FINALMENTE RAFALE O GRANDE VENCEDOR!!!
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Re: FINALMENTE RAFALE O GRANDE VENCEDOR!!!
Ponto a ponto Sten Tolgfors
Ministro da Defesa sueco defende o caça Gripen NG, que seu país tenta vender ao Brasil, e diz apoiar um processo de licitação “transparente”
Guilherme Queiroz
Mais modesto e discreto participante do FX-2 — programa da Força Aérea Brasileira (FAB) para renovação da frota de caças com modelos de última geração —, a Suécia aposta as fichas no que alardeia ser o mais amplo pacote de parceria industrial e transferência de tecnologia entre as nações concorrentes. Para superar o favoritismo francês e o poderio americano, o país escandinavo ofereceu ao Brasil o Saab Gripen, um avião a ser desenvolvido em parceria com a indústria aeronáutica nacional. “A Suécia não está procurando um cliente, e sim um parceiro de longo prazo”, costuma dizer o ministro da Defesa, Sten Tolgfors, que concedeu entrevista exclusiva ao Correio.
Diplomático, Tolgfors minimiza o anúncio feito no último Sete de Setembro pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que tornou pública a intenção de “abrir negociações” com a França e revelou favoritismo pelo caça Rafale, da empresa Dassault. Apesar das vantagens de última hora oferecidas pelos franceses e pelos americanos, que disputam com o Boeing F-18/A Super Hornet, o ministro avalia que a relação custo-benefício do Gripen é difícil de ser superada, além da perspectiva de transferência para a Embraer da linha de produção do caça.
Fica, no entanto, a pergunta: com um projeto ainda sobre a prancheta, os suecos conseguiriam tirar o Gripen NG da linha de montagem a tempo de entregar o primeiro lote de 12 unidades em 2014? “Não tenho preocupações quanto a atendermos os prazos do FX-2. Sabemos precisamente o que custará para desenvolvê-lo, para operá-lo e para mantê-lo”, garante o ministro. O concorrente americano F-18/A Super Hornet tem uma longa lista de serviços prestados nos céus de batalha. O francês Dassault Rafale está em produção, mas seu único cliente é a própria França.
A Suécia terá de superar alguns desafios na montagem do Gripen NG. Franceses e americanos impuseram restrições ao uso de componentes fabricados em suas indústrias. O contratempo é contornável, segundo Tolgfors. “Há alguns fornecedores no mercado que podemos escolher”, rebate. Ele ressalta como ponto forte de seu produto o fato de que ele será desenvolvido de acordo com as necessidades do comprador. E acrescenta: “Não oferecemos restrições na transferência de tecnologia e atenderemos às exigências do governo brasileiro de dar condições de desenvolver e construir futuros modelos de caças”.
Ainda na disputa
Polêmica
“O ministro Nelson Jobim (da Defesa) afirmou num comunicado à imprensa, em 8 de setembro (um dia depois de o presidente Lula anunciar intenção de ‘abrir negociações’ com a França), que o programa FX-2 não está encerrado e que as negociações continuarão com os três países concorrentes. A Suécia apoia um processo independente e transparente.”
Parceria
“Estamos convencidos de que temos a proposta mais atraente, seja no quesito preço, seja na transferência de tecnologia e cooperação de longo prazo. A Suécia e a Saab vão desenvolver com os brasileiros o avião para o mercado mundial e garanto que o governo sueco apoia integralmente essa parceria. Na minha opinião, oferecemos uma oportunidade única no programa de desenvolvimento que nossos concorrentes não podem ofertar.”
Abertura
“Não utilizamos caixas-pretas no que diz respeito à transferência de tecnologia. Estamos acostumados a cooperar com nossos parceiros no desenvolvimento do avião. Uma de suas vantagens é adaptá-lo às necessidades de cada cliente.”
Prazo
“Temos um histórico de pontualidade na entrega dos caças da plataforma Gripen. Não tenho preocupações quanto a atendermos os prazos do FX-2. Sabemos precisamente o que custará para desenvolvê-lo, para operá-lo e para mantê-lo. Se levarmos em conta o preço e o custo, (o Gripen NG) é o melhor, em comparação com os concorrentes.”
Vendas
“Nós também usaremos o NG. O nosso governo está dando respaldo total a essa oferta e nós mesmos estamos interessados nesse produto. Neste momento, estamos atualizando nossa frota com modelos C/D do Gripen, em substituição aos A/B, da geração anterior. Nós precisaremos deste novo modelo assim como os outros países poderão ter acesso às novas versões que serão desenvolvidas. Agora, temos cerca de 130 Gripen em operação na Força Aérea. Com um aumento na nossa capacidade operacional, decidimos que vamos substituir 100 destas aeronaves com modelos C/D, para depois incorporarmos o NG.”
Evolução
“O caça será competitivo e apresenta a melhor relação custo-benefício. Ele terá mais alcance que os atuais Gripen C/D, mais capacidade de carga, um melhor sistema de radar. Estamos muito acostumados a cumprir os acordos de transferência de tecnologia, porque os Gripen não são os únicos caças que já exportamos.”
Embraer
“(A parceria) depende, na verdade, da indústria (Embraer). Ela é parte da oferta da Gripen para o Brasil. As empresas têm a permissão de seus governos para concretizarem o negócio (está previsto no projeto FX-2 a instalação na Embraer da linha de montagem do caça vencedor da concorrência). Basta observar a história das parcerias da Suécia com outros países. O que oferecemos é muito viável. O Gripen leva a reputação de entregar o que promete. Pergunte aos outros países, sobre preço, produto e transferência de tecnologia. Mais importante que isso é o conteúdo da parceria, a aquisição de novos conhecimentos para o desenvolvimento de um caça. É um investimento no futuro.”
Alinhamento
“A Suécia desponta como uma alternativa independente, sendo um país sem alinhamento militar. E temos tecnologia de ponta com abertura para cooperação mútua. Mas nós oferecemos a possibilidade de o Brasil ter uma indústria própria, o que outros países não oferecem. Não dissimulamos, entregamos o acordado.”
Restrições
“Um caça é um conjunto de sistemas, e temos enorme conhecimento na integração dos sistemas da aeronave. Isso mostra possibilidades de diferentes fornecedores oferecerem os sistemas que integrarão o avião. Nossos parceiros podem escolher que componentes farão parte de seu Gripen de acordo com suas necessidades. O radar é um bom exemplo disso: há alguns fornecedores no mercado que podemos escolher. Não tivemos até agora nenhum problema com isso.”
