade, somos o país onde o crime compensa. É essa a bronca.

Agora, se o amigo acha que um traficante de altíssima periculosidade ou um político corrupto deve ser contemplado com alguma benesse, bom...




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