Bogotá afasta comparações entre reeleições de Uribe e Chávez
Decisão sobre referendo para 3.º mandato foi 'puramente popular', diz ministro; oposição promete recorrer
EUA e Colômbia negociam novo e abrangente "Plano"
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Re: EUA e Colômbia negociam novo e abrangente "Plano"
Triste sina ter nascido português
Re: EUA e Colômbia negociam novo e abrangente "Plano"
9 de Setembro de 2009 - 11h26
Vinte bases norte-americanas ao redor da Venezuela
Um total de treze bases militares dos Estados Unidos, localizadas estrategicamente em países aliados de Washington, cercam atualmente a Venezuela. Com o acordo do tipo “cooperação e assistência técnica em defesa e segurança”, que a Colômbia vai assinar com os Estados Unidos, e que permitirá que soldados norteamericanos utilizem sete novas bases militares na Colômbia, o número chegará a vinte.
Os Estados Unidos cercaram militarmente a Venezuela, pelo norte – no Mar do Caribe – tem bases em Cuba, Porto Rico, Aruba e Curaçao. Pelo noroeste – América Central – tem bases em El Salvador, Honduras e Costa Rica, além da Escola das Américas, no Panamá. Pelo oeste tem três bases aliadas na Colômbia – Arauca, Larandia e Três Esquinas – sendo que logo serão dez instalações militares. Pelo sul, os Estados Unidos utilizam duas instalações no Peru e uma no Paraguai.
O único motivo pelo qual os Estados Unidos não construíram bases militares ao leste da Venezuela, é porque por este lado a Venezuela limita praticamente com o Oceano Atlântico.
América Central
Na República de El Salvador se encontra a Base Militar Comalapa, um posto de Operações Avançadas ( FOL, na sigla em inglês) utilizado para o monitoramento via satélite da região assim como para apoio a outras bases. Seu pessoal tem acesso a portos, espaço aéreo e instalações governamentais.
Na República de Honduras está a Base Soto Cano, em Palmerola. É utilizada para a prática de radar como estação, para proporcionar apoio para treinamento e missões em helicópteros que monitoram os céus e as águas da região; tem um papel chave nas operações militares. Foi dali que partiu o golpe de estado contra o presidente constitucional Manuel Zelaya.
Na Costa Rica possuem a Base Militar Libéria, que, como está localizada na parte continental da América Central, funciona como centro de operações durante as negociações preliminares e confidenciais.
Enquanto isso no Panamá, ainda que não possuam nenhuma base militar é lá que funciona a Escola das Américas, atualmente chamada de Instituto de Cooperação para a Segurança Hemisférica, onde são treinados os mercenários norteamericanos.
América do Sul
Na Colômbia, os norteamericanos contam com três bases militares. A primeira é a Base Militar de Arauca, projetada para “combater” o narcotráfico na Colômbia, mas que de fato é utilizada como ponto estratégico para o monitoramento da zona petroleira, especialmente a da Venezuela.
Outra instalação é a Base Militar de Larandia, que serve como base de helicópteros dos Estados Unidos. Possui uma pista de aterrissagem para bombardeiros B-52, uma capacidade operativa que ultrapassa o território colombiano e permite uma cobertura para ataques em quase todo o sul do continente.
A terceira base na Colômbia é a Base Militar de Três Esquinas que serve para operações terrestres, aéreas e fluviais, além de ter se transformado em ponto estratégico para ataques contra a guerrilha. Esta instalação ‘receptora permanente de armamento, de logística e serve para o treinamento de tropas de combate.
A República do Peru tem dentro de seu território duas bases militares norteamericanas: Iquitos e Nanay. O governo peruano diz que estas bases pertencem às forças armadas do Peru, mas foram construídas e são utilizadas por soldados norteamericanos que operam na zona fluvial Nanay, na Amazônia peruana.
Na República do Paraguai se encontra a Base Mariscal Estigarribia, desde maio de 2005, quando o governo dos Estados Unidos assinou um tratado com a administração paraguaia, para instalar a base militar na cidade de Mariscal Estigarribia, província de Boquerón, no chamado Chaco Paraguaio.
O Caribe
A principal, e também a mais antiga, é a Base Naval de Guantánamo, situada perto de Santiago de Cuba, a segunda cidade mais importante do país depois de Havana. Foi construída em 1903 e possui uma área de 117,6 quilômetros quadrados, entre terra firme, água, mar e pântanos; e possui uma área de costa de 17,5 quilômetros.
Em Porto Rico, estado associado aos Estados Unidos, se encontra a Base de Vieques, uma ilha adjacente de 35 quilômetros de comprimento. A base ocupa cerca de 70% do território da ilha.
Anteriormente, nesta instalação, operava o Comando Sul, agora localizado em Miami, mas é utilizada para operações especiais e como quartel regional do exército, da marinha e das forças especiais.
Há ainda outras duas instalações, a Base Militar Reina Beatriz, em Aruba, e a Base Militar Hatos, em Curaçao. São utilizadas para o monitoramento via satélite e como apoio para o controle de vigilância no Mar do Caribe.
Sete Bases
A decisão do Pentágono, o ministério da guerra dos Estados Unidos, de instalar novas bases em solo colombiano, surgiu desde o momento em que o presidente do Equador, Rafael Correa, ordenou a expulsão e o despejo da Base Militar e Aeronaval de Manta.
Esta instalação era o principal centro de espionagem eletrônica, com tecnologia de satélites, do Pentágono na América do Sul e era utilizada como plataforma logística de inteligência militar, para alavancar as operações coordenadas pelo Comando Sul.
A nova administração Obama considerou que a prioridade era buscar uma nova localidade, que tivesse as mesmas características de Manta. Para, assim, poder manter a cobertura aérea da região.
O ministério da Defesa colombiano enumerou as bases: as aéreas serão Malambo, no departamento do Atlântico; Palanquero, em Cundinamarca; e Apiay, em Meta. As bases do exército serão Tolemaida, em Cundinamarca; e Larandia, em Caquetá. As navais serão as de Cartagena e Bahia Málaga, no departamento de Valle Del Cauca.
Com os mesmos objetivos, os Estados Unidos tem pretensões de instalar, no futuro, quatro bases adicionais: uma em Alcântara no Brasil; outra na zona de Chapare na Bolívia; outra mais em Tolhuin, na província de Terra do Fogo, na Argentina; e a última na zona conhecida como a tripla fronteira, localizada na fronteira entre o Brasil, a Argentina e o Paraguai.
Os Estados Unidos alegam que todas estas bases militares são centros de operações táticas para apoiar o que eles denominam “segurança hemisférica”, termo relacionado com a velha Doutrina de Segurança Nacional – que propunha primeiro isolar e depois acabar com qualquer governo que contrariasse os interesses de Washington e do Pentágono como, por exemplo, o governo bolivariano da Venezuela.
Fonte: Agência Bolivariana de Notícias
Vinte bases norte-americanas ao redor da Venezuela
Um total de treze bases militares dos Estados Unidos, localizadas estrategicamente em países aliados de Washington, cercam atualmente a Venezuela. Com o acordo do tipo “cooperação e assistência técnica em defesa e segurança”, que a Colômbia vai assinar com os Estados Unidos, e que permitirá que soldados norteamericanos utilizem sete novas bases militares na Colômbia, o número chegará a vinte.
Os Estados Unidos cercaram militarmente a Venezuela, pelo norte – no Mar do Caribe – tem bases em Cuba, Porto Rico, Aruba e Curaçao. Pelo noroeste – América Central – tem bases em El Salvador, Honduras e Costa Rica, além da Escola das Américas, no Panamá. Pelo oeste tem três bases aliadas na Colômbia – Arauca, Larandia e Três Esquinas – sendo que logo serão dez instalações militares. Pelo sul, os Estados Unidos utilizam duas instalações no Peru e uma no Paraguai.
O único motivo pelo qual os Estados Unidos não construíram bases militares ao leste da Venezuela, é porque por este lado a Venezuela limita praticamente com o Oceano Atlântico.
América Central
Na República de El Salvador se encontra a Base Militar Comalapa, um posto de Operações Avançadas ( FOL, na sigla em inglês) utilizado para o monitoramento via satélite da região assim como para apoio a outras bases. Seu pessoal tem acesso a portos, espaço aéreo e instalações governamentais.
Na República de Honduras está a Base Soto Cano, em Palmerola. É utilizada para a prática de radar como estação, para proporcionar apoio para treinamento e missões em helicópteros que monitoram os céus e as águas da região; tem um papel chave nas operações militares. Foi dali que partiu o golpe de estado contra o presidente constitucional Manuel Zelaya.