Mercados
“Estou convencido que os Gripen, de atuais e futuros modelos, serão muito atraentes para estes mercados (forças aéreas de médio porte). Os custos são muitos altos para a renovação de uma frota de caças e ainda maiores para o desenvolvimento de um modelo. Sabemos exatamente quanto isso custa e oferecemos a melhor relação custo-benefício. Isso é sempre avaliado por governos que buscam novas opções de aviação militar. Em longo prazo, será muito rentável para o Brasil por conta da cooperação industrial que estamos oferecendo.”
Encontros
“Estamos analisando a possibilidade de enviar meu secretário ao Brasil para promover alguns seminários sobre o Gripen no futuro próximo. Recebemos delegações de deputados e senadores brasileiros. Tentamos manter contato frequente com as autoridades brasileiras. Também fizemos um convite ao senhor Jobim (Nelson Jobim, ministro da Defesa), para que ele venha à Suécia. Esperamos que a viagem ocorra antes de encerrada a concorrência.”
Ministro da Defesa sueco defende o caça Gripen NG, que seu país tenta vender ao Brasil, e diz apoiar um processo de licitação “transparente”
Guilherme Queiroz
Mais modesto e discreto participante do FX-2 — programa da Força Aérea Brasileira (FAB) para renovação da frota de caças com modelos de última geração —, a Suécia aposta as fichas no que alardeia ser o mais amplo pacote de parceria industrial e transferência de tecnologia entre as nações concorrentes. Para superar o favoritismo francês e o poderio americano, o país escandinavo ofereceu ao Brasil o Saab Gripen, um avião a ser desenvolvido em parceria com a indústria aeronáutica nacional. “A Suécia não está procurando um cliente, e sim um parceiro de longo prazo”, costuma dizer o ministro da Defesa, Sten Tolgfors, que concedeu entrevista exclusiva ao Correio.
Diplomático, Tolgfors minimiza o anúncio feito no último Sete de Setembro pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que tornou pública a intenção de “abrir negociações” com a França e revelou favoritismo pelo caça Rafale, da empresa Dassault. Apesar das vantagens de última hora oferecidas pelos franceses e pelos americanos, que disputam com o Boeing F-18/A Super Hornet, o ministro avalia que a relação custo-benefício do Gripen é difícil de ser superada, além da perspectiva de transferência para a Embraer da linha de produção do caça.
Fica, no entanto, a pergunta: com um projeto ainda sobre a prancheta, os suecos conseguiriam tirar o Gripen NG da linha de montagem a tempo de entregar o primeiro lote de 12 unidades em 2014? “Não tenho preocupações quanto a atendermos os prazos do FX-2. Sabemos precisamente o que custará para desenvolvê-lo, para operá-lo e para mantê-lo”, garante o ministro. O concorrente americano F-18/A Super Hornet tem uma longa lista de serviços prestados nos céus de batalha. O francês Dassault Rafale está em produção, mas seu único cliente é a própria França.
A Suécia terá de superar alguns desafios na montagem do Gripen NG. Franceses e americanos impuseram restrições ao uso de componentes fabricados em suas indústrias. O contratempo é contornável, segundo Tolgfors. “Há alguns fornecedores no mercado que podemos escolher”, rebate. Ele ressalta como ponto forte de seu produto o fato de que ele será desenvolvido de acordo com as necessidades do comprador. E acrescenta: “Não oferecemos restrições na transferência de tecnologia e atenderemos às exigências do governo brasileiro de dar condições de desenvolver e construir futuros modelos de caças”.
Ainda na disputa
Polêmica
“O ministro Nelson Jobim (da Defesa) afirmou num comunicado à imprensa, em 8 de setembro (um dia depois de o presidente Lula anunciar intenção de ‘abrir negociações’ com a França), que o programa FX-2 não está encerrado e que as negociações continuarão com os três países concorrentes. A Suécia apoia um processo independente e transparente.”
Parceria
“Estamos convencidos de que temos a proposta mais atraente, seja no quesito preço, seja na transferência de tecnologia e cooperação de longo prazo. A Suécia e a Saab vão desenvolver com os brasileiros o avião para o mercado mundial e garanto que o governo sueco apoia integralmente essa parceria. Na minha opinião, oferecemos uma oportunidade única no programa de desenvolvimento que nossos concorrentes não podem ofertar.”
Abertura
“Não utilizamos caixas-pretas no que diz respeito à transferência de tecnologia. Estamos acostumados a cooperar com nossos parceiros no desenvolvimento do avião. Uma de suas vantagens é adaptá-lo às necessidades de cada cliente.”
Prazo
“Temos um histórico de pontualidade na entrega dos caças da plataforma Gripen. Não tenho preocupações quanto a atendermos os prazos do FX-2. Sabemos precisamente o que custará para desenvolvê-lo, para operá-lo e para mantê-lo. Se levarmos em conta o preço e o custo, (o Gripen NG) é o melhor, em comparação com os concorrentes.”
Vendas
“Nós também usaremos o NG. O nosso governo está dando respaldo total a essa oferta e nós mesmos estamos interessados nesse produto. Neste momento, estamos atualizando nossa frota com modelos C/D do Gripen, em substituição aos A/B, da geração anterior. Nós precisaremos deste novo modelo assim como os outros países poderão ter acesso às novas versões que serão desenvolvidas. Agora, temos cerca de 130 Gripen em operação na Força Aérea. Com um aumento na nossa capacidade operacional, decidimos que vamos substituir 100 destas aeronaves com modelos C/D, para depois incorporarmos o NG.”
Evolução
“O caça será competitivo e apresenta a melhor relação custo-benefício. Ele terá mais alcance que os atuais Gripen C/D, mais capacidade de carga, um melhor sistema de radar. Estamos muito acostumados a cumprir os acordos de transferência de tecnologia, porque os Gripen não são os únicos caças que já exportamos.”
Embraer
“(A parceria) depende, na verdade, da indústria (Embraer). Ela é parte da oferta da Gripen para o Brasil. As empresas têm a permissão de seus governos para concretizarem o negócio (está previsto no projeto FX-2 a instalação na Embraer da linha de montagem do caça vencedor da concorrência). Basta observar a história das parcerias da Suécia com outros países. O que oferecemos é muito viável. O Gripen leva a reputação de entregar o que promete. Pergunte aos outros países, sobre preço, produto e transferência de tecnologia. Mais importante que isso é o conteúdo da parceria, a aquisição de novos conhecimentos para o desenvolvimento de um caça. É um investimento no futuro.”
Alinhamento
“A Suécia desponta como uma alternativa independente, sendo um país sem alinhamento militar. E temos tecnologia de ponta com abertura para cooperação mútua. Mas nós oferecemos a possibilidade de o Brasil ter uma indústria própria, o que outros países não oferecem. Não dissimulamos, entregamos o acordado.”
Restrições
“Um caça é um conjunto de sistemas, e temos enorme conhecimento na integração dos sistemas da aeronave. Isso mostra possibilidades de diferentes fornecedores oferecerem os sistemas que integrarão o avião. Nossos parceiros podem escolher que componentes farão parte de seu Gripen de acordo com suas necessidades. O radar é um bom exemplo disso: há alguns fornecedores no mercado que podemos escolher. Não tivemos até agora nenhum problema com isso.”
Mercados
“Estou convencido que os Gripen, de atuais e futuros modelos, serão muito atraentes para estes mercados (forças aéreas de médio porte). Os custos são muitos altos para a renovação de uma frota de caças e ainda maiores para o desenvolvimento de um modelo. Sabemos exatamente quanto isso custa e oferecemos a melhor relação custo-benefício. Isso é sempre avaliado por governos que buscam novas opções de aviação militar. Em longo prazo, será muito rentável para o Brasil por conta da cooperação industrial que estamos oferecendo.”
Encontros
“Estamos analisando a possibilidade de enviar meu secretário ao Brasil para promover alguns seminários sobre o Gripen no futuro próximo. Recebemos delegações de deputados e senadores brasileiros. Tentamos manter contato frequente com as autoridades brasileiras. Também fizemos um convite ao senhor Jobim (Nelson Jobim, ministro da Defesa), para que ele venha à Suécia. Esperamos que a viagem ocorra antes de encerrada a concorrência.”
"A reconquista da soberania perdida não restabelece o status quo."
Barão do Rio Branco
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Re: FINALMENTE RAFALE O GRANDE VENCEDOR!!!
Prick, este artigo da Zero Hora deixo para vc comentar :
ARTIGOS
Perfume francês, por Flávio Tavares*
A cada dia, a norma no serviço público torna-se simples e concreta: nas grandes licitações, escolhe-se a proposta mais cara, independentemente de que seja a melhor e apenas por ser a de maior preço. Há exceções, mas o absurdo transformado em regra continua a desafiar o razoável. Por quê?
Há quem diga que, quanto maior o gasto, maior o quinhão da “propina”, calculada sempre como um percentual do valor da negociação. Afinal, o dinheiro é do povo e a “comissão” é do ministro, secretário de Estado ou alto funcionário. É terrível aceitar que seja assim e prefiro pensar que o patriotismo de nossos governantes tenha razões que a razão desconhece. (No século 18, Pascal já dizia que “o coração tem razões que a razão não conhece”.)
A mania de contrariar o bom senso e esbanjar dinheiro público evidenciou-se, agora, no bilionário contrato pelo qual vamos adquirir da França quatro submarinos e 50 helicópteros, além de nos candidatarmos a 36 aviões de caça. Pagaremos por isso, no mínimo, R$ 34 bilhões, a crescer como erva daninha sob a chuva, caso nossa moeda se desvalorize.
A quantia supera a totalidade dos gastos e investimentos previstos para o PAC, o Programa de Aceleração do Crescimento, nosso plano de salvação nacional.
Decidido a reequipar as Forças Armadas, o ministro da Defesa, Nelson Jobim, empenhou-se na compra de quatro submarinos convencionais, além de um casco para futura nave nuclear a ser construída no Brasil. Explicou ter optado pela proposta francesa, mais cara, porque a da Alemanha, mais barata, “não transferia tecnologia” para desenvolver um submersível nuclear. Os alemães, porém, há muito tinham concordado em transferir a tecnologia de propulsão nuclear.
Só o casco francês custará cerca de 2 bilhões de euros, e a transferência tecnológica mais 900 milhões. Assim, nosso submarino nuclear começará a um preço de 2,9 bilhões de euros, baseado num modelo de 10 anos atrás, para entrar em atividade quando o Brasil produza um propulsor atômico, façanha que levará 15 anos, no mínimo, a um custo indefinido. O jornal O Globo, do Rio, lembrou que, curiosamente, o mais avançado submarino nuclear do mundo (o francês Barracuda), completo, custou 1,9 bilhão de euros. Ou seja, 1 bilhão de euros a menos que o casco que compraremos...
Nossas bilionárias compras ativam a corrida armamentista na América do Sul, quando a visão moderna de convivência é a dos mercados comuns e da unidade política, não a da divergência dirimida pelas armas, como em séculos passados.
A partir dos anos 1950, o Japão reconstruiu-se e virou potência mundial sem ter exércitos. (A nova Constituição japonesa quis soterrar o militarismo que, durante séculos, impôs ódio e ira como norma de vida e proibiu as formações armadas.) Na América Latina, a Costa Rica é exemplo de democracia estável e não tem exércitos. Nem por isto é ameaçada pelos vizinhos centro-americanos. Ao contrário, serve como intermediário da paz entre eles, ou até da paz interna dos vizinhos, como agora no golpe de Honduras.
O presidente Lula da Silva diz que os bilhões a serem gastos com as compras na França “são necessários para defender o pré-sal”, pois – com ele – seremos país petrolífero.
A Arábia Saudita e os emirados árabes, grandes produtores de petróleo, não têm exércitos, porém. Em compensação, dois países daquela área, o Iraque de Saddam Hussein e o Irã, esbanjaram em suas forças armadas boa parte da riqueza do petróleo.
Não advogo o absurdo de prescindir dos exércitos, necessários até na modernidade da paz. Mas para que besuntá-los com perfume francês?
Jornalista e escritor
ARTIGOS
Perfume francês, por Flávio Tavares*
A cada dia, a norma no serviço público torna-se simples e concreta: nas grandes licitações, escolhe-se a proposta mais cara, independentemente de que seja a melhor e apenas por ser a de maior preço. Há exceções, mas o absurdo transformado em regra continua a desafiar o razoável. Por quê?
Há quem diga que, quanto maior o gasto, maior o quinhão da “propina”, calculada sempre como um percentual do valor da negociação. Afinal, o dinheiro é do povo e a “comissão” é do ministro, secretário de Estado ou alto funcionário. É terrível aceitar que seja assim e prefiro pensar que o patriotismo de nossos governantes tenha razões que a razão desconhece. (No século 18, Pascal já dizia que “o coração tem razões que a razão não conhece”.)
A mania de contrariar o bom senso e esbanjar dinheiro público evidenciou-se, agora, no bilionário contrato pelo qual vamos adquirir da França quatro submarinos e 50 helicópteros, além de nos candidatarmos a 36 aviões de caça. Pagaremos por isso, no mínimo, R$ 34 bilhões, a crescer como erva daninha sob a chuva, caso nossa moeda se desvalorize.
A quantia supera a totalidade dos gastos e investimentos previstos para o PAC, o Programa de Aceleração do Crescimento, nosso plano de salvação nacional.