Na Costa Rica possuem a Base Militar Libéria, que, como está localizada na parte continental da América Central, funciona como centro de operações durante as negociações preliminares e confidenciais.
Enquanto isso no Panamá, ainda que não possuam nenhuma base militar é lá que funciona a Escola das Américas, atualmente chamada de Instituto de Cooperação para a Segurança Hemisférica, onde são treinados os mercenários norteamericanos.
América do Sul
Na Colômbia, os norteamericanos contam com três bases militares. A primeira é a Base Militar de Arauca, projetada para “combater” o narcotráfico na Colômbia, mas que de fato é utilizada como ponto estratégico para o monitoramento da zona petroleira, especialmente a da Venezuela.
Outra instalação é a Base Militar de Larandia, que serve como base de helicópteros dos Estados Unidos. Possui uma pista de aterrissagem para bombardeiros B-52, uma capacidade operativa que ultrapassa o território colombiano e permite uma cobertura para ataques em quase todo o sul do continente.
A terceira base na Colômbia é a Base Militar de Três Esquinas que serve para operações terrestres, aéreas e fluviais, além de ter se transformado em ponto estratégico para ataques contra a guerrilha. Esta instalação ‘receptora permanente de armamento, de logística e serve para o treinamento de tropas de combate.
A República do Peru tem dentro de seu território duas bases militares norteamericanas: Iquitos e Nanay. O governo peruano diz que estas bases pertencem às forças armadas do Peru, mas foram construídas e são utilizadas por soldados norteamericanos que operam na zona fluvial Nanay, na Amazônia peruana.
Na República do Paraguai se encontra a Base Mariscal Estigarribia, desde maio de 2005, quando o governo dos Estados Unidos assinou um tratado com a administração paraguaia, para instalar a base militar na cidade de Mariscal Estigarribia, província de Boquerón, no chamado Chaco Paraguaio.
O Caribe
A principal, e também a mais antiga, é a Base Naval de Guantánamo, situada perto de Santiago de Cuba, a segunda cidade mais importante do país depois de Havana. Foi construída em 1903 e possui uma área de 117,6 quilômetros quadrados, entre terra firme, água, mar e pântanos; e possui uma área de costa de 17,5 quilômetros.
Em Porto Rico, estado associado aos Estados Unidos, se encontra a Base de Vieques, uma ilha adjacente de 35 quilômetros de comprimento. A base ocupa cerca de 70% do território da ilha.
Anteriormente, nesta instalação, operava o Comando Sul, agora localizado em Miami, mas é utilizada para operações especiais e como quartel regional do exército, da marinha e das forças especiais.
Há ainda outras duas instalações, a Base Militar Reina Beatriz, em Aruba, e a Base Militar Hatos, em Curaçao. São utilizadas para o monitoramento via satélite e como apoio para o controle de vigilância no Mar do Caribe.
Sete Bases
A decisão do Pentágono, o ministério da guerra dos Estados Unidos, de instalar novas bases em solo colombiano, surgiu desde o momento em que o presidente do Equador, Rafael Correa, ordenou a expulsão e o despejo da Base Militar e Aeronaval de Manta.
Esta instalação era o principal centro de espionagem eletrônica, com tecnologia de satélites, do Pentágono na América do Sul e era utilizada como plataforma logística de inteligência militar, para alavancar as operações coordenadas pelo Comando Sul.
A nova administração Obama considerou que a prioridade era buscar uma nova localidade, que tivesse as mesmas características de Manta. Para, assim, poder manter a cobertura aérea da região.
O ministério da Defesa colombiano enumerou as bases: as aéreas serão Malambo, no departamento do Atlântico; Palanquero, em Cundinamarca; e Apiay, em Meta. As bases do exército serão Tolemaida, em Cundinamarca; e Larandia, em Caquetá. As navais serão as de Cartagena e Bahia Málaga, no departamento de Valle Del Cauca.
Com os mesmos objetivos, os Estados Unidos tem pretensões de instalar, no futuro, quatro bases adicionais: uma em Alcântara no Brasil; outra na zona de Chapare na Bolívia; outra mais em Tolhuin, na província de Terra do Fogo, na Argentina; e a última na zona conhecida como a tripla fronteira, localizada na fronteira entre o Brasil, a Argentina e o Paraguai.
Os Estados Unidos alegam que todas estas bases militares são centros de operações táticas para apoiar o que eles denominam “segurança hemisférica”, termo relacionado com a velha Doutrina de Segurança Nacional – que propunha primeiro isolar e depois acabar com qualquer governo que contrariasse os interesses de Washington e do Pentágono como, por exemplo, o governo bolivariano da Venezuela.
Fonte: Agência Bolivariana de Notícias
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Re: EUA e Colômbia negociam novo e abrangente "Plano"
Possui uma pista de aterrissagem para bombardeiros B-52
Que piada! Então o aeroporto de Caracas tem uma pista de aterrissagem para TU-160
Agora é tarde, já é dos quilombolas...Com os mesmos objetivos, os Estados Unidos tem pretensões de instalar, no futuro, quatro bases adicionais: uma em Alcântara no Brasil
"O correr da vida embrulha tudo,
a vida é assim: esquenta e esfria,
aperta e daí afrouxa,
sossega e depois desinquieta.
O que ela quer da gente é coragem."
João Guimarães Rosa
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Re: EUA e Colômbia negociam novo e abrangente "Plano"
Sexta-feira, 11 de setembro de 2009, 20:54
EUA aprovam ajuda à Colômbia, apesar de preocupação com abusos
REUTERS
WASHINGTON - O Departamento de Estado norte-americano disse nesta sexta-feira que continua preocupado com relatos de execuções extrajudiciais e grampos telefônicos na Colômbia, mas que Bogotá fez avanços suficientes que justificam a liberação do restante da ajuda militar norte-americana para o país em 2009.
Desde 2000, a Colômbia já recebeu mais de 6 bilhões de dólares em ajuda dos EUA para o combate a guerrilhas e traficantes de drogas.
Pela lei dos EUA, parte da ajuda fica retida a cada ano até que o Departamento de Estado certifique ao Congresso que a Colômbia está cumprindo requisitos mínimos no que diz respeito a direitos humanos e controle de grupos paramilitares de direita.
Essa restrição foi imposta por parlamentares preocupados com o aumento da atividade paramilitar e com as execuções extrajudiciais.
"Não há dúvida de que deve haver melhorias em certas áreas", disse Ian Kelly, porta-voz do Departamento de Estado, em nota.
"Entretanto, o governo colombiano tem feito esforços significativos para aumentar a segurança do seu povo e promover o respeito pelos direitos humanos por suas Forças Armadas, e portanto atendeu aos critérios de certificação", acrescentou.
A nota não esclarece que de quanto será a verba adicional liberada.
Kelly manifestou preocupação com as execuções extrajudiciais de homens e meninos no bairro pobre de Soacha, na periferia de Bogotá. Dezenove jovens dessa localidade foram mortos por soldados que tentaram apresentar os corpos como sendo de rebeldes mortos na guerra civil, a mais antiga da América Latina.
Uma investigação concluiu que os soldados tentavam inflacionar o número de guerrilheiros mortos para obter promoções e bônus.
Kelly disse que as Forças Armadas e o Ministério Público da Colômbia agiram rapidamente nesse caso, exonerando 45 militares e investigando 75 soldados.
"Entretanto, o caso Soacha não é um incidente isolado, e ações adicionais irão exigir uma firma liderança por parte das Forças Armadas para resolver e eliminar abusos," disse Kelly.
Ele também manifestou a preocupação dos EUA com relação a acusações de grampos telefônicos e vigilância ilegal por parte do Departamento de Segurança Administrativa do governo colombiano. O porta-voz qualificou essas ações como "perturbadoras e inaceitáveis."
http://www.estadao.com.br/noticias/inte ... 3526,0.htm
EUA aprovam ajuda à Colômbia, apesar de preocupação com abusos
REUTERS
WASHINGTON - O Departamento de Estado norte-americano disse nesta sexta-feira que continua preocupado com relatos de execuções extrajudiciais e grampos telefônicos na Colômbia, mas que Bogotá fez avanços suficientes que justificam a liberação do restante da ajuda militar norte-americana para o país em 2009.
Desde 2000, a Colômbia já recebeu mais de 6 bilhões de dólares em ajuda dos EUA para o combate a guerrilhas e traficantes de drogas.
Pela lei dos EUA, parte da ajuda fica retida a cada ano até que o Departamento de Estado certifique ao Congresso que a Colômbia está cumprindo requisitos mínimos no que diz respeito a direitos humanos e controle de grupos paramilitares de direita.