Decidido a reequipar as Forças Armadas, o ministro da Defesa, Nelson Jobim, empenhou-se na compra de quatro submarinos convencionais, além de um casco para futura nave nuclear a ser construída no Brasil. Explicou ter optado pela proposta francesa, mais cara, porque a da Alemanha, mais barata, “não transferia tecnologia” para desenvolver um submersível nuclear. Os alemães, porém, há muito tinham concordado em transferir a tecnologia de propulsão nuclear.
Só o casco francês custará cerca de 2 bilhões de euros, e a transferência tecnológica mais 900 milhões. Assim, nosso submarino nuclear começará a um preço de 2,9 bilhões de euros, baseado num modelo de 10 anos atrás, para entrar em atividade quando o Brasil produza um propulsor atômico, façanha que levará 15 anos, no mínimo, a um custo indefinido. O jornal O Globo, do Rio, lembrou que, curiosamente, o mais avançado submarino nuclear do mundo (o francês Barracuda), completo, custou 1,9 bilhão de euros. Ou seja, 1 bilhão de euros a menos que o casco que compraremos...
Nossas bilionárias compras ativam a corrida armamentista na América do Sul, quando a visão moderna de convivência é a dos mercados comuns e da unidade política, não a da divergência dirimida pelas armas, como em séculos passados.
A partir dos anos 1950, o Japão reconstruiu-se e virou potência mundial sem ter exércitos. (A nova Constituição japonesa quis soterrar o militarismo que, durante séculos, impôs ódio e ira como norma de vida e proibiu as formações armadas.) Na América Latina, a Costa Rica é exemplo de democracia estável e não tem exércitos. Nem por isto é ameaçada pelos vizinhos centro-americanos. Ao contrário, serve como intermediário da paz entre eles, ou até da paz interna dos vizinhos, como agora no golpe de Honduras.
O presidente Lula da Silva diz que os bilhões a serem gastos com as compras na França “são necessários para defender o pré-sal”, pois – com ele – seremos país petrolífero.
A Arábia Saudita e os emirados árabes, grandes produtores de petróleo, não têm exércitos, porém. Em compensação, dois países daquela área, o Iraque de Saddam Hussein e o Irã, esbanjaram em suas forças armadas boa parte da riqueza do petróleo.
Não advogo o absurdo de prescindir dos exércitos, necessários até na modernidade da paz. Mas para que besuntá-los com perfume francês?
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Re: FINALMENTE RAFALE O GRANDE VENCEDOR!!!
Como falei, negar o óbvio não o faz deixar de ser ÓBVIO...
Tanto F-35 quanto F-16 são com efeito caças HI em QUASE qualquer lugar do mundo...exceto em seu País de origem. Ou isso ou os F-15 nem estariam mais voando e o F-22 sequer teria sido desenvolvido. Ademais, se esta fosse realmente a visão da FAB, o Gripen JAMAIS estaria na shortlist e sim Typhoon ou Flanker em seu lugar, afinal, TEM QUE SER BI!
Ademais, devo estar ficando tão disléxico quanto o Bourne: onde comparei o incomparável? Apenas tento mostrar que se pode, com HI-LO-MIX, cumprir as mesmas misões igualmente bem e a custos menores...
Ao menos para mim, comparar o incomparável é dizer que o F-16 pode o mesmo que o F-15 e o F-35 é tão capaz quanto o F-22; que uma prosaica F1000 vale por um MB 708 ou, alternativamente, seria tão econômico usar este para transportar as cargas daquela - max 1 ton - quanto usar a própria...
Tanto F-35 quanto F-16 são com efeito caças HI em QUASE qualquer lugar do mundo...exceto em seu País de origem. Ou isso ou os F-15 nem estariam mais voando e o F-22 sequer teria sido desenvolvido. Ademais, se esta fosse realmente a visão da FAB, o Gripen JAMAIS estaria na shortlist e sim Typhoon ou Flanker em seu lugar, afinal, TEM QUE SER BI!
Ademais, devo estar ficando tão disléxico quanto o Bourne: onde comparei o incomparável? Apenas tento mostrar que se pode, com HI-LO-MIX, cumprir as mesmas misões igualmente bem e a custos menores...
Ao menos para mim, comparar o incomparável é dizer que o F-16 pode o mesmo que o F-15 e o F-35 é tão capaz quanto o F-22; que uma prosaica F1000 vale por um MB 708 ou, alternativamente, seria tão econômico usar este para transportar as cargas daquela - max 1 ton - quanto usar a própria...
“Look at these people. Wandering around with absolutely no idea what's about to happen.”
P. Sullivan (Margin Call, 2011)
P. Sullivan (Margin Call, 2011)
Re: FINALMENTE RAFALE O GRANDE VENCEDOR!!!
Quem foi o Agressor na USAF durante a Red Flag??? Se tu achas que um caça Low faria este serviço, então és tu quem tem que enchergar melhor...Túlio escreveu:Como falei, negar o óbvio não o faz deixar de ser ÓBVIO...
Tanto F-35 quanto F-16 são com efeito caças HI em QUASE qualquer lugar do mundo...exceto em seu País de origem. Ou isso ou os F-15 nem estariam mais voando e o F-22 sequer teria sido desenvolvido. Ademais, se esta fosse realmente a visão da FAB, o Gripen JAMAIS estaria na shortlist e sim Typhoon ou Flanker em seu lugar, afinal, TEM QUE SER BI!
Ademais, devo estar ficando tão disléxico quanto o Bourne: onde comparei o incomparável? Apenas tento mostrar que se pode, com HI-LO-MIX, cumprir as mesmas misões igualmente bem e a custos menores...
Ao menos para mim, comparar o incomparável é dizer que o F-16 pode o mesmo que o F-15 e o F-35 é tão capaz quanto o F-22; que uma prosaica F1000 vale por um MB 708 ou, alternativamente, seria tão econômico usar este para transportar as cargas daquela - max 1 ton - quanto usar a própria...
Túlio, dês de quando eu disse que o caça tem que ser Bi? Eu disse que a FAB quer padronizar a sua Força, agora é só ela para dizer se ela quer um caça Mono ou Bi.
Me mostre uma força só que esteja modernizando sua FA com caças Hi-Low, no lugar de caças Multimissão e eu te dou meus 2 centavos...
Aonde estão as Ogivas Nucleares do Brasil???
- Túlio
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Re: FINALMENTE RAFALE O GRANDE VENCEDOR!!!
E que o diabo carregue esse Flávio aí: o Japão não tem exércitos, é? Uma Costa Rica na Ásia, portanto. Gozado, jurava que o Japão era um dos Países mais bem armados do mundo, ainda bem que o nobre troca-tintas aí me corrigiu. A Arábia Saudita também anda por aí, alegre e lampeira, sem arma nenhuma, que lindo...