Essa restrição foi imposta por parlamentares preocupados com o aumento da atividade paramilitar e com as execuções extrajudiciais.
"Não há dúvida de que deve haver melhorias em certas áreas", disse Ian Kelly, porta-voz do Departamento de Estado, em nota.
"Entretanto, o governo colombiano tem feito esforços significativos para aumentar a segurança do seu povo e promover o respeito pelos direitos humanos por suas Forças Armadas, e portanto atendeu aos critérios de certificação", acrescentou.
A nota não esclarece que de quanto será a verba adicional liberada.
Kelly manifestou preocupação com as execuções extrajudiciais de homens e meninos no bairro pobre de Soacha, na periferia de Bogotá. Dezenove jovens dessa localidade foram mortos por soldados que tentaram apresentar os corpos como sendo de rebeldes mortos na guerra civil, a mais antiga da América Latina.
Uma investigação concluiu que os soldados tentavam inflacionar o número de guerrilheiros mortos para obter promoções e bônus.
Kelly disse que as Forças Armadas e o Ministério Público da Colômbia agiram rapidamente nesse caso, exonerando 45 militares e investigando 75 soldados.
"Entretanto, o caso Soacha não é um incidente isolado, e ações adicionais irão exigir uma firma liderança por parte das Forças Armadas para resolver e eliminar abusos," disse Kelly.
Ele também manifestou a preocupação dos EUA com relação a acusações de grampos telefônicos e vigilância ilegal por parte do Departamento de Segurança Administrativa do governo colombiano. O porta-voz qualificou essas ações como "perturbadoras e inaceitáveis."
http://www.estadao.com.br/noticias/inte ... 3526,0.htm
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Re: EUA e Colômbia negociam novo e abrangente "Plano"
Conselho Sul-Americano de Defesa discute bases
14/09/2009 - 09h54
Nesta terça-feira, 15, os chanceleres e ministros da Defesa da União das Nações Sul-Americanas (Unasul), discutem o pacto militar firmado entre Colômbia e Estados Unidos.
O Brasil quer que a Colômbia explique melhor o acordo de cooperação que vai permitir o uso de sete bases militares do país por soldados e civis norte-americanos.
Na semana passada, o ministro das Relações Exteriores da Colômbia, Jaime Bermúdez, esteve em Brasília, mas descartou que o seu país vá apresentar garantias por escrito de que a cooperação se restringirá ao território colombiano.
O Brasil ainda pretende apresentar uma proposta obrigando os membros da Unasul a prestarem contas de todos os acordos militares que firmarem com países de fora da região.
Além disso, quer que os gastos militares e a origem dos respectivos arsenais sejam divulgados no âmbito do bloco regional.
O Equador que preside a Unasul, propõe a criação de um código de conduta regional para as compras militares e de um mecanismo permanente do Conselho Sul-Americano de Defesa capaz de gerar confiança na região.
Acordo militar
O ministro Celso Amorim explicou que o Brasil não vai interferir num acordo bilateral, mas que é preciso esclarecer o que os 800 militares e 600 civis norte-americanos vão fazer na Colômbia.
Ele teme que em nome da democracia e da liberdade, os Estados Unidos atuem fora do território colombiano em ataques aos países vizinhos.
O Brasil pressiona ainda para que acordos semelhantes não voltem a ser firmados.
http://www.inforel.org/
14/09/2009 - 09h54
Nesta terça-feira, 15, os chanceleres e ministros da Defesa da União das Nações Sul-Americanas (Unasul), discutem o pacto militar firmado entre Colômbia e Estados Unidos.
O Brasil quer que a Colômbia explique melhor o acordo de cooperação que vai permitir o uso de sete bases militares do país por soldados e civis norte-americanos.
Na semana passada, o ministro das Relações Exteriores da Colômbia, Jaime Bermúdez, esteve em Brasília, mas descartou que o seu país vá apresentar garantias por escrito de que a cooperação se restringirá ao território colombiano.
O Brasil ainda pretende apresentar uma proposta obrigando os membros da Unasul a prestarem contas de todos os acordos militares que firmarem com países de fora da região.
Além disso, quer que os gastos militares e a origem dos respectivos arsenais sejam divulgados no âmbito do bloco regional.
O Equador que preside a Unasul, propõe a criação de um código de conduta regional para as compras militares e de um mecanismo permanente do Conselho Sul-Americano de Defesa capaz de gerar confiança na região.
Acordo militar
O ministro Celso Amorim explicou que o Brasil não vai interferir num acordo bilateral, mas que é preciso esclarecer o que os 800 militares e 600 civis norte-americanos vão fazer na Colômbia.
Ele teme que em nome da democracia e da liberdade, os Estados Unidos atuem fora do território colombiano em ataques aos países vizinhos.
O Brasil pressiona ainda para que acordos semelhantes não voltem a ser firmados.
http://www.inforel.org/
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Re: EUA e Colômbia negociam novo e abrangente "Plano"
Terça-feira, 15 de setembro de 2009, 13:12 | Online
Colômbia quer discutir armas, narcotráfico e terror na Unasul
Representantes do país dizem esperar caminho de cooperação e de confiança como resultado da reunião
Efe, Associated Press e Reuters
QUITO - O ministro de Relações Exteriores da Colômbia, Jaime Bermúdez, pediu à União de Nações sul-americanas (Unasul), que realiza em Quito um encontro entre chanceleres e ministros da Defesa do bloco nesta terça-feira, 15, que discuta a compra de armas por países da região e também a luta contra o narcotráfico e o terrorismo. O pedido da Colômbia foi feito no momento em que Venezuela, Brasil e Equador negociam compras de armas e de aeronaves militares com países como Rússia, França e China.
"Assim como é importante discutir de maneira ampla e democrática as compras de armas, as garantias e os mecanismos de segurança, também o são a presença de grupos terroristas na região e a luta contra o narcotráfico", afirmou, indicando que gostaria que fosse discutido a presença de grupos terroristas em outros países. O objetivo desse encontro é o estabelecimento de acordos de transparência nas políticas de segurança dos países-membros.
Os ministros de Relações Exteriores e da Defesa dos 12 países membros da Unasul se reúnem nesta terça-feira em Quito, e o tema das bases deve marcar presença. "Buscamos medidas de fomento para a confiança na segurança e defesa", afirmou o chanceler equatoriano, Fander Falconi. O ministro de Defesa colombiano, Gabriel Silva, afirmou que Bogotá não chega à cúpula de Defesa para fazer consultas sobre nada, mas sim para compartilhar uma posição. Segundo ele, o país busca também "caminhos de maior cooperação" na região.
O encontro tem como principal objetivo concretizar acordos para intercâmbio de informação militar, em meio a preocupações decorrentes pelo controverso plano da Colômbia e EUA, que está perto de ser assinado e que permitirá aos norte-americanos usar bases no país andino para operações antidrogas. Os ministros também tentarão aumentar a confiança, baseados no respeito à soberania, integridade e inviolabilidade territorial, assim como a não ingerência nos assuntos internos dos países membros - temas que causaram vários incidentes recentes entre diversas nações da região.
Alguns membros da União Sul-Americana de Nações (Unasul), entre eles Venezuela e Equador, pediram ao governo do presidente colombiano, Álvaro Uribe, que apresente os detalhes da parceira com Washington, argumentando que se trata de um ponto de desestabilização no continente. Mas Uribe, o principal aliado dos Estados Unidos na América do Sul, limitou-se a defender sua decisão e a minimizar o tom das preocupações que seus vizinhos expressaram, de que o acordo busque atacar terceiros.
Como reação, o presidente venezuelano, Hugo Chávez, que além de restringir as importações colombianas, anunciou na semana passada um acordo com a Rússia pelo qual terá direito a um financiamento de 2,2 bilhões de dólares para a compra de armas. O Brasil, por sua vez, está negociando com a França o reaparelhamento de suas Forças Armadas, incluindo a compra de helicópteros, submarinos e caças. Equador e Chile também fortaleceram sua frota aérea recentemente.
O presidente do Peru, Alan García, propôs em uma carta enviada aos chanceleres e ministros da Unasul um pacto de não-agressão militar. García defendeu ainda que o Conselho de Defesa Sul-Americano possa estudar os gastos e compras militares de cada país. "Existe um tema urgente e essencial para alcançar esse propósitos e é o freio ao armamentismo através de um mecanismo de transparência e confiança e do compromisso de todos os membros de um Pacto de Não Agressão Militar", defendeu o peruano. Segundo ele, "o segredo entre nós só beneficia os grandes vendedores de armas" e os que ganham comissões ilegais sobre esses negócios.
http://www.estadao.com.br/noticias/inte ... 5255,0.htm
Colômbia quer discutir armas, narcotráfico e terror na Unasul
Representantes do país dizem esperar caminho de cooperação e de confiança como resultado da reunião
Efe, Associated Press e Reuters
QUITO - O ministro de Relações Exteriores da Colômbia, Jaime Bermúdez, pediu à União de Nações sul-americanas (Unasul), que realiza em Quito um encontro entre chanceleres e ministros da Defesa do bloco nesta terça-feira, 15, que discuta a compra de armas por países da região e também a luta contra o narcotráfico e o terrorismo. O pedido da Colômbia foi feito no momento em que Venezuela, Brasil e Equador negociam compras de armas e de aeronaves militares com países como Rússia, França e China.
"Assim como é importante discutir de maneira ampla e democrática as compras de armas, as garantias e os mecanismos de segurança, também o são a presença de grupos terroristas na região e a luta contra o narcotráfico", afirmou, indicando que gostaria que fosse discutido a presença de grupos terroristas em outros países. O objetivo desse encontro é o estabelecimento de acordos de transparência nas políticas de segurança dos países-membros.
Os ministros de Relações Exteriores e da Defesa dos 12 países membros da Unasul se reúnem nesta terça-feira em Quito, e o tema das bases deve marcar presença. "Buscamos medidas de fomento para a confiança na segurança e defesa", afirmou o chanceler equatoriano, Fander Falconi. O ministro de Defesa colombiano, Gabriel Silva, afirmou que Bogotá não chega à cúpula de Defesa para fazer consultas sobre nada, mas sim para compartilhar uma posição. Segundo ele, o país busca também "caminhos de maior cooperação" na região.
O encontro tem como principal objetivo concretizar acordos para intercâmbio de informação militar, em meio a preocupações decorrentes pelo controverso plano da Colômbia e EUA, que está perto de ser assinado e que permitirá aos norte-americanos usar bases no país andino para operações antidrogas. Os ministros também tentarão aumentar a confiança, baseados no respeito à soberania, integridade e inviolabilidade territorial, assim como a não ingerência nos assuntos internos dos países membros - temas que causaram vários incidentes recentes entre diversas nações da região.
Alguns membros da União Sul-Americana de Nações (Unasul), entre eles Venezuela e Equador, pediram ao governo do presidente colombiano, Álvaro Uribe, que apresente os detalhes da parceira com Washington, argumentando que se trata de um ponto de desestabilização no continente. Mas Uribe, o principal aliado dos Estados Unidos na América do Sul, limitou-se a defender sua decisão e a minimizar o tom das preocupações que seus vizinhos expressaram, de que o acordo busque atacar terceiros.
Como reação, o presidente venezuelano, Hugo Chávez, que além de restringir as importações colombianas, anunciou na semana passada um acordo com a Rússia pelo qual terá direito a um financiamento de 2,2 bilhões de dólares para a compra de armas. O Brasil, por sua vez, está negociando com a França o reaparelhamento de suas Forças Armadas, incluindo a compra de helicópteros, submarinos e caças. Equador e Chile também fortaleceram sua frota aérea recentemente.
O presidente do Peru, Alan García, propôs em uma carta enviada aos chanceleres e ministros da Unasul um pacto de não-agressão militar. García defendeu ainda que o Conselho de Defesa Sul-Americano possa estudar os gastos e compras militares de cada país. "Existe um tema urgente e essencial para alcançar esse propósitos e é o freio ao armamentismo através de um mecanismo de transparência e confiança e do compromisso de todos os membros de um Pacto de Não Agressão Militar", defendeu o peruano. Segundo ele, "o segredo entre nós só beneficia os grandes vendedores de armas" e os que ganham comissões ilegais sobre esses negócios.
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Re: EUA e Colômbia negociam novo e abrangente "Plano"
Pacto militar entre Colômbia e EUA freia avanços na confiança da Unasul
Da EFE
Fernando Arroyo Leão
Quito, 15 set (EFE).- O pacto militar entre Colômbia e Estados Unidos, cujos detalhes se desconhecem, freou um avanço na criação de medidas de confiança que aspirava concretizar a União de Nações Sul-americanas (Unasul) na reunião de chanceleres e ministros da Defesa, realizada hoje em Quito.
Apesar de se estabeleceram certos acordos que marcam um início no processo de elaboração de uma estratégia comunitária em matéria de Defesa e Segurança, as preocupações pela futura presença de tropas americanas em sete bases colombianas, encobriu o ímpeto inicial da reunião na capital equatoriana.
Os chefes da diplomacia e da defesa dos doze países sul-americanos avaliaram um documento, elaborado pelo Equador (que ocupa a Presidência da Unasul), no qual se estabeleciam linhas gerais para a criação de umas medidas de confiança e segurança comuns para a região.
O próprio chanceler equatoriano e anfitrião da reunião, Fander Falconí, reconheceu que os assuntos discutidos eram difíceis nas atuais circunstâncias, embora destacasse avanços de 70% na análise do documento proposto sobre medidas de confiança.
"Na concretização destas medidas de confiança, existem dificuldades", admitiu Falconí que, no entanto, destacou os esforços para levar adiante uma estratégia de segurança comum.
Destacou os avanços em troca de informação sobre os acordos regionais e extrarregionais em matéria militar e o consenso em conceitos sobre o tema das garantias que devem oferecer à região ditos pactos.
Além disso, pôs em consideração o consenso sobre a "não extraterritorialidade" dos acordos bilaterais de Defesa, ou seja, que estes não afetem vizinhos, embora reconheceu que neste aspecto houve dificuldades quanto às garantias "reais e formais" que oferecem os convênios.
Também lembrou que a Colômbia se negou a mostrar o pacto militar na Unasul ao justificar que ainda deve passar por instâncias internas do país e de seu parceiro (EUA), que também não deu indícios de que irá abrir o conteúdo do convênio para o conhecimento dos sul-americanos.
Falconí disse que a Unasul, por enquanto, não se propôs convidar ao Governo de Washington a uma reunião com a América do Sul, embora não descartou "em algum momento" fazê-lo para "aprofundar" nos detalhes do pacto com a Colômbia.
Para o chanceler equatoriano, a América do Sul deve seguir na briga para criar seus instrumentos de integração, que em matéria de Defesa e Segurança, se sustenta sobre as bases de mecanismos de confiança comunitários.
Por isso, a Presidência da Unasul convocará a uma nova reunião de seu Conselho de Defesa para avançar na discussão que, aparentemente, tomará algum tempo.
Falconí anunciou que a próxima reunião, certamente, se convocará depois que conclua a Assembleia Geral das Nações Unidas, que se efetuará em Nova York na próxima semana.
Para o chanceler colombiano, Jaime Bermúdez, a próxima reunião será um bom espaço para continuar a discussão e à qual todos os membros deveriam acudir com uma atitude "propositiva" para definir todos os temas que são relativos à segurança regional.
E é que para Bermúdez, as medidas de confiança não só podem solver as preocupações de alguns países da região sobre o pacto que seu país adianta com EUA, mas também a preocupação de Bogotá em respeito a compras de armas e pactos com terceiras nações de outros membros da União, como a Venezuela.
"Colômbia tem muito claro que nossos inimigos são o narcotráfico e o terrorismo" e que se necessitam "mecanismos de cooperação e eficácia nesta luta", e por isso que se requeira "medidas de confiança de forma simétrica", para todos os membros de Unasul, sem exceção, afirmou o chanceler colombiano.
Essa apreciação foi replicada pelo chanceler venezuelano, Nicolás Maduro, que assegurou, por sua parte, que todos os países da região, exceto Colômbia, se puseram de acordo em conceitos iniciais da segurança regional. EFE
http://g1.globo.com/Noticias/Mundo/0,,M ... NASUL.html
Da EFE
Fernando Arroyo Leão
Quito, 15 set (EFE).- O pacto militar entre Colômbia e Estados Unidos, cujos detalhes se desconhecem, freou um avanço na criação de medidas de confiança que aspirava concretizar a União de Nações Sul-americanas (Unasul) na reunião de chanceleres e ministros da Defesa, realizada hoje em Quito.
Apesar de se estabeleceram certos acordos que marcam um início no processo de elaboração de uma estratégia comunitária em matéria de Defesa e Segurança, as preocupações pela futura presença de tropas americanas em sete bases colombianas, encobriu o ímpeto inicial da reunião na capital equatoriana.