Pois é, e falam dos Nordestinos, quem faz isso não conhece as 'cabeças pensantes e mandantes' da véia São Pedro. Por essas e outras que é só me aposentar e me mando para o NE, falam mal mas não pode ser pior do que aqui...
Pois é, e falam dos Nordestinos, quem faz isso não conhece as 'cabeças pensantes e mandantes' da véia São Pedro. Por essas e outras que é só me aposentar e me mando para o NE, falam mal mas não pode ser pior do que aqui...
“Look at these people. Wandering around with absolutely no idea what's about to happen.”
P. Sullivan (Margin Call, 2011)
P. Sullivan (Margin Call, 2011)
Re: FINALMENTE RAFALE O GRANDE VENCEDOR!!!
Nisso tenho que concordar...Túlio escreveu:E que o diabo carregue esse Flávio aí: o Japão não tem exércitos, é? Uma Costa Rica na Ásia, portanto. Gozado, jurava que o Japão era um dos Países mais bem armados do mundo, ainda bem que o nobre troca-tintas aí me corrigiu. A Arábia Saudita também anda por aí, alegre e lampeira, sem arma nenhuma, que lindo...
Pois é, e falam dos Nordestinos, quem faz isso não conhece as 'cabeças pensantes e mandantes' da véia São Pedro. Por essas e outras que é só me aposentar e me mando para o NE, falam mal mas não pode ser pior do que aqui...
Que o diabo carregue este Flavio...
Aonde estão as Ogivas Nucleares do Brasil???
Re: FINALMENTE RAFALE O GRANDE VENCEDOR!!!
Até que essas matérias estão engraçadas, são tão ridículas e sem sentido, ou melhor, devidamente encomendadas pelos interessados.
Santiago escreveu:Concorrência se acirra após declarações pró-Rafale
Boeing envia assessores para defender o seu avião; sueca Saab revê condições
Comandante Juniti Saito adere a brincadeira de Lula, de que vai acabar recebendo aviões "de graça", e diz que a disputa melhora as ofertas
ELIANE CANTANHÊDE
COLUNISTA DA FOLHA
Quanto mais o governo reforça publicamente sua preferência pelos aviões Rafale, da francesa Dassault, para renovar a frota da FAB, mais as outras competidoras, a sueca Saab e a americana Boeing, aumentam a pressão para não serem excluídas antes que se encerre o processo de análise técnica.
Nesta terça, por exemplo, desembarcam em São Paulo enviados especiais da Boeing para defender o seu avião, o F-18 Super Hornet. batendo na tecla de que seu produto não é só um dos melhores, se não o melhor, e atende ao requisito de transferência de tecnologia. Comédia! Os caras tão mandando assessores?! Eles tem que enviar outra proposta, com garantias dadas pelo Congresso e do Governo dos EUA, e tudo mais que tem direito. Os cara vem para cá fazer propaganda dessa JACA! Porque o F-18E é uma JACA, ou o pior caça oferecido na concorrência.
O comandante da Aeronáutica, brigadeiro Juniti Saito, até aderiu à brincadeira do presidente Lula, de que vai acabar recebendo os aviões "de graça": "É possível. Os EUA disseram que vão transferir tudo, e a Suécia, que vai rever condições."
O novo parâmetro usado pelo governo brasileiro para tentar obter maiores vantagens no negócio, que pode chegar a 4 bilhões, foi dado pelo presidente francês Nicolas Sarkozy: ele garantiu a Lula que a Dassault irá vender os aviões ao Brasil pelo mesmo preço que cobra da própria Aeronáutica francesa.Tem gente querendo ver as calcinhas da Sra. Obama(tem gosto para tudo!). Até que se o outro concorrente enviasse um time de loirinhas daria até para balançar o Presidente Lula.
Já a pressão da Boeing é focada no compromisso da aprovação que o governo dos EUA deu para a transferência do pacote do F-18. "É uma decisão definitiva", disse um assessor americano, afastando uma possível revisão pelo Congresso.
A sueca Saab, que entra na disputa com o Grippen NG, também decidiu se mover. Seu principal trunfo é o preço, mas seu produto enfrenta duas resistências: só ter uma turbina e ser ainda um projeto virtual.Mas já não tinha liberado tudo no dia 05 de setembro? Ou nada foi de fato liberado, apenas aquele pacote que vimos, já as transferências tem que ser analisada cada uma delas. Preço de quê, de avião de papel? Não vamos comprar um caça que não existe, nem desenvolvido está, então como falar em preço do caça, é o preço do desenvolvimento e a implatação do zero de uma construção e as tecnologias de terceiro, quais são as garantias!!!
O prazo final para a coleta de dados e revisão de propostas passou do dia 18 para o dia 21, quando a Comissão Coordenadora do Programa Aeronave de Combate espera abrir a fase final de redação do relatório com novidades das três empresas.
A expectativa é que todas façam novas concessões nas áreas de preços, de condições, de abertura de tecnologia e de "offset" (sistema de compensações no avião ou outras áreas).
As etapas seguintes são: avaliação do Alto Comando da Aeronáutica, envio para o Ministério de Defesa, convocação do Conselho de Defesa Nacional e a decisão do presidente. Em tese, Lula pode jogar o trabalho na gaveta e usar sua prerrogativa de decidir politicamente o que é melhor para o país.
Um fator decisivo pró-Rafale é a "aliança estratégica" entre Brasil e França, que inclui não só o maior pacote de compras militares, mas também aliança política em foros multilaterais.
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JANIO DE FREITASVamos ao nosso comediante mor!
Carta aérea
Aliança estratégica não é fatura nem contrato de promessa de compra e venda; é geopolítica
"NÃO ENCONTREI nem um grande negócio de armamentos sem corrupção". A partir de tal constatação, para nós, brasileiros, os negociantes de armas são como as grandes empreiteiras.A frase de abertura é digna do comediante! Todos são canalhas, então está tudo empatado, é claro apenas o nobre jornalista é honesto, ignorante, mas honesto.
Aí está uma razão definitiva, além de muitas outras, para que as atuais compras de armamentos pesados pelo Brasil -ou, mais precisamente, por Lula e Nelson Jobim em nome do Brasil- não lembrem os negócios para realização de obras públicas. Mas, depois dos submarinos, é o negócio da compra de aviões de caça, não importam seus tipos e procedências, que se enrola em inverdades, negaças e cartas marcadas.Aqui o distinto jornalista comete um crime de calúnia, mas como todos nós sabemos que o mesmo é mesmo um leviano, descarado e vendido, não tem problema caluniar é o mínimo que esperamos de uma besta desse calibre
Aquela frase é de Andrew Feinstein, autor de pesquisa mundial sobre negócios de armamentos, para o livro que escreve a respeito. Sua dedicação ao tema tem boa origem. Quando deputado na África do Sul, encabeçou a extraordinária investigação parlamentar que desvendou uma trama de grossa corrupção na compra, à Rússia, de grande número de caças Sukhoi. A frase consta da entrevista transmitida pelo "Milênio", na GloboNews, em 27.jul.09.Abobrinhas, como não entende nada de coisa nenhuma, a besta tem que se valer de quem trabalhou, fez trabalho de jornalista, porque ele não faz nada além de emporcalhar folhas de papel em braco.