Os chefes da diplomacia e da defesa dos doze países sul-americanos avaliaram um documento, elaborado pelo Equador (que ocupa a Presidência da Unasul), no qual se estabeleciam linhas gerais para a criação de umas medidas de confiança e segurança comuns para a região.
O próprio chanceler equatoriano e anfitrião da reunião, Fander Falconí, reconheceu que os assuntos discutidos eram difíceis nas atuais circunstâncias, embora destacasse avanços de 70% na análise do documento proposto sobre medidas de confiança.
"Na concretização destas medidas de confiança, existem dificuldades", admitiu Falconí que, no entanto, destacou os esforços para levar adiante uma estratégia de segurança comum.
Destacou os avanços em troca de informação sobre os acordos regionais e extrarregionais em matéria militar e o consenso em conceitos sobre o tema das garantias que devem oferecer à região ditos pactos.
Além disso, pôs em consideração o consenso sobre a "não extraterritorialidade" dos acordos bilaterais de Defesa, ou seja, que estes não afetem vizinhos, embora reconheceu que neste aspecto houve dificuldades quanto às garantias "reais e formais" que oferecem os convênios.
Também lembrou que a Colômbia se negou a mostrar o pacto militar na Unasul ao justificar que ainda deve passar por instâncias internas do país e de seu parceiro (EUA), que também não deu indícios de que irá abrir o conteúdo do convênio para o conhecimento dos sul-americanos.
Falconí disse que a Unasul, por enquanto, não se propôs convidar ao Governo de Washington a uma reunião com a América do Sul, embora não descartou "em algum momento" fazê-lo para "aprofundar" nos detalhes do pacto com a Colômbia.
Para o chanceler equatoriano, a América do Sul deve seguir na briga para criar seus instrumentos de integração, que em matéria de Defesa e Segurança, se sustenta sobre as bases de mecanismos de confiança comunitários.
Por isso, a Presidência da Unasul convocará a uma nova reunião de seu Conselho de Defesa para avançar na discussão que, aparentemente, tomará algum tempo.
Falconí anunciou que a próxima reunião, certamente, se convocará depois que conclua a Assembleia Geral das Nações Unidas, que se efetuará em Nova York na próxima semana.
Para o chanceler colombiano, Jaime Bermúdez, a próxima reunião será um bom espaço para continuar a discussão e à qual todos os membros deveriam acudir com uma atitude "propositiva" para definir todos os temas que são relativos à segurança regional.
E é que para Bermúdez, as medidas de confiança não só podem solver as preocupações de alguns países da região sobre o pacto que seu país adianta com EUA, mas também a preocupação de Bogotá em respeito a compras de armas e pactos com terceiras nações de outros membros da União, como a Venezuela.
"Colômbia tem muito claro que nossos inimigos são o narcotráfico e o terrorismo" e que se necessitam "mecanismos de cooperação e eficácia nesta luta", e por isso que se requeira "medidas de confiança de forma simétrica", para todos os membros de Unasul, sem exceção, afirmou o chanceler colombiano.
Essa apreciação foi replicada pelo chanceler venezuelano, Nicolás Maduro, que assegurou, por sua parte, que todos os países da região, exceto Colômbia, se puseram de acordo em conceitos iniciais da segurança regional. EFE
http://g1.globo.com/Noticias/Mundo/0,,M ... NASUL.html
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Re: EUA e Colômbia negociam novo e abrangente "Plano"
Terça-feira, 15 de setembro de 2009, 19:32 | Online
Colômbia rejeita plano para que Unasul monitore bases dos EUA
Proposta era de autoria venezuelana; Caracas, porém, cede à exigência de garantias por escrito sobre acordo
Denise Chrispim Marin, enviada especial
QUITO - As divergências entre Colômbia e Venezuela dominaram nesta terça-feira, 15, a reunião de chanceleres e de ministros da Defesa da União de Nações Sul-Americanas (Unasul) em Quito, no Equador. Apesar de ter se dobrado à exigência de toda a América do Sul de garantias por escrito de que seu acordo com os Estados Unidos não resultará em ações militares em países vizinhos, a Colômbia rechaçou a proposta da Venezuela, que pedia o monitoramento, pela Unasul, das sete bases que receberão soldados e equipamentos americanos até 2019.
Os ministros colombianos Jaime Bermúdez, das Relações Exteriores, e Gabriel Silva, da Defesa, mostraram-se igualmente inflexíveis com relação à proposta, de autoria de Caracas, de que a Unasul assuma a condução do processo de paz na Colômbia. A sugestão imediatamente foi avaliada como uma armadilha por Bogotá, por abrir um espaço político para o reconhecimento das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) como força beligerante, o que daria status político à guerrilha.
Esses dois confrontos de posição impediram que o texto final da reunião de Quito fosse concluído ao final da primeira rodada de discussões. Até o a noite desta terça-feira, o documento continuava sem o consenso necessário. Durante os debates, a Colômbia foi submetida a forte pressão, como informou uma diplomata desse país. Uma dessas pressões resultou na disposição da Colômbia de fornecer garantias por escrito de que as ações militares com os EUA se restringirão a seu território.
"Se vocês estão dizendo que nos dão as garantias, por que não as escrevem?", questionou o chanceler Celso Amorim, ao final de uma insistente argumentação para extrair um compromisso no papel. Amorim queixou-se ainda do fato de a Colômbia não ter apresentado cópias de seu acordo com os EUA aos governos da América do Sul. O Itamaraty teve acesso rápido ao texto, apenas para leitura e anotações.
Durante a tarde, a Colômbia insistia na necessidade de a Unasul debruçar-se sobre todos os acordos militares com países de fora da região, especialmente os que envolvam compras de armamentos. Mais que atingir os acordos entre o Brasil e a França, o governo colombiano preocupa-se neste momento com os recentes contratos firmados pela Venezuela com a Rússia e com seus tratados na área de Defesa com o Irã.
"Queremos discutir as compras de armas, com todo o respeito, assim como os acordos de combate ao narcotráfico e ao terrorismo", afirmou Bermúdez. "Estamos dispostos a colocar nosso acordo com os Estados Unidos sobre a mesa. Mas queremos que todos os países também ponham sobre a mesa seus acordos com outras nações."
A declaração final do encontro de Quito deverá trazer o compromisso dos países de notificar a Unasul sobre seus orçamentos militares dos últimos cinco anos, desde a proposta inicial à execução. Essa medida foi acertada na reunião prévia das delegações dos 12 países, que terminou na noite de ontem.
Dessas discussões, houve consenso também sobre a notificação e o registro na Unasul de todos os acordos de defesa e segurança entre os países do bloco e os firmados com nações de outras regiões. A Colômbia, entretanto, insistia hoje na notificação também da origem dos recursos aplicados na compra de armas e equipamentos militares - questão que expôs sua preocupação com o financiamento russo das aquisições de armamentos pela Venezuela.
http://www.estadao.com.br/noticias/inte ... 5489,0.htm
Colômbia rejeita plano para que Unasul monitore bases dos EUA
Proposta era de autoria venezuelana; Caracas, porém, cede à exigência de garantias por escrito sobre acordo
Denise Chrispim Marin, enviada especial
QUITO - As divergências entre Colômbia e Venezuela dominaram nesta terça-feira, 15, a reunião de chanceleres e de ministros da Defesa da União de Nações Sul-Americanas (Unasul) em Quito, no Equador. Apesar de ter se dobrado à exigência de toda a América do Sul de garantias por escrito de que seu acordo com os Estados Unidos não resultará em ações militares em países vizinhos, a Colômbia rechaçou a proposta da Venezuela, que pedia o monitoramento, pela Unasul, das sete bases que receberão soldados e equipamentos americanos até 2019.
Os ministros colombianos Jaime Bermúdez, das Relações Exteriores, e Gabriel Silva, da Defesa, mostraram-se igualmente inflexíveis com relação à proposta, de autoria de Caracas, de que a Unasul assuma a condução do processo de paz na Colômbia. A sugestão imediatamente foi avaliada como uma armadilha por Bogotá, por abrir um espaço político para o reconhecimento das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) como força beligerante, o que daria status político à guerrilha.
Esses dois confrontos de posição impediram que o texto final da reunião de Quito fosse concluído ao final da primeira rodada de discussões. Até o a noite desta terça-feira, o documento continuava sem o consenso necessário. Durante os debates, a Colômbia foi submetida a forte pressão, como informou uma diplomata desse país. Uma dessas pressões resultou na disposição da Colômbia de fornecer garantias por escrito de que as ações militares com os EUA se restringirão a seu território.
"Se vocês estão dizendo que nos dão as garantias, por que não as escrevem?", questionou o chanceler Celso Amorim, ao final de uma insistente argumentação para extrair um compromisso no papel. Amorim queixou-se ainda do fato de a Colômbia não ter apresentado cópias de seu acordo com os EUA aos governos da América do Sul. O Itamaraty teve acesso rápido ao texto, apenas para leitura e anotações.
Durante a tarde, a Colômbia insistia na necessidade de a Unasul debruçar-se sobre todos os acordos militares com países de fora da região, especialmente os que envolvam compras de armamentos. Mais que atingir os acordos entre o Brasil e a França, o governo colombiano preocupa-se neste momento com os recentes contratos firmados pela Venezuela com a Rússia e com seus tratados na área de Defesa com o Irã.
"Queremos discutir as compras de armas, com todo o respeito, assim como os acordos de combate ao narcotráfico e ao terrorismo", afirmou Bermúdez. "Estamos dispostos a colocar nosso acordo com os Estados Unidos sobre a mesa. Mas queremos que todos os países também ponham sobre a mesa seus acordos com outras nações."
A declaração final do encontro de Quito deverá trazer o compromisso dos países de notificar a Unasul sobre seus orçamentos militares dos últimos cinco anos, desde a proposta inicial à execução. Essa medida foi acertada na reunião prévia das delegações dos 12 países, que terminou na noite de ontem.
Dessas discussões, houve consenso também sobre a notificação e o registro na Unasul de todos os acordos de defesa e segurança entre os países do bloco e os firmados com nações de outras regiões. A Colômbia, entretanto, insistia hoje na notificação também da origem dos recursos aplicados na compra de armas e equipamentos militares - questão que expôs sua preocupação com o financiamento russo das aquisições de armamentos pela Venezuela.
http://www.estadao.com.br/noticias/inte ... 5489,0.htm
Re: EUA e Colômbia negociam novo e abrangente "Plano"
16/09/2009 - 14h16
Ministro diz que Colômbia não descarta deixar a Unasul
Bogotá, 16 set (EFE).- A Colômbia não descarta abandonar a União de Nação Sul-americanas (Unasul) caso não haja "sensibilidade" de parte dos outros países do bloco em relação aos assuntos que preocupam o Governo colombiano, disse hoje seu ministro da Defesa, Gabriel Silva.
"Se não vemos preocupação com o narcotráfico, o armamentismo e o crime organizado, se não há sensibilidade por esses temas, caberia avaliar" a saída da Unasul, advertiu Silva em declarações à imprensa colombiana.
Segundo o ministro, o Governo do presidente colombiano, Álvaro Uribe, ainda tem esperança de "endireitar o caminho", mas insistiu em que na reunião de chanceleres e ministros da Defesa de Unasul realizada ontem em Quito "não houve sensibilidade suficiente" em relação aos temas que preocupam a Colômbia.
O encontro foi convocado fundamentalmente para analisar o convênio pelo qual tropas americanas poderão utilizar bases militares em território colombiano, mas terminou sem consenso e sem acordos concretos.
"A situação foi tensa e difícil. Havia confabulação contra a Colômbia promovida por alguns países", disse Silva sobre a reunião, à qual compareceu junto com o ministro das Relações Exteriores colombiano, Jaime Bermúdez.
Para Silva, a reunião não discutiu as compras de armas de outros países da América do Sul, como Venezuela e Brasil.
"Não houve explicações" sobre essas compras, comentou o ministro colombiano, ao ressaltou que a região "deve se preocupar pela dimensão" alcançada pelas despesas militares.
http://noticias.uol.com.br/ultnot/efe/2 ... 46524.jhtm
Ministro diz que Colômbia não descarta deixar a Unasul
Bogotá, 16 set (EFE).- A Colômbia não descarta abandonar a União de Nação Sul-americanas (Unasul) caso não haja "sensibilidade" de parte dos outros países do bloco em relação aos assuntos que preocupam o Governo colombiano, disse hoje seu ministro da Defesa, Gabriel Silva.
"Se não vemos preocupação com o narcotráfico, o armamentismo e o crime organizado, se não há sensibilidade por esses temas, caberia avaliar" a saída da Unasul, advertiu Silva em declarações à imprensa colombiana.
Segundo o ministro, o Governo do presidente colombiano, Álvaro Uribe, ainda tem esperança de "endireitar o caminho", mas insistiu em que na reunião de chanceleres e ministros da Defesa de Unasul realizada ontem em Quito "não houve sensibilidade suficiente" em relação aos temas que preocupam a Colômbia.
O encontro foi convocado fundamentalmente para analisar o convênio pelo qual tropas americanas poderão utilizar bases militares em território colombiano, mas terminou sem consenso e sem acordos concretos.
"A situação foi tensa e difícil. Havia confabulação contra a Colômbia promovida por alguns países", disse Silva sobre a reunião, à qual compareceu junto com o ministro das Relações Exteriores colombiano, Jaime Bermúdez.
Para Silva, a reunião não discutiu as compras de armas de outros países da América do Sul, como Venezuela e Brasil.
"Não houve explicações" sobre essas compras, comentou o ministro colombiano, ao ressaltou que a região "deve se preocupar pela dimensão" alcançada pelas despesas militares.
http://noticias.uol.com.br/ultnot/efe/2 ... 46524.jhtm
Re: EUA e Colômbia negociam novo e abrangente "Plano"
Cúpula da Unasul fracassa em Quito e amplia isolamento da Colômbia
Bogotá não aceita monitoramento de bases e resiste em garantir que acordo EUA não resultará em ataque a vizinhos
Denise Chrispim Marin
Mesmo isolada, a Colômbia provocou o fracasso da tentativa da União de Nações Sul-Americanas (Unasul) de chegar a um acordo geral sobre a cooperação militar de seus 12 sócios com países de fora da região. Ao final de nove horas de discussões entre os ministros de Defesa e os chanceleres dos países da Unasul, a Colômbia ainda resistia ontem a conceder, por escrito, uma "garantia formal" de que seu acordo com os Estados Unidos não resultará em agressões militares nos territórios vizinhos. O encontro foi encerrado sem a conclusão de um documento para a construção de uma relação de confiança e com um grave impasse instalado na região.
A intransigência de Bogotá refletiu-se também em outro ponto: a notificação à Unasul de todos os acordos de cooperação nas áreas de defesa e de segurança. A delegação colombiana exigiu a inclusão de uma cláusula que previa a anuência dos países com quem os sul-americanos fizessem acordos. No atual caso, dos EUA. "Essa cláusula era inaceitável", resumiu o chanceler brasileiro, Celso Amorim. "Esses dois pontos espelham a resistência da Colômbia a ter uma posição totalmente aberta e transparente com a região."
O chanceler colombiano, Jaime Bermúdez, insistiu à imprensa que a o acordo de seu país com os EUA não foi tratado com o mesmo peso, na reunião, dos contratos de compras de armas - uma referência explícita aos que a Venezuela fechou com a Rússia e aos que o Brasil discutiu com a França. Confrontado com a insistência do Brasil e da Venezuela para que Bogotá enviasse cópias de seu acordo aos países da região, o ministro colombiano da Defesa, Gabriel Silva, declarou que essa medida será tomada somente depois de o texto ser assinado.
O isolamento colombiano tornou-se evidente na constatação de Amorim de que o placar da reunião foi de "11 a 1". A Colômbia, nesses dois tópicos, não conseguiu nem mesmo o apoio de países menos refratários a seu acordo com os EUA, como Peru e Chile. A saída diplomática ao impasse instalado estará em um eventual sucesso de consultas que serão realizadas pelo chanceler equatoriano, Fander Falconí. Uma das alternativas em estudo é a realização de um encontro de ministros em Nova York, à margem da abertura da Assembleia-geral das Nações Unidas, nos próximos dias 23 e 25.
Embora todas as 12 delegações tenham assinalado seu compromisso com o processo de integração da Unasul, a ausência de um acordo tende a engrossar o conflito latente entre os países andinos e a impulsionar uma indesejável corrida armamentista na região. Diplomatas venezuelanos defendiam, ao final do encontro, uma alteração no estatuto da Unasul pelos presidentes dos 12 países, de forma a permitir que as decisões sejam tomadas por maioria, e não mais por consenso.