Será melhor que o Brasil não venha a figurar no livro de Feinstein nem de modo inconclusivo, apenas por estranhezas. Como esta, por exemplo: dada autorização especial, do Congresso e do governo dos Estados Unidos, para que a Boeing inclua a transferência de conhecimento tecnológico em sua oferta do caça F-A18E, na sexta-feira o Ministério da Defesa comunicou que só receberá propostas de fabricantes até a segunda-feira 21.Os patrões ja apareceram, como podemos ver pela notícia acima, essa licença, não vale nada dada a legislação dos EUA, ele na verdade é apenas o começo para tais medidas, nenhuma garantia oficial foi entregue ao governo brasileiro, como já foi falado pelo Presidente, somente a França fez isso. Nelson Jobim criou, portanto, uma data-limite e, com ela, apenas nove dias (com dois sábados e dois domingos) para a elaboração de complexos estudos e formulação de propostas. Sendo que a da francesa Dassault já foi esboçada com brasileiros e em Brasília.Os prazos para a BAFO já haviam vencidos, portanto, o NJ e o Governo aumentaram os prazos na prática. Quem está dentro do Programa, se for sério, e quer, de fato, oferecer uma proposta, já devem ter tudo, pronto, agora, se estavam confiando nos lobies estão perdidos.
A data foi fixada na mesma sexta-feira em que Lula emitia, durante comício televisivo, três afirmações aproveitáveis para numerosos fins: "não há prazo" para a escolha, "eu decido quando quiser", "quem decide sou eu e mais ninguém". Pelo visto, não é o que Nelson Jobim acha, e pratica.Se o culto jornalista soubesse do que está falando seria ótimo, mas ele não tem a menos idéia.
A nota com a informação de data-limite pede que a sueca Saab, do caça Gripen, e a Boeing "apresentem propostas que busquem equiparar-se à francesa", e esta "compatível com os parâmetros do presidente francês Nicolas Sarkozy". Confirma-se, pois, que a proposta francesa já é conhecida, contra nove dias para elaboração das demais, em negócio de bilhões.
Há pelo menos dois outros pontos de curiosidade na nota. Se Jobim não comete a impropriedade de revelar a outros a proposta francesa, é puro nonsense o pedido de que "equiparem" suas ofertas àquela. E "equiparar-se" para quê? O que deveria interessar ao Ministério da Defesa é justamente que não sejam apenas "equiparáveis", mas melhores. Ou, seja lá pelo que for, não conviria que se mostrem melhores?Ele se faz de desentendido, o assunto tratado era quanto as garantias do que está na BAFO, é isso do que se trata, para quem não sabe nada, e não quer fazer outra coisa que confusão, isso é perda de tempo.
Lula e Jobim podem querer o caça francês, mas não precisam recorrer à alegação de uma "aliança estratégica" com a França. Sob aliança estratégica com os Estados Unidos, o Brasil fez sua primeira esquadrilha de caças com os Gloster-Meteor de fabricação inglesa. Além da aliança estratégica, já sob o Acordo Militar Brasil-Estados Unidos, que trouxe até militares norte-americanos para dentro de bases e quartéis brasileiros, comprou aos ingleses e reformou na Holanda o finado porta-aviões Minas Gerais. Comprou na França caças Mirage, ainda em uso. Fez a associação, hoje extinta, da Embraer com a Dassault, e comprou na França o atual, mas não atualizado, porta-aviões São Paulo.
Aliança estratégica não é fatura nem contrato de promessa de compra e venda. É geopolítica, é política internacional.Aqui ele demonstra sua curtura e sapolência , nunca tivemos uma aliança estratégica com os EUA, ele deve estar se referindo ao Acordo 505, aquele que permite um país receber sucata made in USA a fundo perdido, desde que, só usem a sucata para os fins permitidos pelos EUA, e fiquem atrelados como nação subordinada, esse Acordo foi denunciado pelo Presidente Geisel. Mas recebemos dentro desse estatuto, coisas como os NDD Classe Thomaston, FFG Garcia, T/A-33 e outras maravilhas, sucatas de primeira com mais de 40 anos de uso. Deve ser a isso que ele fala de aliança estratégica com os EUA, quer dizer, não tem a menor noção do que esta falando.
Além disso, essa história de que "a FAB faz a análise técnica" e "o governo toma a decisão política e estratégica" é só invencionice. As duas são indissociáveis: a finalidade condiciona a escolha técnica do instrumento. É a razão que faz os Estados Unidos, com seus tantos tipos de jatos de combate, desejarem testar o Super Tucano da Embraer, a hélice, para situações como as do Afeganistão.
As grandes empreiteiras já são mais do que o necessário para o mau conceito brasileiro.Para dizer asneiras, esse cara é invencível. E produz uma frase de boçalidade absoluta, que ele não tem a menor idéia do que seja! Como a própria FAB já disse, os 03 finalistas são capazes de cumprim a finalidade, ou os requisitos requeridos. Então estamos falando de escolhas de produtos que tecnicamente servem para as mesmas finalidades. Por isso o Programa começa pela FAB e termina com o Presidente.
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Re: FINALMENTE RAFALE O GRANDE VENCEDOR!!!
Hôme do céu, eu falo em GUERRA e tu em EXERCÍCIOS? No Iraque os ianques mandaram os F-16 na frente? Quem é que está precisando enXergar melhor aqui?gaitero escreveu:
Quem foi o Agressor na USAF durante a Red Flag??? Se tu achas que um caça Low faria este serviço, então és tu quem tem que enchergar melhor...
Tá brabo. O Gripen C/D, segundo tuas palavras, é um remendão. O NG é uma incógnita, segunda as MINHAS e de meio mundo. F-16BR, o retorno?gaitero escreveu: Túlio, dês de quando eu disse que o caça tem que ser Bi? Eu disse que a FAB quer padronizar a sua Força, agora é só ela para dizer se ela quer um caça Mono ou Bi.
Me mostres uma que só use os caças mais caros mesmo em missões de risco e necessidades mínimas e te dou três. E te dei o exemplo F-22/F-35, só que para ti são rigorosamente a mesma kôza: eu queria ver o F-35 fazendo supercruise como o F-22, levando a mesma quantidade/qualidade de armas internas e por aí vai, queria mesmo...gaitero escreveu: Me mostre uma força só que esteja modernizando sua FA com caças Hi-Low, no lugar de caças Multimissão e eu te dou meus 2 centavos...