Além dos dois pontos centrais do acordo, a Colômbia rejeitou a proposta da Venezuela de monitoramento da Unasul nas sete bases colombianas que receberão soldados e equipamentos americanos até 2019. Bermúdez e Gabriel Silva mostraram-se igualmente inflexíveis com relação à proposta, de autoria de Caracas, de que a Unasul assuma a condução do processo de paz na Colômbia. A sugestão imediatamente foi avaliada como uma armadilha por Bogotá, por abrir um espaço político para o reconhecimento das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) como força beligerante, o que daria status político à guerrilha nas negociações de paz.
Estado de S.Paulo
Bogotá não aceita monitoramento de bases e resiste em garantir que acordo EUA não resultará em ataque a vizinhos
Denise Chrispim Marin
Mesmo isolada, a Colômbia provocou o fracasso da tentativa da União de Nações Sul-Americanas (Unasul) de chegar a um acordo geral sobre a cooperação militar de seus 12 sócios com países de fora da região. Ao final de nove horas de discussões entre os ministros de Defesa e os chanceleres dos países da Unasul, a Colômbia ainda resistia ontem a conceder, por escrito, uma "garantia formal" de que seu acordo com os Estados Unidos não resultará em agressões militares nos territórios vizinhos. O encontro foi encerrado sem a conclusão de um documento para a construção de uma relação de confiança e com um grave impasse instalado na região.
A intransigência de Bogotá refletiu-se também em outro ponto: a notificação à Unasul de todos os acordos de cooperação nas áreas de defesa e de segurança. A delegação colombiana exigiu a inclusão de uma cláusula que previa a anuência dos países com quem os sul-americanos fizessem acordos. No atual caso, dos EUA. "Essa cláusula era inaceitável", resumiu o chanceler brasileiro, Celso Amorim. "Esses dois pontos espelham a resistência da Colômbia a ter uma posição totalmente aberta e transparente com a região."
O chanceler colombiano, Jaime Bermúdez, insistiu à imprensa que a o acordo de seu país com os EUA não foi tratado com o mesmo peso, na reunião, dos contratos de compras de armas - uma referência explícita aos que a Venezuela fechou com a Rússia e aos que o Brasil discutiu com a França. Confrontado com a insistência do Brasil e da Venezuela para que Bogotá enviasse cópias de seu acordo aos países da região, o ministro colombiano da Defesa, Gabriel Silva, declarou que essa medida será tomada somente depois de o texto ser assinado.
O isolamento colombiano tornou-se evidente na constatação de Amorim de que o placar da reunião foi de "11 a 1". A Colômbia, nesses dois tópicos, não conseguiu nem mesmo o apoio de países menos refratários a seu acordo com os EUA, como Peru e Chile. A saída diplomática ao impasse instalado estará em um eventual sucesso de consultas que serão realizadas pelo chanceler equatoriano, Fander Falconí. Uma das alternativas em estudo é a realização de um encontro de ministros em Nova York, à margem da abertura da Assembleia-geral das Nações Unidas, nos próximos dias 23 e 25.
Embora todas as 12 delegações tenham assinalado seu compromisso com o processo de integração da Unasul, a ausência de um acordo tende a engrossar o conflito latente entre os países andinos e a impulsionar uma indesejável corrida armamentista na região. Diplomatas venezuelanos defendiam, ao final do encontro, uma alteração no estatuto da Unasul pelos presidentes dos 12 países, de forma a permitir que as decisões sejam tomadas por maioria, e não mais por consenso.
Além dos dois pontos centrais do acordo, a Colômbia rejeitou a proposta da Venezuela de monitoramento da Unasul nas sete bases colombianas que receberão soldados e equipamentos americanos até 2019. Bermúdez e Gabriel Silva mostraram-se igualmente inflexíveis com relação à proposta, de autoria de Caracas, de que a Unasul assuma a condução do processo de paz na Colômbia. A sugestão imediatamente foi avaliada como uma armadilha por Bogotá, por abrir um espaço político para o reconhecimento das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) como força beligerante, o que daria status político à guerrilha nas negociações de paz.
Estado de S.Paulo
Re: EUA e Colômbia negociam novo e abrangente "Plano"
Bogotá não percebe incômodo, diz Amorim
Chanceler mostra-se contrariado com intransigência de colombianos
Apesar de não recuar, os EUA perceberam o incômodo que seu acordo com a Colômbia causa na América do Sul. Mas a Colômbia continua sem perceber o transtorno que provocou ao permitir a presença de militares americanos em sete de suas bases por dez anos. A avaliação partiu do chanceler Celso Amorim, que se mostrou visivelmente contrariado com a "intransigência" da delegação colombiana e com suas tentativas de desviar o foco da reunião de ontem da União de Nações Sul-americanas (Unasul).
"Temos um problema muito grave, pois a Colômbia não percebe o incômodo que isso causa nos outros (países) e não procura solucioná-lo", afirmou Amorim, para logo emendar que a secretária americana de Estado, Hillary Clinton, em carta enviada ao Itamaraty, havia constatado a sensibilidade desse tema na América do Sul.
Segundo Amorim, a proposta da Colômbia de enfatizar os acordos de combate ao narcotráfico e ao terrorismo era compreensível e aceitável. Sem grandes dificuldades, seria traduzida em um parágrafo de consenso. Da mesma forma, o acordo Colômbia-EUA seria tolerado, até que a Unasul se mostre capaz de oferecer ajuda compatível. Mas a exigência de garantias jurídicas formais de que a presença militar americana não resultará em agressões a outros países da região seria a contrapartida de Bogotá.
O temor do Itamaraty e das chancelarias dos demais países sul-americanos diz respeito ao objetivo desse acordo. Além de destacar o combate ao narcotráfico e ao terrorismo, o texto menciona "a defesa e a promoção da democracia e da liberdade". O adendo, para o governo brasileiro, abre uma ampla margem para ações militares americanas, a partir das bases da Colômbia, contra países como Venezuela e Bolívia. O Itamaraty teme ainda que as bases sirvam como ponte para o transporte de armas e de forças americanas para outras regiões, como a África. Isso significaria a importação de conflitos que não são da América do Sul.
Estado de S.Paulo
Chanceler mostra-se contrariado com intransigência de colombianos
Apesar de não recuar, os EUA perceberam o incômodo que seu acordo com a Colômbia causa na América do Sul. Mas a Colômbia continua sem perceber o transtorno que provocou ao permitir a presença de militares americanos em sete de suas bases por dez anos. A avaliação partiu do chanceler Celso Amorim, que se mostrou visivelmente contrariado com a "intransigência" da delegação colombiana e com suas tentativas de desviar o foco da reunião de ontem da União de Nações Sul-americanas (Unasul).
"Temos um problema muito grave, pois a Colômbia não percebe o incômodo que isso causa nos outros (países) e não procura solucioná-lo", afirmou Amorim, para logo emendar que a secretária americana de Estado, Hillary Clinton, em carta enviada ao Itamaraty, havia constatado a sensibilidade desse tema na América do Sul.
Segundo Amorim, a proposta da Colômbia de enfatizar os acordos de combate ao narcotráfico e ao terrorismo era compreensível e aceitável. Sem grandes dificuldades, seria traduzida em um parágrafo de consenso. Da mesma forma, o acordo Colômbia-EUA seria tolerado, até que a Unasul se mostre capaz de oferecer ajuda compatível. Mas a exigência de garantias jurídicas formais de que a presença militar americana não resultará em agressões a outros países da região seria a contrapartida de Bogotá.
O temor do Itamaraty e das chancelarias dos demais países sul-americanos diz respeito ao objetivo desse acordo. Além de destacar o combate ao narcotráfico e ao terrorismo, o texto menciona "a defesa e a promoção da democracia e da liberdade". O adendo, para o governo brasileiro, abre uma ampla margem para ações militares americanas, a partir das bases da Colômbia, contra países como Venezuela e Bolívia. O Itamaraty teme ainda que as bases sirvam como ponte para o transporte de armas e de forças americanas para outras regiões, como a África. Isso significaria a importação de conflitos que não são da América do Sul.
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Re: EUA e Colômbia negociam novo e abrangente "Plano"
Vou aqui a todos traduzir as filigranas da linguagem diplomática, presente no texto acima:kurgan escreveu:Bogotá não percebe incômodo, diz Amorim
Chanceler mostra-se contrariado com intransigência de colombianos
Apesar de não recuar, os EUA perceberam o incômodo que seu acordo com a Colômbia causa na América do Sul. Mas a Colômbia continua sem perceber o transtorno que provocou ao permitir a presença de militares americanos em sete de suas bases por dez anos. A avaliação partiu do chanceler Celso Amorim, que se mostrou visivelmente contrariado com a "intransigência" da delegação colombiana e com suas tentativas de desviar o foco da reunião de ontem da União de Nações Sul-americanas (Unasul).