Mas vamos ficar nas buenas: eu largo o AMX-2 e o HI-LO-MIX e troco por um LIFT com a mesma turbina do FX-2 e um mix de aviônicos do Super Tucano com os do FX-2, que achas?
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P. Sullivan (Margin Call, 2011)
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Re: FINALMENTE RAFALE O GRANDE VENCEDOR!!!
Esse Jornalista e Escritor(imagine um livro dele sobre armamentos!) me lembra o Bode Orelana, aquele que não lia, comia os livros e os jornais, do finado Henfil!!!
Marino escreveu:Prick, este artigo da Zero Hora deixo para vc comentar :
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Perfume francês, por Flávio Tavares*
A cada dia, a norma no serviço público torna-se simples e concreta: nas grandes licitações, escolhe-se a proposta mais cara, independentemente de que seja a melhor e apenas por ser a de maior preço. Há exceções, mas o absurdo transformado em regra continua a desafiar o razoável. Por quê?Vamos propor uma nova Licitação, venderemos o cérebro dessa pessoa culta! Quem sabe assim, ele aprenda o que é uma Licitação.
Há quem diga que, quanto maior o gasto, maior o quinhão da “propina”, calculada sempre como um percentual do valor da negociação. Afinal, o dinheiro é do povo e a “comissão” é do ministro, secretário de Estado ou alto funcionário. É terrível aceitar que seja assim e prefiro pensar que o patriotismo de nossos governantes tenha razões que a razão desconhece. (No século 18, Pascal já dizia que “o coração tem razões que a razão não conhece”.)O mesmo podemos dizer sobre o seu texto, prefiro pensar que o texto tem razões que a razão desconhece!
A mania de contrariar o bom senso e esbanjar dinheiro público evidenciou-se, agora, no bilionário contrato pelo qual vamos adquirir da França quatro submarinos e 50 helicópteros, além de nos candidatarmos a 36 aviões de caça. Pagaremos por isso, no mínimo, R$ 34 bilhões, a crescer como erva daninha sob a chuva, caso nossa moeda se desvalorize.Ele pode ser jornalista e escritor, mas não conhece a diferença entre construir e comprar.
A quantia supera a totalidade dos gastos e investimentos previstos para o PAC, o Programa de Aceleração do Crescimento, nosso plano de salvação nacional.Que coisa linda, isso dignifica a raça humana, o cara vai para o exército da salvação!
Decidido a reequipar as Forças Armadas, o ministro da Defesa, Nelson Jobim, empenhou-se na compra de quatro submarinos convencionais, além de um casco para futura nave nuclear a ser construída no Brasil. Explicou ter optado pela proposta francesa, mais cara, porque a da Alemanha, mais barata, “não transferia tecnologia” para desenvolver um submersível nuclear. Os alemães, porém, há muito tinham concordado em transferir a tecnologia de propulsão nuclear.Nota-se que além de jornalista e escritor, ele conhece e já andou em submarino nuclear da Alemanha. É claro o comadante era o Adolfo.
Só o casco francês custará cerca de 2 bilhões de euros, e a transferência tecnológica mais 900 milhões. Assim, nosso submarino nuclear começará a um preço de 2,9 bilhões de euros, baseado num modelo de 10 anos atrás, para entrar em atividade quando o Brasil produza um propulsor atômico, façanha que levará 15 anos, no mínimo, a um custo indefinido. O jornal O Globo, do Rio, lembrou que, curiosamente, o mais avançado submarino nuclear do mundo (o francês Barracuda), completo, custou 1,9 bilhão de euros. Ou seja, 1 bilhão de euros a menos que o casco que compraremos...Além de jornalista, escritor, contador, matemático, bem, poderíamos acrescentar todos as qualidade que o Janio de Freitas possuí.
Nossas bilionárias compras ativam a corrida armamentista na América do Sul, quando a visão moderna de convivência é a dos mercados comuns e da unidade política, não a da divergência dirimida pelas armas, como em séculos passados.
A partir dos anos 1950, o Japão reconstruiu-se e virou potência mundial sem ter exércitos. (A nova Constituição japonesa quis soterrar o militarismo que, durante séculos, impôs ódio e ira como norma de vida e proibiu as formações armadas.) Na América Latina, a Costa Rica é exemplo de democracia estável e não tem exércitos. Nem por isto é ameaçada pelos vizinhos centro-americanos. Ao contrário, serve como intermediário da paz entre eles, ou até da paz interna dos vizinhos, como agora no golpe de Honduras.Esse deve ser aluno do Janio de Freitas, não perdeu uma única aula dele na fraculdade joanalismo!!!
O presidente Lula da Silva diz que os bilhões a serem gastos com as compras na França “são necessários para defender o pré-sal”, pois – com ele – seremos país petrolífero.
A Arábia Saudita e os emirados árabes, grandes produtores de petróleo, não têm exércitos, porém. Em compensação, dois países daquela área, o Iraque de Saddam Hussein e o Irã, esbanjaram em suas forças armadas boa parte da riqueza do petróleo.Sem dúvida os EAU e a Arábia Saudita não tem FA´s, olha, isso dá orgulhoso de nossa mídia, como eles sabem das coisas, esse deve ter caído em cima de muita coisa mesmo, ou melhor muita coisa deve ter caído na cabeça desse celerado mental!!!
Não advogo o absurdo de prescindir dos exércitos, necessários até na modernidade da paz. Mas para que besuntá-los com perfume francês?Vamos fazer melhor, vamos besuntar esse cara de ovo, depois colocamos um tanto de farinha de rosca, e enfiamos um grande frasco de perfume nele, tá pronta a fantasia de carnaval, coxinha de frango ao perfume de channel!
Jornalista e escritorBem, ele pode ser Escritor, jornalista ele não é!!!!
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Re: FINALMENTE RAFALE O GRANDE VENCEDOR!!!
[/quote]PRick escreveu:Bem, ele pode ser Escritor, jornalista ele não é!!!!
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Não, até como Escritor não passa de um reles troca-tintas de josta: a diferença é que, em livros, faz lobby comuna, tipo 'Che é o cara, como é mimoso', 'esses milicos raivosos' e por aí vai...
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Re: FINALMENTE RAFALE O GRANDE VENCEDOR!!!
Não seja egoista Marino mesmo por quê essa é fácil :mrgreen:Esse cara não é jornalista e escritor nem a pau!Isso só mais um Sem vergonha e detrator a serviço dos mesmos.Marino escreveu:Prick, este artigo da Zero Hora deixo para vc comentar :
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Perfume francês, por Flávio Tavares*
A cada dia, a norma no serviço público torna-se simples e concreta: nas grandes licitações, escolhe-se a proposta mais cara, independentemente de que seja a melhor e apenas por ser a de maior preço. Há exceções, mas o absurdo transformado em regra continua a desafiar o razoável. Por quê?