"Temos um problema muito grave, pois a Colômbia não percebe o incômodo que isso causa nos outros (países) e não procura solucioná-lo", afirmou Amorim, para logo emendar que a secretária americana de Estado, Hillary Clinton, em carta enviada ao Itamaraty, havia constatado a sensibilidade desse tema na América do Sul.
Segundo Amorim, a proposta da Colômbia de enfatizar os acordos de combate ao narcotráfico e ao terrorismo era compreensível e aceitável. Sem grandes dificuldades, seria traduzida em um parágrafo de consenso. Da mesma forma, o acordo Colômbia-EUA seria tolerado, até que a Unasul se mostre capaz de oferecer ajuda compatível. Mas a exigência de garantias jurídicas formais de que a presença militar americana não resultará em agressões a outros países da região seria a contrapartida de Bogotá.
O temor do Itamaraty e das chancelarias dos demais países sul-americanos diz respeito ao objetivo desse acordo. Além de destacar o combate ao narcotráfico e ao terrorismo, o texto menciona "a defesa e a promoção da democracia e da liberdade". O adendo, para o governo brasileiro, abre uma ampla margem para ações militares americanas, a partir das bases da Colômbia, contra países como Venezuela e Bolívia. O Itamaraty teme ainda que as bases sirvam como ponte para o transporte de armas e de forças americanas para outras regiões, como a África. Isso significaria a importação de conflitos que não são da América do Sul.
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O império a serviço dos interesses do Capital, percebe que seus interesses futuros se mostram muito claros, e que talvez, no futuro, sejam os seus movimentos atuais empecilhos para uma futura cooperação, caso sua sanha militarista e assassina, não possa ser efetuada devida resistência resoluta e popular dos povos da região.
Mas, os lacaios colombianos, envaidecidos pelo que eles consideram uma "amizade imperial", pouco importam com os interesses das nações vizinhas, preocupando-se apenas com suas pequenezas, como se de grande importância fossem, talvez, por que muito gosto tem pela missão pelo império a eles atribuída, de serem os cães de aluguel a serviço do conservadorismo de Wall Street!
Pois as vossas mortes encontrarão, cães sarnentos! Sem piedade, à bala!
Não se tem razão quando se diz que o tempo cura tudo: de repente, as velhas dores tornam-se lancinantes e só morrem com o homem.
Ilya Ehrenburg
Uma pena incansável e combatente, contra as hordas imperialistas, sanguinárias e assassinas!
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Re: EUA e Colômbia negociam novo e abrangente "Plano"
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Re: EUA e Colômbia negociam novo e abrangente "Plano"
17/09/2009 - 09h01
Colômbia diz que pode sair da Unasul
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SAMY ADGHIRNI
enviado especial da Folha de S. Paulo a Quito (Equador)
A Colômbia aventou nesta quarta-feira a possibilidade de sair da Unasul (União de Nações Sul-Americanas) devido ao que vê como falta de sensibilidade dos países vizinhos em relação ao combate ao terrorismo e ao narcotráfico. O anúncio veio no dia seguinte a encontro de chanceleres e ministros da Defesa do bloco, em Quito, no qual Bogotá ficou isolada ao se recusar a dar explicações sobre um pacto militar firmado com os Estados Unidos.
"Se esse impasse se perpetuar e não virmos uma preocupação pelo armamentismo, o tráfico de armas, o narcotráfico, o crime organizado, se não houver sensibilidade por esses temas que são os dos colombianos, [a] possibilidade [de sair da Unasul] precisaria ser avaliada", disse o ministro colombiano da Defesa, Gabriel Silva.
A declaração se inscreve na estratégia de defesa do governo colombiano contra as críticas dos 11 outros países da Unasul ao pacto assinado com a Casa Branca para permitir o uso de sete bases colombianas por tropas americanas.
A Colômbia alega que a ajuda americana é indispensável para combater os cartéis da droga e as Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) e se recusa a dar garantias formais por escrito de que os EUA não usarão as bases colombianas para atacar outros países.
Intimada na reunião de Quito a dar explicações, Bogotá se disse incompreendida e exigiu que as mesmas cobranças de transparência fossem feitas aos acordos para compra de equipamento de guerra recém-firmados entre Brasil e França e entre Venezuela e Rússia.
O ministro Silva rejeitou nesta quarta-feira acusações de que a Colômbia teria feito naufragar o encontro e reiterou as queixas, feitas na véspera em entrevista à Folha, de que os países da Unasul se focam na questão das bases em detrimento de outros temas sensíveis para a segurança da região.
Para Silva, houve uma "aliança" contra Bogotá. Não há perspectiva de retomada das conversas sobre o tema.
A Colômbia nunca se sentiu confortável na Unasul, tendo aderido relutantemente ao bloco criado no ano passado por impulso do Brasil. A saída da Colômbia da Unasul, que funciona na base do consenso, praticamente enterraria o bloco em seu formato atual.
A suposta intransigência da Colômbia, criticada na véspera pelo Brasil e pela Bolívia, foi questionada nesta quarta-feira também pela Argentina.
"Houve um grande esforço [na reunião] e se trabalhou muito na construção de confiança e consenso. Todos demonstramos flexibilidade, todos contribuímos, mas, na verdade, houve muito pouca flexibilidade do lado da Colômbia", disse o chanceler Jorge Taiana antes de deixar Quito.
O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, disse que o comportamento da Colômbia "dá pena". "A Colômbia não quer dar garantias. Em todo caso, não insistiremos em garantias, porque, se há alguma garantia, é que essas bases vão, sim, ser usadas contra nós [a Venezuela]", afirmou.
Colômbia diz que pode sair da Unasul
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SAMY ADGHIRNI
enviado especial da Folha de S. Paulo a Quito (Equador)
A Colômbia aventou nesta quarta-feira a possibilidade de sair da Unasul (União de Nações Sul-Americanas) devido ao que vê como falta de sensibilidade dos países vizinhos em relação ao combate ao terrorismo e ao narcotráfico. O anúncio veio no dia seguinte a encontro de chanceleres e ministros da Defesa do bloco, em Quito, no qual Bogotá ficou isolada ao se recusar a dar explicações sobre um pacto militar firmado com os Estados Unidos.
"Se esse impasse se perpetuar e não virmos uma preocupação pelo armamentismo, o tráfico de armas, o narcotráfico, o crime organizado, se não houver sensibilidade por esses temas que são os dos colombianos, [a] possibilidade [de sair da Unasul] precisaria ser avaliada", disse o ministro colombiano da Defesa, Gabriel Silva.
A declaração se inscreve na estratégia de defesa do governo colombiano contra as críticas dos 11 outros países da Unasul ao pacto assinado com a Casa Branca para permitir o uso de sete bases colombianas por tropas americanas.
A Colômbia alega que a ajuda americana é indispensável para combater os cartéis da droga e as Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) e se recusa a dar garantias formais por escrito de que os EUA não usarão as bases colombianas para atacar outros países.
Intimada na reunião de Quito a dar explicações, Bogotá se disse incompreendida e exigiu que as mesmas cobranças de transparência fossem feitas aos acordos para compra de equipamento de guerra recém-firmados entre Brasil e França e entre Venezuela e Rússia.
O ministro Silva rejeitou nesta quarta-feira acusações de que a Colômbia teria feito naufragar o encontro e reiterou as queixas, feitas na véspera em entrevista à Folha, de que os países da Unasul se focam na questão das bases em detrimento de outros temas sensíveis para a segurança da região.
Para Silva, houve uma "aliança" contra Bogotá. Não há perspectiva de retomada das conversas sobre o tema.
A Colômbia nunca se sentiu confortável na Unasul, tendo aderido relutantemente ao bloco criado no ano passado por impulso do Brasil. A saída da Colômbia da Unasul, que funciona na base do consenso, praticamente enterraria o bloco em seu formato atual.
A suposta intransigência da Colômbia, criticada na véspera pelo Brasil e pela Bolívia, foi questionada nesta quarta-feira também pela Argentina.
"Houve um grande esforço [na reunião] e se trabalhou muito na construção de confiança e consenso. Todos demonstramos flexibilidade, todos contribuímos, mas, na verdade, houve muito pouca flexibilidade do lado da Colômbia", disse o chanceler Jorge Taiana antes de deixar Quito.
O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, disse que o comportamento da Colômbia "dá pena". "A Colômbia não quer dar garantias. Em todo caso, não insistiremos em garantias, porque, se há alguma garantia, é que essas bases vão, sim, ser usadas contra nós [a Venezuela]", afirmou.