Jornalista e escritor
PRick,agora pega o porrete e comenta véio Ups! Já baixou o porrete.
Sds
Editado pela última vez por Bender em Dom Set 13, 2009 6:25 pm, em um total de 1 vez.
Re: FINALMENTE RAFALE O GRANDE VENCEDOR!!!
Pergunta sobre o Gripen NG: conforme Sten Tolgfors, ministro sueco, disse, eles podem escolher componentes dentre diversos fornecedores. A turbina utilizada seria uma GE, licenciada pela Volvo, mas que por ser americana pooooooode vir a ser vetada pela Hillary Clinton. Enfim, qual seria uma turbina alternativa para o caça?
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Re: FINALMENTE RAFALE O GRANDE VENCEDOR!!!
ealvim escreveu:Pergunta sobre o Gripen NG: conforme Sten Tolgfors, ministro sueco, disse, eles podem escolher componentes dentre diversos fornecedores. A turbina utilizada seria uma GE, licenciada pela Volvo, mas que por ser americana pooooooode vir a ser vetada pela Hillary Clinton. Enfim, qual seria uma turbina alternativa para o caça?
Buenas. Tempos atrás aventei a possibilidade de se usar a EJ-200, do Typhoon, mas alguns colegas disseram que ficaria inviável economicamente. Tendo a concordar, seria uma senhora modificação do projeto, teria de mexer em hard & soft e não seria pouco, em trabalho, tempo, custo e risco. Ademais, não é SÓ A TURBINA que tem de ianque ali, haveriam vários outros itens 'vetáveis'...
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Re: FINALMENTE RAFALE O GRANDE VENCEDOR!!!
Esse é caso de internação! Coitado!Marino escreveu:Prick, este artigo da Zero Hora deixo para vc comentar :
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A cada dia, a norma no serviço público torna-se simples e concreta: nas grandes licitações, escolhe-se a proposta mais cara, independentemente de que seja a melhor e apenas por ser a de maior preço. Há exceções, mas o absurdo transformado em regra continua a desafiar o razoável. Por quê?
Há quem diga que, quanto maior o gasto, maior o quinhão da “propina”, calculada sempre como um percentual do valor da negociação. Afinal, o dinheiro é do povo e a “comissão” é do ministro, secretário de Estado ou alto funcionário. É terrível aceitar que seja assim e prefiro pensar que o patriotismo de nossos governantes tenha razões que a razão desconhece. (No século 18, Pascal já dizia que “o coração tem razões que a razão não conhece”.)
A mania de contrariar o bom senso e esbanjar dinheiro público evidenciou-se, agora, no bilionário contrato pelo qual vamos adquirir da França quatro submarinos e 50 helicópteros, além de nos candidatarmos a 36 aviões de caça. Pagaremos por isso, no mínimo, R$ 34 bilhões, a crescer como erva daninha sob a chuva, caso nossa moeda se desvalorize.
A quantia supera a totalidade dos gastos e investimentos previstos para o PAC, o Programa de Aceleração do Crescimento, nosso plano de salvação nacional.
Decidido a reequipar as Forças Armadas, o ministro da Defesa, Nelson Jobim, empenhou-se na compra de quatro submarinos convencionais, além de um casco para futura nave nuclear a ser construída no Brasil. Explicou ter optado pela proposta francesa, mais cara, porque a da Alemanha, mais barata, “não transferia tecnologia” para desenvolver um submersível nuclear. Os alemães, porém, há muito tinham concordado em transferir a tecnologia de propulsão nuclear.
Só o casco francês custará cerca de 2 bilhões de euros, e a transferência tecnológica mais 900 milhões. Assim, nosso submarino nuclear começará a um preço de 2,9 bilhões de euros, baseado num modelo de 10 anos atrás, para entrar em atividade quando o Brasil produza um propulsor atômico, façanha que levará 15 anos, no mínimo, a um custo indefinido. O jornal O Globo, do Rio, lembrou que, curiosamente, o mais avançado submarino nuclear do mundo (o francês Barracuda), completo, custou 1,9 bilhão de euros. Ou seja, 1 bilhão de euros a menos que o casco que compraremos...
Nossas bilionárias compras ativam a corrida armamentista na América do Sul, quando a visão moderna de convivência é a dos mercados comuns e da unidade política, não a da divergência dirimida pelas armas, como em séculos passados.
A partir dos anos 1950, o Japão reconstruiu-se e virou potência mundial sem ter exércitos. (A nova Constituição japonesa quis soterrar o militarismo que, durante séculos, impôs ódio e ira como norma de vida e proibiu as formações armadas.) Na América Latina, a Costa Rica é exemplo de democracia estável e não tem exércitos. Nem por isto é ameaçada pelos vizinhos centro-americanos. Ao contrário, serve como intermediário da paz entre eles, ou até da paz interna dos vizinhos, como agora no golpe de Honduras.
O presidente Lula da Silva diz que os bilhões a serem gastos com as compras na França “são necessários para defender o pré-sal”, pois – com ele – seremos país petrolífero.
A Arábia Saudita e os emirados árabes, grandes produtores de petróleo, não têm exércitos, porém. Em compensação, dois países daquela área, o Iraque de Saddam Hussein e o Irã, esbanjaram em suas forças armadas boa parte da riqueza do petróleo.
Não advogo o absurdo de prescindir dos exércitos, necessários até na modernidade da paz. Mas para que besuntá-los com perfume francês?
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Re: FINALMENTE RAFALE O GRANDE VENCEDOR!!!
O fator para a seleção da F414 pela Saab é o empuxo.Túlio escreveu:ealvim escreveu:Pergunta sobre o Gripen NG: conforme Sten Tolgfors, ministro sueco, disse, eles podem escolher componentes dentre diversos fornecedores. A turbina utilizada seria uma GE, licenciada pela Volvo, mas que por ser americana pooooooode vir a ser vetada pela Hillary Clinton. Enfim, qual seria uma turbina alternativa para o caça?
Buenas. Tempos atrás aventei a possibilidade de se usar a EJ-200, do Typhoon, mas alguns colegas disseram que ficaria inviável economicamente. Tendo a concordar, seria uma senhora modificação do projeto, teria de mexer em hard & soft e não seria pouco, em trabalho, tempo, custo e risco. Ademais, não é SÓ A TURBINA que tem de ianque ali, haveriam vários outros itens 'vetáveis'...
Sempre e inevitavelmente, cada um de nós subestima o número de indivíduos estúpidos que circulam pelo mundo.
Carlo M. Cipolla
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